Tumgik
#heberjr
defesadaverdade · 4 years
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Redenção — Cosmovisão #4
Cosmovisão cristã com Rev. Heber de Campos Jr. Mensagem completa: Clique e assista no YouTube Texto inicial: Ezequiel 16.15–22
O primeiro texto apresenta Cristo como cabeça da criação e da redenção. Estas duas estão conectadas: redenção é resgate do que estava cativo, restauração do que foi estragado. As coisas são dele duas vezes: porque ele fez e ele comprou.
O segundo mostra duas analogias: sal, feito para preservar a carne para não apodrecer; e luz, em local visível para que glorifique a Deus. Veremos como estes se conectam com redenção mais à frente.
Ímpios falam de redenção o tempo todo. Todos tem um conceito do mundo ideal, e que o mundo real não é bom como o ideal. E ele imagina soluções para isso. Ideal, realidade e soluções são equivalentes a criação, queda e redenção.
Redenção é algo comum ao nosso redor. Publicitários que destacam soluções para problemas do dia a dia; histórias do cinema e a jornada do herói, descobre-se algo ruim sobre si ou a situação e busca-se a melhoria, final feliz, redenção; movimentos sociais dizem que há oprimidos que devem se revoltar contra os opressores.
Redenção é a área em que o homem mais fica distante da verdade de Deus. É possível pensar parecido em termos de criação e queda, mas erram feio na redenção, na solução. Logo, é a área que mais precisamos da revelação divina.
Surge frequentemente o rearranjo de ídolos. Se você se sente pra baixo é porque não está se aceitando, gostando de si mesmo. Parece trazer solução porque traz um certo bem estar.
1. Abrangência bíblica de redenção
Se o pecado trouxe consequências tanto para nós quanto para a criação, a redenção precisa ser tão ampla quanto a queda.
Ela afeta pessoas em sua inteireza, desde a alma até o corpo, e também seu habitat. Relembre Cl 1 que foi lido: Cristo reconcilia consigo todas as coisas.
A Bíblia começa com um Deus que criou céus e terra e termina com o Deus que criará novos céus e nova terra.
Precisamos corrigir alguns conceitos.
A redenção não é só para a alma, o corpo não é um invólucro qualquer. Não há redenção sem ressurreição do corpo. Morte não é algo natural, é maldição: o natural é corpo estar unido com a alma. Quem morre experimenta a benção de estar com Cristo mas também a maldição de voltar ao pó, pois as coisas ainda não estão totalmente restauradas. A salvação é restauração de todas as coisas. Cristo deu vislumbres disso ao fazer milagres: por um breve momento ele suspendia os efeitos do pecado.
Redenção não é Deus fazer tudo do zero. Novos céus e nova terra não é no sentido de antes inexistente, mas de renovado. Cristo não é só criador, mas redentor: ou ele não conseguiria recuperar o que foi perdido ou seria apenas visto como criador.
Redenção não é uma volta no relógio histórico para o início. Vai-se para um estado que o primeiro paraíso não teve. Como? Jesus é o perfeito cumpridor e restaurador dos três mandatos: a) da vontade do Pai, restaurando nosso relacionamento com Deus; b) do amor ao próximo, restaurando relacionamentos mútuos na ceia do Senhor onde pessoas de todo tipo se reúnem; c) o cultural: Hb 2.5-9 aplicado a Jesus Cristo, aquele que tem total domínio sobre a criação, mas ainda não está manifesto.
Cristo não morreu só pra te salvar. Isso é verdadeiro, mas não é a única coisa. Tem algo muito maior envolvido.
2. Proposta de reforma
Na empolgação com o tema, o linguajar corre o risco de ser questionável. Muitos querem transformar o país numa linguagem triunfalista. Mas isso é utópico e exagerado, confundindo o crente fazendo-o achar que isso é sua missão. Podemos fazer isso em certa medida, mas não temos condições de transformar.
Na Bíblia, redenção é um ato divino, não é o homem nem a igreja em nome de Jesus. O que somos? Somos sal da terra: retardando o apodrecimento do que já está nesse caminho. Mas sal não transforma carne podre em carne boa. No contexto familiar, Paulo em 1Co 7.14-16 mostra que um dos cônjuges, sendo crente, separa a família de más influências, a purificando, mas não pode salvá-los.
Redenção nunca retrocede. Nossas obras e influências são reversíveis, não permanentes. A redenção de Deus é progressivamente certa.
Qual nosso papel? Reforma. Não é eterna, precisa ser refeita de tempos em tempos, pois tudo se degrada (2ª lei da termodinâmica). É o que está ao nosso alcance. Precisamos tentar manter as coisas no eixo continuamente. Igreja reformada está sempre se reformando. Redenção é mais do que boas ações na esfera pública também.
