#estereótipos comuns
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edsonjnovaes · 5 months ago
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Novembro Azul
Novembro Azul. Sampa Fusca Club – Facebook O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Biblioteca Virtual em Saúde – MINISTÉRIO DA SAÚDE A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha, localizada abaixo da bexiga e sua principal…
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hwares · 10 months ago
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#002 | AS VOZES DA SUA CABEÇA: um guia para vozes de personagem ✦ ⁎
Hala, hala forasteiros! Tempos atrás recebi a seguinte mensagem:
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Demorei para responder porque não somente precisava pensar e elaborar com cuidado, mas a vida fora da internet entrou no caminho. Mas consegui tirar um tempinho para pensar sobre e escrever um guia. 
Admito que esse é um assunto curioso pra mim, também! Já tentei de muitas maneiras mudar as vozes dos meus personagens e não sei dizer se sucedi em alguma. Então, irei fazer um compilado de dicas que coletei ao longo dos anos e adicionar algumas observações! Vou tentar trazer alguns exemplos, também. Antes de começarmos com o guia, precisamos esclarecer dois pontos muito importantes.
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DISCLAIMER | Essas são somente as minhas opiniões. Não estou tentando ditar regras sobre como as pessoas devem escrever ou jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)! 
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01. O QUE É VOZ DE PERSONAGEM, HWA?
De maneira básica, a voz da personagem é a personalidade dela. É como aquela personagem se apresenta e se define dentro duma obra ou, no nosso caso, um turno. 
Pensa que você está em um cômodo com um seus amigos, as luzes estão apagadas e uma bruxa enfeitiçou todo mundo para ficar com aquela voz distorcida de testemunha na televisão: como você distinguiria cada um? 
Provavelmente através dos vícios de linguagem (né, hum, tipo…); o uso ou não uso de determinadas palavras e gírias; a entonação; por vezes até a respiração! Tudo isso e tantos outros definem a ‘voz’ das pessoas e, também, das personagens!
Mas é preciso que saibamos a diferença entre a nossa voz enquanto autor da voz da nossa personagem. 
A voz de autor está ligada a estrutura das sentenças, se você é mais descritivo(a/e) ou não, se escreve turnos longos ou pequenos, etc. Cada autor possui sua própria voz — ou, como chamamos comumente, estilo. 
A voz da personagem está ligada com as características de fala e comportamento de cada personagem. Ou seja, se a personagem usa gírias ou não, palavras sofisticadas ou não, se gesticula enquanto fala, etc. Essas coisas são definidas conforme você desenvolve a personagem, estando intrinsecamente conectadas com a história/personalidade dela.
02. PROSSIGA COM CUIDADO, OS ESTERIÓTIPOS!
O segundo ponto importante é o seguinte: quando falamos de voz de personagem, precisamos nos atentar aos estereótipos. 
Há uma linha finíssima entre fazermos associações comuns e inocentes devido a certos detalhes que nossas personagens possuem e cometermos um crime de ódio. Por isso, é necessário atentar-se ao que você escolhe atribuir e pensar no porquê — e principalmente, se é necessário. 
Eu recomendaria afastar-se de estereótipos, contudo, eles não são necessariamente ruins; mas você precisa ter sensibilidade e cuidado ao usá-los. Como assim? 
O Chico Bento, por exemplo. Sendo um personagem da zona rural, ele possui uma fala bem característica / estereotipada de alguém que você associaria ao interior (meu r é igualzinho ao dele, a famosa poRRta). Isso é ruim? Não! O Chico é um ótimo personagem para se ensinar sobre as variações linguísticas brasileiras. E, no caso, ele aparece como uma representação de um tipo de família e criança interiorana — mas é importante destacar que somente funciona pelo Chico Bento ser um personagem bem escrito, e há toda uma sensibilidade na construção dele. Não somente faz sentido ele falar como fala, mas em nenhum momento a sua pessoa é tratada com desrespeito em sua caracterização. Nós não rimos do Chico por ser caipira, nós rimos das situações, da história. E mais de uma vez, o Maurício usou os quadrinhos para dar lições importantíssimas sobre o preconceito linguístico.
Isso não é uma desculpa, porém, para você abusar de esteriótipos ou irá criar uma caricatura. Nem tudo o que você atribuir ao seu personagem precisa de uma razão ou justificativa; mas isso vale para coisas como gostar de chocolate ou desgostar do cheiro de peônias. Se estamos nos referindo a características que podem ser interpretadas como estereótipos, especialmente estereótipos ruins, nós precisamos sim de uma boa razão: se não houvesse uma construção de personagem por trás do Chico Bento, ele poderia muito facilmente ter se tornado uma caricatura. Quando criamos personagens — e principalmente, que são diferentes de nós — precisamos ir atrás de pesquisar o que é ou não considerado um esteriótipo ruim, entender questões culturais e sociais antes de sairmos emprestando coisas. 
Lembre-se: criação de personagem e voz de personagem andam de mãos dadas. Não dá para ter um, sem o outro. Por isso, é necessário prestarmos atenção e fazermos uma boa pesquisa antes de sairmos associando comportamentos porque pode, sim, resultar em algo ofensivo. 
Cientes disso, por fim, vamos às dicas!
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VOZ DE PERSONAGEM
Agora, vamos desmistificar o maior mito: 
Voz de personagem não é diálogo. 
Tudo o que escrevemos como o personagem é a voz dele — é por isso que a voz da personagem está intrinsecamente relacionado com a construção e desenvolvimento dela. E, por isso, precisamos ter uma boa noção de quem a personagem é enquanto a estamos escrevendo. 
Uma boa comparação é pensarmos em atores: os melhores são aqueles que não só mudam a sua voz ou jeito de falar quando estão atuando, mas que se transformam numa outra pessoa. Não dizemos, de vez em quando, algo como “nossa, eu nem reconheci esse ator daquela série! Está tão diferente!”? Ou, outras vezes, “ai, esse ator é sempre a mesma coisa em todo papel!”? Pois bem, a voz de personagem é a mesma coisa. 
Precisamos lembrar que escrita é interpretação — da nossa parte, como escritores, e da parte de nossos partners que irão ler. Não podemos subtrair a maneira como as pessoas vão ler e compreender nossos turnos de como escrevemos eles: e é por isso que voz de personagem, para funcionar, tem que ir além do diálogo. Precisamos deixar descrições, informações… coisas que irão compor a imagem e personalidade da nossa personagem na cabeça de nossos partners. 
Sendo assim, a voz da personagem requer um esforço e atenção maior na escrita. Às vezes escrevemos coisas em turnos e histórias sem pensarmos muito; ou pelo contrário, passamos várias horas procurando algo em específico para colocar quando não ter uma especifidade poderia ser muito mais interessante. Mas como assim? 
Quando pensamos em voz de personagem, precisamos nos atentar na nossa escrita como um todo: precisamos enxergar nosso turno, por inteiro, como a visão da personagem. 
Não adianta meu personagem x e meu personagem y terem diálogos bem distintos, mas escrever o resto igualzinho! 
Pense que nós, como seres humanos, possuímos vivências diferentes. Mesmo irmãos sob o mesmo teto podem ter experiências únicas com seus pais — nós pensamos diferentes uns dos outros, possuímos valores e crenças diferentes. Que, claro, podemos compartilhar uns com os outros, mas o ponto é que temos individualidade. E como mostramos isso? Através de como nos vestimos, como gesticulamos, como falamos, o que postamos ou não nas nossas redes sociais, o que pensamos etc. 
E é isso que compõe a nossa voz — ou, em outras palavras, a personalidade. 
Lembrem-se: a personagem só existe na página. Mesmo que exista um faceclaim, páginas de inspiração e coisas assim, a personagem só existe, de fato, no turno. Na escrita. Se nós não atribuirmos personalidade para ela enquanto escrevemos, ela não tem como ter uma voz. 
Nós, como seres humanos, temos a vantagem que existimos indepdendente de alguém estar nos vendo ou não. E, quando encontramos outras pessoas, elas estão nos assistindo e observando cada detalhe de como agimos; e o mesmo serve para nós, vendo outro ser humano.
Personagens em um turno não possuem essa vantagem. Se nós não escrevermos o que estão fazendo, observando, sentindo ou percebendo, simplesmente não há como saber.
Mas eu acho mais fácil explicar por exemplos!
Então vamos lá atrás do grupo de forasteiros que habitam esse blog! Hoje serão dois exemplos! O primeiro contará com 02 personagens (Hoyun e Nas) e o segundo com outros 02 (Young e Sang). 
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(*) Novamente, esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia! Dessa maneira, perdão se não estiverem super bem escritos! O meu foco com esses trechos é sempre tentar exemplificar o máximo possível, mais do que “qualidade”. Mas a gente vai tentando, né?
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EXEMPLO #001
Primeiro, vou dar uma breve descrição das personagens para essa cena (que se passará na Coreia Antiga/um período não especificado da dinastia Joseon): 
Hoyun, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Ninguém sabe, ao certo, sobre seu passado, mas rumores dizem que serviu ao Rei como seu guarda pessoal por anos antes de ser demitido e colocado numa lista de procurados. 
Nas, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Filho de um açougueiro, cresceu como um “intocável” (baekjeong) num vilarejo ao sul da capital. Entretanto, no começo de sua adolescência, caiu nas graças de nobres devido à sua boa aparência e serviços de mercenário, conseguindo sair do vilarejo após a execução de seu pai. 
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Os portões da residência ainda estavam escancarados quando chegaram. Ótimo, não chamaremos atenção. Naquele horário, criados deixavam as propriedades de seus senhores para enviar mensagens, despejar excretos de latrinas ou limpar os enormes pátios. Se precisassem chamar pela criadagem dos Choi para abrirem os portões, certamente olhos curiosos apareceriam por entre frestas das pedras dos muros vizinhos para observá-los — e, naquela tarde, era melhor que não houvesse rastros de sua visita.  Hoyun olhou por cima do ombro, se assegurando que estavam sozinhos na rua. Esperou duas garotinhas sumirem na esquina antes de direcionar sua atenção para Nas, parado ao seu lado. “Vamos,” desamarrou o leque de sua cintura e o abriu num único balançar de mão, “Nosso ganso dos ovos de ouro nos aguarda.”  De nariz erguido, cruzou um braço atrás das costas e passou pelo portão. Criados se moviam pelo pátio acendendo os candeeiros e varrendo as varandas. Do fundo da propriedade, o cheiro de temperos e carne adentrou suas narinas, causando seu estômago a roncar. Sua última refeição havia sido nas primeiras horas do dia, quando ainda estava na estalagem: um mingau melequento, aguado e desprovido de sabor. Fora o suficiente para sustentá-los durante a ‘aventura’ daquela manhã, mas uma ofensa para seu paladar. Passou a língua pelas gengivas em reflexo à memória, tentando afastar a sensação de que ainda havia arroz enfiado por entre os dentes.  Hoyun caminhou pelo pátio vagarosamente, admirando o canteiro colorido enquanto se abanava, aguardando alguém vir atendê-lo — era como os nobres se comportavam. Nunca oferecendo explicações ou justificativas; sempre aguardando que os viessem atender, que estivessem ao seu dispor. ‘É isso o que servos fazem, não é?’. Aquela voz debochada ressoou em sua mente, e sua mão se fechou num punho em suas costas. ‘Você morreria por mim, Hoyun?’. Não mais. “Como posso ajudá-los?” A súbita voz grossa e monótona do guarda pessoal de Hojong — Kyumin, se lembrou — o retirou de sua mente, as memórias se dispersando com a mesma rapidez que haviam aparecido.  Respirou fundo, então se virou para o guarda. “Estamos aqui para ver o Sr. Choi.” Hoyun ofereceu seu melhor sorriso para Kyumin, levantando seu gat para que o homem pudesse ver seu rosto. “Temos horário marcado.” Piscou.  Kyumin permaneceu com a mesma expressão de bosta, apenas assentindo com a cabeça antes de retornar para dentro da residência. O horário, em questão, era duas horas antes, mas sabia que Hojong não reclamaria uma vez que o passasse a informação que obtivera na estalagem: seria sua moeda de troca para conseguir o patrocínio que precisavam para quitar a escritura de servidão de Sang. Então estaremos livres. Por fim, deixariam o passado para trás, e toda aquela porcaria de títulos e status. Uma vez em Jeju, começariam do zero. “Você gosta de laranjas, Nas?” Reabriu o leque, abanando-o contra a própria face. “Ouvi dizer que Jeju é cheio delas.”
