Tumgik
#eu n vou te tempo de fazer muitas coisas assim provavelmente quando a minha faculdade começar
humanaaa · 1 year
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Tô tão empenhada no negócio do campeonato que o Gal tá q amanhã vai acabar a luz bem na hora que vai ser postado o post e eu tô aqui fazendo e programando minha propaganda pra eu conseguir postar amanhã asjbfkajdka.
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say-narry · 2 years
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Memories - Epílogo
notas da autora: Chegamos ao fim. avisos: menção a morte, acidente, muita angustia. flashback em itálico e recuo. capitulos anteriores | masterlist
Eu não me recordava de como havia sido meu processo pré-morte durante o acidente, mas a dor e impacto com certeza estava sendo maior agora.
O som da bala saindo pelo cano do revólver da mão dominante de Niall me assombrava o tempo inteiro. Era um som agudo, um som que fazia meu coração alterar a frequência de uma maneira ruim, meu estômago tinha calafrios terríveis.
A sequência de ações de S/n caindo aos meus pés e o líquido vermelho escarlate saindo de seu peito era o pior dos meus pesadelos. Niall derrubando a arma no chão, tremendo sem parar e seu rosto banhado em lágrimas instantaneamente era algo que eu não iria esquecer.
No mais, eu me lembro de S/n falando do nosso filho, da dor, do destino trágico que ela havia tido logo agora que teria o nosso bebezinho.
As sirenes no maior volume possível e seu som ficou ainda mais em evidência quando os paramédicos me jogaram para o fim da ambulância enquanto tentavam manobras de recessucitação em S/n.
Toda minha vida com ela passou em frente aos meus olhos. De novo.
O nosso primeiro beijo, as risadas, os choros, as noites fazendo amor e todas as decepções que causei.
Foram horas de cirurgia, papeis e mais papéis, horas de condições que haviam sido impostas, como “faremos tudo para que ela sobreviva, mas a hemorragia está intensa” ou até mesmo “não damos certeza quanto a vida do bebê”.
Minha cabeça girou e girou o tempo inteiro, um sentimento de culpa me invadindo pois no fundo, eu sabia que era eu que deveria estar no lugar de S/n, ela deveria estar por ai planejando o quarto do bebê e não numa sala de cirurgia de emergência correndo risco de vida.
Niall havia sido preso e a notícia estourou nos jornais na manhã seguinte, os rapazes estavam em choque assim como eu. Ninguém conseguia acreditar que tínhamos chegado a essa situação.
Eu andava de um lado para o outro, desesperado em busca de notícias até que o médico veio em minha direção, minhas pernas fraquejaram e meu coração pulou no peito compulsivamente.
— Parentes de S/n S/sn? - Ele olhou pela sala de espera aonde os rapazes e suas respectivas estavam sentados.
— Sou marido dela. – Me pus em frente a ele.
— Preciso que mantenham a calma, está certo? – O médico de meia idade vestido com a roupa estéril azulada me olhou – S/n teve uma hemorragia gravíssima, foram usados vários pacotes de sangue na transfusão, retiramos o projétil que por sorte não eclodiu dentro do corpo dela… - Ele revesava o olhar entre mim e os rapazes que se aproximaram - Por fim, ela está estável, sua pressão está variando bastante, é provável que a induziremos ao coma até que seja estabilizado.
— Acho que se algum dia eu te perder, eu não sei o que eu faço, sabe? Se você… morrer ou sei lá. Não consigo nem imaginar isso. – S/n sussurrou pra mim enquanto estávamos deitados na sua cama, na época da faculdade.
— Você vai se virar, você sempre consegue fazer as coisas melhor do que eu. – Ri sem graça, acariciando seu braço enquanto encarava o teto.
— Isso não quer dizer que eu não vá sofrer, mas imagino que você não vá sofrer o tanto quanto eu… – Sua voz estava rouca, com certeza ela estava prestes a chorar. Podia ser a TPM ou palavras sinceras, mas na época, eu não ligava muito pros sentimentos dela então acabei piorando as coisas. Como sempre.
— Somos jovens, dá pra ser feliz com outras pessoas.
Senti ela levantar o rosto e me encarar. S/n se afastou do meu meio abraço e concordou com a cabeça.
— Talvez você esteja certo, não vou mais me preocupar com isso. Você vai ficar bem sem mim.
Pelo resto da tarde, S/n ficou em silêncio provavelmente magoada e pensando que ela não fazia qualquer diferença na minha vida. Mas ela fazia, eu só não admitia.
Com certeza o Harry daquela época estaria se batendo com a estupidez das suas palavras. Eu estava muito errado, agora eu sabia que não importa a minha idade ou condição, eu não conseguiria ser feliz sem ela.
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Havia passado alguns meses desde tudo, S/n continuava hospitalizada, todos os dias uma grande equipe médica vinha até seu quarto, mas sem muitas novidades, nosso bebê ainda permanecia vivo e isso era o que mais impressionava a todos. Talvez era alguma força divina me dando um chance de ser feliz de novo.
Mas tudo mudou quando retiraram S/n da indução do coma e ela não acordou. Seu corpo estava prestes a entrar em estado vegetativo se não fosse por suas funções cerebrais ainda estarem ativas de acordo com as inúmeras ressonâncias.
Estavamos ha quase cinco meses nessa, o sexto mês de gestação surgindo e meu desespero aumentando nas possibilidades que me deram.
— Eu sinto muito, senhor Styles. – O médico, Dr. Andrew sibilou - Se a senhora Styles não acordar em algumas semanas, eu indico a indução ao parto para que não haja nenhuma possibilidade de haver complicações com a criança. Caso não fizer e se S/n não começar a responder aos estimulos, é provável que ambos não sobrevivam…
Eu negava com a cabeça, eu não poderia fazer uma escolha tão difícil. Não poderia escolher entre a mulher da minha vida ou o meu bebê. Eu precisava que os dois sobrevivam, os dois inteiros e completos pra que possamos viver felizes para sempre.
Me retirei do consultório do médico e fui direto para o quarto onde S/n estava. Ela precisava acordar logo, acordar pra que a gente aproveitasse como uma verdadeira família o resto de nossas vidas.
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Semanas depois...
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Chris, minha mãe e minha irmã revesavam seu acompanhamento, por mais que eu apenas conseguia ir pra casa tomar banho e trocar de roupa. Eu comia quando minha mãe ou os rapazes me forçavam a isso, senão, eu não fazia nada além de monitora-la.
Eu dormia e acordava ao seu lado, sempre olhando para os fios ligados por todo seu peito, rosto e barriga. Por vezes eu pegava em sua mão e começava a conversar, mas não havia nenhum reflexo de que ela estivesse me ouvindo. Os papéis de autorização da indução ao parto e do desligamento das máquinas ligadas a S/n estavam intactos e continuariam assim. Sempre fui covarde e agora, mais do que nunca.
O que me mantinha mais ou menos são a essa altura, eram as sessões de terapia que eu fazia de forma online com Sebatian. Ele me instigava a manter pensamentos positivos mas com os pés no chão, já que com toda certeza eu teria entrado em colapso se não fosse por nossas conversas.
Fora isso, eu apenas conversava com S/n. Tentava sempre ficar o mais próximo possível dela e do nosso bebê, que eu ainda não sabia qual era o sexo pois queria descobrir junto com ela.
— Ontem à noite, eu sonhei que nosso bebê era uma menina. – Iniciei nossa conversa logo após o horário de almoço - Ela era tão linda, S/n. Ela tinha seu nariz e os olhos verdes como os meus… - Deixei um beijo na parte de trás da sua mão – Quando fui pra nossa casa hoje cedo, eu pensei em alguns nomes tipo Heather, Alice ou Zoe… – seu rosto permanecia sereno, como se ela estivesse dormindo – Sobre Zoe, eu procurei e li que significa vida e é o que vocês duas significam pra mim.
O lençol com a estampa do hospital estava esticado, eu sentia meus olhos lacrimejarem enquanto segurava sua mão com as minhas duas mãos. O choro estava entalado na minha garganta há muito tempo, mas eu precisava ser forte por nós três.
— Mas se for um garotinho, eu gosto de Thomas ou Henry… Você se lembra quando conversamos no parque naquele dia? - Mantive meu tom de voz baixo, como se fosse uma conversa íntima – … Se tivessemos um garoto, seria Thomas Edward Styles, nome de principe da Disney, não acha? – Eu ri sem graça focando em um ponto ao sul do quarto, ela não se moveu ou qualquer reação que esperançosamente eu tinha – Enfim, qualquer um que vier eu vou ser grato e vou ser o melhor pai desse mundo, eu prometo. Nós três vamos ser muito felizes juntos.
Apertei suas mãos e fechei os olhos rezando uma prece que eu me lembrava de quando era criança.
Vamos, S/n. Não me abandona agora, por favor…
Eu sei que mereço tudo de pior desse mundo, mas por favor…
— E-eu gosto de Th-Thomas. – Sua voz saiu baixa e meu corpo todo se arrepiou.
Por alguns segundos, eu pensei que era minha cabeça pregando uma peça ou que eu estivesse sonhando mais uma vez, mas S/n piscava lentamente e os cantos de sua boca tremiam e arquearam minimamente em um sorriso.
As cenas seguintes era eu correndo pra chamar as enfermeiras e os médicos. O quarto se encheu, alguns fios foram retirados e a ajeitaram na cama.
Os médicos estavam boquiabertos, era algo impressionante e fora da curva, mas algo em mim sabia que ela não permaneceria naquela situação por muito mais tempo. Eu sabia que ela não iria se render.
A minha S/n era forte, destemida e inabalável.
Pediram pra que eu ficasse fora do quarto, eu tremia e chorava de alegria, meu estômago parecia com uma grande sensação de montanha russa.
Liguei pra minha mãe e pros rapazes, todos ficaram eufóricos com a notícia e já estavam vindo para o hospital.
Eu me sentei em uma das poltronas disponíveis e meus joelhos começaram a chacoalhar, agradeci mentalmente a todas as boas forças do universo.
Finalmente, a minha S/n estava de volta.
A minha S/n e o nosso bebê.
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— Agora para finalizar, um belo sorriso dos papais! – A fotógrafa pediu e nós sorrimos.
S/n havia chegado aos nove meses de gestação e estávamos aproveitando esse finalzinho antes do nosso filho chegar, criando memórias físicas desse momento com um ensaio fotográfico.
Sim, filho.
O nosso Thomas.
Assim que S/n acordou do coma, foi uma correria para exames e diagnósticos. Uma pequena parte da sua memória e um pouco da sua estabilidade havia sido comprometida devido ao coma e ao tiro, mas tudo poderia ser revertido com os cuidados necessários.
Ela saiu do hospital alguns dias depois, tendo toda atenção possível.
S/n aceitou ir para a nossa casa, desde que eu contasse tudo que havia acontecido para que ela fosse parar ali estando grávida. Ela não se recordava dos últimos acontecimentos antes do coma, mas fiz questão de relembra-la de tudo.
Eu havia contado pra ela sobre a aposta novamente, contado sobre Courtney e Niall. S/n achou a história mirabolante, mas mostrei as provas de que estava dizendo a verdade e ela aceitou.
Niall por sua vez iria responder em liberdade, mas conseguimos uma medida protetiva contra ele. S/n a quebrou quando ouviu o que ele tinha a dizer, obviamente ela o perdoou sendo uma boa pessoa, mas pediu pra que ele respeitasse a ela e ao bebê. Niall concordou, desde então, não ouvimos mais falar dele. Ele vendeu a empresa e não entrou mais em contato.
Nós seguimos o que os médicos receitaram, pelo bem dela e do próprio bebê, como alimentação e sem estresse.
Minha mãe e Gemma ajudaram a comprar roupas que coubessem em S/n. Ela ficava linda com as calças de gestante e as blusas divertidas que os rapazes e suas respectivas fizeram questão de presentea-la.
“Mamãe do ano” era sua favorita, com toda certeza.
Nós não dormíamos juntos ainda, mas por vezes na madrugada, eu ia até seu quarto por ouvi-la angustiada em seus pesadelos, todos os dias desde a saída do coma, eles vinham perturba-la. Quando eu estava com ela em meus braços, ela conseguia dormir. E também havia o grande bônus que eu podia sentir o bebê chutar e também acalma-lo.
Em um dos retornos do médico, fizemos a ultrassom e descobrimos que teríamos realmente um menino, o nosso Thomas, o que levou a nossa piada interna de que ele acordou S/n quando ouviu eu falar o nome dele.
Ele já era o garotão do papai.
— Em alguns dias, encaminho pra vocês as fotos editadas! E se o Thomas vier antes da data, me liguem que eu vou correndo! – Karen, nossa fotografa orientou e nós concordamos.
Já era fim de ano, estava nevando em Nova York. Nos agasalhamos e saímos do estúdio. S/n por vezes caia em pensamentos, me deixando de fora, mas eu respeitava até que ela viesse falar comigo.
— Thomas está quieto hoje. – Ela estava sentada no banco do passageiro enquanto eu estava dirigindo.
— Ele deve estar aproveitando ficar ainda mais próximo de você antes de vir pra cá. - Brinquei, acariciando a barriga dela. – Mas se quiser ir ao médico, podemos ir.
— Será? Eu tenho tanto medo de não ter conseguido proteger ele… de ter falhado de novo. - S/n murmurou.
Tudo que era relacionado ao bebê, com certeza era um tópico sensível.
— Shh, shh, shh… – Sussurrei – Não fale isso, lovie. Ele está bem, você está bem, nós estamos bem e vamos continuar! Nada aconteceu e nem vai!
S/n estava lacrimejando e concordou com a cabeça, segurando minha mão sobre sua barriga.
— Será que a pintura do quarto terminou? Não vejo a hora de ver! Os dinossauros foram uma ótima ideia! – Comentei, tentando desviar o assunto.
— Dinossauros é a cara do Louis, já sabemos de onde vem a obsessão de Freddie por eles. – S/n sorriu.
Entrei na rodovia indo em direção ao condomínio, mas não antes de testar superficialmente os freios.
O trauma foi grande.
— Harry. – S/n me chamou e eu desviei o olhar rapidamente.
— Sim?
— Acho que preciso fazer xixi… – Percebi as pernas de S/n sendo cruzadas, mas uma mancha enorme crescendo na sua legging e franzi o cenho – Na verdade, acho que já fiz… – Suas bochechas coraram.
— Não tem problema, Lovie… Depois pedimos pra lavar o carro. É só xixi.
— Harry, não acho que seja só xixi… É o bebê!
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— Vamos, Thomy… Diga… Pa-pai! – As duas grandes esferas esverdeadas me encaravam com um sorriso banguela logo abaixo.
A colherzinha azul com um coelho desenhado em torno dela chamava mais atenção do meu garoto do que minha súplica por qualquer pronunciamento dele.
Thomas já estava com 4 meses, sua pele rosada e macia me fazia quer abraça-lo o tempo inteiro, mas por vezes ele preferia a minha ex-atual esposa.
Eu não poderia julga-lo, eu também a queria o tempo todo.
Nosso garoto veio ao mundo na mesma tarde do ensaio fotográfico, obviamente foi uma correria, mas valeu super a pena. Minha mãe e minha irmã choraram por alguns minutos assim que exibi Thomas pelo vidro do berçário. Louis estava todo pompozo falando que era o padrinho mais legal, Freddie perguntava o tempo todo quando Thomas poderia sair pra brincar com ele. Khai tinha ciúmes de Thomas com Freddie e Bear, mas tudo foi resolvido quando explicamos que os primos iriam proteger a princesa Khai de todos os monstros.
E pela primeira vez na minha vida, eu realmente tinha tudo que eu sempre quis.
— Papai está te forçando a falar, meu bebê? Diga a ele que você só conversa comigo, antes da naninha. – S/n beijou a cabecinha do garoto, que por sua vez chacoalhou as perninhas e os bracinhos extremamente animado.
Ele era apaixonado na mãe dele.
E eu também.
S/n o pegou no colo e sentou-se ao meu lado no sofá, onde eu tentava alimenta-lo com o alimento mais sólido, mas eu não podia negar que ele era mais experto e sabia que a mãe dele o amamentaria.
— Também quero participar das conversas… – Fiz bico – Vou precisar amamentar pra acontecer isso?
Nós gargalhamos enquanto Thomy sugava o leite do seio da minha esposa, seus olhinhos já estava começando a fechar. Ele a encarava com admiração, seus longos cílios dando um charme a mais e meu coração se enchia com a cena.
A família que eu perdi, mas por algum milagre divino, eu tinha de volta.
— Vocês já tem o momento de vocês no banho, não é, meu amor? – S/n falou baixinho enquanto fazia carinho com as pontas dos dedos no rosto do bebê. – Diga ao papai que isso é algo só seu e da mamãe…
Desde que S/n deu a luz a Thomas, nossa rotina era exatamente a mesma e isso com certeza não era uma reclamação.
Pela manhã, eu dava banho no bebê logo após S/n dar de mama. Enquanto isso, ela cuidava das coisas da StandArt.
Durante a soneca do nosso garotinho, nós conversávamos sobre as próximas consultas de nós três, já que de alguma forma, os três precisavam constantemente estar com exames feitos.
Almoçávamos juntos, tirávamos a soneca pós almoço juntos, durante a tarde, S/n brincava com Thomy enquanto eu participava de alguma reunião na SM.
