#harry styles preto e branco
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louddydisturb · 1 year ago
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Help me, lou
Louis desde que começou no seu novo estagio percebe os olhares diferentes da diretora do colegio, harry que desde que botou os olhos no jovem não conseguia parar de imaginar o quão bom o garoto quietinho poderia a foder
Louis, 25
Harry, 35
Tw: lactation kink, breeding, traição
Ib: anon
(Vou adicionar a capa depois pq to viajando e a internet não me ajuda a carregar as fotos)
Louis caminhava pelos corredores da escola sentindo a mesma ansiedade como se fosse um primeiro dia de aula, ele apertava a alça da bolsa em sua mão, respirava desregulado tentando chegar na sala da diretoria para pegar as informações para o estagio
"Olá, ahm... posso entrar?" ele fala apos abrir uma fresta da porta da diretoria encontrando uma figura cacheada sentada na cadeira de couro preta
"Ah sim, bom dia, pode entrar. sou harry styles, você é?" a mulher levanta apertando a mão do outro e sorrindo amigavel
"Sou louis tominson, começo meu estagio hoje"
"Prazer senhor tomlinson, creio que veio para pegar os seus horarios, certo?"
"Sim, não pude vir para a reunião de inicio de semestre" ele senta em uma das cadeiras em frente a mesa comprida de vidro
"Acredito que já esteja impresso, me da só um minutinho" a cacheada pega o telefone fixo na mesa e liga para a secretaria que cuidava dos documentos
Louis usou esse tempo para analizar a sala, as paredes pintadas em um tom claro de cinza, uma estante com livros, trofeus e fotos, Um armario atrás da porta e um sofá do outro lado, em sua frente ficava a mesa de vidro com uma pilha de papeis e porta canetas, computador e a cadeira de escritorio em um couro preto.
Seu olhar caiu em harry que usava uma blusa social branca levinha, seus cachos soltos em seu ombro e o crachá de identificaçao pedurado em seu pescoço, louis suspirou sem jeito quando notou que pelo jeito que a mais velha sentava ele podia notar a rendinha do sutiã vermelho aparecendo na blusa que tinha os 3 primeiros butões soltos e como suas coxas pareciam esmagadas na saia preta colada que ela usava.
"Sr. Tomlinson?" Ele sai de seus desvaneios ao ouvir a voz calma o chamando "aqui está sua grade com as salas e o professor principal, qualquer duvida ou problema pode vir aqui" ela entrega a folha de papel fitando rapidamente o moreno sentado em sua frente
Ele usava uma camisa polo azul escuro que marcava o braço com alguns musculos aparentes mas nada muito extravagante, ele usava uma calça preta social mas que ficava perfeitamente apertada em seu corpo
"Obrigada sra. Styles" ele levanta rapido saindo da sala e regulando a respiraçao descopensada caminhando sua primeira aula completamente aos olhares de styles
📚
Louis puxava os dois adolescentes pelo corredor, ele mal tinha feito seis meses de estagio e ja tinha que lidar com briguinhas bobas de estudantes
"Bom dia sra. styles, está muito ocupada?" Ele estra notando a sala vazia mas alguns barulhos vinham do banheiro que tinha a porta fechada
"Só um minuto" ele escuta a mais velha fala e ele senta os dois garotos nas cadeiras em frente a mesa e se apoia na parede proximo a porta de vidro fosco "ah olá professor tomlinson, desculpe ouve um probleminha" ele observa a cacheada colocar oque parece que são duas garrafinhas na pequena geladeira da sala "oque aconteceu?" Ela senta na cadeira atrás da mesa
"Pelo oque me falaram victor começou a provocar thomas por causa de algum motivo besta e thomas avançou dando um soco no rosto dele e começaram a brigar na cafeteria durante o intervalo, mas nenhum quis falar nada" os olhos verdes caem no garoto que segurava uma bolsa de gelo contra a bochecha e o outro que tinha a cabeça baixa
"Quem vai começar falando? Se os dois não quiserem entrar em grande problema então e melhor esclarecerem tudo" ela fala seria e louis volta a se apoiar na parede observando a cena, harry usava hoje uma blusa social soltinha em um tom de cinza com os primeiros botões desabotoados e uma saia preta como normalmente usava
Ele nota as unhas pintadas de branco enquanto ela escreve algo em um caderno
"Victor ganha 3 horas de detenção após a aulas e thomas 3 horas e meia" ela observa os dois adolescente e continua quando thomas faz a menção de protestar "mesmo que tenha sido provocado não é motivo para querer resolver com violencia e os pais tambem vão ser notificados, estão liberados" harry guarda o caderno na estante proxima de sua mesa e chama louis antes que ele feche a porta "tomlinson preciso que assine uns papeis sobre o passeio de turma do 9° ano, coisinha besta mas esqueci de pedir antes" ela puxa algumas folhas da gaveta ao lado da mesa enquanto tomlinson se senta em sua frente
Ele pega uma caneta e lê em silencio antes de assinar
"Tem filhos?" A cacheada o olha confusa "quer dizer, e-era garrafinhas de leite que colocou no frigobar?"
"Ah sim, tenho uma garotinha de 9 meses" ela liga a tela do celular mostrando a nenem que sorria na tela de bloqueio, ela parecia uma exata copia de harry com os olhos verdes grandes e os dentinhos de coelho junto com as covinhas fundas
"Adoravel" ele diz sorrindo sem mostrar os dentes "não sabia que era casada, não usa nenhum anel" ele levanta ao ouvir o sinal tocando indicado que o intervalo tinha chego ao fim
"É complicado" ela diz baixo
"Desculpe, fui invasivo" ele abre a porta se preparando para sair
"Sua grade de horarios irá mudar, o administrativo não me passou ainda mas passa aqui no final das aulas para ver se já está aqui" louis acena com a cabeça antes de sair da sala
📚
Louis pega suas coisas saindo da aula que teve que substituir, ele amava pedagogia mas dar aulas para 6° e 7° anos pode ser um karma de alguma vida passada
"Licença sra. Styles" ele dá dois toques vendo a cacheada concentrada em algo no computador, ela o olha atraves das lentes do oculos que combinava perfeitamente com seu rosto
"Ah sim vou pedir para imprimirem, pode ser sentar" ela digita algo no computador e reencosta na cadeira olhando para louis que estava sentado em sua frente encarando o chão "dia cansativo? Teve duas substituições certo?" Ela puxa assunto tomando um gole da sua xicara de café
"Sim, professor elias estava doente essa semana"
"Fiquei sabendo, pobre homem sempre tão trabalhador" harry cruza as pernas observando o moreno que estava visivelmente desconfortavel "quer um café? Chá? Agua?" Ela levanta caminhando até o frigobar
"Aceito uma agua" a cacheada tira uma garrafa de agua e deixa na mesa
"Vou pegar a grade" ela caminha indo para fora da sala mas trava antes de passar por tomlinson que sentava despojado bebendo sua agua "merda" ela diz baixo levando as mão para seus seios "desculpe tomlinson me de somente uns minutinhos" ela fala apressada indo até o banheiro e encostando a porta
"Está tudo bem?" Ele para atrás da porta falando em um tom preucupado
"Sim sim, é só que meu leite acabou vazando, hoje tive que tirar mais, não é geralmente assim, é só quando estou em casa ou exc..." ela corta a frase deixando louis levemente confuso
'Excitada?' Ele pensa consigo mesmo
Ele se senta na cadeira novamente vendo harry sair alguns minutos depois do banheiro, agora usando uma camisa social branca, levinha e quase transparente
"Doi?" Ele aponta para a bombinha que estava na pia do banheiro que tinha a porta aberta
"Um pouco, quando estou em casa é melhor porque tenho a nenem mas aqui não tenho muita opção" ela o olha diretamente nos olhos, a imensidão verde encontrando o azul "e você tem esposa? Ou namorada"
"Não namoro" ele responde curto desviando o olhar da mais velha, ficando alheio ao sorrisinho nos labios vermelhos
"vou pegar a grade" ela caminha ate a porta e sai da sala
Louis continua na sala levemente atordoado pelo o olhar da cacheada, ele não era ingenuo, ele ja tinha notado os olhares e até algumas ações da mais velha para si
No inicio ele achou que estava delirando e que era coisa da sua cabeça, mas depois quando notou os labios vermelinhos sendo mordidos e as coxas grossas se pressionando enquanto as orbes verdes o olhavam descaradamente durante uma reunião
Ele soube que tinha algo ainda mais errado quando sonhou com aquelas coxas na mesma noite
"Aqui sr. Tomlinson, desculpe o atraso" ela senta na cadeira novamente, harry sente seu peito vazar, ela não teve tempo de esvaziar totalmente então agora ela tinha mais uma blusa suja mas ela não fez nada, seu olhar encontrou os olhos azuis curiosos olhando para seus peitos
"Eles estão..." ele fala meio acanhado observando por cima da camisa a pequena mancha molhada passando pelo bojo do sutiã
"Sim eu não tive tempo..." os olhos azuis disfarçam a olhando e concordando sem ao menos saber com oque
Ela oprime um sorriso observando as bochechas vermelhas de louis e como ele estava inquieto na cadeira "não gosto de tirar com a bombinha, eles doem tanto" ela aperta os peitos fazendo mais leite escorrer por dentro da roupa "eles ficam cheinhos tão rapido" louis sentia sua calça jeans ficar apertada "você pode me ajudar lou?" Harry o olhava como uma 'gatinha manhosa'
Louis continua parado de costas para a porta e seus olhos acompanham os passos de harry ate si
"Sra. Styles... " ele fala apreensivo
"Você não quer tomlinson?" Ela fica em sua frente, poucos centimentros de encostar o torso molhado em si
Louis não poderia negar mas tambem sabia que harry era bem mais experiente que si, afinal a mais velha tinha até uma filha
Ela senta no sofá desabotoando a camisa molhada, nunca tirando os olhos verdes do mais novo
Louis se aproxima de harry lentamente, ela o da a mão o puxando para deitar com o torso em seu colo como um bebê, ele fica meio desnorteado mas apenas faz oque a mulher o manda
Ele vê o exato momento que ela solta o sutiã liberando os peitos cheinhos que vazavam leite
"Mama, amor" com o dedo do meio e o indicador ela guia o biquinho rosinha do peito para a boca de louis, que o chupa devagar ainda com receio
Ela ofega e empurra a parte de tras de sua cabeça contra seu peito o fazendo colocar mais da mama em sua boca
O liquido doce quentinho escorria aos poucos para sua boca, o gosto invadindo todo seu palato
Louis terminou de mamar todo o liquido de um lado e sentou no sofá puxando harry para seu colo antes de continuar no outro lado, essa que gemeu surpresa com o movimento repentino e sentiu o caralho pressionar contra sua bunda
Louis colocou o outro peito na boca voltando a chupar todo o liquido gostosinho enquanto harry gemia manhosa, puxava seu cabelo e rebolava em seu colo
"Oh lou... tão bom para mim..." ela ofega enquanto brinca com o outro biquinho ainda sensivel "tão bom lou... agora toda vez que eu precisar eu vou te chamar, não me importo se estiver dando aula" ela geme olhando nos olhos azuis que a olhava, o preto tornando o azul quase inexistente "solta, amor... ta doendo" ela tenta afastar o mais novo que continuava grudado em si mamando no peito que já não vazava nenhum liquido
Ele se afasta por fim observando harry sair de seu colo e se ajoelhar entre suas pernas
Ela abriu seu cinto e a calça puxando de sua cintura
"Sra. Styles... não podemos" ele segura a mão da cacheada quando ela faz a menção de baixar sua cueca
"Porque não amor? Não tem mais ninguem na escola" ela deixa beijinhos no falo duro por cima da cueca fazendo louis suspirar e agarrar os cachos cor de chocolate
Ela sorri sentindo as puxadas em seu cabelo enquanto beijava toda a extensão presa na cueca, era quase como louis estivesse usando aquilo para manter seu auto controle
Ela aproveita a baixa guarda do moreno ao que ela chupa a cabecinha inchada por cima da cueca e puxa o tecido para baixo fazendo o cacete duro bater em sua bochecha corada, ela coloca a cabecinha na boca e rodeia com a lingua fazendo pré-porra vazar aos montes
Louis geme alto tentando afastar a mais velha que segurava sua cintura continuando a chupar o pau em sua frente, ela o olhava com os olhos verdes, lagrimejando quando tentava levar toda a extensão em sua boca
"Harry..." ele geme, sua respiraçao desregulada e seu baixo ventre revirando
"Goza pra mim, amor" ela punhetava rapido o pau duro ouvindo os choramingos de louis que tentava se esquivar de seu toques ao que gozava em tiras grossas em sua boca
Ela chupa a cabecinha sensivel antes de se afastar sentando no colo de louis de novo, esse que tinha os olhos fechados e choramingava baixinho ao que sentiu harry rebolar contra seu membro ainda sensivel
"Me fode lou" ela rebolava devagar sentindo o calor das mãos de louis em sua cintura e o pau começando a endurecer de novo embaixo se si "deixa eu sentir seu pau me fodendo ate o fundo, me deixando cheinha de porra" ela rebola mais urgente levantando a barra de sua saia ate sua cintura
Ele afasta a calcinha de renda que ja estava encharcada e guia seu pau meio incerto para a entradinha apertada da buceta
"Oh loue... tão grande" ela senta devagar engolindo todo seu pau
Louis gemia apertando as coxas que quicavam em seu colo, ela o apertava e vazava melzinho aos montes deixando tudo mais molhado e liso
"Harry??" A cacheada ouve as batidas na porta e congela no colo de louis quando ouve a voz de seu marido "harry já estou esperando tem 40 minutos, maggie está enjoada com sono" ele tenta abrir a porta mas estava trancada "harry?"
"E-eu ja vou" ela fala alto "tive um imprevisto com a bombinha mas já resolvi" louis testa estocar o quadril vendo os olhos verdes se arregalarem e ela enfiam o rosto em seu pescoço abafando um gemido
"Abre a porta eu espero ai dentro junto com a nenem" ele bate novamente
"Não consigo sair do banheiro agora..." ela sente louis guiar o seu quadril em reboladas lentas, o cacete estava até o fundo em sua buceta "vai sujar a sala" louis geme rouco em seu ouvido quando sente a buceta o apertar "m-me espera no carro" ela fala por fim esperando que o marido não atrapalhasse a melhor foda que ela tinha há meses
Ouve-se um murmuro do lado de fora e logo passos se distanciando
Ela começa a quicar mais urgente contra louis sentindo seu orgasmo mais proximo do que nunca
"Deixando o marido esperando enquanto fode com outro" ele fala devagar deixando uma mordida fraca no pescoço de harry que arqueava as costas e gemia alto " esconde a aliança só para foder com novinhos?" Ele fala deixando para tras qualquer resquicio de vergonha
A cacheada tremia em seu colo, gozando por todo seu pau e o apertando fazendo ser impossivel de segurar o propio orgasmo, ele goza fundo na buceta apertada enquanto harry tentava regular a respiração deitada em seu peito e com o rosto em seu pescoço
"Preciso ir, ele pode desconfiar de algo e pode prejudicar teu estagio" ela levanta arrumando a calcinha e a saia no lugar e pega uma blusa, agora preta, do armario
Louis levanta arrumando a calça no lugar e penteando seu cabelo com a mão
Harry puxa louis para um beijo rapido, o encostando contra o vidro da porta, ele pousa as mãos na cintura da garota antes dela se afastar e pegar algo na gaveta da mesa, louis vê ela colocar a aliança dourada novamente em seu dedo, e o entregar uma chave
"Essa é a chave reserva, eu vou sair primeiro e depois voce sai e tranca" ela pega as coisas e deixa um beijo nos labios de louis antes de sair da sala e ir até o carro de seu marido como qualquer dia normal
Louis sai um tempo depois mas harry, tal o marido e a filha ainda estavam parados em frente ao carro estacionado na garagem
Louis observa a cacheada brincar com a criança em seu colo, que ria e esticava as maos tentando alcançar a mãe
Quem olhava de longe imaginava que era só uma familia feliz mas louis sabia que harry podia sentir sua porra escorrer pela suas coxas.
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babydoslilo · 1 year ago
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Entre Rivais
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O que acontece no jogo, fica no jogo. Ou pelo menos tinha sido assim até Harry Styles e Louis Tomlinson, capitães de times rivais, deixarem a competitividade e arrogância influenciar suas atitudes fora do campo.
Talvez não tenha sido uma boa escolha para Tomlinson pressionar o corpo forte na parede. Também não foi muito bem pensado que Styles se viu entre um peitoral másculo e um sofá. 
Em um cenário majoritariamente masculino e homofóbico como o mundo do futebol, não é recomendável que dois jogadores heteros desenvolvam certos tipos de sentimento. 
Bom.. eles terão que lidar com isso.
Essa história contém: Smut gay; Revezamento; Enemies to lovers; Harry um pouco menor que o Louis; Mutual pining (quando as duas pessoas se gostam, mas acham que o outro não está interessado).
Pequeno aviso aos que leram Rivals: vocês vão achar muita semelhança com a oneshot ziam no início, mas essa é a história completa que eu queria fazer quando pensei naquele plot. Boa leitura!!
WC: +18,4K
I
O apito soou estridente anunciando o início da partida. Seria só mais um jogo comum entre dois times ingleses se não fosse pela competitividade que exalava dos poros dos seus respectivos capitães. 
Apertar as mãos dos seus oponentes poderia ser descrito como o momento mais cortês e amistoso de qualquer esporte, mas também era o mais falso. Os olhos claros se encararam por segundos inteiros e nem um "bom jogo" foi pronunciado, os maxilares rigidamente marcados e o aperto forte em suas mãos deixou claro o quão sério iriam jogar naquela manhã. Assim que se encontraram frente a frente novamente para jogar a moeda e decidir quem iniciaria com a bola, o ar pareceu se tornar mais pesado e o choque entre o azul e vermelho das roupas assim tão próximas poderia soltar faíscas. 
Pela primeira vez durante toda a etapa classificatória das equipes, o sol brilhava forte no céu, fazendo com que os jogadores ficassem suados e cansados ainda mais rápido. A tela verde que era o gramado estava totalmente pintada com pontinhos misturados das cores azul, branco e vermelho dos times e o uniforme preto que acompanhava com velocidade os jogadores para marcar qualquer penalidade no jogo.
O uniforme de Louis era branco com mangas e short azuis, e já estava manchado de terra, suor e grama em poucos minutos da partida. A faixa preta que segurava os fios curtos molhados o irritava com a pressão constante em sua cabeça e ele estava a ponto de arrancar tudo com o nervosismo que sentia a cada minuto que passava sem um maldito gol. Os 15 minutos iniciais do primeiro tempo foram cruciais para determinar o ritmo e seriedade com que os times jogavam, e mesmo que o resultado não fosse eliminar ninguém da competição, era importante se manter em um bom pódio.
Tomlinson, como capitão, seguia correndo o máximo que podia e animando os colegas, incentivando a sempre continuar com as marcações e ataques. Aquele apoio era fundamental e todo mundo podia reconhecer o efeito que tinha uma boa liderança. Do outro lado do estádio, o time rival não tinha a companhia do seu capitão em campo, mas podiam sentir a apreensão e incentivo que o cacheado emanava dos bancos, não conseguindo, no entanto, se manter sentado enquanto os parceiros jogavam, e por isso estava sempre gritando ordens em pé como se fosse o técnico. 
Harry Styles estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e por isso só entraria diretamente para o embate se fosse realmente necessário. Enquanto os colegas conseguissem manter a defesa bem alinhada, as marcações pressionando os adversários e os passes bem feitos, não havia motivos para se desgastar. Essa tática seria útil em não lesionar ainda mais o jogador se ele de fato conseguisse se manter calmo e descansado enquanto não precisava se esforçar, recomendação que realmente não era cumprida ao que as pernas envolta em um short branco se movimentavam ansiosas de um lado para o outro e os braços tatuados não paravam quietos, passando a mão pelos fios castanhos e apontando para o jogo aos gritos em todo segundo. 
O dois times em campo eram muito bons, não dava pra negar, mas assim que Louis fez o passe que foi brilhantemente finalizado por outro atacante, marcando o primeiro gol da partida quase no final do primeiro tempo, a torcida se tornou voraz na arquibancada e Harry sentiu a pressão em seus ouvidos, bem como no estômago. Teria que jogar também. 
Mais uma vez o sílvio longo do apito soou, indicando o final desse tempo, e os dois times se recolheram cada um em seu vestiário. Os técnicos e seus assistentes com prancheta em mãos mostravam desenhos e estratégias que poderiam tomar a seguir, os jogadores ouviam atentos às recomendações e sugeriam trocas e substituições, os massagistas e fisioterapeutas davam uma revisão geral em todos os garotos, aplicando sprays mentolados e fitas adesivas, Kinesio tape, para alívio de dores e possíveis distensões musculares, e os capitães tentavam se concentrar na responsabilidade que estava em suas mãos. 
Quando puderam voltar para o campo, alongando rapidamente o corpo e dando pulinhos para esquentar o sangue, o clima do ambiente parecia ter mudado. Com os capitães e atacantes à postos direcionando os seus, a atmosfera se tornou quente e pesada, o sol contribuindo para tal já que se aproximava do meio-dia, e os olhos quase fechados pela claridade acharam foco um no outro, encarando com determinação o rival do outro lado do campo. Mais uma vez o som estridente fez com que os corpos se movessem com velocidade, estavam todos famintos no segundo tempo, uns querendo se manter na liderança e outros querendo retomar o poder. 
A bola girava nas chuteiras de marcas famosas, o gramado já contava com algumas falhas e a terra se mostrava após quedas e derrapadas em um mesmo local. Os uniformes sujos já estavam se colando aos corpos musculosos e alguns jogadores se sentiam doloridos após tantos empurrões e puxadas que davam e recebiam. No entanto, o embate pessoal entre Tomlinson e Styles não tinha acontecido com tanta ênfase até que o calçado com o número 28 estampado conseguiu domínio total da bola, driblando a defesa dos outros com agilidade e se aproximando perigosamente do gol. 
Foi nesse momento, quando estava quase lá, de cara com o goleiro adversário e a área livre, que Louis sentiu um corpo forte e poucos centímetros mais baixo colar ao seu com dureza, uma mão agarrou firme a barra da sua camisa e um peito largo fez pressão em suas costas enquanto pernas ágeis trabalhavam para tentar tomar a bola. 
O maior tentou se livrar do agarre com os cotovelos, mas não conseguiu. Tentou jogar a pélvis para trás para ganhar mais distância entre o quadril do outro e o seu, o que também afastaria ele da bola disputada, mas o homem insistia em lhe encoxar, não se afastando um centímetro sequer. A confusão de corpos estava tão intensa que o juiz viu a necessidade de parar o jogo, dando um pequeno aviso de que aquilo não era dança de salão para estarem colados, e assim que Louis virou para ver quem estava lhe marcando daquela forma, seu sangue ferveu. 
O cacheado respirava com dificuldade enquanto seus olhos ferozes encaravam os azuis do outro, as mãos que estavam apoiadas na cintura alheia subiram em rendição quando o maior se encheu de uma adrenalina e raiva tão grande que mal viu a hora em que o corpo agiu sozinho e foi de encontro ao que estava em frente. As mãos grandes também tatuadas agarraram o uniforme vermelho e Harry sentiu seus pés levantarem involuntariamente pela força, os narizes quase se esbarraram com a proximidade que tinham tomado naquela confusão que pareceu durar minutos, mas, em verdade, durou segundos antes de diversos jogadores virem afastá-los. 
Eram vozes muito graves falando todos ao mesmo tempo, muitos sotaques diferentes de uma só vez e não dava para entender uma palavra sequer, a única coisa que estava em foco eram as feições raivosas e cheia de promessas silenciosas que eles trocaram pouco antes de um cartão amarelo ser levantado em direção ao de uniforme azul. 
O jogo seguiu acirrado, mais marcações pesadas ocorreram entre os dois e sempre pareciam mais violentas do que as demais. Uniformes eram esticados ao ponto de quase rasgarem, os músculos das pernas já estavam doloridos após tantos empurrões e rasteiras, shorts amassados e levantados depois de tanto contato e um certo volume compondo toda essa bagunça. Era normal de acontecer em partidas de futebol por conta de todo atrito entre os jogadores, então ninguém se importou muito com isso. 
O relógio mostrou que faltavam apenas 7 minutos dos acréscimos para o jogo terminar quando o time que estava em desvantagem marcou gol. A torcida cada vez mais barulhenta nos minutos finais, a ansiedade estampada na cara de cada um presente no estádio, vaias e gritos de guerra se confundiam na acústica local, jogadores mancavam cansados e doloridos pelo tempo em campo quando o apito soou pela última vez. 
Jogo encerrado, placar empatado. 
II
Após todo jogo era comum que rolasse uma after party com todos os jogadores dos times que competiram no dia, além disso várias modelos eram convidadas para embelezar a festa e outros artistas em geral não ficavam de fora. Era uma ótima oportunidade de confraternizar com outras celebridades, conhecer novas pessoas, arriscar uma noite casual ou simplesmente curtir como se fossem anônimos. 
– Que honra ter a sua preciosa presença nos agraciando essa noite senhor Alex, já estava me convencendo que tinha esquecido dos seus velhos amigos. – a voz de Louis saiu brincalhona enquanto conversava com Alex Turner. 
Eles se conheciam desde a adolescência, costumavam dividir baseados e andar de skate nas ruas mais esquisitas de Londres. Mas a vida seguiu e os caminhos se tornaram distantes assim que um olheiro levou Louis para a França para jogar em seu primeiro clube pouco antes de completar 18 anos e quando finalmente fechou contrato com o grande time inglês, Chelsea, e pôde voltar para casa, soube que seu antigo companheiro tinha dado sorte com a pequena banda de garagem e estava tentando a vida de artista nos Estados Unidos.
– Seu senso de humor não mudou nadinha, Louis. É muito bom te ver novamente, cara. – um sorriso torto estampou os lábios finos do cantor. – Ah! Deixa eu te apresentar uma pessoa.. – ele passou os olhos castanhos em volta de onde estavam até finalmente achar quem procurava. Acenou com as mãos e Louis acompanhou o belo homem que caminhava em sua direção. – Esse é Victor Nunez, meu acompanhante essa noite.
O rapaz era genuinamente bonito, Louis pensava nunca ter visto alguém com o rosto tão simétrico e anguloso dessa forma. Ele tinha o corpo alto e músculos em todos os lugares certos, diversas tatuagens que cobriam os braços, um estilo de roupas exóticas e invejáveis ao mesmo tempo e caminhava como se pudesse pisar em nuvens com suas botas de salto. 
– Eu sou Louis, muito prazer. – apertou em um cumprimento educado os dedos esguios com unhas pintadas do outro. – Não me leve a mal, mas você é modelo? Acho que combinaria muito com você, deveria tentar. 
– Sim, ele é, Tomlinson. Obrigado pelo elogio sutil ao meu parceiro, muito gentil da sua parte. – a voz de Alex cortou qualquer tentativa de fala do acompanhante e Louis virou o rosto em confusão para encarar o amigo. 
Os olhos castanhos dele estavam fuzilando as mãos ainda unidas e Tomlinson tratou de separar. Não entendia o que estava rolando entre os dois, mas não queria atrapalhar.
