#eu ando desesperada por deus
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hey...
im not new to tumblr (im pretty old around here actually) but im having a little trouble finding active booktumblrs to follow. so please, if you are a booktumblr, like here or reblog to help me find more ♥️
#mirella says#text#book tumblr#books#bookedit#booksedits#booktumblr#eu ando desesperada por deus#nao acho conteudo o suficiente pra reblogar 😭#bookblr
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Terça-feira, 19 de setembro de 2023
É véspera de feriado então let's party gurrls!
Eu sou muito tapada. Saí do trabalho depois do expediente de carona com o Sócio™ (meu ex), quando cheguei na frente do meu condomínio e fui pegar a minha chave para entrar, cadê a chave? Fiz ele voltar comigo para o café, nosso café. Chegando lá revirei todo o lugar mas pensa que achei alguma coisa? Achei nada. Fui desesperada até o carro avisar, já pensando na logística merda de tudo porque ainda não tenho cópias (por preguiça e burrice mesmo). Abri a porta e as chaves estavam no banco. Yay.
Mas é isso, estou em casa e logo mais vou sair com meu amigo e a amiga dele para uma noite de garotas com muito papo calcinha. Palavras dele. Ando mais sem dinheiro que o normal mas eu que não vou ficar miserável em casa. Inclusive a casa tá um caos, uma bagunça que só, e a falta de dinheiro nesse momento é porque finalmente comprei o móvel (usado, obviamente) de cozinha que eu queria. Foi um paaaarto negociar com o dono da cristaleira e também com o cara que fez o frete, porém águas passadas e agora está belíssima no meu recinto.
Enfim. Quase todas minhas roupas estão sujas e a depilação das pernas está vencida, mas com a segunda parte eu nem me importo e acho que vou colocar um vestidinho preto de alcinha que fiz um ano atrás, o coturno também preto e um casaco coloridíssimo que parece ter sido feito pela vó (mas é Renner). Meu deus, já é 19h32, preciso achar minhas maquiagens e colocar as roupas para lavar e dar comida para a minha gata e tomar banho e jantar e aaaaaaAAA.
Voltei a sair com o AA. Acho que ficou mais tranquilo depois que ficou mais ou menos estabelecido que transar é bom demais e não se espera nenhum compromisso de ambos lados. Me parece o ideal no momento. Me agrada a ideia de construir algo parecido com uma relação sem esperar muita coisa. Obviamente gosto dele e eu demoro muito a me apegar as pessoas mas sou muito consciente do que sinto. Sei que o que eu quero numa relação ele não vai me entregar e de um modo geral eu não apresentaria ele para minha família e amigos de verdade (acho ele bonito e gente finíssima para conversar mas etc e tal).
Coloquei o vestido, jantei, dei comida para a gata. Acho que não vou me maquiar, não tenho muito tempo hábil mas de qualquer forma acho que maquiagem me envelhece demais. Gosto do meu rostinho pelado ao vento, minha pele tá mil vezes melhor que quinze anos atrás (uma grande vitória para a Marina do passado). Teria mais coisa para falar mas vou me atrasar demais. Vou com o vestido preto, mas troquei o coturno pelo All Star botinha amarelo e uma bomber/corta vento cor-de-rosa no lugar do casaco de vó. Me sinto o Didi Mocó hipster mas tô feliz.
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já é 7 de abril e hoje faz 8 anos que você se foi. 8 anos é muito mais tempo do que o tempo que vivemos juntas. o dia que você se foi, foi o dia que mais chorei na vida mas se juntar todos os outros que vieram depois daquele 7 de abril, também é muito mais choro do que o daquele dia. o dia seguinte a ele também foi difícil. eu tinha horário na dentista e, na sala de espera, pessoas lamentavam o que tinha acontecido, o quanto você era jovem e etc. desatei a chorar ali mesmo e lembro de dizer desesperada: "ela era incrível, ela era uma pessoa incrível". lembro de sentir essa urgência, que precisava dizer, que as pessoas precisavam saber que você era incrível, elas precisavam ouvir.
eu não tenho lembranças dos dias que sucederam. sinto como se o seu luto tivesse sido encubado e eu fosse começar a vivenciar ele de fato três anos depois. não que eu não pensasse em você, porque pensava, e chorava muito, mas não com a frequência que viria. foi numa semana em 2019, já no segundo semestre, que um dia acordei cantarolando a música que dançávamos juntas na aula de inglês da sexta série e percebi que eu estava cercada de coisas que pareciam você, mas não eram. me dei conta do tamanho da sua ausência na minha vida naquela semana e tudo me doía. a risada das pessoas, o tom de voz, as brincadeiras que faziam comigo, o que falavam, qualquer coisa. passei semanas vivendo isso em segredo, chorando sem explicação na frente das pessoas. assistia aos nossos vídeos, especialmente aquele único que tem sua voz e sua risada, e não entendia o que estava fazendo. sentia que mexia com coisas que não devia. em partes porque viver seu luto também foi lidar com a culpa, o arrependimento e a vergonha. por muito tempo acreditei que não tinha o direito de me enlutar porque, quando você se foi, não nos víamos nem falávamos há mais de dois anos. a última vez que te vi, foi em dezembro de 2013, no mcdonalds do centro da cidade que, ironicamente, também não existe mais. e vivendo sempre nessa iminência das coisas que deixam de existir, esperava tanto que ele permanecesse pra sempre, pra eu ter pra onde ir quando precisasse me lembrar.
eu sempre fui uma péssima amiga, eu nunca sei permanecer. depois de você, me cobro tanto isso que às vezes penso que mais me torturo do que te honro. nem sempre eu quero ficar, mas fico porque tenho medo de que outros também deixem de existir assim, de forma tão abrupta, e com um último encontro tão breve e banal, que vai me perseguir pro resto da vida.
você sempre foi a melhor nisso e hoje, quando penso em como tudo começou, vejo que só começou porque você sempre fez questão de se impor na minha vida, um traço que sempre achei insuportável em todo mundo, e que, provavelmente, achava em você também quando nos conhecemos.
às vezes a gente fala de quem se foi de forma muito anacrônica. talvez nem seríamos mais amigas, talvez eu não soubesse o que fazer se a visse na rua, talvez tanto tempo teria se passado que nada daquilo que vivemos faria sentido lembrar.
mas sigo lembrando com imenso carinho, de tudo. e todos os dias. religiosamente. várias vezes ao dia. e sem esforço. você faz parte dos meus dias e gosto de pensar que criei uma pequena e particular religião. nunca soube acreditar em deus e sempre achei inconveniente rezar pra pedir qualquer coisa e, no entanto, quando sinto que preciso, é você a quem me dirijo. como se acreditar em deus só fosse possível através da sua existência. ando por aí em segredo com você.
ano passado passei pela sua cidade pela primeira vez em todo esse tempo. nunca tive coragem de ir me despedir de você, também nunca quis. penso hoje que você tinha toda uma vida ali, há poucos quilômetros da nossa aqui, que eu jamais participaria. e ainda assim, você sempre se empenhou em fazer com que eu sentisse que era especial.
lembro do quanto você amava seu avô. das brigas com sua irmã. de quando você cortou a franja porque eu cortei a minha. da festa na garagem da casa da gabriela. que você estava do meu lado quando eu perdi o bv. do homem na fila do parque de diversões falando que só ia girar no brinquedo e ir embora. às vezes acho que lembro até do seu cheiro. de que você prometia que ia parar de roer as unhas e pintar de vermelho só por mim. da sua risada inconfundível. do quanto você era debochada mas nunca desrespeitosa. da sua cachorrinha meg. de quando apareceu na escola com uma foto 3x4 de um homem que disse que encontrou na rua e perguntou o que eu achava e eu disse que parecia que tinham gozado na cara dele pra então você me dizer que era seu pai. de quando você organizou uma festa de aniversário surpresa pra mim. do quanto você era atenta aos detalhes e fazia tudo ser importante. de um abraço que me deu na praça de alimentação do rio preto shopping numa sexta-feira. do amor que você sentia e fazia questão de expressar às pessoas. dos infinitos apelidos que você inventou pra mim. de te acompanhar pra experimentar roupa na c&a. das inúmeras músicas que dizíamos ser a nossa. de que viramos amigas porque um dia, na sexta série, você virou pra trás e pediu a tesoura emprestada.
esse vídeo é um dos tantos que fizemos que consistia em botar uma música e ficar dançando na frente da câmera. essa música também era uma das nossas. era um dia de 2008. você se convidou pra ir na minha casa e dormir lá. depois de brincarmos de brigar porque eu não conseguia abrir dois msns no computador, decidimos que iriamos ao mercado comprar sorvete. nunca chegamos ao mercado, porque ficamos de gracinha na rua. era feriado.
quando consertei minha câmera cybershot, em 2022, fiquei tão feliz. pensava que, assim como eu, ela também tinha te visto, capturado sua imagem e que, de alguma forma, você vivia através da lente dela. preservo ela com tanto cuidado com medo de que ela também deixe de te ver.
esse ano, realizei um dos afazeres da minha lista de afazeres antes de morrer. eu finalmente fui ao show do simple plan. tomei a decisão de ir pensando em você. chorei pensando em você quando eles cantaram perfect world.
te amo, Laura. sinto saudade. queria ter podido ser adulta com você.
