Búfalo em Pele de Avestruz
Inclina-se para ver a coroa elétrica
Uma língua feita de bandeira
Tremulando espinhos explícitos
E todo o enfeite que o romance confabula
Há um perfume controverso no ar
Licor esparramado e inocente
As máculas reluzem a máxima
Tais encontros são torrentes de Tânatos
Comovido ele abre o grave da melodia
Fracassar ao denunciar seu nome
Um ato tão banal, bancando sua Roma
Não era um deus, por si próprio era alívio
A palma da noite sagrada, tememos corações de Tróia
Deslumbre a cada ato forçado revirando coelhos do estômago
Tramando uma Pandora semimorta para controlar males
E apresenta-los a disposição dos ansiolíticos
Com lábios de ouro e tramas fantasmas
Incluí mais groupies de logotipos
Do que belezas mortas em cena
Todos olhos de aquários descem persianas
Eu não tenho a indulgência de um cowboy
Nem sua boca, nem sua ânsia, nem sua fé
Nem seus precipícios, nem seus inventários,
Nem sua catedral, nem sua humanidade
Abreviando evangelhos, todo teatro é desnecessário
O instante, por si só, é uma performance alienada
Todo o perdão é um ato fútil e mentiroso
Eu não preciso de cravos para desconfiar do mundo
Faz-me crer que todos os nomes são meus
E todas as substâncias escorrem do meu corpo
E toda a química nasce da fricção dos nosso corpos
Invalidando geografias com o remendo do nosso desejo
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