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Quanto mais se aproximavam da casa de Hojong, mais guardas caminhavam pelas ruas. Em pares e sozinhos, a mão firme em suas bainhas e os olhos atentos. Ali, estavam mais próximos do palácio, o que significava que qualquer perturbação ocasionaria em dez ou mais guardas se aglomerando para investigar. Precisavam ser cuidadosos, não levantar suspeitas. Nas os cumprimentava com um breve aceno de cabeça e um sorriso, as mãos caídas ao lado de seu corpo, pronto para sacar sua adaga se precisasse. Ou sua pistola, se muito necessário.   Parou ao lado de Hoyun, rapidamente inspecionando a área com os olhos. Duas garotinhas caminhavam em direção ao bosque, cada uma segurando um balde de madeira. Pelas roupas, eram filhas de criados indo buscar água para o jantar. Não conseguiu conter um pequeno sorriso, lembrando de sua própria infância indo à beira do rio buscar água para as sopas de coelho de sua mãe. Retornou sua atenção a Hoyun quando esse falou, assentindo com a cabeça antes de segui-lo para dentro.  Assim que pisaram no pátio, o denso aroma da carne bovina cozida com molho de soja e gergelim o envolveu num morno abraço. Uma carninha para o jantar cairia bem, uma vez que haviam ficado sem almoço. Umedeceu os lábios, e estava prestes a sussurrar para Hoyun sugestões para a refeição daquela noite quando notou a figura de Kyumin se aproximando.   Nas imitou a postura do amigo, cruzando os braços atrás das costa. Embora mais desajeitadamente, precisando de duas tentativas para dobrar adequadamente os braços sem enroscar as mangas do dopo no galho atrás de si. Odiava usar aquelas roupas. As longas mangas de seda eram leves demais, o fazendo sentir como se estivesse com os braços pelado. Por outro lado, o gat com aquele cordão de contas era pesado demais; preferia os chapéus de palha que costumava usar na infância. Mas, obviamente, nunca poderia se vestir como um intócavel num lugar como aquele.  Suspirou, esfregando as contas coloridas entre seu polegar e indicador, sentindo a frieza do marfim enquanto Hoyun conversava com Kyumin. Quando o guarda se afastou, Nas olhou para o amigo, admirando como a seda enquadrava os ombros largos e retos; como caminhava com o peito estufado e queixo erguido usando aquelas roupas que custavam mais que sua escritura de servidão. Ao contrário dele, Hoyun nascera naquele meio, mesmo que não mais pertencesse nele. Fazia sentido, então, o amigo caminhar por aí cheio de confiança usando tecidos e acessórios caríssimos. Nas não era o mesmo.  Se sentia usando uma fantasia como os palhaços que performavam nos mercados, usando máscaras pintadas e imitando comicamente os trejeitos mesquinhos dos yangbans. Um mímico. Um impostor.  Balançou a cabeça, soltando o cordão.  “Tangerinas. Jeju é cheia de tangerinas.” Jeju, a ilha dos exilados. A conhecia bem. Todas as pessoas de seu vilarejo, cercada pelo mar, conheciam. Seu pai costumava trocar as carnes e ervas por lulas e baiacus com os pescadores, que o contavam histórias sobre como Jeju era tão diferente deles. Sobre como pessoas como eles não eram tão diferentes dos outros. “Mas é… gosto.” Disse, distraidamente, mexendo no cordão de seu dopo.   “Hoyun.” O chamou, incerto.  “Você acha mesmo que…” Franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o amigo. “Não sei se deveríamos contar sobre ele pro Hojong.” Pensara sobre aquilo o dia inteiro. Sabia que aquela informação era valiosa, que era o que precisavam para sumirem daquele lugar. Mas não parecia certo. Nas não era o mais inteligente do grupo, sabia disso. Era os músculos, o que mantinha todos seguros. Mas não conseguia parar de pensar que havia algo errado naquilo tudo. “‘Cê não acha melhor esperar um pouco? Só até… não sei.”
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Escrevi um pouquinho mais para deixar mais visível algumas diferenças nas vozes. Vamos retormar: voz de personagem é sobre interpretação. Precisamos pensar na voz do personagem como a maneira que a gente quer que essa personagem seja interpretada. 
Como o Hoyun é alguém cujas pessoas não sabem muito, quis dar um ar mais misterioso para ele. Alguém confiante, um pouco descontraído, mas que guarda um segredo angustiante. O Nas, por outro lado, é um cara simples. 
Será que eu consegui? A verdade é que só vocês podem me dizer. 
Porque, no fim do dia, a gente não consegue controlar a interpretação que as pessoas vão ter de nossos personagens; a gente só pode apresentar elementos e tentar constituir uma cena que transpira essas percepções. Então vamos quebrar em partes:
Para o Hoyun, que cresceu entre a nobreza e serviu ao príncipe herdeiro (com quem tem um passado complicado), o fiz perceber os criados e os afazeres que ocorrem dentro de uma residência nobre. Para o Nas, que cresceu como um intocável (para aqueles que não sabem: a Coreia costumava funcionar num sistema de castas, os intocáveis era a última casta e eram compostas, entre outras coisas, por açougueiros, que viviam separados do resto da sociedade), não há qualquer razão para perceber os afazeres dos criados, ou sequer usar essa nomenclatura: distinguir as pessoas entre títulos é mais uma coisa de quem cresceu entre eles, na minha opinião. Para o Nas, que cuida da segurança de todo mundo no grupo, o mais importante eram os guardas. 
O Hoyun não consegue distinguir a comida específica que está sendo preparada, mas o Nas, filho de um açougueiro, obviamente o consegue. Além disso, enquanto Hoyun pensa na comida sem graça que comeu que, para ele, foi algo “marcante” e ruim sobre seu dia, Nas sequer se importou — somente pensou no que comeria depois. Nas cresceu com pouco, nem sempre comendo as melhores comidas; Hoyun, por outro lado, cresceu provando do melhor. 
O Hoyun não repara em como a vestimenta está, nem como ela cai em si, está acostumado a usá-las; Nas, por outro lado, fica incomodado com o simbolismo daquelas roupas, assim como o modo como elas ficam em si. 
Na lembrança de Hoyun sobre o príncipe, o monarca usa o termo “servo” em contraste com o “criado” de Hoyun. Foi uma maneira de destacar como o príncipe era arrogante; e mostrar como essa arrogância é um ponto de ressentimento de Hoyun. A conversa sobre títulos, sobre como os nobres demandam e esperam coisas — foram escolhas que fiz para mostrar que o Hoyun não se enxerga mais naquele meio, mesmo tendo crescido como um. 
Outro detalhe: Hoyun, que tem um conhecimento limitado de Jeju, usa o termo laranja enquanto Nas, que conhece muitíssimo bem sobre a ilha que é distante deles, sabe que são tangerinas a especialidade de Jeju. Eu, como quem escreve, poderia ter simplesmente deixado Hoyun dizer tangerina ou, até mesmo, bergamota. Mas… ele como personagem saber dizer não faria sentido.
Tentei, também, usar um linguajar mais simples durante o turno do Nas; para o Hoyun, contudo, fui um pouco mais metódico. 
São escolhas sutis. Mas cada coisa que escrevemos importa.
Lembre-se: a voz da personagem não é somente como ela fala. O que notamos ou não em um cômodo ou lugar, quais falas ou objetos nos remetem ao quê, nossas habilidades… tudo está relacionado com quem somos, nossa personalidade, nossa voz.
Se me colocarem num quarto cheio de itens de futebol, fotografias de jogadores e similares, só iria saber reconhecer os jogadores de +10 anos atrás — e, claro, saber o que é uma bola e um gol. Não gosto de futebol. O meu conhecimento é de quando minha mãe era ligadona nos times, e ficava me falando bastante do Kaká (eu tinha uma crush nele), Pato, Ronaldinho… enfim. Então, se eu fosse descrever um cômodo cheio de itens de futebol, sairia algo assim: 
“O cômodo estava cheio de retratos expondo os rostos sorridentes de jogadores os quais não reconhecia. João me disse que as decorações, exclusivas em azul e branco, eram a representação do time o qual aquele estádio pertencia, o qual também não sabia o nome; alguma coisa com G? Ou talvez um F.” 
Vamos ver o segundo exemplo. Dessa vez serão mais curtos, com mais dinamismo:
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EXEMPLO #002
Young, antes de sua mãe abrir um restaurante no pequeno vilarejo em que moravam, eram criados de uma família proeminente da região. Cresceu como qualquer outra criança pobre, servindo as vontades de seus senhores; e quando sua mãe adoeceu e faleceu, poucos anos após abrir o restaurante, se juntou a uma trupe.
Sang, o filho bastardo de um Lorde, o garoto cresceu numa casa de gisaengs — profissão que, em sua adolescência, foi obrigado a exercer. Atualmente, contudo, convive com o bando de mercenários que o salvaram de sua situação.
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Com um longo e alto suspiro, Young esticou os braços acima da cabeça. “Que tédio! Não aguento mais esperar.” Fungou. Apoiou os cotovelos no peitoral de madeira da enorme janela atrás de si, deitando a cabeça para trás. A vista de ponta cabeça era tão entediante quanto a normal. “Se eu fosse um nobre, plantaria várias azaleias no meu jardim. As roxas.” Juntou os lábios num bico, então, deixou a cabeça cair de volta para frente, olhando Sang do outro lado do cômodo. “Não vejo graça nessas plantinhas de lago.” 
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Fazendo uma breve reverência, Sang ofereceu um sorriso para a atendente ao deslizar a porta do cubículo no restaurante onde aguardavam por seus amigos. A mocinha deu uma breve olhada para Young atrás de si, mas retornou a olhá-lo quando, gentilmente, colocou as mãos sobre as dela. “Muito obrigado.” Disse pegando a bandeja das mãos delicadas dela, ignorando as reclamações e barulhos de Young — as bochechas dela enrubesceram e ela rapidamente fez uma reverência, permanecendo com a testa colada ao chão até Sang retornar a fechar a porta de hanji.  “Chū yū ní ér bù rǎn.” Recitou em mandarim conforme colocava a bandeja sobre a mesa, se recordando do ditado que aprendera anos antes. “São flores de lótus.” Prosseguiu a se sentar ao lado de Young, ajustando seu dopo para cair sobre seus joelhos em vez de dobrar sobre seu colo. “Eu gosto delas.”
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Quando as bochechas da atendente avermelharam, Young revirou os olhos, divertido. “Sempre o charmoso e irresistível.” Sorriu, enchendo o saco do amigo. “Me diga, Sang-ah. É difícil ser bonito assim? Hum? Constantemente cercado de garotas que não conseguem esconder a vergonha quando você as toca tão gentilmente.” Com as palavras, deslizou um dedo pelo braço de outrem, parando um pouco antes de atingir a manga do magnífico dopo de seda rosa. Então, o deu um leve peteleco no nariz. “Só lembre que não vou ajudar a cuidar de nenhum bebê.”  Levantou as sobrancelhas com as palavras dele. “Que porra você acabou de me chamar?” O deu um cutucão com o joelho, fingindo estar ofendido. “Yah, Sang. Você acha que pode me xingar em outra língua só porque eu não entendo?” Desencostando da parede, o mostrou a língua. “Acabo com você.” Murmurou com um bico. Young se encostou em Sang, apoiando seu peso contra o braço dele para poder olhar os doces que estavam na bandeja.   
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Tentou fingir que não estava prestando atenção no que Young dizia, se atentando a encher as xícaras com chá e dispondo os pratinhos com biscoitos e doces caramelizados de pêssego sobre a mesa. Se encolheu inteiro com os arrepios que lhe subiram o corpo com o toque do amigo. “Não vai mesmo, porque não vai ter nenhum bebê.” Revirou os olhos, bem-humorado, empurrando-o para longe de si.  Mordeu a língua, segurando o riso. “Crescer da lama imaculado. É um ditado, Young-ah.” Disse a última parte com o tom de quem consola uma criança, o canto de seus lábios se alargando num sorriso. “Lotus florescem na lama e continuam brancas, por isso representam nobreza. Resiliência. Pureza.” Explicou, balançando a cabeça positivamente para dar ênfase às palavras.  Você é tão bonito quanto essas flores, Sang. As palavras do general ressoaram em sua mente, e seus dedos tremeram vagamente com o fantasma do toque dele em sua nuca. “Por que azaleias?” Se apressou a perguntar, espantando as memórias. “Digo, são lindas. E bem perfumadas. Mas parece uma escolha específica.” 
