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yourfavoritebride · 4 days ago
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𝐏.𝐎.𝐕. ⸺ FLASHBACK, 17 anos atrás.
desenvolvimento de personagem.
menção: @sebastiaoz
t𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐢𝐭𝐢𝐧𝐠 𝐠𝐚𝐦𝐞.
Lucile gosta de pensar que é uma pessoa paciente, mesmo que alguns discordassem dessa opinião depois de conhecê-la mais à fundo. A paciência era como um de seus vestidos desbotados ou os ursinhos de pelúcia alinhados na prateleira do seu quarto rosa: sempre ali, sempre igual, sem surpresas. Assim também era o silêncio da floresta. Um manto fresco, úmido e com barulho de grilos cricando. Aos oito anos, a garotinha preferia se divertir entre as árvores do que conversar com as amas designadas ao cuidado das crianças da mansão Byaerne.
Foi ali, na solidão do verde, que Lucile descobriu o jogo de "esperar". Um passatempo estranho para uma menina que, como todas de sua idade, deveria gostar de contos de princesas em torres e vilões malvados que perecem nas mãos dos heróis justiceiros. Mas acontece que Lucile já possuía no coração um príncipe encantando, e ele não empunhava espadas nem cavalgava sob o sol. O rapaz se chamava Sebastian, tinha cabelos escuros, orelhas pontudas e aparecia no horizonte quando ela esperava tempo o suficiente na penumbra fria do desconhecido.
Desde que aprendeu o jogo, Lucile se viu praticando o ato com mais frequência que o natural. Com os anos, a khajol aprimorou a arte. Construiu um esconderijo modesto sob a copa de um arbusto gigantesto e ali se acomodava, repetindo baixinho para si mesma: "Hoje ele vem. Hoje ele vem." Às vezes Sebastian aparecia; na maioria, não. Em muitas ocasiões Lucile só tinha um nariz ranhoso para lembrá-la que ficar fora durante uma tarde congelante não era algo inteligente de se fazer. Mas ela ainda o fazia — porque era boa nesse joguinho estranho. Era boa esperando, esperando e esperando...
É claro que o seu pai, o Duque, reprovaria encontrar um desconhecido qualquer na privacidade da floresta. No entanto, Sebastian já não era desconhecido. Ele arrancou Lucile das garras afiadas da morte em uma noite onde a escuridão parecia eterna em Zelaria. Ainda com apenas oito anos, ela encontrou nele algo que nunca vira no semblante austero de seu pai biológico: calor, proteção, um olhar que dizia "você é tão pequena, tão, tão pequena..."
Então, mais uma vez era uma manhã cinzenta de outono. A bruma densa parecia abraçar cada tronco na floresta do campo. Lucile estava no seu esconderijo verde, enrolada no cobertor que havia furtado da sua própria cama logo ao primeiro raiar do sol. Os galhos se mexiam com o vento, mas a menina permanecia imóvel, os olhos fixos no horizonte.
"Hoje ele vem. Hoje ele vem". Ela repetia o mantra, os joelhos puxados ao peito, como se as palavras tivessem o poder de convocá-lo igual à magia das suas ancestrais feiticeiras. Lucile tentou se convencer de que Sebastian tinha um bom motivo para aparecer dessa vez. Só dessa vez. Mas talvez estivesse ocupado... talvez hoje não fosse o dia certo...
A pequena mordeu o lábio, reprimindo as lágrimas que queriam despontar nos seus olhos e os tremores que percorriam pelo seu corpo. Choramingar era coisa de fracotes, e Sebastian sempre dizia que ela deveria ser dura como os carvalhos mais antigos da selva do Império.
De repente, o barulho de folhas esmagadas ecoou à direita. Um grito esganado sufocou na garganta de Lucile. E então o viu. Cabelos castanhos revoltos, botas de couro manchadas de lama e, na mão, o brilho de um machado escuro e ameaçador.
"EU SABIA!" a exclamação escapou antes que pudesse se conter. Num instante, ela estava correndo, pequena e leve como a ventania, até agarrar a cintura dele no abraço.
Sim, a brincadeira de esperar era a melhor de todas — Lucile tinha o talento e a paciência para isso.
FIM.