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Você já...
se sentiu fracassado? Quem nunca né?! Mas ultimamente tá puxado demais!! Algo talvez relacionado com minha baixa autoestima ou relacionado com essa emergência de começo do ano em que todas as pessoas ficam desesperadas em busa de coisas novas, focadas em mudar suas vidas. Pode ser que isso seja causado pelo fim da pandemia, afinal começamos um ano sem nenhuma "expectativa" de nova variante, como aconteceu ano passado.
Não sei se realmente tem a ver com algum desses motivos ou se nesse momento eu ando me comparando demais com as pessoas. Ultimamente me sinto muito frustrado/fracassado, fico olhando as redes sociais e parece que todas as pessoas do mundo estão fazendo academia ou estudando!! Eu tenho muita vontade de voltar a estudar, mas não faço ideia do que estudar e muito menos por onde começar, a mesma coisa relacionado com academia, tenho pavor daquele lugar lotado, ter que socializar com aquelas pessoas, negociando o revezamento de aparelhos. Até que me deram a sugestão de frequentar na parte da manhã, que geralmente é bem mais vazia, gostei da dica e me animei, considerei a ideia e comecei a pesquisar lugares, até que despretensiosamente olhei o status de uma querida no WhatsApp sofrendo na academia e postando frases motivacionais, não deu outra: desisti na mesmíssima hora!! Eu estou me sentindo péssimo com meu corpo, olhei umas fotos do final de semana e me lembrei o porquê eu não tiro fotos de mim mesmo, eu odiei. Mas o que eu posso fazer pra mudar isso? Talvez a única opção que esteja ao meu alcance nesse momento seja entrar na academia, mas já entendi que será perca de tempo e dinheiro.
Então eu fico aqui, nesse limbo, querendo trocar de emprego, mas sem saber exatamente o que eu quero fazer e desanimado pra procurar algo enquanto vou criando raízes num lugar que já não me contempla mais. Querendo estudar, mas sem saber o que e nem por onde começar ou como procurar. Querendo mudar meus hábitos, mas sem forças pra começar. Eu estou completamente perdido, eu nem ao menos sei quem sou eu e nem o que eu quero de verdade.
Nunca pensei que as pessoas cheguem nesse ponto, no fundo eu só queria entender o que eu quero de verdade, criar uma identidade. Eu estou agoniado, como se eu fosse um presidiário de mim mesmo em busca de uma liberdade que só eu posso me conceder, mas não sei como posso fazer isso.
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27 de setembro de 2024 - 18h05
Viver é mais difícil do que parece. Na verdade, acho que não o ato de estar vivo em si, mas de criar consciência das coisas.
Acredito que parte do processo de estar vivo é sentir medo. E sentir medo o tempo todo, diga-se de passagem. Mesmo que a gente não lembre o tempo inteiro dos medos que temos porque, de certa forma, acho que ter medo é o que mantém a gente vivo. Eu não ando de moto porque tenho medo de morrer. Eu não peço demissão porque tenho medo de passar fome. E por aí vai.
Eu tenho deixado de fazer muitas coisas por estar com medo e isso tem me deixado em estado constante de ansiedade, quase um desequilíbrio químico por sentir medo o tempo todo.
Tenho medo de trocar de emprego.
Tenho medo de a faculdade não dar em nada.
Tenho medo de me derramar demais no meu relacionamento.
Tenho medo de pensar de mais e chegar à conclusão que tô enlouquecendo.
Tenho medo de não conseguir conquistar o que eu quero.
Tenho medo de ver que perdi tempo.
Tenho medo de ter conversas difíceis.
Tenho medo de contar pra alguém sobre todos esses medos.
Tenho medo de arriscar sair do meu conforto.
Tenho medo de não conseguir realizar o que eu planejo porque decidi mudar de ideia.
Tenho medo de ser invisível.
Tenho medo de passar muito tempo ociosa.
Tenho medo de me tornar uma mentirosa compulsiva.
Tenho medo de não conseguir me achar dentro da igreja do jeito que um dia eu consegui me encontrar.
Tenho medo de um dia o Guilherme sair e não voltar.
Tenho medo de acabar sendo indiferente.
É uma lista gigantesca de medos que eu não tenho certeza se tem de fato uma finidade. Me sinto melhor de ter organizado em uma lista agora, mas não torna tudo tão melhor visto que eu não sei como dar um jeito em absolutamente nada dessas coisas. E no final tá tudo na minha mão. Devia ser um alívio mas não é porque me sinto constantemente incompetente pra resolver qualquer coisa que demande maturidade.
Acho que minha psicóloga acha que sou meio obcecada com esse lance de ser gente grande, responsável e agir como adulta, mas eu sinto desesperadamente que eu já devia agir como uma adulta e simplesmente não me sinto assim e não acho que estou perto de me sentir.
Queria poder falar disso com Deus. Sei que ele ia me dar alguma luz, algum sinal ou algo do tipo. Sei que sou uma filha querida, mas acho que tudo que eu peço a Ele, eu peço errado. ENTÃO SENHOR DEUS, se o Senhor estiver me acompanhando nesse momento, e eu sinceramente acredito que esteja, veja esse desabafo como uma oração desesperada. Me dê discernimento e organiza minha mente de uma forma que eu consiga habitar a minha cabeça e não me preocupar tanto com coisas que não estão nem um pouco sobre o meu poder.
Amém.
"A gente ainda é criança, só que agora esconde o rosto pra chorar."
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21 de setembro de 2024, sábado.
Querido Baekhyun,
Eu espero que você nunca tenha experimentado a dor da rejeição. É tão cruel que não consigo nomear o que estou sentindo agora. Acredito que faz mais de um mês desde a última vez que te escrevo, então tentarei resumir todos os acontecimentos deste último mês.
Mais uma vez, fazem mais de três dias que não vou ao trabalho. Dra. Tatiana me deu dois dias de atestado, a pedido meu, no entanto, estou prolongando os dias em casa e hoje já é minha segunda falta. Sim, tenho quatro dias dentro de casa, apenas com as merdas de pensamento que ando tendo.
Eu não me alimento direito e não sei explicar a melancolia que venho sentido. Nada parece importar, eu não pareço importar. Para ninguém.
Na primeira semana de setembro eu finalmente tive meu segundo encontro com Enzo. Fui para casa dele e transamos duas vezes. Mal nos comunicamos ou conversamos, me senti como uma puta que foi lá apenas para sexo. Óbvio que após isso ele cozinhou um macarrão — que por sinal estava muito gostoso, a ponto de eu sentir vergonha de pedir por mais.
Acontece que após esse encontro, Enzo mudou completamente comigo. As inúmeras curtidas nos meus stories cessaram, não houve mais diálogos ou uma promessa de próximo encontro. E bem, eu não deveria me importar com isso, uma vez que enrolei ele por quase um mês inteiro até que tivéssemos nosso segundo encontro, mas porra, eu realmente não esperava essa mudaça abrupta.
Confrontei ele ao perguntar se eu havia feito algo de errado, ele demorou para responder e quando o fez disse que ‘’não via problema em continuarmos saindo, mas não estava preparado para algo sério por ser traumatizado’’. Honestamente, eu não sei qual sentimento prevalece quando penso um pouco mais sobre essas palavras. Sinto que estou em um ciclo vicioso onde sou facilmente descartada pelas pessoas as quais me interesso minimamente.
Me lembro perfeitamente como no início parecia que algo estava errado. Olhando agora sei que era minha intuição me avisando silenciosamente que o mínimo de apego me quebraria. Não consigo entender como consigo ser uma vítima perfeita; ele passou um mês inteiro, Baekhyun, um mês da vida dele e da minha mostrando interesse por algo que futuramente ele viria a descartar.
E não, eu não estou triste por ele me descartar e sim com o sentimento de que não consigo mesmo ser o suficiente para alguém querer simplesmente ficar. Por que parece que para todos é tão mais fácil de me deixar do que permanecer?
Eu sou medonha demais? Mórbida demais? Desinteressante demais?
Não sei responder nenhuma dessas perguntas.
No entanto, o sentimento é horroroso. Aparentemente eu não mereço o mínimo de interesse e afeto de ninguém, jamais terei algo recíproco em minha vida e, quando digo isso, não é porque estou desesperada por um relacionamento amoroso, até porque isso é em qualquer área de minha vida.
Vi meus ‘’amigos’’ de infância juntos. Estavam na praia e pareciam muito felizes com isso. Eu morri por dentro ao constatar, mais uma vez, que não faço falta. Como sempre, foi culpa minha me isolar, mas é irônico lembrar que quando parei de ir atrás, todos ficaram muito confortáveis em simplesmente aceitar.
Sim, eu não consigo fazer com que ninguém fique realmente por mim.
Ontem minha mãe dormiu fora. Não sei exatamente qual é o real motivo da minha crise, gosto de pensar que foi a situação com Enzo porque deixa tudo mais raso, bobo, patético, porém eu sei que estou dessa forma por uma série de fatores.
Minha mãe ainda acha que a culpa é minha ela ficar preocupada comigo quando sai, assim como ela ver um grande problema em eu não ter energia para trabalhar.
Mesmo que minha sessão com Tatiana tenha sido há três dias, parece que nada saiu de mim. Tenho medo de ser para sempre essa pessoa pessimista que não consegue ter vínculos fortes com pessoas. Eu me sinto sozinha no pior sentido da palavra. Tenho medo de não ser lembrada por ninguém quando eu deixar de existir. Aparentemente, eu jamais serei suficiente para mim, para minha mãe ou para qualquer pessoa que se aproxime de minha pessoa.