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“Não sei, parecem caros.” Disse, dando de ombros. A madame Kim sempre usava roxo. Young se recordava de como o hanbok da mulher brilhava quando a luz do sol se debruçava sobre ele.  Quando finalmente quitaram o contrato de servitude e deixaram a residência dos Kim, um pouco após abrirem o restaurante, sua mãe comprara um tecido naquela mesma cor de azaleia. Não era tão brilhante quanto o da madame (o tecido não era o mesmo, ou algo assim), mas, em sua opinião, o sorriso da mãe quando o usava a deixava muito mais vezes mais radiante que madame Kim. Pegou um dos docinhos e enfiou na boca, murmurando um hmm com o sabor adocicado do recheio. “Porra, isso é muito bom.” 
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Dessa vez, meu foco estava em criar um constraste entre Young e Sang:
O primeiro, que cresceu pobre e como um criado, é muito mais despojado e solto. É afeituoso e gosta de brincar com seu amigo, não possuindo problema nenhum em cosntantemente tocá-lo. Também é simples, e gosta das coisas meramente porque elas o lembram outras — queria mostrar uma imagem de alguém que é carinhoso, um pouco bricalhão.
O segundo, que cresceu numa casa de gisaengs (cortesãs) e atuou como um por anos, é muito mais contido e refinado. Sang sabe mandarim, a língua dos nobres e grandes homens de Joseon; quais os tipos de doces que estão os sendo servidos. Ele, também, naturalmente começa a servi-los e é sensível ao contato constante de seu amigo — meu intuíto era mostrar alguém mais delicado e educado.
Novamente, somente vocês podem me dizer o quão efetivo foi. As características estão inscritas ali em diferentes maneiras. Talvez, se tivesse mais tempo para elaborar e escrever mais e mais "respostas" desses turnos, talvez conseguisse ir adicionando mais detalhes e pegando o jeito de cada um: porque, de verdade, não existe fórmula mágica para imediatamente termos a voz de uma personagem. Nós a desenvolvemos com o tempo, de pouquinho em pouquinho, a cada nova vez que escrevemos como ela.
Por isso precisamos ter uma boa noção de quem nossas personagem são e usarmos o turno inteiro para montar sua personalidade, sua voz. Somente assim seremos capazes de efetivamente interpretá-las — e, consequentemente, tê-las sendo interpretadas da maneira de queremos.
RESUMINDO…
A verdade é que não há uma fórmula para fazermos a voz da personagem. Entretanto, como vimos, há algumas coisas que podemos nos atentar quando as escrevemos para dar uma ajudada a compor a voz dela.
(1) Dê uma característica chave para sua personagem.
Sang, por exemplo, é um gisaeng.
Gisaengs passavam por treinamentos e, num geral, viviam vidas muito diferentes dos outros cidadãos de Joseon. Apesar de serem da casta dos intocáveis, as mais populares eram tratadas muito bem pelos nobres e viviam confortavelmente.
Sendo assim, há muitas características que posso atribuir a Sang para destacar sua voz e seu desenvolvimento: ele sabe outros idiomas, teve acesso a educação (coisa que só os nobres tinham), sabe sobre o comércio, como servir, dançar e cantar etc. Além disso, é o filho bastardo de um nobre, o que também adiciona uma outra camada que pode ser explorada e definidora da personalidade ele.
(2) Explore essa característica.
Obviamente, não dá para mostrar absolutamente tudo num único turno e, por isso, precisamos ir de pouquinho em pouquinho, sempre prestando atenção em nossos turnos e no que colocamos ou não neles.
Perceba que, em vez de tentar dizer que o Young é despojado, simplesmente acrescentei ações que mostram que ele é despojado. Ele não segue uma etiqueta, está sentado de qualquer jeito, botando defeito nas coisas dos outros etc.
Voz de personagem está muito próxima do conceito de mostrar não dizer, mas não vou me aprofundar sobre isso nesse guia porque é algo muito complicado e delicado (quem sabe num futuro). Mas o importante a se atentar é: nós precisamos botar em nossos turnos o que dizemos sobre a personagem. Se eu quero o Young seja despojado, então ele precisa agir dessa maneira através das ações dele — e isso vai, consequentemente, montando a personalidade / voz dele.
(3) Adicione ações que marcam a personalidade.
Adicionar maneirismos e comportamentos é uma parte muito importante. Muitas vezes acabamos adicionando um monte de coisa em nossos turnos que mostram os pensamentos e sentimentos das nossas personagens… mas nada que mostre como eles se comportam ou como são. E isso é um erro.
Lembrem-se: personagens tem corpo. Dentro do turno são criaturas vivas e, por isso, tem manias e trejeitos.
Gaguejar, colocar as mãos nos bolsos, suspirar, bufar, falar baixo, gritar, olhar nos olhos da outra pessoa, brincar com a barra da camisa, usar gírias, usar palavras mais sofisticadas… tudo isso são pequenos detalhes que fazem a diferença na caracterização / voz da personagem. Explore esses detalhes! Dê coisas diferentes para seus personagens!
Quer saber, vamos brincar novamente!
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EXEMPLO #003
Se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Boa sorte." Disse.
Acabei de inventar esse trecho para que possamos mexer nele um pouco — propositalmente o deixei sem nenhuma marca para que possamos brincar bastante! Já aprendemos que voz não é somente diálogo, e por isso vamos mexer nela adicionando mais corporalidade. Vou tentar adaptá-la para alguns dos personagens que usei nesse guia:
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Abaixando seu gat, Hoyun se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estivera observando a comoção há alguns minutos, mas esperara os guardas reais se afastarem antes de se juntar aos curiosos a lerem o anúncio fixado — as chances de serem algum dos oficiais que conheciam seu rosto era grande, e preferia evitar encrencas depois do almoço. Não fazia bem para a digestão. Deu uma última olhada ao redor, se certificando que ninguém do palácio estava por perto. Não precisou se aproximar muito para conseguir ler, o decreto oficial pintado em grandes letras nos dois idiomas da nação — o que o levou a levantar uma sobrancelha. Anúncios reais sempre vinham em desenhos para a população geral, analfabeta, pudesse compreendê-los; eram raros aqueles que vinham escritos e, principalmente, na língua dos eruditos e nobres que, como todos sabiam, estavam acima da lei. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Os cantos de seu lábio se alargaram num sorriso, e Hoyun não conseguiu segurar um bufo debochado. "Boa sorte." Disse baixinho por entre seu riso, os olhos fixos no nome de Joong. "Estarei ansiosamente esperando por você, ó vossa majestade." Fez uma breve reverência com a cabeça, se virando em seus tornozelos para se retirar do meio da multidão. Juntou as mãos atrás das costas, caminhando pela rua principal com o sorriso ainda em seus lábios. Então era assim que o homem queria brincar. Apesar de toda a oficialidade do decreto, não era nada além de uma ameaça, um aviso. Joong estava procurando por ele — e Hoyun se certificaria de ficar em um lugar onde pudesse encontrá-lo.
EXPLICAÇÃO | Como pré-estabelecido, o Hoyun tem um passado com o Rei. É uma relação complicada, os famosos amigos que se tornam inimigos jurados. Para ele, a situação é um desafio. Além disso, Hoyun é um mercenário confiante em suas habilidades, o ponto, então, é escrever de uma maneira que exponha como tudo é cínico para ele. E, novamente, o uso de certos termos (como analfabeta) para expor que ele um dia já foi parte dos nobres, e ainda tem uma visão marcada por tal: eu, como autor, preferia ter escrito 'desprovida de educação' mas usar o termo analfabeto soou algo muito mais mesquinho e mais em conta com alguém que tem o passado dele.
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Nas não se considerava alguém curioso, mas se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estava a caminho de comprar alguns tanghulus, mas a situação chamou sua atenção. Se enfiou por entre as pessoas, ficando na ponta dos pés para tentar enxergar melhor. Para sua surpresa, porém, em vez dos desenhos detalhados, o papel estava lotado de grandes letras. Sang estivera tentando ensiná-lo a ler, mas as formas ainda eram muito confusas para ele. Assim, cutucou uma das pessoas em sua frente, que afobadamente dava opiniões sobre o escrito. "Hey, uh, você pode me dizer o que está escrito?" Gesticulou com o queixo para o papel amarelado. "O que é que 'tá todo mundo querendo saber?" Limpando a garganta, o homem leu em voz alta: O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Oh." Coçou a nuca com a mão, olhando para o papel. Então o rei estava buscando informações sobre eles? Interessante. Ora, se precisava pendurar um decreto, das duas uma: ou estava desesperado ou aquilo era uma mensagem. Mas o palácio e a agência de investigação eram arrogantes demais para admitir que precisavam de ajuda e pendurar um decreto na praça principal em busca de informações, de uma maneira que somente quem soubesse ler conseguiria entender… é, aquilo era uma mensagem. Afinal, seus patrocinadores e clientes eram apenas nobres, não havia motivo para desenharem para a compreensão geral. Tinham um alvo para aquelas palavras. Balançou a cabeça, rindo baixinho. "Boa sorte." Duvidava que alguém fosse abrir a boca, especialmente para os homens do rei. Talvez devesse ficar preocupado, afinal, o monarca nunca parecera se importar com as ações deles, não dessa maneira. Mesmo que, no passado, tivessem tido alguns conflitos muito mais diretos. Levou a mão para a lapela de seu dopo, onde sua adaga estava escondida: se viessem atrás dele, Nas os mostraria do que era feito.
EXPLICAÇÃO | Nas pode não ser o cérebro do grupinho, como ele mesmo disse antes, mas ele é o lado tático, não é burro e sabe fazer suas associações: obviamente, compreenderia de primeira que é uma ameaça! Não há cinismo aqui, apenas as observações de um homem confiante e simplista.
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"Yah, o que é aquilo?" Apontou para a praça, tentando afastar a atenção do senhor Shim do livro de contas. Eu acho que a guarda pregou um anúncio. O homem explicou, se afastando do balcão para olhar na direção onde havia apontado. Young rapidamente enfiou o objeto no bolso. Iria devolvê-lo em breve, somente precisava alterar algumas coisinhas em seu nome. "Vamos lá ver, então!" Juntos, se aproximaram da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Young juntou as sobrancelhas, abaixando a cabeça enquanto pensava. Sabia que tinham feito um trabalho impecável… não havia como o rei ter descoberto em dois dias que haviam roubado as escrituras. Não, alguém abriu a boca sobre algo. Mordeu o lábio inferior, as mãos se fechando em punhos enquanto repassava os detalhes das últimas noites em sua cabeça. Hojong? Não, ele não falaria nada… seria o mais prejudicado de todos. Mas as cópias eram perfeitas, não havia como o rei saber. 'Ora, pois se estamos falando de recompensa, eu tenho uma informação!'. A voz aguda do senhor Shim chamou sua atenção, quebrando seus pensamentos ao meio. Young levantou a cabeça para olhá-lo atrás de si, deixando um sorriso aparecer no canto de sua boca. "Boa sorte!" Disse, dando um tapinha no ombro do dono do restaurante. "Não se esqueça dos pobres pilantras que enchiam seu bolso quando ficar rico, hein! Há." Deu uma gargalhada e o senhor Shim o acompanhou, dizendo repetidamente 'claro claro' conforme se separavam da multidão de volta a entrada do restaurante. Que tentem. Pensou, colocando a mão sobre o peito, onde a pistola estava escondida debaixo de seu dopo. Não eram um grupo de bandidinhos qualquer — se o rei pensava que podia capturá-los, estava terrivelmente enganado. "Mas, sabe, hein. Parece perigoso… e se você conseguir informações e eles te capturarem?" Arqueou as sobrancelhas, passando o braço por volta do ombro do homem. "Aconteceu com um amigo meu uma vez! Ele foi dar informações e…" Gesticulou na frente do pescoço, imitando uma faca. O homem fez uma expressão de espanto e, então, cuspiu no chão, espantando os mau agouros. "Pois é… eu teria cuidado. Mas viu, e se eu pagassa amanhã a minha conta?"
EXPLICAÇÃO | O Young é um pilantrinha, não tenho mais o que dizer. Ele é o ladrãozinho do grupo e foi o responsável pelo roubo. Apesar de sua aparência toda brincalhona, lá no fundo, ele tem muitas dúvidas sobre si e tem medo de desapontar seus amigos — ou, pior, ser a razão pela qual eles sejam pegos: por isso, a primeira reação dele é a dúvida.
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E aí? Deu para notar algumas diferenças entre as versões de cada um? Como eu disse, só vocês podem me dizer se eu consegui dar personalidade para cada um deles: vocês são os leitores, meu público, as pessoas que estão consumindo o que estou escrevendo. Eu só posso tentar.
Mas espero que entandam que o importante é que você encontre a sua própria maneira de adicionar voz aos personagens, se baseando nessas dicas (e em outras que você encontrar sobre o assunto!)
Acho que isso é tudo que posso oferecer por hoje!
A verdade é que voz de personagem é um conceito mais complexo do que parece: ele realmente exige muito mais de nós como escritores ou jogadores. Mas é uma coisa muito divertida de explorar!
