#filmes pra assistir no almoço
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FILMES PARA ASSISTIR NO ALMOÇO 🥗🍗
a vibe dos filmes pra assistir no almoço está entre “brinquei lá fora por horas e agora estou entrando para comer um sanduíche e deitar no sofá” e “estive na praia o dia todo”
observação: se algum link não estiver funcionando, por favor, avise na ask, que iremos mudar o link.
16 Desejos
Bee Movie
Bottoms
Click
Da Magia à Sedução
De Repente 30
Do Revenge
Ela É Demais
Empire Records
Escola do Rock
Gente Grande
High School Musical
Kill Bill - Volume 1
Mamma Mia!
Maurice
Nunca Fui Beijada
Nunca Fui Santa
Orgulho e Preconceito
Pequena Miss Sunshine
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
Teen Beach Movie
Todo Mundo em Pânico
Um Crime Entre Amigas
Um Crime Perfeito
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xexyyyyy, tô há uns 2 dias ininterruptos apaixonada nas suas postagens 💓 hoje é meu aniversário e eu não sou mt chegada, porém, poderia escrever sobre os meninos organizando uma festa surpresa ou algo do tipo? tipo beeem improvisado, do nada eles começam a chegar com comida e filmes só pra leitora não ficar sozinha BEIJO AMO SUAS POSTAGENS
wn: muito obrigadaaaaa! <3 feliz aniversário muito muito muito atrasado hehe espero que seu dia tenha sido incrível.
meninos do cast x aniversário surpresa.
fem!reader headcanon
tw: nenhum :)
enzo:
assim como você, enzo também não é muuuito chegado em comemorações espalhafatosas de aniversário.
porém, ele acha uma data importante que não deve e nem pode passar despercebida - até porque é uma celebração da sua vida, né?
te leva pra jantar: ou no seu restaurante favorito ou em algum restaurante que serve sua comida favorita. é tudo muito tranquilo: uma boa conversa, uma refeição saborosa e a tranquilidade que você preza.
faz questão de pontuar todas as coisas que admira em você, o quanto que te ama e o quanto que te acha uma pessoa incrível.
quando chegam em casa, ele te surpreende com um cupcake pequenininho, uma vela improvisada espetada no doce.
agus:
ele ama festa, ama aniversário e ama você, então é bem complicado pra ele não querer fazer uma comemoração gigantesca.
mas entende seu momento e concorda que seu aniversário, suas regras.
vai inventar uma desculpa qualquer pra te tirar de casa e organizar uma surpresinha boba só pra não deixar a data passar em branco.
compra um bolinho, deixa organizado na mesa junto com a pizza do seu sabor favorito e uns docinhos.
pede por favor que chamem alguns amigos (ele tem a quantidade dobrada de tudo que guardou na geladeira) pra assistir seu filme favorito.
fran:
vai bater na sua casa, de surpresa, com um bolo que ele mesmo fez, um café que pegou no meio do caminho e um sonho.
o sonho é que você não expulse ele e que escute a proposta que ele tem pra fazer.
quer te levar para o parque, com umas comidinhas, o bolo opcional e o parabéns também.
o que você não sabia era que no parque estariam dispostos seus melhores amigos. tudo super discreto, sem muito alarde. quer te propor uma tarde divertida com pessoas que você ama, sem pressão e sem comemoração propriamente dita.
a comemoração é realmente estar ao seu lado com pessoas que você gosta disfrutando a companhia.
matí:
chega na sua casa fazendo um escarceu meia noite em ponto com o maior sorriso do mundo.
ele é totalmente a favor de aniversários e não está nem aí se você não gosta - você é a pessoa favorita dele e vão comemorar sim, nem que seja uma comemoração em casa da forma mais simples possível.
passa o dia anunciando pra quem quer que seja que é seu aniversário só pra ver sua carinha irritada.
apesar da implicância, está genuinamente feliz de estar do seu lado e comemorando com você.
pede pra saírem de noite pra uma baladinha ou um barzinho e beberem algumas em sua homenagem.
kuku:
esteban simplesmente organizou várias comemorações com você durante o dia todo.
pede pra dormir na sua casa no dia anterior, te acorda com um beijo à meia noite e muitas declarações lindas de amor.
cada refeição do dia (café, almoço e jantar) é feita por ele com muito carinho, reunindo coisas que você gosta e coisas que você não come a muito tempo (sim, ele estava planejando tudo a pelo menos um mês).
o presente que ele te dá é uma das coisas mais lindas que você já viu - de bom gosto, discreto e carinhoso.
agradece constantemente por estar do seu lado e te elogia de todas as formas possíveis ao longo do dia.
pipe:
tenta respeitar seu momento, mas não se aguenta. ele é um romântico por natureza e jamais deixaria essa data passar em branco.
organiza quase que uma caça ao tesouro - deixa vários bilhetinhos espalhados pela sua casa, um levando ao outro. começa no banheiro, que vai pro guarda-roupa, que vai pra cozinha, que vai pra porta de casa. todos muito bonitinhos e com várias coisas que ele ama sobre você.
o bilhetinho final te leva para fora de casa - ele pede que o encontre no apartamento dele para receber seu presente e pede por favor por favorzinho que vá com a mente aberta.
um pouco cabreira, você aceita e confirma por mensagem que está a caminho.
ao chegar, encontra pipe e alguns de seus amigos mais próximos. suas comidas favoritas, com suas pessoas favoritas e o argentino com o seu sorriso favorito.
#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic#agustin pardella x reader#agustin pardella#fran romero x reader#fran romero#matias recalt#matias recalt x reader#esteban kukuriczka x reader#esteban kukuriczka#pipe otaño x reader#pipe otaño#lsdln cast#lsdln
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The Story Of Us IV
— Um amor proibido, Jaehyun Jung. Primeiro Ato: Illicit Affairs
notas: o ex misterioso finalmente deu as caras! que esse romance ilícito te encontre bem, apesar de tudo. até o próximo ato.
Quando estamos prestes a cometer algum erro, a nossa consciência grita. Desse modo a voz da sua cabeça berrou, esperneou, fez de tudo para que você parasse de cair no mesmo poço fundo que destroçou o seu coração. Como deseja agora ter escutado sua própria razão.
É esse o problema dos amores proibidos, Dos encontros clandestinos e dos olhares desejosos. Nascem de apenas uma troca de olhar, Mas morrem milhares de vezes.
Depois da partida de Renjun, você precisou de muita ajuda para se reencontrar. Se não fossem pelas várias visitas de Kun, e pelas jornadas mais longas no escritório, você não teria feito o mínimo esforço para ver outras pessoas.
Começou com a primeira fase, a negação. O tempo livre após o trabalho e os finais de semana eram em casa, por isso seu chefe se despia da postura formal e se transformava no seu vizinho que sempre tinha chocolate, sorvete e pipoca ao bater na sua porta com sugestões de séries que faziam sua mente dar um nó. O suspense tomava sua atenção por horas o suficiente.
Kun tomou a responsabilidade de te distrair para si, o que nunca foi um peso. Na verdade, ele se sentia à vontade e confortável ao seu lado. Ele foi capaz de te cativar tão rápido que duvidava se ele era real ou uma imaginação, tão bom ele era e continua sendo.
— Você não pensa em ter um hobby? — Ele pergunta ao sentar-se no sofá, apoiando os calcanhares na mesa à frente. Observa enquanto você pondera a sugestão, ele aproveita para tomar um gole da cerveja gelada que havia acabado de buscar na geladeira.
— Tipo o quê? — Devolve com outra pergunta.
— Não sei… Antes seu hobby era escrever, mas agora você faz isso o dia todo. — Ele começa o raciocínio. — Tem que ter outra coisa pra distrair a mente. Aula de dança?
— Hm, parece uma boa. Mas eu vou pensar sobre. — Concluiu apressada, o filme que escolheram esta noite aguçou sua curiosidade.
Depois do vizinho partir para o apartamento ao lado, você fica assistindo vídeos por bons minutos. Até que um deles chama sua atenção, e você entra no perfil para assistir mais como aquele. É um vídeo simples, onde uma menina mostra algumas câmeras de filme sendo cuidadas, o filme sendo trocado e separado para revelação. Por alguma razão aquilo te prende e te interessa mais do que esperava, por isso acabou conectando os pontos: e se isso for o seu hobby? Fotografia de filme não é fácil, mas nada tão revigorante como aprender algo novo do zero.
Num rompante de energia, busca o laptop na escrivaninha do quarto e pesquisa se havia lojas de filme pela cidade. Horizon Film. O instagram é bonito, muito bem montado, cheio de informações. Pega o celular novamente para rolar o feed com mais facilidade, se deparando com uma postagem que te tira o fôlego. As fotos eram de uma delicadeza surpreendente, e você não resiste à beleza que te instiga. Encara cada detalhe.
Repara, após uns instantes, que há uma marcação nas fotos, jaehyunpov. As outras imagens que encontra são tão lindas e inspiradoras quanto. Elas variam em foco, em filme, em cores; capturam o belo do cotidiano, mas também da natureza, de paisagens escondidas, de partes óbvias da cidade que os nossos olhos já tinham se acostumado. Aquele perfil te fez tomar uma decisão: faria uma visita à loja no dia seguinte.
O horário de almoço finalmente chega, e você sai correndo para dar tempo de escolher a primeira câmera com calma. Os passos apressados abrem caminho através das pessoas que andam no contrafluxo, te ajudando a alcançar o destino mais rápido.
Parando brevemente antes de abrir a porta, um friozinho na barriga gostoso dá as caras. Cheia de coragem você entra, o sino soa para anunciar sua chegada, e um jovem sorri com as covinhas simpáticas atrás do balcão.