Sim, eu havia voltado já que agora Gemma também estava querendo formar uma família, então dividíamos as tarefas e compromissos.
Durante a noite, jantávamos juntos e novamente, eu dava banho em Thomas e isso durava algum tempo já que eu amava ver seus gritinhos de felicidade quando a água morna tocava sua pele ou sua facinação pelas minhas tatuagens, seus dedinhos adoravam passear por elas.
S/n também tomava banho e colocava Thomy para dormir. Ela sempre conversava com ele nesse processo, o que fez com que o nosso garoto balbuciace algumas vezes como quem estivesse entendendo.
Por fim, Thomas pegava no sono e ia pro berço.
Pra nossa sorte, ele era um bebê calmo durante a noite e muito alegre durante o dia, só durante as tempestades ele tinha dificuldade pra dormir, algo que sabemos de quem ele tinha puxado. Mas tudo se resolvia com um mama da mamãe e um ninar do papai.
Já S/n e eu havíamos quase voltado às boas. Tudo era muito intenso pra ela e não seria eu que a forçaria a algo, mas vez ou outra acontecia alguns beijos rápidos e alguns abraços mais longos do que o comum.
— Você acha que ele gosta de mim? – Perguntei dobrando o edredom.
— Quem? Thomas? – S/n fazia o mesmo movimento que eu logo após ajustar a babá eletrônica ao lado na mesa de cabeceira.
Nosso garoto estava em um sono bem gostoso, dava pra ver sua respiração calma através do visor.
— É…
— Está com depressão pós parto, Harry? – Ela riu e eu fiz uma careta.
— Quando ele estava na sua barriga, parecia que ele respondia mais a mim do que agora… Não é à toa que eu chamei ele e ele te acordou… – Me deitei na cama com o braço cruzado no peito.
S/n me olhava com compaixão, mas ainda dava pra perceber que ela segurava o riso.
— Lovie, sabe que você está falando besteira, não sabe? – Ela se sentou na cama ao meu lado e eu assenti, suspirando derrotado – Thomas é nosso bebê, nosso filho. Não é uma competição…
— Sei lá, vai que ele sabe o quanto eu fui mal pra você e…
Senti meu rosto sendo puxado e S/n me calando com seus lábios. Fechei os olhos e a puxei pra mim.
— Me perdoa? – Falei com ela no meu colo e ainda de olhos fechados.
— De novo? Você diz isso todos os dias desde que eu acordei do coma, Hazz…
— Nunca vai ser o suficiente. – Abri meus olhos e S/n me encarava com a cabeça inclinada pro lado, sinal claro que ela estava com vergonha.
— Você sabe que eu já te perdoei, não sabe?
A fitei por alguns instantes. Ela nunca havia dito em voz alta. Coloquei as mãos em ambos os lados da sua cintura e me ajeitei na cama, encostando na cabeceira.
— Como é?
— Harry, eu já te perdoei. Eu pensei que soubesse disso. – Ela franziu o cenho enquanto seus lábios formavam um sorriso.
— Você nunca disse em voz alta.
— Harry… Pelo amor, eu tive um filho com você… Um filho! – Ela falou divertida como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Nos encaramos por mais alguns minutos e começamos a dar risada.
— Mas calma… Aonde nós estamos? – Perguntei confuso.
— Condominio San Claire, Nova York, Manhattan, Estados Unidos, America do Norte… – S/n começou e a puxei pra mim, beijando seus lábios.
— Estou falando sério… Estou falando quanto a nós dois, S/a.
— Eu sei, estava brincando. – Ela se ajeitou, desviando o olhar – Acho que nosso status é temos um filho juntos?
— Mas você realmente me perdoou?
S/n desceu do meu colo, mas minhas mãos não deixaram sua cintura.
— Acredito que 90% de mim, sim. Quando eu estava grávida, meu maior pesadelo era perder o Thomas. Antes disso, era perder você… E eu perdi, não é? Mas por um lado, você me quebrou, Harry… Mas por vezes, eu ouvia uma voz distante, enquanto eu estava no coma, falando que eu deveria pensar em te perdoar. Eu ouvia o arrependimento na sua voz também… você vem sendo um ótimo pai pro Thomas, um bom amigo pra mim também…
— Mas e os outros 10%?
— Eles são minha auto defesa. Eu não consigo confiar que você nunca vai fazer algo assim novamente, eu realmente espero que não, mas é meu subconsciente dizendo pra ficar em alerta já que você pode me machucar de novo. Acredito que tudo que passamos juntos, me fez amolecer… Ainda mais pelo carinha do quarto ao lado.
Eu neguei com a cabeça fechando os olhos.
— Eu nunca faria isso de novo. Te perder mais de uma vez já foi mais que suficiente, simplesmente… não… E eu sou muito, mas muito grato pela vida de vocês dois. Nunca trocaria isso!
— Nem mesmo se Courtney aparecer aqui? – Eu conseguia perceber sua insegurança.
— Nenhuma outra mulher, meu amor. Nenhuma outra vida. Todas as memórias que eu tive me mostraram que desde o início, eu te amei mas não consegui me permitir. Fui um grande idiota que no fundo eu sei que não merecia seu perdão, mas sou grato por isso. De corpo, alma e coração.
— Bom saber disso… - S/n riu fraca e eu a puxei pra mim.
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— Agora, uma foto dos noivos com o bebê mais lindo desse mundo! – Karen pediu.
S/n segurou Thomas entre nós dois e eu a abracei, sorrindo pra foto.
É, nós resolvemos casar. De novo.
Chamamos os amigos mais próximos e alguns sócios de ambas as empresas. Depois que S/n me perdoou, eu não poderia perder a chance de oficializarmos o que nós tínhamos.
Em pouco mais de duas semanas e com ajuda de todos, montamos um pequeno casamento na fazenda da família.
— É… – Cocei a garganta batendo levemente no microfone – Oi, pessoal. Hmm… Eu queria agradecer a presença de todos. Definitivamente é uma surpresa muito boa estar em falando com vocês de novo no meu casamento e ainda mais sendo com a mesma pessoa. – Ouvi algumas pessoas rindo, principalmente S/n. – Não vou prolongar muito antes que Zayn e Louis acabem com os docinhos e as bebidas.
Os rapazes riram e levantaram as garrafinhas de vidro como se fosse um brinde.
— Com certeza nesse último ano minha vida deu uma grande virada. Nunca pensei que acordaria de um coma sem lembranças de como foi minha vida antes disso, nunca pensei que teria uma segunda chance em estar e casar com a mesma mulher que eu amo desde a faculdade, mas eu sou grato por isso e pelas poucas memórias que tive no decorrer disso, foram elas que me guiaram e me mostraram o quanto eu errei no passado e o quanto eu precisava mudar pra ter um bom futuro. É muito estranho pensar em como nossa vida pode mudar do dia pra noite. Um amigo se torna um desconhecido, um choro se transforma em riso e memórias se tornam tudo que nós temos. Estamos sempre no automático, perceberam? Acordar, viver, dormir. Todos os dias de nossa vida, vez ou outra temos a sorte de encontrar por ai, pessoas que parecem certas pra nós… do fio de cabelo aos dedos dos pés. Eu li recentemente em algum lugar na internet que a nossa vida é como as linhas das batidas do coração, se não houver altos e baixo, sinal que não estamos vivendo… Obrigado S/n, por estar comigo nos altos e baixos, e acima de tudo, cuidar de mim e do meu coração. Eu amo você.
Ouvi uma salva de palmas e entreguei o microfone aos músicos.
S/n entregou Thomas a minha mãe e veio abraçar.
Puxei-a pra mim, abraçando seu corpo e encaixando-o ao meu. Ela era oficialmente a minha esposa. O amor da minha vida, a minha esposa e a mãe do meu filho.
— Harry, posso te pedir algo? – Ouvi S/n sussurrar baixinho.
Me afastei brevemente dela, encarando seu rosto.
— O que quiser, lovie.
— Que tal a partir de hoje criarmos novas memorias? – Ela sorriu. – Sabe, você perdeu algumas e eu também…
Sorri deixando um beijo em sua bochecha.
— Eu acho uma excelente ideia!
Peguei uma taça de champanhe e outra de suco para S/n.
— A nós. A nossas memórias!
Fim.
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Nota autora: Muito obrigada a todos que tiveram paciencia de me acompanhar nessa historia. Memories foi baseada em um sonho que eu tive há muitos anos atrás, foi muito bom compartilha-la com vocês, definitivamente. Espero que de alguma forma tenha tocado e feito voces refletirem sobre algumas coisas. Eu vejo que muita coisa que me mantem firme são memorias de bons momentos que tenho, são as minhas memorias que me motivam.
Espero que vocês me acompanhem na nova historia que eu pretendo começar a postar em Fevereiro de 2023.
Um enorme abraço, Lau :)
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viviztalks · 2 years
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vim dar meus dois centavos aqui de comunidade boa mas, pasmem, nenhuma é krp! e mesmo assim vou falar porque tô adorando o papo. alguém aí se lembra de alguma das comunidades, gente?
a primeira é a lendária rephq. pensa em uma comunidade boa, um lugar bom de jogar, era brasil! era de faculdade (ufscar pra ser exata) e tinha uma trama de repúblicas interligadas e tinha morte, tinha protagonista do plot principal gay, tinha personagens bons, e claro que tinha panela que levou ao flop. infelizmente foi uma tristeza mas até hoje acho que o melhor a se fazer foi fechar, mas eu daria tudo na vida pra ter ficado bem mais tempo lá com tempo de sobra pra desenvolver. que saudade!
a segunda é a lcttershq, que era de cartas inspirada em 13rw onde todo mundo tinha escrito carta em algum momento e você podia aplicar pra carta que quisesse! tinha carta de família, casal, inimigos, amigos, era tudo de bom e tinha uma diversidade enorme, simplesmente não consigo descrever aquela beleza. o negócio foi tão sucesso que a moderação ficou meio chocada com tanta gente chegando, e é claro que a tag meteu o pé pelas mãos e mandaram hate até a moderação simplesmente deletar a central.
a terceira é a não lembro o nome, mas o plot era de fantasia onde todos se inscreviam com panteões de mitologia e, nossa, viviz, tinha pouquinha gente viu?! não passava de 25 personagens e mesmo assim todo mundo era super fofo, prático, eu lembro que tinha fc da série vikings mas também tinha do dorama mr. sunshine e era simplesmente tudo! eu só lembro da moderação abandonar o barco pela baixa de movimento mesmo, o que é triste porque pensa em plot bom, rico, sedento?!!!!? era isso.
é claro que não deixo de ser apegada e queria lembrar do worldgonerp e thelastofsurvivors, que eu acredito que eram das mesma moderação por serem muito parecidos, mas que caralho de rps bons!!!! eram rps de apocalipse e tinha toda uma construção, glossário, coisa bem feita, coisa que eu inclusive queria agora mas, viviz, de novo, falta/morte de players. eu adorava porque jogava o dia inteiro na minha época criança viciada no pc. fez meus dias e madrugadas.
por último e não menos importante... pode entrar, dusk till dawn (ou dust and shadow??)! que não encontrei o user pra gente matar a saudade, provavelmente deletado, mas também se passava em uma nação futurística onde era tudo dividido entre grupos, rebeldes e não rebeldes. tinha fc de star wars, de todos os doramas possíveis, tinha fc de shadowhunters, todos os fcs de jogos vorazes que vocês conseguirem imaginar, e era muito legal porque se resumia a quebra pau todo dia e quando tinha inter separado o povo brigava e falava mal até. era MUITO BOM.
ai ai, viviz... eu condeno e crucifico essa tag até não pode mais porque merecem, mas eu vou ser a mentirosa do ano se não disser que esses rps marcaram minha vida. saudade de cada um de vocês!!! torcendo pra um dia algum mod dar a louca e voltar com uma ideia parecida, viu? é isso.
Olá, anon!
Sua ask deixou todo mundo aqui de coração muito quentinho, porque deu pra ver o quanto você teve a vida marcada positivamente por essas cmms - apesar de nem todas terem tido um fim muito digno por N razões, pelo que notei.
É muito bom falar sobre o impacto positivo do rp na nossa vida, porque os negativos a gente já tá cansado de saber. Foi no rp que muita gente tomou gosto pela escrita, encontrou um hobby divertido, uma válvula de escape. Sei que muitas memórias boas de infância/adolescência e até de vida adulta de muita gente são atreladas a comunidades. Nem que seja um momentinho bobo, todo mundo lembra de alguma coisa.
Muito obrigada pela sua ask! A gente vai torcer muito pra que um dia você encontre lugares que te causem o mesmo impacto positivo. Beijinho!
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dumyare · 3 years
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IMAGINE HARRY STYLES
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° não revisei o imagine, me perdoem qualquer erro ;)
°
°
°
°
“Estou saindo do trabalho.” Tranquei o cadeado, que passava pelo pequeno trinco do portão.
Segurava o celular apoiando-o entre a orelha e meu ombro esquerdo, tentando a todo custo, não deixa-lo cair.
“Espero que dessa vez seu encontro não acabe em um desastre!”
Peguei meu celular.
Arrumei meu confortável cachecol roxo, em volta de meu pescoço, rindo levemente do comentário, diga-se de passagem, triste, sobre minha vida amorosa.
“Não tenho muitas expectativas em encontros a cegas, Ash.” Escutei uma leve risada.
O sol, se deixaria deslumbrar, por no máximo mais alguns minutos. Estava quase desaparecendo entre a linha do horizonte, e eu precisava chegar em casa e me arrumar, para o meu tão esperado encontro.
“S/N, tente ser mais positiva, podemos ser surpreendidas em qualquer situação!”
“Ok, tenho que desligar. Te mando uma mensagem quando chegar em casa.”
“Tchau!”
Encarei meu celular por alguns minutos, antes de guardá-lo no bolso de minha calça Jean escura.
Escutei alguém se aproximar e virei meu rosto na direção do som de passos rápidos.
“Com licença, desculpe atrapalhar, mas preciso de sua ajuda. Já rodei essa cidade inteira, e não encontrei nenhuma clínica veterinária aberta, acredito que seja por causa do horário.”
Um homem, todo agasalhado, me encarava. Sua fala, havia saído muito apressada e ofegante, mas entendi a mensagem principal.
Um pequeno Cocker, de pelagem marrom, nos olhava totalmente cabisbaixo. Senti meu coração apertar.
“O que aconteceu?” Me aproximei do pequeno cachorrinho, que naquele momento, me pedia ajuda com o olhar.
“Gya, está vomitando, urinando bastante e não está querendo comer nada. Não sei mais o que fazer!”
“Ela comeu alguma coisa estranha?”
“Achei esta embalagem de chocolate perto da cama dela, acredito que ela tenha ingerido uma boa quantidade.” Me mostrou uma pequena embalagem de chocolate ao leite.
“Isto não é bom.” Peguei a chave da clínica, para examinar o pequeno animal em meu consultório. “Me acompanhe, temos que eliminar o chocolate do organismo dela.”
Assim que destranquei a porta, acendi algumas luzes, para que o homem que me seguia, conseguisse andar sem perigo de tropeçar ou algo parecido.
“Sou Harry.” Um meio sorriso, estampou seus lábios. “Não tive tempo para me apresentar antes.” Abri a porta do consultório e pedi para que entrassem.
“S/N" Sorri brevemente. “Coloque a Gya na maca, por favor.”
Harry, estava distraído, enquanto tentava manter a atenção de sua cachorrinha em suas mãos. Me permiti analisar o jovem homem a minha frente, seu rosto expressava cansaço e preocupação, mas ainda sim, conseguia ser extremamente atraente.
“Por sorte, chocolate ao leite, não é tão perigoso quanto o meio amargo, mas ainda sim, pode ser prejudicial.” Expliquei enquanto colocava minhas luvas. “Oi, amiguinha!” Acariciei levemente a pelagem macia de Gya. “Vou aplicar isto em você, mas não vai doer nadinha, ok?” Levantei a seringa.
“Quer ajuda...?” Harry, parecia apreensivo.
“Pode me ajudar a aplicar.”
Examinei os olhos e estômago de Gya, era perceptível o incômodo que ela sentia quando eu pressionava levemente sua barriga.
Não tivemos muitos problemas com a medicação. Fiz os primeiros procedimentos, mas teríamos que aguardar e deixar Gya em observação.
Coloquei uma pequena bolsa de soro fisiológico, ao lado da maca. E com o auxílio de um pedaço de esparadrapo, prendi a agulha no corpo indefeso a minha frente.
“Ela tem que ficar, pelo menos, 1 dia em observação.” Informei. “Vou acompanhá-la durante esta noite e amanhã, outro funcionário irá examiná-la.”
A pequena cachorrinha, dormia tranquilamente. A alta dose de medicamentos, provavelmente, induziu seu sono. Retirei minhas luvas e coloquei no pequeno balde de lixo, ao lado da maca.
“Obrigada. Eu estava desesperado, sem saber o que fazer.” Harry, me encarou um pouco envergonhado. “Me sinto culpado, deveria ter prestado mais atenção, poderia ter evitado tudo isso!” Negou com a cabeça.
“Não se sinta assim...” Sem nem mesmo perceber, fiz um breve carinho em seus ombros. “Cachorros, são eternas crianças, que temos que cuidar todos os dias. Nem sempre vamos conseguir evitar o pior.” Sorri, tentando ser amigável.