E, honestamente, enquanto elaborava esse guia, percebi que há muitas outras coisas que posso tentar explicar para compreender melhor o conceito e, também, sobre a criação de personagem. Se houver interesse, os farei quando possuir tempo novamente!
Sem mais delongas,
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moetrj · 8 months ago
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𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎𝐒 𝐁𝐄𝐋𝐎𝐒
Capas simples, sem destaque, Folhas comuns, apenas com algumas letras. Sem estereótipos com sentidos de ataque, Sem citações, frases deleitas.
Empoeirado, sempre na mesma prateleira, As páginas são quase intocáveis. Ninguém nunca o semeia, E ninguém leu suas linhas identificáveis.
E quando as pessoas o leem, com raridade, Podem perceber como a capa não o descreve. São palavras intensas que transmitem honestidade, Sempre de forma direta e breve.
Se os outros o pudessem ver através da ignorância, Veriam os parágrafos mais singelos, Aqueles livros que parecem não ter importância, São sempre os livros mais belos.
Você, com certeza, é meu livro favorito, Queria desfrutar de cada folha, Absorver cada parágrafo escrito, Mas isso com certeza nunca seria uma escolha.
— Merj.
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asse-arro-brasil · 20 days ago
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Livros de Não Ficção - Parte 1
Itens listados: 10
Nota: eu não li todos os livros e contos que encontrei. São mais de 100, seria impossível para uma só pessoa. Para a maioria encontrei resenhas, que falavam positivamente sobre a representatividade.
1 - A de Assexual: Entendendo a Assexualidade Humana
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O livro-reportagem A de Assexual: Entendendo a Assexualidade Humana foi escrito como um Trabalho de Conclusão de Curso de jornalismo. A proposta do livro é explicar, de forma simples, o que é a assexualidade, trazendo relatos e experiências de pessoas assexuais ao redor do mundo.
2 - A Primavera Não-Binárie – Protagonismo Trans Não-binárie no Fazer Científico
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O projeto “A primavera não-binárie: protagonismos trans NB no fazer científico” tem um peso histórico que talvez nem consigamos mensurar nesse instante que escrevo. Trata-se do início de um movimento de libertação dos corpos. Um grito que fora ouvido pelas pesquisadoras do Selo Nyota, organizado pelas mãos de Morgan Morgado, tocado e costurado entre contribuições diversas e movido por um sonho.
 Nas páginas que se sucedem, você conta com uma oportunidade nunca antes vista no cenário nacional. Arrisco mesmo a dizer que nem no cenário mundial. Pelas palavras de diferentes pessoas não-binárias, reivindicando seu lugar de protagonismo no fazer científico, você encontrará expostas verdades que um sistema inteiro NÃO QUER que você saiba e que foram negadas por séculos de colonização e pós-colonização a fio.
 Lembre-se do poder da ruptura. Se eles são donos do padrão que por muito tempo nos silenciou, será aqui e agora que ocorrerá sua queda, por nossas mãos e vozes. O livro “A primavera não-binárie” é muito mais do que uma simples coletânea de produções científicas de pessoas que “se identificam como não-binárias”. Trata-se de um marco na história de corpos que foram historicamente apagados desde que Brasil é Brasil. É a reinvenção de um espaço de fala negado.
Glossário com explicação sobre assexualidade.
3 - Além da romântica: Explorando a vida de uma pessoa assexual no mundo amoroso e sexual
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"Além da romântica: Explorando a vida de uma pessoa assexual no mundo amoroso e sexual" é um livro que traz à tona a experiência de uma pessoa assexual em uma sociedade que valoriza a sexualidade como algo fundamental para a vida amorosa e afetiva.
A partir das reflexões e experiências da autora, o livro apresenta um panorama sobre o que significa ser assexual, as diversas formas de expressão da sexualidade e da identidade de gênero e os desafios enfrentados por aqueles que não se encaixam nos padrões normativos.
Ao longo da leitura, o leitor pode conhecer de perto as emoções, conflitos e dilemas vividos por uma pessoa assexual em um mundo hiperssexualizado, marcado pelo erotismo e pela pressão para ter uma vida amorosa ativa.
Mais do que uma obra que fala sobre assexualidade, "Além da romântica" é uma reflexão profunda sobre a importância de se respeitar as diferenças e de se construir uma sociedade mais inclusiva, onde cada um possa ser como é, sem ser discriminado ou estigmatizado por isso.
4 - Arromânticos: Orgulho, Identidade e Empoderamento
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"Arromânticos" é uma obra cativante e esclarecedora que mergulha profundamente na riqueza e complexidade da identidade arromântica dentro da comunidade LGBTQ+. Neste livro, convidamos os leitores a explorarem o mundo fascinante da afeição sem romantismo, proporcionando um olhar compassivo e acolhedor para essa importante identidade.
Com uma introdução abrangente à arromanticidade, o livro explora os diversos matizes da afeição arromântica, destacando as diferentes formas de conexão emocional que transcendem os laços românticos. Desmistificamos estereótipos e mitos comuns associados aos arromânticos, oferecendo um espaço para uma compreensão mais profunda dessa forma única de afeto.
Por meio de relatos pessoais e experiências de autodescoberta, testemunhamos as jornadas de indivíduos arromânticos em busca de sua identidade e aceitação. Reconhecemos a importância do apoio emocional e recursos para auxiliar as pessoas arromânticas em sua jornada de autodescoberta e autoaceitação.
Em "Arromânticos", também abordamos os desafios e possibilidades nos relacionamentos, sejam eles íntimos ou platônicos, enfatizando a importância de estabelecer limites e comunicação clara para construir conexões significativas.
A saúde mental dos arromânticos é outro tema essencial, à medida que exploramos o impacto do estigma social e da incompreensão em suas vidas. Oferecemos estratégias para promover o bem-estar emocional e a autorreflexão, visando construir uma base sólida para o florescimento pessoal.
Discutindo a interseção entre a arromanticidade e a comunidade LGBTQ+, o livro enfatiza o valor das alianças e o apoio mútuo entre as diferentes identidades da comunidade. Reconhecemos e enfrentamos os desafios específicos enfrentados pelos arromânticos, promovendo uma maior inclusão e compreensão.
Ao abordar a visibilidade, "Arromânticos" celebra a diversidade e realça a importância da representação arromântica na mídia e cultura. Lutamos contra a invisibilidade muitas vezes experimentada pelos arromânticos, buscando fomentar maior reconhecimento e respeito.
Em cada página de "Arromânticos", enaltece-se o orgulho e o empoderamento arromântico, reconhecendo as contribuições significativas dessa identidade para a tapeçaria da diversidade afetiva e dos relacionamentos.
Este livro é uma leitura indispensável para todos que desejam compreender, valorizar e respeitar a amplitude das experiências dos arromânticos dentro da comunidade LGBTQ+. Seja você parte dessa comunidade, um aliado ou um leitor curioso, "Arromânticos" é uma viagem enriquecedora ao universo da afeição sem romantismo e à importância do respeito por todas as identidades afetivas.
5 - Assexuais: Orgulho, Identidade e Empoderamento
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"Assexuais" é uma obra inspiradora e esclarecedora que mergulha na rica diversidade de identidades assexuais dentro da comunidade LGBTQ+. Neste livro, embarcamos em uma jornada de descoberta, aceitação e celebração da assexualidade, oferecendo uma visão acolhedora e inclusiva para todos os leitores.
Com uma introdução abrangente à assexualidade, o livro explora a variedade de identidades assexuais, destacando as diferentes formas de atração afetiva e a falta de atração sexual. Desmistificamos estereótipos e mitos sobre assexuais, abrindo espaço para uma compreensão mais profunda dessa orientação afetiva.
Através de narrativas pessoais e relatos de autodescoberta, testemunhamos as jornadas únicas e emocionantes de pessoas assexuais em busca de sua identidade. O livro aborda a importância da aceitação e apoio emocional para o processo de autodescoberta e autoaceitação.
"Assexuais" também explora os desafios e possibilidades nos relacionamentos íntimos, sejam eles românticos, platônicos ou de outras formas. Discutimos a importância de respeitar a autonomia corporal das pessoas assexuais e suas escolhas relacionadas à intimidade.
Além disso, abordamos a questão da saúde mental e o impacto do estigma social na vida das pessoas assexuais, fornecendo estratégias para promover o bem-estar emocional e a autorreflexão.
Ao discutir a interseção entre a identidade assexual e a comunidade LGBTQ+, o livro enfatiza a importância das alianças e apoio mútuo, enfrentando os desafios específicos e promovendo uma maior inclusão.
Através da abordagem de visibilidade, "Assexuais" celebra a diversidade e destaca a importância da representação assexual na mídia e cultura. Procuramos fomentar uma maior visibilidade para combater a invisibilidade muitas vezes enfrentada pelas pessoas assexuais.
Em "Assexuais", abraçamos o orgulho e o empoderamento assexual, reconhecendo as contribuições significativas dessa identidade para a riqueza da diversidade de gênero e orientações afetivas.
Este livro é uma leitura fundamental para todos que buscam compreender, apreciar e respeitar a rica variedade de experiências das pessoas assexuais na comunidade LGBTQ+. Seja você parte da comunidade, um aliado ou um leitor curioso, "Assexuais" é uma jornada de abertura de corações e mentes para a rica diversidade humana e a importância do respeito a todas as identidades.
6 - Assexualidade: subjetividades emergentes no século XXI
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Assexualidade: será mesmo possível? A perplexidade é inevitável quando nos deparamos, pela primeira vez, com a ideia de uma vida na qual o sexo poderia ser expulso completamente, evitado ou proscrito. No entanto, os assexuais não são poucos e nem parecem constituir uma moda passageira. Propondo uma vida sem sexo mesmo nos relacionamentos entre casais, eles têm se organizado através das redes sociais, têm se fortalecido como um grupo identitário e se feito visíveis. Esse livro, o primeiro lançado no Brasil sobre o assunto. Reúne trabalhos de pesquisadores pioneiros, do Brasil e do exterior, que estão conduzindo pesquisas e aprofundando reflexões sobre esse fenômeno extremamente atual e intrigante. Seguramente, será um marco da tomada de conhecimento, no país, sobre mais uma dessas reinvenções da vida que a humanidade não se cansa de produzir.
7 - Assexualidades em Trânsito: Deslocando Sobre o Arco-íris com Tonalidades Cinza e Preto
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Pesquisa que investiga os processos de subjetivação e a emergência da assexualidade no contemporâneo, observando algumas singularidades dessa população. Descreve a assexualidade como possibilidade de orientação sexual, entendida como um não desejo sexual e como ato político. Aponta para a despatologização da assexualidade e a necessidade dar visibilidade a ela, sustentando as relações de força presentes nessa orientação sexual.
8 - Bichas Brasileiras: A história de 30 ícones LGBTQIA+
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Quantas referências LGBTQIA+ você teve durante a sua infância? O autor deste livro não teve muitas e foi munido desta pergunta que mergulhou em pesquisas para conhecer quem foram os ícones brasileiros que abriram as portas do armário para que ele e tantas outras bichas pudessem ser quem são, longe de estigmas e culpas. Bichas Brasileiras é um livro-homenagem em formato de almanaque ilustrado com histórias felizes, curiosas, tristes, mas tendo em comum o fato de mostrarem personagens de diversas épocas do Brasil que não podem ser esquecidos. Conheça a história de Cássia Eller, Matheusa Passarelli, Silvetty Montilla, Laerte, João Silvério Trevisan entre outras.
Glossário com explicação sobre assexualidade.
9 - Casos Clínicos LGBTQIAPN+: Diretrizes Para o Cuidado em Saúde Mental e Sexual
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O aumento da visibilidade de lésbicas, gays, bissexuais, assexuais, transgênero, não binários, queer e intersexuais também traz à luz a necessidade de maior compreensão e aprimoramento das habilidades clínicas por parte dos profissionais da saúde, incluindo os da saúde mental, a fim de lidar com as experiências específicas dessa população ao longo de seu curso de vida. Características como idade, raça e etnia, escolaridade e status social se cruzam para desempenhar um papel distinto nos desafios e oportunidades que as pessoas LGBTQIAPN+ enfrentam em seu cotidiano. Nesse contexto, Alessandra Diehl reúne neste livro destacados profissionais para relatarem, por meio de casos clínicos, sua prática no atendimento de saúde mental e sexual a essa população.
10 - Dead Chanel Dystopian: Assexualidade
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Uma fanzine é uma publicação não profissional e não oficial, produzido por entusiastas de uma cultura particular, para o prazer de outros que compartilham seu interesse. Dead Chanel Dystopian atravessa a ponte do conformismo social.