Eu sinto muito por não ser engraçada, divertida, inteligente, agradável ou qualquer merda de adjetivo que todas as outras pessoas são. Sou um grande fardo para a humanidade e sequer posso me matar por, muito infelizmente, não quero causar mais sofrimento para minha mãe.
Com amor, mas sem esperança,
Renata.
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Mais uma pessoa que se manifesta presente na minha vida e eu, na primeira tentativa, me fecho
Thiago: Tudo bem rai, entendo. Eu não sou a solução dos seus problemas, mas quero que saiba que estarei sempre a disposição em te ajudar, seja qual for a situação, ok? As vzs é bom vc dividir um pouco do seu problema com uma possível pessoa que tlvz possa te ajudar ou iluminar a sua mente, duas cabeças pensam melhor do que uma. Não precisa se preocupar com o tamanho do seu problema, pode me chamar que eu smp vou estar aqui, vou fazer tudo oq for possível pra te ajudar. Só toma cuidado para não perder as pessoas que gostam e que se preocupam com você, ok? Você não merece ficar sozinha por conta de "turbulências" que acontecem na sua vida e te que faça querer se afastar para tentar resolver tudo isso sozinha.
Não esqueça que vc não tá sozinha. apenas escolha as pessoas certas p que vc possa falar dos seus problemas. Pode contar cmg.
rai: assim, ele foi um fofo. Eu sei. A única coisa que me deixa em dúvida é a pretensão dele sobre mim. Não ando tãooo bem pra me fechar em relacionamento, mesmo ele sendo uma puta pessoa legal, e consigo ver isso através do meu comportamento com o m****. Assumo uma forma totalmente compulsiva e depravada, minha vida, em evidência, se vira para aquela situação e fica presa em um só enredo enlouquecedor.
Enfim, me relaciono de uma péssima forma com algumas situações por vezes específicas que se repetem sempre que eu caio nessa teia. É um quarto escuro, e me encontro trancada nele desesperada para sentir o abraço da luz.
O que eu falo pra ele? que eu tava muito confusa e só queria aproveitar minha vida ao máximo e, por isso, acabei entrando na vida de todo mundo causando um rebuliço? ok, thiago. veja minha fiel fraqueza, aquela que me acompanha desde sempre e que nem mesmo eu sei o que é, mas que assola, que retorna ininterruptamente pra acabar com toda minha felicidade genuína.
Você precisa de uma resposta, oq eu falo? Penso em fugir do assunto NOS, mesmo que ele já esteja escancarado e você esteja entrando sorrateiramente na minha vida, mas nem para isso me sinto capaz de fazer. Medo da perda? pelo amor de deus, eu não tenho mais 14 anos. Sei que algumas pessoas devem ir embora, outras ficar. É a vida mudando e se transformando..
sem mais divagações, vou pensar no que escrever p ele!! Obg tumblr pela invisibilidade confortavel 💞💞
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Rainha do Verão
Yago chora, sendo consolado por Taty.
[Yago]- eu me sinto um lixo, Taty.
[Taty]- para, amigo, você não é. Os errados foram eles.
[Yago]- seja sincera comigo: eu sou ou fui uma pessoa ruim?
[Taty]- Yago, já chega, eu já te disse que eles foram os errados!
Nesse momento, Olívia chega no local, desesperada.
[Olívia]- Yago! Yago, o que aconteceu?!
[Yago]- mãe?! Como...você chegou até aqui?
[Olívia]- a Clara me ligou e disse que você surtou, começou a espancar o seu irmão, meu filho, o que foi que te deu?!
[Yago]- pelo visto ela não te contou tudo, né. A Clara e o Yalle estavam tendo um caso. Flagrei eles transando aqui, no meio da grama.
[Olívia]- o quê?!
[Yago]- sei que o que fiz foi errado, mas não tive outra reação. A minha vontade era de matar o Yalle.
[Olívia]- eu não...sei nem o que dizer. Aquela maldita com certeza armou tudo, eu tinha certeza de que ela iria destruir as nossas vidas!
[Taty]- senhora, me perdoe a intromissão, mas acho que agora o importante é saber se o Yalle está bem.
[Olívia]- e você, quem é, mocinha?
[Yago]- é o meu anjo da guarda, mãe. O nome dela é Taty.
Anoitece. Após terem transado sucessivas vezes, Gilmar e Dalila saem do local onde estão.
[Dalila]- feliz por ter me usado pra realizar mais um dos seus fetiches?
[Gilmar]- nossa, você fala como se nunca tivesse feito isso pra satisfazer um homem. Já se arrepende da sua vida de prostituição?
[Dalila]- me arrependo de ter te conhecido. Na boa, me leva pra casa, já que nem sair dessa porra desse carro eu posso.
[Gilmar ri]- mas quem disse que agora vamos pra casa?
Dalila encara Gilmar, receosa.
[Gilmar]- a segunda parte começa agora.
[Dalila]- pra onde vamos?
[Gilmar]- calma, dessa vez você vai gostar.
Felipe e João seguem conversando.
[Felipe]- não quero que fiquemos brigados, sabe?
[João]- sim. Eu também não quero. A gente se dá bem, mas acho que, sei lá, algumas coisas se perderam.
[Felipe]- confesso que me deslumbrei. O papo de se apaixonar pelo primeiro cara é real (risos). Mas ando experimentando outros sabores e entendi o seu lado.
[João]- uiii, tá ficando com quem? É com o Miguel, né, safada?
[Felipe ri]- claro que não, o Miguel é hetero! Mas ele tá me ajudando nesse processo de alguma forma.
[João]- cê sabe que eu torço demais pela sua felicidade, né?
[Felipe]- e eu pela sua. Amigas?
[João]- amicíssimas!
Felizes, João e Felipe se abraçam.
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"Loving you is a losing game."
Singapura, Marina Bay, 2022.
Sete e meia da manhã. O celular despertava. Marília metia a mão pra prorrogar o mesmo.
Sete e quarenta. Mais uma vez. Sete e cinquenta. Mas que merda, aquilo não iria desligar nunca?
Abriu os olhos de leve e pela pequena fresta da cortina de seu quarto do hotel viu que o tempo ainda prometia mais chuva. Prometeu a si mesma que iria tomar forças e levantar da cama.
Mentira. Já se passavam das oito e meia e algumas batidas na porta eram ouvidas. Marília deu um pulo da cama, com seus cabelos meio bagunçados, mas logo ajeitou os mesmos e por sorte usava um de seus pijamas de frio mais fofos, listrados, com o fundo azul escuro e as listras brancas, de flanela.
- Quem? - Marília perguntou antes de abrir totalmente a porta, ainda com a voz meio rouca de quem havia dormido mais do que oito horas, como uma pedra.
- Seu chefe. - Christian Horner respondeu do outro lado da porta, com uma voz séria mas querendo segurar o riso por imaginar o estado de sua parceira de equipe naquele momento. - Imagino que tenha esquecido totalmente da nossa reunião de equipe agora às oito e meia, no salão lá embaixo, do hotel.
Puta merda. Ela tinha esquecido totalmente. O que ela tava pensando? No Charles tentando se explicar noite passada? Nas boybands que ela era apaixonada anos atrás? Nas piadas ruins de Ricciardo e Norris ou em como Verstappen estaria insuportável hoje?
- Caralh... Digo, por Deus, Horner - ia dizendo a mais nova, abrindo a porta totalmente para que ela pudesse olhar para Horner e pedir desculpas. De pijama. - Eu acabei dormindo demais, eu ando muito...
- Pilhada. Cansada. Maluquinha. - Horner ia citando todos os adjetivos possíveis e Marília ia rindo baixo e apenas concordando, pois todos se encaixavam perfeitamente. - Vai, se veste. Nem inventa em botar maquiagem porque o tempo hoje vai ser terrível e vai ser um desperdício gastar essas coisas caras no seu rosto pra um tempo tão feio como hoje. E ah, não esquece da jaqueta. - Horner ia dizendo já se retirando e indo até o elevador.
Marília riu para seu chefe e acenou até que ele saísse de vista. Fechou a porta do quarto rapidamente e foi correndo tomar uma ducha quente. Deu um tapa rápido nos cabelos e apenas uns retoques de maquiagem, só pra não perder o costume, senão aquela não seria ela. Colocou rapidamente uma calça skinny preta, uma blusa de frio da mesma cor, que era bem fofa e esquentava o suficiente, independente do clima que fizesse lá fora e pegou sua jaqueta inseparável da equipe.
Pegou sua bolsa e saiu voando do quarto, quase como um raio.
- Bom, como eu ia dizendo... - Horner ia dizendo, sério e concentrado, enquanto todo o restante da equipe dos Bulls o ouvia, incluindo os pilotos Max e Checo, mas foi interrompido por uma Marília que vinha quase desesperada, e uma expressão de vergonha estampada em seu rosto.
Ela parou em frente a mesa onde todos estavam e assim todos a ficaram encarando, alguns assustados e outros segurando o riso.
- Bom... Dia. - Marília disse, com um sorriso sapeca, tentando quebrar o gelo. - Será que posso ter a honra de me juntar a vocês nessa conversa super interessante?
No mesmo instante, Max a encarou e não resistiu. Caiu numa gargalhada e foi seguido pelos demais engenheiros.
