#estrutura cruzada
Explore tagged Tumblr posts
Text
"Help me, Lord, from these fantasies in my head"
Ele estava com um dos ombros escorado no pilar de pedra, com as pernas cruzadas e uma das mãos dentro do bolso traseiro da calça jeans.
Você permaneceu em silêncio observando distantemente o homem, quem passasse próximo perceberia que estava escondida, como se com medo de ser flagrada pelo mais velho.
Abraçou o próprio corpo sentindo o vento frio chegando juntamente com a chuva fraca que não parava de cair desde cedo. A noite sempre foi um momento de temor para você, não era apenas repleta de escuridão, mas durante esse horário satanás revelava todas as tentações contra a santidade.
Janela do dormitório sendo a visão para o inferno, para o homem que constantemente esquecia de fechar as cortinas e trocar as vestimentas em segredo entre ele e Cristo. O corpo era esculpido pelo salvador, a estrutura óssea perfeita, um rosto pintado com cuidado por Deus e uma voz doce e serena.
Você soltou um suspiro baixo, fechou os olhos e tentou lutar contra os pensamentos pecaminosos que pareciam não querer ir embora. Pareceu escutar um sussurro falando no ouvido para caminhar para próximo do homem, que permanecia ainda parado de costas.
Sem parecer sentir as próprias pernas, caminhou lentamente em direção ao pecado, abraçou o próprio corpo quando sentiu as gotas caindo no roupão de pano que usava como pijama, percebeu as luzes das janelas desligadas, todos dormiam tranquilamente. Você sempre foi a que mais teve dificuldade para descansar na escuridão da noite, muitas madrugadas ajoelhadas na capela rezando contra as adversidades.
Parou atrás do homem, seus passos foram silenciosos, ele não repararia em você se não houvesse um aviso prévio.
- No silencio do Senhor? – perguntou baixo assustando o homem que virou rápido e pareceu esconder algo da sua visão.
- Irmã, o que faz acordada essa hora? – rebateu sorrindo fraco, você apenas deu de ombros mostrando que nem a própria compreendia o motivo.
Você caminhou para mais longe e ficou debaixo do telhado que cobria o pequeno jardim de inverno aberto, no pátio do convento. Uma vela estava acessa para iluminar minimamente o local e não chamar atenção das pessoas que estavam dormindo.
- A quanto tempo o senhor fuma? – perguntou invasiva e mostrando que não havia motivo para ele esconder o que estava entre os dedos.
- Como você sabe? – riu fraco com a ousadia e balançou a cabeça achando inacreditável a sua atitude, tirou o cigarro escondido e continuou o que estava fazendo antes.
- Esqueceu que também já fui pertencente do mundo? Antes de ser uma ovelha resgatada por Deus – explicou fazendo um pequeno gesto em direção ao céu escuro.
- Irmã, você realmente acha que foi Deus que colocou você entre a vida e a morte? – ele perguntou soprando a fumaça pela boca.
- E quem mais seria? – rebateu confusa e tentando entender o questionamento dele.
- Que Deus é esse que vocês tanto me descrevem nas aulas? Como conseguem amar um ser que tira os pequenos prazeres da vida, coloca todos de frente com a morte e justifica que é para o bem?
- Eu teria morrido, Enzo! – respondeu instantaneamente.
Ele ergueu as sobrancelhas e abriu um sorriso fraco quando reparou no pequeno erro que você havia cometido.
- Você nunca me chamou pelo nome – falou finalizando o cigarro, pisou em cima e deixou em cima da mesa de pedra que estava ao lado.
- Desculpa – corrigiu quando percebeu o erro – Eu teria morrido, Senhor.
- Felizmente não aconteceu, e cá estamos nós dois – respondeu abrindo um sorriso, você retribuiu o sorriso falsamente e direcionou o olhar para a chuva que caia na grama verde e aparada, mas que aparentava sem cor por causa da noite.
Sentiu o olhar do homem ainda em você, ele parecia mover a cabeça para cima e para baixo, te observando como um todo.
- Nunca tinha visto você sem o hábito – ele comentou e você olhou para o homem concordando e lembrando das vestimentas obrigatórias.
- Vou precisar de longas rezas para pedir perdão, por estar me expondo desta forma para o senhor – falou séria e escutou um riso fraco do homem.
- Você fica bonita de cabelo solto, pecado é ficar escondido de baixo daquela vestimenta – Enzo disse esticando o braço e tocando na sua cabeça como forma de carinho.
Você imediatamente afastou, olhou fixo para ele surpresa com o toque repentino, fechou os olhos por segundos e rezou o pai nosso mais rápido da sua vida.
- Irmã, não precisa disso – ele falou caminhando para mais perto enquanto você se afastava.
- Se afasta em nome de Deus, o diabo não vai ter esse poder sobre mim – colocou a mão no peito e esticou uma mão na direção do peitoral dele para impedir que caminhasse para mais próximo.
Ele parou quando sentiu o toque, pegou a própria mão e levou até a sua, direcionou para perto do rosto e fechou os olhos quando sentiu o seu toque. Em completo êxtase, você não pareceu ter forças para parar o toque e apenas começou acariciar o rosto dele.
Lentamente e silenciosamente caminhou para perto, ele abriu os olhos e sorriu fraco quando percebeu a proximidade. O olhar ficou mais sério e como se pedisse autorização, levou uma das mãos para a sua cintura, puxou seu corpo para colar no dele.
- De perto ainda mais bela – elogiou acariciando sua cintura e uma das mãos foi para o seu cabelo, onde ele passou os dedos e foi rastejando para o rosto.
- Enzo – falou baixo e quase sem forças enquanto fechava os olhos com a sensação do carinho, que não sentia há quase quatro anos.
- Fala meu nome de novo – ele pediu sorrindo.
- Enzo – repetiu já sem retrucar e sentindo as forças indo para longe.
Ele sorriu e levou um dos dedos para seus lábios, contornou lentamente e sem parecer pensar nos próprios atos, puxou seu rosto para um beijo. Você não lutou, não tinha resistência para impedir. Reaprendeu novamente a como beijar e relembrou a sensação de prazer do ato.
Você levou as mãos para a nuca dele e o puxou para perto, aumentando a intensidade e força do movimento dos lábios. Ele colocou os braços na volta do seu corpo e abraçou você, quase fundindo os corpos.
- S/n – ele gemeu baixo separando os lábios e sentindo você puxando o cabelo dele para trás e deixando pequenos beijos na mandíbula.
Você pareceu sentir a ficha cair e afastou o corpo rapidamente, começou a arrumar o cabelo e tentar desamassar o pijama. Enzo riu com o desespero e balançou a cabeça parecendo reprovar atitude.
- O que você tem tanto medo? – perguntou.
- Inferno – respondeu pontualmente e fechando os olhos quando sentiu lágrimas se acumularem.
Sempre que se sentia nervosa e incapaz de lidar com algo, começa a chorar incontrolavelmente, não acontecia com frequência na frente de outras pessoas, principalmente do convento, porque gostava de aparentar que tudo estava indo bem.
Porém, todo aquele amor reprimido estava machucando você, cada dia que encontrava Enzo pessoalmente, toda as suas lutas diárias pareciam multiplicar de tamanho.
- S/n, você acha que vivendo diariamente por baixo daquelas roupas, sendo alienada por homens velhos que não chegam nem próximo de uma vida senta, e rezando quase vinte e quatro horas por dia, vai ter um lugar guardado no paraíso? – questionou ironicamente.
- Não fale assim, Enzo – rebateu com um tom de indignação – Você não sabe o que é viver para Cristo.
- Realmente, eu não sei o que é viver totalmente para Cristo, mas sei qual a sensação de um amor genuíno que apenas ele poderia me oferecer na terra – falou aproximando novamente ambos – Um amor puro, que ele permitiu que todos os seus filhos sentissem uma vez na vida.
Fechou os olhos e começou a chorar sem parar, não conseguia lutar contra aqueles sentimentos confusos e conflitantes, só percebia o amor pelo homem crescer cada dia mais e não queria se deixar levar.
- Por favor, s/n – falou quase suplicando quando percebeu você chorando – Para acabar com nosso sofrimento, quero que diga alto e em bom tom que não deseja seguir com isso.
Você continuo chorando e parecia de tornar mais incontrolável a cada segundo. Inconscientemente abraçou o corpo de Enzo e ficou soluçando baixo.
- Eu não deveria sentir isso, estou confusa demais, não aguento mais ficar de joelho rezando para Deus me tirar desse vale de provações – explicou quase suplicando por ajuda.
- Eu já disse que você não precisa sentir culpa, esse não é um vale de provações, é apenas Deus mostrando que possivelmente isso tudo não seja para você – falou tentando aliviar a sua culpa – Talvez seu lugar seja ao lado de outra pessoa.
Você ergueu o rosto e ficou olhando para o homem na sua frente, não sabia o que responder ou como proceder com aquele sofrimento que tomava o peito.
