#eu sou muito preguiçosa tá louco
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𝑇ℎ𝑒 𝑆𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑 𝑃𝑦𝑟𝑒; RHYS POV.
Rhys nunca imaginou que ver o futuro poderia ser algo tão solitário. Antes, sua magia fluía como um rio tranquilo, claro e previsível, as linhas do destino se desdobrando diante dele com precisão. Mas, desde o roubo da pira Sagrada, o fluxo da magia se rompeu. Agora, ele caminha por um terreno imprevisível, onde até suas visões mais nítidas se tornam borradas e sem sentido. A pira Sagrada, o pilar que sustentava a magia dos khajols, havia desaparecido sem deixar rastros. Para os khjols, aquilo não era apenas um objeto sagrado, mas a chave para o equilíbrio entre os planos, a energia que permitia a conexão com as forças arcanas do mundo. Sem ela, a magia de todos os khajols vacilava. E, para Rhys, isso significava o fim de suas visões claras. Ele se tornou um espectador perdido, sem direção.
Enquanto andava pelo templo vazio, seu corpo sentia a ausência da pira, como se um pedaço de sua própria essência tivesse sido arrancado. O ar estava carregado de uma tensão elétrica, mas não havia a suavidade de uma previsão vindoura, apenas um campo de distúrbios. Ele tentava focar, mas seus olhos não conseguiam mais capturar a linha do tempo com a mesma exatidão. O futuro, que antes se desdobrava diante dele com clareza, agora era um labirinto nebuloso, onde as possibilidades se entrelaçavam e desapareciam antes que ele pudesse agarrá-las. As visões vinham, mas eram fragmentadas, rápidas e inconstantes. Flashes de imagens desordenadas: pessoas que ele nunca conheceu, lugares que não podia reconhecer. Os caminhos que ele antes percorria com confiança estavam se diluindo em incertezas, como tinta se espalhando em água. A ideia de controle, algo que sempre o confortou, se esvaía de suas mãos, e o medo de um futuro desconhecido o envolvia.
Ele podia sentir que sua magia ainda estava ali, mas ela era fraca, como uma chama prestes a se extinguir. Cada previsão que ele tentava formar parecia se partir no meio, como se a própria essência da magia estivesse sendo corroída pela perda da pira. Não apenas as suas visões estavam comprometidas, mas o próprio tecido da realidade parecia se desfiar. Algo fora de seu alcance estava se desestabilizando. "Quem faria isso?" Ele se perguntava, em silêncio, enquanto caminhava pelo templo, agora vazio, envolto em um manto de escuridão e silêncio. A resposta não estava clara, mas o que ele sabia, com uma certeza que doía, era que sem a pira, os khajols estavam perdidos. E ele... ele estava mais perdido ainda.
O roubo da pira Sagrada não era apenas um crime contra os khajols; era um ataque à própria magia que ele possuía. Uma magia que agora o traía. O futuro que ele uma vez dominou estava se afastando, e Rhys sentia como se estivesse prestes a cair em um abismo do qual não poderia escapar. Ele sabia que deveria agir. A pira precisava ser recuperada. Sem ela, não havia mais visão clara, nem mais previsões precisas, apenas um vazio crescente e incontrolável. Mas, por enquanto, tudo o que ele tinha eram ecos distantes do futuro e um medo crescente de que, sem a pira, até mesmo o dom que ele mais prezava poderia se apagar para sempre. O futuro... agora era um campo aberto, e ele uma vela apagada na escuridão.