“Você tem algum animal de estimação?” Harry, se acomodou no sofá preto, no canto da sala.
Acomodei meu corpo ao lado de Harry e peguei meu celular, 18:37 brilhava no eclã de bloqueio e algumas mensagens notificavam minha tela inicial.
“Não. Por mais, que eu ame animais, não tenho tempo para dar todo o amor que eles merecem.” Um pequeno bico se formou em meus lábios. “E você? Só tem a Gya?”
“Só. Ela já conta como uma família completa de cães!” Riu. Pequenas riscos se formaram em torno de seus olhos, resultado de sua risada.
“Imagino.” Olhei para Gya, que só faltava roncar.
Passei algumas instruções sobre os cuidados que minha paciente teria daqui para frente. Expliquei as consequências do cacau no organismo dos animais e como Harry poderia agir, se caso, ocorresse novamente.
...
Harry, me contava como encontrou Gya abandonada perto de sua casa, e como lidou com a extrema hiperatividade da cachorrinha.
Senti meu celular vibrar e o nome de Ash brilhava na tela, eu precisava atender.
Ash, havia me ligado duas vezes, eu precisava avisar que não poderia comparecer ao compromisso, mas sabia o que me aguardaria com essa notícia.
“Alô!” Apenas pelo tom de voz eu sabia que minha amiga estava ansiosa. “Já está pronta? Estou indo te buscar!”
“Apareceu um imprevisto e tenho que desmarcar o encontro. Pode avisar o Erick?” Tentei ser o mais simplista possível. Como se, remarcar um encontro pela quinta vez, fosse algo totalmente natural.
Mordi meu lábio inferior, virando meu rosto para o lado oposto de Harry. Naquele momento, o olhar dele me incomodava.
“Eu não acredito! Você vai desmarcar mais uma vez? Você disse que iria ao encontro! O que aconteceu!?” Eu conseguia ouvir o mascar de chiclete de Ash. Minha amiga não conseguia evitar de fazer barulhos com a boca.
"Ash, eu sinto muito!" Suspirei, tentando não levar essa conversa a outro nível. "Eu sei que é desconfortável e chato desmarcar novamente, mas eu precisei ficar na clínica!"
“E esqueceu de avisar!?” Afastei o telefone de meu ouvido.
“Pode ir no meu lugar. Tenho certeza que você irá ter uma ótima companhia nesta noite.” Ouvi um bufar e um resmungo.
“Eu espero que ele seja extremamente gato!” Ash, havia se convencido.
“Eu também!” Olhei para Harry, que tentava fingir, que não prestava atenção em minha conversa.
“Tchau!” Falamos juntas.
“Acho que estou te devendo um encontro.” Harry estava sério, talvez...sexy?
“Ou não, realmente, não se preocupe. Eu nem mesmo conheço o cara.” Cruzei minhas pernas. “Seria um encontro às cegas, mas minha amiga irá no meu lugar.” Encarei a parede branca à minha frente.
“Ok, então.” Sorriu convencido.
...
Harry e eu, passamos a madrugada toda conversando sobre nossas vidas e trabalhos. Ele trabalhava com música e ajudava a mãe em uma padaria da família. Era emocionante ver o entusiasmo de Harry, quando falava de sua profissão ou de sua família, ele prometeu me trazer um bolinho caseiro, feito por sua mãe. Falamos sobre nossas faculdades e Harry me arrancou várias risadas ao contar histórias de sua adolescência.
Contei como sai do Brasil e vim parar em Londres, como foi minha adaptação no país, entre outras coisas.
Pedimos alguns lanches naturais para acompanhar a conversa e falamos sobre Gya.
“Me conte alguma coisa que estranhou neste país?” Mordeu seu sanduíche de pepino.
“No Brasil, temos o costume de tomar até três banhos por dia. É super normal!” Tomei um gole de suco de laranja. “Quando Ash me questionou porque eu fazia isso, estranhei. Só depois entendi que por causa do frio, vocês não tem este costume.”
“Três banhos!?” Seus olhos se arregalaram levemente.
“Você não imagina o calor que faz no Brasil!” Me abanei. “Agora, me conte uma curiosidade sobre você?”
Harry, num ato rápido, retirou seu tênis branco do pé direito com o auxílio do pé esquerdo. Retirou sua meia e eu apenas observei, tentando imaginar o que viria a seguir.
“Essa tatuagem eu fiz em uma noite de farra com os amigos!” Levantou o pé direito, balançando o dedão, onde uma coroa estava tatuada. “Tenho várias tatuagens pelo corpo.”
“A única tatuagem que tenho é essa patinha aqui...” Dobrei a barra de meu suéter e, então o contorno de uma pata de cachorro apareceu. “Meu pai quase teve um enfarto quando viu.” Um riso escapou de meus lábios ao lembrar da cena, um tanto, cômica.
“Seus olhos são verdes!” Comentei de repente. Depois de horas e horas, eu percebi as orbes incrivelmente verdes que me encaravam.
“São.”
Aproximei meu rosto do seu, analisando a imensidão daquele olhar.
“Os seus, são castanhos. Castanho claro.” Concluiu. Eu conseguia sentir seu hálito bater em meu nariz.
O alarme de meu celular tocou, assustando a mim e Harry, estava na hora de aplicar outra dose de antibiótico em Gya. Me levantei esticando meus braços e balançando meu corpo, na tentativa de espantar a preguiça.
“Já são 5:32. Uau!” Harry olhava seu relógio de pulso.
“A clinica abre às 6.” Ajeitei a bolsa de soro, para que não me atrapalhasse na aplicação do remédio. Gya resmungou um pouco, mas nada muito fora do comum.
“Pelo menos, poderá dizer a sua amiga que teve um encontro nessa madrugada!” Harry sorriu largo.
“Encontro...?” O encarei confusa. “Tivemos um encontro?” Sorri.
“Não muito convencional, mas um encontro.” Concluiu. “O que me trouxe aqui, não foi bom, mas gostei muito do tempo que passei com você.”
“Eu também.” Me aproximei.
“S/N, cheguei mais cedo porque tenho algumas horas para cumprir...” Alex, recepcionista, entrou em meu consultório. “Me desculpe, não sabia que estava acompanhada.” Piscou sedutor.
“Leve a Gya para uma das camas e a deixe em observação. Quando o Michael chegar, passe este prontuário a ele.” Entreguei minha prancheta e ignorei sua piscadela indecente. “Estou indo. Harry, se quiser também pode ir. Volte mais tarde. Gya, está em ótimas mãos.”
“Ok. Vou pegar minhas coisas e acertar a consulta na recepção.” Concordei, enquanto recolhia algumas coisas do chão.
Depois de pegar meus pertences e me despedir de minha paciente com alguns beijinhos em suas patinhas fofas, passei pela recepção e deixei mais alguns comandos com Alex, tentando me esquivar de seus comentários sobre a educação de Harry, e sua beleza estonteante.
“Pegou o contato dele? Eu tenho o número aqui se quiser...” Apontou para a folha de informações a sua frente.
“Não preciso, obrigado!” Me virei indo em direção a porta de saída. “Bom dia!”
“Bom dia” Alex, se despediu rindo.
Ao sair da clínica o céu já dava alguns sinais que uma possível chuva viria nos agraciar em breve.
Harry, estava parado ao lado da porta com as mãos no bolso de sua calça.
“Queria me despedir.” Analisei seu rosto mais uma vez. “O recepcionista me deu seu número. Espero que não seja um problema.” Suas bochechas coraram um pouco.
“Não é.” Sorri, adorando sua vergonha momentânea. “Eu realmente preciso ir e tomar um banho.” Abri a porta de meu carro. “Já que tem meu número pode me mandar mensagem quando quiser.”
“Podemos marcar de sair?”
“Quando quiser.”
“Só não será um encontro às cegas, não se preocupe!”
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°
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não gostei muito do resultado, mas como faz um tempinho que não posto nada...
espero que gostem 🥰
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hstyles-imagines · 4 years
Note
Dany posso te pedir um imagine com Harry, eu tenho mania de me auto sabotar muitas vezes por n achar boa o suficiente. Poderia fazer um bem fofo de começo de namoro ou quando estão se conhecendo e ela faz isso, as vezes n querer ver ele e tals mas Harry insistir e que não vai ser fácil pra ele desisti dela? Muito obrigada
Espero que goste! :)
Aproximadamente 2900 palavras.
Tem um pouquinho a ver com Too Good at Goodbyes do Sam Smith e It’s You do Ali Gatie.
Ficou um pouco diferente, eu nunca consigo seguir os pedidos direitinho. Mas por favor, não desistam de mim! <3
TRISTE/FOFO
Certa pra mim.
S/n: Harry, você fez de todos os momentos ao seu lado incríveis e foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos. Você é uma pessoa maravilhosa e o melhor namorado que um garota poderia sonhar em ter, mas infelizmente não acho que a nossa relação tenha chance de dar certo. Somos de mundos totalmente diferentes, e não tenho certeza se algum dia vou conseguir me encaixar no seu. Obrigada por tudo, mas acho que não deveríamos nos ver mais.
Foi a mensagem que s/n enviou para Harry enquanto lágrimas cortavam suas bochechas e soluços escapavam seus lábios. Ela não sabia como tinha chegado naquela situação, seu relacionamento com Harry era maravilhoso e eles estavam indo muito bem. Mas quando o rapaz resolveu, despretensiosamente, entregar a chave de seu apartamento para ela, seu mundo virou de cabeça para baixo e de repente todos os pensamentos que ela vinha lutando para deixar de lado começaram a rondar sua cabeça.
Será que ela estava preparada para um relacionamento com uma pessoa mundialmente conhecida? Será que era boa o suficiente para ser namorada de Harry Styles, o sexsymbol de uma geração?
Ela sequer sabia se estava pronta para estar em um relacionamento normal, em que ela não teria que se preocupar com paparazzis até quando fosse ao Tesco que ficava à duas quadras de sua rua. E, sinceramente, não sabia se merecia uma pessoa como Harry.
Eles se conheceram em um restaurante no interior da Itália. Harry estava no país buscando inspiração para escrever seu próximo álbum e s/n tinha acabado de se mudar para Inglaterra e estava disposta a conhecer os países ao redor. Ela não sabia quase nada do idioma e não conseguiu sequer pedir uma água no estabelecimento, Harry, quando percebeu a situação, tentou ajuda-la e com o pouco conhecimento da língua que tinha conseguiu fazer o próprio pedido e o dela. S/n o reconheceu assim que seus olhos encontraram o rosto dele, mas resolveu não comentar – mesmo depois de sentir seu coração acelerar e suas mãos suarem como nunca antes – era óbvio que ele não queria ser reconhecido. Afinal, ele estava em um restaurante minúsculo, que ficava em uma vila menor ainda, no interior da Itália, quando poderia facilmente estar em algum desfile Gucci ou Versace em Milão.
Harry sabia que tinha sido reconhecido assim que percebeu os olhos dela se arregalando e suas bochechas ganhando cor, e ficou extremamente grato quando ela simplesmente se recompôs depois de alguns segundos e agradeceu pela ajuda.
Os dois, que não tinham acompanhantes, acabaram dividindo uma mesa do lado de fora, e depois de uma ou duas taças do pior vinho que já tinham tomado na vida estavam rindo como se tivessem se conhecido a vida inteira – Harry descobriu em minutos que s/n era brasileira, disse que tinha alguma coisa a ver com o jeito que as palavras soavam mais gentis quando ela falava, e ela jura que percebeu o sorriso nos lábios dele assim que suas bochechas esquentaram com o comentário – eles conversaram sobre arte, viagens e até discutiram algumas teorias sobre o final de um filme antigo – que coincidentemente os dois tinham assistido – e que nunca ganhou uma continuação.
E mesmo depois de horas de conversas, risadas e sorrisos s/n ficou surpresa quando Harry perguntou se ela gostaria de encontra-lo outra vez enquanto estava na cidade e se ela poderia passar seu número de telefone – s/n, obviamente disse que sim e escreveu seu nome e telefone em um guardanapo de papel – os dois conversaram mais um pouco e Harry a acompanhou até o pequeno hotel em que ela estava hospedada, eles não se beijaram como sempre acontece em histórias assim, mas não deixaram de se falar desde aquela noite.
S/n não se surpreendeu quando seu telefone começou a tocar ao seu lado minutos após enviar a mensagem. Sabia que Harry tentaria conversar, mas estava disposta a ignorar todas as ligações e mensagens que ele mandasse – não é como se ela fosse uma parte importante da vida dele, eventualmente ele desistiria – todos seus relacionamentos passados terminaram de forma parecida. – ela se apaixonava, passava alguns momentos bons com qualquer que fosse o cara da vez e depois percebia que não estava realmente pronta para um relacionamento sério.
Primeiro foi porque ela estava na faculdade e não queria que um relacionamento ‘tirasse seu foco’ dos estudos, depois foi porque decidiu que queria mudar de país e um namorado ‘não se encaixava em seus planos’, e agora ela percebeu que Harry merecia alguém melhor... ou ela estava com medo de estar se envolvendo de verdade dessa vez? Não. Com certeza é porque Harry é um cantor mundialmente conhecido e seu relacionamento com ele não faz sentido.
O telefone dela continuou tocando, e todas as vezes era ele. S/n deixou que todas as chamadas fossem para a caixa postal, seu choro intensificava cada vez que a foto dele aparecia no visor do aparelho.
Ele já tinha ligado mais de 20 vezes quando ela resolveu atender – talvez se ouvisse sua voz ele desistiria.
“S/n, o que aconteceu? O que você quer dizer com ‘acho não deveríamos nos ver mais’?” Harry perguntou exasperado assim que ouviu a respiração pesada da garota do outro lado da linha.
“Exatamente isso, Harry. Eu quero dizer que eu acho que não deveríamos nos ver mais.” Ela respondeu tentando abafar o próprio choro.
“Foi alguma coisa que eu fiz? Ou falei?” Ele perguntou – sua voz era baixa e grave mas o desespero era nítido em cada palavra – não conseguia entender porque ela estava fazendo aquilo, achava que estavam em um bom momento, tinha certeza que iriam durar.
“Você não fez nada de errado, Harry.” Ela riu sem humor, nunca tinha doído tanto terminar com alguém. “Eu só não acho que eu seja a pessoa certa pra você.”
“Oh! Então foi por isso que você decidiu terminar comigo por mensagem de texto? Quando eu estou na porra de outro país?” Harry retrucou num quase grito, seu desespero dando lugar a irritação. Ela não tem direito nenhum de decidir o que é melhor para ele. “Desculpa, s/n, mas essa não é uma decisão que você pode tomar por mim.”
“Bom... eu já tomei.” Foi tudo que ela disse antes de desligar.
Doeu dizer cada palavra, mas para ela, aquela era a atitude certa a ser tomada. Era apenas uma questão de tempo para ele perceber que ela não é tão interessante assim, que seu corpo não é perfeito como os das modelos da Victória Secrets que ele costuma encontrar em todas as festas que é convidado, e que na verdade, ela não é tão especial como ele sempre gosta de lembrar. Ela é apenas uma jovem adulta com personalidade ordinária, e que não merece alguém tão extraordinário quanto ele. Em algum momento o conto de fadas que eles estavam vivendo iria chegar ao fim, e ela preferia sentir a dor agora, enquanto ainda conseguia enxergar uma vida sem ele.
Alguns minutos depois seu celular voltou a tocar, dessa vez era Mitch, um dos melhores amigos de Harry e dela também. Ela não atendeu, achou que provavelmente seria Harry tentando confronta-la mais uma vez, e a chamada foi para sua caixa postal que, provavelmente, depois de tantas ligações, estava cheia.
Mitch, que estava preocupado com o estado do amigo, resolveu enviar uma mensagem na esperança de entender melhor porque Harry tinha lágrimas nos olhos e estava arrumando as malas feito um louco.
Mitch: S/n, o que está acontecendo? Por que Harry está chorando enquanto tenta te ligar?
Mitch: Me atende, por favor.
Ele ligou e dessa vez ela atendeu.
“Mitch...” S/n disse com a voz chorosa.
“S/n? Por que você ‘tá chorando? Por que o seu namorado ‘tá chorando? O que ‘tá acontecendo?” Ele perguntou rápido enquanto encarava o amigo indo de um lado para o outro no quanto de hotel – Harry tinha desistido de tentar falar com ela e estava com o celular nas mãos tentando comprar passagens de volta para Inglaterra, ele havia chegado em Los Angeles há 4 dias e pretendia ficar mais tempo na cidade, mas seus planos mudaram assim que a mensagem da namorada apareceu em seu telefone.
“Ele não é mais meu namorado.” Ela diz devagar no tom mais calmo que seu estado permitia.
“Como assim ele não é mais seu namorado?” Mitch perguntou confuso – aquilo explicaria o estado do amigo, mas mesmo assim não fazia sentido nenhum. Sabia que Harry e s/n estavam namorando a pouco menos de 1 anos, e apesar de relativamente recente, nunca viu um casal tão apaixonado, na verdade, nunca tinha visto Harry tão feliz. Pelo menos até agora.
“Nós não estamos mais namorando.” Ela afirmou outra vez.
“O que aconteceu, s/n? Ontem ele estava planejando uma viajem romântica para o aniversário de namoro de vocês e agora acabou? Simples assim?”