- Mas preciso que diga que não quer continuar com tudo isso, e eu prometo ir embora para sempre. – pediu novamente levando as mãos para o seu rosto e fazendo com que continuasse com olhar nele.
- Eu não consigo, Deus – respondeu para si mesma e fechando os olhos com força – Eu não consigo deixar ele ir embora.
Enzo percebeu a sua confissão em voz alta com Deus e sorriu fraco.
- Eu não vou embora – respondeu e puxou seu rosto para um beijo como o anterior.
77 notes
·
View notes
Text
— 𝐼'𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖𝑓𝑖𝑒𝑑 𝑡𝑜 𝑡ℎ𝑖𝑛𝑘 𝑡ℎ𝑎𝑡 𝒊 𝒎𝒂𝒚 𝒃𝒆 𝒍𝒐𝒔𝒊𝒏𝒈 𝒎𝒚 𝒎𝒊𝒏𝒅.
𝑐ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑙𝑜𝑝𝑚𝑒𝑛𝑡._ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
O olhar estava fixo no solo ao lado dele, os dois círculos de grama morta no exato formato dos punhos, exatamente onde tinha atingido o solo incessantemente, como se isso fosse fazer a maldita fenda se reabrir. Hoje, com a mente mais limpa, conseguia perceber o quanto o ato foi impulsivo. Expirou pesado, deixando que todo o ar fosse liberado dos pulmões enquanto o corpo era jogado para trás, repousando sobre a grama, no exato lugar onde costumava ficar a fenda que cruzada o acampamento no meio. Os olhos fecharam, em reação ao céu ainda claro e também para facilitar a concentração. No consciente, as imagens de Aurora no submundo ganhavam forma outra vez, resgatando os flash's que conseguiu captar enquanto mantinha-se aos cuidados dos curandeiros na enfermaria. Foi um alivio ao coração percebê-la com vida, ao mesmo tempo, sentia que uma adaga continuava crava em seu peito a cada flash que destacava o braço machucado, a cada lembrança de que ela estava lá e ele nada poderia fazer para alcançá-la. Se ao menos não tivesse sido impulsivo, se os braços ainda estivessem intactos, se os deuses tivessem aceitado suas oferendas. Se, se, se... tantos e tantos outros circulavam sua mente. Ele respirou profundamente, concentrando, limpando os questionamentos que permeavam a mente.
"Não tem sido fácil, sabia?", proferia as palavras como um sussurro, o tom da voz fraco e macio como um veludo. O rosto virou para o lado e os olhos se abriram vagarosamente, a imagem diante dele era no inicio o campo verde com as árvores do bosque ao fundo, levemente desfocado. Piscou algumas vezes enquanto a mente construía a imagem daquela que seu coração desejava ter por perto, o azul cintilante dos seus olhos, o nariz perfeitamente colocado entre eles, os lábios rosados e tão bem desenhados que poderia perder-se uma vida inteira entre eles. Aurora ganhava forma a sua frente, mesmo que não estivesse de fato ali. "As vezes acho que vou enlouquecer, ou que é isso que os outros pensam quando olham para mim. Que estou por um fio.", em partes, também era o que ele pensava naquele instante, uma parcela do seu consciente tentando segurar com todas as forças o fio da sanidade, tentando apontar-lhe que por mais que ele desejasse, aquela projeção não era real. Os braços estavam postos sobre o abdômen, ainda presos nas malditas tipoias que ele usava desde o primeiro dia. As mãos, no entanto, estavam se recuperando bem, a sensação de movimento tornava aos dedos, revelando que os ossos encontravam novamente sua estrutura, o que era um bom sinal. "Estou tentando, Aurora. Eu juro que estou.", proferiu com a voz tremula, o olhar fixo a imagem que sua mente projetava dela, tão perfeita, mas tão inalcançável.
Não tinha expressões vindas da parte alheia, ela parecia uma imagem congelada, preservada a sua forma para o conforto do filho de Hefesto, ou para o profundo desespero de quem ansiava pelo toque suave dos dígitos em sua face. Piscou algumas vezes, sentindo o marejar dos olhos nublar a imagem da mulher. "Estou tentando demonstrar a força que todos esperam de mim, que todos viam em mim. Mostrar-lhes que estou bem e que não precisam se preocupar tanto assim, mas preciso admitir que estou perdido.", seguia sou profunda confissão, cada palavra dita com dificuldade pela voz embargada que continha o choro iminente. "Acredita que recorri até aos deuses?", compartilhou a lembrança, um riso fraco e sem humor escapando dos lábios, "Consigo até imaginar o que você me responderia agora. Como se eles servissem de alguma coisa, imprestáveis como sempre.", ela diria isso, ou faria algum comentário mascarado, ácido e inteligente, era mais a cara de Aurora. Talvez se não tivesse confrontado Quione, jamais teria recebido uma maldição que fosse, suas palavras sempre tão polidas, até mesmo as ódio, deixavam duvidas para os mais desatentos sobre seus reais sentimentos para com os deuses. Mas não Kerim, ele nunca tivera duvidas daquilo que compartilhavam tão bem e que os aproximou num primeiro momento. "É! Não serviram.", nenhum deles queria se envolver no que acontecia no submundo, o domínio de Hades seguia imaculado como o tratado garantia.
"Mas ei! No final, parece que Hades colocou a mão na consciência.", lembrou-se então do último episodio que foi ao ar, o acordo oferecido por Hades para que os cinco campistas voltassem do submundo parecia no mínimo justo, além de reacender uma fagulha de esperança no peito cansado de Kerim. "Ainda não sabemos quem vai ser a escolha dos nosso amados diretores, mas espero que sejam pessoas competentes.", não via a hora de reencontrá-la, constatar que estava segura, entre eles, no lugar de onde não deveria ter saído. Suspirou mais uma vez, algo que fazia com bastante frequência pelo pesar da conversa, os olhos apertando-se numa linha fina que deixava algumas lágrimas rolarem pela lateral do rosto e caírem na grama ao lado da cabeça. "Também imagino que não vai ficar muito feliz em me ver assim. E eu sinto muito por isso, Aurora. Espero que encontre uma forma de entender o que fiz.", concluiu por fim, tornando a abrir os olhos no desejo de fitar a imagem da mulher, mas no lugar disso, a visão turva percebia um aproximar vagaroso em sua direção, forçando-o a piscar mais uma par de vezes para que as lágrimas abandonassem os olhos e a pessoa ganhasse foco. Era Seth, com um sorriso gentil no rosto e um olhar preocupado que ele bem conhecia. "Os curandeiros estão procurando por você.", foi o que ele proferiu ao abaixar-se ao lado de Kerim, antes de deitar e olhar o céu sobre eles.
O silêncio nunca foi algo desconfortável entre amigos, e se alguém entendia a necessidade de Kerim em abraçar esse silêncio, esse alguém era Seth. Ambos seguiram deitados na grama por mais alguns minutos, talvez meia-hora, até que o outro rompesse o momento para enfatizar outra vez que o Boz deveria retornar a enfermaria. Curativos precisavam ser trocados, poções precisavam ser ministradas. E se ele queria uma recuperação rápida, tinha de atender ao cronograma.
personagens citados: @stcnecoldd and @psarakizs
#𝟎𝟼. pov ﹂ i made you my temple. my mural. my sky.#ooc: só pra situar o estado mental do querido depois de duas semanas. quase três.#@stcnecoldd#@psarakizs
16 notes
·
View notes
Text
Tempo atrás eu joguei o primeiro Assassin's Creed de novo e isso acabou me levando a ler a adaptação pra livro para testar um ponto. Deu ruim kkkkk Nesse texto rápido eu comento como acho que o problema do livro é ainda se ver como jogo
2 notes
·
View notes
Text
Enfim, mais humano
Seja bem vindo mais uma vez, caro leitor. Puxe uma cadeira e se aconchegue. Pois hoje, irei lhe mostrar o meu infinito mais íntimo e particular. Me colocando, novamente, nú aos teus olhos. Me despindo de qualquer roupa, máscara ou fantasia, para lhe comunicar as verdades mais cruas e pessoais de minhas entranhas.
Acho que esse texto, se vê hoje necessário, para enfim quebrar as frágeis estruturas criadas e reerguidas em uma pandemia de identidades plásticas. Por muito tempo, vi beleza apenas em sorrisos e na felicidade, e me apeguei tanto a filosofias baratas e banais, que me transformei em um mero sorriso. Não é como se eu não acreditasse mais que um sorriso pode salvar o momento, ou o dia, ou a vida de alguém.
Ser um sorriso. Eu já me reduzi a apenas isso. Um sinal de esperança e um alicerce de segurança para todos. Um raio de Sol para os dias nebulosos e um cobertor quente com uma xícara de café para os dias de frio. E vi isso como a completude que eu deveria e almejava ser. Fiz dessa minha divina cruzada e, me vi completo e feliz em ser o sorriso que salva as pessoas. Essa foi, por grande parte da minha vida, a maneira de afogar e esvaziar os sentimentos densos e nebulosos que sentia, para no fim, apenas sorrir.