#˖ ࣪ . 𓂅 ��𝒉𝒚𝒔 . ﹙ extras ﹚#as vezes milagres acontecem e eu faço o desenvolvimento dos meus personagens kkkkk#eu sou muito preguiçosa tá louco#o pobi mal acessou os poderes e já tá perdendo eles
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7 de julho 2023 12:16PM 🫵🏻
Sabe, as vezes eu queria muito morrer e não ir pra lugar nenhum, tipo nem céu e nem inferno, sei que errado falar isso mas os dois lugares vão me fazer lembrar que eu existe??! acho que se eu pudesse escolher lá atrás se queria vim ao mundo eu teria escolhido morrer, cara eu nunca fui desejada pela "mãe" ela no momento que soube que eu estava na barriga dela ela quis me matar????? sabe é meio louco pensar nisso, é horrível na verdade, porque toda vez que ela briga comigo parece que ela me odeia, desde pequena tenho essa sensação horrível de desprezo, a outra também é saber que sou tipo a ovelha negra da família, eu sei que sou, e não quero chorar por conta disso meus olhos estão com lágrimas agora, eu estou me machucando pra não chorar, e eu até gosto assim, sensação de alívio
A Graziele sempre foi assim comigo, sempre, ela acha que pode fazer dizer o que quiser pra mim mas ela não pode, ela não é nada também e só porque faz umas coisas se acha um máximo e acha que eu sou preguiçosa, vou contar pra vocês que eu lavo todos louça todo noite assim que todo come, se eu não comer tipo jantar, eu vou ter que arrumar tudo, sempre eu alí, lavo tudo, não sei quando eu ganhei esse lugar, só sei que sempre tô ali, e se eu não fizer ela (Graziele e minha "mãe") me chamam de preguiçosa, e dizem que não faço nada, mas gente, eu juro que eu faço, eu tento ser uma feliz, faz como faz pra ser uma feliz quando você não tem nada nem uma amizade na família, difícil né.
Tem uma coisa que eu não faço deste um tempinho atrás, é chorar na frente da minha e irmã, faz um tempo já, eu aprendi a controlar essa parada minha mãe acha que vou chorar mas nem chega perto, eu me mordo e dou uns socos e sinto outra dor em vez da dor do choro que vai embora assim que meu braço fica queimando muito de tanto soco que eu dou, eu gosto, alivia muito coisa.
tem outra coisa também que não tá nada legal na minha vida, minha irmã a bonita da Graziele é evangélica agora de novo, e ela tem vestidos e tudo bonito pra ir e ela gosta, dá pra ver mass toda vez que minha mãe falar pra ela ir comigo pra igreja ela não quer de jeito nenhum, faz um cara de como "que porra, de novo ela quer que ela vá" e por isso ela falar que não quer ir, e fala que não quer ir sem a mamãe, e minha mãe fala que ela vai comigo e não diz que não, acho que eu faço ela passa vergonha sei lá, a Grazi não é tão minha irmã assim mais quando a gente era mias novas a gente até era mias unida mas agora a gente quase não ser tratada direito, em relação a igreja vejo que ela vai bem, mas se tornou uma pessoa diferente onde ela me odeia, e não quer me ver lá com ela, não sei exatamente o que é, acho que nunca vou saber, vou pedir pra minha mãe parar de pedir que vá pra igreja porque sinceramente, não quero mais ver aquele semblante no rosto dela de desprezo sobre mim, não sei que vou pro final do ano pra igreja, porque sinto que ela joga chafecadinha sobre as pessoas irem pra igreja para comer ou festejar, queria eu ter um lugar meu, pra fazer e ir onde quiser sem a minha própria irmã não quer ir comigo, acho que finalmente do deixando de gostar da minha própria irmã, já que sinto que ela não gostar de mim tem um tempo e não sentiria culpada por conta disso, nada ocupada aliás.
tem outras coisas também que a Grazi faz que dói em mim, ela não gosta que eu use creme que fica mais magra que ela que eu não fale nada e se eu falo ela me reprende na hora, compartilhar uma cama com ela é um horror também a gente já tinha nossas camas mais a minha mãe é tão chata que não queria ver dormindo numa caminha pequena, eu preferia aquilo do que ficar agora na numa cama de casal com ela, sempre foi muito difícil viver conviver conversar com a Graziela pq ela tem uma coisa chamada "eu tenha razão em tudo, nunca estou errada" e nunca pode ser contrariada, jamais. eu odeio que ter nascido, juro, é péssimo ser a irmã mais nova e péssimo ter um dente torto, aliás e outra coisa que ela vive me falando agora, as vezes quando tô rindo distraída ela olha e fala, "e sorrindo com o dentão de fora" na mesma hora eu fico tentando regular até o meu sorriso dentro de casa pq eu tenho uma irmã que me lembrar que fico feia sorrindo, ai gente, minha vida é um lixão mesmo, as vezes ela falar que acha bonito do nada mas as maiores das vezes ela fica reparando e vamos dizer que "debochando" as vezes eu fico de cara fechada mesmo pra ela pq ela é insuportável, hoje foi um dia e ela não gosta tem que ficar rindo pra ela feito uma palhaça, se eu pudesse de verdade eu nunca mais falaria com ela, eu faria de tudo pra me mudar ter um casa um vida longe dela, ela é tóxica num nível gente, bom tava com fome mas minha mãe e ela brigaram comigo por eu ser preguiçoso e agora acho que minha fome até passou, tava doida pra comer, fiz o suco de cupuaçu (até engraçado) eu faço coisas nessas casa que nunca vai ser reconhecida como uma pessoa que faz coisas, mas sempre a preguiçosa.