“Mitch...” Ela começou mas foi interrompida pela voz de Harry ao fundo da chamada.
“Com quem você ‘tá falando, Mitch? É com ela? É com s/n?” Ele perguntou se aproximando – mala e celular esquecidos na cama – “Deixa eu falar com ela, Mitch. Deixa eu falar com a minha namorada.”
“Mitch, não...” Ela pediu com a voz fraca.
“Você ouviu isso, s/n? Você é minha namorada!” Harry gritou e foi apenas o que s/n precisou para terminar a chamada. S/n desligou o celular e se deitou, chorava histericamente – já não tinha tanta certeza se tinha feito a escolha certa, nunca sentiu tão triste.
*
S/n não sabia em que momento havia dormiu, apenas que acordou com a brisa gelada vinda da janela que tinha esquecido de fechar na noite passa e com batidas insistentes na porta de seu apartamento. Ela se levantou devagar – ainda não estava totalmente acordava e sua cabeça doía graças as horas que passou chorando – sem pensar muito, a moça foi até a porta de entrada e abriu, com certeza não era algum completo desconhecido já que o porteiro não achou que precisava interfonar – e provavelmente era Giovanna, uma amiga italiana que estava morando em Londres e que às vezes aparecia em seu apartamento sem nenhum aviso nas horas mais estranhas possíveis – Mas quando ela encarou a pessoa a sua frente todo o ar de seus pulmões desapareceu.
Harry estava ali – tinha os cabelos bagunçados e seu nariz e olhos estavam vermelhos provando, que assim como ela, havia chorado – ele ainda tinha suas malas e sua jaqueta estava um pouco molhada devido à chuva fraca que caia lá fora. Harry não esperou que ela o convidasse para entrar, apenas forçou a moça a abrir passagem para ele.
“O que você ‘tá fazendo aqui?” Ela perguntou com olhos arregalados. Sabia que Harry planejava ficar pelo menos 1 semana em Los Angeles e não conseguia entender o porquê dele estar ali – Harry tirou a jaqueta, pendurou no gancho que ficava no pequeno hall de entrada, porque ele sabe que ela odeia quando ele deixa roupas espalhadas pelo apartamento, ela sempre diz que o lugar é pequeno demais e não tem espaço para bagunça. – Odeia mais ainda o fato de não conseguir ficar com raiva dela mesmo quando tem todas as razões, sequer conseguia espalhar suas coisas pelo lugar apenas para irrita-la.
“O que eu estou fazendo aqui?” Perguntou calmo. “Minha namorada me manda a porra de uma mensagem dizendo que ‘não é a pessoa certa pra mim’ e depois se recusa a atender minhas ligações. O que você acha que eu estou fazendo aqui, s/n?”
“Harry...” Ela começa mas logo foi cortada.
“Não, agora é a minha vez de falar. Você não pode me mandar uma mensagem terminando comigo quando eu estou do outro lado do mundo, s/n. Nós estamos em um relacionamento, e o mínimo que eu espero é que você me diga quando algo te incomoda, não que me mande uma mensagem terminando as coisas.” S/n não respondeu, tinha os braços cruzados na altura dos seios e os olhos fixos no chão. “S/n, o que aconteceu? Fala comigo. Por favor, lovie...” Ele pediu se acalmando.
“Harry, o que eu escrevi naquela mensagem é a verdade. É só uma questão de tempo pra você perceber que eu não sou a pessoa certa pra você, que eu não sou especial...” S/n disse chorando.
“O que? Você não ‘tá fazendo sentido nenhum, lovie. É claro que você é especial.” Ele disse calmo se aproximando mas ela foi rápida em se afastar ainda mais – o peito de Harry doía, ele conseguia vê-la escorregando por entre seus dedos como areia.
“Harry, eu acho melhor você ir.” Harry a encarou incrédulo.
“Não.” Quase gritou. “Nós não vamos terminar assim. Você não vai me deixar.”
“Harry, vai embora. Por favor...” S/n pediu outra vez.
“Tem como você me ouvir? Eu vou não embora.” Ele disse firme e tentou se aproximar dela outra vez e respirou aliviado quando ela não se afastou, ele agarrou as mãos dela e as beijou. “Eu te amo.” Sussurrou e s/n ergueu a cabeça com olhos arregalados. “Eu te amo tanto.” Afirmou mais uma vez.
“O que? Harry, não...” Ela tentou separar as mãos das dele mais ele não deixou. Eles ainda não tinham dito o primeiro ‘eu te amo’, e as palavras de Harry pegaram s/n completamente de surpresa.
“Eu te amo tanto e você está tão errada.” Ele disse a olhando nos olhos. “Eu soube que você era a pessoa certa pra mim na noite em que nos conhecemos, quando você nem mencionou que sabia quem eu era ou fez perguntas pessoas. Eu soube no momento que você não conseguiu parar de rir me contando da vez em que visitou Amsterdam e experimentou brownie de maconha com suas amigas. Eu soube que você era a certa pra mim quando meses depois eu pedi pra você ser minha namorada e você teve uma crise de risos e eu não consegui ficar sério também.” Ele riu lembrando, sentia seus olhos arderem e lágrimas cortarem suas bochechas. “Eu soube que você era a pessoa certa pra mim no momento em que eu percebi que eu seria capaz de qualquer coisa pra te fazer feliz, até assistir Dr. House, mesmo sendo a série mais entediante que eu já vi. Eu sei que você é a pessoa certa pra mim todas as vezes que eu chego em casa e te encontro ouvindo alguma das minhas músicas e meu coração acelera porque eu sei que é porque você sente saudade da minha voz.” Ele suspirou. “Você é a pessoa certa pra mim, s/n. Você me prova isso todos os dias apenas por existir.”
S/n não disse nada, apenas o abraçou e só com aquele gesto - e com as palavras dele – os sentimentos dela, que antes estavam uma bagunça e não a deixavam pensar direito, se ajeitaram. Ela já tinha percebido que amava alguns detalhes nele – como o fato dele sempre ler a sinopse de vários filmes mas acabar escolhendo o mesmo, ou o fato de que ele sempre acorda de bom humor, não importa o tempo. E ela acha tão fofo o jeito como ele deita a cabeça em seu ombro sempre que está cansado ou quer ficar perto dela. Ela ama que ele sempre deixa a luz do banheiro acesa e a porta aberta porque tem medo de que ela se machuque se precisar fazer o caminho até lá durante a noite, ela ama o jeito como ele trata as pessoas ao seu redor com gentileza, não importa quem seja. – Mas nunca tinha percebido que o amava num todo, por completo.
“Você é a minha garota, lovie. O amor da minha vida, e eu não vou te deixar ir assim tão fácil.” Harry disse com s/n em seus braços e ela chorou ainda mais.
“Harry...” Ela sussurrou.
“Lovie... você é minha. Vai ser pra sempre se quiser.”
“Eu te amo.” Ela disse depois que se afastou um pouco para o olhar nos olhos.
“É?” Ele perguntou rindo enquanto ainda chorava um pouco. S/n fez que sim com a cabeça e o beijou.
“Desculpa por ter feito você chorar.” S/n disse acariciando as bochechas do rapaz. “Mas eu estava com medo, eu nunca me senti assim antes, Harry. Eu nunca tive alguém como você na minha vida.”
“Você não precisa se desculpar, lovie...” Harry sussurrou com os lábios quase tocando os dela outra vez. “Só não faz isso de novo.” Pediu.
“Não vou.” Ela afirmou, eles ficaram naquela mesma posição por alguns minutos – apenas aproveitando o calor que emanava do corpo um do outro e a forma como eles se encaixavam perfeitamente – eles ainda tinham uma longa conversa pela frente, se amavam, mas aquele tipo de insegurança não podia fazer parte do relacionamento. Harry havia escolhido ela para dividir a vida e tudo que ele mais queria era que ela o escolhesse também, mas para isso ela tinha que se entregar, e apesar de assustada ela estava disposta a se arriscar por eles, por ele. “Harry?” Ela chamou depois de um tempo em silêncio e ele murmurou algo em resposta. “Dr. House não é entediante.” S/n surrou e Harry riu. Tinha certeza que ela faria algum comentário sobre aquilo.
“Se pensar assim te faz dormir à noite tudo bem, lovie...”
“Harry...” Ela resmungou e ele riu a apertando mais em seu abraço. Amava cada pedacinho dela, e estava disposto a ter que assistir Dr. House pelo resto da vida se ela estivesse ao seu lado.
*
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depeernasproar · 4 years
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Carta de despedida para o meu ex-amor
Há dois anos começamos a conversar. Descobrimos os gostos um do outro, confessei que te conhecia desde a época de colégio e frequentávamos a casa um do outro todos os dias. Não deixávamos de nos ver por sequer um dia. Um grande laço foi se construindo, até que veio a primeira briga. Recebi um girassol. Eu amo girassol. Hoje eu vejo coisas que antes não enxergava na época. Deixar de concordar com você, que era o meu amor, pra concordar com alguém que eu achava que queria a minha amizade. Céus, quanta decepção. A primeira viagem juntos em setembro, se não me engano. O pedido de namoro oficialmente veio antes de um open bar, em outubro. Dia vinte de outubro de dois mil e dezoito. Eu confesso que não esperava por aquilo. Em janeiro, a aliança. Em março, a primeira viagem juntos e sozinhos. Carnaval. Eu lembro de ter machucado minha mão porque você, meu amor, não me ajudou a subir o morro de areia. Eu não queria dormir com você aquela noite. Eu sempre fui um pouco radical. Admito que, hoje, eu imploraria pra dormir com você. Obrigada por sempre me levar nas aulas teóricas e práticas da auto escola, por me levar na fisioterapia e por ser meu companheiro em simplesmente tudo. Eu sei que muitas vezes eu pequei. Mas eu podia jurar, de dedinho, que eu te amava. Eu podia gritar pro mundo inteiro ouvir que você era o amor da minha vida. Revendo fotos antigas, vi minha declaração de amor pro seu aniversário, em dois mil e dezoito. Eu agradecia a você por ter paciência comigo e por ter feito eu perder o medo de relacionamentos. Eu não sabia se devia ou não comprar presentes para você pois ainda não tínhamos nada sério. Eu comprei uma blusa e descobri que você tinha uma bem parecida. Admito que fiquei aliviada de ter acertado tanto o seu gosto, mesmo que as blusas fossem bem parecidas. Foi aí que eu descobri que você odeia setembro. Você odeia seu aniversário. E eu queria muito que você percebesse o quanto seu aniversário era importante para mim. Obrigada por fazer seu pai sair comprar coxinha e um pedaço de bolo para eu comer por ter ido embora brava da faculdade por causa da Semana Acadêmica. Eu lembro de ter despertado meu monstro interior e gritado “EU TÔ COM FOME”. Céus, que vergonha. Eu lembro uma vez em que fiquei chateada porque você falou coisas horríveis sobre uso de drogas e, eu, como irmã de alguém que foi preso justamente por isso, me senti muito mal. Eu sempre me importei com os outros. Antes eu não enxergava isso como defeito. Hoje eu já vejo que destruí minha vida por causa disso. Obrigada pela festa surpresa em dois mil e dezoito. Obrigada pela companhia no Joia. Obrigada por torcer tanto por mim na natação. Obrigada por passar a virada de ano comigo. Por me apresentar aos seus amigos, seus familiares e primos. Sei que no começo eu não fui muito bem aceita pelo seu primo-irmão, rs. Não foi à toa aquela parabenização que ele te deu em setembro, no seu aniversário. Acho que até hoje seu primo-irmão tem um pouco de ciúmes de você. Mas é normal. Me desculpa por tantas brigas por causa de League of Legendes, por causa de Free Fire, por causa de respostas secas e por causa de como você me tratava quando estava com outras pessoas. Ainda namorávamos quando brigamos na casa da sua tia. Fiquei chateada vendo seu pai levando comida para a noiva dele, percebendo que ela não estava muito confortável com a situação, e eu, também desconfortável, sendo completamente ignorada. Depois que você me deixou em casa, você saiu com seus primos. E eu chorei, sozinha, em casa. Assim como chorei no banheiro da sua tia. Sempre foi assim. Hoje mesmo você comentou algo que me fez refletir: “Agora me diz, vou falar que saí com meus amigos ou com meus primos pra você se sentir mal por não ter saído junto?”. Eu estava errada em dizer que não tinha mais espaço na sua vida? Outra coisa que achei interessante foi: “Você tem que cuidar do seu espaço, me cobrar e ficar forçando conversar comigo tira seus espaços.”. Hoje eu não choro mais de saudade. Hoje eu choro porque consigo enxergar o quanto eu aguentei tudo isso. Você admitiu que o jeito que me tratava não era o certo. Falou milhões de vezes que me queria em sua vida. Queria mesmo? Ou você queria conhecer novas pessoas para perguntar se elas queriam ajuda para passar creme no próprio corpo? Me queria na sua vida ou queria conhecer novas pessoas para, ao invés de dizer que suou à noite por causa da febre, que gostaria de ter molhado a cama de outra forma? Me queria dormindo com você ou ao invés de aproveitar o momento ficava pensando em todos os meus erros, que, são muitos? Me queria na sua vida ou queria contar para o mundo todo que estava solteiro para uma amiga sua fazer propaganda de você no Twitter? Ah, o Twitter… Bela rede social para destruir meus dias. E olha que nem precisava de muito esforço, era só abrir a página inicial e, por algum motivo, aparecia algumas coisas suas. Você me queria na sua vida ou queria baixar aplicativos de namoro para conhecer novas pessoas e fazer novas amizades? Hoje eu tenho todas essas respostas, e a conclusão que chegamos é: você não me tem mais. Minha psicóloga me disse milhões de vezes para eu não sumir da sua vida, mas, ao mesmo tempo, ela dizia que se eu sentisse que meu lugar não era mais ali, não era para eu hesitar em ficar. Seu pai casou. Te dei a mão quando estava acontecendo a troca de votos. Você, assim que eu encostei a minha mão na sua, retirou a sua. Eu não segurava a sua mão há meses. Eu não encostava em você há meses. Você me disse que foi a ansiedade. Por que quando eu coloco a culpa na minha ansiedade e depressão, as coisas também não saem do jeito que eu imaginava? Nós dois escutamos de algumas pessoas que o próximo casamento seria o nosso e, tudo o que você me disse foi “também não me senti confortável com isso”. Depois do nosso término você me disse que pensava em ter filhos. Uma criança igual você, correndo pela casa. Achei engraçado porque durante um ano de relacionamento, sempre concordamos em que crianças eram insuportáveis e que não faria parte da nossa rotina. Como os pensamentos mudam após um término, né? Um término que nunca teve um fim definitivo. Há meses estamos adiando isso porque sabíamos que íamos nos magoar um com o outro. Mas eu tenho certeza que está tudo destruído e nada disso tem mais volta. Eu não vejo mais soluções e, da minha parte, não vai mais acontecer conversas para tentar encontrar uma solução (até porque hoje mesmo você me disse que NUNCA mais entraria nesse assunto comigo). Um dia desses você me convidou para ir até a casa do seu primo e você jogou na roda que já fez um ménage. Eu te conheço há dois anos. Incrível como você me conhecia tão bem ao ponto de acertar minha casa de Hogwarts e eu não sabia nada sobre você. E continuo não sabendo. Nunca soube os nomes das suas ex-namoradas. Você nunca fez questão de me contar, enquanto eu já era mais aberta para isso. Fazia questão de dizer o nome de cada pessoa que destruiu um pouco de mim. Não adianta eu dizer que naquelas mensagens não tinha sentimentos porque você acredita fielmente em outra coisa, então tudo bem. Hoje eu não faço mais questão de tentar explicar. Assim como você me disse um dia que não queria ter filhos, na época outra pessoa dizia isso pra mim (e, na época, eu também achava que ele era o grande amor da minha vida). E ele engravidou uma menina. E, por ele ter destruído um pouco de mim, eu queria que essa criança destruísse ele. Mas, como você diz, na hora de mandar isso eu não pensei em responsabilidade afetiva. Eu realmente estraguei tudo. Há meses eu digo que estou cansada. Cansada de correr atrás, cansada de querer ficar perto de você. E pra quê? Pra ver você flertando abertamente com outras pessoas? Um dia eu falei para minha psicóloga que talvez seu jeito fosse assim. Você seguiu em frente muito mais rápido do que eu imaginava, do que eu esperava e do que eu queria. Até hoje eu tenho pavor de conversar com outras pessoas porque em todo momento em penso em você. Provavelmente você falaria “desculpa fazer você pensar tanto em mim”. Mas a culpa é totalmente minha. Eu fui burra, eu fui iludida e eu fui otária de esperar tanto. De ver você seguindo sua vida como se eu não estivesse mais ali. Hoje eu vejo que eu realmente não estava mais ali. “Beleza, Fabiana, por que você está falando tudo isso? Onde você quer chegar? Quer me destruir mais ainda?”. Eu não vou mais ficar me martirizando com meus erros. Eu errei, você não me perdoou. Vida que segue. Eu não vou mais cobrar nenhuma conversa com você, porque acabou. Eu não vou ficar triste quando você sair sem mim, até porque eu não faço mais parte da sua vida. Eu não vou mais ficar triste quando você postar uma foto toda vez que a gente briga. É a sua forma de dizer que tá tudo bem com a nossa briga e que você tá fingindo que não se importa. Eu não vou mais destruir os seus dias. Eu não vou mais pedir pra você me trazer comida. Não vou mais chorar quando você me disser “tchau”. Acho que você concorda que há meses eu tenho tentado de todas as formas. Eu tentei evitar falar meus sentimentos por você, tentei me afastar, tentei correr atrás, tentei falar menos de mim e ouvir mais de você. Não vou mais te esperar para ir jantar depois de suas aulas noturnas. Não vou mais segurar a sua mão para atravessar a rua. Não vou mais rir junto com você sobre as atitudes bizarras que seu pai tem por causa de sua esposa. “Eu te quero na minha vida, mas não sei se é do mesmo jeito que você me quer na sua”. “Cobra tanto mas não tem 1% de responsabilidade afetiva”. “Você estragou a noite, tá de parabéns”. “Mano já acabou há um mês, não acabou hoje. Nem ontem. Chega de se torturar”… “O que acha de nós dois mudarmos?”, “Pra gente ser melhor um com o outro”. “É uma fase de adaptação”. Eu me sentia muito mal quando não podia dormir na sua casa. Nunca fui independente. Eu ainda me sinto mal por tudo o que aconteceu, mas já passou da hora de eu seguir em frente (assim como você), né? Acho que você também concorda. Discordando de você, você pode sim fazer o que quiser. Não faço mais questão de descobrir tudo o que você está fazendo. Sabe o motivo? Porque se fosse para eu saber, você me contaria. Se fosse para eu saber, você me diria. Você não tem que pedir permissão. Eu não me importo mais. Saia, conheça novas pessoas (como você tem feito há um tempo) e siga em frente. Eu te falei isso hoje à tarde. “Eu tenho que te contar tudo da minha vida?” Não mais. Não se preocupe mais com isso.  Assim como eu, você não vai mais ficar sabendo de mim. Antes eu dizia “você sabe onde me procurar”, mas hoje eu vou me poupar de dizer isso porque eu não quero que você me procure. Talvez eu me arrependa disso. Talvez não. Eu não vejo mais verdade nenhuma em seus sentimentos (que você me “confessou” que ainda têm). Não vejo mais verdade no amor da minha vida de dois anos atrás. O amor não precisa ser dolorido. Não precisa ser trabalhoso. Ele deve ser leve. E eu cansei de tentar. Obrigada por me mostrar tantas coisas boas nessa vida. Tantos restaurantes, lanches, lugares, momentos e músicas. Obrigada por sempre cuidar de mim. Mas acho que está na hora de eu mesma me cuidar e você seguir, enfim, a sua vida. Isso é claramente o que você sempre quis. Sei que em breve você conhecerá outra pessoa que vai te mostrar o quanto o amor é lindo e mágico. Por algum tempo você foi essa pessoa para mim. Mas quando começamos a pisar em ovos e foi deixado claro que ninguém está aberto para mudanças, não tem o que fazer. Não tenha vergonha de seus braços, eles são lindos. O coração na sua virilha é a coisa mais linda que já vi. Obrigada por ter me acolhido tão bem nesse tempo. Seja feliz, leve e nunca esqueça que. por mais que eu escreva para o mundo inteiro ouvir, eu nunca vou deixar de te amar. Porque eu sou assim. Um lixo, mas um lixo que ainda tem coração e que ama. Me desculpe por te encher com meus problemas. Aprendi com essa relação que não devo me mostrar tão frágil por causa da depressão. Por favor, não seja obrigado à responder esse texto. Isso é uma carta de adeus, eu acho. Eu te amo, para sempre. Je t'aime pour toujours. Sabe o término que nunca teve um fim? Esse é o fim. De Fabiana para o seu ex-amor (que é nisso que eu quero acreditar).