— Bem-vinda! Pode ficar à vontade, qualquer coisa é só chamar. — Ele diz como num piloto automático, mas ainda alegre.
Você agradece com um aceno de cabeça e repara cada parte do recinto. As paredes verde oliva adornadas com capas de vinis, polaroids e outras séries de fotos em filme oferecem um quê vintage e aconchegante ao espaço; a música baixinha ao fundo acrescenta ao sentimento de nostalgia uma graciosidade única; as câmeras dispostas em prateleiras do chão ao teto te encantam ao ponto de arrancar um sorriso surpreso do seu rosto envergonhado, pois o menino ainda queima suas costas com o olhar fixo na sua figura.
É bem verdade que está mais perdida do que gostaria, porém ainda não queria admitir. Finge pensar nas suas opções, ficando mais nervosa a cada minuto que passa. Não deu para sentir a presença do outro se aproximando, sendo assim, exclama de susto ao vê-lo bem ao seu lado. Ele solta uma risada culpada, porém divertida, e o som ecoa um pouco.
— Desculpa, não queria te assustar. — O garoto põe a mão no próprio peito, controlando a risada. — Você quer ajuda?
Resolve parar de mentir, assentindo firmemente.
— Sim, por favor. — Declara, por fim. Ele aumenta o sorriso ao te ver expor a preocupação de principiante. — Eu decidi ontem começar com tudo isso, — Você gesticula demais. — então eu tô muito confusa.
— Ah, não fica assim. — Por alguma razão ele parece animado. — Sempre quis ajudar alguém a começar do jeito certo, você vai ser minha cobaia. — Arqueia uma das sobrancelhas, esperando uma resposta. O jeito que ele te olha é um pouco…
— Ótimo! — Você se deixa contagiar pelo entusiasmo nos planos.
— Perfeito. Pra começar, essa daqui… — Ele avança entre as prateleiras, você apenas o observa procurar o que pensa. — essa! É a melhor! — O garoto volta para o seu lado, ainda com aquele olhar que te constrange, acompanhado da mansidão na voz doce.
Ele descreve algumas especificidades da Yashica Kyocera Ez Mate com uma aura brilhante em volta de si, conhecedor natural de tudo o que aquela pequena máquina seria capaz de fazer, e também justifica porque ela seria a opção mais conveniente para o seu primeiro passo.
— …Enfim, ela é simples, compacta, intuitiva e vai te dar a vibe de filme que você precisa pra se apaixonar por esse meio. — Ele completa, prestando atenção nas suas reações conforme ia falando.
Confessa que se perdeu um pouco entre os fios ondulados caindo sobre os olhos orientais, que te fitam com o que parece uma curiosidade saudosa. Os traços tão bonitos te intimidam por um momento, mas percebe que ele tinha acabado de explicar e aguarda sua resposta com os lábios torcidos numa expressão quase convencida.
— Eu… é… — Você passa a mão entre os próprios cabelos, colocando-os atrás da orelha após jogá-los para trás. — Vou ficar com essa mesmo, vou confiar na sua sugestão. — Tenta fazer uma piadinha para despistar a sua situação.
No caixa, o garoto embala o pacote com cuidado e destreza, incluindo uma caixa a mais de filme do que havia pedido.
— Ei, acho que você colocou uma caixinha extra…
— É um presente de boa sorte. — Ele levanta o olhar e te dá uma piscadela, ocasionando o retorno do rubor às suas bochechas.
Nunca antes na vida murmurou um obrigada tão tímido. Piorou quando, ao pegar a sacola das mãos do menino, reparou que nem tinha perguntado o nome dele.
— Obrigada pela atenção… — Você sinalizou com o rosto confuso que não sabia como chamá-lo.
— Jaehyun. — Ele sorri fraco, apontando para o pequeno broche na altura do peito que continha o mesmo nome escrito.
Burra, como não reparou antes?
Além de se achar a pessoa mais lenta do universo neste momento, você também conectou o nome ao instagram que tinha fuxicado na noite anterior. No entanto, não poderia mencionar isso agora.
— Você também tira foto, Jaehyun? — Indaga para mascarar que já sabia sobre o talento dele.
— Uhm, sim. — Responde como se fosse óbvio, apesar de apreciar o seu interesse. — Eu tenho um instagram só sobre isso, é Jaehyun pê ó vê, tudo junto. Me segue lá, se quiser.
— Ah, claro! Vai ficar de inspiração. — Você pega o celular e segue o perfil na frente dele. — Eu preciso ir! — Arregala os olhos ao se dar conta do horário, ainda precisa almoçar. — Até… um dia!
Jaehyun acena para sua figura apressada que deixa a porta pesada se fechar sozinha. O frio na barriga ainda não passou, mas agora tem mais de uma razão.
Fazendo o caminho de volta para o trabalho, pensa se não viu coisa demais nos trejeitos do homem. Talvez ele só estivesse fazendo um bom atendimento, nada mais. Talvez ele tratasse todo cliente assim, com atenção, com sorrisos e com esse olhar cativante o suficiente para te fazer lembrar dele durante o resto do dia.
Chegando em casa, você gravou uns stories só para compartilhar com os amigos sobre o seu novo interesse. Poucos minutos depois, recebe duas notificações.
97jung seguiu você
Jaehyun curtiu seu story
Aquele era o instagram pessoal de Jaehyun. Talvez estivesse certa. O sorrisinho que está nos seus lábios aumenta ao apertar o seguir de volta que o perfil exibe em azul; se desfaz logo em seguida, todavia.
Não precisou stalkear o menino por muito tempo para ver as fotos com a namorada no feed. Ué?
Bom, conclui para si, definitivamente estava errada. Pelo menos teria um novo amigo… certo?
O final de semana seguinte é inteiramente seu e da sua nova câmera. Há tempos não sentia vontade de sair de casa para fazer algo, especialmente sozinha. Na manhã de Sábado se arruma inteira, passa maquiagem e põe uma roupa que gosta enquanto ouve uma playlist animada. O seu interior reflete nas atividades daquele novo dia, já nem se lembra do que precisava esquecer.
Você pega uma das bicicletas por aplicativo e passeia pelas ruas vazias do bairro, seu rumo é o parque das borboletas, o lugar mais inspirador que conhece. Você tira inúmeras fotos, torcendo para que fiquem tão boas quanto prometiam. As famílias por lá se derramam numa alegria que transborda através da lente pequena, mas que te permite um mundo de novas oportunidades.
No Domingo repete o processo, entretanto, os pedais te levam até às igrejas antigas que esbanjam arquitetura minuciosa e obras singulares no interior. Aproveita também para passar pelas galerias de arte lotadas, onde fotografa um menininho espevitado e curioso interagindo com as esculturas, tentando imitá-las da forma que consegue. A mãe assente feliz após seu pedido de autorização para fotografá-lo, e sorri grande ao vê-lo exagerar nos gestos quando percebeu ser o alvo da sua atenção. Um pequeno artista.
Durante a tarde e a noite gastou suas horas no computador digitalizando e editando os cliques favoritos do filme. Deu muito trabalho, porém foi sucesso. Acabaria revelando algumas depois, essas foram só para admirar o resultado das tentativas. Postou algumas no story e no feed, agora inteiramente tomada pela boa sensação que o início concreto te causa.
Jaehyun respondeu seu story: O seu olhar é muito delicado Que talento! Acho que essa é a minha favorita Não… essa. Como você conseguiu pegar a borboleta parada?
Infelizmente não consegue lutar contra o sorriso bobo, nem contra o coração acelerado, pulando de alegria ao ler os elogios. Mas não é nada demais, ele só é alguém que entende muito sobre o que você começou a fazer agora.
você: é tudo sorte de principiante
Jaehyun: Uma principiante talentosa, então E linda
O-oh.
Você não responde, não sabe como reagir. Vira o telefone para baixo e desliga o computador. Prepara tudo para o dia seguinte e prefere ir dormir, ignorando as outras notificações de Jaehyun o máximo que pode.
Tenta fechar os olhos, mas o sono não vem. A curiosidade aperta demais. Você toma o celular novamente e pondera se deve ler as mensagens. Que mal faria?
Jaehyun: Vendo o seu estilo eu já tenho várias outras sugestões de câmera As canon combinam demais contigo, eu acho Quero ver outras fotos, pode me mostrar?
O problema é que ele sabe conversar. Uma resposta era o suficiente para ele engatar um assunto no outro, e assim passaram dias, melhor, semanas, conversando todos. os. dias.
Os tópicos deixaram de ser apenas sobre fotografia, Jaehyun passou a te perguntar sobre seus dias, seu trabalho, seus gostos… Não só isso, ele também mandava bobeiras sobre os próprios afazeres, fotos com caretas, músicas que o lembram você, vídeos idiotas seguidos de áudios tomados pela risada contagiante… tudo absolutamente perigoso. O tempo inteiro você se pega sorrindo para a tela, e também precisa se policiar para não ficar mais feliz ao ver o nome dele aparecer várias vezes no celular.
Jaehyun: Preciso te entregar uma coisa Passa aqui na loja?
Visto que já fazia um tempo que tinha feito uma visita à Horizon, encanta-se novamente pelo ambiente acolhedor como se fosse a primeira vez. Tão logo o sino aponta sua chegada, Jaehyun te cumprimenta com mais intimidade desta vez.
— Finalmente apareceu! — Ele completa o cumprimento animado. Você, sem graça e sem um teclado virtual para te esconder, sorri sem mostrar os dentes e ajeita o cabelo sem perceber.
— Não faz tanto tempo assim, faz?
— Claro que faz. — O garoto te encara com uma expressão quase ofendida no rosto. — Sem mais delongas, tá aqui seu presente.