por hoje é isso, eu tava querendo ir comer mas eu tô realmente triste e não quero nada, vou ver o que faço mais tarde.
12:53 PM :|
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Dia 1.
Era verão, a época do ano que eu mais odeio. Desde que eu era criança e passei o dia na praia, voltei com insolação e queimaduras horríveis, passei a odiar o calor com todas as minhas forças.
Mas tá, era verão. O ventilador estava na velocidade máxima e não havia mais peças de roupas pra serem tiradas, mas eu continuava com aquela sensação péssima e irritada até com um simples bom dia.
O telefone tocou, não deveria ter atendido, mas atendi. Esse foi o primeiro erro de uma série de outros erros que me levaram a escrever isso.
“Mands, tá afim de ir pro zoo? Hoje a entrada ta meia pra geral.” Shell perguntou mais ou menos assim, animada demais pra mim. As vezes tenho saudade da animação da Michele nos verões.
Tava passando um filme legal, que eu nem lembro mais qual era, mas eu estava realmente interessada. Não sei se te contaram, mas amor não é a única coisa que não existe em São Paulo; também não existe lagos e cachoeiras, e eu sentia muita falta de morar no interior. O zoológico era o lugar mais fresco de lá.
Olhei pro relógio e deveria ser mais ou menos dez da manhã de um domingo. Se eu saísse de casa naquele instante, eu chegaria por volta das três da tarde, isso se algum maluco não decidisse se matar nos trilhos do metrô.
“Não, não to afim de passar o dia fazendo baldeação” respondi mais ou menos isso. Sempre fui um pouco preguiçosa, e também desatenta. Já faziam dois meses que eu morava lá e ainda conseguia me perder. Da zona norte até a zona sul? Com certeza eu ia acabar em Pirituba.
“To de carro, se você estiver pronta em meia hora eu passo ai. Vai ser legal.” insistiu ela mais ou menos assim, com mais palavrões e enfatizadas de uma voz irritantemente animada. Nem parecia que ela estava de ressaca. Eu tava morrendo com a boca seca e dor de cabeça. Mas ok, pensei melhor depois que ela desligou. Eu estava caindo num looping de depressão e cocaína e talvez, e só talvez, um dia ao ar livre tomando suquinho de laranja fosse me fazer bem.
Achar uma roupa de verão foi realmente complicado. Corri na casa da minha prima, duas ruas pra baixo, e consegui um vestido azul claro com florzinhas pretas. Bonitinho demais pra mim, tava acostumada com jeans e moletom. Hoje eu gosto de vestidos, vai entender, né?
O bom de ter uma amiga maior de idade eram as possibilidades infinitas de ficar chapada sem precisar do rg. Mas também era excelente a Shell ter um fiat uno meio caindo aos pedaços. A gente chegou no zoológico antes das duas da tarde.
Tá, eu realmente preciso lembrar dos nomes de todo mundo que foi. Lembro do rosto de todo mundo, mas os nomes... Eu sei que tinha uma menina ruiva que a gente chamava de Dani. Tinha os dois caras que estavam sempre na casa da Michele quando a mãe dela não tava, e que inclusive um fingiu que namorava com ela. Qualquer pessoa que chegasse perto dela sentia o cheiro da sapatonisse. Menos a mãe dela. Também tinha uma outra menina que tava sempre muito chapada e dormia logo no começo do role. Essa eu nem lembro bem da cara, as vezes acho que era loira e outras vezes eu penso que era morena. Realmente não importa, estávamos todos lá.
O lugar menos quente era perto de onde ficavam os insetos. A sala das aranhas me da arrepios até hoje. Mas era realmente bem fresco por que quase não batia sol por causa das arvores.