3. Nossa postura com relação à cultura
Ter postura crítica, com discernimento. At 17.16 tem um exemplo disso: Paulo estava na cidade encantadora de Atenas mas não desligava o radar. Podemos enxergar de forma realista que ainda há beleza em coisas que estão em um caminho mau.
Devemos participar muito mas com pouca expectativa de mudança durável. Não ser separatista (nem aí) nem ativista (quer mudar tudo). Devemos apenas apresentar TESTEMUNHO, para que os homens vejam a glória do Pai. Isso vem naturalmente ao exercer o discernimento.
4. Renovação progressiva
Devemos ter uma atitude de santificar (interno) antes de consagrar (externo). Consagrar, no AT, era uma lição física para uma realidade espiritual. Muitos pensam que o poder está no “consagrar”, uma oração para dedicar uma loja que será aberta, casar na igreja para ter benção mas não está nem aí para Deus, como se água benta tivesse poder.
Essa santificação acontece por meio de renovação progressiva. Reforma não derruba tudo e começa do zero. É como correr uma maratona e não 100 m.
Esta postagem é resultado das anotações feitas a partir da palestra do Rev. Heber Carlos de Campo Jr no PV Caldas Temporada Inverno 2018. Recomendamos que assista completo no YouTube.
Parte 5 em breve…
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defesadaverdade · 4 years
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Criação — Cosmovisão #2
Cosmovisão cristã com Rev. Heber de Campos Jr. Mensagem completa: Clique e assista no YouTube Texto inicial: Atos 17.22–31
Paulo sabe como falar a quem não tem base bíblica, partindo do pressuposto que eles pouco ou nada sabem.
Até v. 28, criação. No v. 29, a queda, o pecado: homem adora coisas criadas ao invés do Criador. No v. 30, Paulo apresenta a redenção: oportunidade de mudar, chamado à fé. No v. 31, mostra o fim de todas as coisas.
Paulo apresentou a história da humanidade: criação, queda, redenção e consumação. Essa é a melhor maneira de apresentar a mensagem bíblica a quem pouco conhece.
Cosmovisão não é só uma série de verdades proposicionais; quase metade das Escrituras é narrativa. Enxergar isso como o que nos dirige em pensamentos, decisões, etc.
Muitos só pensam na criação na luta “criacionismo vs. evolucionismo”. Queda não é só sobre o pecado pessoal, mas até a expectativa em coisas terrenas é afetada; redenção não é só saber da culpa moral, mas do que Deus vai fazer no mundo.
O que eu sou está calcado na doutrina da criação. Como usamos o que Deus nos deu mostra nosso pecado. A redenção mostra como podemos mudar e aguardar a obra de Cristo.
Criação, queda e redenção é minha história dentro da grande história.
Se não entendemos bem a criação, o resto fica mal entendido. Queda não faz sentido, por exemplo. Redenção não faz sentido se não restaurar as coisas um dia criadas.
Alguns pontos básicos e fundamentais:
Deus é o criador de todas as coisas. Ver Gn 1 como resposta à maneira errada de ver a natureza pós-Egito.
Deus é o sustentador de todas as coisas.
O homem é semelhança de Deus.
A doutrina da criação mais profunda:
Estrutura e direção. Deus cria leis que regem a criação (estrutura) e o ser humano a manuseia (direção).
O que faz parte da estrutura é necessariamente bom! Gn 2.19-20; 4.22: ciência é algo bom, conhecer a criação do Senhor é bom! (Taxonomia, metalurgia e arca de Noé). Gn 2.15; 4.20-21: agricultura, pecuária e arte.
Deus quer que a criação seja cultivada pela agricultura, governada pela política, ensinada e repassada pela educação, apreciada pela arte. Essas coisas não são só neutras, mas boas.
Is 28.23-29: perguntas retóricas levam a toda vez que se descobre uma lei que rege a agricultura, é Deus instruindo o homem. Este só aprende pois Deus ensina.
Ex 31.3-5: Bezalel aprende a ser artesão por obra do próprio Deus. Ele não está só em coisas “da igreja”.
Todo conhecimento que adquirimos é revelação de Deus. Ele mostra como a criação funciona. O ímpio acha que descobre por si só.
Esses sinais são como placas de trânsito, você não as admira, mas é apontado para algo maior, à frente, além dela.
Esses sinais são como placas de trânsito, você não as admira, mas é apontado para algo maior, à frente, além dela.