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01298283 · 3 months ago
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youtube
Dirigido por Noel Nosseck e com roteiro de James Duff,é um drama que traz à tona as falhas do sistema judicial e a vulnerabilidade de pessoas comuns diante de um sistema que muitas vezes acusa,condena e destrói sem evidências sólidas. O filme, baseado em fatos reais,narra a história de Susan Clarkson (interpretada por Kate Jackson).
O enredo mergulha na injustiça enfrentada por Susan,que é julgada não apenas pela lei,mas também pela sociedade e pela mídia sensacionalista. A narrativa mostra como o sistema jurídico,ao invés de buscar a verdade, frequentemente se apoia em preconceitos, falhas investigativas e pressões externas para condenar.
A crítica ao sistema judicial americano mas que também se aplica globalmente está presente em cada aspecto do filme. A investigação policial é retratada como tendenciosa e incompetente,enquanto os promotores mostram-se mais preocupados com suas taxas de condenação do que com os fatos. Além disso,o filme destaca como a mídia tem um papel corrosivo,muitas vezes condenando as pessoas no tribunal da opinião pública antes mesmo de qualquer julgamento.
O roteiro de James Duff é uma denúncia poderosa de como o sistema não apenas falha em proteger os inocentes,mas também pode ser cúmplice em destruir vidas. A narrativa coloca uma lente sobre os problemas estruturais que permitem que a justiça seja substituída por espetáculos midiáticos e julgamentos enviesados. Ele nos obriga a questionar o que acontece quando a justiça se transforma em um jogo de aparências e estatísticas,e quem realmente paga o preço por essas falhas.
É um drama que ecoa com relevância até os dias de hoje,especialmente para aqueles que já foram esmagados pelo peso de um sistema falho e desumano. Uma narrativa poderosa que expõe as profundas raízes do machismo institucional e a violência sistêmica que frequentemente transforma vítimas em culpadas.
O Machismo Institucional
O machismo é central na tragédia vivida por Susan. Desde o início,ela é julgada não apenas pelo suposto crime,mas também por seu papel como mulher e mãe. O sistema questiona sua capacidade materna e moral,com base em estereótipos sexistas que enxergam mulheres como emocionalmente instáveis ou incapazes de lidar com crises. A acusação implícita é de que,como mulher,ela estaria naturalmente mais propensa a falhar ou a ser culpada,enquanto sua dor e inocência são desconsideradas.
O tratamento de Susan exemplifica a tendência histórica de culpar mulheres por tragédias familiares,ignorando fatores externos e negligenciando investigações objetivas. Sua identidade como mãe é usada contra ela,não como um argumento de humanidade ou amor, mas como uma arma para alimentarem o espetáculo midiático e a narrativa de culpa.
Violência Institucional
O filme é um grito contra a violência institucional,que aqui se manifesta em diversas formas:
Desumanização: Susan é tratada como um número em um processo,não como uma pessoa. Sua voz é ignorada,suas ações são distorcidas e sua dor é usada contra ela.
Negligência Investigativa: A polícia e os promotores se apressam em construir um caso ao invés de buscar a verdade. Provas são ignoradas ou manipuladas para se encaixar em uma narrativa de conveniência.
Abuso Psicológico: Susan é submetida a interrogatórios brutais, julgamentos públicos e um isolamento que mina sua saúde mental, destacando a crueldade camuflada de um sistema que deveria protegê-la.
Corrupção e Crimes do Sistema
O filme revela como o sistema comete crimes contra aqueles que deveria defender. A corrupção é evidente na busca de promotores por condenações,independentemente da inocência da acusada. Em vez de investigar imparcialmente,eles fabricam uma narrativa que transforma Susan em vilã,alimentando a sede da mídia por histórias chocantes e lucrativas.
As forças policiais falham em conduzir uma investigação transparente,muitas vezes ignorando ou descartando evidências que poderiam inocentar Susan. Essa negligência não é apenas um erro é um crime. O sistema corrompido não protege vítimas,mas as sacrifica para preservar seu status quo.
O Impacto Social do Machismo e da Violência Sistêmica
Além das falhas institucionais,o filme mostra como a sociedade,envenenada por preconceitos e misoginia,amplifica o sofrimento de Susan. A mídia sensacionalista transforma seu luto em espetáculo,enquanto vizinhos e conhecidos rapidamente se voltam contra ela, assumindo sua culpa sem questionamento. Esse comportamento coletivo reflete um ciclo de violência sustentado por normas patriarcais, onde mulheres são culpadas por existirem fora das expectativas impostas.
É uma denúncia clara da maneira como o sistema falha em proteger mulheres, perpetuando o machismo e a corrupção. O filme não apenas destaca as injustiças cometidas contra Susan,mas também aponta para uma realidade maior: um sistema que frequentemente silencia vítimas,transforma inocentes em culpados e alimenta desigualdades estruturais. Ele é um lembrete de que, enquanto o machismo,a corrupção e a violência institucional permanecerem intocados, histórias como a de Susan continuarão a se repetir,destruindo vidas inocentes.
Assistentes Sociais: O Lado Sombrio da "Ajuda"
O filme retrata os assistentes sociais como agentes do sistema que,sob o disfarce de ajudar, na verdade minam a dignidade e os direitos de Susan. Em vez de oferecerem suporte emocional e investigarem os fatos de forma imparcial,eles se tornam cúmplices na construção de uma imagem distorcida da protagonista.
Preconceitos de Gênero: Assistentes sociais questionam o papel de Susan como mãe com base em estereótipos machistas,ignorando sua dedicação e amor pelo filho. Eles utilizam sua vulnerabilidade emocional contra ela, transformando sua dor em "prova" de desequilíbrio.
Manipulação de Relatos: Conversas e depoimentos de Susan são manipulados para reforçar a narrativa da acusação. Pequenos deslizes ou momentos de fragilidade são usados fora de contexto para pintar um quadro negativo.
Tortura Psicológica: Em vez de ajudarem Susan a processar o luto,eles a submetem a um tratamento humilhante,fazendo-a acreditar que é responsável pela tragédia. Essa violência camuflada de assistência é uma forma de tortura emocional.
O comportamento desses profissionais exemplifica como o sistema pode destruir vidas. Susan é atacada por todos os lados,baseados em preconceitos e conveniências institucionais. Em nenhum momento Susan é tratada como um ser humano digno de respeito ou empatia. O filme não apenas conta uma história de injustiça,mas também alerta sobre a corrupção sistêmica em todas as esferas,incluindo aquelas mascaradas como ciência ou assistência. Ele questiona como instituições que deveriam proteger acabam reforçando o ciclo de violência e destruição.
O filme expõe como a sociedade,em vez de oferecer apoio e empatia, julga e condena vítimas como Susan Clarkson,transformando a dor delas em motivo de desconfiança,crítica e rejeição. Esse moralismo,profundamente enraizado no patriarcado e nas normas sociais,é uma arma poderosa para perpetuar injustiças e destruir vidas.
O Moralismo Contra Susan
Desde o início,Susan é alvo de julgamentos baseados em preconceitos e expectativas irreais sobre o que uma mãe deve ser e como uma mulher deve agir. Sua dor e luto pela morte do filho são interpretados de forma distorcida,e sua reação ao trauma é escrutinada sob um prisma de frieza moralista,que a desumaniza e a transforma em um alvo fácil.
Culpabilização da Vítima: Em vez de investigarem com objetividade,médicos, assistentes sociais e promotores colocam o foco em suas supostas falhas como mãe,reforçando a ideia de que ela,de alguma forma,foi responsável pelo ocorrido.
Julgamento Comportamental: Qualquer comportamento de Susan que fuja ao "ideal" esperado de uma mãe em luto é usado como prova contra ela. Se ela chora demais,é emocionalmente instável;se não chora o suficiente,é insensível e culpada.
A Sociedade Moralista
O moralismo social retratado no filme amplifica a violência institucional que Susan enfrenta. A mídia sensacionalista e a opinião pública,longe de serem aliadas na busca pela verdade, constroem uma narrativa de vilanização que a transforma em um símbolo de tudo o que a sociedade condena em mulheres que não se encaixam nos padrões impostos.
Expectativas Irrealistas: O moralismo exige que Susan seja perfeita em sua dor,sem espaço para raiva,confusão ou vulnerabilidade,ignorando que o luto e o trauma são processos individuais e imprevisíveis.
Hipocrisia Coletiva: Enquanto a sociedade se apressa em condená-la,ignora a negligência do sistema e a corrupção das autoridades responsáveis por protegê-la. O verdadeiro culpado,nesse caso,é o próprio sistema,mas o peso do julgamento recai sobre a vítima.
O Papel do Patriarcado no Moralismo
O moralismo dirigido a Susan é alimentado por uma cultura patriarcal que exige submissão, pureza e perfeição das mulheres, especialmente mães. Qualquer desvio dessas expectativas é punido com severidade. Susan não é apenas julgada como uma suspeita de crime,mas também como uma mulher que não corresponde ao ideal patriarcal.
Machismo Disfarçado de Moralidade: A narrativa moralista questiona a adequação de Susan como mãe, algo que raramente seria feito com um pai em circunstâncias semelhantes. Isso reflete o machismo estrutural que condiciona o tratamento desigual entre os gêneros.
A crítica do filme ao moralismo é uma denúncia clara de como o moralismo serve para mascarar as falhas do sistema e transferir a responsabilidade das instituições para as vítimas. Assistir a esse filme é uma oportunidade de confrontar nossas próprias atitudes e preconceitos,entendendo que o moralismo não apenas silencia vítimas,mas também é cúmplice na perpetuação de um sistema injusto e opressor.
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eunaoestouaqui · 2 months ago
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Afinal, existe liberdade?
Personagens de um padrão imposto, comuns, exóticos, obedientes, rebeldes, normais, loucos, depressivos, ansiosos, apaixonados, apáticos, sonhadores, etc..
Nos encaixamos perfeitamente em algum estereótipo, pintado e levado à nossa mente com a sutileza da maldade de nossos donos.
De alguma forma somos propriedade dos donos do mundo seja lá quem forem esses malditos!!!
Escravos doa criadores de regras que nos regulam em tudo o que fazemos.
Até nós os rebeldes, temos um limite e não ousamos ultrapassá-lo, pois, hora outra as consequências nos atingem com um soco no nariz.
Todo padrão ao qual devemos cegamente seguir está aqui, entrando em nossa mente a todo momento, nas mídias, em suas leituras, nas músicas, na moda, nas ondas do Wi-Fi, em tudo que vc pensa que odeia, e também ama.
É pura doideira, repare bem e isso tudo nos leva a nos afastar da natureza, de ser e viver fora dessas grades.
Eu queria ter uma bomba!
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psicoonline · 2 years ago
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Lorena sempre foi uma observadora nata. Andando pela cidade, ela adorava sentar em um banco da praça e observar as pessoas passando.
Uma tarde, ela ouviu duas amigas comentando sobre um artista de rua: "Ouvi dizer que ele já foi preso várias vezes. Deve ser encrenqueiro."
Aquilo despertou a curiosidade de Lorena.
Ela decidiu se aproximar e conversar com o artista.
Descobriu que ele era um ex-professor de artes que, após uma série de desventuras da vida, decidiu viver de sua paixão: a música.
Essa interação fez com que Lorena refletisse sobre como, muitas vezes, as pessoas escolhem seguir narrativas simplificadas, sem se aprofundar nos fatos.
Ela percebeu que ao fazer isso, perdiam a chance de conhecer histórias incríveis e compreender verdadeiramente o outro.
Intrigada por essa ideia, Lorena começou um projeto fotográfico.
Ela fotografava pessoas comuns, contava uma breve narrativa sobre elas, muitas vezes baseada em #estereótipos ou #preconceito, e depois revelava a verdadeira história, baseada em fatos e em suas conversas.
O projeto foi um sucesso. Muitos começaram a ver o quão enganados podem ser quando se baseiam apenas em narrativas #superficiais.
Quantas pessoas são chatas, loucas e terríveis... Só que não.
O trabalho de Lorena não foi sobre #julgar ou ensinar, mas sobre mostrar o poder da verdadeira compreensão e o quão enriquecedor pode ser quando decidimos ir além do óbvio.
E assim, no meio da cidade, com sua câmera em mãos, Lorena mostrava, a cada clique, que cada pessoa é um #universo de fatos e histórias esperando para ser descoberto.
E vc aí? Anda seguindo as narrativas e histórias ou analisando criticamente os fatos?
Curtiu esse tipo diferente de legenda de hoje?