“Por que a gente não foi no ibira? Sério, aqui não pode beber” alguém falou. Pensei por um instante e realmente o Ibirapuera era bem mais perto, e podia entrar com bebida. Ai alguém disse que não era bem pra beber que estávamos lá e sim pra fazer um negócio mais light. Certo, com certeza a noite já estaria todo mundo louco.
Eu to enchendo uma linguiça do caralho aqui, acho que to evitando contar a parte que ele apareceu. Por que assim, eu nem sei bem de onde ele veio, e nem sei bem como eu acabei sozinha sentada num banco fumando um cigarro. Dois erros de uma sucessão de outros.
Percebi alguém sentando do meu lado e olhei por reflexo, esperando ver algum rosto conhecido dizendo pra gente ir embora. Mas não.
Certo, eu posso dizer absolutamente tudo sobre ele. Posso dizer que ele foi o responsável por fuder minha vida todinha. Mas não posso dizer que, nessa minha lembrança, naquele dia, naquele momento, ele não era a pessoa mais bonita que eu já tinha visto. Gosto de sorrisos, e ele sorria bastante.
“Tem um cigarro pra me arrumar?” perguntou exatamente com essas palavras. Eu lembro de diálogos pela metade, mas não desse. Não falei nada por que eu sou péssima com palavras. Escrever é fácil, falar não. Só estiquei o maço de cigarros pra que ele pegasse um. Ele pegou, acendeu, e continuou ali. Fiquei um pouco incomodada, lembro de pensar em levantar, mas continuei ali.
“Calor né?” falei. Claro, eu precisava falar sobre o tempo. Tem coisa mais genérica? Silêncios são incômodos, Odeio ficar em silêncio.
“Bastante. Como é seu nome?” ele foi direto assim mesmo. Respondi, ele me disse o dele, falamos algo sobre a fazenda de formigas e como era bem legal ficar horas e horas olhando elas trabalharem para pura diversão humana. Falamos sobre sermos formigas e que talvez estivemos trabalhando pra diversão de algum ser cósmico. Falamos sobre como estava difícil respirar e como aquele lugar estava lotado. Falamos sobre tantas coisas que devo ter ficado algumas horas só ali, ouvindo e falando. Tá, talvez algumas horas fosse exagero. Minutos, eu diria.
Michele chegou com os lanches, os sucos e a animação. Apresentei o meu novo amigo para meu grupo de degenerados. Era incrível como ele conseguia se adaptar tão bem a novas pessoas, e depois de algum tempo, tava todo mundo conversando como se fossemos todos amigos de longa data.
Ah sim, olhares. Toda vez que eu olhava pra ele, ele tava olhando pra mim. Pode ser coisa da minha cabeça? Talvez sim.
Antes de ir embora ele me pediu meu número. Qualquer adolescente idiota daria, e eu era uma adolescente idiota. Acho que todos os erros de uma sucessão de erros, esse foi o pior. Eu me odeio tanto por isso.
O dia não acabou ali. Claro, a noite eu já estava muito chapada e, se bem me lembro, ele também. Por que um pouco antes da meia noite ele me ligou, e ficamos conversando até o sol nascer.
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Você não é, você está gorda.