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kpop4you-blog1 · 7 years
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IMAGINE NAMJOON - Nightclub 1994
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S/N POVS
- Pode virar nessa esquina à direita - disse ao motorista que assentiu levando o carro até a entrada da boate.
- Você não me parece ser daqui, está esperando alguém lá dentro moça? disse quase estacionando
- Tem razão, não sou daqui. Umas amigas da faculdade me falaram desse lugar e disseram que estariam aqui hoje, sou nova na faculdade então achei uma boa ideia vir aqui e me enturmar.
- Entendo, mas é melhor tomar cuidado. Você não me parece ser do tipo de gente que frequenta esses lugares, principalmente esse local em especial.
- Há algo de errado com esse lugar? - perguntou com receio da resposta
- Não, quer dizer, é a fama dele. - disse estacionado
- Humm, entendo. - disse saindo do carro após pagar pela corrida - Aliás, eu não pretendo ficar muito tempo aqui, não tem muito motivo para preocupação, e pode ficar com o troco.
- Tenha uma boa noite, moça. - disse o senhor indo embora.
Assim que me virei para olhar melhor o local, uma brisa fria do começo do inverno me fez estremecer, não gostava muito do fato de apenas um sobretudo preto esconder meu vestido da mesma cor justo que ia até um pouco antes do joelho e que deixava os ombros a mostra, mas vir para uma boate de jeans, blusa larga e tênis não me parecia muito adequado. Não era uma roupa típica de quem vai as festas aqui em Seoul, mas também não estava desarrumada, ao invés do tênis optei por simples sandálias de salto, troquei o coque por fios soltos e escorridos, cobri o pescoço com uma espécie de gargantilha preta de veludo e fiz uma maquiagem que valorizasse os olhos, mas nada pesado.
O local não era pequeno, me lembra uma daquelas casas de festa, com certeza deve haver muita gente lá dentro com a altura do som que se pode ouvir a uns dois quarteirões. Tinha a entrada bem iluminada e homens enormes na entrada, com certeza ninguém ousaria mexer com algum deles. Quando ousei tentar pagar pela entrada, uma moça com um vestido nude justo segurando uma prancheta perguntou por meu nome. Quando eu respondi imediatamente ela se dirigiu a lista e disse que não seria necessário pagar. Meu nome estava na lista.
Entrando na boate pude ver as diversas pessoas conversando logo na porta que dava para a entrada da boate, ao centro havia uma pista de dança e mais ao fundo um bar. A direita do bar havia algumas mesas com pessoas bebendo e conversando, lá estavam elas. Segui em direção das três meninas sentadas falando várias coisas ao mesmo tempo.
- Olha quem arrumou tempo para nos dar a ilustre presença. - disse a menina de cabelos longos e loiros, ela parecia a mais bêbada entre elas - Venha, beba com a gente. Aquela ali - disse apontando para a outra loira que parecia a mais velha delas - Já tá me dando sermão, quem disse que eu não posso beber? Todo mundo pode beber, mas ela não entende. Ela nunca entende! - disse agitada
- O problema é que você falou que não iria passar de três doses e essa deve ser bem a décima segunda. Advinha quem é que vai ter que te levar pra casa por quê prometeu pra sua mãe, que no caso é minha tia, que iria te vigiar? Eu mesma, e não tô feliz! - Disse irritada
- Eu sei me virar!
- Ei, será que dá pra parar? Eu não tô aqui pra ouvir briga familiar e nem a (S/N), então por Deus, parem as duas. - Disse a morena com cabelos curtos - Sente-se com a gente S/N, desculpe se assustaram você.
- Não foi nada. Aliás, como descobriram este local?
- Na verdade, a Zoey - disse apontando para a mais bêbada - Tem um namorado que é amigo do dono do local, por isso sempre entramos de graça e bebemos. Você deve ter estranhado não ter pagado, mas é por que botamos seu nome na lista.
- Ah sim, obrigada por isso.
- Dizem também que o dono é um gato. Nunca o vimos, porém o que mais tem é boatos relacionado a ele.
- Que tipo de boatos?
- Como por exemplo que ele sempre que se interessa por alguma menina ele à convida para o segundo andar, onde fica seu escritório.
- Entendo, mas mesmo que ele fosse o maior gato de Seoul, não deve ser bom ir lá em cima. Vai saber o que acontece com quem aceita subir com ele.
Nunca soube o que as meninas que subiram disseram, mas ele nunca leva a mesma menina mais de uma vez. É meio que a forma como ele se diverte. É louco, eu sei. - disse a morena virando um copo com um líquido que parecia ser amargo - Bem, sendo verdade ou não, ele quase não aparece na própria boate, então fique tranquila.
- Como assim ficar tranquila? Nunca me passou pela cabeça que eu pudesse se quer falar com ele. Além disso, não devo fazer o tipo dele. Não tenho o estilo das meninas daqui, por isso não estou nem um pouco preocupada. - disse bebendo um pouco do suco que me serviram
- Aí é que você se engana, o fato  de você ser estrangeira só faz notarem mais em você. Tá vendo aquele cara ali - disse apontando pro homem de camisa branca de botão que parecia olhar pra mesa onde estávamos sentadas - ele não para de te olhar desde que chegou aqui, sem falar dos garçons cochichando.
- Isso não significa nada, ele deve olhar pra qualquer uma.
Nesse momento, a mais bêbada ameaça botar a bebida pra fora e a mais velha a leva para o banheiro.
- É por isso que o namorado dela evita que ela beba sozinha, quase sempre isso acontece. - disse olhando as meninas indo ao banheiro que parecia um trajeto difícil já que estavam quase tropeçando devido ao fato da mais bêbada ameaçar cair. - Vem, vamos dançar, não é pra isso que veio? Você não tomou um drink desde que chegou, pelo menos dançar eu sei que você faz. - Disse e me arrastou para a pista.
O ritmo era acelerado e não demorou muito para um cara chegar na morena de cabelos curtos, eles logo começaram a dançar um perto do outro parando algumas vezes pra conversar baixinho. Havia muita gente e a essa hora as meninas já deviam ter voltado do banheiro. Tentei achar a saída da pista porém os corpos se movendo freneticamente não facilitavam, principalmente a pouca iluminação. Demorou um pouco e eu pude ver o começo do bar, ia seguir até ele para então achar a mesa com as meninas quando alguém me puxou do final da pista e me levou para um corredor perto da escada que dava acesso ao segundo andar. O lugar era escondido e ficava atrás do bar, longe a visão de qualquer um.
Tentei me soltar do cara que segurava meus pulso com força, provavelmente ficaria a marca. Olhei para o rosto e era o homem de blusa branca de botão, ele cheirava a vodka tinha um sorriso assustador, era alto e os dois primeiros botões de sua camisa estavam abertos deixando à mostra uma tatuagem de dragão que parecia cobrir o peito.
- Então quer dizer que a mocinha pensa que pode me encarar e sair assim? - disse colocando meus pulsos na parede atrás de mim - Você dançando é a coisa que mais mexeu comigo esta noite.
- Acho que me confundiu com alguém, me solta por favor. - disse fazendo força para me soltar.
- Pela voz não deve ser daqui. - disse e sorriu - Como deve ser o corpo de uma gringa como você? Ia adorar que me mostrasse - disse passando a mão pela lateral do meu corpo me fazendo sentir um arrepio de pavor só de imaginar o que ele poderia fazer
- Eu não tô interessada. Me solta, vai procurar alguém que esteja afim de olhar pra essa sua car nojenta. - disse e ele apertou ainda mais os pulsos - AAAAH, ME SOLTA.
Agora que eu fiquei com mais vontade. Não sabe que quanto mais você fica com medo, mais eu sinto vontade de ter você. - disse sussurrando aos meus ouvidos. Isso é um pesadelo, alguém tem que me ouvir.
- SOCORRO! ALGUÉM POR FAVOR!
- Não sabe ficar quieta, cadela! - disse e me jogou contra a barra de metal da escada fazendo um barulho agudo.
Havia sangue na minha testa, minha cabeça girava de dor. Tentei ficar consciente pra tentar pedir ajudar. Estava ao pé da escada quando ele veio pra cima de mim, porém alguém desceu a escada disparado socos em direção ao homem que me agrediu. Ele era alto, loiro, e usava um terno. A briga pareceu acabar rápido, o homem de terno chamou dois de seus homens para botar o cara que camisa branca pra fora. Ele veio até mim e passou a mão onde sangrava.
- Talvez precise de ponto, vou te levar lá pra cima. - disse e me carregou estilo noiva começando a subir as escadas.
Foi quando me lembrei. O dono da boate, parecia ser ele. Ele era o único que de longe era o mais bem vestido daquele lugar e a forma como ele ordenou que tirassem o homem do local o entregou. Era ele mesmo. Mas o que ele fazia aqui? Disseram que ele quase não aparecia na própria boate, e quando aparecia… Não.
Quis me soltar mas estava me sentindo tonta demais, provavelmente rolaria escada a baixo.
- Não, nã-ão quero. Por favor… - tentei dizer para me deixar ir, mas a visão acabou por ficar embaçada e logo tudo escureceu.
Annyeong amores, espero que gostem, a pt.2 sai logo logo, fiquem bem.
~Hill
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esclareciment9 · 4 years
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Antes de qualquer coisa. Esse link não é uma exposição. O texto é cumprido, a história é longa e delicada. Foi difícil conseguir me pronunciar sobre a violência que eu sofria pras pessoas ao meu redor, quanto mais falar sobre isso com pessoas que já passaram por uma relação abusiva e violenta. Não sinto que sou vítima de alguma coisa, a pessoa na qual eu ainda vou me referir, vai ser a primeira a saber desse link... tive momentos incríveis, e muito aprendizado com a pessoa que fez isso comigo, apesar de saber que quando eu mandar esse link pra ela, provavelmente isso tudo crie mais borbulho, talvez ela exponha mais ainda a minha vida em rede aberta, escreva um livro, totalmente o contrário da cautela que eu to tomando, e tentando falar o mínimo de detalhes pessoais da pessoa, sem nomes, sem parentesco, cidade, prefiro correr o risco de mais uma vez ser taxado de mentiroso, do que me silenciar contra essa difamação... Sinto que tenho o direito de um esclarecimento sobre detalhes da minha vida e o meu lado da história (já que nessa cultura de exposição o lado oposto não existe), para com todas as pessoas que se importam comigo, amigos e familiares, e até mesmo a própria pessoa, apesar de eu já ter esclarecido com a pessoa tudo isso que eu vou dizer aqui (mas ela ainda insiste em falar que eu sou um mentiroso em todas as coisas que eu falo, lembrando aqui que eu já tive relacionamentos saudáveis, pois é) achem verdade, achem mentira, meu texto é direto, sincero e honesto, sem a minima intenção de esconder a minha parte dos vacilos ou difamar e fazer mal pra alguém.
Pra começar a historia foi mal contada, distorcida, faltando partes, detalhes inventados, atitudes invertidas, hipocrisia, injustiça, egoísmo, possessividade e principalmente ciume. A situação é muito mais delicada e eu nunca conseguiria expor detalhes da vida de alguém de uma forma tão infantil, muito menos detalhes da minha própria vida.
Durante esse tempo em silêncio, não consegui digerir, dormir, esse assunto deu liberdade pra me acusarem de mais coisas (coisas como: forçava uma menina virgem a transar comigo e depois ia embora, brabo por ela não ter transado comigo???quê???? sem falar que foi a “amiga” que “eu dava em cima” que fez o relato, não foi nem a própria pessoa... sem a menor ideia de quem poderia ter sido, o único namoro que eu tive com uma menina virgem e que não transou comigo foi o meu primeiro namoro em casa, em 2012, eu tinha 15 anos e a menina também, se eu não me engano durou 1 ano e nós nunca fizemos nada além de umas pegação. Uma vez chegou um parente da pessoa batendo na frente da casa dela, e ela ficou de caras que eu havia parado de masturbar ela, pra ela atender o parente... enfim, ela sentia muita insegurança c o corpo e a virgindade, apesar de eu deixar claro o quanto eu era apaixonado por ela, respeitava muito isso, então tudo que ela fazia pro nosso prazer, eu nem pensava em transar, e já me sentia o cara mais sortudo do mundo, porém, uma vez quase no final do nosso namoro, quando a mãe dela já deixava ela ir na minha casa mais frequentemente, nós tentamos transar, mas ela começou a sentir dor e pediu pra eu parar, e eu parei, até que a nossa relação já estava bem desgastada por vacilos de ambos, e eu falei pra ela que tava gostando de uma outra menina, e isso foi o fim. Tudo sempre foi com o consenso dois dois, me errem dessas acusações ridículas), pessoas que eu não conheço, junto com outras pessoas que mal tive contato, no decorrer dos anos ainda insistem em comentar sobre a minha vida, nunca perdem a oportunidade de me fazer mal...”ele não gostava de mim porque eu tinha depressão, pra n estragar o rolê perfeito” cara, quê??? nem sabia que essa menina tinha depressão, hoje em dia não tenho nada contra ela (inclusive quero minha toca do Akamaru de volta caso ela esteja lendo isso) só na época achava ela uma fofoqueira, duas caras, falsa, e por isso me afastei, mas eu acredito que as pessoas mudam, fora outras acusações tão desnecessárias de meninas que se apegaram demais, que nem tenho porque responder) pessoas que já deixei pra trás e nem lembrava mais da existência, mas por algum motivo (talvez ódio, rancor, inveja, ou por eu sempre ser transparente quanto a minha vida) ainda insistem em permanecer, achando q sabem mais da minha vida que eu próprio... ví amigos virando as costas, irmãos deixando de me responder (obrigado por mostrarem quem vocês são), vi minha mãe de 67 anos chorar e ficar em um estado de nervos todos os dias pelo fato de ter sido exposta também, ela pediu pra eu fazer um pedido em especial pra pessoa, um pedido da minha própria mãe, ao menos excluísse a parte em que falava dela, e as mensagens foram tidas como “chantagem emocional”, “mentira”, minha mãe ligou pra pessoa escondido de mim duas vezes, e tudo isso continuou sendo motivo pra ser exposta novamente, dizendo que a minha mãe tava enchendo o saco dela, sem perceber que na verdade sempre foi o contrário??!!! quem não tá deixando eu seguir minha vida em paz, é ela, como se não bastasse ainda deu entrada pra essas outras pessoas também falarem da minha mãe, citando meu nome, e ainda ficarem chamando ela de “tadinha” de “coitada”, e a galera aplaudindo, achando lindo. 