Me conta nos comentários. 😉
E lembre-se: quer falar sobre isso, nossos #psicólogos e #psicólogas estão à disposição para #escutar a sua #história e mediar um outro ponto de vista... Será mesmo que não há aí uma visão distorcida do que realmente anda acontecendo na sua vida?
#psicoonline #terapia
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crimsofhearts · 2 years ago
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Conheça a rosa branca da Rainha de Copas través de camadas:
BÁSICO
Nome: Crimson "Alroy" of Hearts.
Idade: 26 anos.
Gênero: Cis-gênero masculino.
                         expressão de gênero não-conformista
Pronomes: ele/dele
Mão dominante: Esquerda.
Data de nascimento: Originalmente desconhecida, mas seu aniversário é comemorado no dia em que a Rainha de Copas lhe adotou. 23/01.
Signo: Aquário.
                        Sol em Câncer e Lua em Escorpião.
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FÍSICO
Altura: 1,87
Cor dos olhos: Castanhos
Cor natural dos cabelos: Preto, tem uma mecha branca no meio dos cachos.
Possui tatuagem? ( x ) sim ( ) não
                        explicação: tatuagens mágicas tem apenas duas, o resto de marcas em seu corpo são runas. os desenhos ficam com linhas pretas. ele tem vários espalhados no peito, nos braços e nas pernas.
Piercing: Apenas nas orelhas.
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RELAÇÃO FAMILIAR
Nome da mãe: Iracebeth of Hearts
Irmãos? ( x ) sim ( ) não
                        uma garota. Peony of Hearts. @pecny .
foi adotado pela rainha de copas após ser encontrado por seus soldados cartas enquanto eles faziam uma ronda na floresta DesEncantada.
Sua família biológica está morta, era comporta por: quatro pessoas, ele incluso. mãe, pai, sua irmã caçula.
Relação com a mãe: Crimson aprendeu a ser um pouco como Iracebeth. Maluco, mimado, desajustado da cabeça. Sair da floresta para morar em um Palácio, ganhar um título de duque, ser filho de uma Rainha... inchou sua cabeça. Adora o chão que a mãe pisa, repete alguns costumes da mulher sem que perceba.
Relação com a irmã: Ama Poppy. Não há ninguém no mundo que ele ame mais que a irmã. Desde o começo, ambos se deram muito bem. Tudo bem, Poppy às vezes traz alguns fantasmas para lhe assustar? Sim. Mas são brincadeiras que no fundo, depois do susto, Cris se diverte.
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INTERNO
Sexualidade: Pansexual, panromantic.
                        * aos quatorze anos, Crimson decidiu que gostaria de se casar com um dos amigos em Wonderland. Sua mãe quase mandou decapitar o garoto mas optou por explicar por fim à Cris que ele não podia se casar com ninguém. Casamentos são proibidos! Cris não gostou disso, mas aceitou, melhor que o garoto mantivesse sua cabeça pois ele gostava muito de beijá-lo, ora essa!
                        * aos dezesseis, tentou novamente perguntar se poderia então escolher uma esposa, o que mais uma vez foi negado. Dessa vez ele não especificou se estava ou não namorando, melhor proteger a cabeça de sua amada na época.
                        * Teve apenas duas namoradas, uma na adolescência, uma na vida adulta, Amberly. Enquanto a adolescente tentou invadir o Palácio e passou uma semana no calabouço após o término, com Amby pelo menos não teve problemas nesse nível. ainda.
                        * Namorados, Cris teve vários, acha mais fácil se aproximar de rapazes para flertar, embora acabe com o coração partido com frequência, parece não aprender.
                        * O gênero realmente não importa para Crimson. Não liga muito para essa construção social, no final não vai poder amarrar seu destino a alguém mesmo, então apenas se interessa por quem lhe chamar mais atenção.
Expressão de gênero:
                        * A forma como se expressa é não-conformista com seu gênero. Embora seja um homem cis, estereótipos de vestimentas, comportamento ou traços de sua personalidade não se encaixam no esperado. Seu guarda-roupa é diversificado, peças que remetem à cultura Wonderlander, peças assinadas pelo Chapeleiro que agora é refém e criado exclusivo dos Hearts, morando no calabouço onde tem acesso à inúmeros tecidos e materiais de costura; assim como algumas também possuem tecnologia Grimhilde, embora sejam criações De Vill.
                        * Suas peças não se prendem ao lógico, gosta de babados, combinações horrendas de cores, roupas curtas, longas, com mangas, sem mangas, calças, vestidos, bermudas, saias, chapéus, cada tipo de roupa tem um espaço diferente em seu imenso closet.
Inseguranças:
                        * Embora não admita, Crimson é inseguro quanto a sua aparência. Ele usa maquiagem para esconder suas runas, a pele parece não ter marcas alguma aos olhos comuns; apenas seus amigos próximos ou as pessoas que se envolveram com ele mais de uma vez sabe que a pele limpa de marcas é uma mentira.
                        * Escuro e Crimson não combinam. Ele dorme com a janela aberta para que a luz da lua ilumine seu quarto. Embora não saiba, não tenha lembranças, esse é um costume que tem desde a infância.
                        * Quando fica nervoso demais com algo, ele gagueja. É algo que tende a odiar e tenta encobrir usando frases curtas. Geralmente demora um pouco para voltar ao normal, então se o ver calado algum dia, provavelmente é porque sabe que se abrir a boca vai gaguejar.
Gostos:
                       * Pintura. Crimson ama pintar. Todos os tipos de tinta ele adora, para desenhar ele prefere carvão. 
                       * Cristais. Sempre terá algum cristal para um momento ou necessidade específica. Adora conhecimentos místicos e os cristais são a parte favorita. 
Desgostos:
                       * Pessoas que discordam do que ele diz. Odeia quando alguém bate de frente consigo, acostumado a ter tudo o que quer na hora que quer, Crimson fica bravo quando isso não acontece.
                       * A cor Laranja. Tudo o que for Laranja, ele não gosta. Tem uma aversão estranha a essa cor, nem o pergunte o motivo pois se o fizer, ele pode passar horas falando sobre isso.
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girassolklissia · 2 years ago
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Preparados para embarcar numa jornada incrível de amor e contrastes? Então segurem-se bem, porque “O amor congelante entre a Neve e a Rosa Negra” promete levar seus leitores a uma aventura intensa, repleta de emoções e drama.
Escrito por GirassolKlissia, essa é uma obra que promete mexer com as emoções do leitor do começo ao fim. Com personagens cativantes e uma trama que envolve amor, perda, superação e diferenças culturais, essa é uma história que certamente irá surpreender seus leitores e deixá-los de coração partido, apaixonados e, acima de tudo, refletindo sobre as diferenças e as barreiras que ainda precisam ser quebradas na sociedade atual.
A trama se passa em dois mundos distintos: o frio Japão e o vibrante Brasil. A personagem principal, Atsushi, vive em contraste o tempo todo, dividida entre suas raízes japonesas e o amor inesperado que sente pelo brasileiro Arthur. E, por mais que ele tente resistir à atração, o destino parece estar determinado a uni-los.
Mas essa não é apenas uma história de amor. É também uma obra que aborda questões sociais importantes em relação à diferença cultural e à dificuldade da adaptação em um lugar estranho. As dificuldades pelas quais os personagens passam são muito reais e palpáveis, e por isso é muito fácil se identificar com eles e torcer por seu sucesso.
Deixando de lado os estereótipos e clichês comuns nas histórias de amor, “O amor congelante entre a Neve e a Rosa Negra” é uma verdadeira reflexão sobre as diferenças e a dificuldade de comunicação, mostrando que o amor verdadeiro é capaz de unir as pessoas, independente de suas origens e diferenças culturais.
Se você busca por uma leitura envolvente, emocionante e que te faça pensar sobre a tolerância e o respeito pelas diferenças, essa é uma leitura obrigatória. Então, junte-se a nós nessa jornada e descubra a beleza do amor que rompe barreiras e transforma vidas.
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homocausticus · 1 month ago
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Os evangélicos com quem convivi
Eu leio a coluna do Juliano Spyer na Folha. Os textos que relatam o mundo evangélico sob uma perspectiva de um jornalismo profissional me encanta por não ver os estereótipos tão comuns associados as pessoas que vão aos cultos para ouvir uma palavra sobre deus e jesus cristo. Mas eu digo que conheço o evangelho pelos meus amigos evangélicos ao longo da minha vida. No Educere, eu sofria muito com…
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laboratoriodoescritor · 3 months ago
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Rita é trans, e agora?
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*Por recomendação, optei por usar apenas o termo "trans" para me referir a pessoas transgênero.
Antes de falar o que é uma pessoa trans, é importante reconhecer a diferenca entre identidade de genero e sexo. A identidade de gênero é como uma pessoa se percebe e se identifica internamente como sendo homem, mulher, nenhum dos dois ou ambos. Já o sexo é determinado ao nascer e está relacionado às características biológicas, como órgãos sexuais e cromossomos. Entendendo esses conceitos, uma pessoa trans é aquela que tem uma identidade de gênero que é diferente do sexo que lhe foi atribuído ao nascer.
Algumas pessoas trans podem optar por fazer uma transição, que pode incluir mudanças sociais (como nome, pronomes e estilo de vida), mudanças médicas (como terapia hormonal ou cirurgias) ou ambas. No entanto, a transição é uma escolha pessoal e nem todas as pessoas trans passam por processos médicos ou optam por fazer mudanças físicas.
Mulher transgênero - pessoa designada ao gênero masculino ao nascer, mas se identifica com o gênero feminino, sendo uma mulher;
Homem transgênero - pessoa designada ao gênero feminino ao nascer, mas se identifica com o gênero masculino, sendo um homem;
Não binário - pessoa que não se identifica com os gêneros masculino e feminino, identifica-se com os dois, ora com um, ora com outro
Queer - pessoas que não se encaixam nas categorias tradicionais de gênero;
Travesti - são pessoas trans de gênero feminino. Foi um termo pejorativo durante muito tempo, que está sendo ressignificado pela comunidade trans, usado como forma de afirmação e orgulho.
Personagens trans em filmes, séries e outras formas de entretenimento, desempenham um papel crucial em várias dimensões culturais e sociais. A sua representação tem importância por vários motivos:
Visibilidade e Normalização: A presença de personagens trans na mídia aumenta a visibilidade das pessoas trans e ajuda a normalizar sua existência. Isso pode reduzir o estigma e promover a aceitação de pessoas trans na sociedade, mostrando que suas experiências fazem parte do cotidiano.
Quebra de estereótipos: A quebra de estereótipos também é uma prática resultante da inclusão de pessoas trans. É notável que personagens trans bem escritos e multifacetados ajudam a quebrar essa ideia simplificada e a humanizar suas experiências, mostrando suas jornadas pessoais, desafios e conquistas de forma mais autêntica.
Educação e empatia: A educação também é um método que pode intensificar a ideia de inclusão. Através de personagens trans, o público pode aprender mais sobre os desafios diários de pessaos da comunidade, como a discriminação, a busca por identidade e o reconhecimento legal, o que promove empatia e entendimento.
Identificação e Representatividade: Na perspectiva de uma pessoa trans, ver personagens que refletem suas próprias experiências pode ser profundamente empoderador. O reforço da ideia de que as identidades e vivências são válidas e importantes, ajuda a promover a autoestima e o orgulho.
Impacto Cultural e Político: Há impacto cultural e político movido pela inserção de pessoas trans em narrativas. Tal ato pode contribuir para mudanças sociais e politicas mais amplas. Através da normalização, questões relacionadas a direitos trans, como o reconhecimento legal do gênero e acesso à saúde, podem ser discutidas de forma mais aberta e acessível.
Combate à Desinformação: Fortemente ligada à educação, a representação de pessoas trans na mídia permite o acesso a narrativas autênticas e precisas sobre a experiência trans, promovendo o combate a desinformação e os mitos comuns em torno das pessoas trans.
Diversificação: A inclusão de personagens trans traz novas perspectivas e vivências que fogem da cisnormatividade, o que amplia a variedade de histórias e incentiva narrativas mais complexas, inclusivas e inovadoras.
Humanização das lutas: A luta das pessoas trans por direitos podem ser tratados de maneira que ressoa amigavelmente com o público. Há a estratégia de fazer com que o público se conecte emocionalmente com os personagens trans, assim facilitando a compreensão das lutas enfrentadas por essa comunidade pela luta, dignidade e aceitação.
Interseccionalidade e Inclusão: Além de tratar sobre sua luta pelos direitos, a comunidade trans traz à tona questões que não envolvem apenas a identidade. Além de outras questões interseccionais, discutir sobre raça, classes e sexualidade incentiva a inclusão e justica social.
