#encontrão
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Sem deixar as lembranças esquentarem,
assim é melhor,
quando as pessoas chegam em sua vida e partem rapidamente,
não dá nem tempo de se ter lembranças aliás
é como um encontrão,
esbarrar em algum estranho pela vida corrida
nas grandes metrópolis,
deixam menos significado
que uma topada em um pedra sobressaltada
no meio na estrada
essa segunda sim deixar marcas
e dor
de verdade,
quem vai pensa,
foi rápido e marcante,
pior que não,
é mais uma visita inesperada
que sabemos que vai partir
tão rápida como chegou,
ninguém é capaz de cativar o coração de outro
em menos de uma semana,
não deixa nada inesquecível
ou marcante
em tão pouco tempo,
só deixa eu corrigir um detalhe,
Deus sim,
veio,
fez o mundo em seis dias,
e não posso dizer que o mundo não é algo marcante né.
Jonas R Cezar
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⠀ P・ O・ V #02 ⁝ P U S H I N G M E A W A Y ⠀ T A S K # 03
( gif do episódio de 'bob esponja' usado como referência para a narrativa e que possivelmente me rendeu a primeira crise de ansiedade durante a infância. )
O céu tingia-se de alaranjados suaves e o novo crepúsculo anunciava mais um dia gélido no acampamento. Através da janela de seu dormitório, Aurora encontrava uma paisagem branca do lado de fora. Os galhos das árvores, envergados com o peso de inúmeros cristais de gelo, se curvavam em reverência ao inverno rigoroso que dominava o acampamento. Tão claros quanto a neve que se estendia sobre o cenário como um manto, seus olhos também avistaram figuras conhecidas de outros campistas transitando pelo local. Alguns eram amigos próximos, companheiros de batalhas e confidências, enquanto outros eram apenas conhecidos, unidos a ela pela maldição de uma linhagem divina. Respirando profundamente, sentia a familiar presença de cada um deles e de sua estação favorita, o único abraço constante em sua vida. Sentia-se revigorada e em paz.
A brisa fria tocou seu rosto no instante em que seus pés pisaram na varanda do chalé de Quione, e a determinação para enfrentar mais um dia em sua rotina como parte da comunidade estampava-se em seu semblante. Enquanto marchava em direção ao pavilhão para seu desjejum, observava o silêncio incomum que pairava entre os outros semideuses que cruzavam seu caminho. Cada passo que dava na trilha coberta de gelo deixava um rastro efêmero, enquanto seu olhar percorria os rostos conhecidos que, por algum motivo, não a reconheciam. Eles pareciam alheios à sua presença, seus olhares a evitando como uma antagonista. Uma sutil estranheza tomou conta dela diante daquele detalhe, mas a firmeza de seu propósito não permitiu que se detivesse muito tempo nessa inquietação.
A figura de Yasemin foi a primeira que avistou ao adentrar o refeitório e o ímpeto de cumprimentá-la foi imediato. Um sorriso singelo iluminou seus lábios. ── Bom dia, Yas. Como passou a madrug...? ── Sem a chance de terminar sua sentença, a viu atravessar o salão em direção ao outro lado, sem dar sinais de reconhecer sua presença ou ouvir sua voz, então iniciando uma conversa despreocupada com outro campista, que agora ria do que a ruiva dissera a ele ao se aproximar. Com o cenho franzido, Aurora continuou a observar a interação por mais alguns instantes, então forçando-se a seguir seu caminho e tentar interpretar a indiferença da outra como um simples lapso de atenção. Seus pensamentos rodopiavam em sua mente, confusos, enquanto se dirigia para sua mesa, quase esbarrando em uma garota no caminho. Mesmo o quase encontrão acidental não foi suficiente para que alguém notasse sua presença. A sensação de isolamento se intensificava, como se uma barreira invisível a separasse dos outros campistas.