A pessoa não soube contar a história, resumiu tudo em uma versão totalmente distorcida, errada e atravessada, não soube explicar o que realmente aconteceu.
Primeiro quero falar sobre o real motivo do acontecido, é algo muito mais infantil do que alguém pode imaginar... aquela pergunta “porque alguém inventaria algo assim?”, e é exatamente a mesma pergunta que eu me faço.
Após a nossa ultima briga (na qual eu ainda vou dar mais detalhes) e como consequência dessa briga, o termino do nosso namoro, dia 2 de janeiro, durante as férias na minha cidade, a pessoa quis voltar pra cidade dela e levou embora o celular que tinha me emprestado (durante o nosso namoro eu havia quebrado o meu celular) já havíamos conversado por facebook, mas voltei a manter contato mesmo com a pessoa a partir do dia 10 de janeiro que foi quando consegui um celular novo, a pessoa já chegou na cidade dela dizendo que tava arrependida do que aconteceu nessa ultima briga, dizendo que tava arrasada, que exagerou e não deveria ter feito isso, implorando pra voltar, e entre muitas tentativas diárias da pessoa de tentar voltar comigo (e ainda ela que “me dava mais uma chance sempre”, que fazia “um sacrifício pra ficar comigo”, quantas vezes eu tentei terminar com essa menina, pra isso agora...), dia 11 criei um Twitter, mas só dia 20 de janeiro senti que poderia criar um Instagram novamente, não quis seguir a pessoa em nada, porque com certeza ela iria tirar satisfação de eu ter criado minhas redes sociais de volta. Foi quando no dia 15 de fevereiro, ela descobriu que eu criei minhas redes sociais novamente, porque eu confirmei as inseguranças e paranóias dela quando segui uma menina, logo que criei o instagram, uma menina que na época do nosso namoro eu havia aceitado um convite no Facebook (porém de imediato tive que excluir a menina, pq até meus amigos do Facebook eram controlados, e sim o exposed foi por isso... Uma menina que deu uma oficina pra nós, conversei sobre uns programas de computador com ela e essa foi a única vez que tive contato com ela. Agora que eu havia seguido a menina de volta, com o meu Instagram novo, após o fim da nossa relação, achei que já estava tudo tranquilo, a pessoa na qual eu namorava, já estava se relacionando com outro cara, dizendo que estava apaixonada e transando com outro cara (talvez até dentro do nosso quarto na nossa casa), deu a entender que ela já havia continuado a vida dela, mas igual, ela veio me cobrar o fato de eu ter seguido a menina no Instagram (EU SABIA, MINHAS INSEGURANÇAS SEMPRE ESTIVERAM CERTAS, VOU TE EXPOR) e deu no que deu, tudo porque eu segui uma menina, e o pior de tudo é que essa menina deve ter falado pra alguém “o ex da fulana me seguiu no Instagram” e alguém em seguida contou pra ela “sabia que o teu ex seguiu a fulana?”, nossa, isso é o que eu mais odeio... 6 anos de idade mental essa gente. Após o nosso término, havíamos acabado de boa, seguimos conversando, a pessoa estava saindo do apartamento que nós dividíamos, se ajudando, conversando, tudo tranquilo, parece que a pessoa demorou 1 mês pra então perceber que eu realmente não iria querer mais nada com ela, e quando caiu a ficha, ela resolveu então me cancelar com todas as pessoas da faculdade, do nosso curso, me induzindo a não voltar mais pra minha cidade de estudo, pelo simples motivo de: não querer mais ver a minha cara lá, e que não é mais pra eu voltar pra “cidade que é dela”. Fez tudo isso, pras pessoas pensarem que ela tá fazendo um bem enorme pra sociedade, falando que eu sou completamente louco, que ela não pode deixar isso acontecer com outras meninas, como se eu quisesse me relacionar com mais alguém, e como se eu não fosse avisar as pessoas da minha nova condição(que ainda vou explicar). Minha história lá na faculdade é bem simples, o cara que chegou lá, tentou se enturmas, mas começou a namorar com uma menina e fim, porque fora isso, eu não podia manter contato com outras pessoas eu havia conhecido antes dela, porque ela já conhecia todos, e não gostava de ninguém, todo mundo é cancelado na cabeça dela, era quase nenhum, e agora muito menos.
Como já havia dito, não tenho direito de expor a vida de alguém dessa maneira, quero ter o máximo de cautela possível quanto a detalhes pessoais da vida da pessoa, pois respeito ela, a vivência dela, cresci muito com ela, e eu nunca conseguiria ser assim. Só um desabafo.
Crescer em cima de outras pessoas pra se sentir melhor e amaciar o próprio ego. Diminuindo e cancelando tudo e todo mundo ao redor apenas pra se sentir maior (conheço vários assim, porque claro, essas pessoas são perfeitas e não cometem erros). Dentre outras coisas que ela faz, não pela necessidade de ajudar ou mudar hábitos, tudo é apenas pra acariciar o próprio ego.
Ser bajulada no Twitter, a vida da pessoa é em volta dessa rede social, claramente ela expõem tudo (tudo mesmo) o que acontece na vida dela, pra ganhar uns biscoitinho (mas é assim que se usa o twitter)...e claro que que ela conseguiu o que queria, bonitinha, fofinha, ficou famosa olha só, ganhou vários seguidores em cima de uma calúnia dessas (varias pessoas interesseiras também, alguém avisa), como se não bastasse o fato da pessoa conhecer a cidade que eu estudo inteira, ainda chamou todas meninas da minha cidade, que eu seguia no meu humilde twitter (que eu recém havia criado) pra mandar o exposed, não contando que eu já era “famoso” aqui nesse cu de mundo onde todo mundo ama comentar sobre a minha vida, e a vida dos outros sem saber de nada.
Brigar com todo mundo, todo mundo mesmo, com colegas, professores, amigos, melhores amigos e familiares, mas como sempre a pessoa era a vítima de todas as situações, e não descordo dela, ai de quem descordar, pelo modo que a pessoa retratava as situações, dava a entender que ela sempre estava certíssima de tudo mesmo.
Ser muito bagunceira e compulsiva...O nosso quarto vivia uma zona, se não fosse eu arrumar, cheio de sacola da Yocom, sacola de tudo que era compra dela, nota fiscal e moedas espalhadas por tudo que era lugar, todo mês ela comprava kilos de roupa, que ficavam lá numa sacola até ela lembrar que existiam, ajeitei um lado pra ela no meu armário, fiz tudo que eu podia no momento, pra ela organizar as coisas dela e não vivermos na bagunça, mas mesmo assim, ela ia jogando as coisas dela no chão, eu tinha que ir de trás catando tudo e colocando no lugar, meia, camiseta, calça, eu lavava minhas roupas e as dela enquanto ainda tínhamos máquina de lavar, estendia nossas cobertas, fronha, tudo, enquanto ela só ficava deitada na cama e no celular o dia todo, só levantava pra fazer as coisas dela, comprar um milhão de coisas toda a semana, entupir mais o nosso quarto de coisa, ração e areia espalhadas por td, sem se preocupar com a organização por pelo menos só um segundo. Pra limpar a casa então, era impossível ela limpar sem ficar batendo boca, reclamando da sujeira das outras pessoas pra mim, como se fosse culpa minha da casa estar suja. Se fazer de vítima, esquecendo completamente que só um dos seus familiares ganha nada menos que 32k por mês, já o outro familiar é professor de faculdade e ainda por cima tem um sugar daddy (mas que a pessoa enche a boca pra falar que não precisa deles, por puro ego) e ainda se achou no direito de expor a minha mãe, que de coitada não tem nada, e que de guerreira tem de muito, me sustenta na faculdade com a grana de faxineira e da aposentadoria (ela e o meu pai que é frentista nunca tiveram a oportunidade de fazer uma faculdade). “Ele endividou a mãe dele com lanche e maconha” hdsuahd cara... A pessoa sabe muito bem que quem endividou não só a minha mãe como a minha família toda, foi ninguém menos, que ela própria, por conta de detalhes que ainda vou explicar (pensionato), esquecendo completamente de comentar sobre os lanches que eu tinha que pagar pra ela (sempre quando eu ia pedir lanche pra mim, tinha que pedir pra ela também e como ela é vegetariana, o lanche dela sempre era mais caro) e se eu não pedisse ficava emburrada “o que eu vou comer??”, as corridas de aplicativo (uber,99,pop) pra levar os gatos dela no veterinário, pra ela trabalhar, passear, comida, passagem de ônibus, pegava corrida escondida com o meu cartão (e nem ia me avisar se eu não visse a fatura), os rolês que a pessoa inventava na cabeça e eu tinha que aceitar como ir no shopping, restaurante caro (e aiii de mimm se não quisesse gastar em ir no shopping, restaurante, dar role com ela, eu era o pior namorado do mundo por não ter dinheiro pra gente sair, aí ela colocava a culpa na maconha, que por sinal era sempre dividida entre outros colegas, meu gasto com maconha: 25 a 50 reais, durava mais que um mês inteiro, sendo que 50 reais era praticamente o que eu tinha que gastar só pra dar um rolezinho básico com ela, (sei que fumar maconha não é nada pra se orgulhar, mas ela já tinha me conhecido assim, e sempre ficava de caras qdo eu fumava)... Quando a pessoa dizia que não tinha dinheiro, eu sempre dava uma moral, nunca media esforços pra ajudar, por outro lado, quando eu não tinha dinheiro, meu apelido era “suga”, tinha que implorar pra ela ir no RU comigo pra economizar na comida, mas ela achava a comida ruim, e quando eu ia sozinho, ela odiava, eu não podia nem ir no RU sozinho.... A pessoa, juntamente com outro familiar dela, ficavam me comprando presente caro, roupa, pagando almoço e janta em restaurante caro, sem eu pedir nada e sem a maior necessidade, eu aceitava né, não tinha escolha, se eu dizia que não queria, a pessoa ficava braba, nunca tive o costume de ir em restaurante caro (antes de começar a namorar com a pessoa, eu contava nos dedos quantas vezes fui em um restaurante caro, lancheria é diferente) me encheu de “presentes” e ainda quando terminamos a pessoa pegou os “presentes” de volta, em compensação as dívidas que a pessoa encheu a minha família estão aí até hoje de presente.
Já que preciso esclarecer quase a minha vida inteira. Vamos do início. Auge dos meus 17,18,19 anos até um tempo atrás aí, quando nem conhecia essa pessoa.
Conteúdo sexual, fotos, Instagram, redes sociais.
Des da minha adolescência eu recebia fotos, fotos que eu recebia sem o maior esforço, as vezes do nada chegava em mim, as vezes nem conhecia a pessoa, e a conversa já começava assim logo de cara com uma mensagem “tem muito mais de onde veio essa” que doentio...
Já havia me tornado um jovem que só pensava em sexo 24h, e na porcaria de uma cultura machista, achava isso normal, É NORMAL SÓ PENSAR EM SEXO HOMENS, não, não é normal, pornografia é o câncer da sociedade, qualquer tipo, não existe pornografia boa e ruim, leve e pesada, qualquer tipo de conteúdo sexual faz mal, aqui vai um relato sincero da minha própria experiência sobre algo que todo mundo só sabe julgar, mas ninguém fala.
Ao decorrer dos anos, relações, fui me tornando dependente e viciado nisso sem perceber, quando me dei por conta do que eu estava me tornando, do quanto minha alma havia sido corrompida por isso, era algo tão enraizado em mim, que só com muita cobrança e força de vontade, fui conseguindo deixar de lado. No passado, já com 20 anos, comecei então a estipular umas metas na minha cabeça “uma semana sem qualquer tipo de conteúdo sexual”,”duas semanas” quando chegava na terceira semana eu começava a perceber o demônio que eu havia alimentado dentro de mim, eu já não mais usava minhas redes sociais pra compartilhar ideias, pensamentos, compartilhar a minha vida, era só pra ficar olhando foto de mulher, eu não conseguia sair na rua e olhar pra uma mulher sem ficar pensando em sexo, TUDO me levava a sexo, era um clipe no YouTube, um programa de tv, tudo, eu comecei a pensar: cara... tem algo muito errado com a minha alma, o que eu to me tornando? É isso mesmo que eu quero pra minha vida?
Minha desconstrução quanto a isso já tinha começado muito antes de conhecer essa pessoa, quando me livrei de boa parte dessas fotos, saiu um peso, eu queria muito voltar a olhar as mulheres com pureza outra vez, mas eu ainda não havia conseguido me livrar de tudo.
Comecei a me questionar se era só eu que fazia essas coisas, e comecei a comentar sobre isso com conhecidos próximos, as reações das pessoas quando eu falava sobre isso eram sempre muito engraçadas, percebi que isso fazia parte da vida não só dos conhecidos homens quanto das conhecidas mulheres tbm, e pensei “bom, não faz mal então guardar só algumas”
E mais recentemente. Apesar de eu gostar muito de namorar, me envolver, e só ter transado com umas 18 meninas toda a minha vida. Ocorreu que:
DST
Ainda sem nem conhecer a pessoa, final de 2017, descobri que tinha contraído Sífilis, por sorte descobri em uma fase bem inicial, e mais uma “herpes”, por umas alterações (bolinhas) que apareceram no meu corpo. Nunca descobri de quem peguei. Conversei com algumas das meninas que havia me relacionado, e não descobri nada. “Tem cura? Tem” segundo o médico que me tratou super mal, não soube explicar nada sobre as condições, só soube me xingar, me examinou com uma cara de nojo “isso aí é dst cara, transou sem camisinha né? agora vão vir as consequências”, só me disse que as bolinhas não eram da sífilis, por estar em uma fase inicial, mas sim uma “herpes”, e eu muito assustado, por ser tudo muito novo pra mim, confiei, ouvi tudo quieto, achei que merecia aquele tratamento, sem ter a oportunidade de perguntar mais sobre o assunto, sem ter entrada pra uma conversa séria sobre o que tava acontecendo comigo, mas tudo bem, afinal, tinha cura.
Então ele receitou um longo tratamento com injeção de benzetacil, antibiótico aciclovir, e podofilina (um ácido feito em laboratório). Não me explicou nada sobre os remédios, por quanto tempo fazer o uso, pra que eles funcionavam, enfim, eu havia pago por essa consulta, confiei no médico.
2018, passei na faculdade, mudei pra Pelotas, o tratamento com as injeções já havia acabado, o exame de sangue previsto já não apontava mais nada da sífilis, aparentemente eu já estava curado de tudo segundo o médico, porém ainda restaram umas marcas já cauterizadas da “herpes”, comentei sobre, ele me aconselhou a seguir tomando o antibiótico e tratar as marcas pingando o ácido, juntamente agora com uma pomada, então pensei: “vou tacar um pouco pra mais desse ácido aqui pra ver se sai essas marcas, já que agr tem uma pomada”, putz exagerei, ficou tudo queimado, n conseguia andar, mas depois saiu tudinho. Após isso ele me examinou novamente, fiz mais um exame de sangue que tbm n apontava nada, “To curado doutor? Tá” “Posso me relacionar? Pode e n esquece a camisinha” feliz era eu.
Fugindo um pouco do assunto da DST pra compreender melhor a história.
Final de Maio talvez Abril/2018, depois que esse tratamento passou, conheci uma pessoa muito interessante, ela se mostrou ser uma pessoa incrível, começamos a ter esses lances, fiquei encantado com uma personalidade que eu nunca havia conhecido, quieta, tímida na frente dos meus amigos, mas quando tava só eu e ela, ela se soltava, independente, falava o que dava na telha, direta, não tinha medo de expressar a opinião, isso tudo dentro de uma estatura pouco mais de um metro e meio, seguido do cabelo ondulado mais bonito, e um olhar que sugava toda minha vitalidade... quando começamos a ficar, se formaram um dos momentos mais marcantes da minha vida, eu morava sozinho com conhecidos/colegas em outra cidade, agora os roles eram em casa, sem compromisso nenhum com horários, ela aparecia lá em casa de madrugada, só pra me ver, aparentemente eu não quis nada sério, sempre fui carente e confundia isso com paixão, conversava c outras meninas, e eu não queria cometer esse erro como sempre faço, não queria me entregar tão rápido e acabar afastando a pessoa. Mas quando descobri que ela ficava com outras pessoas logo antes de ir lá pra casa, me desiludi, fomos parando de nos falar, e comecei a ter outro lance com outra menina (na qual foi comentado que eu ia em rolês acompanhado dessa nova pessoa, só pra ela ficar me vendo com essa nova pessoa????? não sei de onde isso saiu, a única coisa que comentei sobre esse role, que por acaso encontrei ela, foi que naquele dia reparei que o cabelo dela tava curtinho, e que tinha achado bonito, e foi só isso). Mas tempos depois, mais da metade de agosto2018, aí sim comecei a ficar/namorar e já começamos a morar junto, mas só em 2019 alugamos um apartamento definitivo.
