#escrevendo esse turno ouvindo dj henrique de ferraz comprou uma moto pra pegar varias delas
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@princekiercn pátio central — depois do meio-dia.
Lucile bateu os cílios, escaneando os recantos do jardim como se houvesse ali uma mensagem secreta para as observadoras mais atentas. E havia mesmo — se você fosse uma moça decidida a apostar todas as suas fichas na corrida pelo coraçãozinho do príncipe herdeiro. Vossa Alteza Kieran Essaex frequentemente era o tema central das fofocas da corte por ser flagrado no pátio de Hexwood perdido em pensamentos — algo profundo, suponha-se — ou entretido com pequenos gestos que só aumentava o mistério e o tópico das conversas femininas ao redor dele. Sob as sombras das roseiras, o príncipe herdeiro estava exatamente onde diziam que estaria. Os fios castanho-claro, aparados com excelência, pareciam pedir para serem enredados por dedos curiosos de uma dama ainda mais curiosa. Escondida atrás de uma pilastra, Lady Lucile se imaginou chegando furtivamente como uma ladra treinada só para o momento de mergulhar a mão nos cachos da realeza. Não que ela fosse o tipo de garota que agiria com tanta descortesia; claro que não. Mas se a oportunidade surgisse... ora, quem ousaria culpá-la? Kieran, perto da fonte, não parecia notar o leve farfalhar de saias ou o sútil toque de perfume que o vento carregava em sua direção. Talvez ele apenas fingisse não saber da garota que estava à espreita se preparando com sabedoria para o segundo correto de se revelar, como se simplesmente apreciando o jardim e não orquestrando um encontro acidental. Lucile apanhou o leque, abrindo o instrumento e se abanando com persistência. Graças aos cosméticos que a Lady aplicou mais cedo, o rubor rosê colorindo as suas bochechas se tornara ainda mais aparente — como se a dama tivesse corrido por um campo inteiro sob o sol escaldante; ou como se tivesse sofrendo de uma febre forte e dolorosa. Tentou, com certo sucesso, cambalear até o local perto da fonte onde o príncipe se resguardava. Isso fez subiu em Lucile uma pontada de esperança. "Oh, maldito seja este calor!" Lucile fingiu uma voz sofrida, enquanto abanava o leque com a destreza de quem havia praticado esse momento inúmeras vezes. Num instante que só poderia ser descrito como tragicamente perfeito, ela tropeçou — tropeçou de verdade, os pés se rebelando contra as saias do seu vestido de cor perolada — e foi de encontro às costas do príncipe. Sem hesitar, os dedos femininos se fecharam ao redor da barra da camisa dele, agarrando o tecido com uma força que desmentia qualquer fraqueza que pudesse ter encenado. "Ah, mil mil perdões, senhor…!" ela bateu os cílios, o retrato da inocência. "A pira desapareceu e o clima veio me importunar. Ajude-me."
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