Eu gostaria de saber por qual razão eu ouvi essa frase hoje de uma amiga e não consigo tirá-la da cabeça. Queria saber porquê, mesmo estudando sobre a cruel imposição de padrões e sabendo que estar ou ser gorda não devia soar pejorativo, essa frase tem o poder de me fazer querer deitar na cama e não levantar nunca mais. Quando lembro da frase (e isso acontece de 5 em 5 minutos) e percebo meu corpo, tudo, simplesmente tudo, que eu faço da minha vida, todo o resto que eu sou desmorona no chão como se não valesse NADA. Eu me torno um lixo, qualquer qualidade que eu tenha se torna insignificante e eu chego a pensar “se eu morrer vou ficar bem magra, né?”. Dói, dói tanto que eu acredito que quando fui internada em uma clínica um dos motivos foi esse: eu não estava bem por mil coisas que tinham acontecido mas o maior trigger de todos era lembrar que eu tinha engordado. POR QUÊ? Onde está o enorme vácuo entre o meu racional e o meu emocional que não permite que eu não só entenda que tenho que me sentir bem comigo mesma mas FIQUE bem, de verdade comigo mesma. Eu não consigo me olhar no espelho, eu não me permito achar alguém bonito pois acho que não sou digna, eu tenho pavor de encontrar pessoas conhecidas na rua pois eu já ouço elas comentando “você viu como a Virginia engordou?”. E DAÍ? E esse E daí? É pra mim mesma, porque as pessoas vão comentar, o mundo não vai mudar de uma hora para outra e me destrói por dentro ver que eu também faço parte desse mundo. Eu posso ter total consciência que o corpo do outro não é problema meu, posso admirar e incentivar muitas mulheres que conheço e que considero maravilhosas mas não tem o que faça EU me aceitar. Quanta soberba minha, é como se EU não pudesse engordar, como se eu estivesse sendo falsa com todas essas mulheres e no fundo ser gordofóbica como todo o resto. Eu queria muito que esse texto virasse agora um grito de guerra e auto aceitação mas eu não consigo. Eu me sinto nojenta mesmo sabendo que eu não sou pois ninguém é. Para ajudar, nesse mesmo dia de hoje, o facebook decidiu me relembrar essa foto aí, tirada em 2013, o melhor ano da minha vida. Eu estava feliz, realizada e pela primeira vez bem comigo mesma, pela primeira vez em 26 anos eu gostava de mim e que sentimento louco que era esse, pois ao mesmo tempo que era bom eu achava errado me sentir assim. Lógico, eu estava magra mas isso não era grande novidade pois eu sempre fui muito magra, muito mesmo. Tive um biotipo daqueles irritantes que come tudo e não engorda nada, com os anos vez ou outra eu saía da zona do “esquelética” e ia pro normal mas eu sempre me entendi como sendo uma pessoa que não tem problema com o “engordar” e que era só melhorar um pouquinho a alimentação que tudo voltava como antes. Veja, eu não engordava, mas isso nem de longe significa que eu sempre estive bem com o meu corpo, pelo contrário, eu sofri muito bullying quando era criança. “Olivia Palito”, “A Virginia quando tá de frente parece que tá de lado e quando tá de lado parece que foi embora”, “O braço dela parece uma caneta bic que dá pra quebrar”, entre outras coisas como ter ido na adolescência em um psicólogo o que mal me ouviu e já concluiu que eu tinha anorexia, o que eu nunca tive. Por causa desse comentário por muito tempo eu tive um fotolog que era /anorexia e as pessoas me chamavam de “A anorexia”. Bonito, né (sarcasmo)? Sim, eu fiz uma “brincadeira” com um assunto tão sério e hoje em dia acho que estou sendo punida por isso. Hoje em dia eu já pensei que queria ter anorexia, uma doença tão tão grave e triste, só pra poder emagrecer novamente. Hoje em dia eu já ouvi amiga dizendo que “fulana fez bariátrica e está sofrendo muito, vomitando, não podendo comer nada, etc. Mas ela pela menos tá magra.”.
Para aqueles que lêem tudo isso e pensam “ah mas você pode emagrecer, por que você não começa a fazer exercício? eu fiz essa dieta aqui bla bla bla”: NÃO é esse o ponto galera, o ponto é CHEGA, chega de ser refém do peso da balança para ficar feliz. Eu nem me peso, eu não faço nada para emagrecer, era para eu ser super desencanada com corpo mas, nãããão, cá estou eu não querendo sair na rua e desmerecendo todo o resto que eu sou. Uma psicóloga recente quando entramos nesse assunto chegou a me dar um livro sobre como emagrecer e se manter magro. Meu… sério? Se adaptar a sociedade é MAIS importante do que eu primeiro entender e aprender a me amar independentemente se eu tenho 40kg ou 80kg? “Pensar magro” é mais importante do que saber que cada quilo que eu ganhei é parte de uma história e tá tudo bem? Percebi então que ela também é mulher, e por mais profissional que seja, há algo nesse mundo que nos acompanha como um parasita onde quer que a gente vá: a principal função da mulher é ser bonita e, em pleno século XXI, isso significa ser magra.