Jamais fiquei brabo por isso de ela ter ficado com os caras, no máximo eu ficava tirando ela pra louca quando voltamos a conversar, e começamos a ficar mais sério, “vai lá c o fulano então” eu dizia... E a pessoa só esqueceu de comentar também, que em todas as nossas brigas ela ficava repetindo o nome desses caras na qual ela ficava antes de ficar comigo, e que deveria ter continuado com eles e não comigo, pensem, estar em uma relação com a pessoa, morando junto, e a pessoa fica repetindo o nome dos caras, e não só o nome, como eles eram, o que eles falavam pra ela, o que eles faziam...mas isso é mais pra frente)
Quando a nossa relação começou a ficar mais séria, eu ouvia o mesmo comentário, de inúmeros amigos que a pessoa me apresentava, comentários quase exatamente iguais, com essas mesmas palavras num tom irônico: “A fulana tá namorando? Nunca imaginaria”, “Cara, como que tu conseguiu? como que tu tá namorando com a pessoa mais fria e mais complicada da cidade? tu tem que ser muito paciente” eu dava risada achando que era brincadeira e no fundo pensando “que amigos em”, mas como ela teve poucos relacionamentos antes de mim, eu entendia a surpresa e a reação deles.
Sobre detalhes que a pessoa me contava quando começamos a conversar, das relações que ela teve anteriores a nossa, das relações da pessoa com os familiares, na qual em ambas as relações segundo relatos da própria pessoa, não queria falar sobre isso, porém as acusações que sofri foram muito graves por algo que eu nunca fiz... (em um antigo relacionamento da pessoa, ela me contava que era agredida fisicamente, e em casa um familiar dela agredia ela fisicamente constantemente, aparentemente todo mundo agredia ela fisicamente, fiquei muito preocupado, e um tanto por isso que acolhi ela no meu apartamento, pelos pedidos de fugir de casa, de ir morar sozinha, apesar de ela não ter gastos por morar com a família, a pessoa dizia que a muito tempo já queria morar sozinha, e senti que deveria ajudar de alguma forma).
Passamos de conhecidos pra morando junto em questão de pouquíssimo tempo, eu apaixonado, achando que era amor à primeira vista, sempre muito relax, calmo, tranquilo, sem maldade, mas nunca um santo, fui deixando tudo acontecer, sem perceber a personalidade de não saber ouvir um “não” como resposta.
Talvez Agosto2018: Acolhi a pessoa com toda a compreensão do mundo no meu apartamento antigo, devido a essa necessidade que a pessoa tinha por fugir de casa, ela já era da cidade e tinha casa na cidade, não pagava aluguel nem nada, mas não queria mais morar com a família, o motivo disso? já comentei acima, não queria expor detalhes da vida da pessoa, ela não merece isso, muito menos a família dela. “Ah Guilherme, mas era só tu ter dito não” E eu tinha escolha? nunca consegui conversar e me impor, nunca consegui dizer não, só estava tentando ajudar alguém que a primeiro momento achei que merecia ajuda. Ela sempre me induzia a pensar que se eu não ajudasse ela, eu era um egoísta, enfim... quando ela começou a ir pro apartamento, levar as coisas dela, logo começou a botar defeito nas coisas e nos colegas da casa, como eu já tava pra entregar esse apartamento era quase final do ano, e eu iria passar as férias na minha cidade, ela já me deixou bem claro que não ia ficar sozinha na casa, com gente que ela não conhecia, já comentando no assunto de morar só eu e ela, e eu fui deixando tudo acontecer, confesso que eu achava bonitinho o jeito da pessoa, nunca tinha me relacionado com uma pessoa assim, que queria tudo do jeito dela, meio teimosa, queria morar comigo, ficava braba do nada por qualquer coisa, não tinha vergonha de mostrar que tava de caras, achei todo aquele sentimento muito verdadeiro (apelidei ela de “pucca” uma vez, ela ficou de caras comigo uns dois dias), no fim eu sempre acabava concordando com aquele jeitinho dela, “ah tu tem razão, meus amigo são meio relaxados meamo, esse ap não é bom” só aí já tinha muita coisa errada...(ainda fiquei como manipulador torturador psicológico da história)
final das aulas de 2018, férias, primeira visita dela a minha cidade, começo de 2019: Ela passou um tempo das férias lá na minha cidade, dizendo que não queria ficar longe, eu achei aquilo lindo, viajar de um lado do estado pra outro, ainda pra uma cidade que não tem nada pra fazer, sem nem me conhecer direito, só pra ficar comigo, que amor, quanto sentimento, porém chegando lá na minha casa, foi outra história. Ela queria cancelar meus amigos/conhecidos de infância da minha própria cidade, não gostou deles, acabei me isolando só eu e ela nos rolê, sempre dando razão pros surtos dela, mas fora isso foi de boa, ela voltou pra cidade dela por conta do trabalho dela, que começava antes do início do ano letivo. Alugamos o pensionato. Como eu já estava por me mudar desse apartamento antigo e a pessoa não gostou de ficar lá, tudo era ruim (cara....se a pessoa tinha mesmo uma necessidade séria de fugir de casa, será que ela realmente teria motivos pra ainda reclamar do lugar? O lugar que eu humildemente tava cedendo pra ela e ela ainda teve a audácia de achar ruim, eu não podia nem comigo e com os meus próprios problemas mas “ai de mim” se não concordasse com ela em algo), fui contra os meus próprios amigos, sempre indo nas pilha e concordando com ela “pois é, essa galera aqui é péssima mesmo, esse lugar é ruim, vamo achar um lugar só pra nós”, convenci minha mãe, que eu havia arrumado uma pessoa boa, uma menina que eu confiava, que eu queria morar com ela até o final da faculdade, que seria melhor, o dinheiro que ela me manda por mês ficaria mais aliviado se eu dividisse os panos com alguém, foi então que surgiu esse pensionato bem na esquina do apartamento, a escolha mais desnecessária da terra, só pq tinha cama de casal, acabamos que usando esse pensionato só pra dormir, e durante o dia ficávamos no apartamento antigo, eu tive que pagar dois aluguéis só pra dormir com a pessoa lá, aluguel do apartamento que eu tava saindo, e o desse pensionato novo, e foi isso que endividou minha mãe até hoje, eu pensava: mano o que eu to fazendo alugando um lugar só pra dormir e outro pra passar o dia, to muito patrão mesmo, minha mãe deve tá amando tudo isso, mas era certo que ia ficar mais barato, se nós fossemos ficar no pensionato definitivamente, ficaria muito barato por nós dividirmos apenas 1 quarto, mas enfim... novamente ela começou a achar horrível o pensionato tbm, e eu fui induzido a achar horrível também...por mim teria dormido em qualquer lugar, pessoa que é classe baixa n tem direito de escolha de luxo, n me importo se tem barata, se tem uns homem velho, seja lá o que for eu só tava lá pra estudar, inclusive quis mexer com a pessoa sobre isso, que eu realmente não me importava com luxo e essas parada, pagando barato era a conta, e a ela ficou furiosa comigo, pq se eu não concordasse c a pessoa, já comentei, ficava como egoísta, mas dessa vez foi um pouco pior, tomei os primeiros tapas, a pessoa dizia “O que a gente tá fazendo então?” “Porque a gente tá aqui?” “Porque a gente tá junto mesmo?” Tu é igual os outros mesmo!” “Tu não vê futuro comigo”.... Mais uma vez eu achei bonitinho, pensei “nossa ela realmente tá braba comigo” “essa menina gosta de mim” “nunca alguém mostrou ter tanto sentimento assim por mim”, botei fé demais em nós dois e concordei com ela, aquele lugar realmente não tinha privacidade nenhuma, ainda mais pra um casal. Começo das aulas em 2019, após férias/e visita dela a minha cidade: Alugamos o outro apartamento. Nesse tempo de dormir em um lugar, e passar o dia em outro, ela acabou se familiarizando com os meus colegas do apartamento antigo, e resolvemos alugar um apartamento todos juntos, um acordo que seria melhor e mais barato pra todos continuarmos juntos, agora tínhamos um quarto grande, uma cama de casal, cada colega tinha o seu quarto, com um preço barato. Achei que toda aquela grana no final valeu a pena. Sempre pensando positivo.
Voltando ao assunto do conteúdo sexual.
Então... um tempo depois, já nesse namoro, e já nesse apartamento definitivo, ocorreu que a pessoa entrou no meu celular, e como se não fosse o suficiente no meu notebook também (ao contrário de mim que nunca me importei com o celular e as coisas dela, nunca nem pensei nessa hipótese, mas isso não vem ao caso) não precisou muito pra ela achar, eu deixava tudo muito fácil de ser encontrado, pq nunca imaginaria que alguém ia entrar na minha privacidade assim, mas enfim... tudo foi necessário pra dar um fim nisso.
Eu senti tanta vergonha, uma vergonha sem tamanho, ela reconheceu algumas pessoas nas fotos, eu já tinha em mente o quanto isso era errado, eu já sabia que o que eu tinha não era certo dês de muito tempo atrás, e fui tomado por uma culpa gigante devido a reação da pessoa quanto a isso.
Agora meu lado mais obscuro foi exposto, meu lado mal, meu lado sujo, nojento, escroto, porco, lixo, dentre outras coisas que eu ouvir de gritos muito altos da pessoa... as fotos que ela já não tinha excluído por si mesma no notebook, ela me fez garantir que eu excluísse e pronto, consegui me livrar de tudo, mas e agora como fica a minha imagem pra minha namorada? E a confiança? E o respeito? Aí entra outro assunto.
AGRESSÃO FÍSICA (eu nunca, NUNCA faria isso)
Eu já havia excluído todas minhas redes sociais, por uma escolha minha, eu não tava fazendo um bom uso delas, estavam me fazendo muito mal, corrompendo a minha cabeça e me fazendo lembrar de tudo que eu queria esquecer e tirar da minha vida. (Antigamente era difícil encontrar conteúdo sexual, hoje em dia parece que é difícil fugir de conteúdos sexuais)
Depois disso, da pessoa ter descoberto essas fotos, a pessoa mostrou ser alguém que eu não conhecia, antes ela ficava braba por qualquer coisa e eu achava bonitinho, achava que isso era porque ela se importava comigo, mas agora eu vi que não era mais tão bonito assim, gritos e agressões iniciaram, conversar era impossível, eu achei que merecia ser agredido. Seguido das minhas tentativas de terminar o nosso namoro, já que era pra ser assim, já que aparentemente não tinha perdão, quando eu começava a falar sobre términar, nós sempre voltávamos.
Só que depois disso, como se não bastasse, ainda tive outro escape por conta desse vício doentio, reativei meu Instagram por uma meia hora, stalkeei meninas, salvei uns nudes da Paolla Oliveira no meu celular, a pessoa pegou meu celular outra vez, excluí novamente, e por mais que eu tentasse recuperar a confiança da pessoa, nada adiantava, não existia mais confiança na relação.
Agora as agressões aumentaram o nível, dentre gritos muito altos, socos, tapas, chutes, arranhões, que eu achava que merecia, aguentei tudo aquilo quieto, a pessoa claramente não conseguia trocar uma ideia, e eu já não tentava mais conversar, só aceitava toda aquela situação quieto, deixava a pessoa me agredir tudo o que ela precisasse. E agora eu prometi pra mim mesmo que nunca mais faria nada disso, que nunca mais iria dar motivo pra ela me agredir novamente.
Geralmente quando o clima não estava muito bom, se eu saía na rua com a pessoa era de cabeça baixa, porque sempre a pessoa suspeitava de eu estar olhando pra alguém, na faculdade, no RU, se ela suspeitava que eu estivesse olhado pra alguém, pronto, fechava a cara na hora, até chegar em casa, e eu já sabia que em casa eu ia apanhar. As agressões físicas começaram a ficar mais fortes ainda seguido de quebrar minhas coisas, jogar minhas roupas no chão e pisar em cima, rasgar meus desenhos, sempre por causa do meu celular ou por suspeitar de alguma coisa.
As conversar sempre eram em forma de grito, eu tentava sair de perto e a pessoa não deixava, se colocava na frente da porta do quarto, não existia mais conversa, ou era silêncio ou era briga, foi então que começou a surgir dentro de mim uma personalidade que eu não conhecia. Quando a pessoa fechava a cara, eu não fazia mais questão de tentar explicar nada, eu só fechava minha cara junto, quando ela começava a brigar eu só saía de perto, e quando ela se colocava na minha frente na porta do quarto, eu virava de costa e ia empurrando ela com a bunda assim pra eu conseguir sair do quarto, nisso ela agarrava e arrebentava minhas camisetas... quando eu achava que as coisas estavam melhorando, que eu estava conseguindo demonstrar pra pessoa finalmente o quanto eu era louco por ela, apaixonado por ela.. não dava outra, a gente brigava outra vez. As brigas foram ficando mais agressivas, agora eu já tentava conter e segurar os golpes de surpresa dela (tipo eu tava conversando normal e do nada um soco na minha cara de surpresa), eu pedia pra ela me bater tudo que ela precisasse se depois disso eu tivesse uma chance conversar com ela normalmente, toda tentativa de conversa era uma explosão, um gritaria, um soco, um chute ou tapa, alguma coisa derrubada no chão, alguma coisa jogada em mim, sempre a próxima briga era muito pior que a anterior, seguido de ela começar a citar o nome de todos os caras que ela ficava antes de ir lá pra casa quando nos conhecemos, dizendo que eles sim eram dignos de ficar com ela, que ela deveria ter ficado com eles, que eles eram tudo, tinham tudo, faziam tudo o que eu não fazia, o que eu não tinha, e o que eu não era.
Voltando pro assunto da DST.
Como se não bastasse tudo isso, mais pra metade de 2019, já nesse ap definitivo, eu e a pessoa começamos a notar as “bolinhas” em mim mais uma vez, “ué mas eu já to curado!”, então ela resolveu pesquisar sobre as bolinhas e os remédios que o médico havia me receitado, descobrimos que essa simples “herpes” que o médico tinha falado com se não fosse nada, e que tinha cura segundo ele mesmo, era a porra de um HSV (herpes genital, tipo mais simples e mais comum de hpv) e não tem cura....
primeiro veio a negação, “mas eu fiz o tratamento, doeu muito aquelas injeções, não pode ser isso” eu não conseguia aceitar, li que a transmissão podia ser mesmo com camisinha, e também que o exame pra HSV tem que ser outro específico, ele não consta sinais no exame de sangue normal previsto pelo médico que eu fazia, por conta de ser um vírus e se alojar no sistema nervoso... o antibiótico tava ali, bastava eu ter continuado tomando ele todo o dia... já era tarde demais, quando a minha namorada começou a ficar mal e apresentar as alterações tbm... faltaram as palavras pra explicar a minha irresponsabilidade, por não ter procurado antes sobre, a culpa, o peso de ter deixado uma pessoa nessa condição pra sempre, a raiva do médico, nada justificava o fardo que eu levaria sempre comigo por ter marcado a vida de alguém de uma forma tão injusta, a responsabilidade de saber o que eu tinha era minha, embora eu tivesse sido responsável, embora eu tivesse procurado saber, embora eu tivesse me prevenido indo no médico, fazendo o que era certo, o médico falhou comigo, se eu soubesse que era só ter pesquisado no Google, nunca teria ido no médico. Os pedidos de desculpa e choros nunca adiantaram, e é claro que eu entenderia se ela não me perdoasse.
Não mais que a minha obrigação, fiquei do lado dela o tempo inteiro durante tudo o que ela estava sentindo, a dor dela, eu só queria achar uma forma de arrancar tudo aquilo dela, mas era impossível, e tudo era minha culpa... pensei nas meninas que eu havia me relacionado antes dela, não mais que a minha obrigação outra vez, chamei e avisei as que estavam ao meu alcance, sem questionamento, só pra avisar que eu tinha descoberto mais isso e não sabia até então.
Fiquei desesperado, depois fui me informando sobre, conversando c amigos próximos, olhando vídeos de pessoas que tbm tem essa condição, descobri que com tratamento após um longo tempo, fica tudo bem, e que é uma condição muito comum hoje em dia. Embora eu nunca vá me perdoar por ter marcado uma pessoa com isso..
Voltando pro assunto de agressões físicas.
Agora isso foi o estopim, pra pessoa fazer o que quisesse comigo, as agressões eram por qualquer motivo, por um fone de ouvido eu era agredido, por eu não servir refrigerante pra ela eu era agredido, e novamente eu tentava terminar com a pessoa, já que pelo visto não teria perdão. Mas sempre acabávamos voltando.