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yourfavoritebride · 11 days ago
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𝒇𝒍𝒂𝒔𝒉𝒃𝒂𝒄𝒌 — 1 mês atrás. residência principal dos byaerne. à tarde. @vrthvs
Lucile gosta do seu irmão gêmeo. É sério, ela gosta mesmo. Não como se gosta de um cachorro maltrapilho que você pega na rua por acaso, mas como outro ser humano que na verdade têm uma parte secreta da própria Lucile dentro dele. Veja, ela nunca precisou se deixar levar pelas promessas ilusórias que as jovens da sua época costumam acreditar, sobre passar a vida à procura da metade que lhes foi destinada ao nascer — essa outra metade sempre foi Arthas; seu gêmeo, ao invés de um homem com quem ela deveria se casar um dia.
... Isso quer dizer que a relação dos irmãos deveria ser a melhor do mundo, correto? Errado!
Hoje Lucile sentia-se inspirada à sorver o cheiro adocicado das flores. Ela pediu a uma empregada que preparasse uma pequena festa do chá no jardim da residência principal do Ducado de Byaerne. O Duque? Era um homem extremamente ocupado e jamais se preocuparia com os planos que sua filha Lucile fazia em seu tempo livre. Se ela estivesse certa — e acredite: ela sempre está — o pai teria saído para acompanhar outros nobres da alta sociedade. O que significa conversa de homens. O que também significa putas e o cheiro acre do charuto, mas todo mundo prefere ignorar os eventos escandalosos que acontecem no interior das pequenas reuniões do Duque e seus comparsas... inclusive os filhos e a própria Duquesa.
Coberta da cabeça aos pés pela educação que a jovem recebeu desde a infância, Lucile apanhou uma xícara de chá. A porcelana era rosada e o conteúdo estava morno contra os dedos. Arthas não demoraria muito a revelar sua presença na festinha particular da irmã — ou assim ela esperava, porque havia deixado um bilhete solicitando o prazer da companhia dele debaixo da porta do seu quarto. "Querido irmãozinho," ela tinha escrito. "… hoje está um lindo dia! E apesar de saber que você volta cheirando à grama da sua caminhada com os cavalos, olha: eu exijo que me acompanhe bebendo um chá."
Um chá. Como se a relação entre os dois fosse... normal. Haha. Apenas um momento para ser desfrutado entre gêmeos, aos olhos do público — mas Lucile era esperta e tinha planos diferentes sobre os tópicos da conversa que se desenrolaria ali, protegidos pela paisagem verde do jardim.
De repente, as portas se abriram. Era a hora. "Um minuto e três segundos atrasado." Lucile abriu um sorriso, olhando o rapaz com o objetivo de desvendar o quê raios o pestinha estaria pensando por trás do rosto. Ela sabia que essa procura era fútil. Não se sabe quando, mas em certo lugar da história... Arthas começou a esconder suas emoções com a habilidade de um soldado treinado pelo exército. "Às vezes acho que faz de propósito, sabe? Chegar atrasado. Um minuto. Só pra me irritar."
Se remexeu na cadeira, apreciando o conforto do estofado contra suas costas. Assim como a porcelana escolhida, as cadeiras também possuíam um toque de sofisticação meticuloso e muito bem ornamentado. Tensa desse jeito, se não fosse pela suavidade da almofada, a garota sofreria com dores fortes durante à noite.
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yourfavoritebride · 16 days ago
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Lucile, que até então se abanava com agilidade, imediatamente parou com tudo o que estava fazendo.
Ele, Kieran, tinha olhos bonitos. O príncipe a observava com uma ternura que causava dentro dela um lampejo de esperança — um lapso ingênuo de quem esquece, por um segundo, de que não é realisticamente possível que um homem maduro seja tão bondoso quanto aparenta ser à primeira vista. Pensar no olhar terno do herdeiro do trono como a maior das bondades verdadeiras não passava de uma fantasia para menininhas com seus livros de colorir e suas bonecas de princesa; ela sabia disso. Mas se permitir sonhar não custava nada, né? Além do mais, os meninos bondosos sempre foram parte do tipo ideal que ela apreciava acompanhar nos livros adultos de romance.
Em resposta, o sorriso de Lucile foi largo. Largo e sonhador.
"Ah, sim, sim, as mudanças! Ah, as malditas mudanças! Nesse caaaaaso… com Sua Alteza se comprometendo a tomar conta de mim… não vejo o porquê recusar o convite!"
Para alguém que quase encenou um desmaio e que tinha o suficiente de rosa nas bochechas para colorir a tela de um artista, em instantes a filha atrevida do Duque Bayaerne era a imagem perfeita do bem-estar em carne e osso. A mão enluvada da jovem não ficou aguardando o convite do cavalheiro; Lucile já estava totalmente posicionada por contra própria, pronta para aceitar o braço do príncipe com a naturalidade de amigos que se encontram todos os dias... mas talvez ela tenha sido mais persistente que a maioria das damas, agarrando o antebraço do rapaz com uma agilidade que dispensava o "não".