Ainda sorrio grande parte do tempo. Mas me recuso a ser apenas mais um sorriso. Eu também quero ser as lágrimas que inundam o chão do quarto e um grito exclamado a plenos pulmões. Eu quero ser a face de um dia de completa derrota e o beijo mais apaixonado de almas que tiveram a sorte de se encontrarem em meio a tantas outras. Eu quero ser a obra de prima de um artista que passou meses em um bloqueio criativo olhando para mim como uma tela em branco antes de ter coragem de pintar. Eu quero ser a risada mais genuína das crianças ao ouvir a piada de um palhaço em um palco. Eu quero ser o suor que escorre do meu rosto quando eu faço aquilo que mais amo. Eu quero ser tudo isso e o que mais o mundo, ou deus, ou o destino quiser me proporcionar.
Nesse momento, eu quero abraçar a minha criança interior e lhe contar todos os sentimentos ruins e situações desconfortáveis que ele vai passar. Só pra no fim dizer que essas coisas só servem para que ele reconheça o valor das coisas maravilhosas, das oportunidades únicas e das pessoas incríveis que ele vai vir a encontrar. Dizer que eu ainda gosto dos mesmo desenhos que ele, que eu não só amo jogar video game, como estou escrevendo um, que a gente vai se apaixonar por uma gatinha e ela vai pedir colo quando estivermos tristes, que os nossos pais sentirão muito nossa mudança, mas que esses sentimentos não serão completamente tristes. Dizer que um dia ele vai cortar um dedo em um prato no chão e que essa ferida vai parar de doer ao ver o sorriso da mamãe em uma ligação. Dizer que ele vai se apaixonar e que vai se apaixonar por esse sentimento, mas que essa paixão vai acabar e que ele vai procurar muito até achar esse sentimento de novo. E, quando ele vier, vai ser diferente e muito mais incerto, mas com certeza vai ser mais real. E isso fará ele aprender a amar a pessoa, e não os sentimentos que tem por ela.
Para o meu eu de hoje, eu gostaria de desejar convicção. Para tirar antigas ideias já empoeiradas das gavetas, aceitar que nem todos merecem o meu sorriso ou a minha atenção e que eu sou capaz de quebrar hábitos que não deveriam mais me servir. Que sou capaz de me quebrar em milhões de pedaços. E, sobretudo, que sou capaz de recolher, eu mesmo, todos esses cacos e criar algo novo. Gostaria, então, de registrar cada palavra desse texto como um desses cacos, ordenado e colado à mão. Posto e disposto a exclamar a nova verdade que a cada dia continuo a escrever sobre mim.
E, para o meu eu do futuro, eu desejo a incerteza, mas também desejo a esperança. Por que, as coisas não vão ser aquilo que eu espero, e ver beleza e excitação nisso é a melhor coisa que posso fazer para o meu eu que ainda não existe. Que dentro dessa incerteza nossa expectativa de amor se torne um amor concreto, forte e sincero. Que nossos projetos terminem de tomar forma e alcem vôo para tomar seus espaços merecidos nesse mundo. E que nós continuemos a mudar, a amadurecer e principalmente a sermos completamente apaixonados pela vida.
Quando tinha dezessete escrevi um desses meus contos destinado a mim. “O garoto que sonhava poesias”, um título muito pouco pronunciável, mas que viria a definir, mesmo que sem saber, aquilo que eu ainda sou. No fim, mesmo mudando muito, tendo verdades se tornando mentiras, dúvidas se tornando convicções e heróis se tornando exemplos daquilo que não quero ser, tem algo que nada no universo pode tirar de mim. Minha arte e meus sonhos. E até mesmo depois que a última lufada de ar entrar pelos meus pulmões em meu leito de morte, continuarei sendo essas duas coisas. Artista e sonhador.
No fim, essas palavras, esses cacos e toda essa arte inscritos em papel com tinta e sonhos servem apenas para duas coisas. Para mostrar a você, caro leitor, um pouco do meu mais profundo eu. E para me lembrar que no fim, cada dia me sinto, enfim, mais humano.
Apenas mais um humano (sonhador).
2 notes
·
View notes
Text
O Derramamento de Sangue Provocado pela Igreja: As Guerras Hussitas, a Conquista das Ilhas Canárias e a Colonização da América Latina
Ao longo da história, a Igreja Católica, em suas diferentes fases e contextos, esteve envolvida em diversos conflitos e ações de colonização que resultaram em um imenso derramamento de sangue. Justificados muitas vezes como lutas pela fé ou pela "civilização", esses episódios deixaram marcas profundas, não apenas pelas vidas perdidas, mas também pelos traumas culturais e sociais que persistem até os dias de hoje. Dentre os muitos exemplos, três se destacam: as Guerras Hussitas (1419-1434), a Conquista das Ilhas Canárias (século 15) e a Colonização e Escravidão no Brasil e na América Latina (séculos 16-19). Esses eventos ilustram o papel ambíguo e frequentemente violento da Igreja na promoção de suas crenças e na sustentação de impérios coloniais.
As Guerras Hussitas (1419–1434): A Repressão Brutal de uma Reforma Religiosa
As Guerras Hussitas foram uma série de conflitos religiosos que eclodiram na Boêmia (atual República Tcheca) no início do século 15. Essas guerras foram desencadeadas pelas pregações de Jan Hus, um reformador religioso que criticava duramente os abusos da Igreja Católica, especialmente a venda de indulgências e a corrupção entre o clero. Hus, inspirado pelos ensinamentos de John Wycliffe, defendia uma reforma profunda na Igreja, propondo uma aproximação maior dos fiéis com os ensinamentos bíblicos e uma maior simplicidade no estilo de vida do clero.
Hus foi queimado na fogueira em 1415, após ser considerado herege pelo Concílio de Constança. Sua execução provocou indignação na Boêmia, onde seus seguidores, os hussitas, se rebelaram contra o controle da Igreja Católica e do Sacro Império Romano.
A resposta da Igreja e do império foi rápida e violenta. Entre 1419 e 1434, os hussitas enfrentaram cinco cruzadas lideradas por exércitos católicos enviados pelo Papa e pelo imperador. O confronto resultou em um imenso derramamento de sangue. Os hussitas, que estavam organizados em diferentes facções (como os taboritas e os utraquistas), resistiram bravamente e obtiveram vitórias notáveis, mas a guerra deixou um rastro de destruição em grande parte da Europa Central.
Estimativas apontam que dezenas de milhares de pessoas morreram nesses conflitos, incluindo civis. As atrocidades cometidas por ambos os lados, mas especialmente pelos cruzados católicos, foram marcadas por massacres, pilhagens e execuções em massa. O extermínio dos hussitas foi conduzido sob o pretexto de combater a heresia, mas, na realidade, tratava-se também de manter o poder político e religioso da Igreja.
A Conquista das Ilhas Canárias (Século 15): Extermínio e Conversão Forçada
Antes da chegada dos espanhóis, as Ilhas Canárias, localizadas ao largo da costa africana, eram habitadas pelos guanches, um povo indígena de origem berbere. A conquista das ilhas, que começou no século 15 e foi concluída no final do mesmo século, é um dos primeiros exemplos da expansão colonial europeia impulsionada por uma mistura de interesses econômicos e religiosos.
A Igreja Católica desempenhou um papel fundamental na justificação dessa conquista, sob o pretexto de converter os guanches ao cristianismo. No entanto, a resistência indígena à invasão espanhola resultou em uma campanha brutal de extermínio. Os guanches, que possuíam uma cultura e uma estrutura social próprias, foram massacrados em grande número. Muitos que não morreram em combate ou pelas doenças trazidas pelos europeus foram escravizados.
A violenta conquista das Ilhas Canárias serviu como um prelúdio para o que viria a ocorrer no continente americano. A Igreja, por meio de bulas papais como a Romanus Pontifex, deu legitimidade religiosa à escravização e conversão forçada dos povos indígenas. Os guanches que sobreviveram à conquista foram convertidos ao cristianismo, mas sua cultura foi praticamente aniquilada. Este foi um dos primeiros capítulos da aliança entre a cruz e a espada na história da colonização europeia.
A Colonização e Escravidão no Brasil e na América Latina (Séculos 16-19): O Evangelho e a Chibata
A chegada dos europeus à América Latina, a partir do final do século 15, foi acompanhada por uma onda de violência sem precedentes, marcada pela destruição de civilizações inteiras, pela escravidão e pelo genocídio de populações indígenas. A Igreja Católica foi uma das principais instituições que legitimou a colonização europeia, vendo nela uma oportunidade de evangelizar milhões de almas "pagãs". No entanto, esse processo de evangelização esteve intimamente ligado à brutalidade e à exploração.