Então, seus olhos encontraram Kerim parado ali, e seu coração reagiu instantaneamente, dando um salto contra o peito e acelerando suas batidas abruptamente. Ele a via, não via? Precisava que a enxergasse, precisava dissipar aquele medo irracional de ter se tornado invisível como névoa no ar. Determinada a descobrir exatamente o que acontecia, caminhou com passos firmes até o rapaz. Parando à sua frente, se certificou de não deixar brechas para que não a notasse. ── Kerim, você me ouve? ── Sua voz ecoou clara e alta, mas a resposta foi um silêncio desconcertante e uma indiferença que lhe cortou o coração. Aurora arfou, sentindo o ar subitamente se esvair de seus pulmões. Desesperada, estendeu a mão para tocar o ombro alheio, buscando uma conexão, mas seus dedos atravessaram o corpo dele como se tratasse de um holograma. O que estava acontecendo? A visão de Kerim, imóvel e intangível, era como um golpe final, confirmando seus piores temores. Sentiu-se perdida, uma sombra em um mundo que não a reconhecia.
Freneticamente tocando a própria pele, sentindo-a ainda tangível e real, deixou-se guiar de volta para o lado de fora, onde um cenário ainda mais claro a aguardava. A paisagem, quase deserta, exibia apenas algumas silhuetas distorcidas e os contornos esmaecidos de um acampamento quase irreconhecível. Entre esses elementos que desapareciam lentamente diante de seus olhos, surgiu a imagem de um homem de pé em meio ao infinito de vazio. Pestanejou os olhos, tentando ajustar sua visão, até que se arregalaram de repente. Era seu pai, vivo. A brancura da neve parecia engolir o mundo ao seu redor, desfocando a linha entre o real e o irreal. As silhuetas indistintas se moviam como sombras fugidias, e o contorno do acampamento se tornava cada vez mais vago, como se estivesse sendo apagado lentamente. No entanto, a figura de Niko se destacava nitidamente, trazendo uma estranha mistura de consolo e inquietação. Disparou em uma corrida vertiginosa em direção a ele, os pés afundando na neve a cada passo. Mesmo com suas pernas exaustas de tanto correr, a figura de seu pai parecia se afastar cada vez mais, como se estivesse sendo engolida pelo vácuo branco que a cercava. A distância que os separava aumentava, apesar de seus esforços desesperados, e o cenário ao redor se tornava cada vez mais indistinto, como se estivesse se dissolvendo em uma neblina etérea.
Em um piscar de olhos, Aurora se viu completamente sozinha em um infinito branco. O chão sob seus pés não parecia ser feito de nada material, mas também não havia sensação de queda. Ao olhar ao redor, não havia horizonte, nem céu, nem solo discernível, apenas uma vastidão interminável do mais puro branco. O silêncio absoluto era aterrorizante. Não havia o barulho de sua respiração, de seus passos, nem mesmo o som de seu coração batendo. Ela tentou gritar, mas nenhum sonido saiu de sua boca. A ausência de qualquer ruído parecia envolver sua mente em uma lacuna sufocante, cada vez mais apertada. Apenas contava com a voz de sua consciência. A solidão começou a se infiltrar em seus pensamentos, como um nevoeiro gelado. Estendeu a mão à procura de algo, qualquer coisa, que pudesse quebrar a inexistência esmagadora. Mas não havia nada. Seus dedos passaram pelo ar vazio, sem encontrar resistência. Sem tempo, sem espaço, sem companhia, sentiu a sanidade começar a escorregar de suas mãos. Memórias das pessoas que amava, dos lugares que conhecia, começaram a parecer ilusões distantes, quase irreais. O desespero crescia dentro dentro de si, como uma chama solitária tentando sobreviver em um vazio absoluto. Tentou caminhar, esperando que o movimento trouxesse algum alívio, alguma mudança. Mas a caminhada não parecia levá-la a lugar algum. O branco infinito permanecia inalterado, indiferente aos seus esforços.