Jaehyun mostra uma caixa preta com um laço prateado na tampa, e você fica sem palavras ao abrir. É uma Olympus Trip carérrima que tinha mencionado estar de olho numa das conversas.
— Jae… eu não posso aceitar! É um presente muito além do que eu mereço, eu… — Tenta falar através das mãos que cobrem o seu rosto chocado.
— Não gastei nada, é sério. — Ele ri, os olhinhos se apertam. A confusão que substitui a surpresa faz com que ele queira explicar. — Eu ganhei essa câmera do meu pai, agora eu quero que ela seja sua.
— Pior ainda! O valor sentimental é muito mais caro. — Você balança a cabeça negativamente. — Não vou aceitar, não adianta.
— Ah, meu Deus… Então pega emprestado só. Tô te emprestando a câmera por tempo indeterminado. Pode ser assim? — Jaehyun e suas sobrancelhas arqueadas, e a aura de sabichão que te convence a ceder. Você revira os olhos ao sorrir, e ele comemora com o punho socando o ar. — Espero que você se apaixone.
Oi? Você não precisa dizer nada para que ele ache graça da sua reação.
— Pela câmera. — Ele adiciona, e você relaxa os ombros tensos pelo que ele havia dito. Pega a máquina nas mãos, sorrindo ao futucar alguns botões, verificando que já tinha um rolo de filme novo dentro. — E por mim também.
— Jaehyun Jung! — O que era para ser uma repreensão tem o efeito contrário, o safado adora o jeito como o nome sai dos seus lábios.
Ele dá a volta no balcão enquanto você guarda a câmera na caixa de novo. Nervosa, cruza os braços ao perceber que a figura masculina não teme se aproximar mais do que o aceitável para amigos.
Você devia ter corrido.
— Sabe… te chamei aqui porque queria te ver, achei que nunca mais você fosse vir. — A voz baixa e grave soa como uma melodia apaixonante aos seus ouvidos.
Por alguns segundos se deixa hipnotizar pelos olhos penetrantes do mais alto, pelas covinhas tão charmosas que adornam a face doce, mas proibida. Limpa a garganta e desvia o olhar de propósito, porém sua voz te trai.
— Eu tro… trouxe uns filmes, umas fotos pra impri… pra revelar. — A tentativa foi válida, uma pena que não abateu Jaehyun nem um pouco. Ele gosta do modo como você fica sob a proximidade dele.
O menino não fala nada, faz pior. Acaricia o seu antebraço nu até alcançar a ponta dos dedos, entrelaçando nos dele para te guiar até a sala vermelha. Ele narra cada parte do processo de revelação, o que te deixa mais confortável de novo. Cuidadosamente, Jaehyun coloca cada foto para secar numa espécie de varal que corta a sala no meio. Porque são muitas fotos, você decide ajudá-lo pendurando algumas, ficando de frente para ele.
Os papéis acabam, e no silêncio que paira, ele fita seu rosto de perto novamente.
— Que foi? — Falar com o tom de voz normal parece esquisito ali dentro, por isso sussurra.
— Você fica linda até na luz vermelha. — Ele declara, desmontando cada muro que construiu.
Jaehyun testa as águas, leva uma das mãos até sua cintura num toque delicado, quase imperceptível. Como não recebe protestos, a outra mão repousa na sua nuca, achegando os corpos de um jeito que te faz fechar os olhos inconscientemente.
— Jae, não. É errado. — Dá para acreditar se você mal tem força ao afirmar?
— Então por que parece tão certo? — De novo sem resposta, ele toma os seus lábios nos dele, respirando fundo ao fazê-lo. Estava matando a sede digna de deserto.
Ele te segura com força, bem próximo, e te beija com a suavidade de um príncipe. Você desmonta no colo forte à medida que as línguas desvendam o segredo condenável. Sua mente não para de girar, vacilando entre o certo e o errado, entre a namorada de Jaehyun e os lábios tão macios que investem contra os seus.
— Linda… — Ele sussurra entre o beijo ao procurar fôlego, ainda te dando alguns selinhos preguiçosos e longos. — Tão, tão linda.
Ele afaga os seus cabelos, os lábios cerejados se contorcem num sorriso irresistível.
Indo para a casa, a culpa começa a arder no seu estômago, seguida dos flashes inevitáveis do beijo de Jaehyun. A sensação ainda formiga todo seu corpo, mas sente vontade de chorar. Por que fez isso?
Foi a primeira, única e última vez.
No dia seguinte, acorda com uma mensagem longa do garoto. Sente um frio terrível na barriga, porém abre mesmo assim, sem nem mesmo ler algumas anteriores ainda de ontem.
Jaehyun:
Linda, bom dia. Dormiu bem?Eu fiquei preocupado contigo desde ontem. Não quero q vc se sinta culpada, nem nada disso, sabe? Tbm preciso que saiba que eu não me arrependo do nosso beijo, foi tão bom pra mim e eu não paro de pensar em vc.Mas tbm entendo q é uma situação estranha, e o que vc quiser fazer… eu te respeito. Só, por favor, não vai embora. Gosto demais de vc pra te perder já.
Que merda, Jaehyun.
Infelizmente, o ardiloso sabe como mexer com a sua cabeça. A culpa fica mais leve por causa da segurança que vem com as palavras, porém sua consciência ainda aponta que algo está muito, muito, errado.
você:
jae, eu n vou embora vamos fingir q ontem n aconteceu, pf me desculpa mesmo, eu n consigo amigos?
Se não fosse com ele, com quem falaria sobre sua nova paixão? Conheceram-se há pouco, mas já existe todo um idioma no qual se comunicam perfeitamente, sintonizados por causa daquele mundo que os conecta.
Jaehyun: Se é isso que vc quer, assim vai ser Não precisa pedir desculpas, é sério Enfim… sábado vc tá livre? Já tenho nosso primeiro programa de amigos
— Eu não gosto nada desse cara. — Kun declara, chamando sua atenção, após notar o nome na tela do seu celular. — Não quis invadir sua privacidade, foi mal.
Óbvio que tinha contado tudo para o seu vizinho, chefe e mais próximo amigo. Depois de te dar uma bronca fenomenal, te consolou com chamego no sofá da sala dele e com conselhos um pouco regados de ciúmes.
— Ele me chamou pra sair, mas como amigo. — Você defende Jaehyun com discrição, prevendo outro esporro.
— Tá de sacanagem, né? Você sabe que ele… — O homem suspira, agarrando o volante com força, rindo com ironia por um segundo. — Me diz que você não vai, por favor.
— Não, eu… — Pensa numa desculpa esfarrapada, já tinha confirmado que iria. — Não sei, Kun. Ainda é quarta, sei nem se vou estar viva amanhã. — A piada quebra o gelo com sucesso.
— Para de falar besteira, garota. Eu hein! — Ele ri, te beliscando em qualquer parte que pode, sem tirar os olhos da rua. — Mas é sério, viu… Não emenda uma mágoa na outra. — O olhar preocupado e cuidadoso atinge o seu coração, e você assente como uma promessa silenciosa que foi quebrada vergonhosamente alguns meses depois.
No Sábado de manhã, Jaehyun te busca com o carro lotado de coisas que precisam para passar o dia isolados na casa do avô dele. O bosque não é tão longe da cidade, mas ainda é afastado, então tinham de se preparar com comida, repelentes, casacos e gasolina extra.
O caminho foi preenchido pelas discussões profundas sobre as letras do Kings of Leon, uma das bandas pela qual descobriram compartilhar um apreço incomum. Os poucos carros que passavam com certeza julgaram ser uma briga intensa enquanto vocês interpretaram cada palavra de Revelry. No entanto, a música dolorosa só ajuda na intimidade da amizade.
Para falar a verdade, já tinha visitado o bosque algumas vezes desde a faculdade, só que nunca soube da existência das várias cabines rústicas escondidas entre as árvores altas e pomposas.
Jaehyun te mostra o primeiro andar da cabine que parecia bem menor do lado de fora, a luz do sol toma os cômodos através dos vidros das janelas, deixando o ambiente mais caloroso ainda. As comidas são deixadas na cozinha, e vocês organizam tudo bem rápido.
— Eu te trouxe aqui pra te mostrar uma coisa especial. — Ele anuncia, andando de frente para você pelo corredor até a sala.
Não param ali, o sorriso travesso de Jaehyun te seduz pelos degraus de madeira que os levam até o segundo andar. Abrindo uma das portas, ele te deixa entrar primeiro. O quarto é pequeno, mas não há nada além de uma estante com muitas prateleiras e uma escrivaninha virada para a paisagem lá fora.
— Já te falei que meu tataravô era fotógrafo? — Jaehyun apoia o punho numa das prateleiras mais altas. — Essas são as câmeras dele. As de baixo são as do meu trisavô, também fotógrafo. Ele foi até pra guerra, a fotografia salvou ele dos traumas quando voltou. — Ele sorri, admirando as diversas máquinas expostas ali. — Essas outras são do meu bisavô, — A mão apoiada abaixou mais uma prateleira. — Essas do meu avô, — Agacha na penúltima prateleira. — e essas do meu pai. — Ele olha para cima, encontrando os seus olhos marejados.
A história, é claro, é linda. Uma família inteira apaixonada por aquilo que você acabara de descobrir. Os detalhes que te emocionam, no entanto, são mínimos diante de tudo. Na fileira do pai de Jaehyun, falta uma câmera bem no centro da coleção. A marca da poeira sinaliza que ela foi retirada recentemente, e não só isso, o tamanho denuncia: ali estava a câmera que lhe foi dada como um presente. Além disso, na última prateleira, ainda vazia, o nome Jaehyun Jung fora gravado com uma caligrafia elegante. Ele seria o próximo a deixar rastro na história da família.