A Missão “Civilizadora” e a Destruição das Culturas Indígenas
No Brasil e em grande parte da América Latina, as ordens religiosas, como os jesuítas, franciscanos e dominicanos, foram encarregadas de converter as populações indígenas ao cristianismo. Embora alguns missionários tenham tentado proteger os indígenas da escravidão e dos abusos dos colonos, a realidade é que o processo de evangelização foi frequentemente acompanhado de violência cultural e física. Missões religiosas impunham o cristianismo como a única religião válida, destruindo os sistemas religiosos tradicionais e reprimindo violentamente qualquer resistência.
Os indígenas que não se submeteram à nova fé e às exigências dos colonizadores muitas vezes foram escravizados ou mortos. Além disso, as doenças europeias, para as quais os nativos não tinham imunidade, dizimaram populações inteiras, agravando ainda mais o impacto da colonização. A Igreja, em muitos casos, justificou esses atos como necessários para a salvação das almas indígenas, o que apenas ampliou o massacre.
Escravidão Africana: O Sangue dos Oprimidos
Com o declínio da população indígena e a crescente demanda por mão de obra nas plantações e minas, os colonizadores europeus, com o apoio da Igreja Católica, recorreram à escravidão africana. Estima-se que milhões de africanos foram capturados e transportados para o Brasil e outras partes da América Latina durante o período colonial.
A Igreja Católica, embora tenha expressado preocupações ocasionais sobre a humanidade dos escravos africanos, na prática, apoiou o sistema escravista. Muitas ordens religiosas possuíam escravos em suas propriedades, e o clero desempenhou um papel na conversão dos escravos ao cristianismo, ao mesmo tempo em que permitia que continuassem sendo tratados como mercadorias.
O sistema escravista foi um dos maiores exemplos de derramamento de sangue e sofrimento humano na história da América Latina. Os africanos escravizados, assim como os indígenas, foram submetidos a condições desumanas, e muitos morreram devido ao trabalho forçado, às péssimas condições de vida e à violência constante.
Conclusão: A Cruz e a Espada
A Igreja Católica, ao longo desses episódios históricos, desempenhou um papel contraditório. Embora muitos missionários tenham defendido os direitos dos indígenas e dos africanos, a instituição como um todo esteve profundamente envolvida nas estruturas de poder que causaram o sofrimento de milhões de pessoas. Justificando a violência em nome da fé e da civilização, a Igreja contribuiu para a destruição de culturas e para o derramamento de sangue em grande escala.
As Guerras Hussitas, a Conquista das Ilhas Canárias e a Colonização da América Latina são exemplos emblemáticos de como a religião foi usada como um instrumento de dominação e controle, com consequências devastadoras. A memória desses eventos continua a influenciar o entendimento da Igreja Católica e seu papel na história global, como uma força que, ao mesmo tempo em que promoveu a fé, participou de algumas das maiores atrocidades da humanidade.
0 notes
Text
UpperRoom Church - Dallas, Texas
by: @UPPERROOMDALLAS @rogersobrien @wadegriffith
O projeto UPPERROOM demonstra que a inovação não se aplica apenas a processos e sistemas. A RO também aplicou soluções inteligentes e fez uso de materiais inovadores para expandir e aprimorar o espaço do armazém reformado da igreja. Por exemplo, enquanto o armazém original consistia em 18.000 pés quadrados de área, a equipe da RO adicionou um segundo andar sem levantar o telhado existente do edifício, expandindo a metragem quadrada geral para 28.500, com uma altura final do edifício de 19 pés — uma solução projetada pelo arquiteto do projeto, Overland Partners. Anderson elogia o uso de madeira laminada cruzada pela equipe para esse propósito, uma solução também proposta pela Overland. “Conseguimos adicionar um segundo nível sem levantar o telhado usando painéis CLT, porque esses painéis tinham apenas cinco polegadas de espessura”, ele diz. “Os painéis têm propriedades estruturais e não apenas atuam como o sistema de teto para o Nível 1, mas também são o sistema de subpiso para o Nível 2. Os painéis pesavam entre 500 a 4.000 libras cada, totalizando 135.000 libras. “Tudo isso foi instalado usando elevadores de baixa altura, pois tínhamos um telhado existente no lugar”, diz Anderson. “Ao intercalar a madeira, conseguimos criar o segundo andar sem perder muito espaço — perdemos apenas cerca de cinco polegadas de espaço devido ao uso exclusivo dos materiais.” A Sala de Oração, ou santuário, pode acomodar mais de 1.650 pessoas devido ao andar superior. Além do santuário, o armazém expandido conta com uma creche com cinco salas para crianças pequenas e duas salas maiores para crianças mais velhas e adolescentes, 11 banheiros, além de uma cafeteria totalmente equipada e estúdio de gravação — onde os membros podem criar mais músicas e momentos para espalhar sua mensagem para novos seguidores. “Toda a madeira que usamos era sustentável”, diz Anderson. “Conseguimos criar um belo contraste entre a aparência de um armazém industrial, como você vê em muitos espaços minimalistas, e belos materiais naturais.” Anderson reconhece o impacto do design e da estrutura para o projeto: “Adicionamos uma grande cobertura estrutural de madeira que achamos que se tornará um símbolo icônico para o UPPERROOM em Dallas e outras regiões. Tem aproximadamente 8.500 pés quadrados e também é feito inteiramente de painéis CLT, que tinham nove polegadas de espessura. Cada um desses painéis pesava entre 7.000 e 11.000 libras, para um total de 275.000 libras.” Sobre o dossel, Anderson diz que ele serve tanto para um propósito funcional quanto simbólico: “Funcionalmente, o dossel serve como uma sala ao ar livre que pode ser usada o ano todo, faça chuva, granizo ou faça sol. Ele cria uma transição para as pessoas fora da parte da Sala de Oração do edifício sem se sentirem isoladas do interior do edifício. Ele permite que a igreja dobre sua capacidade ao utilizar os espaços internos e externos ao mesmo tempo. E esteticamente, o tamanho e a abertura da estrutura são para fornecer às pessoas uma maior sensação de convite, de braços abertos para a igreja e o edifício.” O projeto UPPERROOM é a primeira introdução da RO às possibilidades da tecnologia de tradução em tempo real. Anderson diz que seu sucesso levou a planos de implementá-lo em outros projetos.
0 notes
Text
Luiz Antonio Duarte Ferreira: aprofunde-se em seu estilo de jogo e habilidades
Luiz Antonio Duarte Ferreira é um nome que ressoa profundamente na comunidade do futebol. Conhecido pelo seu estilo de jogo notável e habilidades extraordinárias, Ferreira conquistou um nicho significativo no mundo do futebol profissional. Este artigo investiga as complexidades de seu estilo de jogo, destacando as habilidades que o diferenciam de seus colegas e o tornam um jogador de destaque em campo.
Desenvolvimento inicial e influências
A trajetória de Ferreira no futebol começou ainda jovem. Crescendo em uma família amante do futebol, ele foi exposto às nuances do esporte desde cedo. Seus anos de formação foram passados jogando em ligas juvenis locais, onde seu talento natural e paixão pelo jogo rapidamente se tornaram evidentes. Influenciado por lendas do futebol como Ronaldinho e Zico, Ferreira desenvolveu um talento para o jogo criativo e imprevisível, características que mais tarde definiriam o seu estilo único.
Visão geral do estilo de jogo
O estilo de jogo de Luiz Antonio Duarte Ferreira pode ser descrito como uma mistura de proficiência técnica, inteligência tática e engenhosidade criativa. Ele atua principalmente como meio-campista ofensivo, mas sua versatilidade permite que ele se adapte a diversas funções no meio-campo e na linha de ataque. Esta adaptabilidade é uma prova da sua compreensão abrangente do jogo e da sua capacidade de influenciar o jogo a partir de diferentes posições no campo.
Habilidades técnicas
Drible e controle de bola
Uma das habilidades mais notáveis de Ferreira é a sua excepcional capacidade de drible. Ele possui um centro de gravidade baixo, o que, combinado com seu rápido trabalho de pés, permite-lhe manobrar com facilidade em espaços apertados. Seu controle de bola é impecável, permitindo-lhe manter a posse de bola sob pressão e criar oportunidades para si e seus companheiros. O estilo de drible de Ferreira lembra o de seu antigo ídolo, Ronaldinho, marcado pelo talento e pela imprevisibilidade.
Passe e Visão
Ferreira é conhecido pelos seus passes precisos e visão extraordinária. Sua capacidade de ler o jogo e antecipar os movimentos de seus companheiros e adversários permite que ele faça passes precisos e oportunos. Seja executando passes curtos e complexos em áreas apertadas ou lançando bolas longas e cruzadas para alternar o jogo, o alcance e a precisão dos passes de Ferreira são componentes-chave de seu arsenal de jogo.
Tiro e finalização
Além de suas habilidades de jogo, Ferreira também é uma forte ameaça para marcar gols. A sua técnica de remate caracteriza-se pela potência e precisão, o que o torna eficaz tanto dentro como fora da área. Ele é capaz de marcar com os dois pés e sua compostura na frente do gol o torna um finalizador confiável. A capacidade de Ferreira de rematar a bola de forma limpa e o seu talento para encontrar espaço na área são elementos cruciais da sua capacidade de marcar golos.