A sensação de estar presa em uma prisão sem muros e sem portas tomou conta. Sem referência, sem passagem do tempo, não sabia quanto tempo havia passado dentro daquele vazio. Cada segundo parecia uma eternidade, e cada eternidade trazia um novo nível de desespero. A solidão não era apenas uma ausência de companhia; era uma presença esmagadora, uma entidade em si mesma que parecia devorá-la lentamente. Ela se sentou, abraçando os joelhos, tentando encontrar conforto em si mesma. Mas até o próprio toque parecia estranho, como se tornasse uma parte do vácuo ao seu redor. Suas esperanças começaram a se desfazer, deixando apenas uma casca vazia de quem fora um dia fora. Nesse espaço sem fim e sem forma, finalmente entendeu a verdadeira natureza da solidão absoluta. Não era apenas estar sozinha; era ser esquecida, apagada, uma existência desprovida de qualquer impacto ou significado. E naquele momento, a desesperança tornou-se seu único companheiro, no infinito branco que agora era seu mundo.
Com um estalo repentino, o véu de branco foi retirado de seus olhos e Aurora se viu imersa no familiar cenário da floresta que circundava o acampamento. Seus sentidos foram invadidos instantaneamente; o aroma das folhas penetrou suas narinas, enquanto a brisa fresca acariciava sua pele e sons distintos perfuravam seus ouvidos. A maioria deles aterrorizante como a visão a atormentá-la instantes antes. Olhando ao redor, avistou os demais membros da patrulha que a acompanharam durante toda a noite naquela missão repentina, e gradualmente suas lembranças começaram a retornar. A solidão, mais do que nunca, começou a amedrontá-la. @silencehq
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this is an open starter local: dentro do labirinto
A ideia de ser capaz de completar o desafio do labirinto instigara tanto sua natureza competitiva quanto curiosa. Não precisou que alguém a desafiasse a entrar ou que fosse perseguida por um monstro labirinto a dentro. Não, Annelise caminhara por entre as paredes de cerca viva de livre e espontânea vontade, desafiando a si mesma a superar o sentimento nada convidativo que o lugar emanava. Suprimindo as exclamações que ameaçavam escapar de seus lábios toda vez que algo estralava alto demais sob seus sapatos ou quando a cerca se movia de forma extremamente suspeita, Anne caminhava tentando mostrar-se confiante para quem quer que a estivesse vendo. Contudo, ao dar um encontrão em MUSE ao tentar refazer seu caminho após dar de cara com um beco sem saída, ela não conteve um pequeno arquejo. — Me perdoe. Não ouvi você chegar. — Desculpou-se. — Decidiu tentar a sorte ou monstros trouxeram você até aqui?
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[ blood ] sender notices that receiver is bleeding (@zeusraynar)
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Diferente de Raynar e sua constituição física de uma geladeira de duas portas, Santiago era rápido mas não era invulnerável. Mais vezes do que gostaria de admitir, os treinos do time de rugby acabavam com uma ou mais partes de seu corpo sangrando. Naquela ocasião em particular era seu nariz que jorrava como um chafariz após um encontrão particularmente bruto com @aidankeef mas, graças à adrenalina em suas veias, não o teria notado se não fosse o alerta oferecido pelo camisa 1. Levou a mão até as narinas e, erguendo o rosto de maneira a encarar o céu, ali manteve o toque na esperança de represar o sangramento. Era o frangote oficial do time comparado à massa e ao músculo dos demais, e não era de surpreender que fosse ele a interromper o treino com sua relativa delicadeza–em sua defesa, só parecia menos másculo quando a nota era dada em escala, obrigado. De um lado, @sonofthelightning parecia revirar os olhos ao arremessar-lhe uma toalha, enquanto @guiltymnd disparava para buscar gelo em algum lugar. Do outro, @psarakizs confabulava com @pallastorres que só um absorvente interno faria o pequeno inconveniente estancar. De um jeito ao mesmo tempo característico de homens e que era só deles, todos pareciam se importar.