- Senta ali, do lado do seu irmão, Marília. - Horner apontou para uma cadeira vaga ao lado de Max, que ainda tentava se recuperar do riso e da maneira que Marília tentava contornar a situação.
- Horner! Max só tem a Victória de irmã! - Marília protestou, enquanto ia se sentando ao lado do amigo, que passou o braço por trás de seus ombros.
- Eeeei, você sabe que lá em casa você já é nossa irmã também, então ele não tá errado. - Max sorriu de lado.
- Belíssimo. Depois vocês resolvem os problemas familiares, agora vamos focar na corrida de hoje, que somos nós contra os Tifosi. - Horner disse, duramente. Aquela frase fez Marília congelar na cadeira, que apertou a mão do amigo ao seu lado.
Era sua equipe, sua então família contra sua melhor amiga e o não tão resolvido amor da sua vida.
As horas passaram voando, infelizmente, pensava Marília. Fazia algumas anotações enquanto ela e um outro engenheiro da RedBull olhavam de cabo a rabo o carro de Max, tentando deixar tudo perfeito.
Naquele dia, ela fez questão de dar uma olhada no carro de Checo. Ambos os carros pareciam perfeitos. Deu uma suspirada profunda e sentia que tinham grandes chances, apesar de Verstappen estar largando P8 e Checo bem na frente do grid. Uma diferença e tanto; e naquele dia, Max poderia ser bicampeão. Dependendo da combinação dos resultados dos demais e dos dele mesmo, o campeonato era dele. O clima era ainda mais eletrizante ainda.
Marília tomava pequenos goles da latinha larga de RedBull, e sentiu um cutucão em seu ombro.
- Parece como antigamente, né? - Stella começou, enquanto olhava em volta no motorhome dos Bulls. Marília a olhou surpresa e abraçou a amiga com ternura.
- O que você quer dizer? - Marília respondeu, sorrindo largo enquanto se soltava do abraço da amiga.
Stella suspirou e deu um sorriso de lado, enquanto ajeitava seu boné vermelho da Ferrari. - Nós duas, torcendo pelos nossos... Enfim. Nós duas tendo oportunidade de pódio, ao mesmo tempo. - Stella riu, um pouco nervosa.
Marília sorriu e apertou as mãos da amiga, enquanto a olhava nos olhos. - Stella, eu sei o que dizem por aí e... Enfim. Mas isso não é eu contra você.
- Eu sei, boba. - Stella riu, dando um soquinho no braço de Marília. - Mas saiba que vocês que vão pagar a festa mais tarde. - Stella disse a última frase mais alto, ao ver que Verstappen se aproximava das duas.
O holandês se apoiou ao lado de Marília e ficou encarando Stella, que tinha um sorriso largo e divertido. O rapaz tinha os pulsos apertados pra não cair naquela onda e sorrir junto.
- Eu pago, tudo. - Max começou, abrindo os braços. - Ganhando ou perdendo, eu pago. Mas eu só quero ver quem vai subir no lugar mais alto do pódio hoje. - ia dizendo ele, se aproximando da Ferrarista, que não se preocupava em se afastar do holandês.
- Isso é pra depois das 57 voltas, garoto. - Stella disse, sorrindo de lado, dando um tapinha no ombro de Verstappen, que sentiu seu rosto ferver. - Até mais tarde, malas.
Marília e Max ficaram observando a engenheira da Ferrari ir se dirigindo até o paddock de sua equipe, enquanto cumprimentava todos os pilotos que encontrava pelo caminho, e fazia até brincadeiras bobas com Mick Schumacher e Pierre Gasly pra um reels no Instagram.
- Você ainda gosta dela, não gosta? - Marília perguntou, enquanto ainda observava a amiga, de longe. Max quase esgasgou no energético que tomava.
- Mas que... Que? - O rapaz riu ironicamente, fazendo uma expressão de desentendido. - Eu preciso falar com o Horner, a corrida começa em meia hora. Boa sorte, meu doce. - E assim fugiu Max, sem antes deixar um beijo na testa de Marília, que ficou rindo sozinha, lembrando dos dois amigos.
"iT'S LIGHTS OUT, AND AWAY WE GO!"
A corrida começou. Marília sentia uma dor na barriga insuportável que teve que tomar um analgésico.
Algo não estava certo. Primeiro era tão estranho ver Max largando do fundo do grid e por algum motivo, ele não conseguia ganhar potência nem pegar espaço pra ultrapassar seus adversários.
Um incidente nas voltas 10 e 36 fez com que o safety car entrasse na pista e deixasse todo o clima mais agoniante.
- Christian, não vai rolar... - Max chamou seu chefe no rádio, se queixando do carro.
- Max, você tem chances. Lembra quando foi de P10 pra P1? - Horner tentava animar o rapaz, que estava ofegante do outro lado da linha.
- Os tempos eram outros. - Max tinha uma voz quase embargada e claramente irritada. - Não vai ser hoje.
Merda. Merda. Marília pensava. Tinha uma garrafa d'água na mão e jogou no chão assim que ouviu as palavras do amigo no rádio. Christian viu a reação da garota e tentou a acalmar.
- Checo. Checo é P1. Marília...
Faltava uma volta pra corrida acabar. Checo tinha uma punição de cinco segundos pelo incidente um pouco antes da prova, mas não era o suficiente pra tirar o pódio do mexicano.
Já era possível a equipe toda da RedBull indo para a grade ir ao encontro de seu vencedor. Marília olhava atentamente aos monitores e tinha todos os seus melhores desejos no carro vermelho que vinha logo atrás de seu próprio piloto. Era Charles.
- Vamos, Charles. Vamos, não deixa o Sainz pegar o teu lugar... VAMOS, CHARLES. - A garota deixou escapar um grito perto da bandeirada final e assim foi.
Checo, Charles e Carlos iriam formar o pódio naquele dia.
Marília saiu correndo em volta do paddock e no meio do caminho encontrou Stella, que tinha atrás dela seus companheiros de equipe, mas mesmo assim, se abraçaram.
- Nós fizemos isso? - Stella perguntou, rindo de tanto êxtase.
- Fizemos, olha isso! - Marília apontou para os carros dos vencedores já se estacionando próximo ao paddock, sendo ovacionados por suas equipes.
As duas amigas foram correndo ao encontro dos pilotos e como de costume, foram levadas pela cintura pelo alto até a grade pelos demais engenheiros, onde era possível ter uma visão privilegiada dos pilotos e, obviamente, um abraço.
- CHECOOOOOOO! - A equipe dos Bulls gritava seu nome enlouquecidamente, enquanto ele era esmagado por todos. Depois de passar por quase todos, o mexicano finalmente encontrou Marília que a abraçou, forte.
- Obrigada por isso, Checo. Se não fosse você hoje, eu provavelmente iria terminar a noite chorando de tristeza. - dizia Marília, enquanto apertava o capacete de Checo, que gargalhava.
- Jamais vou deixar você triste, mi amor. Dei tudo de mim nessa corrida e vou continuar assim. - disse ele, com a voz abafada por conta do capacete.
Stella abraçava Charles e Carlos como se tivessem ganho o campeonato. Stella não resistiu e deixou o choro cair, o que fez Carlos a pegar pelo colo e a passar pelo outro lado da grade, assim poderíam se abraçam melhor. Os dois pilotos da Ferrari já tinham retirado seus capacetes e balaclava e sorriam como nunca. Charles sorria e gargalhava como uma criança. Seus olhos claros brilhavam com a noite começando a cair em Singapura.
- MARI! - Stella gritou, no meio daquela bagunça. - Merecemos os parabéns formais da campeã de tudo, não? - Stella brincou, arrancando risada de todos ali.
Marília fez careta e sorriu largo. - Óbvio. Parabéns, Tifosi! - ia dizendo ela, abraçando somente Stella e Carlos, mas depois de alguns segundos, olhou por cima dos ombros de Carlos e olhou para Charles que sorria com a cena e foi correndo abraçar o monegasco, num abraço inesperado. Apertado. Urgente. Era como se só os dois estivessem ali naquele momento, nada mais, ninguém mais.
- Eu torci tanto por você nas últimas voltas que eu te odiei, de novo. - Marília disse baixinho nos ouvidos de Charles, que sorriu, enquanto ainda tinha o rosto escondido no meio dos cabelos castanhos da garota.
Os dois se desgrudaram do abraço e ficaram se encarando, como dois adolescentes bobos que não sabem o que fazer depois do primeiro beijo.
Charles ia abrir a boca para se manifestar sobre algo, mas foi interrrompido por Carlos, que cutucou ele e Marília. - Me desculpem, mas podem me explicar o que o cabrón vai fazer ali?!
Era Checo. Enrolado na bandeira do México. Tinha uma pseudo piscina bem em sua frente e ele realmente já tinha tomado algumas até aquele momento, e junto dele, toda a equipe da RedBull o apoiava para cometer tal loucura.
- Meu Deus... CHECO! ESPERA! - Marília ia dizendo, ou melhor, gritando, enquanto ia correndo tentando evitar a loucura do seu piloto, sendo seguida por Isabella que dava gargalhadas e puxava Carlos e Charles pelas mãos pra assistir a cena de perto.