Influência na Cultura Pop: Personagens trans em papeis centrais podem influenciar a cultura pop de maneiras que desafiam o status quo. Isso pode impactar a moda, linguagem, entretenimento e outros aspectos culturais, ao mesmo tempo que expande as fronteiras do que é visto como "normal" ou "aceitável" na sociedade.
A história se passaria em um reino de fantasia, a protagonista tinha uma doença um tanto peculiar.
"Fica estranho dizer que Sissi é "diferente das outras garotas", mas ela é. Sissi é portadora de uma "doença" raríssima onde suas emoções são convertidas em flores. Flores que brotam em seu corpo em um lugar específico: suas costas."
Sempre na sexta-feira, carinhosamente apelidado de "Dia da Poda", Sissi corre para a Floricultura Loa.
"A loja de fachada roxa se destacava com uma variedade de flores silvestres, desde margaridas e girassois até papoulas e lavandas. As prateleiras de estilo rústico eram ocupadas por pequenas flores em vasos feitos à mão por Manuela, que recém começou a vender seus potes de cerâmica. Dona Lúcia adora aqueles apanhadores de sonhos e, por isso, a floricultura era lotada por eles, cada um com uma cor diferente. Juntamente a pinturas abstratas que se espalhavam pelas paredes da floricultura, haviam pequenos gnomos de argila por aí. Quando as crianças entram, Rita gosta de assustar dizendo que os gnomos tomam vida à noite e buscam por meias. Sempre tocando alguma coisa da playlist das irmãs, que alternam em música clássica e jazz. Provavelmente tudo obra da Rita, duvido que a Dona Lúcia teria tanta criatividade. Tudo fazia o lugar com uma vibe mais mística. Tudo isso cria uma atmosfera única da Loa."
Lá, Rita trabalhava e era quem cortava as flores das costas de Sissi, que logo eram transformadas em buquês. Sissi tinha uma melhor amiga que cortava mais rápido, mas preferiria Rita pois se sentia especial quando via os buquês. O "Dia da Poda" deixa Sissi animadíssima.
"Sissi não conseguia ficar parada. Andava em círculos, fingia estar pulando amarelinha, não parava quieta. Estava muito animada. Obviamente porque hoje é sexta, o Dia da Poda."
Sissi e Rita se conheceram na escola, mas depois de fugir da casa da mãe, Rita acabou não indo mais para a escola. A fuga acontece por causa da reação negativa de sua mãe ao saber que Rita é uma mulher trans. Ela e Manuela, sua irmã, foram acolhidas por uma senhora chamada Dona Lúcia, que cuidava de uma floricultura, onde Rita começou a trabalhar.
Tenho um carinho enorme pela Rita. Entre a Sissi e ela, que é uma personagem secundária, Rita continua sendo a mais desenvolvida e planejada. Toda a estrutura de Rita como mulher trans foi feita com participação e orientação de outras pessoas trans. Essa ideia de criação coletiva de um personagem foi feita por um formulário online com 7 perguntas, que teve, ao todo, 12 respostas.
Aqui farei uma pequena análise das respostas deste formulário. O objetivo é ajudar aqueles que também querem desenvolver personagens do mesmo gênero, assim diversificando ângulos e facilitando essa etapa de criação.
Me diga, quais pontos eu devo tratar no livro em relação ao gênero da personagem?
Além de tratar a sua transição, seu processo de feminilidade e sua luta pela dignidade e respeito, foi pedido a visão de como o mudo a vê como garota. "O momento que ela aceitou que era trans, é um dos momentos mais importantes para qualquer trans". Outra recomendação foi tratar da forma que ela explica para as pessoas que ela não se encaixa nas caixinhas pré determinadas pela sociedade. "Como a Rita se vê? Quando ela se olha no espelho ela se entende? se aceita?".
Algumas dicas para adicionar na história dela?
Além de falar sobre a sua infância e lembranças que fazem ela querer voltar para casa da mãe, foi recomendado a apresentação de um interesse romântico. Uma ideia citada que me chamou atenção foi que o cuidado que Rita tem com as flores é um reflexo de sua relação com a mãe. Ela cuida das flores como nunca foi cuidada.
O que deve ser pontuado sobre a sua relação com a mãe que a tratava mal por causa do seu gênero?
Religião foi a causa do desentendimento mais citada. A mãe de Rita levaria a menina à igreja desesperadamente, começou a rezar pela filha toda noite antes de dormir, e observava a filha dormindo enquanto chorava."Decepção da parte da mãe em falas pesadas traz um choque de realidade e vida às personagens.".
Como ela devia reagir quando perguntado sobre seu gênero/pronomes?
Trabalhar a sua coragem para ser quem Rita é na frente dos outros é importante. Diz ser crucial pensar no quão segura ela se sente em falar sobre isso, pois é perigoso sair do armário para todo mundo. "Calma, gentil e sempre demonstrando que não se importa com a opinião alheia.".
- Mas você é... um garoto? Ou é uma garota?
- Ah... eu sou só a Rita.
Como ela se assumiu? Como que contou sobre seu gênero para Sissi?
"Eu queria poder ser como uma flor... Elas não se preocupam em serem aceitas, não brigam com suas mães, e ninguém pergunta se elas são homem ou mulher porque isso não importa. Elas não tem medo de serem quem são, se mostram na primavera sem medo nenhum do que vão pensar, se vão achá-las feias, repulsivas ou lindas. Elas são elas e ninguém as faz ter medo de serem quem são."
Uma ideia legal citada é que sua "saída do armário" seria muito espontânea. Elas estão lá comendo pizza e do nada Rita solta simplesmente um "eu sou trans". Ou então ela poderia se assumir em um momento de alegria, como um aniversário ou confraternização.
Algum momento/cena que posso colocar no livro sobre a Rita?
"Faz essa menina beijar na boca, transar sem culpa, sem medo, sem final triste. Mulheres trans merecem amar, ser amadas e desejadas.".
"Um momento em que ela sai com Sissi para fazer compras, se deparando com um lindo vestido florido, mas se sentindo insegura para experimentar, mas é encorajada por Sissi e ao se ver no espelho com o vestido, se sente contagiada pela alegria, e saí da loja usando o mesmo, agora mais confiante de si mesma. ".
Esse conceito todo é para mostrar o quanto a pesquisa facilita e é importante para a construção de um personagem. Não se envergonhe, procure auxílio a outros escritores e se informe sobre o nicho do teu conto. Estude. 
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lucianaperfetto · 5 months ago
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Diferenças de Personalidade: Como Evitar Conflitos no Casal
Introdução: A Importância de Entender as Diferenças de Personalidade no Relacionamento Em um relacionamento, entender as diferenças de personalidade pode ser a chave para uma convivência mais harmônica e duradoura. Muitas vezes, os conflitos surgem não por falta de amor, mas pela falta de compreensão das nuances que cada parceiro traz. Neste artigo, discutiremos como esse entendimento pode transformar o relacionamento de várias maneiras: Prevenção de Conflitos: Conhecer as diferenças ajuda a prevenir mal-entendidos comuns. Aperfeiçoamento da Comunicação: Facilita o diálogo aberto e honesto. Fortalecimento do Vínculo: Promove uma conexão mais profunda e significativa. Compreender as várias dinâmicas de personalidade é essencial para evitar que essas diferenças se tornem barreiras. Ao longo deste artigo, você descobrirá estratégias práticas e técnicas eficazes que poderão ser incorporadas ao seu relacionamento, ajudando você e seu parceiro a navegar pelas diferenças e tirar proveito delas para o crescimento mútuo. Comunicação Eficaz: Como Dialogar Respeitando as Características Individuais Uma comunicação eficaz é fundamental para manter a harmonia em um relacionamento, especialmente quando as personalidades dos parceiros são distintas. Dialogar de forma respeitosa e atenta às características individuais de cada um contribui para evitar conflitos e promover a compreensão mútua. Aqui estão algumas dicas importantes para garantir uma comunicação saudável no relacionamento: Escuta Ativa: Dedique-se a realmente ouvir o que seu parceiro está dizendo, sem interrupções. A escuta ativa envolve prestar atenção ao conteúdo e à emoção das palavras, mostrando empatia e compreensão. Clareza e Transparência: Evite rodeios e seja claro sobre seus pensamentos e sentimentos. Expressar-se de maneira aberta ajuda a evitar mal-entendidos. Respeito às Diferenças: Cada pessoa tem seu próprio estilo de comunicação. Respeite e adapte-se a essas diferenças para uma melhor conexão. Uso do “Eu” ao Invés de “Você”: Ao abordar um problema, use declarações centradas em si mesmo. Dizer “Eu me sinto…” em vez de “Você sempre faz…” ajuda a evitar que o parceiro se sinta atacado ou na defensiva. Feedback Positivo: Não se concentre apenas nos problemas. Reconhecer e valorizar o que está funcionando bem ajuda a fortalecer o vínculo. Para garantir que a comunicação seja ainda mais eficaz, é importante estabelecer momentos de diálogo estruturados que foquem em temas específicos e assegurem que ambos os parceiros tenham espaço para expressar suas opiniões e sentimentos. A compreensão das diferenças de personalidade é essencial para adaptar o estilo de comunicação e evitar conflitos, permitindo que os casais cresçam juntos através da empatia e do respeito mútuo. Avaliando e Respeitando Estilos de Personalidade Diferentes Em qualquer relacionamento amoroso, é essencial reconhecer que cada indivíduo possui um estilo de personalidade único. Quando se trata de viver em harmonia, evitar conflitos exige uma compreensão profunda desses estilos e uma dose de respeito mútuo. Aqui estão algumas estratégias eficazes para ajudar você a navegar por este terreno e construir uma relação mais sólida e respeitosa: Conheça seu parceiro: Tire um tempo para entender as preferências, pontos fortes e desafios da personalidade do seu parceiro. Evite rótulos: É fácil se apegar a estereótipos. Em vez disso, abra-se para a complexidade e singularidade de cada um. Foque nas qualidades: Liste as qualidades positivas que a personalidade do seu parceiro traz para o relacionamento. Adapte sua abordagem: Algumas personalidades podem ser mais sensíveis ou analíticas. Ajuste sua comunicação para atender melhor às necessidades do seu parceiro. Pratique a paciência: Compreender a personalidade do outro leva tempo. Seja paciente consigo mesmo e com seu parceiro durante este processo. Uma abordagem prática para avaliar e respeitar estilos de personalidade diferentes é a utilização de ferramentas de avaliação de personalidade. Aqui estão algumas etapas que você pode seguir: Identifique os traços principais: Utilize questionários ou testes de personalidade que possam ajudá-los a identificar suas características predominantes. Participe de workshops ou terapia de casal: Ter um espaço seguro para discutir diferenças e encontrar caminhos conjuntos pode ser muito benéfico. Estabeleça um diálogo contínuo: A compreensão do outro é uma jornada, não um destino. Mantenha as linhas de comunicação abertas e fluidas. Ao investir tempo e esforço para compreender o estilo de personalidade do seu parceiro, você não apenas reforça seu vínculo, mas também cria um espaço onde as diferenças são celebradas e não vistas como obstáculos. Essa jornada de descoberta e respeito mútuo pode se tornar o alicerce de um relacionamento duradouro e saudável. Estratégias para Lidar com Conflitos Originados por Diferenças Personalísticas As diferenças de personalidade podem ser um campo minado quando se trata de relacionamentos. No entanto, entender como lidar com essas diferenças pode transformar potenciais conflitos em oportunidades de crescimento mútuo. Aqui estão algumas estratégias eficazes para gerenciar conflitos originados por diferenças personalísticas: Compreensão: Reconheça e aceite que cada indivíduo tem seu próprio conjunto de traços únicos. Investir tempo para compreender o perfil de personalidade do seu parceiro pode evitar muitos conflitos. Empatia: Coloque-se no lugar do outro e tente ver as coisas do ponto de vista dele. Isso pode ajudar a diminuir o choque cultural entre diferentes estilos de personalidade. Comunicação Aberta e Eficaz: Mantenha um diálogo franco e honesto. Não suponha que seu parceiro entenda suas necessidades e desejos sem que você os expresse claramente. Estabelecimento de Limites: Definidos de forma clara, os limites ajudam a evitar potenciais fontes de conflito. Converse sobre quais comportamentos são aceitáveis e quais não são. Compromisso: Esteja disposto a ceder em algumas situações. Encontrar um meio-termo pode muitas vezes superar os desafios trazidos pelas diferenças de personalidade. Adotar essas estratégias pode não apenas prevenir conflitos, mas também fortalecer a conexão emocional do casal. Quando cada parceiro reconhece e valoriza as diferenças únicas do outro, o relacionamento pode florescer de forma saudável e harmoniosa. O Papel da Empatia na Convivência Harmônica entre Opostos A empatia é uma habilidade essencial para a manutenção de uma convivência harmônica entre casais cujas personalidades divergem. Ao compreender o ponto de vista do parceiro e manifestar um interesse genuíno em suas emoções e pensamentos, é possível minimizar os atritos e promover um ambiente mais acolhedor e amoroso. Aqui estão alguns pontos fundamentais sobre como a empatia podeContinue a ler »Diferenças de Personalidade: Como Evitar Conflitos no Casal O post Diferenças de Personalidade: Como Evitar Conflitos no Casal apareceu primeiro em Psicóloga Luciana Perfetto .