Inteligência Tática
Posicionamento e Movimento
A inteligência tática de Ferreira é um dos seus atributos definidores. Sua consciência do espaço e seus movimentos fora da bola são exemplares. Ele se posiciona consistentemente em áreas onde pode receber a bola e avançar ou interligar o jogo. Seu movimento inteligente também perturba estruturas defensivas, criando lacunas para seus companheiros explorarem. Essa capacidade de ler o jogo e se posicionar de forma eficaz é uma marca registrada de sua perspicácia tática.
Ascensão e queda do futebol chinês
Contribuições defensivas
Embora seja conhecido principalmente pelas suas capacidades ofensivas, Ferreira também é diligente nas suas funções defensivas. Ele entende a importância de contribuir para os esforços defensivos da equipe e muitas vezes recua para ajudar a recuperar a posse de bola. A sua capacidade de leitura do jogo estende-se ao trabalho defensivo, permitindo-lhe interceptar passes e iniciar contra-ataques. O ritmo de trabalho e a vontade de defender de Ferreira fazem dele um jogador completo, capaz de influenciar os dois lados do campo.
Engenhosidade Criativa
Imaginação e talento
A criatividade está no centro do estilo de jogo de Ferreira. Sua abordagem imaginativa do jogo faz dele uma ameaça constante às defesas adversárias. Ele não tem medo de tentar o inesperado, seja uma noz-moscada atrevida, um chute audacioso de longa distância ou um movimento hábil para preparar um companheiro de equipe. Esse talento e imprevisibilidade fazem dele uma alegria de assistir e um pesadelo contra o qual se defender. A criatividade de Ferreira é muitas vezes a faísca que acende o jogo ofensivo da sua equipa.
Experiência em lances de bola parada
A criatividade de Ferreira estende-se também à sua proficiência em lances de bola parada. Ele é um hábil cobrador de falta, capaz de desviar a bola pelas paredes e chegar aos cantos superiores do gol. Sua execução em escanteios e cobranças de falta também é precisa, muitas vezes resultando em oportunidades de gol para seus companheiros. A experiência de Ferreira em lances de bola parada acrescenta outra dimensão ao seu já impressionante conjunto de habilidades.
Impacto na equipe
A influência de Luiz Antonio Duarte Ferreira em sua equipe não pode ser exagerada. A sua capacidade de ditar o ritmo do jogo e criar oportunidades de golo faz dele um trunfo inestimável. Ele costuma ser o jogador que seus companheiros procuram quando precisam de inspiração ou de um momento de magia. As qualidades de liderança de Ferreira, dentro e fora do campo, aumentam ainda mais o seu impacto, tornando-o uma figura fundamental no balneário e um modelo para os jogadores mais jovens.
O triunfo asiático: Como as Copas transformaram o futebol no continente
Conclusão
O estilo de jogo e as habilidades de Luiz Antonio Duarte Ferreira fazem dele uma figura de destaque no futebol moderno. Sua combinação de proficiência técnica, inteligência tática e engenhosidade criativa o diferencia de seus pares. Seja pela experiência em dribles, passes, chutes ou bolas paradas, Ferreira demonstra consistentemente porque é considerado um dos jogadores mais talentosos e versáteis da atualidade. À medida que continua a evoluir e a aperfeiçoar as suas competências, não há dúvida de que Luiz Antonio Duarte Ferreira continuará a ser uma figura proeminente e influente no mundo do futebol.
0 notes
Text
o amor é uma flor desabrochando de dentro pra fora nascendo na raiz do descontrole. o amor é uma mágica impressionante demais para que pensamos em razões, que —certamente— não se há mágica sem enganos. o amor é esse truque que nos prende. é essa magia que a gente acredita. o amor é o início de uma canção. é saber dançar no escuro. é cantarolar melodias em meio a uma tarde. o amor é esse ir e vir em um caminho deslumbrante entre duas almas. é caminhar em uma rua movimentada e sentir um cheiro inebriante. é perguntar pra onde você irá porque eu sinto que gostaria de estar lá. o amor é uma poesia em um caderno com uma letra tão tortinha. é a confissão da rendição. é o tornar real. o amor é um parque lotado em uma tarde de sábado. é o estar disponível. é o se mover em encontro. o amor é a palavra cruzada de manhã no jornal. é o risco da adivinhação. é o pensamento ativo. o amor é um trem lotado às 6:00 AM. é o estar sufocado em calor. é a ansiedade para a próxima estação. o amor é um relógio quebrado na parede. é o estar sem hora predestinada. é a paralisação. o amor é um carnaval no alto de Salvador. é o rir alto em euforia. é a liberdade de sambar entre entrelaços de mãos. o amor é o movimento de deitar o corpo. é o conforto. é o aconchego de confiar sua estrutura. o amor é uma antiga biblioteca. é o ver o que há para saber. é a procura pela revelação. o amor é um telefone tocando quando se está no banho. é a pressa. é a curiosidade. o amor é fazer um pedido em um restaurante lotado. é o anseio. é o querer. o amor é a vida. é o viver. é o morrer.
0 notes
Link
0 notes
Video
youtube
JAMES WEBB CONFIRMA MEDIDAS DO HUBBLE E CRISE COSMOLÓGICA CONTINUA
LINKS ÚTEIS DO SPACE TODAY: LINK PARA O GRUPO DO WHATSAPP SOBRE ATUALIZAÇÕES ESPACIAIS: https://app.gruposinteligentes.com/r/mundo-aeroespacial CANAL DO TELEGRAM DO SPACE TODAY: https://t.me/canalspacetoday LINK PARA RESERVAR SUA VAGA NA VIAGEM DO ECLIPSE: https://spacetoday.com.br/ECLIPSE24/ LINK PARA SE TORNAR PREMIUM NO SPACE TODAY PLUS: https://spacetodayplus.com.br/premium/ LINK PARA VOCÊ FAZER SUA DUPLA CIDADANIA: https://lp.mastercidadania.com.br/cidadaoeuropeu/?utm_source=influenciador&utm_medium=sergiosacani A taxa de expansão do Universo, conhecida como constante de Hubble, é um dos parâmetros fundamentais para a compreensão da evolução e do destino final do cosmos. No entanto, observa-se uma diferença persistente, chamada Tensão de Hubble, entre o valor da constante medida com uma vasta gama de indicadores de distância independentes e o seu valor previsto a partir do brilho residual do Big Bang. O Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA confirmou que o olhar atento do Telescópio Espacial Hubble estava certo o tempo todo, apagando qualquer dúvida remanescente sobre as medições do Hubble. Uma das justificativas científicas para a construção do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA foi usar o seu poder de observação para fornecer um valor exato para a taxa de expansão do Universo. Antes do lançamento do Hubble em 1990, as observações feitas por telescópios terrestres produziam enormes incertezas. Dependendo dos valores deduzidos para a taxa de expansão, o Universo pode ter entre 10 e 20 mil milhões de anos. Nos últimos 34 anos, o Hubble reduziu esta medição para uma precisão de menos de um por cento, dividindo a diferença com um valor de idade de 13,8 mil milhões de anos. Isto foi conseguido através do refinamento da chamada “escada de distância cósmica”, medindo importantes marcadores conhecidos como estrelas variáveis Cefeidas. No entanto, o valor do Hubble não concorda com outras medições que implicam que o Universo se expandiu mais rapidamente após o Big Bang. Estas observações foram feitas pelo mapeamento da radiação cósmica de fundo em micro-ondas do satélite Planck da ESA - um modelo de como a estrutura do Universo evoluiria depois de arrefecer após o Big Bang. A solução simples para o dilema seria dizer que talvez as observações do Hubble estejam erradas, como resultado de alguma imprecisão que se insinua nas suas medições dos parâmetros do espaço profundo. Depois veio o Telescópio Espacial James Webb, permitindo aos astrónomos verificar os resultados do Hubble. As visualizações infravermelhas das Cefeidas feitas por Webb concordaram com os dados de luz óptica do Hubble. Webb confirmou que o olhar atento do telescópio Hubble estava certo o tempo todo, eliminando qualquer dúvida remanescente sobre as medições do Hubble. O resultado final é que a chamada Tensão de Hubble entre o que acontece no Universo próximo e a expansão do Universo primordial continua a ser um enigma incómodo para os cosmólogos. Pode haver algo entrelaçado na estrutura do espaço que ainda não entendemos. A resolução desta discrepância requer uma nova física? Ou é resultado de erros de medição entre os dois métodos diferentes usados para determinar a taxa de expansão do espaço? O Hubble e o Webb uniram-se agora para produzir medições definitivas, reforçando a ideia de que algo mais – e não erros de medição – está a influenciar a taxa de expansão. “Com os erros de medição negados, o que resta é a possibilidade real e excitante de termos compreendido mal o Universo”, disse Adam Riess, físico da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Riess recebeu o Prémio Nobel pela co-descoberta do facto de que a expansão do Universo está a acelerar, devido a um fenómeno misterioso agora denominado “energia escura”. Como verificação cruzada, uma observação inicial de Webb em 2023 confirmou que as medições do Hubble do Universo em expansão eram precisas. No entanto, na esperança de aliviar a Tensão Hubble, alguns cientistas especularam que erros invisíveis na medição podem crescer e tornar-se visíveis à medida que olhamos mais profundamente no Universo. Em particular, a aglomeração estelar poderia afectar as medições de brilho de estrelas mais distantes de uma forma sistemática.