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#༄ . ° ı wısh ı could freeze tıme. › ask game | santıago aguıllar.#nação purebloods batendo ponto com um hczinho soft
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Quem: @bonedeepwit Onde: Floresta das fadas Música: Another one bites the dust - Queen
Achava que fosse normal não ser exatamente a maior apreciadora de fadas depois de tudo que viveu, mas sabia que as fadas da terra do nunca nada tinham em comum com a Fada Madrinha. E geralmente, ela também não era adepta de passeios na floresta em um geral, mas precisava encontrar com Diaval e ele havia dito que estava perto dali. Tudo estava bem, até ela levar um encontrão de outra pessoa que aparentemente estava por ali, a fazendo cair com tudo no chão em uma exclamação de dor. ❝Ai... Você não olha por anda ou sei lá, corre?❞ Indagou frustrada enquanto buscava se levantar, tentando tirar a terra do vestido com as mãos e uma careta de desgosto pela sujeira. Só aceitava ficar suja de terra quando cultivava seu jardim, do contrário tinha um asco horrendo aquilo. Quando levantou os olhos e notou que se tratava de Ramona, não se surpreendeu nenhum pouco. ❝Sinceramente, sabia que não gostava de mim, mas ainda acho que me derrubar no meio de uma floresta é um exagero, querida.❞ E claro, imaginava que não fosse de propósito, mas já estava frustrada de estar ali em um geral e ficar suja não lhe ajudava muito mais. ❝Posso perguntar o que faz aqui? Alguma aventura pela floresta?❞
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Tão fortes e ao mesmo tempo tão frágeis. Tão amadas e ao mesmo tempo tão descartáveis. a sensação de ser sido traída é única. Um sentimento gigantesco de impotência misturado com medo. Medo de se entregar , de amar , de confiar, para no final não valer de nada, está sendo apenas feita de idiota diante disso tudo.
Tenho medo, muito medo de amar incondicionalmente alguém outra vez , ao ponto de me doar por inteiro e me deixarem pela metade de novo. Medo de dar o meu melhor todos os dias e só receber mentiras como recompensa.
A traição começa na intenção, no desejo, no pensamento, na vontade de fazer. A traição vai muito além de toque físico.
Eu tenho medo, medo de ser traída novamente, medo de sofrer novamente, medo de dormir com alguém que gostaria de dormir com outra pessoa, medo do “eu te amo” vazio e cômodo que hoje em dia se encontrão. As pessoas as são tão vazias de sentimento, tão razas, tão estupidas e inúteis. Vivem apenas em prol de fazer o bem para si mesmo. Hoje vivo em uma defesa eterna ao ponto de não conseguir deixar ninguém me acessar, ao ponto de ser fria e distante. Ao ponto de querer viver sozinha por resto da vida. Ao ponto de sentir saudade do que eu dia eu já fui. Pq eu sempre fui o melhor, o melhor que eu poderia ser.
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♡ pretty ( dawon & willow )
word headcannon meme.
Apesar de no seu crachá estar escrito "editora chefe", Willow detinha mais funções na empresa do que aquele cargo cobria. Uma das tarefas a mais que recebia por ser filha de Wang Dahye e consequentemente a herdeira de seu legado era estar bem apresentável em festas, sorrindo para estranhos, escritores e namorados em potencial. Seus avós simplesmente detestavam o fato de que estava solteira e pediam para que fosse mais receptiva às suas tentativas de apresentarem outros herdeiros. Em específico, seu avô só não era mais incisivo com suas demandas porque isso tanto não funcionou com a filha como obviamente teria o efeito contrário em Will, que deixou bem claro que se afastaria caso se metessem na sua vida daquele jeito. Por isso, os pedidos dos familiares parecia mais implicância do que uma coisa séria de verdade.