(n/a essa foto foi no GP de Mônaco, mas como não vamos passar por lá, por enquanto, quis colocar essa cena aqui porque eu adoro ela. 🫶🏻)
🏁 Ufa. Acabou. Mas não pensa que esqueci da aposta. Ainda tem coisa pra acontecer nessa cidade. Mas deixa pro próximo. Nos vemos no rolê, chefinha. 🫶🏻
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O ano mudou
Ontem eu me senti extremamente angustiada. Minha garganta parecia paralisada e um sentimento de peso gigante me prendia de dentro para fora. Queria sair e voltar pra casa. Mas como voltar para a casa poderia ajudar? Pior que essa angústia que me prendia era a sensação de querer fugir dela, sabendo que fugir apenas me traria para mais perto.
Não gosto de contar como eu me sinto e muito menos dizer abertamente essas coisas que me acontecem vez ou outra. Me da um senso de realidade e auto comiseração que incomodam profundamente. Me sinto patética em ter que dizer que eu me sinto mal por uma situação que eu deixar criar na minha cabeça. Não parece certo e me sinto completamente fora de mim.
Como agora, enquanto escreve já não me sinto eu mesma, parece que entro em uma realidade, real. Em que eu tenho sentimentos, as coisas acontecem comigo e isso me faz ser como todo mundo. Pessoas que sentem, surtam e depois tentam dizer o que sentem tentando aliviar a si mesmas.
Angustiante. Talvez dizer, talvez lembrar, talvez ser o que eu profundamente critico por tanto tempo.
Mas é incrível como é faço escrever todas essas coisas, vão saindo da minha mente, passando pelos menos dedos quase que automaticamente, em um frequência que tão natural e fluída como se secretamente eu quisesse desesperadamente escrever sobre isso tudo.
Mas enfim, foi isso que aconteceu. O ano chegou novamente, outro grande ciclo está a minha frente e eu me sinto muitissimo menos desesperado que a 1 ano atrás. Sinto que eu consegui evoluir muito e tudo ganhou um sentindo muito grande, que eu desesperadamente ansiava no ciclo passado.
Mas ainda sim me deu pânico total pensar mais uma vez porque eu estou aqui. Por mais que seja uma pergunta absurdamente ampla e pareça que eu simplesmente não tenho noção da aonde eu estou, quero em verdade transmitir minhas dúvidas profissionais, entre o que eu quero almejar, o que eu preciso fazer, como eu vou fazer pra chegar.
Eu quero ter uma vida nível dez? Mas aonde quero ter essa vida? Aqui nesse país ou em outro? Nesse emprego ou em outro? O que eu quero estudar? Aonde eu devo colocar todos meus esforços? Eu quero fazer tudo, mas não faço muita ideia da aonde que eu preciso estar com a minha mente. Isso me apavora. Me faz acreditar que talvez eu simplesmente não consiga sair de lugar nenhum, que eu só fique presa fazendo as mesmas coisas. Mas eu sei que não é esse o caminho. Mas então, qual é o caminho?
Esse ciclo eu cheguei a conclusão que o melhor que eu posso fazer, é simplesmente fazer. Quanto mais perguntas eu tenho, menos respostas eu chego, mas confusão mental eu crio e menos eu ando. É como se todas as vezes que eu tento racionalizar simplesmente eu crio escuridão e medo.
Mas chega uns momentos que eu volto pra esse padrão. E sempre no mesmo lugar. O que eu quero estudar? Vale a pena voltar minha vida inteira dentro da faculdade? Eu consigo dar conta do trabalho que eu tenho e mais estudar seriamente um novo tema? E se eu me arrepender de mudar de profissão? E se essa escolha for ruim? E se for melhor ficar aonde eu estou? E se eu perder dinheiro?
E então eu entro em pânico, não faço nada e escolha a monotonia.
É horrível. Ontem eu dormi com essa ansiedade dentro de mim, presa no passado e em tudo de horrível que eu posso ter feito para outras pessoas. Depois eu acordei e não consegui ceder meus pensamentos a dor que vinha de dentro. A angustia foi crescendo. E quando não deu mais eu fiquei desesperada pensando em qual alternativa era mais rápido para saciar a angustia.
Depois eu me concentrei em outras coisas e consegui um pouco de paz para o resto do dia.
Mas aqui estou eu, tentando colocar um pouco de sentido? Ou tentando desabar de dentro de mim esse milhão de coisas?
Hoje eu li que todas as preces são atendidas e os seres que transitam estão realmente em todas as partes. Então isso me conforta que em algum momento vou parar de sofrer com isso que eu nem sei direito o que.
Agora estou tentando 2023.
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Pedido: Você pode fazer um com o Liam, que ela passa pó um trauma (pensei naquele episódio de greys em que um cara atira em todo mundo, e ela podia ter sido uma das pessoas em que homem apontou a arma, mas vc pode escolher outro trauma) e ele ajuda ela a superar pq ela ficou muiiiito traumatizada. obggggg
Amiga, você deu sorte porque eu sou a louca de Grey’s Anatomy dkskskssk. Coloquei algumas referências ao longo do imagine, espero que ache e curta o modo como escrevi. Gostaria de saber sua opinião depois que ler, tudo bem? Obrigada por mandar o pedido :)
Boa leitura 💖
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- Onde ele está?
- Senhor, por favor se acalme.
- Onde caralhos esse filho da puta está? - o revólver calibre 38 na mão trêmula do homem desconhecido que gritava descontroladamente, com os olhos vermelhos e corpo tomado pela adrenalina momentânea tornou-se a cena mais assustadora que os clientes do bar Joe’s já viram naquele lugar. Ninguém sabia quem era o sujeito o qual o rapaz com cabelos negros e nitidamente fora de si procurava, mas com toda certeza a pessoa estava muito encrencada para alguém -aparentemente - em sã consciência procurasse-a acompanhado de uma arma. Esse foi o único pensamento que passou pela cabeça de S/N antes do refém sair do banheiro e caminhar até o moreno, com muita cautela.
- Derek, eu estou aqui. - disse, com as mãos levantadas, rendendo-se.
- Você estava se escondendo, seu covarde?
- Eu não..
- Cala boca! - gritou, apontando a arma para o homem levemente loiro que procurava. - Achou que eu não viria ao seu encontrinho? - a pergunta saiu retórica e acompanhada de um belo riso cínico, seguido de um rápida coçada no nariz, puxando o ar por ele ao virar a cabeça para o lado, provavelmente para conter o turbilhão de sentimentos. - Pois bem, eu vim! Mas não porque quero ouvir a história de como você fodeu com a minha mulher. E sim porque eu quero acertar as contas contigo.
- Você está bêbado, Derek. Larga essa droga e assim podemos conversar. - a distância entre eles era no máximo de um metro. O olhar marejado do homem armado expressava raiva e vingança, enquanto o do outro escorria medo e calma de certa forma, provavelmente para não causar um problema maior, o qual aconteceu no momento em que o loiro aproximou-se de Derek, devagar. O som do disparo fez todos fecharem os olhos e gritarem amedrontados. Porém, o choro do que carregava o revólver e o barulho de alguns pedaços de telha caindo no chão fez todos abrirem os olhos lentamente e conferirem se estava tudo bem.
- Você era meu melhor amigo, Mark.. - escutou-se a voz consumida pelo choro. - Você foi meu padrinho de casamento.. Você foi o meu irmão! E depois de sete anos você é o cara que seduz a minha esposa e leva ela para cama! Por quê? - questionou em um tom de voz alto. - Que porra você tem na cabeça? - as lágrimas caindo sobre o rosto suado e nervoso de Derek aceleraram à medida que o outro começou a falar bem baixinho, fazendo com que poucas pessoas escutassem. E S/N não era uma delas. A garota acabara de sair do hospital em que trabalhava, literalmente do outro lado da rua, e decidiu ir até o bar próximo ao emprego, ponto de encontro dela e do namorado todas as sextas-feiras. No entanto Liam ainda não havia chego no estabelecimento e S/N rezava mentalmente para que isso não acontecesse naquele momento, até ser interrompida por um cutucão leve no ombro direito.
- Você pode me levar até o banheiro? - uma mulher ruiva e muito nervosa, com os lábios tremendo e olhos molhados questionou de modo quase inaudível, mas que foi entendido por S/N. - Por favor.. - pediu com a voz falha. - Se ele me ver aqui, a situação sairá do controle. - naquele instante a garota entendeu que todo aquele desespero visto na mulher não era inesperado. Ela era a esposa da história, o que deixou tudo ainda mais perigoso, principalmente por ela ter pedido ajuda de S/N para poupá-la certamente da morte.
- Eu.. ele vai nos ver se formos..
- Eu só preciso que você me esconda enquanto eu ando até lá. - explicou, interrompendo-a inquieta. - Ele não está prestando atenção em ninguém daqui. - S/N olhou novamente para os dois homens próximos à porta, vendo-os concentrado um ao outro, enquanto o choro continuava, assim como as palavras de Mark para Derek. Realmente alguns garçons circulavam pelo local sem movimentos bruscos e os clientes voltaram a beber e conversar baixo, mas ainda era possível sentir o clima pesado e tenso no ar. - Por favor.. Me ajude. - a garota deu um suspiro profundo e concordou com a cabeça para que a mulher fosse na frente e ela logo atrás, a fim de não ser vista pelo ex-marido.