O pedaço de madeira contém toda a herança do garoto que se levanta e seca suas lágrimas bobas. O cenho franzido de preocupação também consola o seu pranto. No silêncio que recai diz mais do que mil palavras e declarações vãs do sentimento que preenche o seu peito agora. Conforme o mais alto diminui a distância tola que ainda os separa, cada voz da sua cabeça é calada. Os braços fortes envolvem a sua figura num abraço apertado, e Jaehyun esconde o próprio rosto na curva do seu pescoço.
— Com certeza eles estão orgulhosos de você. — Segreda com a voz ainda embargada, grata por ter visto aquele pedaço da vida do garoto. Parece até um crime estar ali, testemunhando o tesouro da família.
— Frutas silvestres. — Ele murmura, contrariando qualquer expectativa de resposta.
Você se afasta do ombro dele para questioná-lo com a expressão remexida pela confusão.
— Seu perfume… — Jaehyun ri fraco, entendendo que soou um pouco aleatório. — Há uns dias eu tava me perguntando do que o cheiro me lembra.
Por uns instantes nada breves, ambos passeiam os olhos por cada traço tão evidente pela proximidade, como se estivessem hipnotizados. Tal qual ímãs, foram atraídos um pelo outro e conectaram-se em um novo beijo. Este difere do primeiro, há uma faísca de satisfação, então entende: no seu interior já nasceu uma dependência que clamava por mais da dose viciante do calor de Jaehyun.
É aliciante, mas ambíguo. Ao mesmo tempo que cura, rasga uma nova ferida. Sente-se uma estúpida ao correr mais e mais atrás do fogo que arde através dos beijos de Jaehyun no seu pescoço, desabotoando a jaqueta pesada e permitindo que a mesma caia no chão, abandonada.
Entre sussurros que pioram o feitiço sobre você e mais beijos cheios de brasa, vocês caminham pela casa outra vez, com ele guiando os passos até um dos quartos. Nenhum alerta, nenhuma sirene, nenhum conselho, ninguém, nada impede sua entrega naquela pequena casa que ganha mais um mistério para guardar.
— Você é a mulher mais linda do mundo. — Ele pausa o que fazia, prestes a concretizar a intimidade que buscavam até aquele momento. — Minha linda. — Jaehyun afirma várias e várias vezes ao venerar cada parte do seu corpo.
— Toda sua… — Você responde enquanto se deixa intoxicar inteira pela boca, pelas mãos e palavras decrescentes e volúveis que selam o erro horrível e infelizmente te fazem crer que você está no topo do mundo.
É esse o problema dos amores proibidos, Dos encontros clandestinos e dos olhares roubados. Mostram sua verdade apenas uma vez, E mentem milhares de vezes.
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This one is probably not gonna be so sucessful cause the text is in Portuguese. However I wanted to maintain its heart.
***
Era uma noite de brisa fresca. Aquele tipo de noite que permite que a janela fique aberta, sem entrar bicho, e bata aquele ventinho gostoso que refresca até a mente. Aquela noite que é agradável pra dar uma volta na rua a noite, mas também possibilita que ficar em casa seja interessante, assistindo um filme, por exemplo.
Agora nesse último cenário, você imagina o que? Que tipo de filme, que tipo de companhia, com pipoca e guaraná (há) ou coca-cola e pizza? E quem está com você? Pode ser que esteja sozinho, ou acompanhado dos seus pets... Ou até mesmo acompanhado. Com amigos? Família? Alguém especial?
Estou começando a ver um filme. Me veio essa vontade de comer uma coisinha. Pausei. Isso por si só já me incomoda, porque eu sinto que to traindo a experiência genuína de ver um filme. Mas a vontade fala mais alto e eu escolho ser leve comigo mesma. Talvez eu mereça, sei lá.
Hoje no almoço eu pedi uma comidinha especial. No estilo sextou, eu mereço, ou, ai mais eu nunca peço! Enfim, pedi. Não comi tudo. Talvez tenha sido porque eu pedi mais com olho do que com a boca, ou talvez eu esteja me esforçando pra não comer tanto. Um paradoxo. Mas que causou com que agora a noite eu tivesse algo pra fazer uma boquinha, o que me fez pausar o filme, o que me fez pensar na vida, e o que me fez chegar aqui. Viu? Tudo conectado.
To lá pensando como eu vou requentar aquilo? Felizmente era uma comidinha que ficava triplamente gostosa requentada no dia seguinte ou algumas horas depois. Comecei a tirar da embalagem de papel que servia pra ajudar a comer com a mão também, e notei que ficou um pouco na embalagem. Nem pensei em jogar fora. Sozinha, na minha casa, de blusinha de ficar em casa, shorts curto preto e leve, levei os dedos à embalagem e tentei pegar o que dava. Suspirei e soltei até um gemido. Que delícia. Próximo passo foi levar a embalagem até meus lábios e eliminar o mensageiro, sentir diretamente o gosto daquilo, e bônus, sem sujar meus dedos.
Comecei a pensar sobre aquilo, como parecia natural e espontâneo, se é o tipo de coisa que um ator ou atriz daqueles bem métodos faria e depois todo mundo aplaudiria e falaria "nossa, atuação do fulano é daquelas que ele vira o personagem", ou sei lá, pode ser que falariam outra coisa. Mas era o tipo de cena que seria legal de assistir, com aquela fotografia característica do seu diretor favorito, bem editado, com música de fundo ou somente os barulhos da cena, bem ASMR.
Por que que eu não consigo ser atriz na minha vida? Personagem em uma trama de drama em que uma mulher de 29 anos, levemente nerd, sarcástica, bonita e fora do padrão (ah, e que usa óculos, vai dizer que isso não é lindo?), que tenta navegar as águas incertas de sua própria vida, que tem filosofias, opiniões, que são legais de ouvir serem elaboradas?
Eu sinto que se eu fosse personagem de um filme, de uma novela, de uma série, eu ia ser uma personagem que eu gostaria de ver. (será? Ai, peraí, minha autoconfiança deu uma fraquejada aqui); Uma personagem interessante de acompanhar, que você torce pra vida dela dar certo e ela ter um final feliz. Que de vez em quando fala umas frases legais de filme e nesse caso elas se tornam citações memoráveis, porque de fato estão num filme. É sério. Tenho por aí uns 85% de certeza. Eles pegariam alguma atriz sub alternativa com uma pinta de nerd que saber ser sexy, como a Barbie Ferreira. E talvez ela fosse coadjuvante ou principal (dificilmente), mas a caracterização bem estruturada da personagem (que pra mim é uma aliança entre ator, diretor e roteirista), faria com que ela se tornasse memorável. Quem sabe até tivesse um fã clube? (Aliás, preciso ter mais energia de Barbie Ferreira.)
G.R.
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é engraçado pensar que a minha namorada tem medo de me perder
e que eu morro de medo de perdê-la
e que isso por si só devia ser um acalento para nós duas,
mas ao invés disso, meio que faz com que nossas inseguranças de alguma maneira se intensifiquem;
ela costuma achar que eu não gosto da sua companhia ou algo do tipo
quando na verdade eu passo cada hora do meu dia contando as horas para estar com ela
porque estar com ela mais do que me faz bem,
me faz eu
quando estamos só nós duas, sinto que posso falar tudo, qualquer coisa, qualquer piada sem graça, qualquer comentário insano que tá passando na minha cabeça,
quando tem qualquer outra pessoa na sala, isso muda.
gosto tanto de estar com ela que caminharia quilômetros e mais quilômetros se ela tivesse ao meu lado
porque odeio a ideia de caminhar, mas adoro o fim de tarde do sábado quando a gente sai para caminhar e ao invés de uma playlist, ouço durante o caminho inteiro a sua voz me contando sobre seu dia atual, sobre seus dias passados, sobre seus alunos, sobre um livro, sobre algo que ela descobriu da julien, sobre qualquer coisa que ela tenha para me dizer,
eu adoro caminhar com ela, e isso poderia ser um jeito de dizer 'adoro passar a vida com ela', mas aqui por mais
estranho que pareça, especificamente é sobre caminhar mesmo.
na real, acho que ela sabe de tudo isso, é que as palavras sobrevivem a nós, e ela tem acesso ao meu tumblr então
parece uma boa ideia só jogar um texto enorme aqui para dizer que eu me amarro demais na minha namorada e que as
vezes não sei como fazer ela entender que eu me amarro demais nela;
as vezes, falo coisas erradas e se as palavras me ajudam na escrita, me atrapalham na fala
e quando mais preciso delas emudeço
e isso deixa minha namorada puta
e eu penso: estou te protegendo de mim.
e isso deixa minha namorada puta
porque eu penso, mas não falo
porque eu penso demais e isso me estraga
porque ela acha que eu falo pouco
e eu penso que preciso melhorar isso
e preciso melhor o resto
e preciso me consertar para não estragar a única coisa que eu quero mesmo manter;
tem um monte de coisa que ela acha dela mesma que ela acha muito por causa de mim
e eu sempre vou me odiar por isso porque fiz ela acreditar nessas coisas porque não consigo convencê-la do contrário
porque eu nunca achei
mas quando eu digo, ela já não acredita
e a gente fica em um impasse
ela acha que eu não a acho interessante, quando ela está falando, eu só quero ouvir e ouvir e ouvir
e quando ela tá me explicando alguma coisa, eu realmente quero aprender, e ela me ensina tanto
e aí ela tá pensando que eu vivo dizendo que ela é um neném, e eu disse, mas eu também disse que ela me ensina tanto
e me ensina
e me faz ver que eu estava errada
e eu estava
e eu sei
e ela sabe.