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miguelsolano · 8 months ago
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beleza estética não é autoestima
até pouco tempo atrás ela andava de cabeça baixa, quase imperceptível aos olhos comuns. desenvolveu glúteos avantajados e agora desfila pelas ruas de nariz empinado.
até pouco tempo atrás ele se sentia indesejado por causa da obesidade, pouco saía de casa e vivia preso ao computador madrugadas a fio. desenvolveu músculos exagerados nos braços e agora caminha lentamente pelas ruas, olhos cerrados, mastigando chiclete e com cara de bad boy.
será que nenhum dos dois percebe que autoestima não é a mudança física drástica, mas a percepção de valor próprio enquanto ser humano? as atitudes esnobes recorrentes denunciam a inversão dos polos: na cabeça de ambos, o desejo de mudança sempre esteve atrelado à vingança, como se a sociedade tivesse alguma culpa por seus antigos estereótipos.
se o estímulo à mudança estética for despertar inveja em terceiros, você nunca ficará satisfeito com as conquistas. padecerá na eterna ilusão de que estar inserido no padrão de beleza irá lhe transformar em alguém que você não é, nem nunca se esforçou pra ser.
vivemos num mundo de aparências e não serei hipócrita em dizer que não me atraio pela estética atualmente estabelecida como padrão, mas ela não pode ser confundida com autoestima, por mais que componha. percebo que a maioria das pessoas não sabe lidar com a autoestima porque, quando atinge o resultado esperado, mudam não só de corpo mas de personalidade. e, desculpa, mas levantar peso não transforma ninguém em alguém melhor, tá?
conseguir levantar 100kg no supino reto ou empurrar um pneu de trator não é qualidade, é apenas uma tarefa braçal, geralmente destinada a pessoas não muito desenvolvidas intelectualmente. não estou menoscabando a academia, o crossfit, nem qualquer método de exercício físico, só não tolero quem trata pessoas como inferiores devido a análise tacanha de quantidade de massa corporal.
não seja uma gostosa estúpida, nem um gostoso brutamontes. irresistível mesmo é quem consegue colocar o intelecto, o físico e a beleza no liquidificador e transformar esses atributos num suco de empatia.
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alite-pinguin · 9 months ago
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Namoro bissexual: a diferença entre fantasia e realidade
A sexualidade humana é um campo vasto, um continuum complexo e fascinante. No centro disso está a bissexualidade, uma orientação sexual muitas vezes incompreendida e mal interpretada. Neste artigo, iremos guiá-lo através da realidade da bissexualidade, ao mesmo tempo que desmontamos algumas fantasias e estereótipos comuns. Também examinaremos as noções de gênero, sexualidade e identidade através…
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yeahowlfashion · 9 months ago
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Namoro bissexual: a diferença entre fantasia e realidade
A sexualidade humana é um campo vasto, um continuum complexo e fascinante. No centro disso está a bissexualidade, uma orientação sexual muitas vezes incompreendida e mal interpretada. Neste artigo, iremos guiá-lo através da realidade da bissexualidade, ao mesmo tempo que desmontamos algumas fantasias e estereótipos comuns. Também examinaremos as noções de gênero, sexualidade e identidade através…
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01298283 · 1 year ago
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Justiça? A burguesia é seletiva e odeia pobres
Quem acompanha noticiários,ativismo e pautas feministas e sociais ficou sabendo que a modelo e empresária Ana Hickmann foi agredida pelo marido na frente do filho e sofreu várias lesões e pelo que observei nas matérias ela já sofria abusos desde antes por parte dele mas omitia,principalmente por questões de mídia,o marido dela é o famoso "Deus,pátria e família" faz o 22,não me surpreende sendo assim.
O tratamento e apoio que ela teve é bem diferente de uma mulher pobre,negra ou periférica recebe quando sofre algum abuso por parte de algozes,tanto que os processos judiciais dela teve uma atenção maior por parte do judiciário e a promotora de justiça publicou que iria investigar o marido dela por supostas agressões a criança,quando uma mulher comum e pobre e de pele mais escura longe dos estereótipos europeus denúncia o que ela irá ouvir além do descaso do judiciário e sociedade será às seguintes afirmações:
Vagabunda,puta,interesseira,mentirosa, alienadadora,manipuladora,não superou o ex,ela quer o ex de volta,barraqueira,sem classe,usurpadora,imprestável,safada,doente mental,piranha,vitimista.
Além do fato de que todo o judiciário abusará da vítima e tratará a vítima e os fatos e sequelas ocasionados a vítima com total irrelevância,eles tentarão de todas às maneiras reprimir a situação e inverter os papéis onde a vítima passará a ser a vilã e o algoz a Virgem Maria,pobre coitado e injustiçado pela "Ex louca e interesseira que deseja roubar tudo dele" a ex que ele abusou por anos e destruiu a sanidade mental dela e usa o filho(a) como ponte para torturar a vítima,assim perpétua um ciclo de abuso infindável e muita das vezes ou a mãe falece ou a criança ou como em alguns casos ambos.
A sorte da modelo citada mediante a tudo isso é a influência,dinheiro e o padrão do qual ela está inserida que é bem aceito pela sociedade e dentro do estereótipo que a burguesia e a classe média apoia,nesse sentido ela merece um bom tratamento e justiça mas o que está abaixo dela não,pelo contrário,pessoas comuns e dentro do que citei são massacradas pelo sistema e assassinadas,seja internamente ou literalmente principalmente quando não estão dentro do padrão conservador, moralista ou religioso,nestes casos a sociedade e o judiciário irão fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo você será apenas a "louca" e o abusador será o "santo."
90% dos casos o pai deseja a guarda da criança não pelo afeto e porque irá de fato cuidar da criança porquê em muitos casos que estudei e presenciei os cuidados são negligenciados e às crianças sofrem algum tipo de abuso,é principalmente por aspectos financeiros me refiro a pensão alimentícia que é o direito da criança,é inadmissível para a maioria deles "perder dinheiro" então em 96% dos casos você irá ouvir que a ex é usurpadora,viaja para Dubai com os "milhões" que eles depositam,coloca silicone com os "milhões" que é vagabunda e não trabalha,embora trabalhos domésticos sejam um trabalho e sem remuneração alguma e reconhecimento continua sendo um árduo trabalho,inclusive li um caso onde a ex esposa ganhou uma quantia alta em indenização no divórcio porque abdicou da sua vida apenas para serviços domésticos em casa e o ex marido foi obrigado a pagar pelos serviços,nada mais justo.
Todos eles fazem o mesmo discurso,todos eles prejudicam a vida dos filhos propositalmente para atingir a mãe da criança e levá-la a exaustão e esgotamento na esperança da mãe abrir mão da guarda,então fica nítido o "amor" que eles sentem pelos filhos,aliás,algo que muitos não sabem é que todos eles são instruídos pelos advogados a torturar psicologicamente a criança e a mãe,pois quanto mais "surtos" e dificuldades eles ocasionarem melhor para eles,pois são provas que podem ser usadas contra pela defesa e assim eles fecham com chave de ouro.
Então não se deixe levar em audiências pelas falácias deles,o intuito deles realmente é abusar de todas às formas possíveis e ver você explodir na frente do juiz,é o sonho deles. Eles vão abusar com classe não com "barracos" é algo bem sútil,inteligente e quase imperceptível,é como um porco vomitando mas vomitando com classe e elegância,violentando com fineza.
Seria muito plausível se vítimas comuns e anônimas recebessem esse apoio,mas sabemos que isso nunca irá acontecer,nem por parte da sociedade menos ainda por parte do judiciário,o judiciário odeia mulheres principalmente mulheres pobres,são misógenos e abusivos em todos os sentidos e abrem excessões apenas para a burguesia,quem estudou a fundo essas questões e teve envolvimento com tais sabe o quanto é quase tudo deplorável dentro daquele sistema,eu sempre estou estudando sobre essas coisas e tenho acessos a algumas coisas que a sociedade não enxerga e mesmo se enxergasse creio que não daria a mínima,inclusive pelo fato de que essas pessoas possuem todo o poder em suas mãos ir contra elas será em vão na maioria dos casos,por exemplo,já vi casos de juízes e afins desse sistema abusando de pessoas através do poder e às vítimas recorreram na "justiça" mas não tiveram êxito e não irão ter mesmo em quase 100% dos casos,o que eu posso dizer a vocês é que dentro desse sistema tudo funciona na base do $$$ e quase todos que estão lá não estão nenhum pouco interessados em ajudar quem realmente precisa e luta por justiça,eles vivem em outro mundo e em outra realidade e tudo o que há de pior você verá lá.
O caso da modelo não é um caso isolado,mas ganha repercussão porque ela é rica e tem influência,ela foi atrás dos direitos dela e dos direitos do filho e foi aplaudida e teve grande apoio uma mulher pobre e comum é vaiada,ignorada e será chamada de "puta, vagabunda e interesseira,racismo estrutural. O preconceito e machismo não vem apenas da elite ou burguesia,vem também das mulheres pobres que defendem o patriarcado e atacam mulheres anônimas,pobres e comuns quando vão em busca dos seus direitos e atravessam situações semelhantes,o racismo também está presente nelas,elas apoiam a burguesia e ateiam fogo nas vítimas comuns que são silenciadas e sofrem grande opressão e tem seus direitos violados e roubados diariamente.
Mediante a essa situação fica nítido a desigualdade,o preconceito e o racismo estrutural. Para nós,mulheres comuns que atravessamos diversos tipos de opressão,guerras,preconceitos,abusos, violações,incompreensões e direitos roubados tudo sempre será 10x mais difícil e na maioria dos casos seremos apedrejadas, principalmente quando fugimos do fundamentalismo religioso e modelo conservador com raízes judaico-cristãs camuflado com sinônimo de "bons costumes" quando na verdade não passa de opressão,machismo e abuso.
Não é novidade para quem estuda essas coisas ou vive ou viveu situações similares,que o abusador sempre irá tentar desencadear o caos e agir de forma sorrateira sobre a vida da vítima,tudo o que estiver ao alcance dele pra prejudicar a vítima ele irá fazer seja em qualquer aspecto da vida da vítima,a única coisa que ele não irá aceitar é que a vítima devolva tudo na mesma moeda o que de fato ele e quem compactuou com ele ocasionou a tal,nesse sentido ele sentirá que está sendo "injustiçado",isso é,ele pode matar,roubar,destruir,abusar,estuprar mas não pode colher os frutos de suas ações,na perperctiva deles merecem tudo de bom e tratamento de rei,a maioria possui a síndrome de Deus,ou seja,acreditam que são invencíveis é bem comum terem o ego inflado mas quem estudou psicologia sabem o quanto são inseguros internamente a a baixo autoestima que possuem e maioria são narcisistas e psicopatas.
Digamos que o sistema judiciário também obriga a vítima a perdoar o imperdoável e defender o indefensável nestes casos,eles praticamente obrigam você a conviver com o abusador como se nada tivesse acontecido e sabendo que são pessoas perigosas e abusivas,é como se tudo o que ele tivesse feito realmente fosse "nada demais" e toda a culpa é sua,pesquisem sobre constelações familiares até hoje embora seja proibido muitos deles usam essa técnica abusiva e pseudociência sobre às vítimas,então quando o algoz possui condições favoráveis e influência ele tem passe livre para ser um carrasco e escapar impune na maioria dos casos e se você vítima não aceitar ser saco de pancadas e tapete de canalhas e reagir da forma que eles realmente merecem o juiz irá condenar você de alguma maneira,porquê como eu disse aos olhos da "justiça" eles podem ser e fazer o que quiser,para nós meros mortais o buraco é mais embaixo.
A sorte que a modelo teve não é a mesma de milhares de vítimas que estão clamando por justiça agora,somos silenciadas e muita das vezes mortas,humilhadas e perseguidas e ignoradas por juízes que visam apenas o dinheiro e o poder,logo em seguida dormem com suas consciências tranquilas e vão a igreja rezar mesmo sabendo que destroem a vida de milhares de inocentes diariamente,mas eles "podem" fazer isso,aliás,eles possuem o poder em mãos e abusam desse poder todos os dias.
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