Assim, Lucile se inclinou um pouco, aproximando-se o suficiente para que seu perfume flutuasse em espirais de jasmim e lavanda combinados. Mordeu o lábio inferior, torcendo para que as fofocas das damas da corte estivessem certas e que Kieran fosse particularmente receptivo a fragrâncias delicadas... Oh! Veja como estava sendo convencida: chamando o herdeiro apenas pelo primeiro nome em seus pensamentos mais secretos.
"Meu príncipe, se puder me permitir a liberdade... — e, por favor, deixe-me fazer isso! — devo confessar algo que carrego há muito, muito tempo. Talvez desde os meus primeiros anos em Hexwood? Ah, veja, sou tola e indiscutivelmente humana — adiando essa confissão por todos esses meses. Mas o calor nos uniu hoje, não concorda? É claro que concorda. E é justo que eu seja verdadeira." a jovem tagarelou, escolhendo um curto segundo para fazer suspense. Havia uma ousadia na voz dela que escapava às convenções, algo no modo como lançava as sílabas e batia os cílios doce como o anjo que caiu do céu.
"Sua Alteza Real poderia… ser o meu amigo?"
com frequência, encontrava-se o príncipe herdeiro pelo pátio central, quase sempre próximo às roseiras e distraído pela intensidade dos seus pensamentos; gostava dos encantos da natureza e, principalmente, detestava permanecer trancafiado por todas as paredes daquele castelo. eram raros os momentos, no entanto, que compartilhava o momento com alguém, mesmo seus amigos mais próximos. àquela altura, kieran já considerava encaminhar-se para outro local, quando sentiu o impacto de alguém em encontro às suas costas, forçando-o a virar o rosto para desvendar quem teria sido a vítima de seu próprio desastre. reconheceu lucile de imediato e, dotado de seus bons modos, os lábios curvaram-se em um sorriso gentil; sabia, é claro, da tendência que a mulher tinha em sempre aparecer nos mesmos lugares em que estava e, após tantas coincidências, não acreditava mais em acasos do destino. eventualmente, sentia-se curioso em relação à mulher, desejando saber se era o caso de um interesse genuíno pela sua pessoa ou apenas o desejo pela coroa que o acompanhava; pendia a crer na segunda opção, duvidando que alguém conseguisse nutrir sentimento genuíno sobre a sua pessoa. ❛ não se desculpe, a mudança de clima eventualmente é capaz de nos deixar levemente desorientados ❜ suas palavras vinham em um tom gentil, sempre solícito e cortês, ainda que não sentisse a temperatura fora do normal, tampouco a considerasse justificativa para o tropeço. apesar disso, permitiu alguns instantes à khajol, deixando que se recuperasse ou, se fosse o caso, fingisse a retoma do próprio equilíbrio, antes de virar-se em sua direção. ❛ está bem? posso fazer companhia a senhorita enquanto se recupere do susto ❜ os seus desejos de prestar ajuda, mesmo quando não acreditava na veracidade dos fatos, um dia seriam o motivo de seu colapso, mas, por outro lado, não era como se estivesse lá muito ocupado naquele dia.
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yourfavoritebride · 19 days ago
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@princekiercn pátio central — depois do meio-dia.