– Bom, Alex… eu posso falar por mim mesmo. – o modelo deu um sorriso pontual para o homem ao seu lado e voltou a olhar para o jogador, suavizando a expressão. – Obrigado, Louis. 
– Certo.. eu vou falar com os caras do time, mas aproveitem a noite. Depois a gente se vê, mate. – o jogador se despediu dos outros dois e saiu o mais rápido possível, não querendo ouvir a discussão entre dentes que pareceu começar ali. Estranho.
Louis tentou se misturar entre as rodinhas de conversa que estavam formadas, nenhum assunto lhe prendendo a atenção por completo. Tinha um sentimento que espreitava a superfície da sua pele sempre que ficava alguns minutos disperso, o cérebro se esforçando para encontrar da onde isso vinha, mas sem sucesso. 
Ele se sentia esquisito desde o jogo pela manhã. Geralmente no final do dia toda a adrenalina e tensão já teria ido embora depois do banho relaxante e sessão de massagem que era seu ritual obrigatório após cada partida, porém tinha algo diferente dessa vez. Tomlinson podia sentir sua nuca queimando e os pelos dos braços arrepiados, como se o corpo estivesse em alerta e não conseguisse descansar.  
Era estranho porque nenhuma confusão ou briga em campo era levada para a vida real, o ditado "o que acontece na partida, fica na partida" era seguido à risca, então o momento de confraternização posterior servia para acalmar os ânimos, reforçar a amizade entre jogadores de times rivais, desopilar do estresse diário com álcool e outras drogas, além de consolar quem tivesse perdido. Pelo menos estava sendo assim para todos os outros. 
No entanto, Louis e Harry ainda guardavam uma certa frustração e irritação mesmo após horas do término do jogo, o que até então era desconhecido por eles. Enquanto todos os colegas conversavam, riam e bebiam juntos, já nem lembrando do placar do jogo ou que no próximo mês iriam se enfrentar em campo novamente, eles fizeram questão de se manterem distantes, sendo ligados apenas pelo olhar duro que quase não desviava. Os olhos azuis de Tomlinson estavam tentando decifrar o que os esverdeados pensavam ao lhe fitar com tanta intensidade, fazendo o músculo dos braços fortes tensionar quando o cacheado levou o copo de bebida até os lábios grossos ainda com o foco sobre si. 
Os fios de cabelo lisos e molhados pelo recente banho do maior contribuíam para a sensação de calafrio que arrepiava todo o corpo, ao passo que as mãos se fecharam em punhos, sentindo o sangue quente pulsar nas veias saltadas e uma vontade absurda de segurar ou bater em alguma coisa. Não era normal tanta tensão vibrando pelo corpo por conta de uma situação comum de acontecer no trabalho que tinha, mas pareceu um sinal do destino quando Harry, que estava do outro lado do grande salão e aparentemente havia cansado desse jogo de encaradas raivosas que eles tinham entrado, largou o copo que segurava em cima de um balcão qualquer e, deixando uma espécie de desafio para trás, seguiu rumo a um corredor próximo à saída. 
O maior não precisou pensar nem por um minuto antes de seguir o rastro do perfume marcante que o outro deixou, não se importando em despedir-se dos colegas que estavam em sua volta. Talvez não tenha sido uma boa ideia, e ele só teve essa percepção quando sentiu o impacto das suas costas batendo contra o concreto da parede assim que dobrou um dos corredores mais afastados e escuros do local. 
Era tarde demais. 
– Oh, porra. Qual é seu problema comigo, cara? – Louis falou, sentindo sua cabeça ser forçada contra a parede e os punhos em sua camisa limitando a respiração. – Me larga!
– O meu problema com você? Você só pode estar brincando! – A respiração quente e descompassada de Harry batia no queixo do outro ao que ele gritava raivoso, se aproximando cada vez mais. – Tava me provocando a porra do jogo inteiro, fazendo questão de se esfregar em mim quando eu estava só fazendo o meu trabalho de marcação, e agora me segue até aqui pra quê? – encostou a testa contra a dele, o nariz amassando o do outro com a força que ele colocava na ação e os lábios rasparam quando ele continuou. – Qual a porra do seu problema? 
Louis sentia as respirações colidindo uma na outra pela proximidade, o sangue pulsando nas têmporas e a pupila dilatando quando o instinto falou mais alto e ele se viu tomando impulso com as mãos firmes na cintura fina do menor, empurrando-o com força contra o outro lado do corredor. Não foi uma escolha racional e eles só notaram o que de fato estavam fazendo quando uma mordida mais forte foi dada nos lábios grossos de Harry e devolvida na mesma intensidade. O beijo que trocavam era doloroso, faminto e puramente sexual.
Não existia delicadeza na troca de saliva, muito menos na maneira que as barbas arranhavam os dois rostos na mesma medida, deixando a pele por baixo vermelha e sensível, e também não havia delicadeza nas mãos que puxavam os fios lisinhos ou nas outras que apertavam as costas e cintura do menor. O gosto amargo do álcool que deixava resquício nas línguas só contribuía para que ambos sentissem o corpo mais receptivo, aceso, e a mente embaçada, sem foco. 
O tecido da camisa do cacheado estava sofrendo com os puxões e amassos que as mãos firmes de Louis deixavam por todo o peitoral e costas, descontando ali toda a frustração de estar desse jeito por um jogador rival. Não passaram muito tempo naquela bagunça de grunhidos graves e respirações pesadas entre os beijos e mordidas, numa disputa não muito silenciosa para ver quem dominava melhor ou por mais tempo, pois assim que a mão direita do maior foi em direção ao pau de Harry em um aperto forte, as mãos deste fincaram todos os dígitos na carne macia da bunda de Louis. 
Precisaram separar os lábios para ofegar em conjunto, ambos com as pupilas dilatadas e contornos visíveis em suas calças. 
Sem nenhuma palavra proferida em voz alta, saíram aos tropeços pelo corredor em direção a uma das portas que tinha ali. Pareciam incapazes de tirar as mãos um do outro e bastou a porta ser trancada por dentro, assim que encontraram um cômodo disponível, para as peças de roupas serem puxadas e tiradas da forma mais rápida possível. Harry não mediu forças quando pressionou o outro corpo na porta trancada, aproveitando para subir pelas costas largas o tecido fino da camisa que ele usava, e logo que Louis se viu livre daquele tecido, tratou de inverter as posições, trocando de lugar e abrindo sem muito cuidado a camisa social que Styles usava, não se importando realmente com os botões que acabaram voando pela força utilizada.
À medida que a pele pálida e completamente cheia de tatuagens ia se mostrando, o maior passou a deixar beijos molhados e mordidas. O primeiro alvo foi o pescoço de Harry, onde o amargo do perfume tomou conta da língua quente de Louis, trazendo um erotismo e ardência que nenhum deles tinha experimentado com os aromas adocicados anteriores.
Depois ele seguiu para o tronco, tentando manchar a pele com chupões e mordidas mais fortes, uma clara competição com a tinta preta que era abundante naquele local. A boca atrevida foi rápida em descer até o cós da calça de alfaiataria que Harry usava, os olhos azuis do maior encarando com curiosidade a espécie de folhagem desenhada no fim do abdômen definido.
Eles não pensaram muito ao tirar com agilidade os tecidos que faltavam para deixar aquele corpo estonteante totalmente despido, ambos descobrindo o quão bem podiam trabalhar juntos. No entanto, antes que Louis pudesse aproximar mais uma vez os lábios da pele quente que pulsava totalmente rígida, o menor pôs as mãos nos cabelos castanhos, segurando com força o suficiente para que o outro ficasse de pé mais uma vez e cambaleasse para trás, seguindo à contra gosto o comando silencioso que lhe foi dado. 
A sala que eles estavam não era muito grande e tinha apenas uma mesa de canto com um aparador de bebidas e copos, duas poltronas próximas uma da outra e um sofá de couro marrom claro ao centro. Parecia uma espécie mais informal de escritório ou sala para pequenas reuniões. Esse ambiente só ficou realmente claro para os homens que estavam tão absortos no que estavam fazendo para dar uma olhada geral, quando Louis sentiu seus calcanhares baterem em um material geladinho e liso, claramente o móvel de couro. 
E ele estaria sentado e à mercê do outro se sua mobilidade não fosse boa o suficiente para inverter de novo o jogo e derrubar o cacheado bem no centro. Harry estava agora nu, jogado no sofá e totalmente disponível para o que quisesse fazer. Foi com isso em mente que o maior não perdeu tempo e logo estava com as mãos firmes na cintura fina, pressionando o quadril alheio com força, e direcionando seus lábios e língua até a carne tenra e pesada da ereção em sua frente.
– Oh, merda! – Harry gemeu contra a própria vontade assim que seu pau foi abrigado por um calor quase opressivo. A única reação que seu corpo foi capaz de tomar naquele momento era fincar as pernas no estofado e segurar com firmeza o cabelo do outro.
Não era romântico, nem delicado. Parecia quase punitiva a forma como os lábios cheios de Louis desciam e subiam sem trégua, famintos e quase sem controle, deixando a aspereza da barba marcar a pele pálida sempre que descia até a base, olhando para cima como se desafiasse o outro a reclamar. O maior era rápido, não perdeu tempo com sutilezas ou preliminares e o primeiro contato já foi intenso e quase doloroso, ocupando toda a boca e se divertindo com o chiado que Styles soltou por entre os dentes.
O menor tentou algumas vezes fazer com que Louis o deixasse respirar um pouco, aquele aperto em seu membro em conjunto com os olhos raivosos lhe deixavam no limite, mas o outro não se importava, nem queria ceder. Foi por isso que, sentindo o momento em que um acúmulo de saliva escorreu de propósito pelas bolas até chegar em sua entrada, ele fechou os punhos de maneira dolorosa na cabeça alheia e passou a estocar com força contra a garganta, sentindo a glande bater ritmadamente bem no fundo. 
De sobrancelhas franzidas e olhos lacrimejantes pelos pequenos engasgos, Tomlinson não iria desistir. Esses momentos de intimidade geralmente não traziam à superfície seu lado mais competitivo e irracional, mas o outro jogador parecia ter o segredo para lhe deixar assim. 
Logo os dedos largos passaram a se esgueirar pela bagunça molhada que a própria saliva tinha deixado no corpo do menor, conseguindo penetrar aos poucos a entradinha minúscula e tensa mesmo com o balanço das estocadas que Harry não dava intervalos e vencendo com muito custo a resistência dos músculos que pareciam estar travados por pura provocação.
– Que filho da put- porra. – a respiração ficou presa na garganta assim que foi preenchido por dois dedos. – Não pense que você vai me foder. Isso não aconteceria nem nos seus melhores sonhos.  
O nariz que estava colado em sua virilha soltou um arzinho em deboche e a cabecinha sensível do seu pau pulsou com a vibração da garganta que lhe acomodava tão bem. Os jogadores se encararam mais uma vez em desafio antes de Harry retomar as estocadas com ainda mais agressividade, pouco se importando se isso poderia machucar ou esgotar a voz do outro quando acabassem. 
Ele também não pensou muito que, assim como ele poderia sempre ir mais forte e mais fundo naquela boquinha, o outro teria muito prazer em revidar suas ações. 
Cada maldita estocada que dava na cavidade quente e babada era seguida por uma pressão dentro de si. A ardência de ter aqueles dedos se movimentando com rapidez e sem muito cuidado na sua entrada, acertando aquele pontinho que deixava a visão escura, somado à pressão que por minutos assolava seu membro, não restavam opções para Harry senão deixar os músculos das pernas cansadas finalmente relaxarem e se render ao orgasmo.
Sem nenhum aviso, Louis sentiu um líquido quente e espesso jorrar por sua garganta, o fazendo tossir e se engasgar um pouco pela surpresa. Os músculos em volta dos seus dedos apertaram uma última vez antes de relaxarem completamente, os joelhos alheios caíram afastados e o rapaz parecia tremer um pouco quando ele tirou a extensão quase flácida da boca e passou a limpar as poucas lágrimas que tinham escorrido e a porra branquinha que escapou pelo canto dos lábios. A pupila completamente dilatada completava a bagunça do seu rosto e o pau rígido e dolorido quase furava o tecido fino do jeans que ainda vestia. 
O cacheado parecia completamente fodido enquanto tinha as mãos acima da cabeça e tentava recuperar o fôlego, ainda meio desnorteado pelo recente orgasmo e muito desatento para reparar no outro corpo que exalava uma tensão absurda enquanto se despia completamente com todos os músculos rígidos como pedra. Pela feição determinada, não parecia que ele realmente queria fazer aquilo, era mais como se ele precisasse e não conseguisse controlar. A cada passo mais próximo do corpo quente e relaxado no sofá, o rosto se fechava ainda mais e a extensão grande e rubra latejava. 
– Ei! O que você pensa que tá fazendo? – o cacheado se forçou a abrir os olhos repentinamente e apoiou o antebraço no sofá, levantando o corpo o suficiente para ver o que o outro pretendia após agarrar os tornozelos de Harry e se enfiar entre as pernas abertas dele. 
– Só.. cala a boca, tá? Eu- porra, eu preciso te foder agora. Então você vai fazer o favor de usar essa sua linda boquinha só pra gemer, entendeu? – A voz saiu grave e Louis pôde sentir a garganta arranhando, a primeira consequência da noite que ele teria que lidar. 
– O que? Você só pode estar louco – Harry riu surpreso e tentou afastar o próprio corpo para trás. Mas o riso morreu e os olhos claros se tornaram bem abertos assim que sentiu ser puxado pelas pernas e uma extensão grossa e rígida colidiu consigo. – Não. Não..  Eu disse não! Porra- Tomlinson, olha, você não pode-
– Mas que caralho! – O resmungo saiu dos lábios inchados ao mesmo tempo que um estalo fez eco no cômodo. Louis não percebeu em que momento sua mão saiu dos quadris magros de Harry e colidiu com o rosto dele. 
A palma da mão latejou, parecia que diversos alfinetes estavam sendo espetados ali e o maior só podia imaginar qual era a sensação que o outro estava sentindo na pele que rapidamente se tornava vermelha. A garganta secou, ele não sabia o que fazer e nem se tinha quebrado o clima com isso e talvez Harry considerasse um erro. Bom.. As dúvidas foram sanadas assim que viu o pau do outro, que estava quase flácido, tomar vida novamente. 
Até Styles parecia surpreso com a reação do próprio corpo, mas logo dispersou o transe que tinha entrado e agarrou com firmeza o pescoço alheio, forçando os dedos na nuca até ter a outra face contra a sua. Olhos nos olhos, eles se encaravam com raiva, determinação, desafio e algo a mais.
– Vai ficar só olhando ou vai fazer alguma coisa? – a voz raivosa e debochada era um contraponto aos olhos brilhantes que, impacientes, pareciam implorar.  
– Você quer tanto meu pau em você que está tão nervoso assim? – um riso em escárnio escapou dos lábios que, mesmo com a voz estranha, tinham um poder gigante sobre o corpo do outro. 
Louis finalmente cansou do joguinho de provocações e se rendeu ao que tanto queria. Levou a mão até sua ereção há tempos dolorida e sensível pela falta de contato, fechou os dedos ao redor e movimentou o punho para cima e para baixo algumas vezes, observando como os lábios bem desenhados de Styles se abriram, os olhos seguindo com atenção cada centímetro que era coberto para depois aparecer novamente. 
Não durou muito tempo, no entanto, e Harry acompanhou quando a pontinha brilhante e avermelhada tomou lugar no centro das suas pernas, sumindo até que ele sentisse uma pressão lhe empurrar. As bordas, antes molhadas, não estavam colaborando dessa vez. O tamanho do membro não se comparava com os dedos que lhe abriram e ele sentiu o estômago gelar com essa realização, ansioso. 
– Cospe. – levantou os olhos vidrados ao ouvir a voz ríspida dar o comando e uma mão ser estendida em sua frente. Harry realmente queria rebater, mas o corpo não pareceu concordar com essa vontade e quando se viu já estava acumulando o máximo de saliva que podia na ponta da língua e deixando escorrer pelos lábios. 
Ele não tinha desviado o olhar das orbes alheias e por isso se sentiu satisfeito quando viu a expressão de Louis endurecer enquanto o líquido transparente ainda fazia ligação entre sua boca e aqueles dedos que já estiveram tanto dentro de si, quanto contra seu rosto. Era interessante saber que podia causar sentimentos tão conflitantes no outro, como se a raiva entre eles fosse tanta que precisavam foder para finalmente seguirem em frente. 
Ambos ainda tinham a atenção um do outro quando Louis pressionou mais uma vez a glande naquele aperto sufocante, forçando toda a resistência até que Harry se sentiu cheio. Empalado talvez fosse mais fiel ao sentimento. Ele estava estático, esperando que em algum momento pudesse relaxar o corpo inteiro e aproveitar. No entanto, não parecia que aconteceria em breve e isso o irritou. 
– Caralho! Porra! Eu te odeio tanto, merda. – respirava ofegante e estava a um passo de desistir. 
– Então quer dizer que o querido capitão de um dos maiores times da Europa não pode aguentar uma simples foda? Você é patético, sinceramente..  Eu esperava mais.
Ouvir isso foi um pouco agridoce para Harry. Ele não queria se importar com que o outro pensava dele, mas ao mesmo tempo a fala mexeu com seu ego. Ele não simpatizava com esse específico jogador, mas não queria desistir agora. Ele não gostava de se sentir inferior, mas seu pau expeliu uma quantidade significativa de pré porra.
Com os olhos fuzilando o outro, o menor respirou fundo algumas vezes, aproveitando para descontar a frustração da dor que sentia com as pontas dos dedos que marcavam os ombros e costas largas de Louis. E assim que relaxou o suficiente para que ele pudesse se movimentar, não dava para voltar atrás. 
O ritmo não foi intenso de início como era esperado apenas por se tratar deles dois. Na verdade, a junção do aperto doloroso que a extensão de Louis sofria somado à própria vontade dele de fazer com que outro se sentisse ainda mais desesperado e frustrado, só o fazia retardar as estocadas, deslizando para fora numa lentidão enlouquecedora, como se precisasse sentir todos os malditos centímetros com detalhe, para logo depois brincar com a ponta gorda da cabecinha, deixando apenas ela em contato com a pele do outro que tremia em impaciência. 
Ele fez isso uma, duas.. talvez cinco vezes antes que Harry surtasse com a provocação. 
A destra agarrou com força uma das nádegas firmes do maior e a outra mão se ocupou em rodear o pescoço lisinho, trazendo finalmente um contato que não fosse extremamente calculado e sufocante. O cacheado puxou aquela carne macia em um só impulso e gemeu aliviado com todo o pau de Louis dentro de si. A mão que estava no pescoço trouxe o rosto corado e suado dele para próximo do seu, os lábios grossinhos esbarrando com as respirações enquanto o polegar e indicador afundavam as bochechas barbadas. 
– É melhor você fazer essa porra direito antes que eu me arrependa, tá me ouvindo? – Harry rosnou com as bocas ainda em contato e deixou uma mordida forte no lábio inferior de Louis. 
– Lembre que foi você quem pediu, princesa. – jogou no ar com um sorriso maldoso e logo Styles sentiu seu fôlego ir embora. 
As estocadas se tornaram firmes e certeiras, pareciam saber exatamente onde mirar, lhe deixando totalmente zonzo e sem direção. Não ajudava com sua tentativa de preservar a dignidade o fato de que as mãos grandes e pesadas insistiam em segurar suas coxas ao redor do quadril que lhe empurrava sem parar e, quando não estavam deixando a marca dos dedos ali pelo aperto, estavam subindo em direção ao rosto, alcançando uma distância moderada antes de descer a palma na pele corada. 
Eram nesses momentos que o menor se sentia mortificado após gemidos saírem altos sem autorização por seus lábios. Sentia a bochecha quente dos dois lados, todo o local ardia e pinicava, mas a sensação parecia lhe deixar flutuando. Estava tonto e sobrecarregado, não tinha certeza se seus olhos estavam abertos ou não, só conseguia focar no peso sobre si, na face latejando sem parar e em sua entrada totalmente preenchida. 
Em algum momento seus dedos fizeram caminho até os próprios lábios que soltavam murmúrios confusos e ininteligíveis, ocupando espaço ali por alguns segundos e resgatando toda a saliva que conseguiu. Logo em seguida, com a ponta dos dedos lambuzadas e escorregadias, ousou em aproveitar que o outro estava concentrado em acabar consigo e arrumou a posição para conseguir o que queria. Ele estava tão sobrecarregado que precisava descontar de alguma forma e arranhar a pele bronzeada ou morder os lábios macios de Tomlinson já não parecia ser o suficiente.
– Oh, porra! Hm.. – Louis gemeu surpreso ao sentir os dígitos gelados em sua entrada, estranhando um pouco o desconforto de ser alargado ainda que minimamente, mas seria hipocrisia pedir para que o outro retirasse os dedos de si enquanto ele próprio afundava com brutalidade o pau naquela bundinha de Harry. Então ele não iria negar. 
Era um pouco estranho e desconfortável para ele. Na verdade, toda essa situação com o outro jogador era completamente estranha e surreal. 
Tomlinson nunca imaginou que teria Styles abaixo de si, tão entregue e corado, parecendo mais macio a cada gemido que escapava pelos lábios agora inchados e com o rosto completamente vermelho e marcado. Eles deveriam se preocupar com essas marcas se não quiserem levantar suspeitas, mas os olhos verdes que pareciam espelhos de tão brilhantes ao revirar as orbes não pareciam sequer cogitar se preocupar com isso naquele momento. 
Enquanto Harry parecia estar fora de órbita, soltando gemidos cada vez mais altos e manhosos sem pensar em quem poderia ouvir do lado de fora, Louis parecia estar fora de si. Os olhos, em vez de possuírem um brilho bonito e sensual como no outro, revelavam um brilho que escurecia a feição, o deixava feroz, como se estivesse em conflito com uma besta dentro de si e não havia chance do lado de fora ganhar. 
Não era arrependimento, no entanto. Estava mais para fome e revelação. 
Ele nunca teve a experiência de ter outro homem sob si e no momento isso só parecia certo demais. O sentimento era de que perdeu muito tempo sem aproveitar de um corpo forte gemendo e implorando pelo seu pau, a voz grave deixando todos os pelos do corpo arrepiados, sabendo que poderia reduzir à lágrimas outro cara, que seria tão viril quanto possível para a sociedade . 
Assim que o pensamento se realizou e Louis notou pequenos caminhos molhados na face de Harry, ele percebeu como seu corpo, sozinho, estava empenhado em tirar tudo o que pudesse daquele momento. O quadril ia forte e rápido, acertando a próstata do outro em quase todas as estocadas, as mãos estavam segurando os joelhos do cacheado o mais afastado possível um do outro e a visão dali de cima era surreal. 
Styles já tinha há muito fechado os olhos e se rendido, ainda tinha uma das mãos apoiadas na carne farta e dois dedos que lutavam para permanecerem quentinhos dentro da entrada alheia, mesmo que só tivesse conseguido deixar que as pontas dos dígitos ficassem ali sem que ele precisasse se esforçar para alcançar mais profundidade. Ele estava fodido demais para esse trabalho. A outra mão estava na própria ereção que descansava sobre a barriga lisinha, deixando uma bagunça pegajosa e molhada pela pele tatuada e ele sequer sabia em que momento o cérebro deixou de registrar o que acontecia com o próprio corpo. Harry gozou em algum momento entre os tapas no rosto, mãos marcando as coxas, estocadas brutas e olhos azuis lhe enlouquecendo. Era impossível para ele precisar o tempo, estava tudo uma bagunça. 
Mas aparentemente seu corpo ainda estava sensível o suficiente para perceber o segundo exato em que seus ouvidos captaram um gemido sôfrego mais alto, seu tronco sentiu um peso extra repentinamente jogado sobre si e sua entrada vazou com a porra quentinha, lhe deixando melado por dentro e por fora.
Harry não teve coragem de abrir os olhos e realizar que eles realmente fizeram isso. Louis sentiu que o outro tentava controlar a respiração abaixo de si e não tinha intenção de conversar sobre o que aconteceu agora. Porra.
Com os olhos firmemente fechados e pernas bambas, o cacheado só deu falta de um corpo quente em cima do seu quando um arrepio subiu pela pele descoberta, o vento frio marcando presença agora que não tinha nada lhe aquecendo. Não tinha barulhos no ambiente, nenhum farfalhar de roupas ou passos. Quanto tempo ele passou tentando fingir que nada tinha acontecido?
Finalmente ele reuniu coragem para lidar com a situação feito um adulto responsável pelas próprias atitudes e abriu os olhos. Não tinha ninguém ali, estava sozinho. 
III
No dia seguinte, Louis estava com uma ressaca infernal e muita dor de cabeça. As memórias da noite anterior não estavam muito claras desde o momento em que ele deixou o corpo tenso do outro jogador no sofá e saiu às pressas de volta pro mezanino da festa, pediu duas doses de alguma bebida muito forte e não lembra de ter parado apenas nelas. 
Ele não costumava ser um babaca com suas parceiras casuais, na verdade ele se considerava um ficante bem responsável emocionalmente. Nunca deixava elas sozinhas após fodê-las como fez com Harry.
Mas.. tudo com o cacheado foi tão repentino e intenso, o corpo de Louis reconheceu que vinha ansiando isso por um longo tempo, ele nunca se deixou ser tão rude com os corpos pequenos e femininos outras vezes, ele nunca tinha deixado o impulso o dominar, e ver como podia ser agressivo com outro homem, de uma maneira que não sabia querer ser, lhe assustou pra caralho. Além de todo esse choque sobre o próprio comportamento, ainda tinha um outro lado para lidar.
Enquanto eles estavam trabalhando juntos em prol do prazer, não parecia que havia nada errado. Mas assim que ambos gozaram e a realidade pareceu vir à tona, sentir o corpo de Harry cada vez mais petrificado, tenso e aparentemente arrependido não era o que Louis estava esperando. O cara estava todo mole e derretido embaixo dele em um momento e no minuto seguinte tinha as pálpebras fechadas com força, lábios franzidos e parecia implorar para que o corpo em cima dele sumisse. 
Foi um banho de água fria. 
Louis até pensou, enquanto virava copos e mais copos no bar, que preferia esquecer esse dia inteiro. Mas ao levantar na própria cama, sem saber exatamente quem tinha o ajudado a chegar em casa, e ao olhar para o espelho do outro lado do cômodo, vendo o corpo bronzeado e dolorido com listras vermelhas e círculos arroxeados manchando a pele, percebeu que dificilmente conseguiria esquecer. 
Ele tentou seguir a rotina normalmente, rezando para que ninguém do clube tivesse notado algo na festa e para que nenhum blog de fofoca tivesse postado algo com seu nome. Por incrível que pareça, tudo estava normal. Louis compareceu aos treinos pelo resto da semana, os assuntos com o pessoal do time pareciam os mesmos de sempre, os olhares de zombaria pelas costas marcadas não pareciam diferentes de quando ele aparecia assim após um dos vários encontros com as antigas ficantes, nenhuma desconfiança sobre um jogador adversário específico. 