Sobre a porta quebrada: certo dia eu estava chegando da faculdade ao meio dia, eu não podia demorar na saída pq a pessoa ficava cuidando o horário que eu chegava em casa, qualquer conversa na saída com algum colega já era motivo de briga e loucura, então eu ia correndo o mais rapidão possível pra casa. Chegando em casa, queria largar minha mochila, trocar de roupa, bati na porta do quarto, aquela porta trancada, chamei “amor, abre aqui pra mim” e nada, achei que ela pudesse estar dormindo, dei um tempo, bati outra vez, “amor abre aqui pra mim” e nada, dei mais um tempo, nada, chamei no whats “amor abre aqui a porta, tá tudo bem?” Nada de responder, comecei a ficar preocupado, bati forte na porta e nada, liguei pra ela e nada de me atender, pensei porra vou abrir essa porta de algum jeito, tá louco essa guria morreu aí dentro, imagina, (não foi difícil arrebentar a porta pelo fato daquele apartamento ter uns 100 anos e todas as madeiras serem podres por dentro), quando abri, estava a pessoa bem sentada, se fazendo que não tava me escutando, talvez pelo fato de eu ter chegado fora do horário que ela queria, nossa eu fiquei brabo né “qual a tua???” e ainda a pessoa ficou mais braba ainda que eu, por eu ter arrombado a porta, tomei uns tapa, uns xingão, “TU É LOUCO TU QUEBROU A PORTA!” fiquei de caras, ela me indiziu a pensar que eu ratiei mesmo em ter quebrado a porta, concordei com ela, vacilei mesmo, e foi isso, e agora a pessoa ainda tá usando contra mim a porta quebrada. Que fui eu que quebrei mesmo, mas o que isso tem a ver(???)
Com o tempo fui adquirindo essa mesma personalidade de explodir por qualquer coisa, eu também começava a surtar junto e por qualquer motivo, a pessoa jogava minhas roupas e coisas no chão, eu jogava as dela, ela derrubava as coisas, eu derrubava também, estava enlouquecendo, eu começava a bater nas coisas, armário, parede, querendo machucar a mim mesmo, pelo ódio que eu sentia de mim mesmo por tudo que eu tinha feito, e que ela me induzia a pensar que não tinha perdão, e ameaçava o tempo inteiro expor isso pra todo mundo... depois que passava esse surto de querer me machucar, machucar as minhas mãos, eu ficava numa pilha de nervos, começava a chorar e tremer com medo de mim mesmo, eu nunca tinha agido dessa maneira em toda minha vida, sou maconheiro cara, sempre fui tranquilaço até demais, essa mania de socar as parede, quebrei o vidro do quarto sem querer, quebrei meu celular por conta de ela implicar com o meu celular a todo o instante, MAS NUNCA em hipótese alguma, me virei contra ela ou deferi golpes que quase pegavam nela, isso é mentira. Depois eu ficava tão noiado com isso, por eu estar agindo igual ela, eu nunca fui assim e não sabia o que tava acontecendo comigo.
Agora a pessoa pegou uma triste mania de bater na minha genital, seguido de apertões, chutes e socos, eu tive que começar a segurar a pessoa, tentar conter a pessoa, tive que começar a utilizar da minha força, eu ODIAVA fazer isso, ter que afastar a pessoa, empurrar a pessoa, era sempre uns diálogo do tipo “meu para, por favor, não me faz usar a força” eu não tinha paciência mais pra isso acontecendo todo santo dia, eu não sabia mais lidar com aquelas agressões o tempo inteiro, por qualquer coisa, enfim... duramos.
Mesmo que eu tivesse que ir pra faculdade (e pra qualquer outro lugar) todo arranhado, roxo, lanhado, e agir naturalmente na frente das pessoas, agir naturalmente pra família dela, pros meus colegas, botando a culpa nos gatos dela, tudo bem, ninguém percebia nada errado, ninguém percebia meu olhar de pavor todos os dias, minha cabeça baixa, minha voz cansada. Uma única vez, um único conhecido percebeu as marcas de arranhões em todo o meu rosto, pescoço, e peito... também na companhia da pessoa do meu lado, estávamos conversando sobre termos adotado um gato, na hora que eu falei isso, esse conhecido já soltou “então foi o gato que fez isso aí no teu rosto?”, cara... que vergonha, eu só baixei a cabeça e disse “sim, foi sim”, a própria pessoa do meu lado vendo tudo aquilo, não se prestou nem pra falar “capaz, fui eu que caguei ele a pau”, achei que não teria relevância porque é normal né, homem ser agredido pela namorada, aquilo era muito normal pra mim já, afinal eu só fazia merda mesmo, enfim, ela deixou a mentira rolar, deixou a pobre da gata ser a culpada da situação e de todas marcas no meu corpo.
Acabou o ano! Depois de muita briga, tempos, idas e voltas, tentativas de terminar, tentativas de recomeçar, eu já havia me tornado outra pessoa, pornografia nunca mais, nudes nunca mais, isso nem passava mais pela minha cabeça, e nunca mais passou, eu me sentia tão leve e tranquilo, a pessoa finalmente estava aceitando que eu realmente tava mudado, depois dessa dst, aquilo assustou nós dois, conseguimos parar pra conversar, precisou tudo isso pra gente parar pra se ouvir e se entender (coisa que eu queria ter feito dês do começo da nossa relação) a sensação de finalmente ter superado isso foi muito boa, tivemos momentos muito bons, eu tinha me apaixonado pela pessoa outra vez e acho que ela por mim também, a gente nem brigava mais, foi então que a pessoa combinou comigo de vir pra cá na minha cidade passar a virada de 2019 pra 20.
Não durou 3 dias aqui a pessoa resolveu pegar o meu celular (que agora era um que ela tinha me emprestado) e ir numas conversas com um amigo, e descobrir que eu tinha ido na casa desse meu amigo antes dela chegar, sem avisar ela, e também que eu traí ela no começo do nosso namoro em 2018, por conta dela ter ficado com aqueles outros cara, e ainda ficar me jogando o nome deles na lata todas as vezes que a gente brigava, ela fazia questão de falar dos caras, que eles eram melhores (eu guardei ressentimento disso é traí ela, mas ficar PUTO por isso, nunca), não falei nada, vacilei, devia ter perdoado só e não ter feito nada, devia ter contado pra ela mas senti medo da reação explosiva como sempre, o ressentimento falou mais alto e eu vacilei.
Esse dia foi a nossa última briga, e também pior briga de todas, eu fui espancado na minha própria casa, por algo que na época havia acontecido um ano e meio atrás, acordamos toda minha família era umas 3am, meus dois sobrinhos sendo um pequeno ainda criança estava lá acompanhando todo o surto dela com os olhos arregalados (acham que ela se importou com o fato de ter uma criança ali? com a minha família) meu primo, meu irmão, minha cunhada, meus pais, todo mundo vendo aquela situação, a gente foi pro pátio da casa e até um pedaço de pau a pessoa pegou pra me agredir, conseguiu deferir umas pancadas em mim, mas eu consegui tirar da mão dela, fiquei cheio de marcas desse dia, minha boca ficou toda cortada, fiquei marcado nos braços, peito, barriga, rosto, pescoço, costas, virilha, minha orelha ficou inchada e roxa, quando ela começou a bater na minha genital, mais uma vez, tive que segurar ela, empurrar, afastar, e isso pra mim foi o ápice dessa relação, se nunca fossemos conseguir resolver nada com conversa, então não dava mais, eu repetia o mesmo diálogo de sempre “me bate tudo o que tu precisar me bater, mais depois disso a gente pode conversar?” eu só dava o meu rosto pra ela, e ela me enchia a socos, chute e apertões no meio das pernas, meu pai acordou achando que era eu que tava batendo nela, me puxou pelo braço, quase tomei mais um soco do meu pai, e a pessoa ali como sempre, na frente dos outros era a vítima, fez meu pai pagar uma passagem de 200 reais pra cidade dela, após ter ficado só dois dias na minha cidade ela queria ir embora, chegando na cidade dela, ela já chegou arrependida, implorou pra voltar comigo junto com a familiar, que ligava pra minha mãe dizendo o quanto ela estava arrasada por isso, o quanto estava arrependida, porém eu jurei pra mim mesmo que nunca mais queria viver assim, sendo agredido todos os dias, sofrendo violência doméstica, vivendo sem poder sair, sem olhar pra frente, sem ter ninguém ao meu redor, sem poder conversar com ngm, sendo um fantasma preso em uma bolha, sem chance de poder gritar pra alguém tudo o que eu tava passando, afinal, na minha cabeça eu merecia. Os dois vacilaram e ninguém foi vítima. Após isso seguimos conversando tranquilamente, como já havia dito no começo desse texto, e quando ela percebeu que eu não iria mais voltar com ela de verdade, por um surto de ciúmes, fez isso tudo.
Como eu já tinha dito, não quero expor mais nada sobre a vida da pessoa, ela não merece isso, ninguém merece isso.
Quem mais continua sofrendo com essa história toda, é a minha mãe.
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likealiegirl · 7 years
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Nightclub 1994 - Rap Monster S/N POVS - Pode virar nessa esquina à direita - disse ao motorista que assentiu levando o carro até a entrada da boate. - Você não me parece ser daqui, está esperando alguém lá dentro moça? disse quase estacionando - Tem razão, não sou daqui. Umas amigas da faculdade me falaram desse lugar e disseram que estariam aqui hoje, sou nova na faculdade então achei uma boa ideia vir aqui e me enturmar. - Entendo, mas é melhor tomar cuidado. Você não me parece ser do tipo de gente que frequenta esses lugares, principalmente esse local em especial. - Há algo de errado com esse lugar? - perguntou com receio da resposta - Não, quer dizer, é a fama dele. - disse estacionado - Humm, entendo. - disse saindo do carro após pagar pela corrida - Aliás, eu não pretendo ficar muito tempo aqui, não tem muito motivo para preocupação, e pode ficar com o troco. - Tenha uma boa noite, moça. - disse o senhor indo embora. Assim que me virei para olhar melhor o local, uma brisa fria do começo do inverno me fez estremecer, não gostava muito do fato de apenas um sobretudo preto esconder meu vestido da mesma cor justo que ia até um pouco antes do joelho e que deixava os ombros a mostra, mas vir para uma boate de jeans, blusa larga e tênis não me parecia muito adequado. Não era uma roupa típica de quem vai as festas aqui em Seoul, mas também não estava desarrumada, ao invés do tênis optei por simples sandálias de salto, troquei o coque por fios soltos e escorridos, cobri o pescoço com uma espécie de gargantilha preta de veludo e fiz uma maquiagem que valorizasse os olhos, mas nada pesado. O local não era pequeno, me lembra uma daquelas casas de festa, com certeza deve haver muita gente lá dentro com a altura do som que se pode ouvir a uns dois quarteirões. Tinha a entrada bem iluminada e homens enormes na entrada, com certeza ninguém ousaria mexer com algum deles. Quando ousei tentar pagar pela entrada, uma moça com um vestido nude justo segurando uma prancheta perguntou por meu nome. Quando eu respondi imediatamente ela se dirigiu a lista e disse que não seria necessário pagar. Meu nome estava na lista. Entrando na boate pude ver as diversas pessoas conversando logo na porta que dava para a entrada da boate, ao centro havia uma pista de dança e mais ao fundo um bar. A direita do bar havia algumas mesas com pessoas bebendo e conversando, lá estavam elas. Segui em direção das três meninas sentadas falando várias coisas ao mesmo tempo. - Olha quem arrumou tempo para nos dar a ilustre presença. - disse a menina de cabelos longos e loiros, ela parecia a mais bêbada entre elas - Venha, beba com a gente. Aquela ali - disse apontando para a outra loira que parecia a mais velha delas - Já tá me dando sermão, quem disse que eu não posso beber? Todo mundo pode beber, mas ela não entende. Ela nunca entende! - disse agitada - O problema é que você falou que não iria passar de três doses e essa deve ser bem a décima segunda. Advinha quem é que vai ter que te levar pra casa por quê prometeu pra sua mãe, que no caso é minha tia, que iria te vigiar? Eu mesma, e não tô feliz! - Disse irritada - Eu sei me virar! - Ei, será que dá pra parar? Eu não tô aqui pra ouvir briga familiar e nem a (S/N), então por Deus, parem as duas. - Disse a morena com cabelos curtos - Sente-se com a gente S/N, desculpe se assustaram você. - Não foi nada. Aliás, como descobriram este local? - Na verdade, a Zoey - disse apontando para a mais bêbada - Tem um namorado que é amigo do dono do local, por isso sempre entramos de graça e bebemos. Você deve ter estranhado não ter pagado, mas é por que botamos seu nome na lista. - Ah sim, obrigada por isso. - Dizem também que o dono é um gato. Nunca o vimos, porém o que mais tem é boatos relacionado a ele. - Que tipo de boatos? - Como por exemplo que ele sempre que se interessa por alguma menina ele à convida para o segundo andar, onde fica seu escritório. - Entendo, mas mesmo que ele fosse o maior gato de Seoul, não deve ser bom ir lá em cima. Vai saber o que acontece com quem aceita subir com ele. - Nunca soube o que as meninas que subiram disseram, mas ele nunca leva a mesma menina mais de uma vez. É meio que a forma como ele se diverte. É louco, eu sei. - disse a morena virando um copo com um líquido que parecia ser amargo - Bem, sendo verdade ou não, ele quase não aparece na própria boate, então fique tranquila. - Como assim ficar tranquila? Nunca me passou pela cabeça que eu pudesse se quer falar com ele. Além disso, não devo fazer o tipo dele. Não tenho o estilo das meninas daqui, por isso não estou nem um pouco preocupada. - disse bebendo um pouco do suco que me serviram - Aí é que você se engana, o fato de você ser estrangeira só faz notarem mais em você. Tá vendo aquele cara ali - disse apontando pro homem de camisa branca de botão que parecia olhar pra mesa onde estávamos sentadas - ele não para de te olhar desde que chegou aqui, sem falar dos garçons cochichando. - Isso não significa nada, ele deve olhar pra qualquer uma. Nesse momento, a mais bêbada ameaça botar a bebida pra fora e a mais velha a leva para o banheiro. - É por isso que o namorado dela evita que ela beba sozinha, quase sempre isso acontece. - disse olhando as meninas indo ao banheiro que parecia um trajeto difícil já que estavam quase tropeçando devido ao fato da mais bêbada ameaçar cair. - Vem, vamos dançar, não é pra isso que veio? Você não tomou um drink desde que chegou, pelo menos dançar eu sei que você faz. - Disse e me arrastou para a pista. O ritmo era acelerado e não demorou muito para um cara chegar na morena de cabelos curtos, eles logo começaram a dançar um perto do outro parando algumas vezes pra conversar baixinho. Havia muita gente e a essa hora as meninas já deviam ter voltado do banheiro. Tentei achar a saída da pista porém os corpos se movendo freneticamente não facilitavam, principalmente a pouca iluminação. Demorou um pouco e eu pude ver o começo do bar, ia seguir até ele para então achar a mesa com as meninas quando alguém me puxou do final da pista e me levou para um corredor perto da escada que dava acesso ao segundo andar. O lugar era escondido e ficava atrás do bar, longe a visão de qualquer um. Tentei me soltar do cara que segurava meus pulso com força, provavelmente ficaria a marca. Olhei para o rosto e era o homem de blusa branca de botão, ele cheirava a vodka tinha um sorriso assustador, era alto e os dois primeiros botões de sua camisa estavam abertos deixando à mostra uma tatuagem de dragão que parecia cobrir o peito. - Então quer dizer que a mocinha pensa que pode me encarar e sair assim? - disse colocando meus pulsos na parede atrás de mim - Você dançando é a coisa que mais mexeu comigo esta noite. - Acho que me confundiu com alguém, me solta por favor. - disse fazendo força para me soltar. - Pela voz não deve ser daqui. - disse e sorriu - Como deve ser o corpo de uma gringa como você? Ia adorar que me mostrasse - disse passando a mão pela lateral do meu corpo me fazendo sentir um arrepio de pavor só de imaginar o que ele poderia fazer - Eu não tô interessada. Me solta, vai procurar alguém que esteja afim de olhar pra essa sua car nojenta. - disse e ele apertou ainda mais os pulsos - AAAAH, ME SOLTA. - Agora que eu fiquei com mais vontade. Não sabe que quanto mais você fica com medo, mais eu sinto vontade de ter você. - disse sussurrando aos meus ouvidos. Isso é um pesadelo, alguém tem que me ouvir. - SOCORRO! ALGUÉM POR FAVOR! - Não sabe ficar quieta, cadela! - disse e me jogou contra a barra de metal da escada fazendo um barulho agudo. Havia sangue na minha testa, minha cabeça girava de dor. Tentei ficar consciente pra tentar pedir ajudar. Estava ao pé da escada quando ele veio pra cima de mim, porém alguém desceu a escada disparado socos em direção ao homem que me agrediu. Ele era alto, loiro, e usava um terno. A briga pareceu acabar rápido, o homem de terno chamou dois de seus homens para botar o cara que camisa branca pra fora. Ele veio até mim e passou a mão onde sangrava. - Talvez precise de ponto, vou te levar lá pra cima. - disse e me carregou estilo noiva começando a subir as escadas. Foi quando me lembrei. O dono da boate, parecia ser ele. Ele era o único que de longe era o mais bem vestido daquele lugar e a forma como ele ordenou que tirassem o homem do local o entregou. Era ele mesmo. Mas o que ele fazia aqui? Disseram que ele quase não aparecia na própria boate, e quando aparecia... Não. Quis me soltar mas estava me sentindo tonta demais, provavelmente rolaria escada a baixo. - Não, nã-ão quero. Por favor... - tentei dizer para me deixar ir, mas a visão acabou por ficar embaçada e logo tudo escureceu.
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