quero que ela seja a minha companhia para qualquer coisa porque ela não é só interessante, ela é legal e divertida, e o assunto nunca acaba e eu amo tanto isso
quero tá com ela pra gente fazer nosso almoço
e pra assistir uma série e vê um filme
ou um jogo tenebroso do vasco
que quando sinto que vou morrer de raiva por causa dos caras, sinto sua mão nas minhas costas mostrando que ela tá ali
e eu sorrio apesar da raiva;
quero ver todos os filmes com ela
quero tomar café com ela
e falar sobre algumas gays que a gente tá acompanhando passo a passo
quero ouvir sobre as suas aulas
e ficar encantada com o jeito como ela tem jeito pra fazer o que faz
quero ouvi-la
quero segurar sua mão
sentir uma paz quando sua cabeça deita no meu ombro
e colocar meu braço na sua cintura segundos antes de dormir
quero fazer tudo com ela
do mesmo jeito de agora
de um jeito diferente
do nosso jeito, sempre.
as vezes acho que eu não deixo claro como eu amo tudo isso.
as vezes acho que eu não deixo claro como eu a amo
todo dia
deixo registrado que amo tudo isso
amo o jeito como ela fala
como ela argumenta
e como ela canta
como ela anda
como ela me olha
como sua mão procura a minha quando a gente ta na rua
como ela se preocupa com a minha saúde quando eu claramente não dou muita atenção
como ela percebe quando eu estou diferente mesmo estando a kms de distância
amo o jeito como ela sorrir
e o jeito como ela gargalha
amo fazê-la sorrir
(ainda bem que ela gosta das minhas idiotices);
na minha cabeça há sempre o perigo iminente dela acabar percebendo que eu sou uma espécie de farsa
não porque eu finjo
mas porque ela me via de uma forma e gradativamente ela vai me vendo como sou
(estou tentando convencer a minha cabeça que isso é coisa da minha cabeça porque a essa altura da nossa vida se tem uma coisa que ela sabe é quem eu sou, e eu só tenho muito a sorte dela gostar mesmo do que sou, que sorte.)
tenho medo de perdê-la por tudo que ela é
por tudo que ela é para mim
porque ela é demais
porque ela faz meu dia
porque tenho certeza que ela é mesmo a minha garota;
e qualquer situação em que envolva perdê-la me deixa apavorada
tem uma mina que ela gosta que tem uma música que fala sobre uma pessoa que diz que quer morrer e ela lista
inúmeras razões pelas quais a pessoa deve ficar
e diariamente eu tento fazer a minha garota querer ficar
aqui
e
comigo
aqui
e de preferência
comigo
porque eu adoro caminhar com ela
de um jeito que eu quero dizer que eu adoro passar a vida com ela.
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hoje faz três anos desde o acidente que me tirou você e eu finalmente tomei coragem pra lembrar de tudo. engraçado como eu nunca vou esquecer a primeira vez que te vi no sofá da república, com uma tatuagem parecidíssima com a minha e no mesmo lugar. eu te mostrei a minha e você sorriu. minha prima me avisou pra eu não me aproximar por conta de alguma menina que gostava de você (e como não gostar?) e assim eu fiz.
mas você não.
no dia seguinte teve um churrasco na sua república e você sentou na minha frente na mesa e não saiu dali nunca mais. a gente falou, falou, falou e descobriu tanto em comum que era até esquisito. eu que não sou nada boba tentei te impressionar e provavelmente falei demais. você, provavelmente também querendo me impressionar e buscando cerveja pra mim o tempo todo enquanto você estava sem beber porque tinha tirado o dente do siso. lembro de mandar mensagem para minha melhor amiga pra dizer que eu tinha encontrado o amor da minha vida sem nunca ter beijado. anoiteceu, o churrasco acabou, você olhou pra mim e me chamou pra dormir com você. eu neguei e te chamei pra dormir comigo esperando que você negasse... e você foi. de mala e tudo.
eu lembro que você iria trabalhar cedo no dia seguinte, mas isso não te impediu. lembro de acordar de manhã com você saindo pela porta e pensar: é, fudeu.
engraçado que, pensando em tudo agora, eu consigo lembrar de cada detalhe. eu lembro de como te chamei pra voltar a noite pra ver um filme, lembro do seu áudio concordando na hora e correndo pro apartamento assim que chegou do trabalho. eu lembro de você descongelar a carne errada pra fazer nosso almoço e só descobrir no dia seguinte. eu lembro da gente assistir o mesmo episódio de rick e morty duas vezes e não entender absolutamente nada. lembro de assistir um filme de terror e quando acabou, enquanto o namorado da minha prima assustava ela o tempo todo, você ficou ali do meu lado perguntando se eu tava bem. lembro a primeira vez que aceitei dormir com você na sua república e você tinha aula online pela manhã e ia pro quarto a cada quinze minutos pra saber se eu estava bem enquanto dormia. lembro de quando eu ficava tímida na frente de todo mundo e sentava longe de você e você me chamava pra perto. lembro de quando a gente dormia na sala e acordava com alguém falando que até pra dormir a gente se abraçava. lembro de quando você ia jogar freefire com a galera e se recusava a me soltar do abraço mesmo ficando mil vezes mais desconfortável. lembro de como os meninos faziam piada de como você só teve aquele olhar três vezes na sua vida: quando sua cachorra chegou, quando plantou maconha e pra mim. lembro de quando você foi atrás de me dar uma camiseta sua porque eu disse que gostava de camiseta masculina. lembro de quando você finalmente voltou a beber e pediu pra gente tirar uma foto juntos. lembro de quando eu fui pra casa da minha mãe por uma semana e você disse que sentiu minha falta e nem o travesseiro mais era bom pra colocar no meu lugar. lembro da sua última festa e de como você desapareceu cedo porque bebeu demais. lembro da gente no auge da bebida combinar de que passaríamos o feriado juntos. lembro de acordar no dia seguinte com a maior ressaca do mundo e você fazendo de tudo pra eu pular na piscina gelada com você. lembro de você me abraçar molhado, me buscar água e perguntar se tava tudo bem. lembro da última vez que te vi quando você foi até mim dizendo que só ia buscar cerveja e já voltava… e a partir daí eu gostaria de não lembrar de mais nada.
você nunca mais voltou.
eu lembro o exato momento em que você não passou por aquela porta e eu tive que ver a poça de sangue no chão. acho que eu só neguei a realidade e rezei. rezei a semana inteira. rezei todas as noites. rezei pra todas religiões e eu nem tinha religião. me recusei a sair da sua casa e rezei todos os dias. fui na missa implorar pra que você saísse do hospital com vida. passei uma semana implorando por todos os guias, deuses e espíritos. cada vez que seu pai mandava uma notícia, era uma pontinha de esperança que renascia. e, exatamente duas da manhã de uma terça veio a notícia de que você tinha partido.
a partir daí eu não lembro mais nada.
a única coisa que eu sei é que se eu tivesse um único desejo no mundo, eu desejaria voltar pra um único dia e não deixar você sair por aquele portão. você me deixou com sua camiseta e eu com meu coração. você tinha tatuado “die with memories, not dreams” e eu tatuei “die in love and live forever” pra te levar na pele. você sentiu minha falta por uma semana e eu vou sentir sua falta pra sempre.
eu sempre vou achar injusto que o mundo tenha perdido um ser humano tão incrível como você. eu me forço a acreditar em um propósito pra que a dor não seja tão grande assim. eu vivo dia após dia sorrindo sem lembrar que nada disso aconteceu comigo. mas hoje, hoje eu resolvi lembrar de tudo muito bem.
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Dramas bobos não são vazios
Heartstopper e Red, White & Royal Blue não são feitos pra você mas, talvez, realizem seus sonhos.
as adaptações, recém estreadas nos portais de streaming com baixas classificações indicativas, têm uma proposta: ser o conteúdo romântico que você não teve enquanto crescia, mas seus sobrinhos e irmãos mais novos podem ter.
para uma geração inteira de homens gays que cresceu assistindo a clássicos como StarStruck: Meu Namorado é uma Superestrestla, Teen Beach Movie, High School Musical e Camp Rock, é difícil se sentir completamente feliz ao olhar para trás. nossa adolescência dos sonhos não foi realizada. nossos problemas sempre foram maiores do que ser o garoto nerd ou feio. e nossos problemas nunca estiveram nas telas.
não pudemos ter o amor de escola que idealizamos porque estávamos ocupados nos escondendo. enquanto eles falavam sobre seu primeiro beijo, estávamos ocupados tentando entender nossos corpos e nossos desejos. tentando entender por quê éramos sempre os últimos escolhidos no time da educação física, e os favoritos da professora de inglês. por quê não tínhamos amigos meninos, e não podíamos estar nas festas do pijama de nossas amigas meninas; por quê gostávamos tanto de estar no setor de cuecas; por quê estávamos sempre no lugar errado.
almejamos imensamente a vida mais fácil que eles tinham. sonhamos com os mesmos cenários, as mesmas vivências. fossem os beijos de felizes para sempre, as mãos dadas em público ou olhares no almoço de família, no domingo.
e nossos cenários ideais nunca se realizaram, porque baseamos nossos desejos na vida que eles têm. muitos de nós ainda precisam se esconder. muitos de nós não podem ser quem são em razão das decisões que eles tomam. enquanto sufocamos com a frustração, novas gerações poderão crescer vendo seu reflexo na tela.
Heartstopper e Red, White & Royal Blue são adaptações bobas. muitos momentos são comicamente improváveis, muitos são magicamente realísticos. muitos são, infelizmente, parte do fardo de ser quem somos, para que as novas gerações cresçam sabendo de toda a magia que temos, apesar dos problemas que precisamos enfrentar. para que construam suas idealizações sobre histórias em que realmente possam se espelhar. para que saibam celebrar toda a beleza da vida que exalam.
porque, no fim, não é sobre um roteiro extenso e complicado. essas adaptações são como os seriados e filmes que costumávamos assistir e nos faziam sonhar, mas feitos especialmente para pessoas como nós, que crescerão se entendendo um pouco mais. que crescerão sabendo que nós somos diferentes, e nós merecemos todos os amores que eles sempre tiveram.