0 notes
Text
Identificando bioindicadores na horta e jardim
A jardinagem vai além do simples ato de cultivar plantas; trata-se de criar ecossistemas equilibrados e sustentáveis. Os bioindicadores, organismos que refletem a saúde do ambiente, são elementos cruciais para entender e aprimorar a biodiversidade e a produtividade de sua horta ou jardim. Neste guia, exploraremos como identificar diferentes bioindicadores e utilizá-los para melhorar a qualidade do solo, promover a polinização e equilibrar o ecossistema de seu espaço verde. 1. Minhocas (Lumbricus terrestris): Identificação: Procure por minhocas no solo enquanto escava. Elas são alongadas, segmentadas e geralmente de cor marrom ou vermelha. Importância: A presença de minhocas indica um solo saudável e bem drenado. Elas melhoram a estrutura do solo, promovendo a aeração e a decomposição da matéria orgânica. 2. Joaninhas (Coccinellidae): Identificação: Joaninhas são pequenos insetos comumente reconhecidos por suas cores vivas e pontos no corpo. Importância: Sua presença sugere um equilíbrio ecológico saudável, pois são predadores naturais de muitas pragas de jardim, como pulgões. 3. Borboletas (Lepidoptera): Identificação: Observe as borboletas durante o dia, visitando flores para se alimentar. Importância: Indicam um ambiente propício para polinização, contribuindo para a fertilização cruzada e aumentando a produção de frutos e sementes. 4. Fungos Micorrízicos: Identificação: Detectar a presença de micélio branco e ramificado próximo às raízes das plantas. Importância: Esses fungos formam simbiose com as raízes, melhorando a absorção de nutrientes do solo e promovendo a saúde das plantas. 5. Abelhas (Hymenoptera): Identificação: Observe a presença de abelhas visitando flores para coletar néctar. Importância: Indicam um ambiente favorável para a polinização, essencial para a produção de alimentos e a diversidade de plantas. 6. Cogumelos (Fungi): Identificação: Identifique diferentes formas, cores e tamanhos de cogumelos, especialmente após períodos chuvosos. Importância: Diversidade de cogumelos sugere decomposição eficaz da matéria orgânica, contribuindo para a fertilidade do solo. 7. Ervas Daninhas Específicas: Identificação: Observe ervas daninhas específicas, como a urtiga, que podem indicar deficiências no solo. Importância: Algumas ervas daninhas são bioindicadores de características específicas do solo, orientando ajustes necessários. 8. Aves Locais: Identificação: Observe a diversidade de aves locais visitando seu jardim. Importância: A presença de aves indica um ecossistema equilibrado. Algumas aves se alimentam de insetos prejudiciais, auxiliando no controle natural de pragas. 9. Solo Fofo e Solto: Identificação: Toque e observe o solo. Um solo fofo e solto sugere boa drenagem e aeração. Importância: Solo bem estruturado é crucial para o crescimento saudável das raízes das plantas. 10. Formigas (Formicidae): Identificação: Observar colônias de formigas no jardim. Importância: Sua presença indica solo bem drenado e saudável, embora deva ser monitorada para evitar superpopulações. Ao observar atentamente os bioindicadores em sua horta ou jardim, você desvenda os segredos do ecossistema ao seu redor. Cada organismo desempenha um papel vital na promoção da saúde do solo, polinização e equilíbrio geral. Utilize esses sinais naturais para ajustar suas práticas de jardinagem de forma sustentável, criando um ambiente harmonioso e produtivo. Ao entender e respeitar a interconexão entre plantas, animais e microorganismos, você estará no caminho certo para cultivar um jardim verdadeiramente vibrante e saudável. Read the full article
0 notes
Text
CRUZADAS RESSURGIRÃO EM DEFESA DA PÁTRIA!!!
https://youtu.be/1Rk0jD2cMEk
“Outrora muitos que se designaram fies defensores da Igreja nada mais eram que pessoas imbuídas em suas próprias vitórias. As Cruzadas não devem existir mais da forma que um dia foi realizada. Matanças, atrocidades totalmente isentas de julgamento adequado.
Seres acima de tudo vingativos e levados pelo ódio visceral. Jamais incuti tais métodos nos confrontos com povos pagãos. A fúria não procede de Mim, e portanto, não realiza atos de acordo ao que vos ensinei.
O Reino de Deus deve ser anunciado respeitando a individualidade pessoal jamais confrontando crenças. O Barbarismo selvagem não cabe como defesa das coisas Sagradas. O Barbarismo foi incorporado na atuação de povos que de Deus nada conhecem.
Eis o Ponto central que deve nortear as atitudes dos Cristãos. Se o domínio é opressor e de grande tirania sobre o Meu povo, o que deveis fazer é aglutinar-vos em Comunidades estabelecendo a União entre os que defendem a PESSOA de CRISTO.
Hoje tramam exatamente o oposto. CISÃO. DIVISÃO. Batalhas Espirituais contra e a favor dos segmentos distintos... Nada poderia ser aprovado dentro da Igreja sem o consentimento do Altíssimo. Principalmente mudanças de rumo como aconteceu com o Vaticano II.
A decisão por uma mudança representa uma ‘migalha’ do que ainda vereis acontecer. Será preciso destruir esta estrutura corrupta e impura para que surja a Verdadeira Igreja de Cristo em sua simplicidade inicial.
Abolição de tudo que foi acrescido nestes Milênios e que não representam a Verdade Intacta dos Ensinamentos de Cristo.
Egos inflados determinados em serem expoentes no seio de uma Hierarquia de SERVOS, imagens de CRISTO.
E vos pergunto o que realmente aconteceu? Uma disputa de Poder absolutamente contrária ao que desejei. O Mestre Sou EU. O exemplo de Santidade foi deixado. Teriam semelhança hoje com o que vos passei?... Nenhuma! Querem sentar-se ao lado do Mestre, sem no entanto terem a Pureza e Santidade necessária.
É uma afronta de soberba e pretensões representar algo em termos humanos. Onde se encontra a União Comigo? Possuem propósitos autênticos de discípulos do Mestre?
Estariam ensinando a Verdade Revelada, ou tão somente confrontos e disputas de estrelismos já denunciados há 500 anos! (Lutero) Estamos na demolição desses conceitos transviados. Corroídos pela materialidade de criaturas que abandonaram o fundamento a ser divulgado ao mundo: AMOR!
E vos digo que isso será o Ponto de Explosão de uma Igreja em agonia... Percebei o CRISTO de ontem e tentem enxerga-Lo na Igreja que se dividirá...
O que realmente importa a ser preservado:
A EUCARISTIA IMACULADA de qualquer mancha e o ESPÍRITO DIVINO que permanecerá entre vós através de MARIA, Nossa Excelsa criatura (humana) que foi elevada à Divindade Celestial e que representa a ‘Antiga Cruzada’ contra o Mal. Segui seu modelo....”
Teu Pai Filho Espírito Santo a Marjorie Dawe
0 notes
Text
DIA 18 DE OUTUBRO DE 2023: OPENHEIMER O FILME DE CRISTOPHER NOLAN SOBRE O “PAI” DA BOMBA ATÓMICA - IMPRESSIONANTE E ABSORVENTE DURANTE GRANDE PARTE DE 3 HORAS : enfrentei uma sala de cinema- pipocas “ para ver o “biopic” que desde Julho é grande sucesso de bilheteira a par de Barbie e que já ultrapassou o êxito da “Bohemian Rapsody” sobre a vida de Fred Mercury. Obviamente tal facto não é sinónimo de qualidade artística .