E para ser bem sincera, não era como se fosse extremamente fechada, só era tímida e ocupada demais para uma garota de sua idade. Desde a graduação, enfiou-se em reunião atrás de reunião, convencendo autores renomados a lançar mais livros em seu selo. Além disso, tinha uma certa paixão acadêmica que a deixava um pouco mais inclinada a apoiar a publicação de teses, pesquisas e coisas do gênero, razão pela qual o lançamento do livro daquela noite seria um evento fechado num museu. Um pouco pretensioso? Talvez. E também não estava tão animada assim para ser simpática com pessoas que não conhecia, mas tentaria de qualquer jeito. Ainda tinha chances de escapar para alguma exposição se a conversa ficasse chata demais, o que provavelmente faria. Era uma nerd, com certeza, mas tudo tinha limite.
Pêssego era uma de suas cores favoritas — junto de bege e azul bebê, favor não julgar —, e por isso tinha escolhido aquela cor para o vestido longo que usava. Seu cabelo estava semi-preso e, apesar de não estar tão extravagante, realmente estava linda. Também não era o centro das atenções, já que os convidados para o lançamento estavam bem ocupados cumprimentando o autor do livro, um professor que já era doutor em sua área — algo que estava considerando fazer, afinal, adoraria dizer que era doutora em literatura clássica. Foi pensando em seu mestrado e doutorado que se distraiu da festa, se esgueirando até um cantinho mais vazio, andando até algumas peças em exposição protegidas por uma vitrine. Os pequenos insetos conservados em âmbar de árvore a fizeram sorrir, e ao procurar a etiqueta para ver suas respectivas datas, esbarrou numa pessoa muito mais alta do que ela.
Willow precisava se desculpar pelo encontrão, mas todas as palavras fugiram de seus lábios quando olhou para o rosto alheio. Tinha esbarrado num homem de terno que sequer parecia uma pessoa real, e sim um protagonista de um dos seus livros favoritos. Não só pela altura, como também por seus olhos castanhos e aura gentil — bem, não sabia se poderia descrever uma pessoa como gentil num único olhar, mas talvez fossem suas bochechas e ar jovial que traziam essa impressão para a mulher. Como o descreveria se escrevesse sobre ele? Mesmo sendo ativa no ramo, seu vocabulário sumiu, num segundo que teve o peso de uma eternidade. Will fez o seu melhor para se recompor, porém o destino tinha outros planos para ela: teve certeza que ouviu um "pretty" escapar e riu involuntariamente, numa reação automática e completamente genuína.
Teve certeza que suas bochechas começaram a queimar e pelo menos teve a noção de virar de volta para a vitrine, completamente sem graça por ter encarado alguém que não conhecia por tanto tempo. Ugh, o que poderia fazer se ele era um colírio no meio de tantas almas de acadêmicos embolorados? Seus amigos iriam fazer graça de sua cara, com certeza, ela era esquisita demais quando ficava afetada desse jeito. — Pretty, right? — Queria dizer "You're so pretty, gorgeous, even", mas não teve a cara de pau para isso. — This museum is one of the nicest places I know, so everything gets pretty here. These are pretty too. — Apontou para os insetos em âmbar, preservados por milênios, completamente alheios à conversa que Will estava tendo. Ao espiar pelo reflexo da vitrine, teve a impressão de que o homem também estava meio sem graça, e se xingou mentalmente por isso. — Hm, do you like these kind of insects? — Deveria ter pedido desculpas e fechou os olhos, esperando pelo pior, contudo, tal como nos seus livros, mais uma reviravolta aconteceu.