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Terça-feira, 14 de março de 2023
Como é ruim ter que lidar sozinha com todas as tarefas matinais. Depender de mim mesma para ouvir o despertador, colocar a água do café para esquentar, tomar banho e religiosamente secar a franja, verificar se a gata tem comida e água…
Hoje foi especialmente horrível porque tudo aqui em casa está um caos. A louça tá pra lavar, a areia da gata precisa ser trocada, o chão da cozinha tá uma nhaca e ontem derrubei suco de uva na sala e um pouco debaixo do sofá que ainda não consegui limpar direito. O sofá, meu tão belo sofá verde, está cheio de pelos e tirar é um parto, mesmo com aspirador.
* * *
Logo que saí do trabalho T. me mandou mensagem dizendo que a agora ex dele era quem tinha me bloqueado. História estranha. Sigo acompanhando para mais desdobramentos. A história inteira é um pouco mais complexa e longa e talvez outra hora eu elabore. Por enquanto fica o mistério no ar.
* * *
Estou na página 210 de Cem anos de solidão, do Gabriel García Marquez (livro favorito do T, inclusive) e parece que a leitura nunca anda, mesmo sendo boa. Uma família que todo mundo tem o mesmo nome realmente confunde. E há quem fale dos russos!
Ontem no horário de almoço terminei de assistir no celular mesmo o filme The world after us. Sobre um escritor insuportável que se apaixona em Paris com um orçamento de um croissant e um suco Tang. Sofrível.
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Domingo.
O melhor e pior dia da semana.
Fazer almoço bebendo vinho com meu marido. Assistir filmes ou jogar videogame a tarde.
21h tomar remédio pra dormir e tentar não entrar em completo surto.
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Você quer saber o que eu queria?
Eu queria alguém que quisesse cuidar de mim quando eu estivesse doente.
Queria alguém que não reclamasse de ouvir minhas histórias e piadas milhões de vezes (ou que reclamasse mas ouvisse como na primeira vez).
Queria companhia para fugir do evento chato do primo do amigo do meu pai fingindo que precisamos resolver algo muito importante: como assistir novamente um filme que já vimos 50 vezes ou ir a uma exposição no Planetário.
Queria dançar como se ninguém estivesse vendo e ir pra praia no meio da madrugada só para admirar a lua.
Queria construir minha casa num abraço e treinar alguém para ser o melhor cafuné do mundo.
Queria ter alguém pra provar as sobremesas que fiz com uma receita suspeita da internet e que trouxesse uma louça bonita para empratar.
Queria somar mais um no meu grupo de amigos loucos que riem de si mesmos há séculos e sempre se perguntam: "como nós viemos parar aqui juntos?!".
Queria companhia para prometer para minha vó que ia lavar a louça toda do almoço, mas na verdade quereria mesmo era trocar carícias furtivas na cozinha enquanto a outra pessoa lavava a louça sozinha.
Queria parceria pra pintar uma parede e fazer colagens, para se embriagar da cerveja ruim que meu amigo produz, para ser acompanhante de hospital e dupla na sinuca.
Queria companhia para dar carona pros meus sobrinhos, para roubar muda de planta na rua, para colher amoras na casa do vizinho e ficar de bobeira na rede.
Queria deitar a luz da lua na varanda dando nomes alternativos para as estrelas e astros, dizer com que as nuvens se parecem e como aquela árvore ali parece ser feliz.
Queria dormir com a certeza de que o sonho que eu sempre sonhei está sempre sendo construído, construído em dupla e, agora, sonhado junto.
Era isso que você queria saber?
Pois é isso que eu realmente queria.
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Hoje seria aniversário do meu velho se ele tivesse vivo. Ele faria 68 anos ai acabei tendo uns pensamentos e queria botar pra fora mas não sabia como. Enfim, sintam-se livres pra ignorar.
É muito louco q daqui a 10 vou chegar na idade q ele tinha quando morreu e que hoje em dia tem mais tempo dele do outro lado do que passou comigo e com meu irmão, mas mesmo assim, ainda consigo lembrar de muita coisa sua, principalmente quando percebo que estou em situação similares a que você esteve.
É nessas horas que eu percebo que a gente nunca teve tempo de sentar e conversar sobre algumas coisas, porque quando cheguei na idade que você achava apropriada pra falar disso, você não estava mais nesse plano, e muitas dessas coisas acabei tendo que descobrir sozinho, na base da porrada (no caso, a vida me usando de saco de pancada) mesmo sabendo que se você estivesse por aqui ainda, você teria contado, porque você sempre foi o cara que jogou limpo com a gente, acho que lá no fundo você esperava que a sua família fosse fazer com seus filhos o mesmo que sempre fizeram com você.
Lembro que uma vez mainha disse: "guarde do seu pai só as coisas boas, enterre as coisas ruins que ele fez pra gente junto com ele", isso pra mim foi fácil, era melhor lembrar do cara que me ensinou a assistir filme de bang bang e de kung-fu, que toda manhã levava a gente pra escola, entrava na sala, escolhia a melhor mesa e cadeira, bota onde a gente queria, que tava sempre na porta da escola quando a gente saia, que levava a gente pra andar de bicicleta e tinha saco pra aguentar dois pirraia xarope brigando por causa de um vidro de desodorante, que me ensinou a a amar e entender futebol (e esportes no geral) além da bosta que o Galvão Bueno Pacheco Mor falava, que assistia o Senna todo domingo sem falta, que gostava de um forró e ouvia Fagner todo sábado de manhã enquanto ele tava fazendo almoço pra mainha poder descansar, que trancou a própria faculdade pra mainha não interromper a dela, pq eles não iam conseguir pagar duas faculdades, que peitou um professor duas vezes maior q ele pq ele foi racista com o filho dele, do que o cara dos últimos anos de vida, que parecia mais um bicho do que gente.
Eu prefiro guardar a imagem dele como o cara que vivia fazendo presepada, contando piada e sendo do jeito irreverente que ele sempre foi, do que do cara que ficava louco quando tava bebado e fazia a gnt ficar trancado no quarto, com medo do que ele podia fazer, mesmo sabendo que esses dois caras são a mesma pessoa, porque hoje também eu entendo como que o primeiro cara acabou virando o segundo, porque eu ja tive muito medo de virar o segundo cara também por outros motivos diferentes dos dele e sei q a responsabilidade que jogaram nas costas dele desde 8 anos de idade era muito grande e nem era dele pra ser carregada.
A sua vida se torna tão mais simples depois que você aceita que seus pais (e adultos em geral) são seres tão cagados quanto você, a única diferença é que na época deles não tinha internet ou redes sociais pra mostrar isso.
Onde quer que vc esteja, Veião, espero q vc esteja bem, junto com mestre Aarão que você tanto amava. A gente sente muito a sua falta e espero que um dia a gnt possa ter aquela conversa. Te amo pra caralho, seu bosta (affectionate)
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Desculpa minha demora essa semana também, li seu texto e não consegui responder com tempo, fui escrevendo aos poucos e só hoje estive mais livre. Estou na minha semana de provas e você deve imaginar como é complicado, por mais que tente não acumular as coisas elas sempre se acham um jeito de se acumular. Ontem fui pra Maringá em um evento, e cheguei às quatro da manhã de hoje, meu cansaço está bem acumulado eu diria.
Aparentemente minha mãe continua igual sabe, dias atrás ela estava aqui em casa e não conseguiu nem comer por causa da ansiedade, e é muito estranho porque, segundo os médicos o sistema nervoso dela acaba “refletindo” (não sei se seria a palavra correta) em outros órgãos como o estômago e intestino, e ela não consegue comer por causa da dor. Sexta feira ela foi mostrar o resultado dos exames e receitaram mais remédios, o lado bom é que os órgãos estão “bem”, é só o sistema nervoso que não está como deveria. Mas estou confiante que essa fase vai passar logo, espero.
Estou animada com as férias, e ao que tudo indica essa semana já não preciso mais ir, minhas provas terminam quarta feira e estou com fé de que não vou pegar nenhum exame. Ah, não lembro se comentei no outro texto mas, estou cogitando a começar a correr de uma vez por todas ahahah. Você tem ido no lago ainda? Quanto aos filmes, prometo que vou assistir todos e volto te falar o que achei.
Eu adoro casamentos, tenho certeza que estava tudo lindo mesmo, pelo jeito que contou. Só tenho um leve preconceito com casamentos no horário de almoço kkk, acho que porque todos que já fui eram esse horário. Ah, aliás deixa eu te contar que ano passado teve o casamento da minha prima no fim do ano (menina mais burra), e eu olhei o convite um mês antes e confiei extremamente no horário que seria as 11 da manhã, até chegarmos no dia do casamento e termos perdido a cerimônia que era às 10. Meu pai queria me matar hahah, mas hoje em dia agradeço muito por não ter ido, Deus sabe o que eu iria passar lá.
Uauu, como assim você participou de uma prova? Me conta tudo, achei bem interessante. Bom, eu não fui na festa, fui pra casa dos meus pais na quarta e aí fomos pra Cruz Machado ver meus avós, voltamos no sábado pra cá novamente. Sinceramente eu nem senti vontade de ir dessa vez, acho que não estou muito no clima de festas. Sobre o evento que fui em Maringá ontem, preferiria mil vezes ter ficado coçando a bunda em casa. Não posso dizer que não foi bom, estava muito lindo e eu nunca tinha ido em um desfile, ainda mais pra eleger uma miss, mas foi extremamente cansativo, estava sonhando com minha caminha linda a todo o momento.