Mas apesar de não haver nenhum boato envolvendo o nome do cacheado, Tomlinson não conseguia tirar os olhos verdes e o corpo pálido da cabeça. Podia ser uma fixação completamente normal para um cara que teve seu primeiro homem, só que a forma como os dedos vibravam em ânsia para tocar na pele macia novamente, além da maneira que a concentração parecia cada vez mais dispersa em momentos que não deveria tirar a atenção das orientações do treinador, por exemplo, ou da bola que foi facilmente tomada dos seus pés, e, ainda, a forma como uma angústia subia pelo estômago antes de dormir, lembrando de como os olhos verdes foram escondidos de si pouco depois dele ter uma das melhores experiências da vida.. isso definitivamente não era normal. 
E Harry.. Harry estava uma bagunça.
Depois de abrir os olhos e se pegar sozinho e usado, um frio se alojou por toda a espinha. Foi difícil levantar dali, não apenas pelas dores em todo o corpo, mas porque ele se sentia pequeno e frágil. Ainda assim, reuniu o pouco de dignidade que lhe restava, se é que havia algum resquício ainda, e juntou as roupas, se martirizando um pouco sobre a aparência desgrenhada da blusa sem botões e implorando às divindades para que todos da festa já estivessem bêbados o suficiente a ponto de não notar o estado deplorável dele. 
Assim que deu um jeito na aparência das roupas, fingindo que era comum sair por aí com o peito exposto e a blusa social completamente aberta sobre os ombros, ele se esgueirou pelo corredor quase vazio até encontrar um banheiro. Deplorável era um elogio perto de como ele se sentiu assim que a luz clareou a visão e ele se viu no espelho. 
Definitivamente não dava para se deixar ser visto dessa forma. Os cabelos pareciam nunca ter visto um pente, totalmente embolados, o torso pálido parecia uma tela abstrata com tantas manchas em tons diferentes de vermelho, os olhos ainda guardavam um certo brilho e o rosto tinha marcas bem delineadas pelos diversos tapas que ganhou. Porra. Ele parecia bem fodido. 
Demorou alguns minutos até ele se recompor do choque inicial ao se ver assim e quando se convenceu a não surtar em um local cheio de pessoas, ele caminhou em passos rápidos e com a cabeça baixa até a saída dos fundos. Nem cogitou se despedir dos colegas e conhecidos, só focou em chamar um uber o mais rápido que pôde e finalmente desabar na própria cama. Com sorte esse dia não teria acontecido de verdade e seria só mais um pesadelo estranho como os que ele imagina ser um super herói ou uma donzela da Idade Média.
Ele não teve sorte. 
Isso ficava cada vez mais claro quando ele teve que dar uma desculpa esfarrapada, esperando ser convincente o suficiente, para o técnico do time por ter faltado três dias seguidos de treino. Não era prudente se ausentar quando estava tão perto do próximo jogo, mas Harry não podia simplesmente aparecer publicamente com cinco dedos tatuados em cada lado da face, isso seria humilhante e revelador demais.
Infelizmente os dias em casa não foram exatamente de descanso. O cérebro se manteve ocupado demais em repetir muitas e muitas vezes tudo o que aconteceu entre ele e Louis desde o início do outro dia. O cacheado estava com problemas para seguir em frente sobre isso e esquecer o outro jogador, na verdade parecia que o corpo não queria esquecer e ele se via excitado e sensível sempre que os pensamentos lhe levavam de volta ao momento, e isso acontecia com mais frequência do que ele estava disposto a admitir. 
Quando achou que estava suficientemente decente para voltar à vida em sociedade, Harry tentou ocupar a cabeça com tudo que não lhe causasse gatilhos sobre o maior. Isso era uma tarefa muito difícil quando o próprio trabalho e uniformes suados lhe remetiam ao outro jogador, quando os corpos molhados no vestiário pareciam demais um corpo bronzeado que ele conheceu muito mais que qualquer outro, quando olhava no espelho em casa e já sentia falta das manchas cobrindo a própria pele, mesmo que elas ainda não tivessem sumido completamente. 
°°°°°
–  Tá tudo bem, filho? Você tá nervoso com o jogo de hoje? – Harry ouviu a voz carinhosa da mulher. 
Geórgia trabalhava em sua casa desde que Harry se entende por gente e cuidava dele como uma mãe faria. Por isso que ele fez questão de levá-la consigo para todas as cidades que mudava por conta do trabalho, pelo menos facilitava o fato de o marido da senhora já tinha falecido e não tiveram filhos. Talvez seja por isso o apego quase materno e o cuidado que ela tinha com Harry. 
– Oi, Gê.. – cumprimentou com um abraço carinhoso que sempre lhe deixava confortável, com a sensação de lar. – É.. acho que tô um pouco nervoso sim hoje. Quer dizer, é um jogo importante n��- é compreensível.. eu acho. – sorriu sem graça. 
Essa mulher provavelmente o conhecia mais que a própria mãe do cacheado, ele não tinha esperanças que ela acreditasse nesse discurso. 
– Mas não é só isso.. ou é, criança? – Criança. Era assim que Geórgia chamava ele sempre que queria mostrar que estava ali, não importava para o quê. 
Não dava para se enganar em pensar que ela não tinha notado o comportamento estranho de Harry nesse último mês. Logo após um dos primeiros jogos do campeonato, seu garoto tinha aparecido todo marcado, faltou alguns treinos, coisa que não tinha costume de fazer, e andava com a cabeça nas nuvens. Ele não explicou o que tinha acontecido, mas Geórgia não era tão desatenta como ele imaginava, e sabia muito bem como jovens bonitos conseguiam marcas como aquelas. Ela também já foi jovem um dia.
– Acho que não posso mais ser considerado uma criança, sabia?! – Harry tentou brincar e desviar a atenção dos olhos castanhos que o faziam querer se encolher e desabafar como um bebê de 5 anos no colo da mãe. Bem parecido com o Harry dessa idade que corria para o colo materno da empregada sempre que as crianças mais velhas não lhe deixavam jogar no campinho da escola. 
– Você vai ser sempre uma criança para mim, filho. E você sabe que eu estou sempre aqui se você quiser conversar.. não precisa temer. 
Os carinhos que ela fazia nos fios cacheados e o beijo que ela deixou em sua testa, fizeram Harry soltar uma respiração profunda e deixar o medo de lado. 
Ela lhe conhecia melhor do que ninguém, esteve em todos os momentos difíceis com ele, comemorou cada vitória.. Ela não iria lhe abandonar se ele contasse como estava se sentindo após a descoberta. 
Harry nem percebeu em que momento começou a falar. Ele simplesmente soltou tudo que vinha guardando, eram muitos murmúrios confusos e rápidos, mal fazia sentido para os próprios ouvidos e a respiração repentinamente ofegante não ajudava, mas isso só refletia como ele estava por dentro. 
Ele esperava que Geórgia tivesse compreendido pelo menos alguma parte do que conseguiu jorrar pelos lábios trêmulos, esperava não precisar repetir sobre a noite com Louis e sobre como se sentiu bem com ele, esperava que não tivesse soado tão patético quando contou que não conseguia tirar o outro homem da cabeça apesar de ter tentado muito. Esperava também não ter soado muito inseguro quando falou sobre estar em processo de aceitamento sobre ser gay.
A sexualidade não seria uma questão para ele se o universo em que estava inserido fosse diferente. Isso parecia estar estampado na cara dele, pois o abraço que recebeu após minutos de desabafo parecia dizer "eu vou estar aqui mesmo que tudo dê errado, criança". 
°°°°°
Entrar em campo contra aquele time novamente não tinha o direito de o deixar tão nervoso assim. Louis estava se sentindo um amador, isso era inaceitável. 
O estômago estava embrulhado, os olhos vagavam ansiosos pelo gramado, procurando por alguma coisa de forma inconsciente, os músculos rígidos e as pernas trêmulas. Esses sintomas não eram habituais e ele quase agradeceu quando viu o corpo forte com cabelos marrons e olhos verdes ao longe, porque finalmente a agonia por baixo da pele pareceu se acalmar. Quase.
Mas logo esse sentimento ansioso deu margem a outro, mais feio e mais forte. Irritação. Ele não tinha esquecido completamente a forma como o outro se negou a olhar em seus olhos após o que fizeram, e Louis queria empurrar ele em alguma superfície e forçá-lo a olhar só para si. Queria fazer os olhos verdes ficarem vidrados, obcecados, eles não deveriam desviar de Louis.
O mês que passou não fez nada para diminuir essa necessidade que o maior sentia. Cada dia vivido foi doloroso para essa necessidade de atenção, ser negado a isso fez algo muito forte nascer nele. 
O moreno nem se importava mais que o outro cara fosse um homem, a única coisa que conseguia pensar era em como foi bom, como o fez se sentir poderoso ter aqueles olhos brilhantes fixados nele, implorando por ele. Provavelmente isso significava que Louis era gay ou pelo menos bissexual, mas ele não estava surtando por isso. 
Sua família sempre foi muito apoiadora e se ele dissesse que descobriu um aspecto novo da sexualidade aos 25 anos, o máximo que fariam seria dar risada e zombar dele por ter perdido tanto tempo. Ele também sente como se tivesse perdido tempo, talvez seja por isso a urgência pulsando nas suas veias. 
O jogo passou em um borrão. Chelsea em seu costumeiro uniforme azul versus Manchester United de vermelho. O moreno tentou se manter o mais distante possível do cacheado durante a partida, trocou as marcações com os parceiros do time, errou alguns passes e teve que ouvir os gritos e broncas do técnico. Louis não se sentia o mesmo, e provavelmente os fãs também notaram isso.
Agradeceu mentalmente a Alex quando o amigo mandou uma mensagem o convidando para um pub após o jogo, era a desculpa perfeita para não ir no after com os companheiros de time e de brinde não deixaria suspeitas. Mas assim que chegou no local marcado para encontrar o cantor, Louis não tinha mais certeza. O clima estava estranho, Alex estava cabisbaixo e parecia angustiado com alguma coisa, ele também estava sem acompanhante dessa vez. 
Não demorou muito para a bebida fazer efeito e liberar as amarras dos dois homens que queriam conversar com alguém, mas sem admitir para si mesmos o real problema. 
O jogador tentou ouvir o que o outro falava, tinha algo sobre o modelo que ele lhe apresentou da outra vez, Louis não entendeu muito bem porque o sangue que pulsava nos ouvidos o impediu de se concentrar. Provavelmente estava sendo um péssimo amigo e ao ver como Alex parecia um merda, deduzindo que foi a falta do outro rapaz que fez isso com ele, Louis tomou a decisão mais prudente para a sua cabeça. Bom.. Essa cabeça que já tinha inserido uma quantidade questionável de álcool, mas ainda assim. 
Ele esperava ter aconselhado bem o amigo a resolver o problema com o modelo quando disse algo como essas frases clichês sobre “correr atrás da felicidade” que você geralmente encontra em imãs de geladeira. Não estava prestando muita atenção, mas lembra do olhar repentinamente motivado do outro e do momento em que ele virou as costas e saiu do bar. Com a mente girando em ansiedade, Louis só podia imaginar que foi por uma boa causa que o amigo lhe deixou sozinho e com a conta para pagar. 
Ele nunca tinha sido o amigo conselheiro ou racional dos seus círculos sociais, aquele em que as pessoas confiavam para lamentar da vida e pedir ajuda. Louis estava mais para o amigo brincalhão que as pessoas chamavam para se divertir e desestressar, mas essa situação com o outro mexeu em alguma coisa dentro de si.  
Foi no impulso que ele se viu pegando um carro para o local da festa dos times quando já tinha passado tempo o suficiente para a comemoração estar em seu melhor estado. Ele queria se convencer que não, mas tinha uma vozinha em sua cabeça que acertava em dizer o motivo para ele querer ir até lá. Só tinha uma pessoa que ele precisava encontrar. 
IV
O lugar escolhido para a festa dessa vez tinha sido um clube noturno e o ambiente sensual e elegante recepcionou Louis muito bem assim que o rapaz passou pelos seguranças da porta. O auge da madrugada tinha chegado e havia muitos corpos suados e colados dançando alguma música eletrônica no centro do salão e era bonita a confusão de luzes roxas e azuis que piscavam para a euforia dos convidados.
O ambiente não era tão grande como da última vez, para a alegria do jogador, então Louis pensou que poderia conseguir uma melhor visão das pessoas que estavam ali se fosse para o mezanino observar de cima e quem sabe encontrar o que tanto estava procurando. Andou por entre as pessoas, se atrapalhando um pouco com o embalo dançante que elas seguiam e tropeçando em algumas pernas pelo caminho, passou sem realmente cumprimentar ninguém específico até chegar na escada que dava acesso ao espaço mais alto e aberto do salão. 
Não tinha nenhum jogo de luzes ali em cima, o que deixava o ambiente um tanto escuro e sufocante, mas dava para enxergar a presença de alguns grupos sentados nos sofás e mesas que rodeavam o local. Algumas risadas chegavam até seus ouvidos enquanto Louis se apoiava no metal preto que rodeava todo o mezanino e passava as orbes azuis por todos os rostos lá embaixo. Era frustrante não reconhecer os fios marrons em meio a tantas cabeças e mais chato ainda era perceber que com tantas luzes coloridas, o verde que ele veio buscar talvez tenha passado despercebido. 
Louis soltou um suspiro resignado e estava pronto para sair dali quando sentiu um arrepio correr pela espinha, daqueles que traz o sentimento de estar sendo observado. No entanto, o ponto principal no caso dele era que só tinha uma pessoa capaz de despertar a rigidez em seus músculos ao ponto dos punhos fecharem com força ao mesmo tempo em que traz moleza para as pernas, fazendo com que queiram ceder ao peso de apenas um olhar. 
Ele nem tinha certeza se a presença que sentia atrás de si era real mesmo ou apenas fruto dos muitos copos de cerveja que tomou antes de vir, mas foi só girar em seu próprio eixo que ficou claro. Um pouco tonto por finalmente ter toda a atenção que desejou daqueles olhos tão enervantes ao longo das últimas semanas, o moreno sentiu como se a consciência tivesse abandonado seu corpo ao que as próprias pernas se moveram para a frente até sentir duas mãos em sua cintura e ele finalmente respirou, nem lembrando em que momento seus pulmões resolveram prender o máximo de ar que era possível.
Diferente da primeira vez em que estiveram tão próximos, agora nenhuma palavra ousou sair de ambos os lábios, nem mesmo para provocar ou ofender. A tensão entre eles era cautelosa, os corações ainda receosos sobre tudo que tinha acontecido e sobre o que ainda poderia acontecer, apenas o mínimo som já poderia tornar tudo real. Eles ainda não estavam prontos para a realidade.
Apesar de toda a confusão mental, os corpos não escondiam a chama e necessidade correndo pelas veias e bombeando no peito. Louis não beijou Harry ali, estava contente em apenas ter para si o monopólio de toda a atenção do jogador. Harry não tirou as mãos da cintura firme do outro, mas sentia as pernas pesadas demais para fazer qualquer movimento diante daquele homem à sua frente.
Mas eles devem ter saído do torpor em algum momento porque instantes depois Louis se viu seguindo Harry para dentro de uma casa grande, bem arrumada e um tanto impessoal. Sua testa franziu um pouco e ele piscou os olhos mais uma vez ao subir a escada até o segundo andar, não lembrava em que momento decidiram sair da festa ou mesmo como chegaram ali, a única certeza era que aqueles móveis frios no quarto espaçoso que entravam definitivamente não eram seus. 
°°°°°
Harry sentia os dedos tremendo um pouco em nervosismo e seu estômago dava piruetas ao que deixou a porta do quarto fechar em um baque surdo. Talvez os drinques que tinha virado na festa tentando descontar a frustração por não achar os olhos azuis bonitos ali tenham lhe dado a coragem necessária para levar o outro ao seu lar, ou talvez as doses só tenham servido para ele esquecer da humilhação e desprezo que arrepiava sua pele com as lembranças no último mês.
Nublado por sentimentos conflitantes, o cérebro do cacheado só tinha a pretensão de sentir mais uma vez o que ele sentiu naquele dia. Era certo, ele foi desejado.. feliz. Pelo menos por um momento. 
Enquanto se aproximava do ser confuso em sua cama, era fácil notar como as emoções para ele também não eram muito claras. O maior ainda exalava uma energia de tensão nos músculos como da primeira vez, mas agora seu olhar transbordava contentamento e uma certa possessividade sempre que o verde encontra o azul. É desconcertante. 
O silêncio parecia dizer muito para eles e logo passou a ser mesclado com os sons de ofegos rápidos e sem ritmo. Harry beijava e mordia os lábios finos de Louis como se estivesse à deriva e aquela fosse sua salvação. A saliva escorrendo pelo canto dos lábios, os narizes se esbarrando enquanto eles tentavam ganhar mais profundidade do que era possível, nunca sendo suficiente. Os cabelos de Louis já estavam uma bagunça porque as mãos grandes de Harry não se contentavam em apalpar os músculos do braço e todo o tronco do outro, também tinham que reivindicar os fios castanhos para si.
Não demorou para as peças de roupas estarem jogadas pelo quarto e o lençol claro que compunha a cama ficar amarrotado, as pernas fortes de músculos torneados se embrenhavam em uma tentativa de fazer com que os membros rígidos entre elas não incomodassem tanto assim. Harry estava por cima e se sentia poderoso dessa forma, podendo ver e marcar cada pedacinho da pele bronzeada que seus dentes pudessem alcançar, se contentando e afastando a boca apenas quando via a cor irradiar o local. 
Louis tentou inverter as posições algumas vezes antes de desistir completamente e apenas aproveitar. Ele se sentia vulnerável de alguma forma essa noite, não sabendo se isso era reflexo da conversa com o amigo mais cedo, da inquietude do mês que passou ou simplesmente era o efeito que Harry Styles despertava em seu corpo. Mas foi assim que ele se viu completamente duro e ansioso por qualquer toque que o outro estivesse disposto a lhe dar. 
As mãos possessivas de Harry viajaram por todo o corpo quente do maior até se encontrarem no local que sabia que ele ia gostar, deixando uma sobre o pescoço que subia e descia tremulante em respirações rasas e a outra no membro grande que pulsava com aquelas saliências grossas aparentes por toda a extensão. Styles ainda não tinha decidido onde as veias lhe desconcertam mais, se nos braços fortes de Louis ou.. bem. 
Os gemidos saíam entre os beijos longos, mal era possível discernir qual dos dois tinha soltado e ainda assim Harry conseguia notar o brilho feroz que tomava conta da face de Tomlinson sempre que via o outro também tendo prazer ao lhe tocar. E ele não ficava para trás, na verdade sua posição tão maleável essa madrugada tinha uma certa malícia por trás, os corpos pareciam entender que cada um precisava que fosse exatamente assim daquela vez, como se houvesse uma necessidade implícita de acabar com algumas inseguranças que ainda permeavam suas mentes.
Mas enfim Harry conseguiu sentir dois dígitos roçarem em sua entrada enquanto  a própria mão ainda bombeava devagar o pau alheio, os dedos que queriam lhe penetrar estavam secos e a fricção era um tanto áspera, mas causava um certo arrepio satisfeito em sua nuca. Não querendo nada muito desconfortável, o menor olhou nos olhos do outro e separou os lábios, deslizando a língua rosada para fora em um convite que Louis entendeu muito bem. 
Logo os dedos tatuados foram inseridos na boca molhadinha e o cacheado revirou os olhos ao sentir sua garganta ser atingida com precisão. Não era necessário estocar os dedos ali se a intenção fosse apenas lubrificar, mas Louis não pôde resistir à face do outro enquanto levava dois dedos tão fundo naquela boquinha e quando se viu, já estava forçando o queixo alheio para cima e provando que ele podia aguentar ainda mais. O aperto que o menor deixou em seu pau antes de largar ele pesado sobre a barriga de Louis tinha sido apenas mais um incentivo.
Mesmo com apenas a lembrança do toque quente em sua extensão, Tomlinson só percebeu mesmo o que Harry pretendia quando sentiu seus lábios serem forçados a abrir ao que os dedos lambuzados com sua pré-porra se inseriam ali, reinvidicando o espaço como seu. 
Styles ainda deu um jeito de alinhar suas ereções enquanto colocava e tirava repetidamente os dedos daqueles lábios finos, por vezes passando os dígitos por toda a boca e queixo de Louis só para gemer manhoso com a visão, deixando o som sair entre os dedos grossos que lhe preenchiam. Esfregar os membros era tão gostoso e tão frustrante na mesma medida, porque ele queria mais contato, mais pressão e por mais tempo. Sempre iria querer. 
Foi quando Louis abandonou a cavidade quentinha em que seus dedos estavam e voltou a esgueirar a mão por entre as nádegas pálidas que Harry decidiu fazer o mesmo. Nada de se sentir usado essa noite, ele queria tudo. As pontinhas rodaram por algum tempo, espalhando saliva pelo local até que, um pouco temeroso pela brincadeira de espelho que o cacheado pareceu começar, Tomlinson penetrou as duas pontas de uma vez, contando com a sorte da excitação e saudade para que aquilo não fosse doloroso. 
Sentiu seus músculos retesarem assim que o cacheado espelhou a ação em si e viu os olhos dele brilharem em determinação. Era estranho como o inferno, mas ao mesmo tempo era alucinante e ele, sem pensar, acabou introduzindo cada vez mais centímetros até que sentiu a borda do cacheado no último nó dos seus dedos. Soltou a respiração que nem percebeu ter prendido e um gemido saiu sem aviso por entre os lábios, sentindo também em si o incômodo de ser preenchido pelos longos dedos do outro, ao passo em que Harry gemeu com um sorriso brilhante e todos os dentes à mostra. Ele parecia a porra de uma puta.
As estocadas começaram receosas e apenas gemidos e as respirações pesadas dominavam o quarto, não sendo necessária uma palavra para os corpos que já se entendiam tão bem. Logo a necessidade e euforia deslizavam por baixo das suas peles e ambos os quadris não se continham ao rebolar freneticamente, o pulso de Louis já estava dolorido pela posição enquanto tinha três dos seus dedos dentro do cacheado que ainda estava por cima e arrastava o próprio pau rubro e tenro sobre o membro do outro, não esquecendo nunca de estocar os dígitos com cada vez mais força entre a bunda redonda do maior. 
Os lábios estavam se mordendo e respirando juntos no pouco espaço que os distanciava quando Louis soltou um murmúrio de descontentamento, ficando confuso por um tempo sobre o motivo pelo qual seu cérebro tinha ficado chateado repentinamente até ele perceber que a entrada estava agora vazia e pulsando em torno de nada, mas não por muito tempo. Harry foi rápido em se posicionar melhor entre as pernas musculosas e bronzeadas do outro, agarrando a própria extensão pela base e direcionando a glande vermelha para a entradinha lambusada que piscava ansiosa. 
A agilidade de Louis não foi o suficiente para interromper, no entanto. Apenas se dando conta da audácia do cacheado quando um gemido dolorido rasgou sua garganta e suas pernas prenderam com força a cintura do outro homem. 
E como se isso tivesse despertado algo em si, a primeira palavra em, provavelmente, horas foi proferida.
– Filho da puta!
O aperto ao seu redor era no mínimo sufocante, tornando difícil pensar e até mesmo a respiração estava saindo rasa, como se os pulmões não conseguissem absorver todo o ar necessário. Harry usou todo o controle que tinha para tentar permanecer estático, sabendo muito bem como podia estar sendo doloroso para o outro, mas ainda conseguiu sorrir assim que aquelas palavras deixaram os lábios alheios.
Todo o esforço foi em vão, pois assim que seu queixo foi agarrado com uma força que deixou sua visão escura por um tempo, o quadril de Harry se movimentou involuntariamente. Ele descobriu essa inclinação a gostar de situações, digamos, mais agressivas com Louis, então o corpo parecia agir antes mesmo que ele conseguisse pensar. 
– Hoje você me surpreendeu, princesa. Não achei que tentaria me foder desse jeito, já que você gostou tanto quando a situação estava invertida.. Rhm – grunhiu com a estocada forte e certeira que recebeu assim que Harry ouviu sua fala.
– Eu a- eu acho melhor você, hm.., ficar bem mansinho hoje. O comando não é seu d-dessa vez. – a respiração e os gemidos que saíam pelos lábios gordinhos atrapalharam um pouco a intensidade com que o cacheado pretendia falar, o que o deixou um tanto irritado. 
Parecia que mesmo Louis estando embaixo ele ainda tinha controle do corpo do cacheado, de modo que Harry se perdia nas estocadas, sentindo aquele aperto em seu pau tão sensível e rezando para não se desmanchar em poucos minutos, e a irritação por reconhecer isso só o deixou ainda mais empenhado em arrancar a pose serena do outro. Por isso o menor passou a ir e vir com mais força e intensidade, mesmo que os movimentos saíssem erráticos algumas vezes, em outras ele acertava com louvor a próstata do outro jogador e se não fosse o cenho franzido e os arranhões que Louis deixava pelo seu peito, Harry até pensaria que ele realmente não estava afetado. 
Mas suas pernas, apesar de fortes, não estavam acostumadas com a intensidade de foder um cara, então logo os músculos estavam falhando e tremendo. Com medo de Louis aproveitar disso para tirar sua diversão momentânea, Harry conseguiu virá-los sem tirar sua extensão do local quentinho e apertado em que ela estava, sorrindo aliviado ao que pôde estender as pernas e ainda assim sentir seu pau tão bem abrigado. 
Louis soltou um palavrão baixinho ao notar que as mãos do outro em sua cintura não lhe deixariam desmontar dali tão cedo. Com as duas mãos sobre os mamilos marrons do homem deitado, Louis tomou impulso e passou a deslizar pela extensão de maneira intensa e ritmada, torcendo os biquinhos rígidos nas pontas dos dedos e admirando como o outro parecia desnorteado sempre que recebia algum estímulo mais forte. 
O pau de Louis balançava e batia no próprio umbigo a cada movimento e Harry não tinha a mínima vergonha de encarar a ponta gorda totalmente vermelha e brilhante, deixando um rastro molhado na pele lisa da barriga do outro sempre que encostava lá. A boca do cacheado estava aberta e soltava palavras desconexas e sons que ele sentiria vergonha mais tarde apesar de não conseguir impedir agora, seu pau começou a pulsar repetidamente mas alguma coisa estava segurando seu orgasmo e ele não conseguia entender. 
Tomlinson viu o outro homem começar a ficar cada vez mais agitado e audível, com uma feição dolorida, como se precisasse muito se libertar e o corpo não estivesse obedecendo, as pernas dele se debatendo no lençol e os olhos verdes aguados implorando por ajuda. Foi puro instinto quando Louis torceu mais uma vez um dos mamilos que ainda segurava e desferiu um tapa ardido no rosto de Harry. A pele se avermelhou instantaneamente e o cacheado gritou. O líquido quente escorrendo por sua entrada mostrou que sua ideia funcionou perfeitamente e o maior precisou apertar com força a própria base para não gozar também. Ainda não. 