O coração de S/N batia cinco vezes mais rápido que o normal quando iniciou os passos até o banheiro, que felizmente ficava perto de onde estavam. Mesmo assim, a garota sentia a pulsação alcançar o céu ao ver a ruiva em sua frente tremer igual gelatina, além de pensar na possibilidade do cara com uma 38 na mão atirar bem na direção delas. A tentativa de respirar fundo várias vezes e manter a calma funcionava a medida que caminhava cautelosamente até o toalete, mas o grito alto por um nome feminino ecoou pelo estabelecimento assim que o ranger da porta chamou a atenção em meio ao quase silêncio.
- Não ouse entrar nesse banheiro, Addison! - a mulher simplesmente desabou em lágrimas quando foi descoberta, tendo um ataque de pânico intenso o qual comprometia sua respiração. E S/N, como a boa médica que era, não deixou que a ruiva perecesse ali, em um cenário tão caótico.
- Ei, tá tudo bem. - tranquilizou-a ao acariciar suas costas e segurá-la pela cintura. - Respira fundo.
- Ele.. ele vai.. me matar.
- Não, ele não vai. - afirmou mesmo sem saber. - Eu preciso que você entre no banheiro agora. Pode fazer isso? - Addison concordou ainda com falta de ar, porém quando adentrou ao pequeno cômodo mais um tiro foi disparado, desta vez na direção das mulheres, as quais se abaixaram instantaneamente ao ouvir o som da bala saindo pelo revólver. - Pelo amor de Deus! Alguém chama a polícia!
- Ninguém vai chamar porra de polícia nenhuma! - Derek gritou. - E você, tire as mãos da minha esposa!
- Ela não está respirando. Precisamos tirar ela daqui.
- Não! Ela vai ficar!
- Ela não..
- Tira as mãos dela, merda! - o moreno deu alguns passos à frente mas foi impedido de completar a caminhada pelos outros que o seguraram, mesmo com medo.
S/N sentia o suor escorrer pela testa ao se ver em uma situação daquelas, com uma mulher jogada em seus braços sem poder respirar e um homem descontrolado com uma arma apontada diretamente para a médica. Os pensamentos tornaram-se impossíveis de serem controlados, as mãos trêmulas e a respiração descompassada deixavam claro o quão nervosa e desesperada S/N estava. No entanto, ela não permitiria voltar ao hospital com Addison em seus braços, tendo que salvá-la da morte.
- Eu mandei tirar as mãos dela, cassete!
- Eu não posso fazer isso. - disse baixinho.
- O quê?
- Addison.. Eu vou contar até três. E aí você corre para a cozinha, tudo bem? - quase que monossílabica, S/N informou seu plano de fuga para a ruiva, que mesmo sem ter controle da respiração assentiu o comando, tentando ao máximo manter a calma. - Um.. Dois.. Três.. - assim que o último número foi dito, Addison correu para a cozinha e S/N entrou no banheiro, fugindo dos tiros que foram disparados para todos os lados e da gritaria que era ouvida do lado de fora do bar por quem passasse perto dali.
Apavorada e sem saber muito o que fazer, a moça trancou a porta e viu a janela de vidro do banheiro que dava diretamente para a rua. Sem pensar duas vezes, S/N usou a saboneteira de cerâmica na pia do banheiro para quebrar a vidraça, subiu em cima da pequena lixeira de alumínio e por fim pulou para fora do bar, com cortes nas mãos por ter se descuidado com alguns cacos presos na estrutura do lugar, mas felizmente estava fora. Ela podia respirar de novo.
{...}
- Amor, você me ouviu? - Liam questionou, olhando atentamente para a noiva, que ficou em silêncio, encarando a entrada do Jos’s sem piscar. - S/A..
- Oi. - disse, sorrindo disfarçadamente, ao sair de seu devaneio.
- Nós não vamos para lá, pode ficar tranquila. - claramente ele falava do bar, já que ao acompanhar a visão de S/N para o outro lado da rua, entendeu que o medo tomou conta dela por alguns segundos ao ver o antigo ponto de encontro do casal.
- Eu sei que não. - respirou fundo. - Só que, é difícil sair e entrar deste hospital sem olhar para lá. - ao fixar seus olhos na mulher levemente incomodada e sem dizer nada, Liam abraçou a noiva de lado e depositou um beijo em sua cabeça enquanto ela continuava olhando para o estabelecimento na rua da frente.
- Você está falando sobre isso na terapia? - perguntou ao juntar as mãos e virar ela de lado.
- Sabe que não gosto..
- Amor, falar ajuda.. Não se prive disto. - aconselhou. - Já faz oito, nove meses que aquela confusão aconteceu e você apenas concordou em ir ao psicólogo no mês passado.
- Ainda não estou pronta, Liam. - contou, agora de olhos fechados e cabeça baixa, escondendo o rosto pelos fios de cabelo que caíram sob a fase.
- S/A, olha para mim. - o rapaz sentia seu peito apertar quando via a noiva tão vulnerável, expressando tal sentimento pela voz preocupada ao chamá-la, e assim a moça obedecer ele depois de alguns segundos. - Eu entendo o quão traumático foi aquele dia. Sei disso porque você trava sempre que passa por aqui, além dos pesadelos que te deixam suada, nervosa e que sempre te levam a um ataque de pânico que eu muitas vezes não sei como lidar, mas tento fazer o que posso para te acalmar. E você como médica sabe o quanto isso é prejudicial para sua vida, tanto profissional quanto pessoal. - ela concordou. - Eu não quero mais te ver deste jeito, amor. - o rapaz acariciou o rosto dela devagar com a mão direita, transmitindo o carinho e cuidado necessário. - Você mais do que ninguém sabe que tentei de tudo para te ajudar durante esse tempo, mas agora é a sua vez de fazer isso porque eu infelizmente não sou um especialista que pode tirar a sua dor, mesmo que quisesse. - Liam soltou um riso leve, levando a moça a praticar a mesma ação e assim ele sentiu um certo sentimento de alívio em seu coração ao vê-la sorrir. - Consegue fazer isso?
- Você pode estar comigo na terapia quando eu contar?
- Com certeza. - o moreno esboçou um sorriso significativo para ela, abraçando-a forte logo depois. - Eu te amo muito, babe. Não fique zangada comigo por te pressionar.
- Não estou, amor. Sei que você está cuidando de mim ao fazer isso.
- E sempre cuidarei, querida. Por mais bobo que seja. Combinado? - questionou sorrindo apaixonado, assim como ela.
- Combinado.
_________________________________________
xoxo
Ju
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Esse é meu texto 😔Hoje vou conta O pior dia da minha vida
Olá.. tenho 18 anos aparentemente sou uma pessoa normal. Mas vou contar um trauma que eu carrego comigo. E que vou carregar para toda minha vida
😔 tive a pior experiência da minha vida. Fui vítima de estrupo. Pela pessoa que eu mais amava na minha vida como um pai sim gente não confiem em ninguém na sua vida 😪 eu nunca esperava isso dele. Nunca mesmo. Então no dia de sexta feira da paixão ele ligou pra mim me chamando pra pegar o ovo da Páscoa fui lá. Fiquei conversando com ele até. Que me ofereceu cachorro quente eu comi e aí vem a parte ruim 😣 depois que comi esse cachorro quente. Com o suco fui ficando tonta isso Foi por voltas da onze e meia da noite, eu acho
Meu Deus, que tortura. Ele me segurava, não me deixava escapar, e eu desesperada, pensava a todo momento que iria morrer.. na minha cabeça passava um filme, meus melhores momentos que tive com ele foi morrendo naquele momento eu não entendia muito eu só gritava ele tapava minha boca não conseguia mover o meu corpo eu fiquei desperada todo meu amor por ele foi morrendo naquele momento era uma dor muito grande eu mandava ele parar e ele continuava 😪 é aquilo me matou por dentro eu lembro de todas as Cenas Sim, Deus foi o único que estava cmg naquele momento horrível, eu pedia a Deus no meu pensamento por favor Deus me leva eu não aguento essa dor minha alma dói porque comigo ? Passei os piores dias da minha vida todas as vezes que tomava banho eu chorava tocando no meu corpo eu sentia nojo dele So eu sei oque eu passei! E não desejo isso nem pro meu pior inimigo
Ele parecia estar gostando Muito e foi até o fim Não precisou me esfolar ou esmurrar. A violência me atingiu por dentro eu tento esquecer mais é impossível isso me mata por dentro todos os Dias Eu não consigo mais conviver com essas cenas na minha mente. Peço pra Deus minda forças todos os dias antes eu pedia a Deus todos os dias pra dar muitos anos de vida a ele hoje em dia eu só quero que esse maldito morra isso dói muito ele acabou com minha vida estou cansada já ficando sem forças quanto mais tento esquecer algo vem e faz lembrar pessoas fala oia ele ligou eu não quero saber eu quero que ele morra 😭😭😭😭😭 entendam a minha dor será que ninguém entende que é ruim pra mim fica escutando isso ele ligou ele falou eu não quero saber o que me dói mesmo é que pessoas da minha família ver tudo isso é não toma uma inciativa não liga fala não pensa em como vou me sentir nem vou falar como será que ela vai ficar.
Eu ando cansada de tudo. Cansada dessa dor. Desse sentimento de nunca estar bem. De me sentir sozinha. Dessa angústia. Cansada de mim 😭peço a Deus que tire isso de mim é só isso mesmo só precisava escrever isso aqui ninguém vai ver mesmo
Espero de coração que Deus continue te dando força pra seguir em frente. Nunca passei por isso mais imagino que vai ser algo que você nunca vai esquecer passe o tempo que for , mas com o tempo espero que essa dor diminia e passe a ser sor uma lembrança triste do seu passado. E saiba que sempre que você precisar conversar ou simples desabafar saiba que aqui você sempre vai ter uma amiga pra lhe ouvir e dar apoio no que puder. Aqui não tem julgamento mais sim um ombro amigo e que vai fazer de tudo pra impedir que um dia você desista.
