#fora dos planos mas pra dar um up de início de semana 🤝
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carriessotos · 7 months ago
Note
sender kisses receiver to distract them. (michaela&jack)
nos meses em que conhecia e se relacionava com michaela, várias eram as coisas que jack afirmava que não faria de forma alguma em sua vida, mas acatava a ideia de boa vontade ao saber que deixaria a agora namorada contente. não via a menor graça em estar ao ar livre por tempo indefinido e não entendia como uma pessoa normal conseguiria gostar de pizzas de abacaxi, mas a havia levado até o parque para um piquenique e pedido uma pizza pequena para entregar na casa dela quando sabia que ela estava para baixo, e não conseguiu ir até o apartamento dela por estar com uma pilha de coisas para finalizar em processos com prazos findando naquela meia noite. pois, mesmo achando ideias terríveis normalmente, a conhecia o suficiente para saber que gostaria daquilo, e era o que bastava. fazer algum sacrifício bobo não era nada perto de ver o sorriso dela.
entretanto, enfrentava uma certa provação naquela noite. não era nenhum mistério que mick tinham gostos para filmes muito diferentes, e estava quase certo que o assunto fora tratado logo no primeiro encontro dos dois. também não era a primeira vez que assistiam algum filme juntos e, na maioria das vezes, tentava controlar seus próprios comentários e não deixar tão claro que estava se revirando com certos acontecimentos completamente bregas nas histórias de alguns filmes que ela escolhia. normalmente, funcionava, embora deixasse a desejar em certos casos; tinha certeza de que estivera muito perto de levar uma cotovelada na costela enquanto assistiam e se fosse verdade e simplesmente amor - em sua própria defesa, o quão duvidoso achava aquele filme em específico já fora um tópico de discussão entre ambos -, o que não deveria ter sido concretizado por meros detalhes. contudo, o que assistiam naquela noite estava sendo um em que não conseguia esconder muito bem suas caras. 
“não é possível que vocês duas já viram esse filme mais de uma vez voluntariamente.” referenciou emily, que havia aparecido mais cedo para reclamar do barulho de móveis sendo arrastados que o vizinho de cima estava fazendo bem em cima do quarto dela, e que ficou mais quinze minutos assistindo o filme por insistir que sua parte favorita estava vindo em seguida. o que jack não entendia muito bem, porque já estava certo de que a sua seria o início dos créditos finais. “mais de uma vez. no plural. sério, como?” franziu o cenho e olhou para a namorada, que estava apoiada em seu peito. provavelmente querendo esganá-lo por não calar a boca. embora o gênero não fosse o seu favorito, até haviam alguns filmes que gostou de assistir ao longo da vida - não tivera coragem de dizer que já tinha visto um específico antes para mick, depois de ver a sua expressão de expectativa por adorar o filme, e deixou que o mostrasse para ele - e acabava se divertindo e gostando de alguns que assistiu junto dela, como amor a toda prova e como perder um homem em dez dias. o problema real estava sendo aquele filme. 
alguns minutos depois, voltou: “sério, não faz sentido nenhum. quem é que finge estar junto e os outros que conhecem a pessoa ainda acreditam? ninguém faz isso na vida real.” argumentou, franzindo o nariz em uma careta. “por que é tão importante pras pessoas fingirem que tão com alguém nesses filmes? elas vão voltar pra vida delas, seguirem solteiras e ainda terem que inventar que tomaram um pé na bunda depois. vão seguir perguntando da pessoa imaginária pelo resto da vida delas.” estava exagerando um pouco? talvez. “parece plot de filme do adam sandler.” o que provavelmente fora a gota d´água para michaela em suas reclamações. “e não é?” retrucou, erguendo as sobrancelhas ao vê-la se virar para encará-lo. “ninguém faz isso, e qualquer um que conhecesse eles ia conseguir sacar que tavam mentindo porque não iam conseguir nem responder uma pergunta. pelo menos naquele filme lá do ryan reynolds eles treinaram antes. e ali ainda tava sendo estranho também!” por alguma razão, estava realmente determinado a encontrar na história do filme um mínimo de lógica. e simplesmente não conseguia, o que só rendia ainda mais reclamações. poderia estar só aceitando e assistindo, como uma pessoa normal, porém, aquele filme estava quase o fazendo arrancar os próprios olhos. “e que negócio d-” o encostar dos lábios dela nos seus o fez abandonar tudo em que estava insistindo para retribuir o beijo, e se virou um pouco para por a mão livre na cintura dela. “o seu método de me mandar calar a boca é ótimo.” murmurou contra os lábios dela, rindo fraco. retomou o contato com certa pressa, apertando de leve onde a mão estava e usando o braço em que apoiava o corpo de mick para puxá-la para seu colo. “você sabe que não tem a menor chance da gente terminar esse filme agora, né?”
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