Enquanto Harry respirava fundo e forçava os olhos a se abrirem depois de ter o orgasmo mais intenso da sua vida, sentiu uma respiração em seu ouvido e suas pernas serem abertas. Louis se posicionou entre elas e deslizou o pau na entradinha do cacheado, penetrando todos os centímetros sem nenhuma pausa, totalmente impaciente. O menor abriu os olhos e azul foi a primeira coisa que viu pela janela do quarto, o céu estava naquele estado entre se despedir do cinza da madrugada e dar saudação à luz do dia. Depois, o azul que apareceu em sua frente quando virou o rosto era bem mais intenso.
– Minha vez. – sentiu mais do que ouviu a voz do outro já que a fala se deu tão perto dos próprios lábios e em apenas um sussurro rouco. 
As estocadas começaram ao mesmo tempo em que Louis tomou os lábios inchados para si, forçando sua língua a desbravar todo o espaço e mal deixando o cacheado lhe beijar de volta. Louis era assim quando queria uma coisa, ele não se contentava com pequenas partes, queria a posse de tudo. 
Sua língua parecia foder a boca de Harry tão bem quanto seu pau na entrada dele, o ar era superestimado e ele não queria precisar parar para uma coisa tão superficial quanto respirar sendo que podia apenas devorar aquele homem o tempo inteiro. Mas o cacheado estava molinho e sensível demais, responsivo demais, manhoso demais.. e deixando Louis mal acostumado demais. 
Ele tinha essa coisa sobre sentir que conseguia ser muito bom para o parceiro ao ponto de o deixar desnorteado, e Harry levava isso a outro nível. Eles eram muito bons juntos, de fato. 
E após um choramingo com o seu nome saindo daquela boquinha que, para Louis, já era sua, não foi possível se segurar mais. Esporrou todo o interior de Harry, mordendo mais uma vez o lábio inferior que já estava quase roxo e o marcando, reivindicando.
Se jogou exausto ao lado do outro, sem ligar para o quanto estavam grudentos ou sujos, e apenas deixou a inconsciência lhe levar, aproveitando da respiração pesada próxima a si como um conforto e deixando os resquícios de prazer do orgasmo ondular pelos seus nervos.
V
Um latejar incessante na cabeça acordou Louis e assim que ele abriu os olhos ficou um tanto confuso com o quarto e a cama confortável onde havia dormido. A confusão, porém, durou segundos bastantes para ele relembrar com todas as células do corpo o que tinha acontecido na noite anterior, sentindo os pelos se eriçarem e o membro fisgar com a recordação. 
No entanto, ele estava sozinho na cama e não ouvia nenhum barulho no quarto inteiro, o cacheado provavelmente tinha acordado há um tempo dado o lençol já frio ao seu lado. Louis não se deixou abalar por isso, então apenas levantou como se estivesse em casa e abriu umas duas portas antes de finalmente encontrar o banheiro para ficar minimamente apresentável. Depois de vestido, desceu a escada lembrando como chegou confuso ontem, mas sem se arrepender nem por um minuto. 
À esquerda da sala de entrada ele ouviu uma voz melodiosa e não conteve sua curiosidade até entrar no local e dar de cara com uma senhora de cabelos grisalhos e com a aparência simpática montando uma mesa de café da manhã. Assim que passou pelo aro da porta, ela notou sua presença e deu um sorriso com a feição confusa.
– Oh, olá, querido! Você dormiu aqu- ah! Entendi. – soltou um risinho sem deixar que Louis a respondesse primeiro, já se ocupando em puxar uma cadeira para ele e lhe direcionar um olhar que seria impossível recusar.  – Vem, senta para o café. Se você estiver procurando o Harry, ele teve um telefonema cedo e saiu sem nem comer, acredita? Vocês, crianças, são sempre assim. 
– É.. Eu não, eu- eu não estava com o Harry desse jeito, sabe.. – como ele poderia explicar pra uma senhora tão gentil e aparentemente muito íntima do cacheado a relação totalmente conturbada deles sem ofendê-la?
– Não se preocupe, querido. Eu sei como vocês jovens são com essas "ficadas" hoje em dia, é assim que chama?! Enfim.. eu não preciso de explicações, pode ficar tranquilo. – Sorriu de uma maneira sincera mesmo com o olhar cuidadoso, era possível notar que apesar de tudo ela se preocupava com Harry. – Pode me chamar de Geórgia, você é o Louis, certo?
– Como..
– O meu menino pode ter deixado escapar alguma coisa vez ou outra, bobagem. – fez um gesto com as mãos como quem dizia "deixa pra lá", mas Louis só focou na parte em que Harry tinha comentado com outra pessoa sobre ele. Isso era.. interessante. – Só peço que não magoe ainda mais meu Hazz, entende? Ele já teve o suficiente por uma vida. 
– Mas é que-
– Gê! Bom dia! – um Harry sorridente entrando pela cozinha atrapalhou sua fala. O homem se direcionou até a funcionária e deu um abraço carinhoso, deixando um beijo sobre sua cabeça, e só então notou Louis ali sentado com uma xícara de café fumegante em mãos. – Ah, oi Louis. Não sabia que você ainda estava aqui.
O maior ainda não conhecia a personalidade de Harry o suficiente para dizer que o tom com que ele deixou essa última frase soou um tanto magoado, porém Louis não lembrava haver razão para isso, então apenas ignorou tal pensamento. 
– Na verdade eu estava só esperando você chegar.. – coçou a nuca um tanto sem jeito. – a gente pode conversar?
– Eu- na verdade eu não acho que seja necessário. – ele tomou uma respiração funda e desviou os olhos, completando em seguida sem nenhuma entonação. – nós dois somos adultos, foi consensual, é o que é. Aí! – Ele deu um pulinho no lugar e Tomlinson quis sorrir ao ver a mão de Geórgia sair da cintura do cacheado. Os dois trocaram um olhar enquanto Louis apenas observava a conversa silenciosa que apenas quem se conhece muito é capaz de ter.
Depois de uns segundos Harry soltou um suspiro longo e encarou Louis, a senhora deu um sorriso astuto e saiu sem falar mais nada.  
– Vem logo. – com um revirar de olhos, Harry tomou caminho rumo a uma parte ainda desconhecida para o outro, que logo percebeu estarem indo para um belo quintal. Não tinha nenhum funcionário por perto e o cacheado sentou em uma mesa sombreada que tinha ali, esperando com uma calma fingida o que Louis tinha a dizer. 
A questão é que ele não tinha ideia do que falar agora ao encarar os olhos verdes clareados pela luz do dia. Tomlinson ficou alguns segundos experimentando as palavras na boca, apenas para desistir e recomeçar uma tentativa após a outra, o que já estava deixando o outro homem sem paciência. 
– Olha, vamos só pular a parte em que você diz que a noite anterior não significou nada e que ninguém pode descobrir, ok? – Harry desandou a falar rápido, desistindo de esperar que o outro decidisse usar a própria voz ao invés de parecer um peixe fora d'água, abrindo e fechando os lábios. – Eu sei de tudo isso e concordo. Sua saída sorrateira da outra vez deixou muito claro o jeito como você lida com as coisas, então vamos só-
– Porque você não olhou para mim? – O maior deixou as palavras saírem pelos lábios junto a uma respiração estrangulada, e só notou que queria perguntar isso esse tempo todo quando as palavras já tinham soado no ambiente. – Você fingiu que eu não estava lá, que nada tinha acontecido. Você se recusou q me encarar, porra! Porque?
– O que? Eu- Você não estava lá, Tomlinson. Eu não precisei fingir uma ausência porque, advinha, eu estava sozinho! – Harry estava confuso de verdade e a sua respiração saía cada vez mais rápida enquanto ele tentava diminuir o tom de voz para não chamar ainda mais atenção dos funcionários. 
Os dois pares de olhos claros se encararam confusos e ressentidos. A comunicação não parecia ser fluida entre eles e muitos sentimentos contraditórios povoavam suas mentes. A diferença do ponto de vista, a sinceridade em cada palavra, a dor não tão explícita, mas ainda visível, a forma como eles enxergaram o que aconteceu.. Nada podia ser mais diferente, mesmo se tratando de uma única situação.
– Eu.. – respirou fundo. – Eu saí de lá porque percebi que você não queria lidar com minha presença no momento. Eu não iria aguentar essa rejeição depois de me sentir tão be- quer dizer, depois de tudo. – os olhos azuis estavam fixos na mesa entre eles. 
– Bom, então você imagina como eu me senti um merda quando abri os olhos e não tinha ninguém comigo. E-eu estava literalmente fodido e sozinho, realmente não foi nada legal. – O sorriso irônico que apareceu em sua face tentava desviar a  atenção dos olhos marejados, sem muito sucesso. 
– Eu não imaginei na hora..
– Deu pra perceber. 
O silêncio que se estendeu a partir dali foi angustiante. Ambos estavam confusos, magoados e ressentidos do próprio egoísmo. Não tinha muito o que falar no momento, o assunto era sensível demais e eles só precisavam refletir um pouco sozinhos.
Foi assim que Louis se viu dando um sorriso triste e saindo da grande casa após uma despedida estranha, tinha sua cabeça doendo e fervilhando em pensamentos, o coração palpitando da mesma forma. O cacheado não se ressentiu da saída dele dessa vez, precisava mesmo de um tempo pra colocar tudo no lugar, sua mente e emoções, e então tentar entender um outro lado dessa história. 
°°°°°
Horas.
Dias.
Semanas.
O tempo não parava de correr.
Nos primeiros dias Harry finalmente conseguiu entender o outro, apesar de não descartar a própria razão. Reconheceu que transar com uma pessoa e ver um possível arrependimento tão instantâneo deve ser mesmo dolorido e Louis não estava tão errado assim de ter saído antes de uma decepção maior. 
Mas seu ponto de vista também era válido, e Louis percebeu isso quase imediatamente após a conversa deles. O maior não tinha pensado por esse ângulo até sair dos lábios de Harry e quando se deu conta de como pareceu pro outro, se sentiu muito mal. Ele ficou tão focado na própria rejeição depois de se sentir tão certo com o outro que só de pensar que Harry poderia não ter sentido o mesmo… foi demais para suportar. Então ele nem cogitou a possibilidade de como Styles poderia se sentir usado e descartado ao se ver sozinho naquela sala.
Louis não era uma pessoa má, tampouco um amante egoísta. Ele se arrependeu amargamente de ter saído como saiu assim que as consequências ficaram claras em sua mente, mesmo reconhecendo e validando também seu ponto de vista. 
A vida não era preto no branco e tudo que acontece tem nuances que só enxergamos quando mudamos a perspectiva. O que não significa que a visão anterior estava errada ou algo do tipo, só resta aprender a lidar com as novas informações também. 
Após todo esse esclarecimento, as semanas que se seguiram revelaram algo muito importante: eles não pensavam um no outro apenas pelo mal entendido, senão isso teria acabado assim que entenderam o lado um do outro. Mas, pelo contrário, Louis continuou distraído nos treinos e sem conseguir sair com nenhuma outra pessoa, seus amigos estranharam e zoaram o fato até o moreno admitir que alguém estragou todas as outras para ele.
Harry já havia admitido sua derrota quando na terceira semana seguida àquela noite, ele continuou sonhando com um par de olhos azuis e acordava decepcionado por não ter aquele corpo quente ao seu lado. Se lamentou com Georgia por algumas horas certo dia até a senhora se cansar de ouvir sobre a mesma pessoa tantas vezes. Seu refúgio tinha se tornado ler as matérias que saíam com o nome Tomlinson na manchete, já que não tinha com quem conversar, nem tinha visto o homem novamente. 
O assunto sexualidade não passou por eles. Harry já tinha desabafado com a única pessoa que importava e Louis já tinha o apoio de toda a família sobre isso. Estava tudo normal em suas vidas, apenas precisavam superar aquela saudadezinha que doía no peito, uma saudade de algo que nunca tiveram. 
VI
– Vem Styles, o jogo já vai começar e não tem muita gente aqui, prometo. – a voz de Josh, um colega do futebol, soava pelo celular do cacheado, enquanto tentava convencê-lo de se juntar aos amigos em um bar próximo para assistir uma das partidas do campeonato. Por sorte, o Manchester United, seu time, já estava na semifinal, então ele não estava preocupado com essa parte.
– Cara, você é tão insistente! – deu um sorriso derrotado. – Chego em 20. – e desligou a ligação a tempo de ouvir os gritos na outra linha.
Seria bom pra ele distrair um pouco a cabeça, estava finalizando três meses desde o primeiro jogo da temporada e ele poderia espairecer e se divertir com os amigos de uma forma mais tranquila. Com a seriedade que eram os últimos jogos, as festas pós partida não eram mais tão badaladas, os jogadores que ainda estavam no campeonato preferindo descansar para o próximo jogo. Então o máximo que faziam era se juntar em algum pub mais discreto e sem movimento para tomar uma cerveja e torcer para os times mais "fracos" ganharem, o que traria mais chance de vitória para eles mesmos.
Harry chegou no local combinado, que não era tão longe do centro de treinamento deles em Londres, e se direcionou à mesa dos fundos em que reconheceu estarem sentados dois colegas do Manchester e um do Chelsea, a rivalidade realmente só ficava nos campos. Tinha um outro copo em frente a uma cadeira vazia, provavelmente o dono tinha saído para algum lugar e voltaria depois. 
Após cumprimentar todos da mesa e pedir sua própria cerveja, o menor sentou ao lado da cadeira vazia, olhando fixamente para o telão suspenso na parede e vendo os times cantarem o hino da Inglaterra. A cadeira ao seu lado foi puxada e um perfume amadeirado tomou conta dos seus sentidos, trazendo uma sensação de que conhecia aquele cheiro de algum lugar. Quando seus olhos desviaram da tela para o homem que havia chegado, Harry prendeu a respiração e sentiu as bochechas avermelharem.
Louis deu um sorriso mínimo, um tanto envergonhado, após sentar e tomar um gole longo da própria bebida. Era estranho encontrar o cacheado depois de tudo o que aconteceu entre eles, ficava difícil saber como agir. Ele nunca se sentiu assim antes e o revirar em seu estômago era prova disso.
Apesar desse impasse inicial, bastou o jogo começar para que eles ficassem agitados e barulhentos, pareciam velhos amigos comemorando ou discutindo a cada toque de bola. De alguma maneira eles acabavam sempre se tocando, as cadeiras pareciam mais juntas que no início e as mãos vira e mexe se esbarravam ou tocavam o braço do outro para comentar algum acontecimento. Os copos de cerveja se amontoavam pela mesa no decorrer da tarde e sorrisos esticavam os rostos, era como se as poucas pessoas na mesa deles e na parte externa do bar desaparecessem quando eles estavam se olhando, nada mais tinha foco. 
Quando o apito final consolidou o placar de dois a um para o time que teria que enfrentar o Chelsea na semifinal, o moreno colocou as mãos no rosto apesar de um sorriso brincalhão estampar sua face enquanto Harry zoava consigo apertando o braço envolta do seu ombro e bagunçando seus cabelos. O sorriso de covinhas era gigante e os olhos verdes brilhavam em apenas uma direção, e não era para os ganhadores da partida que ele estava olhando.
°°°°°
Louis chegou no vestiário no dia seguinte pronto para se preparar para o jogo tão importante que teria, precisava dar o seu melhor, por ele e pelo time. O dia anterior foi importante para estabelecer um novo recomeço com o outro jogador, eles não conversaram mais sobre o que passou, mas ficou implícito que estava tudo bem agora, haviam superado.  
No entanto, bastou entrar no local e ver o desgosto no rosto de alguns companheiros que ele notou ter algo errado. Dave, um dos colegas mais antigos ali, veio imediatamente em sua direção e o levou até os chuveiros e sem falar nenhuma palavra estendeu o celular em frente ao rosto de Tomlinson, estava aberto em uma página de fofoca como qualquer outra, mas o que chamava atenção era uma foto sua. Com Harry.
Franziu a testa ao reconhecer que a foto foi tirada no momento de comemoração do fim do jogo no dia anterior, o recorte não mostrava os outros amigos ao redor da mesa, só focava nos dois rivais sorrindo e muito próximos. Até aí não teria nenhum problema, se não fosse as outras imagens dos últimos jogos desses dois times, mostrando os momentos em que Louis e Harry perderam a bola ou cometeram algum erro em campo. Em uma dessas fotos Louis parecia irritado consigo mesmo e chutava o gramado. Em outra, Harry estava de joelhos com a mão no rosto e de cabeça baixa após perder um pênalti. 
"Até que ponto o profissionalismo vai? Estariam Styles e Tomlinson negligenciando o próprio talento no futebol por um romance escondido? Descubra como os dois jogadores rivais estão sendo medíocres em campo apenas para não enfrentar seu affair em uma final."
– Que porra? – A manchete era desonesta e nojenta, Louis estava tão chocado que não conseguiu pensar muito no que dizer para convencer seus colegas que aquilo não era verdade. 
– Ei, eu te conheço, cara.  Fica de boa, já já eles esquecem isso tá? Bora pra cima hoje e vai ficar tudo bem, não precisa explicar. – Dave tentou consolar o amigo mesmo sabendo que os outros não compartilhavam da mesma ideia. 
Louis não teve tempo para mais nada antes do treinador e técnico entrarem no ambiente, o aquecimento e instrução começou e ninguém mais tocou no assunto. Ele pensou que tudo seguiria normal, mas bem.. o pensamento só durou até o técnico vir até ele enquanto já estavam na fila para entrar em campo e retirar a faixa preta de capitão do seu braço. Não despejou nada mais do que um sorriso de desculpas antes de sair com a faixa e entregar para outro jogador. Então é isso, seu próprio time não confiava nele o suficiente para permanecer no posto. Ótimo. 
O clima do jogo foi sufocante, parecia que toda a arquibancada tinha visto a matéria e estavam duvidando do caráter da estrela do time, o que deixou Louis um tanto desnorteado durante os primeiros minutos. Mas ele ainda faria o trabalho dele mesmo que ninguém tivesse fé, então guardou as preocupações em um cantinho do cérebro e jogou como nunca. Não era como se ele estivesse tentando se provar para alguém, só que todos os olhares desconfiados sobre si lhe deixaram com um gás e uma determinação maior ainda. 
Não sabia se era a homofobia internalizada que fez seus parceiros de trabalho agirem daquela forma ou se foi pelo fato da notícia envolver um concorrente, e Louis só podia torcer para que Harry não tenha visto aquela palhaçada ainda ou que, pelo menos, esteja tudo bem. 
Placar final 2x2. Teriam que ir para os pênaltis. Dos 5 jogadores escolhidos, Louis seria o último a chutar. Os torcedores apreensivos, o técnico sem outra opção, e na cabeça do moreno só passava uma dúvida: ele provaria que todos estavam errados ao duvidar de si ou daria o desgosto que muitos estavam esperando?
A rede balançou seis vezes, cada time com três gols. O quarto jogador do Chelsea bateu na trave, mas o goleiro, por sua vez, equilibrou a situação conseguindo agarrar a bola adversária. Na quinta e última oportunidade, o jogador adversário chutou alto de mais. Seria agora ou nunca, Louis iria bater. 
°°°°°
Harry estava no estádio daquela vez. Como o próximo time classificado iria ser seu adversário na final, depois de ganharem a semi, todos os jogadores do Manchester United estavam juntos acompanhando o jogo da arquibancada. Ele tinha visto a notícia pouco antes de sair de casa e foi o caminho inteiro implorando para todos os deuses que Louis não tenha se desestabilizado com isso ou perdido o foco da partida. 
Em que momento passou a desejar que o outro se classificasse para a grande final, ele não sabia dizer. Mas ainda assim se pegou mais apreensivo pelo outro do que por si. 
Os colegas de time lhe lançavam olhares tortos cada vez que ele se empolgava um pouco mais durante o jogo, fazendo com que o cacheado tivesse que reprimir alguns gritos ao morder o próprio lábio e segurar firmemente o banco onde estava sentado para não levantar. No entanto, todo o controle que tinha conseguido não foi o suficiente para lhe segurar durante o pênalti que seria decisivo. Louis só precisava acertar aquela maldita bola na rede e foi impossível para Harry se manter calmo. 
Quando percebeu já estava em pé enquanto todos os jogadores que lhe faziam companhia permaneciam sentados, apesar de tensos. As mãos do cacheado revezavam entre ir para os lábios ou os fios chocolates, ora mordendo as unhas, ora puxando os cabelos. Ele não percebeu na hora, mas havia um paparazzi atrás de si e o ângulo permitia que o foco da lente estivesse totalmente sobre o cacheado, captando Louis posicionado ao fundo, e, além disso, a diferença entre a altura dele em pé e os colegas sentados daria muito para falarem. 
Os olhos verdes captaram o momento exato em que Louis deu um beijo no topo da bola, a posicionando no local marcado na grama, para logo depois dar alguns passos para trás. A chuteira branca bordada com o número 28 oscilava na visão das pessoas enquanto Louis dava uma corridinha sem sair do lugar. O apito soou e ele correu. Fingiu que ia chutar em uma direção e chutou em outra. Harry fechou os olhos. 
Só teve coragem de abrir as orbes e ver o resultado quando seu ouvido doeu pelos gritos da torcida completamente exaltada e seus músculos tremeram com a vibração da arquibancada. Como se tivessem ensaiado, Louis, dos ombros dos colegas e com um sorriso gigante no rosto, conseguiu lhe encontrar na multidão e o cacheado finalmente se permitiu sorrir.
O sorriso e o olhar que trocaram prometia um jogo disputado na final, uma competição acirrada, mas também exalava uma alegria por serem eles, ainda que de lados opostos. 
VII
A foto rodou todos os meios de comunicação e redes sociais possíveis, até os jornais em TV aberta decidiram confabular sobre o possível romance entre os jogadores, Styles e Tomlinson estavam estampados no cenário mundial com um alcance gigante dada a proporção em que chegaram na competição. Entretanto, eles não tinham se visto durante esse intervalo entre os finais de semana que separava o último jogo da grande final, também não tinham se comunicado por qualquer outro meio.  
Harry tinha recebido uma ligação dos pais poucos minutos após entrar no carro em direção à própria casa depois de assistir a semifinal, o tom de voz da mãe, sempre impessoal, não tinha mudado apesar das circunstâncias. A mulher gastou alguns poucos segundos para perguntar como estavam as coisas, mas não demorou a entrar no assunto que realmente a fez lembrar o contato do filho depois de, provavelmente, meses sem uma ligação decente. 
Desde criança o cacheado não guarda lembranças de ser muito próximo dos pais. Enquanto os colegas eram buscados na escolinha pela mãe ou pai e recebiam um abraço caloroso no portão de saída, Harry tinha que esperar algum carro com um motorista para pegá-lo, sempre foi assim. Essa logística só mudou com a chegada de Geórgia na casa da família, que viu como o garoto vivia solitário e sem atenção dos mais velhos, sempre ocupados demais para o próprio filho, e passou a dar todo o carinho e companhia que ele merecia e precisava. Nos próximos anos da infância e adolescência, o garotinho de cabelos encaracolados nem cogitava esperar a presença dos pais em algum evento ou reunião na escola, já sabia que era Geórgia quem viria lhe socorrer e estava bem com isso. 
“Então, é verdade?” – ela questionou sem qualquer entonação, não demonstrava nenhum sentimento, seja decepção ou acolhimento.
“E se for?” – Harry não se sentia corajoso, os olhos marejados e a respiração presa eram provas disso. Ele preferiu observar o trânsito lento enquanto o silêncio da mãe pesava em seus ouvidos. Quando tinha passado segundos suficientes para ele achar que a ligação tinha caído, continuou. – “Eu não tenho nada com o Louis, mãe. Mas só porque não depende apenas de mim.”
“Ahn.. certo, Harry. Eu preciso ir agora, se cuida filho.”
Depois de deixar o celular cair ao seu lado no banco, Harry não sabia como se sentir. Aliviado não era bem a palavra já que ela não demonstrou qualquer apoio, mas não estava necessariamente triste. Na verdade, ele percebeu que aquela ligação não tinha mudado em nada e não o faria chegar em casa chorando como ele pensava que seria assim que sua família descobrisse. Estava tudo normal. 
Assim que consolidou isso e passou pela porta da sua casa com um sorriso ameno, lembrou da frase que disse para a mãe: “Mas só porque não depende apenas de mim”, e parou de andar no meio da sala, encarando a parede contrária como se ali tivesse qualquer coisa minimamente interessante. Então era isso? Ele realmente não se importaria de entrar em um relacionamento com um homem? Quer dizer, não dá para enganar a si mesmo, ele não se importaria de estar num relacionamento com Louis. 
°°°°°
A grande final iria acontecer em algumas horas e todos os jogadores já estavam na concentração se preparando física e psicologicamente. O gol da vitória no outro final de semana fez com que os parceiros de time de Louis respirassem mais aliviados e com a certeza de que o colega jamais prejudicaria o próprio trabalho em prol do que ou de quem quer que seja. A faixa preta identificando o capitão voltou a apertar o braço tatuado de Tomlinson, deixando um calor reconfortante e prazeroso para ele no local. 
Louis não teve mais notícias de Harry e nem conseguiu entrar em contato, suas redes sociais sempre monitoradas o impedia de enviar qualquer mensagem para o outro antes do jogo decisivo porque isso poderia significar alguma manipulação do resultado e eles não precisavam de mais essa atenção negativa. A pressão já era muita naquele momento, então ele teria que esperar o campeonato acabar e os ânimos acalmarem para finalmente ir atrás do que queria. E ele sequer tentava enganar a própria mente para arranjar uma outra explicação para a pele arrepiada com determinadas lembranças ou para o coração acelerado e o estômago embrulhado só de pensar nele. Louis queria o cacheado e era impossível fingir que não. 
No momento em que entraram no gramado, tudo sumiu. Seu pensamento só estava preenchido pela gratidão por ter chegado até ali e pela determinação em dar o seu melhor. Assim que encarou os olhos ainda mais verdes que o campo, o apito soou e eles sentiram os corpos encherem com a adrenalina.
O suor banhava a pele pálida de Harry, suas pernas queriam tremer enquanto corria e dava a vida pelo próprio time, a cada posse da bola no próprio pé ou nas chuteiras dos companheiros ele sentia seu estômago revirar em ansiedade. Essa sensação sempre foi o porquê ele escolheu o futebol. Além de, obviamente, ser muito bom no que fazia, o frio na barriga antes de entrar em campo e a adrenalina durante toda a partida eram completamente recompensados ao final do jogo quando ele reconhecia ter feito o que estava ao seu alcance, Harry jogava com tudo que tinha, independentemente do resultado. 
E todo esse esforço ficou claro quando, finalizando os acréscimos do segundo tempo, o placar estava empatado. 1x1. O desespero evidente no olhar de ambos os técnicos e a torcida fazendo o estádio tremer com a euforia de um jogo tão acirrado, assim como deveria ser. Mais um resultado que seria decidido nos pênaltis, eles não poderiam vacilar agora, tinha muito em jogo: um título, uma taça, o auge das suas carreiras.
Dez jogadores escolhidos, entre eles seus respectivos capitães. Todos completamente determinados e focados em um único resultado, a vitória. O Manchester seria o primeiro a tentar marcar gol e Harry estava como o quarto da fila, na última posição estava o camisa 10 do time e o cacheado se sentiu um pouco mais aliviado por não estar no lugar do cara. De outro lado, Louis era o quinto jogador a bater, como de costume, pois o seu pênalti de esquerda era a melhor chance para o Chelsea. O moreno estava fazendo exercício de respiração para focar apenas em fazer um bom trabalho, esquecendo todos ao redor.