Lucile bateu os cílios, escaneando os recantos do jardim como se houvesse ali uma mensagem secreta para as observadoras mais atentas. E havia mesmo — se você fosse uma moça decidida a apostar todas as suas fichas na corrida pelo coraçãozinho do príncipe herdeiro. Vossa Alteza Kieran Essaex frequentemente era o tema central das fofocas da corte por ser flagrado no pátio de Hexwood perdido em pensamentos — algo profundo, suponha-se — ou entretido com pequenos gestos que só aumentava o mistério e o tópico das conversas femininas ao redor dele. Sob as sombras das roseiras, o príncipe herdeiro estava exatamente onde diziam que estaria. Os fios castanho-claro, aparados com excelência, pareciam pedir para serem enredados por dedos curiosos de uma dama ainda mais curiosa. Escondida atrás de uma pilastra, Lady Lucile se imaginou chegando furtivamente como uma ladra treinada só para o momento de mergulhar a mão nos cachos da realeza. Não que ela fosse o tipo de garota que agiria com tanta descortesia; claro que não. Mas se a oportunidade surgisse... ora, quem ousaria culpá-la? Kieran, perto da fonte, não parecia notar o leve farfalhar de saias ou o sútil toque de perfume que o vento carregava em sua direção. Talvez ele apenas fingisse não saber da garota que estava à espreita se preparando com sabedoria para o segundo correto de se revelar, como se simplesmente apreciando o jardim e não orquestrando um encontro acidental. Lucile apanhou o leque, abrindo o instrumento e se abanando com persistência. Graças aos cosméticos que a Lady aplicou mais cedo, o rubor rosê colorindo as suas bochechas se tornara ainda mais aparente — como se a dama tivesse corrido por um campo inteiro sob o sol escaldante; ou como se tivesse sofrendo de uma febre forte e dolorosa. Tentou, com certo sucesso, cambalear até o local perto da fonte onde o príncipe se resguardava. Isso fez subiu em Lucile uma pontada de esperança. "Oh, maldito seja este calor!" Lucile fingiu uma voz sofrida, enquanto abanava o leque com a destreza de quem havia praticado esse momento inúmeras vezes. Num instante que só poderia ser descrito como tragicamente perfeito, ela tropeçou — tropeçou de verdade, os pés se rebelando contra as saias do seu vestido de cor perolada — e foi de encontro às costas do príncipe. Sem hesitar, os dedos femininos se fecharam ao redor da barra da camisa dele, agarrando o tecido com uma força que desmentia qualquer fraqueza que pudesse ter encenado. "Ah, mil mil perdões, senhor…!" ela bateu os cílios, o retrato da inocência. "A pira desapareceu e o clima veio me importunar. Ajude-me."
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yourfavoritebride · 21 days ago
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˖ ࣪ ٬     ุ๋ ⸱   lucile santorina byaerne.
A altivez dos passos diz que é nobre o sangue que corre em  LUCILE SANTORINA BYAERNE. Sendo  uma Lady AMBICIOSA e  PREPOTENTE, ela foi escolhida como hospedeira e protegida do  DEUS HRYMIR. Aos  VINTE E CINCO, e cursa o  NÍVEL OBISIDIANA.
𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚.
Lucile cresceu afastada das belezas da capital do Império. O motivo? Um pai preocupado com uma filha que se recusava a dar ouvidos aos seus conselhos sobre a natureza dos homens. Estes, sim, são o verdadeiro mal da garota; ela sabia que nunca foi feita para resistir – e nem estava nos seus planos resistir – às tentações de uma vida secreta e requintada por prazeres proibidos.
Desde a adolescência, a atrevida não podia se forçar a recusar o convite dos camponeses e perder a chance de saborear um único beijo às escondidas da alta sociedade. Escandaloso, com certeza, para o horror do seu pai e do decoro esperado entre os nobres! Felizmente, a notícia das suas aventuras indiscretas permanece um segredo bem guardado. O dinheiro sabe comprar o silêncio, e a jovem moça está longe de ser apenas outra menina que nasceu do lado sortudo da moeda. Lucile, também, é a filha do Duque Byaerne – um título que não carregava como mero ornamento, apesar de deixar o pai com o cabelo em pé na maioria dos dias.
Assim que fez sua estreia na Academia de Hexwood, a garota se sentiu totalmente livre para ignorar as reprimendas que de mês em mês o Duque a enviava na forma de uma carta formal. O homem persistia querendo ensinar a filha à fechar os olhos e o coração a tudo o que pudesse desviá-la do caminho que ele traçara; mas, então, ela simplesmente pegou esse caminho como uma folha de sulfite e o rasgou de ponta à ponta sem hesitar um único instante. Oras! Lucile poderia ditar o seu próprio destino, sim – o que para a dama significa beijos sem compromisso na privacidade do silêncio da noite e falas impertinentes com os seus superiores sob a luz da manhã. Opssie.
𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐃𝐘 ⸻ entp (the devil) atrevida ; cínica ; dissimulada ; manhosa ; sabichona. firme ; procrastinadora ; comprometida ; charmosa.
𝐨 𝐬𝐞𝐨𝐧.
Mr. Dorian.
Dorian foi o nome do primeiro cavalheiro por quem Lucile caiu perdidamente apaixonada ainda na infância. O homem, porém, só existia nas páginas do seu livro favorito de romance e, com o tempo, o nome se tornou uma coisa calorosa a ser lembrada durante os dias de tédio ou de desânimo. Dorian era o ideal impossível, um sonho moldado com as palavras mais doces — assim como o Deus que escolheu ela para compartilhar sua magia e seus ensinamentos; é claro, na visão distorcida da jovem.
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