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O mendigo que falava inglês
Foi pelo tempo em que morava em Ouro Preto. Lembro-me que cheguei àquela cidadela para viver de minha própria literatura. Ali aportei somente com um par de roupas e minha velha Olivetti. Hospedei-me na pensão de Paulinho Góes, pensão não, uma espelunca, mas era o que dava para ser naquele momento. Sempre ao acordar saía às ruas da Barra, passava pela fonte do Pilar, subia suas ladeiras, cruzava a rua São José e percorria a rua da Lama até chagar ao bar Barroco. Sentava sempre no mesmo banco, que ficava encostado na janela do canto esquerdo. Ali tomava meu café da manhã, que consistia nada mais do que um pão torrado e um ovo cozido. Tirava minha Olivetti, colocava-a na mesa, e ficava a observar o movimento dos corpos indolentes que desfilavam sobre meus olhos. Ficava ali esperando a inspiração para o meu texto do dia. Percebendo alguma sutileza que pudesse surgir ou algo interessante na vida daquela vila colonial. O texto que escrevia vendia por ali mesmo. Agora já podia pedir uma cerveja e um torresmo, e voltava a escrever no boteco. Assim ficava escrevendo, fazendo o dinheiro do almoço, da estadia, da cachaça.
Com o tempo fui reconhecendo as personagens que ali freqüentavam. Os estudantes, guias e seus gringos, turistas, ourives, músicos, vagabundos e claro ele, o rebelde. Era assim que eu o chamava, pois seu nome era fonte de um intrigante mistério. Sempre chegava ao crepúsculo, todo imerso em suor e poeira, sua cor era marrom dos pés a cabeça. O cheiro inconfundível. Adentrava no recinto, dava uma olhadela para ambos os lados e dizia: “I am a teacher”.... Alongava-se no palavreado em inglês, chamando atenção de todos que ali por ventura estavam. Falava num inglês britânico correto, sem sotaques. Estranha composição aquela. O inglês saindo daquela boca, daquele corpo fétido era no mínimo curioso. Depois encostava-se a cada mesa em que havia algum cliente e lançava-lhe um desafio, já em português. Dizia assim: “Com licença cavalheiros, senhoritas, estão bem acomodados em seus lugares? Se não, posso providenciar melhores acomodações. Aqui já não é mais o mesmo lugar, desde que faleceu o fundador, seu Maneco Calambau. Agora ficou o filho, este traste sem educação nem cultura. Tudo bem então. Já que está tudo certo posso lançar- lhes um singelo desafio? E então ele lançava: “Tente adivinhar meu nome, se acertares pago-lhes uma cachaça, se errares pagam uma para mim. Quero alertá-los que para este jogo é preciso absoluta confiança em minha palavra, se tiver certo direi que sim se não direi que não. Sem nenhum problema, já que somos todos cavalheiros. E assim ele ia avançando, bebendo suas pingas e filosofando cada vez mais, na proporção em que o licor da cana ia regando sua corrente sangüínea, pois claro, ninguém acertava seu nome. Sempre que acompanhava a cena lembrava-me de Quincas Borba. Os dois mendigos e filósofos.
Não demorava muito chegava até minha mesa, sempre embriagado, pois como disse sentava sempre no canto ao fundo do bar. Para mim nenhum problema, até gostava, pois assim poderia travar conversa com ele mais abertamente, e há mim muito interessava a história daquela incrível personagem. Ele parava na minha frente, lançava-me o desafio meio trôpego, exalando um cheiro pútrido e eu respondia. Lógico que tinha tentado inúmeros nomes, mas nunca acertava. Tentava nomes esquisitos, diferentes. Jerônimo, Ainá, Laureano,Thomé, Augustino, Raolino e nada. Na verdade nem ligava para isto, fazia questão de pagar-lhe uma cachaça para ficar com ele ouvindo suas histórias. E assim ele dizia...” Sou professor de inglês, trabalhei muitos anos dando aula no CEFET , porém os alunos são muito ignorantes, não compreendem que aprender uma língua não é só gravar suas palavras, mas captar sua alma, e sua alma está na arte, na literatura. Não conhecem Shakespeare, Malory, Thomas More, Defoe, nada, não conhecem nada! Então fui para a música, Beatles, The Who, Queen, Led Zeppelin, nada de nada, só sertanejo! Não deu para mim. Peguei minhas coisas e fui embora, abandonei tudo, minha profissão, minhas economias, meu casarão no centro histórico, e embarquei para o velho mundo. Queria encontrar a alma da língua inglesa. Não acreditei quando cheguei a Londres, no meio de seu Fog. Lá vivi por um bom tempo. Vivi como um cavalheiro inglês. Porém também não achava entre aqueles a alma inglesa. Eram todos fúteis, rasos, não conheciam a própria história. Não foi difícil desanimar, andava cabisbaixo, entristecido mesmo. Não encontraria a alma em nenhum lugar? Porém a vida me pregou uma peça. Estava passeando pelas ruelas antigas derrotado, quando virando a esquina esbarrei num boteco sujo, na verdade uma taverna medieval. Por incrível que pareça lá encontrei com Jimmy Page e Robert Plant, sim, Led Zeppelin. Finalmente conheceria a alma inglesa. Parei ao lado deles me apresentei, e comecei a falar-lhes. Estava todo inflamado que nada via ao redor de tanta emoção. Qual foi minha surpresa observei que eles faziam pouco caso de minha pessoa, dando risadinhas entrecortadas. Quando de repente Jimmy puxa profundo em sua garganta e solta uma escarrada ao lado de meus pés e grita: go away cucaracha! Que isto? Era isto mesmo? Eles estavam me chamando de barata. Robert fazia um som com a boca que lembrava um inseto voando. Logo para mim, que estava em busca da alma... Para mim o mundo acabou, a partir de então nutro um ódio profundo por aqueles ingleses e por todos. Só me importa minha filosofia, nem você me importa, só sua cachaça. Por isso ando assim, não tenho nenhuma relação material com o mundo, agora sou eu que cuspo. Jogo meu catarro na cara de qualquer um. Eu sou a própria rebeldia, sou as verdadeiras pedras rolando, triturando as almas mesquinhas....
Assim o rebelde continuava seu discurso, cada vez mais incoerente, falando alto devido a embriaguez, soltando perdigotos em todos no bar. Até chegar o dono e o expulsa-lo dali a pontapés. Esta era a rotina daquela taberna, variava muito pouco. Porém um dia tudo transcorreu de forma diferente. Aparentemente estava tudo normal, tinha tomado meu café rotineiro pela parte da manhã, já estava na minha terceira crônica quando chegava o final da tarde. Gostaria de dormir mais cedo, pois passara a noite em claro terminando de ler Crime e Castigo. Estava já arrumando minhas coisas, guardando minha Olivetti para me dirigir ao Paulinho Góes quando chega o rebelde. Ele estava adiantado desta vez. Não tinha tanta gente no bar, no que ele não demorou muito em encostar-se à minha mesa e repetir toda sua ladainha. Como estava com pressa não alimentei tanto desta vez seu teatro cotidiano. Lembro-me que falei assim: rebelde, sei quem você é. Com sua capacidade de estar acima de todos e de tudo, com sua disposição solitária, não possuindo relação material alguma com o mundo, a não ser estes andrajos que traz no corpo, remanescentes do fatídico dia em Londres, tu és a Rebeldia em pessoa com sua filosofia independente. Tu és a própria Evolução, és o pai da evolução das espécies! Terminei de dizer aquelas baboseiras já esperando a negativa do incomum, pegando minhas coisas para ir embora quando reinou um silêncio. Tive que prestar atenção. Então algo extraordinário acontecera. Em vez de o rebelde me dar à negativa nominal de sempre me estendendo a mão, a espera dos trocados para a cachaça, ele permanecia estranhamente quieto. De repente seu rosto começa a mudar, começa ganhar uma forma desesperada, todos seus músculos faciais tremiam num frenesi espasmódico, até que do nada, escorre uma lágrima em seus olhos. Nunca tinha presenciado aquilo, o amante da alma inglesa estava chorando na minha frente. Ele começou então a murmurar palavras quase inaudíveis. Dizia sempre: “não pode ser, sou um cavalheiro, tenho palavra tenho honra, não pode ser...” Já não estava entendendo nada, o que acontecera, o que eu lhe disse para ficar naquele estado deplorável. Ele não parava de retorcer o bolso, mexia num, mexia noutro, sem nada encontrar ali. Ficou assim por uns bons cinco minutos, sem que ao menos eu pudesse fazer algo. Depois daquele espetáculo grotesco, o rebelde me pede desculpas por não poder honrar a palavra. Aquilo, ele dissera, nunca tinha acontecido, ele deveria ter o dinheiro para me pagar a cachaça. Então ele tirou de um bolso escondido da camisa um papel todo amarrotado. Imundo como ele, todo sujo de gordura, sangue, poeira e sei lá mais o quê. Esticou o braço e deu para mim. Com muita dificuldade consegui entender o que era aquilo. Era uma identidade, bem velha por sinal. Quase não dava para ver o nome que ali estava escrito, porém com esforço consegui ler. Assim estava, Charles Darwin de Souza. Cara, consegui quebrar o enigma! O nome do rebelde que ninguém nunca adivinhara era simplesmente Charles Darwin, o pai da evolução das espécies. Não me agüentei e soltei uma gargalhada estrondosa. Vi que ele ficara perplexo com a situação. Percebi então seu embaraço, como ele tinha tanta certeza que ninguém jamais iria acertar seu nome, nunca andava com dinheiro. Para ele, porém isso era uma ofensa, não poder honrar com sua própria filosofia, que consistia em não possuir nada além de sua palavra. Como não me interessava destruir tão linda filosofia, peguei do meu bolso uns trocados, e discretamente deixei cair perto da mesa em que nos encontrávamos. Disse-lhe então que havia um mal entendido, se aquele dinheiro no chão não era dele. Não é que ele não tivesse dinheiro, ele só havia perdido. Abaixou então, mesmo percebendo que eu fizera, pegou o dinheiro e me deu. Peguei-o, apertei sua mão, dei-lhe um abraço, e disse-lhe: obrigado Charles Darwin pela cachaça. A honra é toda minha. Respondeu-me. Logo depois, retirou-se do bar e sumiu na penumbra da noite. Agora era eu que estava emocionado. Pela primeira vez pronunciei o nome daquela estranha figura. Só eu conhecia o seu segredo e saberia guardá-lo com carinho.