A 21 de julho, Oppenheimer, realizado e escrito por Christopher Nolan, foi lançado nos cinemas de todo o mundo. Adaptado da biografia de Kai Bird e Martin J. Sherwin, vencedora do prémio Pulitzer, “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J Robert Oppenheimer”, é a história do brilhante físico teórico americano que supervisionou o desenvolvimento da bomba atómica durante a Segunda Guerra Mundial O biopic traça as duas principais vertentes da vida de Oppenheimer: o trabalho científico que fez a sua carreira e as simpatias esquerdistas que, graças à cruzada anticomunista do pós-guerra, viriam a revelar-se a sua ruína. O filme de Nolan, impressiona e absorve durante grande parte das suas três horas de duração . Através de flashbacks ricamente coloridos, vemos as recordações de Oppenheimer sobre a sua carreira académica, a discutir teorias com o Albert Einstein de Tom Conti e o Niels Bohr de Kenneth Branagh; a sua complicada vida amorosa com a amante Jean Tatlock (Florence Pugh) e a mulher Kitty (Emily Blunt); e o tempo em que supervisionou o laboratório secreto de Los Alamos, no meio do deserto do Novo México, onde a bomba foi desenvolvida. Numa estrutura em mosaico são entrecortadas cenas a preto e branco, a maior parte das quais se refere às célebres audiências de 1954, instigadas pelo presidente da Comissão de Energia Atómica dos EUA, Lewis Strauss (Robert Downey Jr.), nas quais a vida e a reputação de Oppenheimer - em particular no que respeita às suas associações com o partido comunista - são postas em causa.Para além de uma sequência espantosa que retrata Trinity, o nome de código do primeiro teste de bomba nuclear no deserto de Jornada del Muerto, no Novo México, em 1945 (durante uns segundos terríveis, todo o ecrã fervilha com o fogo do inferno), Oppenheimer não é o que se pode chamar um filme "típico" de Nolan. Não há sequências de ação de ficção científica de alto conceito, nem cenas de guerra elaboradamente coreografadas (os efeitos das bombas lançadas sobre Nagasaki e Hiroshima são apenas sugeridosTalvez o momento mais importante do filme seja o lendário encontro do pós-guerra na Sala Oval da Casa Branca entre Oppenheimer e o Presidente Harry S. Truman (interpretado por Gary Oldman), o homem que tomou a decisão executiva final de lançar a bomba. Nolan e Murphy mostram como Oppenheimer se encolhe e no sofá como um garoto assustado, aparentemente querendo algo como a absolvição do presidente e murmurando que sente que tem "sangue nas mãos". Truman, furioso e perplexo, diz-lhe que tudo isso é da sua responsabilidade enquanto presidente e faz-lhe uma pergunta : será que Oppenheimer pensa que os japoneses se importam com quem fez a bomba?Um dos trunfos do filme é o papel do protagonista pelo actor Cillian Murphy: os planos rígidos do rosto; os seus olhos azuis metálicos de outro mundo, que transmitem um temor cósmico glacial ; e o seu desempenho, que é meticuloso, discreto e parece emanar do seu âmago.
0 notes
Text
Manifesto teta
Hoje é mais um dia de outubro, e outubro é o mês cor-de-rosa, símbolo da conscientização sobre o câncer de mama.
Neste dia, neste mês, neste ano, e para o resto dos anos e da minha vida, quero manifestar aqui a minha homenagem às tetas, seios, mamas femininas –de modo a transcender a questão para algo muito mais além do que o combate a uma possível doença.
O outubro rosa é apenas um pretexto para a minha ode ao seio. Poderia ter feito isso em setembro, mas o “insight” veio agora.
E agora? Agora é o momento de questionar tanta coisa acontecendo no mundo. Agora é o momento de questionar o desenrolar do homem e da sociedade em seu duvidoso progresso. Agora é o momento de questionar se não está na hora de repensarmos os papeis masculinos e femininos, e os rumos que estamos tomando enquanto humanidade.
Para falar em rumo, porém, vamos falar sobre a abertura de caminhos.
Por regra, o homem fálico e masculino é um ser desbravador. Com suas lanças e espadas, ele penetra lugares nunca antes conhecidos. Por meio de uma enorme bravura e coragem, no exercício de sua força bruta, ele corta, atravessa, acessa.
O homem, em seu sentido social e fálico, é invasivo e perfurante –e isso é fundamental para o estabelecimento e para a formação de qualquer estrutura, em qualquer lugar.
Na nossa história, homens valentes conquistaram grandes territórios, desbravaram ambientes hostis, e conseguiram fincar suas bandeiras para a formação de aldeias, colônias e cidades. Graças a esses bravos homens foi possível a estruturação de comunidades como as que temos hoje, e o consequente desenvolvimento de toda a civilização.
Cruzadas, bandeiras, grandes navegações, travessias –tantas aventuras e momentos épicos marcaram a nossa história e determinaram nossas vidas até hoje.
Apesar de sua importância incontestável, a essência predominantemente invasiva, penetrante e dominadora do homem, masculino e fálico, pode representar uma ameaça à harmonia social em caso de desequilíbrio, porque tal força –grande força–, também possui potencial destrutivo e bélico.
O excesso de invasão, de disputa, de energia predominantemente masculina e desequilibrada nos lares, na sociedade e na vida política como um todo é nocivo ao pleno funcionamento social.
Com seu imenso instinto dominador e possessivo, o ser masculino e seus instrumentos fálicos vem se comportando como um agente destruidor e uma ameaça à própria espécie da qual ele faz parte.
Tais instrumentos fálicos de conquista e dominação estão em exacerbada atividade, operando de maneira descontrolada e sem propósito, porque essa natureza animal de domínio se sobressaiu ao antigo conceito de comunidade, pertencimento e coletividade.
Seus fálicos foguetes penetram o espaço para conquistar a lua e outros planetas. Seus fálicos submarinos buscam penetrar as profundezas dos oceanos. Seus fálicos fuzis perfuram o inimigo, mas o inimigo, muitas vezes, é obscuro, é abstrato, é pretexto para a demonstração de sua força e de seu poder de dominação.
Seus fálicos tanques e mísseis de longa distância destroem escolas e hospitais –atingindo mulheres, idoso e crianças–, funcionando como verdadeiros bastardos.
Sim. Eu disse bastardos.
Somente um falo bastardo é capaz de atacar idosos, mulheres e crianças, arrasando cidades inteiras, espalhando dor, tristeza, desalento, fome, morte, medo.
Somente um falo bastardo, sem mãe, sem uma referência feminina, sem amor, sem ética, sem moral, sem vergonha, é capaz de tomar decisões políticas, em idade já avançada como a dos líderes de nações (em sua esmagadora maioria masculina) promotores de guerras, sem qualquer tipo de remorso, de arrependimento ou de desejo de reparação.
Somente um falo bastardo é capaz de governar em benefício próprio, ignorando as demandas essenciais e básicas da sua comunidade, priorizando seus interesses, seus cegos ideais, corrompendo e sendo corrompido, subornando e sendo subornado.
Diariamente vemos nos noticiários as consequências sociais das ações de homens que parecem não ter tido mães.
Brigas e violência, extermínios e balas perdidas, guerras, escândalos de corrupção, tragédias como enchentes e desabamentos e, como sempre, junto a tudo isso muita dor e sofrimento.
No Rio de Janeiro, em Belford Roxo, vimos homens vereadores, um monte deles, com seus ternos e gravatas, aos socos e pontapés durante sessão plenária. O motivo? Disputa por território, enquanto o povo precisa de seu trabalho. Também no Rio, médicos executados por engano, e seus executores também executados, numa onda de violência que segue em cascata, banalizando a vida.
E o que dizer do Hamas, que violenta e covardemente atacou Israel, sequestrando e assassinando centenas de civis, sem poupar ninguém?
Então fica a pergunta: onde estão as mulheres desses homens? Quem são as suas mães? Quem são suas esposas? Como são as suas vidas com relação ao outro polo, o feminino?
Sim, visivelmente há um desequilíbrio na vida desses homens, que acabam por deixar sua masculinidade exacerbada dominar suas relações interpessoais e sociais, afetando toda a teia da vida.
Sim. O homem cumpriu com sua função enquanto desbravador. Ele conquistou nosso espaço. Ele ganhou território. Ele abriu o caminho para a formação e a fundação da sociedade, mas agora é hora de parar. O espaço já foi dominado. Já conhecemos cada centímetro do planeta Terra.
O terreno já foi arado, o buraco já foi cavado, a semente já foi plantada. Agora é hora de deixar germinar. A sociedade não é somente fundamentada à base de conquista e de dominação. É preciso nutrir, gerir, gestar. É preciso deixar a natureza e a força feminina operarem também.
A semente precisa de nutrição para brotar, crescer, desabrochar, florescer e frutificar, assim como a humanidade.
Os seios nutrem, acolhem, agregam, consolidam e fortificam a fundação formada pelo fálico homem. O homem traz o fundamento, a mulher vem com a gestação, com o acabamento. O seio traz a beleza que não se percebe e nem se manifesta à primeira vista, no árduo e valoroso trabalho de desbravamento promovido pelo homem. O seio é a preocupação com o desenvolvimento de cada organela e elemento celular, nos mínimos detalhes, em seu perfeito funcionamento. O seio é zelo, é dedicação, é carinho, é preocupação. O seio sempre quer somar, construir, desenvolver, amar, doar.
Precisamos celebrar e usufruir desse feminino. Nos atentar ao feminino. Permitir ao feminino que ele possa servir, oferecer, prover os nutrientes necessários para seus filhos e não só para eles. Seu papel é coletivo, comunitário. É local e é global. É ladrilhador, planejador.
Se o fálico masculino abre caminhos, as mulheres trazem beleza e acabamento aos caminhos abertos (beleza no sentido kantiano da palavra).
Por isso precisamos harmonizar essa relação –do seio com o falo; do feminino com o masculino–, para que nem tudo seja apenas sobre invasão e dominação.