Eu vi que teve uma palestra, até iria curtir a foto mas como boa stalker que sou achei melhor não me arriscar tanto, não só por mim. E caramba, que sorte você tem em, eu nunca ganhei um sorteio em nada, fiquei feliz por você. Os livros que ganhou são sobre matérias ou algum assunto interessante?
Espero que tenha ido bem nas provas, não duvido da tua capacidade. Eu fiz um trabalho horrível essa semana e só de pensar nele me tremo por dentro, ele vale 3,0 em cada matéria e acho que meu grupo não foi bem. Aliás, não sei se sabe mas eu odeio trabalhar em grupo hahah, dizem que é mal de filho único, vai saber. Me conta como foram suas provas, e me tira uma dúvida bem fútil, vocês tem alguma prova prática de algo? Estive pensando sobre. Ps: me deseje sorte, amanhã tenho a prova mais temida do meu período :(
Me perdoe pela inconveniência hahah, foi o que me falaram e não me contive em perguntar. Não sei se fico feliz ou triste por isso que falou, mas sei que você sabe o que fazer, sempre soube. Sim, estou no caminho, acho que minha vida toda isso já era visto como meu destino, e tenho história pra contar viu, 19 anos e dois noivados nas costas ahahah (não me orgulho nada disso). Imagino como tenha sido sua reação, e sei que tanto como eu, você gostaria que tudo isso fosse diferente.
Não era pra você saber que era um trecho da música deles kkkkk, falhei como escritora. Estou com saudades de saber mais sobre como está. Te aguardo. Beijo!
-se eu tivesse outro coração, tenho certeza que te amaria em cada centímetro dele
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Segunda, 25 de março de 2024
Ontem foi um dia bom, na medida do possível.
No sábado a noite fiquei em ligação com o Guilherme para assistir o the eras tour que tá disponível na Disney mas acabamos conversando também sobre outras coisas, como meu novo estado de espírito morto e os problemas em casa. Tava bastante sensível e teve várias vezes em que tive a sensação de que se começasse a chorar eu não pararia.
Conversamos sobre como eu tô cansada da falta de proatividade da minha mãe em relação a tudo e a minha vontade de sair de casa. Ele falou que uma opção que parece muito boa, porém eu não conseguiria levar a luna comigo e isso acabou com a minha raça. Devolver ela não é uma opção de jeito nenhum, então ela teria que ficar com a minha mãe e eu continuaria arcando com os gastos dela. Mas mesmo sendo uma parte horrível, me deu a sensação de luz no fim do túnel. Pelo menos seria uma opção viável. Pelo menos na teoria.
Acordei no domingo mais cedo do que eu esperava porque chegaram os livros que comprei na Amazon e isso me deixou muito feliz. Ou o mais próximo disso.
Fiz o almoço, fiz a unha e passei o resto do dia lendo e vendo série e filmes.
Porém tive sonhos muito estranhos. Sonhei que o Natan via, finalmente, as mensagens que mandei pra ele aqui ao longo dos anos e começamos uma conversa sobre isso.
Depois sonhei que estava na laços trabalhando 2x por semana lá, e via o Maurício e a Ialin. Conversava um pouco com o Maurício, coisa que não aconteceu ontem. E infelizmente é algo que vou ter que aceitar e tentar me acostumar, mesmo depois de meses. Ainda não me adaptei a ideia de simplesmente não conversar sobre as coisas da vida e do dia a dia com ele. Trocamos alguns memes, e nem sempre tenho uma resposta mais em retorno. Literalmente voltamos a antes quando nada tinha acontecido e isso me deixa bem triste. Porém, não tem absolutamente nada que eu possa fazer.
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Eu assisti the hunted (2003) ontem e o filme já tinha me ganhado em seus primeiros 3 segundos quando eu percebi que o johnny cash tava falando. E eu percebi que não ter nenhum gifset pra reblogar depois de assistir um filme é equivalente a não ter um docinho pra comer dps do almoço
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diário de viagem
dia 30/12 - 07/01 - Salardu, Pirineus
dia 1
Acordamos no sábado dia 30 e começamos a arrumar as coisas. Minhas coisas couberam em uma mochila. A dificuldade de viajar com crianças é que sempre têm muitos detalhes, muitas coisas para pensar. O carro foi cheio de coisa. Roupas, brinquedos, comida.
Saímos de Barcelona às 13h. Paramos no caminho, em um restaurante na estrada para almoçar, às 15h. Estávamos todos com fome e um pouco impacientes. Comi um peixe com salada que estava ok e seguimos viagem quase duas horas depois.
O Álvaro dormiu boa parte do caminho, mas quando acordou encheu o saco até o final da viagem. "Quando chegamos?" "Onde é a montanha?" "Vamos à casa da montanha?" incessantemente como o burro do Shrek.
Passamos pelo maior pueblo da região e descemos para fazer compras. Estava insuportável de gente. O Mauro quase arrumou briga no estacionamento. A Cristina ainda quis comprar doce e queijo de raclete e demorou a vida inteira para voltar. As crianças estavam cansadas e todo mundo no carro estava irritado.
Quase às 20h da noite conseguimos chegar em casa, escolhi meu quarto, no terceiro andar, jantamos e fomos assistir um filme. A casa, diferente do que eu pensava, não tem wifi, e como o meu 4g tinha acabado pelo mês, eu não tinha sinal e eles claramente não fizeram questão nenhuma de compartilhar o 4g para que eu pudesse me conectar.
Depois de assimilar que eu passaria a semana toda offline, me rendi a assistir o péssimo filme que passava e finalmente fomos descansar.
dia 2
A rotina na montanha é mais silenciosa, as crianças dormem até mais tarde e acordamos perto das 10h. Depois do café, arrumei a cozinha e fui com as crianças brincar lá no quintal. A casa da montanha fica em uma pequena vila, com casinhas iguais e um quintal compartilhado entre todas as casas, uma graça.
Depois do almoço, assistimos um filme e dormimos a sesta. Ao acordar fomos até a cidade visitar o pueblo e ver a lojinhas. A cidade Vielha é uma graça, pequena e com um charme de um vilarejo ao pé da montanha. Comprei um ímã para a minha mãe.
De noite, jantamos raclete, que é basicamente batata com queijo derretido, muito gostoso e muito pesado, perfeito pra comer no frio. Dentro de casa, o aquecedor funciona 24 horas por dia, mas lá fora a temperatura tá perto dos 2º, 3º.
Depois de jantar, as crianças colocaram os adereços que compramos no dia anterior e brincaram por um tempo. Quando foi umas 23h, fomos todos para cama. Deitada, sem internet, eu escrevi, ouvi o pessoal fazendo festa na rua, comemorando a chegada de 2024.
"Agora são exatamente 0:00 do dia 32/12. Esse é de longe o meu ano novo mais triste. Sem família por perto, sem a minha avó nesse plano, sem os meus amigos, sem internet pra ligar pra ninguém e em uma família em que o estresse e o desânimo aparecem mais que a alegria e a vontade de fazer as coisas e se divertir juntos. Todos foram pra cama às 23h, as crianças estavam cansadas. Eu só consegui lembrar de como eu me esforçava pra ficar acordada naquela antiga casa de praia, pra ir pra areia ver os fogos nos ombros do meu pai. Que saudade da virada do ano no calor da praia, nos braços das pessoas que me amam. Hoje eu tô deitada na minha cama, no frio das montanhas. Um lugar lindo que não combina com o que eu tô sentindo aqui dentro, vivendo em um ritmo que não é o meu. Mas eu desejo que em 2024 eu continue dançando ao ritmo da música. Mesmo que às vezes a música não seja do meu gosto, eu desejo que nunca me falte movimento pra que nunca falte vida. E nunca falte alegria. Depois de seis meses aqui, eu sei que ainda estou longe de me sentir em casa, ainda estou longe de ter amigos e uma rede de apoio em que eu possa ser eu mesma e ser querida e celebrada por isso, mas a esperança ainda vive e a persistência segue firme e a resiliência sempre foi um dos meus pontos fortes. Vamos para mais um ano com muito movimento, porque é no movimento que as oportunidades aparecem e que eu tenha a paciência de observar e lançar a flecha certeira quando elas aparecerem. Que meu Pai Oxóssi continue me iluminando e me cuidando, que me minha Mãe Iansã nunca desista de ver em mim sua própria força e potência, que meu Pai Oxalá continue me protegendo e que eu nunca desista de mim mesma e do meu caminho."
dia 3
A notícia de que eu ficaria sozinha com o Álvaro para que os dois pudessem ir esquiar com a Cris chegou logo que eu desci para tomar café. Apesar da propaganda, eles não queriam pagar para que eu fosse esquiar e a desculpa de que o Álvaro é muito pequeno serviu como uma luva. Mas o problema de ficar sozinha em casa com uma criança de 3 anos e com um frio de 3 graus do lado de fora é que crianças dessa idade têm muita energia e pouca concentração. Como fazer com que ele não fique estressado com toda a energia acumulada sem ter espaço suficiente para se movimentar? Não sei. Não fui capaz de descobrir.
Estava no auge do meu estresse quando os pais e a Tata voltaram animados do esqui. A promessa é que iríamos todos na montanha - com neve - brincar com os trenós para que o Álvaro pudesse se divertir também. Mas ainda precisávamos almoçar, a noite cai cedo no inverno e o Álvaro não dormiu, como ele sempre faz. O resultado foi um choro gritado durante uns 20 minutos, resistindo a colocar a roupa para ir para a neve. Ele claramente estava cansado.