Me perguntaram esses dias… “E se você nunca se aceitar?” … se eu nunca me aceitar, que vida infeliz essa que eu tive… Foram 20kg engordados desde essa foto e se cumpriu a profecia do namorado da época que me falou “Se você continuar comendo desse jeito vai virar uma bola”, oi, prazer, bola. Eu tinha acabado de fraturar a coluna, não conseguia fazer nada, estava deprimidíssima por ter ido embora de São Paulo, voltado para Curitiba para fazer um documentário sobre meu pai que morreu, tinha ido para Buenos Aires morar com uma amiga, voltei antes do planejado pois não deu certo e enfim caí de uma escada de 3 degraus. Caí direto na quina e foi como se alguém tivesse me dado um golpe de machado no fim da coluna. Ali, eu perdi, literalmente, o meu equilíbrio. A única coisa que eu podia fazer era comer, só isso me dava um pouquinho de prazer enquanto eu me afundava em um relacionamento abusivo que detonava a minha auto estima. Pouco tempo depois passei por um outro problema de saúde, sobre o qual eu não posso falar abertamente pois vivemos em 1920. Problema o qual naturalmente engorda uma mulher, problema com o qual eu fui até o inferno deixando lá todo e qualquer resquício de auto confiança que eu tinha. Eu não concluí os planos de me enforcar no banheiro pois um amigo maravilhoso me encontrava todo dia com um brownie, que eu amo de paixão. Vamos parar e refletir um pouco sobre isso? A comida é algo muito poderoso, é um prazer tão importante e significativo que muitas vezes é a ÚNICA coisa que consegue dar um empurrão para a pessoa não desistir de tudo. Sim, a amizade é altamente importante, se fosse só o brownie não seria a mesma coisa e também sei que a partir daí passei a ter uma relação muito ruim com a comida, pois virou a minha válvula de escape. Mas foi essa válvula que conseguiu me impedir de fazer algo irreversível comigo.
Até hoje eu não me recuperei totalmente de tudo que aconteceu naquela época. Foram coisas graves que eu fui lidando aos poucos, inventando essa teoria de “primeiro meias” e conseguindo sobreviver. Mesmo assim, todo esse esforço caía por terra quando eu me percebia engordando e vinha uma repulsa tão grande que me fazia planejar, juro, deitar e definhar na cama. O plano era não comer e chegar em um ponto de fraqueza absoluta para não conseguir fazer mais nada e finalmente morrer. Não fiz isso e entrei em um modo robô me enchendo de coisas profissionais, tapando o buraco com a peneira até que o buraco virou uma cratera gigante. Ao notar que eu estava chegando no último andar do inferno novamente e que provavelmente dessa vez eu não teria volta, eu me internei em uma clínica psiquiátrica e foi a melhor coisa que eu fiz. Um dia escreverei mais sobre isso mas lá muita coisa mudou dentro de mim, menos, é claro, a neura com o corpo. As vezes me parece que ninguém chegou ainda em uma conclusão sobre como lidar com isso decentemente e tudo que se diz no âmbito terapêutico é vago e superficial. Você faz que sim e sorri na hora mas quando coloca uma roupa e ela não serve é o fim do mundo. Pra completar o pacote houve uma suspeita de bipolaridade e eu tomei remédios que incham e dão muita fome. Saindo de lá eu conheci uma pessoa muito legal com quem me relaciono até hoje. Devagarinho as minhas crises de pânico foram diminuindo mas eu ainda sigo em observação e a base de remédios para depressão e ansiedade, a bipolaridade foi descartada. Agora eu voltei a morar em São Paulo e me sinto bem melhor, porém continuo fugindo de espelhos, eventos, pessoas e sinto frases como essa que ouvi hoje como uma facada. Eu não sei bem por quê estou escrevendo tudo isso, talvez eu queira de forma idiota me justificar por ter engordado ou talvez seja para me lembrar de quem eu sou, pois os adjetivos que são relacionados às gordas são: relaxada, preguiçosa, triste, incompetente, fraca, descontrolada, desequilibrada. E eu… acho… que não sou nada disso. Acho que nenhum corpo deveria carregar o peso dessas palavras. Eu queria achar uma saída para tudo isso que não fosse simplesmente focar em emagrecer. Eu quero voltar a fazer exercício físico e me alimentar melhor mas por conta da minha depressão, por conta de outros fatores que não o estético. Ouvi falar esses dias sobre Nutrição Comportamental e achei genial, pois cansei de ir em nutricionistas que só abrem uma gaveta e te dão praticamente um panfleto sobre como comer, independentemente dos seus gostos, da sua história. Comida é muito mais do que se nutrir, ela é social, ritualística e contém significados infinitos para cada um de nós, comida é lembrança afetiva, é prazer imediato, é se alimentar para estar vivo.