O primeiro jogador correu logo após a autorização do árbitro, mas talvez esse impulso impensado tenha custado muito. A bola caiu direto nas mãos do goleiro. Isso poderia desestimular todos os próximos a chutar, não era um bom começo para a moral do time, mas Styles tirou de si uma confiança que não existia e tentou incentivar os outros quatro na linha de frente.
O jogador do Chelsea deu uma parada antes de chutar, o que fez com que o goleiro antecipasse a jogada e fosse ao chão, oportunidade que o primeiro aproveitou muito bem. Goleiro no chão e bola na rede, a torcida comemorou como nunca. 
Era a vez de um dos melhores amigos de Harry e ele deixou um aperto de incentivo no ombro do rapaz, coisa que pareceu funcionar. A torcida vibrou antes mesmo dos jogadores perceberem o gol. O segundo e terceiro jogadores adversários conseguiram marcar no canto direito, mas o antecessor de Harry não deixou barato. Harry estava em desvantagem de um ponto quando se posicionou atrás da bola, se ele errasse agora não teria mais chance de ganhar. 
Respirou fundo e olhou nos olhos do goleiro. O cacheado não tinha a estratégia de olhar para um canto do gol e chutar no oposto, isso já era manjado pela maioria, então ele focava apenas em desestabilizar o goleiro olhando no fundo dos seus olhos como se nada temesse. O apito soou em seus ouvidos e ele permaneceu alguns segundos imóvel, a tensão era tanta que torcida se calou. Harry correu e chutou. A bola rodou quase que em câmera lenta para todos ali, a respiração falhou na garganta dos torcedores quando a bola raspou nos dedos do goleiro e entrou no canto superior esquerdo. A rede balançou e a torcida se tornou ensurdecedora. Harry finalmente pôde respirar. 
Não dava para saber se era o nervosismo pelos gritos de guerra que cercavam o local ou se o goleiro colega de Harry tinha ficado mais incentivado após a marcação do seu capitão, mas para a infelicidade do Chelsea, seu quarto jogador não teve sucesso como o quinto adversário. Louis teria que acertar, era a chance de um empate ou já era. 
Tomlinson beijou a bola no seu ritual costumeiro, deu passos para trás e soltou uma expiração longa ao esperar a autorização do árbitro. Quase que de imediato ao som do apito, ele correu e chutou, confiante. Não encarou outro lugar senão o goleiro caindo para a esquerda enquanto sua bola entrava com louvor no canto direito. 4x4, placar empatado. Teriam mais cinco rodadas então. 
A confiança dos jogadores agora estava mais firme, cada um sabendo da própria capacidade de ganhar. Então dizer que o jogo estava sendo um dos mais difíceis e disputados da história era até eufemismo. Começaram novamente os próximos cinco pênaltis com os jogadores na mesma ordem, no entanto o resultado não permaneceu o mesmo. 
Após Harry marcar e se posicionar ao lado dos colegas para dar apoio ao último jogador do time, só lhe restavam torcer para que ele acertasse e Tomlinson não, realização que foi um pouco agridoce para o menor. Infelizmente, o chute não teve força o suficiente e o goleiro do Chelsea conseguiu bater a bola para fora antes dela ultrapassar a linha do gol. Se Louis acertasse agora, o título seria deles. 
A pressão de estar nessa posição era terrível ao mesmo passo em que era revigorante. Se errasse teria que conviver com a decepção de milhares de pessoas em suas costas, mas se acertasse a gratidão de outras milhares o faria se sentir realmente bem. Bom.. ele não teria que lidar com a primeira opção e percebeu isso assim que terminou de fazer sua jogada e viu todos do time que estavam no banco invadir o gramado em sua direção. Ele olhou para a bola dentro do gol, depois desviou para os amigos pulando sobre suas costas e comemorando como nunca, mas seu olhar acabou encontrando um cacheado com lágrimas nos olhos e costas encurvadas. 
Louis estava feliz, óbvio, mas só conseguiu realmente aproveitar aquele sentimento quando Harry deu de ombros em sua direção e ofereceu um sorriso mínimo, reconhecendo o bom trabalho do outro e a vitória merecida. O espírito esportivo não tinha sumido, afinal. Ainda era possível ficar feliz com a conquista de quem se gosta, mesmo que não seja a sua também. 
VIII
A festa de comemoração estava sendo o ambiente mais barulhento e feliz que Harry já tinha posto os pés na vida. Litros e mais litros de champanhe eram jogados para o alto, molhando todos que estivessem por perto, os saltos e sapatos mais desconfortáveis faziam uma barreira próximo à parede, mostrando que os seus respectivos donos estavam se divertindo tanto que deixaram a classe de lado para aproveitar o momento. 
Harry chegou um tempo depois do usual, já que teve que passar em casa e ser consolado por Geórgia. Somente aquela mulher sabia o quanto o cacheado costumava ficar afetado com perdas desse tipo, e foi por isso, inclusive, que ela estranhou assim que ele passou pela porta da frente sem nenhuma lágrima manchando o rosto. A postura estava abatida, é claro, mas ela estava esperando algo pior. 
Ainda assim, acolheu seu menino nos braços como sempre fazia e sentaram juntos no sofá para comer besteira e assistir algo desinteressante na televisão por algumas horas. Eles não precisavam falar nada, o conforto e companhia já foi o suficiente para Harry recuperar pelo menos um pouco da sua energia e bom humor. Então, apenas depois de despedir-se da mais velha com um beijo no topo da cabeça e um abraço apertado, ele decidiu ir se arrumar. Tinha uma festa para comparecer.
O rapaz cumprimentou alguns conhecidos, ouviu inúmeros elogios à sua performance em campo, bebeu uns drinks e finalmente começou a procurar por Louis. Suas mãos estavam suando e a garganta estava seca quando finalmente encontrou a figura muito bem vestida parada em uma das saídas laterais do espaço em que a festa rolava. 
Ali o vento frio da madrugada bagunçava os fios da franja do moreno, mas sua blusa preta de manga longa e gola alta parecia fazer seu trabalho muito bem em mantê-lo aquecido. Louis estava de costas, sem prestar tanta atenção à sua volta e muito focado na paisagem de luzes da cidade em sua frente para reconhecer o barulho de passos atrás de si. 
– Parabéns pelo jogo de hoje, o resultado foi até que justo. – o maior ouviu o tom rouco proferir tais palavras de maneira calma e a forma como seu corpo reagiu ao reconhecer o dono da voz não deveria ser considerado normal. 
– Obriga– o agradecimento ficou preso na garganta quando ele virou na direção do outro e viu o que poderia ser considerado a versão mais bonita que já havia visto de um ser humano. Não, em verdade nada se compara ao próprio cacheado quando está chorando de prazer, mas o visual das coxas grossas apertadas em uma calça social branca e o tronco vestido em uma camisa de cetim vermelho sangue chegava bem próximo. – É.. você foi muito bem também, sabe disso. 
Eles ficaram se encarando em silêncio pelo o que poderia ser considerado uma eternidade, apenas sentindo as batidas ritmadas dos corações quase em sintonia, pulsando e exigindo que os anseios fossem atendidos. Louis olhava o ser em sua frente e queria ele para si, o tempo todo e completamente seu. Harry encarava o mais alto e se sentia completo, feliz como nunca esteve antes. 
– Você sairia comigo?
– Podemos ter um encontro?
Foi um pouco confuso quando dispararam as perguntas ao mesmo tempo, o que causou um sorriso digno de covinhas afundando as bochechas do cacheado e um Louis com ruguinhas ao redor dos belos olhos azuis. Eles não poderiam estar mais sintonizados. 
Epílogo
– Quero você olhando para mim, princesa. – deixou um tapa ardido na coxa do outro, por cima da calça social azul marinho que ele vestia. – Se você revirar esses lindos olhos verdes de novo eu vou te deixar assim, ouviu? – Louis proferiu em um tom duro antes de abrigar novamente toda aquela extensão rígida entre os lábios.
Eles estavam numa limusine em direção a festa de comemoração aos 118 anos do Chelsea, que ano após ano surpreendia cada vez mais a imprensa e os amantes do futebol com toda a dimensão do evento. As pessoas se comportavam como se estivessem em um desfile de gala, e o tapete vermelho que geralmente ficava em frente ao local realmente dava tal impressão. 
Era também por isso que Louis e Harry tinham escolhido chegar em grande estilo no carro luxuoso preto, com direito a motorista e champanhe lá atrás. Por sorte o automóvel era extenso o suficiente para a parte traseira, onde os passageiros estavam, ficar distante do painel fechado que os dividia da cabine do motorista. 
O trânsito em Londres já não ajudava em um dia normal, imagina em um dia de evento como esse. A cidade estava praticamente parada, os poucos resquícios de paciência sendo extremamente necessários a cada um que andava poucos metros num trânsito infernal apenas para frear segundos depois. Foi assim que Harry, um pouco risonho e leve pelas bolhas da bebida no paladar, acabou atiçando o outro jogador. Bastaram pequenos deslizes de mão pelas pernas fortes, alguns beijos molhados pelo pescoço alheio e num instante ele estava segurando gemidos manhosos e pressionando a nuca contra o estofado de couro. 
O conjunto social que vestia, junto à camisa branca por baixo, fazia o calor queimar sua pele e os olhos azuis em sua direção, desafiando ele a desviar o olhar, era enlouquecedor. Louis descia com os lábios sem se importar com a intensidade na maneira como chupava a glande rosada ou, ainda, com as linhas finas e vermelhas que sua barba deixava na púbis do cacheado. 
– Porra, Lou.. hm- eu amo tanto sua boca. – duas lágrimas gordas caíram em sequência pelos olhos de Harry, que não ousou desviar do homem em sua frente, de joelhos no chão do carro. – Eu preciso-ah! Amor, por.. por favor.
E Louis jamais negaria um pedido feito dessa forma, então tratou de forçar a própria garganta a engolir tudo o que podia, sentindo o peso conhecido em sua língua e o calor lhe povoar por dentro enquanto marcava a cintura pálida do outro com um aperto forte por baixo dos tecidos. 
O líquido pegajoso a esse momento já tinha um gosto comum e até apreciado, algo entre o sal e o vinagre, mas muito bem vindo. O maior engoliu como pôde, restando na língua apenas o fantasma do sabor para dividir com o outro que, de bom grado, abriu a boca para receber um dos melhores beijos que já havia experimentado. 
– Deixa eu te ajudar, amor? Vai ser rapidinho.. – Harry apalpou sem vergonha a ereção de Louis por cima da calça preta de tecido fino que ele usava. O terno também preto deixou seu homem tão sexy que foi impossível não aproveitar daqueles minutos de trânsito parado. Entretanto, deviam tomar cuidado para não serem ouvidos pelo motorista ou vistos apesar do vidro escuro. Por isso Louis não deixou o outro ajoelhar como ele mesmo tinha feito há poucos instantes. 
– Nós estamos quase chegando, não vai dar tempo.. Mas tá tudo bem, sim? Quando a festa acabar você me- Ei! – parou de falar quando Harry se pôs de joelhos no banco, abaixou a calça apenas o suficiente para deixar a bunda redondinha à mostra e apoiou as mãos no vidro que rapidamente embaçava. – O que você tá fazendo, Haz, ficou louco?
– Vem, me fode, rápido. – Louis não tinha a intenção de levar o comando a sério, mas sua mente não impediu que levasse a mão até o zíper e liberasse o membro grosso e rígido, se aproximando o bastante para arrepiar a pele pálida do outro. – Você não gozaria a tempo se eu te chupasse, mas tenho certeza que eu sou muito mais apertado e você vai - Isso, Hmm.. 
– Você sabe bem como me convencer não é? – sorriu contra a bochecha que ostentava uma covinha profunda e puxou o rosto de Harry em sua direção, deixando o queixo virado o suficiente para que os lábios pudessem se conectar e gemer em conjunto. – Olhos nos meus, querido. – sussurrou com a voz rouca enquanto deslizava o pau rígido na entradinha do outro.
Não foi muito difícil vencer a resistência porque Harry ainda estava um pouco aberto pelo sexo no banho antes de se arrumarem, então Louis rapidamente passou a estocar de maneira forte e precisa. Ele saía de maneira lenta e voltava com tudo, atingindo a próstata com as marteladas mais prazerosas que o menor já conheceu. A intenção era serem rápidos, não tinham tanto tempo disponível. 
A adrenalina de estarem praticamente visíveis, os gemidos que eram soprados em sua boca, os olhos verdes que reviravam e lutavam para não ceder ao peso das pálpebras, o aperto em seu membro sensível..  não tinha como segurar. Assim que o carro virou a esquina da Avenida na qual reconheceu o local da festa pelos flashes das câmeras que faziam luzes piscarem ao longe, Louis só precisou imaginar a face do cacheado exatamente como ele estava agora, entregue e fodido, completamente lindo, sendo estampada naquelas câmeras para o orgasmo lhe atingir de maneira intensa. Egoísmo ou privilégio, não sabia, mas agradeceu por aquela imagem ser apenas sua. 
– Deixa minha porra bem guardadinha, princesa. Não quero ver uma gota escorrendo quando a gente chegar em casa. – deixou um beijo na testa de Harry, que ainda estava um tanto desnorteado e com bochechas coradas.
E após fecharem mais uma vez os zíperes e botões, conferirem se estavam com os fios de cabelo no lugar certo e roupas sem muitos amassos, o moreno saiu pela porta da limusine e estendeu a mão para o outro jogador. Assim que Harry se pôs em pé ao seu lado, de mãos dadas e uma feição séria contrastando com a vermelhidão no rosto, muitas câmeras e microfones viraram na direção deles e uma série de flashes foram disparados. 
°°°°°
"Depois de 8 meses desde o primeiro rumor sobre o casal do futebol, finalmente o namoro foi oficializado. Tomlinson e Styles chegaram juntos à festa de comemoração dos 118 anos do Chelsea, uma revelação em grande estilo, não acham?
Confira agora as fotos desse momento revolucionário para o cenário do esporte inglês, com direito a mãos dadas e olhares apaixonados. Eu já estou shippando e vocês?"
Fim.
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imagines-1d-zayn · 1 year ago
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Imagine - Harry Styles.
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Pedido: Do Harry q ela não é tão afeminada quanto as outras meninas, tipo ela usa blusão dele, gosta de andar de skate, não usa maquiagem, não usa vestido e essas coisas assim. Aí chegou um dia que o Harry vai pra uma entrevista e perguntam como ele lida com a S/N sendo uma garota não tão afeminada, aí ele defende ela falando que não é o estilo ou o jeito dela de ser que vai mudar sua sexualidade ou gênero. Eu queria que ele defendesse ela de um jeito fofo, brigada🌺💓 - Anônimo.
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Termino de me vestir e confiro minha aparência mais uma vez no espelho do quarto. Uma calça jeans preta, uma camiseta larga em um tom de verde escuro e um vans clássico, preto e branco. O cabelo está solto, com as ondas naturais e na pele apenas protetor solar. 
Pego minha mochila, meu óculos de sol e meu celular. 
— Tô pronta! — Aviso, assim que chego na sala e encontro Harry mexendo no celular. Ele olha para mim e sorri. 
— Está linda! — Ele sela meus lábios. — Vamos? Avisaram que já estão a caminho. 
— Vamos!
Saímos de casa e Jacob, nosso motorista, nos leva até o parque onde marcamos de nos encontrar com a nossa família. Hoje é aniversário de um dos meus primos mais novos. Elias está completando  12 anos, e pediu para fazermos sua festa em um parque, ao ar livre, onde ele pudesse brincar muito com seus amigos. 
Minha tia Ana, mãe dele, não recusou o pedido, pelo contrário. Ficou muito animada e organizou tudo com muito carinho. 
Quando chegamos, a maioria dos convidados já estavam lá. A comoção por ver Harry é sempre generalizada, mesmo que nós estejamos juntos há mais de três anos, e sempre comparecemos aos eventos da família. 
A mesa de comida está farta e bem decorada, com tudo que meu primo mais gosta: cachorro-quente, hambúrguer, pizza, muitos doces e refrigerante. Não vou negar que meu paladar é idêntico ao dele, afinal eu prefiro mil vezes um fast food a um prato de salada e legumes. 
— (S/A)! — Elias sorri quando me vê, e eu abro os braços para abraçá-lo. 
— Parabéns, gatinho! — Beijo sua cabeça. — Trouxe seu presente. Foi o que você me pediu! — Entrego o presente na sua mão e ele não precisa abrir para saber o que é, a embalagem é bastante reveladora. 
— Um skate novo! — Ele diz, animado. Elias rasga o pacote colorido e seus olhos brilham quando vê o modelo que eu escolhi: um street, tradicional, com uma arte abstrata desenhada na base. — Ele é lindo, eu adorei! — Ele me abraça de novo. 
— Que bom que você gostou! — Ele coloca o skate no chão e olha para mim. 
— Anda comigo? Quero que você me ensine a fazer aquelas manobras de novo! 
Ele pede, animado. 
Eu sempre adorei andar de skate, e aprendi com meu irmão. Quando crianças, a briga era grande para decidir quem iria andar primeiro. Mas eu sempre gostava de ser a última, afinal conseguia enganá-lo e andava por mais tempo. 
— Claro!
Pego um outro skate, o seu antigo, e saímos pela quadra, andando e fazendo as manobras que aprendi ainda na infância, e que nunca desaprendi. 
O restante do dia é tão animado quanto o começo da festa, e só nos despedimos quando começa a anoitecer e todas as crianças já estão cansadas e suadas o suficiente. 
*
Abro meu guarda-roupa com a missão de escolher uma entre as minhas centenas de calças. Odeio vestidos e saias. Nunca me senti muito confortável nessas peças, e sempre opto pela comodidade. 
Escolho um modelo de corte reto, e combino com uma camiseta preta. Nos pés, um all star preto e um blazer oversized, que roubei do armário do Harry. 
Prendo meu cabelo em um rabo baixo, e coloco apenas um brinco bem pequeno. Pego uma bolsa e o encontro pronto também. 
Harry tem uma entrevista e me pediu para o acompanhar, e depois iremos jantar juntos. Eu aceitei, é claro, porque sempre adoro passar tempo com ele, principalmente quando tenho tempo e a possibilidade. 
Chegamos no estúdio onde o programa é gravado e seguimos para o camarim. Harry é preparado e microfonado antes de se preparar para entrar ao vivo no talk show. 
— Com vocês, Harry Styles! — A plateia aplaude enquanto ele entra ao som de uma de suas músicas, cumprimenta o apresentador e se senta no sofá reservado para ele. — É um prazer ter você aqui, Harry! — Aldo diz, sorridente. 
— Estou feliz com o convite! — Harry sorri. 
— Vamos começar pelo assunto mais comentado do momento: o fim da sua turnê, a Love On Tour. Você ficou quase dois anos completos com essa turnê, rodando o mundo todo e fazendo centenas de apresentações grandiosas. Como foi a experiência? 
— Foi incrível! Eu fiquei muito feliz de ver todo mundo empolgado e querendo estar presente. Essa foi a minha segunda turnê, mas nunca tinha passado por nada parecido. 
— Qual a sensação de ter chegado ao fim dela? — Aldo pergunta, conferindo a pergunta em um dos seus cartões de apoio. 
— É um misto de sensações. É uma sensação de vazio, por ter acabado, mas de realização também, por ter conseguido cumprir com toda a nossa programação. 
— Quantos shows você fez no total? 
— Foram 171 apresentações, em 23 países diferentes. — Harry responde, sem esconder seu orgulho. 
— Uau, isso é incrível, Styles! — A plateia aplaude. — E quais são os planos para o momento? 
— Agora eu pretendo descansar um pouco, aproveitar o tempo disponível. Fiquei muito tempo longe de casa, longe da minha família. Quero passar um tempo com eles. 
— Imagino que a (S/A) seja a primeira na lista das saudades. — Aldo mexe as sobrancelhas, e Harry sorri, mostrando as covinhas. Rio da insinuação clara na sugestão do apresentador. 
— Ela é sempre a minha maior saudade. — Um coro de suspiros é ouvido e eu me derreto junto com a plateia. 
— E como está o relacionamento? Vocês estão juntos há quanto tempo?
— Completamos três anos juntos, e tudo está indo muito bem. — Harry sorri. — A cada dia me apaixono mais. — Sorrio ainda mais. 
— Recebemos algumas fotos de vocês dois juntos. — No telão, fotos do final de semana são mostradas, de nós dois juntos no parque, durante o aniversário do meu primo. — Essas fotos são recentes, não são?
— São, foram feitas no final de semana. 
— Aproveitam a folga para atividades ao ar livre, hum? Muita comilança e vários esportes radicais, hein? — Vejo as fotos de nós comendo os hot-dogs e de mim andando de skate. 
— Equilíbrio é tudo, certo?! — Harry responde e o apresentador sorri. 
— Pelo menos vocês estão aproveitando o tempo juntos, isso é ótimo! — O apresentador pega um novo cartão de apoio. — Recebemos algumas perguntas e mensagens de fãs. Vou ler elas para você. — Aldo avisa e Harry assente. — A primeira é: eu preciso de uma nova turnê o quanto antes. Não vou sobreviver muito tempo sem os shows incríveis do Harry! — Harry sorri com a mensagem. 
— Eu prometo voltar o antes possível! Mas, agora, preciso descansar e me concentrar em novas composições. — Há uma comemoração da plateia, ansiosos para ver novas produções dele. 
— Agora é uma pergunta: Harry, como você se sente em relação ao jeito da (S/N)? Ela não é das garotas mais femininas, nem a que se veste melhor, sempre com roupas desleixadas e nada elegantes, além de amar diversões de garotos. Você se incomoda com a falta de feminilidade dela? 
A pergunta vem como um soco no meu estômago. Fico paralisada por alguns minutos, tentando processar a informação e confirmar que realmente perguntaram isso. 
Qual o problema das pessoas? Por que gostam tanto de se meter na vida alheia? 
Harry se ajeitou no sofá, ficando nitidamente mais sério e incomodado. Ele respira fundo antes de começar a responder. 
— Não são suas roupas que definem sua feminilidade, assim como não são as minhas roupas que definem minha masculinidade. — Ele começa, em tom sério. — Eu já ouvi muitas coisas sobre o estilo de roupa que adotei, e sinceramente não sei porque isso incomoda tanto as pessoas. Não é porque ela prefere um estilo mais casual, despojado, e não vive em cima de saltos altos e minissaias que ela não é feminina. Pelo contrário. A forma como ela se veste não dizem nada sobre sua personalidade, sobre seu gênero. As pessoas precisam parar com isso. — Harry diz, negando com a cabeça. — Eu não me incomodo com nada a respeito dela. Se ela estiver se sentindo bem, estiver feliz, eu também vou estar. 
— Concordo com você, Styles. — Aldo balança a cabeça. 
— Alguns estereótipos estão muito enraizados ainda, como o de que uma mulher, para ser feminina, precisa estar sempre maquiada, usar roupas sensuais, salto alto, cabelo sempre impecável. Mas isso, na verdade, não quer dizer nada. — Harry continua. — Então, a minha resposta é que eu me sinto muito bem com o jeito dela, e sou completamente feliz com ela. Não me incomodo com nada, assim como você também não deveria se incomodar. Eu a amo do jeitinho que ela é. — A plateia aplaude e vejo Aldo falar alguma coisa e fazer uma nova pergunta, agora sobre um ocorrido em um dos shows da turnê recém acabada. 
Continuo olhando para a tela da TV do camarim, onde estou assistindo a transmissão ao vivo do programa. Meus olhos se focam apenas em Harry, e meu coração acelerado e quentinho quase rasga meu peito. 
A forma como ele respondeu a pergunta, a forma como ele me defendeu, me fez o amar um pouquinho mais e me deu ainda mais certeza que eu escolhi o homem certo para ter do meu lado.
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isntshelovelly · 4 years ago
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Situação: namorado!Harry Styles x Leitora
Contagem de palavras: 3704
Avisos: + 18; linguagem imprópria; conteúdo sexual explícito; drogas
Sinopse: Imagine baseado na música ‘Keep Driving’ - Harry Styles
N/A: Demorou um pouco mas finalmente trouxe a minha interpretação sobre uma das músicas do último álbum do nosso raiozinho de luz. Optei por Keep Driving pelo desafio em construir uma história que possui tantas palavras que não contam uma história de forma explícita. E vou contar pra vocês: minha imaginação foi a mil! Estava muito empolgada para postar essa versão, então espero do fundo do coração que gostem e por favor, me digam o que acharam.
Boa leitura 💛
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Com os vidros abertos, a brisa gostosa de um dia quente de verão batia contra os cabelos do casal de namorados a caminho da praia. Harry dirigia seu Jaguar E-Type, devidamente concentrado na estrada mas não ao ponto de evitar cantarolar a música de Twain que ecoava do rádio. De maneira um pouco minimalista S/N também apreciava a canção, batucando a melodia com as pontas dos dedos em sua coxa, levemente despreocupada. A cena vista de fora poderia facilmente ser confundida como aquelas gravações de clássicos filmes em preto e branco, senão fosse pelo óculos escuro um tanto quanto chamativo de Styles. Apesar de lindo, o óculos possuía um amarelo intenso até mesmo para o cantor. Porém Harry não reclamou ou questionou o adereço quando ganhou da namorada, como um pedido de desculpas por ter quebrado o óculos escuro favorito do rapaz após um ataque de ciúmes.
Desde o momento que saíram de casa, o casal não formulou uma frase que desse continuidade a pelo menos um diálogo de cinco minutos. A comunicação basicamente se resumiu a sorrisos fracos e tentativas de carícias vindas somente de Harry, já que desta vez foi ele quem passou dos limites na relação conturbada que estavam vivendo.
Na semana passada, o moreno perdeu completamente a paciência com a namorada, que por conta do trabalho, não pôde acompanhá-lo no jantar de noivado de Gemma. Provavelmente o estopim para o estresse não foi o fato de S/N não ter ido com ele, e sim dela ter desmarcado faltando trinta minutos para evento começar. E para piorar a situação o aviso foi dado por mensagem. Styles ficou tão indignado e inseguro que afogou todas as suas mágoas no álcool durante toda a celebração do noivado. Já de madrugada, depois de ser deixado sã e salvo em casa pela sua mãe, um Harry bêbado e sem escrúpulos acordou S/N de forma totalmente desagradável. Aos berros o moreno a acusou de estar o traindo com alguém do trabalho, xingando a garota de vadia sempre que podia. O resultado dessa confusão foi o mesmo de sempre: briga. E uma briga daquelas, que até vizinho foi envolvido. No dia seguinte a discussão, e percebendo que foi ele quem errou após acordar e não ter S/N ao seu lado como de costume, Harry encontrou a namorada na casa dos pais horas mais tarde, quando ela finalmente atendeu uma das trinta chamadas perdidas dele. E mais uma vez o perdão veio em forma de presente. Agora foi uma viagem surpresa no fim de semana em uma das pequenas porém luxuosas pousadas a beira de uma praia paradisíaca em Malibu.