Toda atividade exibe amor ou desprezo para com Deus. Enxergar trabalho como vocação, mas não o que te realiza, e sim o que serve ao próximo. Mordomia é mandamento, não sugestão.
Além do mandato espiritual e social, há o cultural: Deus ordena que usemos bem os recursos que Ele nos deixou. Devemos desenvolver e preservar em equilíbrio.
Cultura é um desenvolvimento humano: ora pagão, ora benéfico.
Trabalho é fazer com que o que Deus fez venha à tona e assim Ele seja honrado.
Soberania de Esferas.
As áreas da vida (família, política, sociedade, etc.) devem ser vistas como independentes para exercer suas potencialidades.
Não é autonomia pois todas estão sujeitas a Deus, mas cada uma tem premissas peculiares.
Isso molda nossas expectativas para entendermos o limite de cada área e não esperar dela além do que pode oferecer. O governo não deve ser um pai; os pais não são meros parceiros da escola na educação; etc.
Esta postagem é resultado das anotações feitas a partir da palestra do Rev. Heber Carlos de Campo Jr no PV Caldas Temporada Inverno 2018. Recomendamos que assista completo no YouTube.
Parte 3 em breve...
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defesadaverdade · 4 years
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Queda — Cosmovisão #3
Cosmovisão cristã com Rev. Heber de Campos Jr. Mensagem completa: Clique e assista no YouTube Texto inicial: Ezequiel 16.15–22
Ez. 16 é um tapa na cara do povo de Deus. Queda é pegar a boa criação de Deus, que Ele deu para nosso deleite, para apontar pra glória dele, e agora usamos contra ele. Tomar a estrutura que Deus fez e direcionar contra ele, ao invés de para a glória dele.
Redenção será mais vívida e nítida quando entendemos bem a queda.
A escritura trata de pecado no singular, ao indivíduo, geralmente. Pecado não é o que você faz, mas o que está dentro de você e leva fazer o q você faz. Você peca porque é pecador e não pecador porque peca. Não é denegrir o ser humano, mas ao ter uma visão alta de Deus (a visão correta), o pecado será repugnante, ofensivo.
1. Profundidade e abrangência
Estrutura boa porém direcionada errada. Somos manchados pelo pecado em todas as áreas da nossa vida. Nossas melhores obras são más.
O pecado pode estar entrelaçado em coisas boas acompanhadas com nossos maiores defeitos. Por vezes julgamos atitudes pecaminosas como admiráveis; ou julgamos as coisas puramente boas ou puramente ruins.
Abrangência: nada escapa do efeito do pecado.
Profundo: nos mancha lá na raiz, no mais íntimo. Por isso nos preocupamos não só com os atos mas também com as motivações por detrás. Ex: o mundo manda achar o herói dentro de si; mas dentro de nós reside o mal; devemos procurar fora.
Não fomos feitos para "nos descobrirmos", mas para "descobrir" o Criador.
Mas pecado também é tratado como algo cósmico. Gn 3.17-19: maldita a terra por tua causa; consequências não só pra Adão mas pra tudo que ele representa. Rm 8.20-22: a criação está debaixo do cativeiro da corrupção e anseia ser liberta.
A criação não é mais tão bela e encantadora como era; o bonito é o que Deus preservou.
Gn 4-11 mostra como o homem usa ciência contra Deus para tentar benefício próprio.
Se não tivermos noção dessa abrangência, teremos uma visão utópica da sociedade: “pessoas são más por causa do ambiente, que a solução é a educação ou distribuir a renda” etc.
2. Pessoal e parasita
Pessoal. Se a sociedade é má porque o homem é mau, então não podemos dissociar o mal social do mal pessoal. Ex: culpar o “sistema” por o Brasil não ir pra frente.
Culpar estruturas tira a culpa do ser humano, como se este fosse bom; ninguém recebe a culpa. Mas Deus não julga estruturas, e sim pessoas. São estas que possuem o pecado.
O pecado também é SORRATEIRO: Gn 3 inverte a pirâmide: o mandato espiritual deve vir primeiro, depois o social e então o cultural. A queda vem na inversão: dá-se ouvido à criação (serpente), esta inverte o social (mulher não dá ouvido ao líder), e Deus é o menos ouvido da história. Idolatria não é abandonar a Deus, mas permitir outros deuses e coisas no mesmo patamar.
Parasita. Por trás de pessoas existem forças espirituais do mal. Pessoas não são isentas de culpa porque são usadas por forças inimigas. Não precisa fazer trabalho especial para retirar demônios, só confiar em Cristo, se render a ele.