Naquela noite dormir como nunca, sonhando com Galápagos, com os dinossauros, com o Homo sapiens, enfim sonhando com Charles Darwin.
Peter Lima.
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abri meu peito. rasguei ele com as duas mãos na tentativa desesperada de expulsar você de lá. porque não te aguentava mais viver nas minhas veias, ao mesmo tempo em que está tão vivo em mim e tão perto, ainda assim, tão longe de ser tudo o que queria.
talvez eu tenha levado a sério demais o que deveria ser efêmero, mas é que tua eletricidade me deu choque e fiquei obcecada. passei dias e noites pensando em você incessantemente, era até chato, jurei inúmeras vezes que a minha cabeça entraria em pane por só haver tua existência lá dentro e ter tomado a minha concentração da vida. no meu trabalho todo mundo pergunta porque ando tão no mundo na lua, nunca sei o que responder. não quero que saibam o quanto estou sofrendo por mais um romance mal sucedido.
sabe, g, tento esconder e tento te manter longe, porém, quando passa em lugares onde meus olhos te enxergam e eu te vejo sendo tudo o que me encantou, perco tudo tudo tudo o que prometi a mim mesma. não sei onde estava com a cabeça quando decidi entrar no teu carro pela primeira vez, sempre soube ao que isso estaria fadado e mesmo assim decidi me arriscar. a troco de quê?
talvez ter tido só um pouco de você tenha sido terminantemente melhor do que nunca ter tido nada.
agora devo lidar com com o rumo em que tomamos e ir andar pelo lado de lá, aquele lado em que tua presença não será próxima e não faça com que perca minha cabeça e tome decisões impulsivas que vão me causar desespero na manhã seguinte.
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Acordo desesperada quando ouço a reportagem na TV anunciar "As reformas no principal terminal de ônibus de São Paulo foram concluídas na ultima quinta feira (...)"
Meu Deus – penso – estou ficando atrasada. Levanto e rapidamente me arrumo, escolhendo no final das contas ir com o shorts que estava, porque ele era muito bonito, pego minha bolsinha e saio de casa.
Estou cansada desse trajeto – penso enquanto ando até o ponto, que sempre me surpreende ser tão longe – devia ter trago minha garrafa de água.
Ando ainda mais.
Finalmente avisto o ponto de ônibus, vou e me sento próxima a uma mocinha. Confirmo que lá passa o ônibus pra barueri, mais especificamente para o terminal, não é sempre que eu pego ônibus aqui. Droga, esqueci meu óculos em casa, perto do copo d'água. Peço pra mocinha me avisar quando passar o ônibus.
Espero bastante assistindo a avenida e finalmente vejo um ônibus vindo, levanto do banco e ando, junto com os outros passageiros em direção a ele, a mocinha me avisa que aquele não é o ônibus para o terminal. É verdade, na minha pressa, acabei esquecendo de conferir. Volto a me sentar e esperar.
Estou precisando comprar alguns legumes. É hoje que tem feira? Confirmo – "hoje é sábado?" – Tanto a mocinha quanto o homem que está sentado ao meu lado me respondem que sim, fico aliviada.
Espero tanto, assistindo as pessoas... Olha, aquele garoto está bebendo água, novamente volto a pensar que devia ter bebido água antes de sair de casa. Por outro lado, eu já estou começando a ficar com vontade de ir no banheiro. Espero mais, e começo a ficar com tédio, usando qualquer coisa pra me distrair.
Vejo a mocinha me olhando quando olho ao meu redor, vejo também o posto e decido ir ao banheiro lá. Peço pra mocinha vigiar meu banco – porque o ponto está ficando cheio – lhe digo que tenho que ir ao banheiro pois tenho uma doença na bexiga, ela entende. Vou ao banheiro no posto torcendo pro meu ônibus não passar, porém sou breve e acho que não passou.
Chego ao ponto e pergunto pra mocinha, que continua lá, "ainda não passou?" Ela me diz que passou sim, que ele havia inclusive acabado de passar. Que raiva! "então vai demorar pra porra o ônibus" exclamo, mas penso melhor e digo "ou não, né?" Por que podem haver vários ônibus.
Continuo a esperar, não passa nenhum ônibus. Finalmente o ônibus vem, várias pessoas que haviam chegado recentemente começam a levantar, a moça me confirma que aquele é o meu ônibus, sou a primeira da fila.
– Mei, "Senhora no ponto de ônibus"
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23/10/2022
Fazem quase dois meses já que terminei com a Jéssica, acho que esse foi o maior tempo que passamos separados, apesar de que ficamos uma vez nesse meio tempo, no dia da alliance, uma semana depois ela teve um surto porque me viu ficar com outra garota em uma festa. Enfim... É meio complicado lidar com isso tudo.
Eu observo com as anotações que fiz aqui que algumas coisas se tornaram mais fáceis pra mim, mas ainda estou bem no começo aprendendo ainda, como atrair mais garotas e consequentemente um maior número de encontros e transas.
Pela primeira vez, consegui conversar de boa e pedir pra ficar na amizade com uma das garotas que estava saindo, e o melhor é que deu super certo.
Por outro lado tem uma outra que não sai do meu pé, ela fica muito em cima e mesmo me chamando pra transar toda hora, eu criei um certo tipo de preguiça com ela, não sinto tanta vontade de ver e etc, é até estranho porque mesmo querendo transar eu não lido muito bem com pessoas q aparentam estar desesperadas, perde um pouco a graça, meio que fica fácil de mais, n sei dizer, talvez tenha só perdido o tesão nela também.
Ultimamente estou tentando colocar menos pressão em mim sobre as coisas, já tem sido muito puxado no trabalho, não sei se é porque tô aprendendo muita coisa nova, e além de tudo ainda aceitei fazer um projeto p entregar até dezembro, pro Erick, amigo do Anderson, é realmente um desafio.
Não ando cumprindo minhas metas de academia, nem de estudar tanto assim também, eu tô só vivendo a vida, meu objetivo virou meio que continuar fazendo o que faço bem, e buscando me tornar um pouco mais sedutor, pra conseguir transar com mais garotas e me divertir nesse meio tempo, antigamente meu objetivo era entender o sentido da vida, mas a vida acaba nos deixando escolher esse sentido, então pra mim se tornou me divertir e aproveitar ao máximo com o tempo que eu tenho aqui, mesmo não estando super animado, é como se eu já tivesse vivido de tudo, o que me dá tesão de verdade de viver é o desafio quando eu to flertando ou buscando a "próxima garota" , porque dá aquele frio na barriga, é o que me faz sentir vivo.
O que eu acho estranho é só que, muitas vezes eu tenho muita facilidade de entrosar com mil pessoas diferentes, ser super sociável e etc, e tem hora q parece q só me dá um branco e eu n quero falar nada, ou não sei falar nada. é muito estranho isso.
Queria entender um pouco mais disso, será que é a famosa bateria social ? Que acaba né kkkkk, ou sei lá, uma sobrecarga, é o que parece as vezes, juro que não me surge nenhuma ideia na cabeça pra falar sobre nada, preciso de estudar um pouco mais sobre como criar conexões com as pessoas.
E sobre a vida em si, eu sinto falta de sentir aquelas ideias, espiritualizadas e etc, que a vida tem um sentido, que existe energia e coisas do tipo, porque de verdade dava um certo sentido diferente do que eu tenho hoje. É tudo muito efêmero e eu já aceitei isso.
As vezes acho que minha mente está se tornando estática. É estranho isso, eu quero e prefiro ter a mente aberta. Eu acho que funciono um pouco diferente das pessoas normais. Minha cabeça não opera da mesma forma ou ordem.
Na verdade desde que li o livro sapiens, eu vejo o quanto as pessoas creem em coisas comuns que não existem de fato, como o país, os bancos o outras instituições e etc, eu vejo o quanto as pessoas são alienadas por política e coisas que de fato eu não acho que vão mudar, me entristece ver que as coisas estão nesse tipo de ponto, o debate e a argumentação não existem mais.
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