Eles não eram burros. Ambos sabiam que a relação estava indo por água a baixo desde que Harry comentou sobre casamento poucos meses atrás e S/N simplesmente travou. Casar agora não era o seu desejo, e muito menos uma prioridade, contudo Styles entendeu que a namorada não queria tê-lo para o resto de sua vida. A conversa foi um balde de água fria tanto para ele quanto para ela, e após esse episódio o relacionamento nunca mais fora o mesmo. Eles não estavam mais em sintonia e aos poucos perdiam o brilho no olhar ao se encontrarem. No entanto ninguém era capaz de virar a página ou então botar um ponto final na história.
- Falta muito? - S/N quebrou o silêncio.
- Só mais quinze minutos e chegaremos lá! - Styles respondeu animado, lançando um sorriso aberto.
- E está tudo bem?
- Por que não estaria? - franziu o cenho ao encarar a garota no passageiro por alguns segundos e logo depois voltar a atenção a estrada.
- Sei lá. Você nem me falou para onde estamos indo. - ela soltou uma risada desconfortável. - Será que devemos continuar dirigindo? - Harry não havia percebido mas a pergunta de S/N estava cem por cento ligada com o andamento da relação, mas dita de uma maneira tão indireta que o moreno não captou a ideia e entendeu a pergunta como uma preocupação boba.
- Eu não estou te levando para a igreja, fica tranquila. - ele riu mas a brincadeira soou claramente como uma alfinetada doída. Entretanto a garota não deixou se abalar, ignorando o comentário e fechando a cara pelos minutos seguintes. A todo momento ela se perguntava se deveriam mesmo continuar conduzindo essa relação estranha, incomum e infinitamente desgastante pela chantagem emocional que ambos praticavam.
Embora S/N estivesse irritada, todos os sentimentos desconfortáveis foram embora assim que botou os pés no casébre particular de frente para a praia parcialmente vazia, de areia fina e clarinha, localizado na hospedaria cinco estrelas da cidade. A vista era incrível e por um segundo S/N ficou sem palavras.
- Gostou? - o moreno perguntou assim que entraram.
- Muito! - S/N respondeu com um sorriso e beijou o namorado depois de trinta e seis horas sem qualquer ato de carinho. Uma sensação de acolhimento invadiu o interior de Styles como um abraço quentinho quando o lábios dela colaram aos dele.
- Que bom.. - acariciou o rosto dela após desgrudarem as bocas. - Soube que Mitch e Sarah também estão aqui.
- Jura?
- Uhum. - confirmou enquanto procurava algo na mala em cima da cama. - Pauli e Niji estão a caminho e Elin virá com o marido.
- Marcaram uma reunião de trabalho?
- Vamos tocar em LA na terça… achei que seria uma boa tirarmos uma folga por perto e assim evitar qualquer problema. - S/N não havia gostado muito da ideia. Ela tinha a impressão de que havia perdido o valor para Harry pois nunca tinham tempo apenas para os dois. Era sempre a família ou os amigos envolvidos. Mas a garota decidiu que não arrumaria confusão esse fim de semana. Ela precisava de paz e acreditava que Harry também prezava pelo mesmo sentimento. Sendo assim aceitou o fato de ter que dividir o namorado com seus outros amigos e aproveitar ao máximo a companhia de Styles enquanto podia.
Após se acomodarem e darem uma volta no condomínio repleto de casinhas iguais as deles, o casal passou a tarde na piscina, tomando sol, bebendo alguns drinks e ao anoitecer tiveram um momento bastante agradável e atípico diga-se de passagem. Depois do jantar o casal teve direito a banho de banheira, massagem com óleos de amêndoas e muito amor e carinho madrugada a fora. Coisa que não acontecia há várias semanas.
Quando amanheceu - na realidade o sol estava querendo aparecer - S/N foi acordada aos beijos por Harry e surpreendida por uma linda bandeja de café da manhã. Xarope de boldo, café recém preparado e panquecas para dois destacavam-se na bandeja rústica. No entanto foi o crispy de batatas douradas juntamente com ovos fritos e gema molhada - prato típico inglês - que deixaram S/N com água na boca. Harry sabia que era seu predileto no horário do café, e fez questão de agradar a namorada ao pedir para o chefe da pousada preparar tal alimento especialmente para a garota.
- Tem jeito melhor de acordar do que esse? - questionou com um sorrisinho ao se espreguicar e em seguida abraçar o moreno antes de dar um selinho demorado. - Só faltou dizer que me ama..
- Eu te amo, S/A.. sempre vou te amar.
- Agora minha manhã está completa. - eles riram e entraram em uma sequência de selinhos rápido e fofos até cansarem e enfim tomaram o café na cama, tendo a visão linda do céu alaranjado e levemente azul enquanto o sol nascia com o passar dos minutos.
O domingo iniciou com o pé direito após a primeira refeição e o casal passou o dia todo juntos, em completa paz. Foram à praia, divertiam-se a beça no mar, andaram de jetski, almoçaram em um restaurante temático, conversaram, riram, e a noite foram convidados a comparecer ao apartamento de Mitch e Sarah, encontrando os outros intergrantes da banda e mais alguns amigos em comum para uma reuniãozinha.
Todos estavam se divertindo diante das diversas garrafas de vinho e drogas que aparentemnete ninguém sabia como surgiram por ali.
Na sala, Mitch tocava canções com seu violão enquanto Harry e um de seus amigos antigos do colégio soltavam a voz. S/N, Sarah, Elin e Pauli estavam na varanda, fumando um baseado em grupo e apreciando de longe o restante do pessoal fazendo música, como de costume. Isso até Sarah passar mal e correr para o banheiro.
- Chega de bebida por hoje, dona Sarah. - S/N, como a amiga fiel, alertou a morena ao segurar seu cabelo enquanto jogava para fora tudo o que existia em seu estômago.
- Eu estou bem. - a mais velha falou com os olhos fechados e apertou a descarga após levantar, respirar fundo e sentar na patente já tampada.
- Você não está bem. - disse rindo enquanto enxugava o rosto da amiga com uma toalha úmida, a fim de aliviar o mal estar.
- Você também não está.. e nem por isso estou te impedindo de beber.
- Não fui eu que vomitei meio litro agora mesmo.
- Estou falando da sua vida, S/N. - rebateu séria. - Você sabe que eu sei que você não está bem… seu namoro não está nada bem. Não tente negar. - mesmo bêbada e falando enrolado, Sarah tinha toda razão em cada palavra, fazendo S/N permanecer em silêncio, reflexiva.
- Nós ficamos bem hoje. Bem até demais porque logo cedo recebi café na cama! - toda animada ela comentou.
- O que ele aprontou ontem?
- Nada, ué.
- Por que o café na cama então?
- Nem tudo é uma forma de nos desculparmos, Sarah. Ele só quis ser romântico desta vez.
- OK, sinto muito.. força do hábito. - S/N revirou os olhos. - Mas a vinda de vocês pra cá tem a ver com alguma briga, não tem? - a ausência da voz da mais nova e o desvio do olhar funcionou como uma resposta perfeita. - Claro que sim.. - Sarah negou com a cabeça, indignada. - Foi por conta do chilique dele na sexta?
- Como você sabe?
- Eu escutei Harry aos prantos conversando com Mitch pelo telefone, arrependido e com medo de te perder depois que vocês brigaram. - um sorriso sutil pairou os lábios de S/N ao escutar a amiga. Ela sentiu-se bem ao saber que Harry ainda se importava com ela. - Não sorria para essa situação. - a morena a repreendeu. - O que ele fez foi ridículo, S/A. Você estava trabalhando!
- Nós já nos resolvemos.
- Como? Sem conversa? Com mais um dos ‘presentes’? - Jones ironizou. - Essa história se repete em um looping infinito! Foi assim com o celular novo que deu para ele depois que quebrou o antigo por Harry não te dar atenção. Com a televisão da sua casa que ele estragou em uma briga idiota sobre seu ex, e no dia seguinte acabou te dando uma TV de última geração. Com o óculos de sol, agora essa viagem.. - Sarah deu uma pausa dramática e sugestiva. - Desculpa, amiga, mas isso está se transformando em uma doença.
- Eu sei.. - S/N levou a mão direita até o rosto e massageou as pálpebra com as pontas dos dedos. - Apenas não sei como sair disso.
- Termine enquanto ninguém se machucou de verdade com essa ‘coisa’ de vocês. Sabe o quanto eu te amo e quanto amo o Harry. Eu quero ver vocês felizes. Mas felizes de verdade, e não desse jeito maluco que estão vivendo. - a mais nova assentiu, um pouco tensa e triste, sendo consolada por Sarah, e permaneceram por mais alguns minutos no banheiro, escutando dicas cotidianas para um relacionamento saudável ou então saídas para a relação conturbada.
Na sala, poucas eram as pessoas que realmente tinham sã consciência. A maioria estava drogada ou então bêbada. Mas Harry não era uma delas. Ele havia bebido duas taças de vinho - no máximo - e tragado uma vez o baseado que passava de mão em mão, contudo ainda sim sabia onde estava e o que estava fazendo.
- Lembra da Chloe?
- Uau, há quantos anos não escuto o nome dessa garota. - Styles soltou um sorriso ao recordar da sua adolescência e paixão retraída pelo mulher mencionada. Seu coração adolescente pareceu voltar aquela época em que sentia o frio na barriga apenas em ouvir o nome da loira.
- Acredita que encontrei ela na recepção?
- Que mundo pequeno. - o amigo assentiu assim que levou a bico da garrafa de cerveja até a boca.
- Eu disse que você está aqui e nunca superou a paixonite por ela.
- Você o quê? Ficou maluco, Jhonny? - Styles arregalou os olhos, furioso.
- Qual o problema? Eu não menti.
- É claro que mentiu! Eu superei Chloe há anos.
- E por que ficou todo emotivo só por mencionar o nome dela? - Harry perdeu a fala e engoliu em seco o argumento que estava prestes a soltar.
- Não enche, vai.
- Ela está na piscina.. vai até lá, beije-a e não conte para ninguém.
- Desde quando você virou um idiota?
- Qual é, seu namoro está uma porra. Você mesmo disse isso para mim meses atrás. Eu estou te fazendo um favor, isso sim. - por mais que Jhonny não estivesse raciocinando direito e sendo a famosa má influência para Harry naquele momento, o moreno pensou por meros segundos na proposta feita pelo amigo. E se não tivesse sido chamado por S/N logo na sequência, o rapaz certamente trairia a namorada.
S/N estava cansada e era visível a chateação em seu rosto. Menos para Harry, que sequer notou que a garota havia chorado. Ela pediu para retornarem ao quarto e caminharam em silêncio até os aposentos do casal.
Assim que chegaram Harry foi para a sacada e abriu as duas grandes portas de correr, as quais possuíam pequenos quadrados de vidro embutidos, fornecendo a estética praiana e aconchegante. Com as mãos apoiadas na haste de gesso que cercava a sacada, o rapaz sentiu a brisa marítima derramar sobre seu corpo e logo soprar pelo quarto parcialmente escuro, visto que a luz da lua e os postes de energia traziam um pouco de iluminação.
Dentro de seu próprio silêncio, Styles matutava a ideia de reencontrar sua paixão antiga, e pela primeira vez não sentiu culpa ao pensar e sentir vontade de beijar outra pessoa que não fosse sua namorada. Ele também não gostava de como levava a vida a dois, mas não tinha coragem de acabar o relacionamento de cinco anos e meio. Existia muita coisa em jogo, e Harry não queria arriscar perder mais um amor. Infelizmente ele sentia necessidade de estar com alguém. Mesmo que não sentisse mais a magia de amar.
- Tá tudo bem? - ao ouvir a voz suave e sentir os braços de alguém mais baixo que ele envolvendo seu tronco, Harry saiu de seus pensamentos e decidiu dar uma última chance ao amor quando virou-se para S/N, lançando um pequeno e sutil sorriso.
- Tá sim. - respondeu antes de beijar delicadamente a testa da garota.
- No que estava pensando?
- Quer mesmo saber? - Harry não abriria o jogo sobre o que de fato estava pensando. Sendo assim ele contornou a situação, escondendo seus sentimentos e criando do nada uma imaginação erótica com a namorada ao mostrar um sorriso ladino. S/N logo entendeu as segundas intenções daquele sorriso e precisando relaxar assentiu a pergunta do moreno no instante em que se sentou na beira da cama, com os olhos presos na figura masculina a sua frente. - Estava imaginando você.. você sem roupa para ser mais exato. - o ar sedutor de Styles tomou forma assim que disse a frase a qual magicamente fez o corpo de S/N arrepiar-se. - E em cima de mim. - Harry mordeu o lábio debaixo e ergueu as sobrancelhas rapidamente como se falasse “vamos?".
A namorada soltou um riso safado e devagar livrou-se da camisola de seda azul que havia ganhado do namorado no mês passado. S/N não usava roupa íntima. Apenas aquela peça cobria o corpo dela e o ato foi suficiente para instigar o moreno quando a viu nua. O volume por debaixo da bermuda crescia e não demorou nem meio segundo para Harry ter S/N nos braços. Ele a agarrou pela cintura e ambos caíram na cama macia. Os amassos por baixo dos lençóis de fios egípcios deixavam a sensação de prazer ainda mais palpável e deliciosa. Os beijos tinham um sabor diferente desta vez em específico. Pareciam não se encaixar. Mas ninguém ligou para esse detalhe. A vontade de transar era maior que qualquer coisa devido ao estado em que se encontravam naquele momento.
S/N e Harry eram do tipo que presavam muito pelo sexo com a pessoa certa. Para ambos a conexão que existia entre quatro paredes era mais valiosa que qualquer outra. E eles sabiam que na cama, nada poderia dar errado. Talvez essa fosse a razão para eles ainda estarem juntos. O sexo nunca perdia o sabor.
Harry já estava semi nu quando passou a mão pela intimidade molhada de S/N e introduziu um dedo. Ela gemeu, mas não atingiu o ponto que estava esperando. Teve impressão de que não foi tão prazeroso quanto costumava ser. E ele percebeu que a atitude dela foi diferente. Contudo - mais uma vez - não deu atenção. ‘Provavelmente não estava tão lubrificado’, pensou ele. Dessa forma Styles mudou a estratégia e deu continuidade a masturbação devagar e iniciou um caminho de beijos molhados pelo corpo da garota, saindo de seus lábios, descendo pelo pescoço e passando entre os seios. Naquele ponto o rapaz aproveitou para massagear o peito direito enquanto chupava o esquerdo. Ao dar atenção aquela região, Styles então sentiu algo estranho na lateral do seio esquerdo. Pela falta de luz era difícil identificar o que poderia ser, mas ao passar o indicador por ali Harry simplesmente parou o que estava fazendo, afastou o rosto e visualizou nitidamente uma certa substancia branca na pele de sua garota: Cocaína.
- Por que você parou? Estava ficando tão gostoso.. - a reclamação choramingada de S/N trouxe o moreno em choque de volta a realidade. Ela sequer percebeu o que namorado havia descoberto e porquê ele parou de tratá-la com carinho. Nos poucos segundos em que se afastou da garota, Harry sentiu-se culpado de certa forma. Era ele o motivo dela estar se drogando? O relacionamento estava tão horrivel ao ponto de S/N cheirar pó para querer estar perto dele? Várias, várias e várias perguntas rodeavam sua cabeça naquele momento, contudo ele não desejava que novamente tudo acabasse em briga. Sendo assim o rapaz tentou esquecer aquilo e seguir. Afinal seu pau ainda estava duro.
- Estou esparando você ficar pronta para mim. - de novo a espinha de S/N arrepiou e ela logo sentiu o membro de Harry preenche-la de uma só vez. Agora o gemido havia soado diferente, mas ainda não havia sido prazeroso como sempre foi. Ela notou que tinha algo errado mas não sabia o que era. Styles também gemeu quando entrou e logo sentiu o pênis ser apertado, causando-lhe a primeira sensação boa naquela noite, fazendo-o jogar a cabeça para trás.
As estocadas começarem leves e com calma, tendo os lábios colados um no outro em beijos sedentos. Mas foi só quando os corpos exigaram mais contato que deu início a empolgação.
Durante dez minutos ambos conseguiram sentir o prazer invadir a cena e os gemidos soarem como uma bela música. O tesão de Harry aumentou dadas as circunstâncias em que via o corpo nu de S/N e o som saindo de sua boca, causado exclusivamente por ele. O contexto daquela situação foi tão impactante que Harry levou a mão direita até o pescoço de S/N, sufocando-a enquanto metia rápido. A garota se surpreendeu com a nova abordagem do namorado e sentiu uma atração diferente ao vê-lo em cima dela, com uma das mãos em seu pescoço, sentido os anéis gélidos em contato com sua pele quente e um olhar penetrante, cheio de luxúria, encarando ela sério enquanto sussurrava alguns gemidos. Resumindo: Incrivelmente sexy.
E como se fosse um agrado fornecido pela mãe natureza, S/N sentiu o vento adentrar o quarto e trazer uma refrescância quando olhou para a varanda e teve a bela visão do mar, mesmo que negro. Ainda sim aquele vista era extremamente sedutora. As ondas pareciam quebrar naquela imensidão ao mesmo tempo que Harry entrava e saia de dentro dela. Como dito anteriormente foram dez minutos de total prazer. Literalmente. Pois quando chegou o décimo primeiro minuto o casal não se reconheceu.
Os corpos pareciam estar distantes embora estivessem grudados. Os movimentos tornaram-se ruins e não sentiam nada além de desconforto. S/N sentia dor e Harry exaustão. Até mesmo as ondas, as quais estavam quebrando segundos atrás cessaram, e o mar ficou silencioso. E diante desse cenário ninguém deu o braço a torcer para então encerrar o sexo. Eles apenas agiam normalmente.
Talvez ambos estivessem tensos por alguma razão e por isso não haviam se encontrado como deveriam no lugar em que se davam tão bem. Talvez a bebida e até mesmo as drogas tivessem influenciado de maneira negativa na transa da vez. Ninguém sabia ao certo o porquê não sentiram um terço do que sempre sentiam quando faziam amor. Ninguém chegou ao ápice. Ninguém gemeu. Ninguém sequer falou depois de tal episodio. Harry apenas deitou ao lado de S/N, a puxou para se acomodar em seu peito e permanceram naquela posição calados, processando as tantas informações, questionamentos e sentimentos que gritavam na mente até finalmente adormecerem.
Os primeiros raios de sol daquela segunda-feira despertaram o casal no mesmo minuto que foram refletidos em uma das janelinhas da porta aberta da sacada. A preguiça era tanta que nenhum deles se levantou ou se mexeu após a presença da claridade. Era bem provável que nem ele e muito menos ela tivessem tido uma boa noite de sono. O ar daquele quarto era incomum e desconfortável. Porém - mais uma vez - ninguém teve coragem de se manifestar durante quinze minutos. Foi preciso a vontade de esvaziar a bexiga se tornar insuportável para S/N desejar bom dia ao namorado, lhe dar um selinho rápido depois de um sorriso amarelo e então caminhar calmamente até o banheiro.
Harry observou a figura feminina nua de costas para ele andar sem pressa ao banheiro, e em um ato completamente impulsivo abriu a boca e a chamou sem pensar muito no que diria. Ele apenas queria tirar o elefante branco dali.
- Ei.. - S/N virou-se imediatamente, como se já esperasse o que estava por vir. - Devemos continuar só dirigindo?
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Ju
xoxo
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luxoicons · 7 years ago
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say-narry · 4 years ago
Note
oi, amor, quero fazer um pedido, s/n começou a trabalhar na equipe do harry, e eles acabam transando, algo casual, só que aí num momento de descontração, harry, s/n e a galera da banda (banda do harry e não os meninos da 1d), estão jogando eu nunca, e aí surge ‘eu nunca transei com alguém daqui’ o harry fala que já, só que a s/n fala que nunca, e aí todos entende tudo, o harry só poderia ter transado com ela, harry fica puto e sai, ela vai atrás dele, ele fica extremamente ofendido, e até questiona se ela sente vergonha de que as pessoas saibam que eles transou, s/n tenta se explicar, mas o harry fica mais irritado com as explicações, eles brigam, depois mais tarde, liga pra ela bêbado tentando pedir desculpas, e no final eles fazem um sexo de reconciliação. obrigadinha 💓
Eu demorei 3 dias para escrever esse pedido porque ele mereceu demais minha atenção! Sério! Muito, muito obrigada pelo seu pedido e desculpe me a demora!
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I have never...
Adivinhem quem é a nova stylish da banda do famoso Harry Styles? Eu mesma! Depois de cursar e me especializar em moda, meu dia de glória havia chego!
A pandemia havia passado, Harry Styles estava de volta na tour e Harry Lambert havia sofrido um acidente doméstico, onde fraturou o tornozelo. Eu havia sido estagiaria em sua agência e uma coisa levou a outra.
Todos eram muito amáveis, simpáticos apesar de serem tímidos... Ah, ingleses... Pela minha entrada na equipe, resolvemos comemorar na casa de Harry a minha admissão e a volta da turnê.
Coloquei um outfit preto com renda, era meu tipo de roupa favorita pois cumpunha algo sensual e confortável, perfeito para uma noite mais casual.
“Mas e aí? Gostou do pessoal?” Sarah Jones perguntou próximo ao meu ouvido, ela já estava em seu 3º copo de bebida em menos de meia hora.
“Todos são muito legais e receptivos” Lancei um sorriso após repetir a ação perto de sua orelha.
Sarah deu um joinha com o dedão e voltou o canudo da bebida transparente para boca. Mitch já estava alto, ele e Harry dançavam numa pista de dança improvisada.
Harry usava uma blusa branca estampada por dentro uma calça escura com a boca de sino com alguns spikes na lateral. Seu estilo exótico me daria trabalho, mas eu estava a disposta a vencer o desafio.
Continuei sentada na poltrona de seu enorme jardim, hora ia até o barzinho e flertava com o loiro musculoso que fazia bebidas.
“Estilista!” Harry gritou erguendo os braços, me encolhi nervosa. Não pelo momento, mas ele me deixava nervosa.
“Patrão!” Dei risada e me virei para ele, também erguendo os braços entrando na dele.
A mansão de Harry era o contrário de que eu havia imaginado, era algo mais minimalista com exceção da escadaria cor de rosa choque, era em tons preto, branco e cinza.
Havia uma musica agradável ao fundo, todos da produção estavam espalhados no jardim com algumas poltronas das cores que falei anteriormente.
“Queria falar algo sobre a roupa do show de amanhã.” Harry disse coçando a nuca em seguida, se eu confiasse no meus super poderes de desconfiança, ele estava mentindo e flertando comigo.
Sorri sem graça e concordei “Quando quiser” Sorri bebendo um pouco do suco que eu havia pego.
🎵🎵🎵🎵
“Eu acho que poderia apertar um pouco mais nos punhos, o que acha?” Harry comentou. Estávamos no enorme closet de Harry, ele num banquinho ficando ainda mais alto que eu enquanto eu analisava a roupa.
Era um terno listrado em preto e branco com alguns detalhes em dourado, que cabia muito bem para o corpo dele, Lambert e eu que tínhamos desenhado e acertamos em cheio.
“Precisa ver sobre o ajuste, pois você estica os braços para tocar violão e fazer suas dancinhas...” Comentei de forma despretensiosa, Harry me encarou com um sorrisinho de lado.
“Você tem toda razão, (S/N)...” Ele começou a desabotoar o terno, eu arqueei as sobrancelhas sentindo minhas bochechas esquentarem, me virei guardando a fita métrica que estava ao redor do meu pescoço. “Eu gostei muito da sua roupa, principalmente a renda, combinou pro seu tom de pele.” Ouvi Harry atrás de mim e o sons da roupa sendo jogada no sofá ali próximo.
“Obrigada, é meu tipo de roupa favorito.” Comentei fechando a caixinha, virei meu corpo e Harry estava na minha frente, apenas de boxer preta e suas tatuagens a mostra.
Ele era totalmente lindo, seus olhos brilhantes, seu corpo todo desenhado e seus dedos sendo enfeitados por anéis era algo que me excitava.
“Se tornou o meu também...” Harry jogou as palavras antes de se aproximar roubando um selinho.
Ter o emprego dos sonhos e beijar Harry Styles? Era um sonho?
Por nossa diferença de altura, ergui meu corpo nas pontas dos pés e passei meus braços ao redor do pescoço dele, senti suas mãos me puxando mais contra seu corpo que emanava um calor agradável.
Seus dedos percorreram por minha coluna, alcançando as alças do meu cropedd rendado, seus lábios ainda sugavam os meus com todo o carinho do mundo, eu puxava os dele delicadamente deixando algumas pequenas mordidas.
“Vem comigo, babe” Ele me puxou para atravessar uma porta, que dava diretamente para seu enorme quarto cinza
Sem demora, meu corpo estava deitado na enorme cama king size macia e seu corpo por cima do meu. Eu podia sentir seu membro coberto batendo contra minha coxa, Harry soltava alguns grunhidos que me faziam arrepiar.
“Eu te desejo desde o dia que Lambert te apresentou...” Harry distribuía beijos pelo meu pescoço, hora passando a ponta da língua por ele. Cruzei minhas pernas em sua cintura e senti ele pressionando seu membro entre minhas pernas. Estava quente e húmido.
Logo, Harry puxou, com um pouco de dificuldade, meu cropped branco para cima deixando meus seios amostra. A vergonha me corroía, mas as pupilas dele haviam se dilatado, estampando a expressão de um caçador.
Ainda me encarando, Harry passou a ponta da língua pelo meu mamilo para depois pegar meu seio esquerdo e chupa-lo.
Porra!
Meu corpo estava quase em combustão, eu podia sentir minha calcinha húmida conforme eu movimentava minhas pernas. Por hora, eu acariciava seus cachos, fechando os olhos por suas chupadas e mordia meus lábios.
“Eu não vou conseguir demorar muito mais, babe” Harry comentou deixando um selinho, logo seus dedos estavam no cinto da minha calça que fora jogado junto com ela no chão do quarto dele.
Era evidente a excitação de Harry, mas olhar para sua cueca me fez ansiá-lo como nunca antes. Ele se pós de pé em minha frente, ele correu até um armário atrás dele e veio com pacotes de camisinhas.
Sim, no plural.
E com isso, sua boxer estava voando pelo quarto, seu pau pulou com a ponta voltada para cima, estava brilhando devido ao líquido de excitação. Como eu gostaria de chupa-lo e sentir seu gosto, mas aparentemente seus planos era sanar todo esse desejo.
Tirei minha calcinha também de renda branca com um pouco de dificuldade já que eu não estava raciocinando muito bem, cogitando alguém dar falta de nós e ele ser meu chefe de alguma forma.
Segurei minha calcinha e logo Harry praticamente voou para cima de mim, sua ponta quente e inchada estava esfregando para cima e para baixo nas minhas dobras. Ambos soltamos gemidos guturais com a sensação.
"Oh Deus, (S/N), você está encharcada... Tudo por mim?", ele choramingou, as mãos cavando no colchão de cada lado da minha cabeça.
Antes que eu pudesse raciocinar uma resposta conveniente, Harry havia colocado uma camisinha e já estava parcialmente dentro da minha cavidade.