Pecado não tem reino próprio. Não cair no maniqueísmo (há império do mal e o do bem). Tudo está debaixo do domínio de Deus. O império das trevas não é exceção.
Satanás é chamado de príncipe deste mundo porque ele não é o rei, mas um usurpador, como Absalão no reino de Davi. Ele toma um organismo que não é dele e usa os nutrientes para seu próprio proveito.
O pecado não pode destruir a estrutura (ex: conceito de família jamais cairá. Sempre procurarão uma fuga pois a verdade está no HD deles os martelando. Até quem não tem família procura amigos pra chamar de família).
3. Mundano e secular
Para muitos crentes, mundanismo é um grupo de coisas ou atividades. Ex: enxergamos mundanismo na política, direito, comércio, arte, mas não na enfermagem, na pedagogia…
Claro, há ambientes que foram mais maculados que outros e se tornaram mais perigosos. O problema é achar que há coisas que são quase irredimivelmente más por si mesmas.
Mundanismo não é um tipo de atividade, mas um vírus que você carrega consigo aonde vai.
Mesmo assim, Deus não deixa o pecado fazer todo o estrago possível: ele concede graça comum, derrama sua bondade sobre os homens em certa medida. (At 14.16-17). No mesmo lugar pode ter coisa boa e ruim, bonita e feia.
Esta postagem é resultado das anotações feitas a partir da palestra do Rev. Heber Carlos de Campo Jr no PV Caldas Temporada Inverno 2018. Recomendamos que assista completo no YouTube.
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defesadaverdade · 5 years
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Dicotomia Moderna — Cosmovisão #1
Cosmovisão cristã com Rev. Heber Campos Jr. Mensagem completa: Clique e assista no YouTube
I - DICOTOMIA MODERNA
• O que é cosmovisão? Pode ser definida em 3 aspectos:
Interpretativo: o que faz com que interpretemos coisas/assuntos. Reações opostas à mesma coisa, por exemplo. As lentes pelas quais enxergamos.
Fundamental: tem a ver com o que a Bíblia chama de coração. Não é apenas a sede das emoções, mas lugar de onde procede pensamentos, emoções e desejos. Tendemos a dicotomizar: cérebro e coração. Jesus não fazia isso. É também onde o pecado reside e por isso é difícil de pará-lo. O que você considera precioso está nele. Por isso é tão difícil mudar a cosmovisão. A fundação da casa ou prédio.
Interligado: como uma rede de pescar, ou rede elétrica. Qualquer furo, buraco ou defeito, afeta o todo. Cosmovisão dá sentido à vida: você busca explicações para o desconhecido.
• Todos nós temos uma cosmovisão. E ela funciona toda hora.
Ex. de transformação de cosmovisão: o geraseno em Mc 5, curado e Jesus expulso da cidade; ele quer ir com Jesus e este não deixa para que fique e conte o que aconteceu. Em Mc 7 Jesus retorna e é aguardado pela multidão: o geraseno fez a parte dele!
Texto: Juízes 1.27–2.5,10-13
Adorar Baal foi só consequência da geração anterior. Esta começou a ter VIDA DUAL: temiam a Deus mas não expulsaram os deuses: começaram a dicotomia. Não é isolamento, mas santidade. É possível fazer coisas da/na igreja mas com mentalidade mundana.
DICOTOMIA MODERNA
Mentalidade sagrado x secular. Está na visão sobre trabalho, cultura, etc. É mais fácil não discernir, não ter filtros, dizer “tudo é ruim, não pode” ou “tudo pode, tá bem”. Ex: monges e monastérios presumiam isolar-se.
Por que pensamos assim? Francis Schaeffer diz que a igreja católica dividiu a vida em dois eixos. Antes do Renascimento, a arte sempre era sagrada; depois se pintou coisas por elas mesmas. O secular pintado de forma idealista.
Sociedade absorveu: não podemos dar opiniões porque isso é algo “religioso”, então esses argumentos não valem. Presumem que podem debater de forma neutra, mas sempre trazem valores de fora.
No fundo, eles dividiram e nós aceitamos. Ex: feminilização das igrejas pois focam muito no emocional (Nancy Pearsey). Após pais irem para as fábricas por longas horas, a educação e espiritualidade ficou como dever das mães. Virtude foi associada ao feminino. Homens ficaram com a esfera pública e elas com a privada. Surge o feminismo indo a outro extremo querendo a vida pública também. A dicotomia agora traz problemas para o lar.
Esta postagem é resultado das anotações feitas a partir da palestra do Rev. Heber Carlos de Campo Jr no PV Caldas Temporada Inverno 2018. Recomendamos que assista completo no YouTube.
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