#fluição
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#tbt Para se despedir do inverno
Faz um tempo que só consigo escrever para a inspiração do mês por aqui (e ultimamente nem isso), como digno das patronas do inverno, realmente tem sido um período desafiador, mas não com coisas ruins apenas. Continuo com algumas outras pautas planejadas, mas por enquanto quero oferecer uma receita para vocês - para encontrar leia até o fim hahah :P
Em Julho, chegamos ao ápice do inverno com o Imbolc, uma das festividades pré-cristãs que demarquei para este mês. Ela celebra do avanço da luz que retorna gradualmente ao ciclo da natureza. O termo “Imbolc” deriva da palavra irlandesa “Oilmec” alguns estudiosos acreditam que seu significado pode ser associado a purificação ou a novo leite, uma vez que seria o período em que ovelhas estariam produzindo leite para seus filhotes.
O importante que toda essa simbologia, marcada pelas cores branca, laranja, verde, amarela, representa o retorno da luz, o sol e a aproximação da primavera. Mitologicamente, podemos entender que o Imbolc também é um festejo à antiga deusa Brigid (ultimamente, mais associada a Santa Brígida) patrona da poesia, da forja e da inspiração. De branco, mulheres homenageavam a noiva do ano novo, enquanto quando o lar e o campo eram purificados para que a deusa estendesse seu manto verde. Brigid também representa a luz da visão interior e o fogo era o elemento utilizado para adivinhação.
Representações da deusa, (1) estátua próxima a vila Kildare e (2) estatueta céltica que provavelmente representa Brígida no Museu de Bretanha, Rennes. Fontes 1 e 2.
Se celebramos aqui um momento de renovação, de boas vindas à fertilidade primaveril, nada mais justo que um pequeno banquete iluminado, não é mesmo? Para a ilustra de julho, temos esta cozinha dos sonhos, recheada de quitutes, sinalizando com suas luzes que espera por bênçãos para o novo ciclo que se inicia.
📽️ Veja o reel que fiz para este ensaio aqui.
(Já mencionei aqui que o próximo calendário está em produção, consegue adivinhar as inspirações desta Roda do Ano, já?)
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As duas luas de prata que se seguiram neste inverno são relacionadas a esta festividade. A lua do Lobo evoca a necessidade de coletividade (tão característica neste animal maravilhoso). Para mim, este esbat nos conta que, para perdurar durante as noites do inverno, é preciso união, força e sabedoria (alguma semelhança com o momento terrível que passamos? Pois bem, pensemos sobre isso.)
E então chegamos no desaguar prateado da Lua da Tempestade. Também ligada ao misticismo de Brigid, de purificação para o despertar de um novo ciclo. Em agosto, chove muito por aqui (Salvador) e este mito que fala sobre da fluição das águas para a chegada da primavera se encaixa muito bem com o que observo do lado de fora da janela.
Janela esta que ilustrei confortavelmente nesta ilustra. Em especial faço menção a receita que minha irmã escreveu para o festejo lunar. Nesta edição da Roda do Ano, ela pessoalmente escreveu 12 receitas de cosmética natural como sugestões de autocuidado que combinam com o momento mágico descrito. E hoje, ofereço esta receita para vocês. 🌧️
É muito simples e de fácil acesso, se você não tiver como fazer com óleo essencial, apenas a água morna e o sal já ajudam muito. Uma ervinha seca como camomila também combina (o objetivo é relaxar).
Lá vão os ingredientes:
3 litros de água fervida
½ xícara de sal grosso
2 gotas de óleo essencial de lavanda (caso queira misture com um pouco de lavanda seca)
Modo de usar:
Misture todos os ingredientes numa bacia. Quando a água estiver morna, coloque os pés na mistura e descanse.
Fica até difícil de escrever ou postar as vezes sem um sentimento de “nada importa” diante do longuíssimo in(f)verno que a gente enfrenta aqui no Brasil. Mas às vezes, um pouco de gentileza também é válido.
É isto. Boa noite, bruxesc@s. ♡
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Retorno à praia de Itaipu ou ao Monte Meru
Os desertos enganam,
Mas só no mar está
A paz que nada interrompe
A fluição que vocifera
Em ritmados uivos, silvos
Laivos
Da noite primordial.
Do caos fundamental
Transemerge o mar:
Torre deitada em seu abraço de encastelar.
Kraken, Caribde, meu tio Geraldo Xereta
Ausências que a praia transtraz, à maneira
De Rosa, Guimarães,
Conchas desfeitas,
Calcário sobre crostas oceânicas de basalto
Infância de meus sobrinhos,
Após a minha
E Abraão e Caim e Adão
O planeta feito de água de seres
Feitos de água
Esgoelando-se por solidez.
Cada homem é a coleção de seus processos
Daquele pico
Pode-se esculpir as estrelas
E que são os aglomerados de galáxias,
Senão matéria escura desbastada
Até adquirir forma?
Células-tronco primeiras
De Jeová, esculpidas pelo sopro
Do Espírito que tudo navega?
Venha poder palraz,
Derrube Meru no oceano,
Dissolva os entes e seus ícones
Na recriação.
Sammis Reachers
*Publicado originalmente na revista Ensaios de Geografia, da Universidade Federal Fluminense.
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Metamorfose Social
A sociedade é um organismo vivo,
Latente e envolvente
Excludente e inclusivo
Movimento e acomodação
Fluição e estagnação
Tradições e vanguardas
Sonhos e desilusões
Indivíduo e coletivo
Crenças e descrenças
Vida e morte
Nexos e desconexos
Síntese e antítese
Paradoxos
Esperança de mudança
Transformação
Transmutação
Urgência
Metamorfose Social
Expurgar:
Intolerância
Racismo
Machismo
Autoritarismo
Achismos
Ideologismos
Mau caratismo
Renascer como uma Fênix
Construindo e tecendo
Colorindo e incluindo
Respeito e igualdade
Tolerância e diversidade
Sororidade e empatia
Unicidade e multiplicidade
Singularidades e subjetividades
Universalidade
Conectividade e solidariedade
Ética e democracia
Acolhimento e irmandade
Ação e transformação
Possibilidades.
Patrícia Crosara
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