Foi algo surreal sentir seu pau me esticando por dentro, era uma sensação que eu nunca tinha sentido. Ele realmente era bom de cama, nada comparado aos peguetes da faculdade. Ele era carinhoso ao tentar avançar um pouco mais, sua garganta solta gemidos deliciosos, que eu poderia ouvir pra sempre.
Gemi quando ele chegou ao fundo, minhas pernas novamente em volta da cintura dele, implorando para que ele fosse ainda mais fundo.
“Tudo certo, babe? Você é fodidamente apertada e quente!” Ele sussurrou, dando um beijo em cada lado das minhas bochechas.
"Sim!" Quase engasguei, "Por favor, H. É tão bom!"
Harry soltou uma risadinha, senti seu membro saindo um pouco de mim antes de entrar novamente e de novo e de novo.
Meus gemidos ficaram um pouco mais auditiveis uma vez que se misturavam com os sons de nossas peles batendo uma contra outra. A cada golpe de Harry, seu membro conseguia atingir um local nunca descoberto que fazia minha cabeça girar e sorrisos involuntários serem formados em meus lábios.
Era tudo esplêndido demais para ser real. Me forcei a abrir os olhos e eu acabava de ter a visão dos céus, Harry estava com a boca entreaberta, seus lábios rosados pendiam abertos em um perfeito “O”, cachos desgrenhados emoldurando seu rosto. Seus olhos brilhantes perfuraram os seus com tanto amor e admiração que era quase irresistível.
Por um pequeno momento de coragem, eu coloquei as mãos em seu rosto e o puxei para um beijo, os lábios de Harry eram viciantes. Ele retribuiu com mais desejo que eu imagine, a língua preenchendo os meus lábios avidamente. Os quadris dele ainda batiam contra os meus, por vezes eu o apertava internamente e senti os braços de Harry vacilarem.
A cada estocada, que foram se tornando cada vez mais rápidas, os movimentos do meu corpo clamavam mais e mais por ele, me fazendo puxa-lo mais fundo dentro de mim. Seu membro continuava batendo naquele lugar especial, arrancando os meus únicos gemidos de real prazer. Eu não iria durar muito tempo e Harry sabia disso. Harry continuava a rasgar elogios sobre mim e meu corpo “Eu quero te ter a noite toda, querida...” Ele dizia para que só eu pudesse ouvir “Tão quente, tão perfeita, eu te quero tanto...”
Eu não sabia como responder, então só agarrava mais seu cabelo, puxando fazendo-o estocar com mais força contra mim, sendo feroz e implacável.
Tudo que minha mente e meu corpo pediam era para que essa noite nunca terminasse assim como as sensações causadas nela.
Rebolei como conseguia e parecia que Harry havia ido mais fundo, seus gemidos se tornaram mais longos, ele havia pego impulso ao puxar os lençóis da cama e afundar seus pés nela, eu estaria manca a amanhã, mas valeria a pena.
Uma tremedeira começou a tomar conta de mim, as borboletas no estomago faziam um longo passeio por ali, meus dedos dos pés haviam se curvado, a sensação libertadora estava chegando. Minhas mãos, que antes arranhavam as costas dele, foram novamente para seu coro cabeludo, os eu puxava a cada choque que passa por ali.
Pude sentir Harry também tremer, minhas paredes o apertaram involuntariamente ao redor do membro dele, o que fez Harry me encarar e deixar um chupão em meu pescoço. “Venha comigo, babe, eu sei que você está quase lá, se solte...”
E não precisou de mais nada, eu senti a sensação de euforia tomando meu corpo rapidamente, a montanha-russa descendo, o frio na barriga abrangendo. Torci meu corpo na cama, arqueando minha coluna e mordendo meu lábio. Eu tremi rapidamente e minhas pernas caíram abertas para os lados, Harry lançou mais três estocadas e deitou sobre meu corpo gemendo no meu ouvindo um “Oooh” longo e delicioso. Dava pra sentir seu pau engrossando dentro da camisinha e seus quadris trabalhando pelas ultimas vezes.
🎵🎵🎵🎵
Depois de um mês após nossa foda histórica, Harry e eu não havíamos mais trocado uma palavra se quer. Havia sido uma transa e ponto. Ninguém precisava saber de nada e nem prolongarmos isso.
Estava fazendo o croqui da roupa de Harry da próxima semana, a tour já estava pela america do norte. Me lembro que o outfit que Harry havia usado depois daquela noite, durante o show, rendeu notas em jornais e uma chamada para Gucci. Sim a Gucci havia me chamado, mas eu não podia abandonar a equipe agora, então eles me deram a responsabilidade de desenhar o próximo terno que ele usaria na promo de sapatos da marca, pois segundo eles, eu conhecia Harry dos pés a cabeça.
E realmente.
Era tarde da noite, eu estava no meu quarto de hotel, até que Mitch me chamou para uma reunião na área privada.
Estava o pessoal da banda, Jeff e Harry. Me sentei ao lado de Jeff e começamos a conversar, eu sentia Harry me olhar enquanto Mitch acariciava a cabeça dele que estava deitada em seu ombro.
Resolvi apenas ignorar pois podia ser impressão minha. Jeff e eu vimos que temos alguns amigos em comum no Instagram, o que desencadeou a conversa.
“Eu me recordo que Natalie saiu carregada quando jogamos ‘Eu nunca’, ela era quieta do grupo, mas havia feito coisas...” Jeff piscou guardando o notebook numa mesinha ao lado do sofá.
“Ta aí, eu acho que deveríamos jogar!” Sarah pronunciou e todos acentiram e eu senti minhas mãos suarem. Eu sempre me ferrava nesse jogo.
O assiste de Jeff trouxe uma garrafa de Wiskey, sentamos no tapete do local e Mitch pegou uma garrafa que havia usado.
Harry estava do lado contrário ao meu, setado estava eu, Jeff do meu lado direito, Peter seu assistente, Adam, Charlottie, Harry, Sarah e Mitch.
Peter havia distribuido copinhos e aberto a enorme garrafa de wiskey.
Eu tinha tomado apenas um que foi do “Eu nunca transei na faculdade”, até que Mitch fez a pergunta crucial.
“Eu nunca transei com ninguém da equipe!” Ele e Sarah brindaram arracando gargalhada de todos e Harry virou o líquido num gole só.
Não, eu não iria colocar tudo a perder, não agora e nem nunca. Cruzei minhas pernas e continuei segurando o copo com o líquido. Eu olhava para todos os lugares menos para Harry, que estava esperando que eu bebesse.
“Gire a garrafa, Adam!” Sugeri e o ponto de interrogação na expressão de todos se desmancharam formando um de exclamação.
Eles sabiam agora.
🎵🎵🎵🎵
O jogo da garrafa durou mais três rodadas, Harry disse que precisava descansar e desejou um boa noite a todos cumprimentando com um toque, exceto comigo.
Aquariano maldito.
Esperei um pouco e fui atrás dele logo que ele, corri para o elevador e subi até a suíte presidencial. Harry andava com as mãos no bolso de sua calça moletom preta e seu blusão também preto.
“Hazz...” Dei uma corridinha pelo longo corredor e ele se quer me olhou, passando o cartão em sua porta a abrindo.
“O que foi, (S/N)?” Um pouco ofegante, parei em sua porta e ele me encarava agora “Depois de um mês resolveu falar comigo à sós?”
Harry deixou a porta aberta, eu entrei no cômodo a fechando em seguida. Ele tinha se sentado na beirada da cama, com os dedos entrelaçados e as pernas abertas.
“Pensei que estivesse tudo certo!” Comecei num tom ameno, eu não sabia como ele iria reagir. “Sabe Harry, eu sou uma pessoa que trabalha pra você, aquilo foi errado!” Suspirei me aproximando “Foi errado pra mim e pra você!”
Suas sombrancelhas franziram e ele soltou um riso sarcástico “Eu sei o que é errado ou certo, (S/N), não é você que tem que me falar isso.” Ele balançou a cabeça coçando o queixo “Eu jurava que sair as escondidas depois de um sexo alucinante daquele era coisa de homem, mas você se superou!”
Meu coração batia rapidamente, Harry nunca fora grosseiro com ninguém na minha frente, eu havia sido a primeira e era algo de dar medo.
“Foi certo pra você aquilo? Eu mal entrei na equipe e já fui parar na sua cama! Entenda meu lado, Harry! Eu posso ter quebrado o contrato ou sei lá o quê!” Comecei a andar de um lado pro outro tentando me explicar.
“Foi certo sim, pois depois de tempos eu senti algo bom além dum orgasmo qualquer, eu coloquei todas minhas emoções e sentimentos ali pois pensei que você era diferente, era a mulher dos meus sonhos! Mas eu estava muito errado, definitivamente!” Harry se colocou de pé e se aproximou de mim “Acha mesmo que eu deixaria alguém te demitir por isso? Foi algo concensual! Eu te quis desde o momento em que te vi com o Lambert! Todos da minha equipe sabem cada trejeito meu, eles sabem que estava e ainda estou apaixonado por você!” Harry gritou com o seu sotaque inglês, ele queria me matar.
“Quer saber? Vai se fuder você e essa sua histórinha! Se quisesse algo, falsse comigo e não expunha para todo da equipe!” Rugi de raiva e sai batendo a porta do seu quarto.
🎵🎵🎵🎵
Eu não tinha conseguido pregar o olho e já passava das 4h da manhã. As palavras de Harry rondavam a minha cabeça, ele estava realmente sentindo algo por mim? Não havia sido uma coisa de uma noite? Mas ele deveria ter dito algo! Eu não sou adivinha!
Já deitada, resolvi colocar um podcast para dormir, mas assim que desconectei meu celular do carregador, o nome de Harry brilhou na tela numa chamada.
Revirei os olhos e rejeitei a chamada.
Conectei meus fones de ouvido e coloquei no podcast do Spotify, mas em menos de 30 segundo ele foi interrompido.
Respirei fundo e aceitei a ligação.
“O que foi Harry?” Perguntei retirando os fones de ouvido e colocando o celular próximo ao meu rosto.
“Babe, eu preciso de você.” Ouvi a voz melanciolica dele. “Você não estava errada, eu não poderia ter feito aquilo, mas juro, juro...” ele repetiu enfatizando, o que era normal já que provavelmente ele voltou a beber depois que eu sai de seu quarto “Que eu imaginei que você viraria aquele shot e eu te beijaria na frente de todos como eu sonhei nos últimos trinta dias...” Harry soluçou e eu me senti levemente culpada, ele imaginou que seria uma cena de filme...
“Harry...” Sai da cama e puxei meu roupão "Deveria ter sentado e conversado comigo, eu não sou como elas, eu sei conversar e receber um sim ou não.” amarrei o roupão na cintura, caminhei até a porta e a destranquei.
Na minha frente tinha um Harry com os olhos lacrimeijando, o rosto corado com um bico. “Me perdoe! Podemos conversar?”
“Depois.” O puxei para dentro do meu quarto.
Em poucos minutos, eu o prendi em mim pulando em seu colo, Harry se sentou na cama e apertou minha cintura contra a dele.
“Eu vou contar pra todos que você é minha!” Ele rosnou mordendo devagar meu pescoço e maxilar.
Minhas mãos e as dele trabalharam em conjunto, Harry se sentou no meio da cama logo após colocar uma camisinha, eu sentei já nua em seu colo sentindo seu pau entrando lentamente em mim, eu também o amava e o desejava, desejava que ele fosse rápido e forte como da última vez.
“Mais rápido, Hazz” gemi, meus olhos rolando para trás enquando minhas unhas deslizavam pelos braços, nuca e costas de Harry.
A cabeça dele estava escorada entre meus seios, enquanto ele mantinha o esforço de ir fundo, enterrando seu pau em mim em estocadas mais violentas.
Num impulso, Harry me deitou na cama, seu braço direiro sustando seu corpo enquanto o outro estava tirando seu membro de mim, esfregando a cabeça inchada em meu ponto escorregadio. Ele sabia muito bem me provocar.
“Oh, (S/N)... Eu sonhei todas a noites com essa bucetinha!” ele murmurou “Com meu pau se afogando nela, te tirando toda a sanidade, te deixando apenas prazer!”
A mão dele pousou na minha coxa e ele mudou o ângulo das estocadas, fazendo um gemido pornográfico sair dos meu lábios.
Ele havia conseguido de novo.
"Este é o local, baby?" Ele perguntou, a voz profunda enquanto se concentrava em acertar aquele ponto uma e outra vez, o prazer era avassalador e tudo que eu podia fazer era acenar com a cabeça, encorajando Harry a continuar.
“Amo ter você assim, amor.” Harry gemeu, olhando para meu rosto em completo prazer a cada estocada que ele lançava.
O pênis dele estava alcançando lugares dentro de mim eu nunca soube que existia e pontos que eu nunca soube que poderiam causar tanto prazer.
Como da última vez, meu corpo tremeu um pouco mais forte e mais deliciosamente, já que Harry dizia a palavra ‘minha’ a cada estocada, finalizando o nosso sexo de reconciliação.
Harry estava com o corpo sobre o meu, minhas pernas ainda enlaçadas em sua cintura, meu coração batia forte, a respiração desconpassada e um cansaço gigantesco caindo sobre mim.
“Babe?” Harry me chamou e eu apenas balancei a cabeça com os olhos fechados. “Vai precisar tomar dois copinhos de wiskey.”
Ele deixou um beijo em cada um dos meus seios, puxei seu rosto pra mim dando um selinho demorado, abri meus olhos e fixei nos dele “Eu tomo uma garrafa inteira se for preciso.”
Eu amava o sorriso de Harry, mas amava ainda mais o sorriso pós foda de Harry.
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dumyare · 4 years ago
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IMAGINE HARRY STYLES
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° não revisei o imagine, me perdoem qualquer erro ;)
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“Estou saindo do trabalho.” Tranquei o cadeado, que passava pelo pequeno trinco do portão.
Segurava o celular apoiando-o entre a orelha e meu ombro esquerdo, tentando a todo custo, não deixa-lo cair.
“Espero que dessa vez seu encontro não acabe em um desastre!”
Peguei meu celular.
Arrumei meu confortável cachecol roxo, em volta de meu pescoço, rindo levemente do comentário, diga-se de passagem, triste, sobre minha vida amorosa.
“Não tenho muitas expectativas em encontros a cegas, Ash.” Escutei uma leve risada.
O sol, se deixaria deslumbrar, por no máximo mais alguns minutos. Estava quase desaparecendo entre a linha do horizonte, e eu precisava chegar em casa e me arrumar, para o meu tão esperado encontro.
“S/N, tente ser mais positiva, podemos ser surpreendidas em qualquer situação!”
“Ok, tenho que desligar. Te mando uma mensagem quando chegar em casa.”
“Tchau!”
Encarei meu celular por alguns minutos, antes de guardá-lo no bolso de minha calça Jean escura.
Escutei alguém se aproximar e virei meu rosto na direção do som de passos rápidos.
“Com licença, desculpe atrapalhar, mas preciso de sua ajuda. Já rodei essa cidade inteira, e não encontrei nenhuma clínica veterinária aberta, acredito que seja por causa do horário.”
Um homem, todo agasalhado, me encarava. Sua fala, havia saído muito apressada e ofegante, mas entendi a mensagem principal.
Um pequeno Cocker, de pelagem marrom, nos olhava totalmente cabisbaixo. Senti meu coração apertar.
“O que aconteceu?” Me aproximei do pequeno cachorrinho, que naquele momento, me pedia ajuda com o olhar.
“Gya, está vomitando, urinando bastante e não está querendo comer nada. Não sei mais o que fazer!”
“Ela comeu alguma coisa estranha?”
“Achei esta embalagem de chocolate perto da cama dela, acredito que ela tenha ingerido uma boa quantidade.” Me mostrou uma pequena embalagem de chocolate ao leite.
“Isto não é bom.” Peguei a chave da clínica, para examinar o pequeno animal em meu consultório. “Me acompanhe, temos que eliminar o chocolate do organismo dela.”
Assim que destranquei a porta, acendi algumas luzes, para que o homem que me seguia, conseguisse andar sem perigo de tropeçar ou algo parecido.
“Sou Harry.” Um meio sorriso, estampou seus lábios. “Não tive tempo para me apresentar antes.” Abri a porta do consultório e pedi para que entrassem.
“S/N" Sorri brevemente. “Coloque a Gya na maca, por favor.”
Harry, estava distraído, enquanto tentava manter a atenção de sua cachorrinha em suas mãos. Me permiti analisar o jovem homem a minha frente, seu rosto expressava cansaço e preocupação, mas ainda sim, conseguia ser extremamente atraente.
“Por sorte, chocolate ao leite, não é tão perigoso quanto o meio amargo, mas ainda sim, pode ser prejudicial.” Expliquei enquanto colocava minhas luvas. “Oi, amiguinha!” Acariciei levemente a pelagem macia de Gya. “Vou aplicar isto em você, mas não vai doer nadinha, ok?” Levantei a seringa.
“Quer ajuda...?” Harry, parecia apreensivo.
“Pode me ajudar a aplicar.”
Examinei os olhos e estômago de Gya, era perceptível o incômodo que ela sentia quando eu pressionava levemente sua barriga.
Não tivemos muitos problemas com a medicação. Fiz os primeiros procedimentos, mas teríamos que aguardar e deixar Gya em observação.
Coloquei uma pequena bolsa de soro fisiológico, ao lado da maca. E com o auxílio de um pedaço de esparadrapo, prendi a agulha no corpo indefeso a minha frente.
“Ela tem que ficar, pelo menos, 1 dia em observação.” Informei. “Vou acompanhá-la durante esta noite e amanhã, outro funcionário irá examiná-la.”
A pequena cachorrinha, dormia tranquilamente. A alta dose de medicamentos, provavelmente, induziu seu sono. Retirei minhas luvas e coloquei no pequeno balde de lixo, ao lado da maca.
“Obrigada. Eu estava desesperado, sem saber o que fazer.” Harry, me encarou um pouco envergonhado. “Me sinto culpado, deveria ter prestado mais atenção, poderia ter evitado tudo isso!” Negou com a cabeça.
“Não se sinta assim...” Sem nem mesmo perceber, fiz um breve carinho em seus ombros. “Cachorros, são eternas crianças, que temos que cuidar todos os dias. Nem sempre vamos conseguir evitar o pior.” Sorri, tentando ser amigável.
“Você tem algum animal de estimação?” Harry, se acomodou no sofá preto, no canto da sala.
Acomodei meu corpo ao lado de Harry e peguei meu celular, 18:37 brilhava no eclã de bloqueio e algumas mensagens notificavam minha tela inicial.
“Não. Por mais, que eu ame animais, não tenho tempo para dar todo o amor que eles merecem.” Um pequeno bico se formou em meus lábios. “E você? Só tem a Gya?”
“Só. Ela já conta como uma família completa de cães!” Riu. Pequenas riscos se formaram em torno de seus olhos, resultado de sua risada.
“Imagino.” Olhei para Gya, que só faltava roncar.
Passei algumas instruções sobre os cuidados que minha paciente teria daqui para frente. Expliquei as consequências do cacau no organismo dos animais e como Harry poderia agir, se caso, ocorresse novamente.
...
Harry, me contava como encontrou Gya abandonada perto de sua casa, e como lidou com a extrema hiperatividade da cachorrinha.
Senti meu celular vibrar e o nome de Ash brilhava na tela, eu precisava atender.
Ash, havia me ligado duas vezes, eu precisava avisar que não poderia comparecer ao compromisso, mas sabia o que me aguardaria com essa notícia.
“Alô!” Apenas pelo tom de voz eu sabia que minha amiga estava ansiosa. “Já está pronta? Estou indo te buscar!”
“Apareceu um imprevisto e tenho que desmarcar o encontro. Pode avisar o Erick?” Tentei ser o mais simplista possível. Como se, remarcar um encontro pela quinta vez, fosse algo totalmente natural.
Mordi meu lábio inferior, virando meu rosto para o lado oposto de Harry. Naquele momento, o olhar dele me incomodava.
“Eu não acredito! Você vai desmarcar mais uma vez? Você disse que iria ao encontro! O que aconteceu!?” Eu conseguia ouvir o mascar de chiclete de Ash. Minha amiga não conseguia evitar de fazer barulhos com a boca.
"Ash, eu sinto muito!" Suspirei, tentando não levar essa conversa a outro nível. "Eu sei que é desconfortável e chato desmarcar novamente, mas eu precisei ficar na clínica!"
“E esqueceu de avisar!?” Afastei o telefone de meu ouvido.
“Pode ir no meu lugar. Tenho certeza que você irá ter uma ótima companhia nesta noite.” Ouvi um bufar e um resmungo.
“Eu espero que ele seja extremamente gato!” Ash, havia se convencido.
“Eu também!” Olhei para Harry, que tentava fingir, que não prestava atenção em minha conversa.
“Tchau!” Falamos juntas.
“Acho que estou te devendo um encontro.” Harry estava sério, talvez...sexy?
“Ou não, realmente, não se preocupe. Eu nem mesmo conheço o cara.” Cruzei minhas pernas. “Seria um encontro às cegas, mas minha amiga irá no meu lugar.” Encarei a parede branca à minha frente.
“Ok, então.” Sorriu convencido.
...
Harry e eu, passamos a madrugada toda conversando sobre nossas vidas e trabalhos. Ele trabalhava com música e ajudava a mãe em uma padaria da família. Era emocionante ver o entusiasmo de Harry, quando falava de sua profissão ou de sua família, ele prometeu me trazer um bolinho caseiro, feito por sua mãe. Falamos sobre nossas faculdades e Harry me arrancou várias risadas ao contar histórias de sua adolescência.
Contei como sai do Brasil e vim parar em Londres, como foi minha adaptação no país, entre outras coisas.
Pedimos alguns lanches naturais para acompanhar a conversa e falamos sobre Gya.
“Me conte alguma coisa que estranhou neste país?” Mordeu seu sanduíche de pepino.
“No Brasil, temos o costume de tomar até três banhos por dia. É super normal!” Tomei um gole de suco de laranja. “Quando Ash me questionou porque eu fazia isso, estranhei. Só depois entendi que por causa do frio, vocês não tem este costume.”
“Três banhos!?” Seus olhos se arregalaram levemente.
“Você não imagina o calor que faz no Brasil!” Me abanei. “Agora, me conte uma curiosidade sobre você?”
Harry, num ato rápido, retirou seu tênis branco do pé direito com o auxílio do pé esquerdo. Retirou sua meia e eu apenas observei, tentando imaginar o que viria a seguir.
“Essa tatuagem eu fiz em uma noite de farra com os amigos!” Levantou o pé direito, balançando o dedão, onde uma coroa estava tatuada. “Tenho várias tatuagens pelo corpo.”
“A única tatuagem que tenho é essa patinha aqui...” Dobrei a barra de meu suéter e, então o contorno de uma pata de cachorro apareceu. “Meu pai quase teve um enfarto quando viu.” Um riso escapou de meus lábios ao lembrar da cena, um tanto, cômica.
“Seus olhos são verdes!” Comentei de repente. Depois de horas e horas, eu percebi as orbes incrivelmente verdes que me encaravam.
“São.”
Aproximei meu rosto do seu, analisando a imensidão daquele olhar.
“Os seus, são castanhos. Castanho claro.” Concluiu. Eu conseguia sentir seu hálito bater em meu nariz.
O alarme de meu celular tocou, assustando a mim e Harry, estava na hora de aplicar outra dose de antibiótico em Gya. Me levantei esticando meus braços e balançando meu corpo, na tentativa de espantar a preguiça.
“Já são 5:32. Uau!” Harry olhava seu relógio de pulso.
“A clinica abre às 6.” Ajeitei a bolsa de soro, para que não me atrapalhasse na aplicação do remédio. Gya resmungou um pouco, mas nada muito fora do comum.
“Pelo menos, poderá dizer a sua amiga que teve um encontro nessa madrugada!” Harry sorriu largo.
“Encontro...?” O encarei confusa. “Tivemos um encontro?” Sorri.
“Não muito convencional, mas um encontro.” Concluiu. “O que me trouxe aqui, não foi bom, mas gostei muito do tempo que passei com você.”
“Eu também.” Me aproximei.
“S/N, cheguei mais cedo porque tenho algumas horas para cumprir...” Alex, recepcionista, entrou em meu consultório. “Me desculpe, não sabia que estava acompanhada.” Piscou sedutor.
“Leve a Gya para uma das camas e a deixe em observação. Quando o Michael chegar, passe este prontuário a ele.” Entreguei minha prancheta e ignorei sua piscadela indecente. “Estou indo. Harry, se quiser também pode ir. Volte mais tarde. Gya, está em ótimas mãos.”
“Ok. Vou pegar minhas coisas e acertar a consulta na recepção.” Concordei, enquanto recolhia algumas coisas do chão.
Depois de pegar meus pertences e me despedir de minha paciente com alguns beijinhos em suas patinhas fofas, passei pela recepção e deixei mais alguns comandos com Alex, tentando me esquivar de seus comentários sobre a educação de Harry, e sua beleza estonteante.
“Pegou o contato dele? Eu tenho o número aqui se quiser...” Apontou para a folha de informações a sua frente.
“Não preciso, obrigado!” Me virei indo em direção a porta de saída. “Bom dia!”
“Bom dia” Alex, se despediu rindo.
Ao sair da clínica o céu já dava alguns sinais que uma possível chuva viria nos agraciar em breve.
Harry, estava parado ao lado da porta com as mãos no bolso de sua calça.
“Queria me despedir.” Analisei seu rosto mais uma vez. “O recepcionista me deu seu número. Espero que não seja um problema.” Suas bochechas coraram um pouco.
“Não é.” Sorri, adorando sua vergonha momentânea. “Eu realmente preciso ir e tomar um banho.” Abri a porta de meu carro. “Já que tem meu número pode me mandar mensagem quando quiser.”
“Podemos marcar de sair?”
“Quando quiser.”
“Só não será um encontro às cegas, não se preocupe!”
°
°
°
não gostei muito do resultado, mas como faz um tempinho que não posto nada...
espero que gostem 🥰
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isntshelovelly · 4 years ago
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bemtevee · 3 years ago
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   ›      ♡     VENUS ALESSIA COLONNA DI MARCHETTI JAGGER é uma MULHER CIS de 21 anos, veio originalmente de LIVERPOOL/INGLATERRA, mas agora estuda MODA na Università di Bologna como PAGANTE e está no TERCEIRO ano. ouvi boatos por aí que ela faz parte da Adam Societatis como RECRUTADORA e foi chamada porque DESTAQUE PESSOAL & POSSUI PODER AQUISITIVO (É LEGADO)… mas isso é uma lenda urbana, né? em todo caso, ela tem a energia toda da carta OS ENAMORADOS e é conhecida por ser ROMÂNTICA e IMPREVISÍVEL, além de alguns nos corredores acharem que se parece com MADELYN CLINE.
INFORMAZIONE ♡ WANTED CONNECTIONS  ♡ STUDY BLOG ♡  PINTEREST ♡ MIXTAPE
━━ ♡ DI BASE
NOME COMPLETO: venus alessia colonna di marchetti jagger
APELIDOS: vee, v, veeda, sailor venus, marquesinha, valentina
DATA DE NASCIMENTO: 15/08/00
IDADE: 21 anos
TAROT: os enamorados
MAPA ASTRAL:  sol em leão, lua em aquário, ascendente em sagitário e vênus em virgem
OCUPAÇÃO:  estudante de moda em università di bologna e vitrinista/atendente de meio período em brechó obsoleto; membro do clube de moda; aliança feminista; aliança lgbtq+; possui um programa semanal na rádio da faculdade, “dia de santa valentina” todas as quinta-feiras as 18hrs.