A promessa de conhecer a neve, que havia me mantido sã pelos últimos dias de repente se esvaiu no choro do menino. Segurei as lágrimas, engoli seco e pensei quanto mais seria capaz de aguentar. Sem internet, sem comunicação, presa com essa família que faz questão de relembrar que eu só pertenço quando convém.
dia 4
Acordamos e não havia escapatória para o Álvaro: iríamos andar de trenó sim ou sim. Mas comprovando mais uma vez a importância da rotina, ele estava descansado e disposto a ir. A Cristina me emprestou roupas de neve, nos arrumamos e fomos.
A neve na montanha não é macia. É uma grande pedra de gelo - por isso é possível deslizar ali. Não se pode brincar de guerra de bola de neve, porque o gelo machuca, dói. Ali, podíamos subir o mais alto que conseguíamos e descer no trenó, pegando uma velocidade intensa e parando no início da montanha, onde os carros estacionam.
Desci sozinha, desci com a Tata e desci com o Álvaro. Foi o primeiro dia que realmente me diverti estando ali. Uma oportunidade que talvez não tivesse em outro trabalho, mas uma oportunidade que gostaria de estar tendo com outras pessoas.
Depois do passeio, voltamos para a casa, assistimos um filme, dormimos a sesta e fomos na biblioteca escolher alguns livros. Peguei "To kill a mockingbird", um clássico. Seria meu entretenimento pelos próximos dias.
Comemos raclete de novo para o jantar e dormimos. Mais um dia chegou ao fim.
dia 5
Mais um dia de você é da família, mas não tanto. Hoje eles foram para as termas, brincar nas piscinas. É algo pago, então claro que eles esqueceram de me avisar que precisava levar biquíni. Mas tudo bem, eu teria o dia para mim, para fazer nada o que eu quisesse.
Li um pouco, brinquei com a Trufa e acabei indo na biblioteca entrar um pouco na internet. Consegui conversar com a minha mãe, com alguns amigos, assisti um episódio de uma série e logo deu tempo deles voltarem. Eles precisavam de mim para entrar porque eu estava com a chave.
Ao menos estar sozinha me deu a chance de aliviar um pouco do estresse que eu estava sentindo.
dia 6
Saímos para caminhar em um pueblo perto de Salardu, onde fica a casa. O passeio se chama Caminho das Bruxas e tem várias gracinhas para as crianças se divertirem ao longo da caminhada.
Me arrependi de não ter levado meu celular e não tenho registros do lugar, que é lindo. Repleto de verde e de cachoeiras, Mauro me disse que é uma delícia para ir no verão. Não duvido, mas entre ir para o Caminho das Bruxas com a família no verão e aproveitar a praia com os meus amigos em Barcelona, escolho Barcelona todas as vezes sem nem ter que pensar.
Depois do almoço, a Tata não me deixou descansar. Eu espero ansiosamente pelo momento do filme + descanso, mas nesse dia a Tata simplesmente decidiu que jogaríamos Monopoly a tarde toda, eu, ela e a Cristina e como aparentemente a Rayssa nunca precisa descansar, por que não? Pior que isso ainda é jogar com a menina "protegendo" a mãe e ajudando em tudo - e ainda fechando a cara com qualquer vantagem que eu conseguia.
Não lembro se eu era chata assim jogando jogo de tabuleiro na infância, mas lembro bem que minha mãe não incentivava isso. De qualquer jeito, com o passar do tempo, todos passamos a jogar estilo dona Neusa: quanto mais ferrar o outro, melhor.
dia 7
O dia dos Reyes é uma grande tradição na Espanha. As pessoas se reúnem na rua para ver os reis desfilarem. Eles jogam balas e caramelos para as crianças, fazem um discurso e depois entregam os presentes que os pais compraram para os filhos, se você tiver a paciência de entrar na fila. A família não tem não. Eles colocam os presentes de madrugada para que as crianças os abram de manhã.
Além disso, existe a tradição do Roscon dos Reyes, que diz que se você encontra o bonequinho do rei no meio, será coroado rei e terá sorte. Quem encontrar algo duro no meio, terá que pagar o Roscon.
As crianças estavam animadas para a noite de Reyes, para ganhar - mais - presentes e para colocar comida para os três reis magos pudessem saciar sua fome de madrugada. Cris preparou uma cartinha e um presente para cada um dos reis magos: Melchor, Gaspar e Baltasar com muito cuidado.
O tempo estava fechado e frio, seria difícil fazer algo lá fora. Até que... a neve começou a cair. Saímos eu e as crianças para brincar, para ver os floquinhos caindo. Mas como havia chovido bastante de noite, a neve caía e derretia ao tocar no chão, formando mais e mais poças de água. Teria que nevar muito, ao longo de todo o dia, para que a neve acumulasse e eu pudesse finalmente ver a paisagem coberta de branco. E eu torci muito para que isso acontecesse.
Nos arrumamos e saímos para ver os reis magos. Sob a neve e o frio da noite, nos reunimos a centenas de pessoas na praça do pueblo, ouvimos os fogos anunciarem o início da cavalgata e esperamos até que os reis passassem por nós, distribuindo caramelos. O Álvaro estava um pouco assustado com o barulho e a quantidade de gente, mas a Cris conseguiu pegar várias balas.
Seguimos a cavalgata até o final, em uma Igreja. Lá, os reis falaram um pouco, agradeceram a presença das pessoas e seguiram viagem. Nós os acompanhamos até o salão da prefeitura, onde eles distribuiriam presentes, e voltamos para a casa.
Na volta pra casa, a neve caía mais espessa e já se via acumular na grama e calçadas.
O universo me surpreendeu.
De noite, já em casa e depois do jantar, perto das 23h, se via o chão coberto com uma camada sutil de branco e as crianças quiseram sair para brincar. Na minha ânsia de conhecer, de sentir, de tocar, não coloquei todo o equipamento para que pudesse me jogar na neve em todos os sentidos. Acabei ficando limitada a brincar de guerra de bola de neve - com a promessa de que no dia seguinte brincaríamos na neve. Amanhã, então. Amanhã vou fazer um boneco de neve com as crianças e um anjinho no chão. A camada de neve com certeza estará maior e mais fofa pela manhã.
A sensação de tocar na neve, de sentir o gelado nas mãos, com uma textura tão única, tão peculiar, foi como a realização de um sonho que eu não sabia que sonhava. Nesses momentos, a gratidão pela vida é avassaladora. Que lindo é ter a oportunidade de viver esses momentos preciosos e ter a consciência de agradecer aos meus pais de cabeça, a cada um dos guias que me acompanha, ao universo e às pessoas aqui nesse plano que tornaram esse momento possível para mim.
Eu e as crianças brincamos até cansar. Amanhã mais. Amanhã mais.
dia 8
E o amanhã chegou. E eu acordei animada. Dia de brincar na neve. Logo depois do café, eu me animei a sair e o Álvaro seguiu minha empolgação. A Cris queria assistir desenhos e sugeriu que fôssemos mais tarde. Depois do almoço.
Tudo bem. Depois do almoço vamos fazer um boneco de neve juntos.
E o depois do almoço chegou e todos foram ver filme e descansar.
E a neve? E o anjinho? E o boneco?
O presente mais lindo caindo do céu do lado de fora e a família toda aninhada no sofá do lado de dentro. A frustração começou a tomar conta.
Vamos começar a arrumar as coisas para ir embora. Como assim? Como assim duas crianças trocaram um dia na neve por televisão. É a sorte de ter tido a neve tão pertinho desde que nasceram. Uma sorte que eu não tive, de uma realidade que vivia pela primeira vez agora, com 24 anos. E que não estava pronta para abrir mão. Mas não tinha opção.
Dentro do carro, 6 horas de estrada, de volta para Barcelona, de volta para a rotina. O estresse de uma semana toda compensado por pequenos momentos perfeitos sob um céu lindo de inverno europeu. De volta para uma realidade um pouco menos estressante do que 24 horas com a família, mas de um trabalho ainda em proporções intensas. Novos e desafiadores caminhos a serem trilhados. Feliz 2024
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Não sei qual foi a última vez que sentei com o meu pai pra assistir televisão. Isso porque, na maior parte das vezes, ele dorme na frente do sofá. Então não faz muito sentido dedicar tempo, seletividade e o mínimo de esperança pra assistir qualquer coisa com ele na TV.
Ele nunca quer assistir nada.
Também não me lembro da última vez que ouvi música com a minha mãe. Não lembro da última vez, aliás, que vi minha mãe ouvir qualquer musica por vontade própria.
Geralmente ela acorda. Limpa a casa. Faz almoço. Dorme a tarde toda. Acorda. Janta. E dorme de novo.
Tentei indicar livros para ela. Tentei indicar filmes para ela. Tentei indicar restaurantes para ela.
Não é nada simples viver em uma família triste. Eu ajo como se fosse, e como se bastasse eu apenas canalizar em mim mesma toda a tristeza para que, quem sabe, o filtro de felicidade banhasse meu campo de visão e tornasse, enfim, meus dias mais leves.
Tenho medo de nunca conseguir ser feliz porque não lembro da última vez que morei ao lado da felicidade. Tenho medo de não conseguir ver beleza em mais nada porque há tanto tempo a beleza não bate na minha porta.
Minha mãe colocou uma mandala verde limão na porta de casa há muitos anos. Me contou que era pra manter a energia negativa fora de casa.
(E se ela tiver, ao invés disso, nos prendido aqui dentro?)
Não é minha responsabilidade fazer ninguém feliz, mas parece que tudo piorou depois que eu cheguei. Sou a única do trio que não tem lembranças bonitas com a família.
Talvez eu só saiba florescer em meio ao cinza, afinal.
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