Precisamos considerar, celebrar, valorizar e dar toda a atenção às mulheres –nossas avós, nossas mães, nossas esposas, nossas filhas e nossas netas, e nossas companheiras de trabalho também. Precisamos reverenciar nossos seios amorosos e nutritivos. Precisamos resgatar o feminino em sociedade e aprender a receber e a aceitar toda a energia que a mulher pode e é capaz de dar, junto com todo o seu potencial de construção de uma vida maravilhosa em sociedade. Sim, precisamos.
Com menos censura, desrespeito e descaso, precisamos rever alguns valores. Precisamos parar de querer esconder as tetas enquanto exibimos fuzis e tanques de guerra. Precisamos celebrar o seio, amá-lo, adorá-lo e respeitá-lo. Por meio deste manifesto, defendo que as sociedades valorizem o seio feminino em seu mais amplo sentido da palavra. A vida é muito mais saudável, muito mais feliz e muito mais nutritiva com mulheres devidamente aceitas e reconhecidas como MULHERES e suas adoradas tetas. Homens sábios e bem servidos sabem disso.
1 note
·
View note
Text
A Influência da Igreja na Formação do Mundo Moderno: Um Panorama Histórico
A história da humanidade é marcada por uma interseção complexa entre religião e poder. Desde os primórdios da civilização, as instituições religiosas desempenharam um papel crucial na formação de sociedades, moldando não apenas a moralidade, mas também as estruturas políticas e sociais. A Igreja, em suas várias formas, influenciou reis e governantes, ajudando a estabelecer os princípios e a realidade que fundamentam o mundo em que vivemos hoje.
As Raízes da Aliança entre Poder e Religião
Antiguidade: O Culto aos Deuses e a Legitimação do Poder
Nas primeiras civilizações, como a mesopotâmica e a egípcia, os governantes eram frequentemente vistos como intermediários entre os deuses e o povo. As religiões politeístas legitimavam o poder dos reis, que construíam templos e realizavam rituais para apaziguar os deuses e garantir a prosperidade. Por exemplo, os faraós do Egito eram considerados deuses em vida, e suas ações eram legitimadas pela crença religiosa.
No Oriente, impérios como o Persa e o Chinês também integravam religião e política. A filosofia do Confucionismo na China, por exemplo, promovia a ideia de um governo moral, onde a virtude dos governantes era essencial para a harmonia social.
A Ascensão do Cristianismo e a Consolidação do Poder Eclesiástico
O Cristianismo como Força Unificadora
Com o advento do Cristianismo, a relação entre poder e religião se transformou. Após a conversão do Imperador Romano Constantino no século IV, a Igreja Cristã passou a gozar de privilégios sem precedentes. O Édito de Milão (313 d.C.) legalizou o Cristianismo, permitindo que a Igreja se tornasse uma entidade poderosa, influenciando a política e a vida cotidiana.
Os papas começaram a desempenhar papéis não apenas religiosos, mas também políticos. A Cruzada e as alianças entre monarcas e a Igreja fortaleceram a ideia de que os reis eram escolhidos por Deus. A doutrina da "Mandato Divino dos Reis" sugeria que qualquer rebelião contra um monarca era, na verdade, uma rebelião contra a vontade divina.
A Idade Média e a Influência da Igreja sobre os Governantes
Controle Social e Moral
Durante a Idade Média, a Igreja Católica se tornou a principal fonte de educação e cultura. Os mosteiros preservaram e copiaram textos clássicos, e a Igreja estabeleceu um sistema de leis e moralidade que guiava a sociedade. O sistema feudal estava intimamente ligado à Igreja, com os senhores feudais frequentemente garantindo proteção em troca de serviços religiosos e apoio.
Ao mesmo tempo, a Igreja também enfrentava desafios, como a ascensão do Islamismo. A conquista islâmica no Oriente Médio e no Norte da África levou a uma competição religiosa e cultural que moldou as dinâmicas de poder na época.
A Reforma Protestante e a Transição do Poder Religioso
O Despertar da Indiferença
No século XVI, a Reforma Protestante desafiou o monopólio da Igreja Católica sobre a fé e a moral. Líderes como Martinho Lutero e João Calvino questionaram a autoridade papal, promovendo uma visão mais individualista da fé. A Reforma não apenas desmantelou a unidade religiosa da Europa, mas também incentivou o surgimento de estados-nação que se afastaram do controle papal.
Esse período de transformação também viu a ascensão do Iluminismo, que promoveu valores como razão, ciência e direitos individuais. A secularização da sociedade começou a se intensificar, alterando as bases de legitimidade política.
A Influência da Religião no Oriente: Uma Perspectiva Paralela
O Islamismo e os Impérios
Enquanto isso, no Oriente, o Islamismo emergiu como uma força unificadora. A Sharia, ou lei islâmica, moldou não apenas a vida religiosa, mas também a política em muitos países islâmicos. Os califados, como o Omíada e o Abássida, combinaram autoridade religiosa e política, estabelecendo uma cultura rica em ciência, arte e filosofia.
Contudo, a fragmentação do poder após a queda dos califados levou a uma diversidade de interpretações e práticas, semelhante ao que aconteceu na Europa com a Reforma Protestante.
O Mundo Moderno: A Separaçã entre Igreja e Estado
A Ascensão do Secularismo
Nos séculos XIX e XX, o crescente secularismo e a industrialização alteraram as dinâmicas de poder. A separação entre Igreja e Estado tornou-se um princípio fundamental em muitas democracias ocidentais, enquanto a religião ainda exercia influência em países orientais, muitas vezes ligada a movimentos nacionalistas.
A partir do século XX, surgiram movimentos de direitos civis e de liberação, questionando as estruturas de poder estabelecidas e promovendo a igualdade, frequentemente em conflito com os ensinamentos tradicionais de instituições religiosas.
Conclusão
A história da Igreja, desde suas raízes antigas até o presente, ilustra como a religião moldou e legitimou o poder político ao longo dos séculos. As interações entre fé e governo ajudaram a estabelecer os princípios e realidades que fundamentam o mundo contemporâneo.
Embora a relação entre religião e poder tenha mudado, a influência das instituições religiosas sobre a moralidade e a cultura ainda persiste. O diálogo entre a fé e a política continua a ser relevante, refletindo os desafios e as esperanças da sociedade moderna.
0 notes
Text
Política - Resumo
O Brasil ainda é o país do futuro?
O Linhas Cruzadas é um programa reproduzido pela TV Cultura toda quinta-feira que trata sobre temas políticos, filosóficos, sociais e culturais.
No episódio exibido no dia 23 de fevereiro de 2023, Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama abordam o tema a partir de um livro chamado “Brasil, pais do futuro” escrito em 1941 por Stefan Zweig. Ele enaltecia o Brasil, o que era compreendido, visto que o autor deixava uma Europa conturbada pela segunda guerra e domínio nazista e decorrente disso tinha uma visão mais 'amena' do Brasil.
Pondé aponta, deixando clara a difícil escolha, que o maior problema do país é a ausência de políticas de Estado que não são movidas por ideologia política, interesse partidário e deve funcionar emancipado do governante. Ele dá como exemplo o plano real e a BNCC.
Sobre a área da saúde, abordam o mau investimento e estrutura que é dado aos médicos brasileiros e a ausência de política de carreira nesse setor público, que traria para a profissão a racionalidade que organiza o futuro profissional, assim como no direito público. E derivado disso seria necessário pessoas especializadas, algo como o burocrata do Estado, assim como o sociólogo Max Weber falava: um profissional que independe do governante e ideologias politicas para fazer a máquina funcionar.
Ao falarem das Forças Armadas, a qual é uma instituição de Estado, criticam diretamente o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por ideologizar a instituição. O prejuízo causado quando uma instituição não cumpre o seu papel é que ela põem em risco o contrato social, o estado de direito e assim destrói o cotidiano da população. A Amazônia também é um exemplo de não comprimento do papel das forças armadas, visto que deveriam garantir a soberania e proteção da Amazônia, coisa que não acontece nos dias atuais, dado que é tomada pela criminalidade.
A respeito da política, apontam que essa escassez de opções políticas minimamente boas se deve ao fato dessa classe pensar somente em si e em suas carreiras e não na sua legítima função, que é a prova de que não estão preocupados de fato em melhorar a atual situação.
À medida que tentam entender quem está preocupado com o futuro do país, Pondé acredita que a elite brasileira (os empresários de maneira geral) enxergam o Brasil com um visão colonialista. De que se pode investir e ganhar dinheiro a longo prazo mesmo em um lugar que está cada vez mais sucateado. E provavelmente a origem desse pensamento pode estar exatamente ligada à colonização, porque aqui só vieram com o anseio de explorar e extrair dessa fértil terra.
Para melhor compreensão e obtenção de mais detalhes sugiro a visualização do vídeo na íntegra, pois aborda de modo mais completo e didático o que foi dito no texto acima: https://youtu.be/PHU4OdIUdM4
1 note
·
View note