QUALIDADES:  romântica, voluntariosa, ambiciosa, generosa, carismática, afetuosa, magnética, visionária, curiosa & socialmente consciente
DEFEITOS: convencida, orgulhosa, pretensiosa, egocêntrica, imprevisível, dispersa, narcisista, teimosa, dramática & arrogante
GOSTOS: batom vermelho, perfume adocicado, livros de jane austen, rock, costurar, colecionar peças vintage, figurinos cinematográficos, tocar guitarra, dançar, reuniões familiares, ambientes organizados, conversar por horas, andar de moto, intrometer-se na vida alheia, jantar a luz de velas, cachorro-quente, peônias, roupas asseadas, penteados de cabelo, modern family, novelas latinas, filmes da marvel, filmes preto e branco, harry styles
DESGOSTOS: pessoas grosseiras, desorganização e sujeira, rotinas inflexíveis, compartilhar espaços, desperdício, invasão da sua privacidade, john meyer, taylor swift, música pop genérica, pedir desculpas, gossip girl, fast fashion, filmes da dc, gal gadot, tofu, chá verde, morcegos, indiscrição, brigas, tomar decisões, pessoas ciumentas e possessivas
MBTI: ENFP
ALINHAMENTO MORAL: chaotic good
TEMPERAMENTO: sanguine (dominant)
INSPO: jules vaughn (euphoria), lady dianna spencer, emma woodhouse (emma), maureen johnson (rent), taylor swift, serena van der woodsen (gossip girl), alice cullen (crepúsculo), ariel (a pequena sereia), giselle (encantada), sailor venus (sailor moon), amy march (adoráveis mulheres), forest gump (forest gump - o contador de histórias), carla rosón (elite), joey tribbiani (f.r.i.e.n.d.s), rachel green(f.r.i.e.n.d.s), haley dunphy (modern family), ashley banks (um maluco no pedaço) e cher horowitz (as patricinhas de beverly hills).
━━ ♡ RIEPILOGO
𝐕𝐞̂𝐧𝐮𝐬 WEH-noos (Latin) VEE-nəs (English) (substantivo feminino) ᴀsᴛʀᴏɴᴏᴍɪᴀ segundo planeta em ordem de afastamento do Sol, com órbita entre Mercúrio e a Terra. ᴍɪᴛᴏʟᴏɢɪᴀ​ o nome da deusa romana do amor e do sexo, era assimilada com a deusa grega Afrodite. ᴄᴜʟᴛᴜʀᴀ ᴘᴏᴘ nome da filha do vocalista da banda “The Outsiders”, Jack Jagger, e da modelo italiana Paola Colonna Jagger.
AVISO DE GATILHO:  Menções à depressão, vício em jogo e drogas, transtorno de personalidade limítrofe e tentativa de sequestro. Nada explícito ou aprofundado.
Todo conto de fadas se inicia com um sonoro e clássico “era uma vez”, o de Venus Jagger fora diferente. A história que leva a vida de jovem se iniciou com diversas manchetes denunciando a existência de um caso extraconjugal em várias colunas de fofoca de todo o mundo, algo que já denunciava o quão subversivo seria seu conto de fadas moderno. Sua história, com diversos momentos Deus ex machina, muitas vezes parecia algo inventado por um contador de histórias. Para muitos, e para a própria Vee - como passou a ser chamada ainda muito nova por sua família; a pequena marquesa ou princesa do rock como fora apelidada pelos jornalistas, vivia a vida perfeita, porém todos sabem que existem problemas também no paraíso.
Após inúmeros rumores de infidelidade, o affair escandaloso da modelo Paola Colonna e o rockstar inglês Jack Jagger resulta no nascimento de Venus Jagger. A bebê foi nomeada Venus, o mesmo nome da deusa romana do amor, que o casal acreditava ter abençoado sua união, e uma música de mesmo nome - Paola e Jack nunca chegaram a um acordo a respeito de qual música era, a mulher afirmava ser a canção cantada por Frankie Avalon e o outro retrucava que não; a escolha havia se dado pela música da banda de rock Shocking Blue. A amada e adorada filha do casal, cresce alheia a toda perturbação e escândalos que cercam sua perfeita família.
A bela e saudável menina nasceu no verão na cidade de Liverpool, devido à certa obsessão que Jack possuía com os Beatles e ao fato da banda do pai estar trabalhando na cidade ao produzir seu novo álbum. Tornou-se a alegria de ambas as famílias, ela era o ponto de paz em toda aquela situação conturbada que Jack e Paola criaram. Venus cresceu em um ambiente diferente da maioria das crianças; além de todo o luxo que a cercava, ainda havia a rotina de rockstar de seu pai, que a fazia passar meses de seus primeiros meses de sua vida em tour junto da banda e os muitos irmãos que via todo verão - chegando até a conviver diariamente com Hanna, Lucas, Marcellus e futuramente Kamilah.
Fundamentos do hinduísmo, budismo, ensinamento artístico, musical, crenças hippies e alternativas faziam parte de tudo que lhe era ensinado, porém, acima de tudo era pregado o amor. Amor pela vida; amor pela família; amor pelo próximo; amor pela natureza; amor próprio; amor; amor e amor.
Venus fora criada em um castelo de delícias, sendo privada de visões do mundo feio, o mundo real, onde princesas deveriam matar seus próprios dragões. Nunca soube da real natureza do início do relacionamento de seus pais e muito menos o estado da relação de ambos, era blindada pelos pais e avós. Passou grande parte de sua infância entre a casa de seus pais e a de seus avós maternos. Jack vivia como um rockstar; o que o significava viver sob o modo sexo, drogas e rock n’ roll. Paola seguia o homem por onde podia, pela excitação da vida pública e da estrada, além do medo de ser traída.
Paola decidiu que Venus deveria ser modelo. Nunca houve uma conversa ou indagação a respeito do desejo da garota, ela simplesmente foi jogada em meio a castings e sessões de foto. Ela era fotogênica, carismática e obediente, embora não soubesse ao certo se gostava daquilo. Tudo que Venus sabia é que ela era desejada assim que entrava em um cômodo e aquilo era gratificante. Embora não gostasse muito de ver seu rosto redondo e infantil em comerciais e revistas, Venus gostava de ter sua mãe por perto e às vezes a abraçava forte como se aquilo fosse garantir que ela parasse de partir. Toda a exposição da jovem cessou-se quando um fã obcecado por Jack tentou sequestrar Venus na porta de sua escola, a partir daquele momento a dinâmica familiar dos Jagger se transformou.
Sempre foi uma boa aluna, não era a mais brilhante de suas classes, mas estava entre as favoritas de seus professores. Parte disso vinha de seu carisma natural, encantava a todos com seu jeito doce, meigo, engraçado e despretensioso. Venus era dita como um ímã, era difícil tirar os olhos da mesma quando adentrava em uma sala. Até tinha potencial para excelência, porém também era nitidamente preguiçosa e se desestimulava muito fácil. Nunca se dedicou completamente e pelo tempo necessário para ser espetacular, algo que a frustrava e lhe causava sentimentos negativos.
Parecia ser tão fácil ser Venus, ela possuía uma boa aparência, era saudável, tinha uma família bonita e estruturada — talvez não na visão da família tradicional, afinal não era exatamente moral um homem ter seis filhos bastardos — e parecia estar feliz o tempo todo. E de fato, não eram apenas aparências, era fácil ser Venus. A jovem nunca tivera problemas sérios como grande parte da população mundial, vivia como uma princesa de conto de fadas em seu final feliz. Venus era uma pessoa doce e boa, pois nunca teve que ser de outra forma para ter o seu lugar no mundo, tudo sempre fora — ou parecia ser — harmônico a seu redor.
Uma princesa que vivia em uma busca constante pelo seu amor verdadeiro, busca que vinha se mostrando um tanto quanto frustrante. Venus havia tido diversos namorados e namoradas desde o início da sua adolescência até os dias atuais, alguns relacionamentos duravam poucas semanas e outros meses. Não era novidade para seu círculo íntimo quando Venus anunciava “estou solteira, acho que somos incompatíveis” ou “sabe a Aurora? Terminamos semana passada quando percebi que não a amava do jeito certo… Ou de jeito algum, não sei, acho que confundi as coisas. Agora estou namorando Francesco e dessa vez é eterno”. Que seja eterno enquanto dure!
No meio de tudo isso ainda tinha IMPERADOR. Este era sempre um pensamento no fundo da mente de Venus, o que mais podia se assemelhar ao de Siena no mundo tortuoso do afeto de Jagger. Desde a pré-adolescência o rapaz é dono de parte do afeto de Vee; é correto se afirmar parte, pois o sentimento sempre é preterido quando Venus conhece outro alguém. Ela o admira imensamente, o acha extremamente lindo, atraente, educado e inteligente. Eles se conhecem desde sempre, ele a conhece tão bem — talvez bem até demais, ela já se questionou — e sempre pareceu certo para Venus.  Existem apenas dois problemas nesta paixão: ele é irmão de sua melhor amiga, IMPERATRIZ, e nunca correspondeu minimamente seus sentimentos ou investidas. É frustrante e cansativo, porém Venus acredita que ele é a razão para nunca ter dado certo com ninguém… Fala sério, está na cara que eles são almas gêmeas! Ela afirma que irá esperar até que ele perceba isto, afinal o que é bom leva tempo.
Marco Polo, o polêmico presidente, ocupou espaço no coração de Venus durante cinco meses logo após assumir o mandato da presidência. A jovem se viu apaixonada pelo rapaz e agiu sobre isso, causando surpresa de Marco. Embora quem olhasse de fora não compreendesse muito como aquele casal funcionava, Venus e Polo divertiam-se juntos. Tudo ia bem, Vee planejava convidar Polo para conhecer sua família e dizer que o amava, quando o rapaz disse que não podiam mais ficar juntos. Venus ficou arrasada e seu ego estraçalhou-se, ela havia recebido um pé na bunda de Marco Polo Fortunato! Espalhou haver sido ela a acabar com o relacionamento, embora seus olhos avermelhados de tanto chorar contassem outra história. Em poucas semanas já havia supero o fora repentino e voltou as boas com Polo, decidiram manter uma amizade com base no carinho que sentiam um pelo outro.
IMPERADOR e IMPERATRIZ foram umas das razões por Venus aceitar fazer parte da Adam Societatis. Ela certamente riria e recusaria o convite para as primeiras reuniões se não fosse a presença de ambos, adora estar por perto e ter algo que era “só deles”.  Também havia o gosto de saber que haviam desejado sua presença ali, naquele “clubinho” exclusivo, era uma boa massagem para o seu ego. Não sabe apontar porque foi convidada, mas Marco Polo sempre dizia que alguém como Venus não passava despercebida. Com o entendimento da dimensão do que se tratava o grupo, passou a se interessar pelos assuntos tratados e quando viu já estava praticando todas as ações ritualísticas propostas; foi tão rápido quanto cair no sono.
━━ ♡ HEADCANONS
O título do marquesado da avó de Venus é quase que inválido e figurativo. Embora a família Colonna seja considerada pelo Vaticano como Príncipes da Santa Fé e o título de Gemma ser reconhecido pelos Saboia — a última família real italiana que ficara exilada até 2002 —, a Itália já não vive em um regime monárquico. A razão por ainda se referirem ao título é puramente financeira, visto que o marketing de todos os produtos derivados da marca “A Marquesa” é benéfico devido à ligação com a realeza. Além disso, há também todos outros benefícios financeiros, como a galeria da família localizada em Roma e todos outros bens adquiridos no período monárquico do país. Recebem impostos do uso das propriedades da família pelo governo e detém os direitos de todas as obras de arte, fazendo do legado algo lucrativo. Venus não conta a todos sobre a história de sua família, afinal não tem nenhuma obrigação real ou interferência em seu dia a dia. Entende o benefício financeiro e compreende o “legado” que vem com todos os bens da família; é geralmente chamada marquesa em tom de deboche, algo que a irrita mesmo que levemente.
Kamilah Jagger é uma das irmãs mais velha e a única pessoa em todo mundo de quem Venus sente inveja. A mais velha parece ser superior a Venus em tudo, desde a idade até o talento para as artes. A morena não pode se recordar do momento em que superou Kamilah em algo e isso a frustra. A admiração que Jack — o pai de ambas  — tem pela filha mais velha desperta ainda mais o sentimento de cobiça da jovem, tudo que ela deseja é que o pai a admire da mesma forma. O que Venus não enxerga é todo o esforço que Kamilah fez até chegar a excelência, o tempo de estudo que dedicou a suas paixões e que Jack a admira igualmente, mesmo que Kamilah seja “melhor”.
Trabalha meio período como vitrinista e vendedora (depende do movimento do dia e da ocupação de sua chefe) no brechó Obsoleto há cerca de um ano. Venus não possui necessidade financeira de trabalhar enquanto está na universidade, porém acredita que as maiores inspirações para figurinos cinematográficos venham de lugares como brechós. Além disso, vem montando seu pequeno acervo com peças vintages que acha no lugar e inspira-se diariamente na clientela do local. Tentou viver com o salário que recebe, mas possui luxos que não abriria mão em nome da arte — mesmo que a ame.
Não é novidade que Venus prefira uma vida mais pacata quando o assunto é exposição, porém, filha de quem é era impossível negar totalmente sua veia de amor ao estrelato. Foi assim que surgiu Valentina, ou Santa Valentina, a apresentadora da rádio da Bolonha que embala as noites de quinta-feira às 18 h com seus conselhos amorosos e seleção de músicas românticas em seu programa "Dia de Santa Valentina". Todas as histórias relacionadas ao amor estão permitidas e Valentina palpita com ajuda de ouvintes os casos que recebe. Apenas uma pessoa da direção da rádio sabe que Venus é Valentina e é quem a auxilia no programa da rádio. Inicialmente houve certa descrença de Jagger que aquele programa daria certo, afinal Valentina viveria no anonimato com direito a transformador de voz, porém o mistério atraiu público do campus.
“Por mais amável que seja o seu gênio, seu coração não é dos mais fáceis de atingir.”, a frase de Jane Austen certamente definiria Venus e suas emoções. Embora se apaixone, seus sentimentos são extremamente fugazes e raramente duradouros. Tem como sonho viver um amor como um romance de Jane Austen, sabendo todos os diálogos do filme Orgulho e Preconceito e tendo lido os romances mais vezes do que gosta de admitir.
Já foi presa algumas vezes ao participar de protestos, nunca passa mais que algumas horas na prisão, mas sempre sai com alguma história inacreditável. Vem tentando ser mais branda na hora de protestar, a notícia de alguma forma sempre chega a seus pais e escuta inúmeros sermões em razões a sua falta de responsabilidade e cuidado.
Um de seus maiores sonhos é fazer cirurgias plásticas. A primeira vez que o desejo se mostrou foi em seu aniversário de dezesseis anos, Venus pediu aos pais que lhe dessem de presente uma aplicação de silicone nos seios. Paola e Jack negaram, alegaram que a filha era linda como era e muito jovem para pensar em procedimentos estéticos. Conseguiu convencê-los a permitir que aplique ácido hialurônico nos lábios e o faz desde então. Ela prosseguiu o pedido nos anos seguintes e seus pais tomaram a seguinte decisão: aos vinte e cinco anos, Venus poderá ter acesso a seu fundo fiduciário e praticar qualquer cirurgia que desejar. Venus conta os dias para a data.
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harrrystyles-writing · 4 years ago
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My best friend
Sinopse : Você tem uma amiga tóxica e Harry tenta ajudá-la a se afastar.
Categoria : Namorado!harry, Fratboy!Harry | Pedido feito por: @it-is-what-it-is-70 | baseado nessa ask.
MASTERLIST 🥝✨
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Você e Vanessa se conheceram assim que sua família se mudou para Londres ao lado da casa dela, ambas tinham apenas 6 anos, foi onde começou sua linda amizade e desde então vocês se tornaram inseparáveis. Durante toda a infância e adolescência, vocês pareciam estar sempre disputando alguma coisa, era óbvio para você que ela sempre foi mais bonita, loira de olhos azuis, todos pareciam amá-la. Você tinha suas qualidades e beleza, mesmo não às vendo com os mesmos olhos que via à Vanessa. Sua alma gentil e sorriso encantador, atraía muita atenção para si, o que sua amiga sempre invejou. Ao chegarem à vida adulta por sorte ambas seguiram profissões diferentes, ela se aventurou no mundo da moda, conseguindo posar para algumas coleções, até capas de revistas. Você preferiu seguir como atriz, conseguiu alguns papéis incríveis ao qual deixou a si mesma muito orgulhosa. Com à carreira alavancando conseguiu mais reconhecimento onde fez pequenas participações em premiações, rádios, revistas, etc. Você conheceu Harry juntamente com os outros integrantes da banda One Direction, nos bastidores do programa da Ellen. Vocês imediatamente se deram bem, ele era tão simpático, gentil e à fazia rir. Harry não conseguiu esperar até o fim do dia para chamá-la para um café ou quem sabe um jantar. Logo um encontro com Styles se tornou dois, três e ambos ainda queriam se conhecer mais, você não poderia estar mais feliz quando ele à chamou de namorada pela primeira vez, foi mágico e tão fofo como ele disse “ Posso lhe chamar de namorada?” Seu coração palpitava ao sorrir e dizer um “sim” ao belo moço dos olhos esverdeados.
Como tudo que acontecia com você, à primeira reação sempre foi contar a sua melhor amiga, à primeira vez que você duvidou da amizade com Vanessa, foi no dia que contou a ela que estava namorando Harry.
*Flashback on*
“ Sério? Você? Com Harry Styles?” Ela olhou-a debochada.
“ Sim, ele me chamou de namorada, tão fofo.” No momento que você disse ela não conteve sua risada, isto lhe irritou. “ Por que? É tão impossível assim pensar que ele possa gostar de mim?”
“ Aí amiga, não é isso, você é maravilhosa, mas..... Sabe é Harry Styles, ele só namora modelos e celebridades e você é...... ”
“ Eu sou atriz.”
“É, mas nem conta, você fez o que? Três papéis? Não é como você fosse uma Megan Fox ou Scarlett Johansson, elas sim são atrizes de verdade.... Mas enfim, eu estou super feliz por você amiga, veja pelo lado bom, namorando ele talvez conseguia algo melhor.”
“ Vanessa, eu não estou com Harry por isso.” Rebateu ofendida. “ Eu gosto mesmo dele.”
“ Claro, eu sei.” Ela riu sem jeito. “ Mas, se isso não durar pelo menos terá uma conquista, você conseguiu namorar Harry Styles.”
* Flashback off*
À segunda vez que você duvidou de sua melhor amiga foi meses depois, Harry havia te convidado para conhecer sua família, você estava nervosa, precisava de alguém, Vanessa era a pessoa com quem você sempre contou e desta vez não seria diferente.
* Flashback on*
“ Olha, quando você me ligou e disse que precisava de ajuda com a roupa que iria conhecer os pais de Harry eu nem acreditei.” Vanessa comentou enquanto olhava as roupas deixadas por você em cima da cama.
“ Como assim?” Você questionou do banheiro, vestindo mais uma peça para ver se ela aprovava.
“ Amiga, nada demias, é que o Harry né? Lindo, famoso, rico, ele pode ter quem ele quiser.” Ela deu uma risadinha. “ Mas às vezes homens têm o dedo pobre mesmo.”
“ O que?” Você olhou-a confusa quando saiu para olhar-se no espelho.
“ Não estou dizendo ele em específico amiga, calma, você é perfeita, Harry tem sorte de ficar com você.”
“ E aí como estou?” Você diz tentando ignorar o que ela disse. Vocês eram amigas desde pequenas, ela era da família, ela dizia coisas horríveis às vezes, mas que era o jeito dela.
“ Para ser sincera, não gostei, acho que branco não está te favorecendo, você deu uma engordadinha né?”
“ Não! Na verdade tenho malhado, já perdi uns 2kgs.”
“ Jura?” Ela arqueou ás sobrancelhas. “ Enfim, acho melhor algo mais básico que esconda sua barriga, porque tá um pouco inchada.” Ela colocou a mão na boca. “ Desculpe amiga! Eu falo isso porque eu te amo, provavelmente ele só levou modelos para conhecerem sua família e bem mais magras que você, então eu não quero que minha melhor amiga passe vergonha.”
“ Tá .... Acho que vou com vestido preto.”
“ Melhor.”
*Flashback off *
À terceira vez que Vanessa à fez ter dúvidas sobre todo o amor e carinho que ela dizia ter por você, foi quando aconteceu a sua primeira briga com Harry, você precisava de alguém para lhe consolar, óbvio que foi a casa da sua melhor amiga, quem mais sabia tudo sobre você além dela?
* Flashback on*
“ O que foi? Eu estava quase saindo.” Vanessa reclamou assim que abriu à porta.
“ Eu posso entrar? Eu e o Harry brigamos, preciso conversar com alguém.”
“ Tá, vamos subir, você fala enquanto termino de me arrumar.” Ambas subiram para o quarto dela, você ficou sentada na cama enquanto ela estava em frente ao espelho começando sua maquiagem. “ Diga, o que aconteceu entre vocês?”
“ Bem.... Estávamos vendo um filme, até que ele recebeu um nudes de uma mulher, eu vi o nome “Hellen”, ele disse que não era nada demais, que infelizmente às pessoas mandavam muitos para ele, eu fichei chocada, eu juro que tentei não ficar com ciúmes, mas não consegui e nós brigamos e eu fui embora da casa dele.”
“ S/n, quantas vezes eu falei para você parar de agir como à louca ciumenta nos seus relacionamentos? Por isso que nenhum homem fica com você.” Ela revirou os olhos. “Mulheres inseguras como você nunca ficam com o cara perfeito, quando vai aprender?”
“ Tá, mas agora o que eu faço?”
“ Amiga, provavelmente Harry deve estar com essa outra mulher agora, pra ele isso pode até ter sido um término.” Você olhou para ela com lágrimas nos olhos. “ S/n, pare, isso é até bom.”
“ Bom?”
“ É, assim cai na realidade, eu te amo, mas Harry era muito pra você, tava na cara que não ia dar certo, vocês não combinavam, não estavam na mesma vibe sabe? Você no começo da carreira com alguém como ele? Você tem que ficar com alguém do seu nível.”
“ Nossa.” Você estava boquiaberta. “ Mas Harry nunca ligou, ele me disse isso.”
“ S/n, não faça essa cara, você sabia que não servia pra ele, Styles tem mais à ver com modelos, mais magra, alta, quem sabe mais loira, é o tipo dele.”
“ Tipo você Vanessa?” Questionou confusa, era como se ela quisesse Harry.
“ Você que disse, não eu, mas sim.” Ela virou-se para você. “Amiga, esquece ele, Harry não merece você.” Ela puxou você para um abraço. “ Eu te amo, não gosto de ver você tristinha, sabe que sempre pode contar comigo né?”
“ Sim.” Você disse mas seu celular tocou fazendo-a sair do seus braços.
“ Quem é?”
“ Harry, ele que me encontrar.”
“ Bloqueia ele.”
“ Por que?”
“ Amiga, no mínimo ele quer terminar com você pessoalmente para ser mais humilhante.”
“ Você acha?”
“ Óbvio.”
Mas você recebeu outra mensagem dele.
“ Amiga, acho que não, Harry disse que está na porta da minha casa, ele me mandou uma foto, está segurando flores. Eu preciso ir.” Você disse dando uma beijo na bochecha dela. “ Me deseje boa sorte, depois eu te conto tudo.”
“ Ok. Boa sorte.” Ela deu um sorriso falso.
• Flashback Off•
Após aquele dia você se questionou se realmente ela se importava ou sentia algum tipo de inveja por você namorá-lo. Você contou toda a situação ao Harry, ele achou muito maldoso da parte da Venessa dizer aquelas coisas horríveis à você, ele lhe aconselhou se afastar para sua própria saúde mental e o relacionamento que vocês estavam levando. Certamente ela não ficou nenhum pouco feliz com isto, ela dizia que Harry estava roubando você dela, muitas das vezes você se via dividida entre as duas pessoas que amava.
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Era sábado à noite, você e Harry conseguiram uma folga de suas agendas e planejaram ficar deitados vendo algum filme, com algumas besteiras e quem sabe um sexo preguiçoso nesse meio tempo.
“ Baby, vem logo o filme vai começar.” Harry gritou da sala do seu pequeno apartamento.
“ Está quase pronto.” Rebateu na mesma altura cuidando para não queimar a pipoca.
De:Nessa
É bom saber que posso confiar em você - um pequeno zumbido surgiu do seu celular ao lado de Harry no sofá.
De:Nessa
Você é muito especial para mim
De:Nessa
Estou com saudades
De:Nessa
Espero que logo possamos nos ver♥️
“ Você tem falado com Vanessa?” Harry questionou após ler as mensagens na sua tela de bloqueio.
“ Oi?” Você fingiu não ouvir.
“ Você falou com a Vanessa?”
“ Por que?” Questionou sentando ao lado dele mastigando um pouco da pipoca.
“ Falou?”
“ Sim.”
“ S/n, o que nós havíamos conversado? Essa garota não faz bem para você.”
“ Eu sei, mas ela é minha amiga Harry, o que eu posso fazer? Nunca mais vê-la?”
“ Não estou dizendo que você não pode vê-la, só que certezas amizades é melhor se afastar.” Ele suspirou fundo. “Eu falo isso porque quero o seu bem, eu já passei por isso, quando estava começando minha carreira havia um grande amigo meu que começou agir assim, tem pessoas que não conseguem ficar feliz por nós, quando eu entendi foi tarde demais, ele quis prejudicar meu futuro como artista, acabei perdendo uma amizade que eu gostava e sai magoado.”
“ Eu não sabia, sinto muito. Por que nunca me contou?.”
“ Eu não conto isso à todos, mas sei que quando a fama vêm você acaba descobrindo quem realmente é seu amigo.”
“ Me desculpe, eu vou tentar manter ás coisas mais distantes com ela, eu prometo.”
“ Não se desculpe, muito menos para mim, eu sei que me intrometi na sua amizade, mas eu só estou tentando ajudar para não vê-la sofrer.” Ele deu um beijo na ponta do seu nariz. “ Estou tentando cuidar do que é importante para mim.”
“ Eu te amo.” Escapou tão rápido de seus lábios que mal teve tempo de raciocinar o que havia falado.
“ Me ama?” Olhou-a confuso.
“ Acho que sim.” Você sorriu sem jeito, pois nunca haviam chegado à dizer tais palavras.
“ Que bom.” Ele abriu um sorriso. “ Pois eu também amo você.”
No fim uma situação não tão agradável trouxe revelações boas, às quais você passou o resto da noite curtindo. Haveria momentos que você ainda teria que ver e falar com Vanessa, mas com o tempo aprenderia à lidar com isso e ainda preservar sua amizade de uma forma mais saudável desta vez.
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