Nós mulheres passamos por uma lavagem cerebral que eu não sei se tem cura e eu tenho medo de ter uma filha e passar isso pra ela. Eu não posso, eu preciso me amar, eu não quero que o espaço físico que eu ocupo no mundo me defina como uma pessoa boa ou ruim. Quero achar um caminho que realmente consiga ter impacto o suficiente para desconstruir esse olhar viciado em só ver defeitos. Se alguém tiver uma luz no fim do túnel por favor acenda ela pelo mundo inteiro, pois somos muitas e muitas mulheres que não alcançam seu total potencial por simplesmente não “terem um corpo para o verão”. Somos muitas e muitas mulheres fazendo dietas e intervenções malucas no único corpo que temos para que agrade aos olhos alheios e sejamos aceitas. Uma das coisas mais importantes para o ser humano é o sentimento de pertencimento e uma das coisas mais devastadoras é a rejeição. Como já foi dito por aí, vivemos em um mundo esquisito onde é mais importante estar magra do que ser honesta. Mulheres que se aceitam, de todos os tamanhos, de todos os lugares, eu admiro vocês de uma forma infinita. Fomos doutrinadas a nos rejeitar e se amar é a principal revolução.
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14/06 - Periodos loucos de emoção
Acho que é porque a lua tá em peixes, mas hoje foi um dia louco do cu. Me estressei com seu pai, com sua vó, com Deus e o mundo, nenhuma novidade porque meu temperamento é esquisito, né... Mas hoje foi demais.
Preciso pontuar alguns estresses aqui:
1) Sua tia Keel tá tendo a vida perfeita! Ela merece, né, mas como eu queria... Ela tem a própria casa com o marido riquissimo, dá tudo de bom e melhor pro filho, vive tranquila e é dona de si. Eu invejo ela, sabe. Sou grata pelo que tenho, mas queria tá numa boa igual a ela.
Não fico muito deprimida por isso, cada um tem a sua própria vida, é só que eu queria ter você em outras condições, não necessariamente casada, mas com minha própria casa, um lugar super bonito e confortável pra mim e pra você.
2) O PARTO!!!! Pois é, eu tô sofrendo por não saber como vai ser, onde vai ser, que tipo de assistência vou ter. Eu morro de medo de passar por alguma violência ou ter que parar numa cesarea. Tento nao nutrir esses pensamentos negativos, mas é impossivel!!!
Ainda mais nessa situação, que eu tava super numa boa achando que ia poder parir tranquila na Casa de parto :( Isso me deprime, eu vou tentar convencer meu pai, minha irmã, alguém a pagar uma enfermeira obstetrica pra me acompanhar em casa, porque não tenho confiança de ir pra um hospital sem ninguém com conhecimento pra me auxiliar e me proteger! Se fosse na casa de parto não teria necessidade, mas num ambiente hospitalar estou vulneravel. Principalmente porque sua vó é uma desinformada preguiçosa do caralho. Que ódio que eu sinto, eu só posso contar com ela e ela nem ao menos se informa das coisas pra poder estar comigo 100% no que eu quero. Eu não quero que ela me acompanhe no parto mais não. Ainda mais porque se for no hospital só pode entrar 1 acompanhante, que vai ser o fotografo, LÓGICO!
3) SEU PAI1!!!! Essa praga, eu me recuso a estender o assunto quando se trata desse lixo humano, mas meu deus o que eu fiz pra merecer esse estorvo na minha vida? Olha, desculpa ter escolhido esse cara pra ser seu pai, mas ele é um lixo, ele tá pouco se fudendo pra você, não te comprou uma fralda sequer até agora... Olha, eu odeio ele demais. Eu queria que ele sofresse um acidente de carro. Esse imbecil passa o dia dirigindo, uma hora vai, vamos ficar na torcida. Se seu pai morrer é menos um nessa terra.
POR ENQUANTO, é SÓ isso. Só isso só.
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