Ao invés de um "desculpa, estou indo embora agora", Will recebeu fatos sobre insetos. Na verdade, muitos fatos sobre insetos, especialmente aqueles que tinham sido conservados daquela maneira — e que apesar de ser divertido, não funciona muito a ideia de Jurassic Park de um mosquitinho ter DNA de um dinossauro preservado, porque DNA não se mantém dessa forma. Enquanto o mais alto continuava encarando a vitrine e parecia muito mais relaxado, Will estava impressionada no melhor sentido da palavra. Ah, um outro acadêmico, um outro nerd. Deduziu que havia sido convidado pelo professor para o lançamento, já que não lembrava de alguém como ele sendo convidado pela editora. A garota perguntou mais, tanto porque era curiosa quanto porque queria mantê-lo conversando, e o que era para ser apenas uma coincidência, realmente se estendeu pela noite. A morena logo aprendeu que se tratava de Oh Dawon, paleontólogo, que eventualmente ia em eventos assim porque conhecia pessoas da área. — Well, my name is Willow, but you can call me Will. I helped editing the book, and I don't know much about fossils, but I'd like to learn. — Ela riu, apontando para outra parte da exposição. — Most of the people are trying to tell me about their own thesis and books, but I really liked the story about these little guys. I think there's more around here, but I should also let you be free to enjoy the party. — Will não percebeu que pareceu um pouco mais desanimada do que o normal ao falar aquilo, mas logo a animação voltou para o seu rosto quando Dawon deu uma risadinha e caminhou até outra vitrine, apontando para fósseis de mais criaturinhas pequenas.
Como se estivesse anotando mentalmente suas coisinhas, percebeu como era um pouco desajeitado pelo jeito que colocava a mão nos bolsos e se balançava de um pé para o outro. Willow se sentia esquisita por também reparar em seu sorriso e estar tão curiosa para conhecer mais, contudo, ele tinha sido o acontecimento mais interessante de todas as suas festas de lançamentos de livros. Um alguém que estava disposto a apenas conversar sem que ela se sentisse ou boba por fazer perguntas ou entediada por conta do assunto. — Wah, you're cool. — Ela disse, e isso recebeu uma negativa. — I'm telling you, you're cool by my point of view. I feel like if in exchange I'd tell you about the poor Creature in Frankenstein, you wouldn't mind and actually find it nice. — Riu e olhou para os pés, coçando a testa em seguida. — Is it too cliché? Oh, my classmates would make so much fun of me right now. — Willow estava definitivamente embarrassing herself na frente de Dawon, mas pelo menos ele podia se divertir com aquilo, não? Com o aviso de um brinde vindo do salão principal, Will suspirou. — Well, I think I have to go back, but if you do want to talk about more little guys in amber or big guys who are trying their best, please, tell me, you know where to find me. — A mulher sorriu, esperando pelo o que aconteceria nos próximos capítulos daquela história.
#✱ answered.#genieforu#✦ the first spring ›› willow wang.#✧ dynamics ›› will & dawon.#✫ beauty of venus ›› sam.
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Oi oi oi, booklovers!
Dessa vez nós temos uma ✨história de verão✨ - confesso que sou mais de inverno, frio e chuva mas até fiquei com vontade de ir pro Caribe.
🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊
•| Título: As Férias da Minha Vida
•| Autor: Clara Savelli
•| Classificação: +12
•| Págs: 336
☀️"O que vinha pela frente era incerto e me deixava com frio na barriga, mas se tinha uma coisa que eu nunca queria que mudasse era a forma como eu me sentia quando nossos olhos se encontravam."🌊
A viagem de quinze anos de Ísis para a Disney com sua melhor amiga Vivi, acaba sendo cancelada e agora elas precisam esperar mais dois anos para Brenda, irmã de Vivi, fazer quinze e ir junto com elas.
Agora, finalmente com a passagem comprada, as garotas decidiram mudar de destino e aproveitar as praias do Caribe, dessa vez com a Tia doida de Vivi, Cecília, se juntando ao bonde.
Mas nessa viagem, além de muita praia, caos e diversão, as garotas também encontrão o amor.
(contém temas como abuso sexual)
🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊☀️🌊
Esse livro é leve, mas não é tããão leve assim, sabe? Mas ele é bom pra passar a ressaca literária, o romance é fofo, e tem adolescente sendo adolescente, né.
Foi meu primeiro lido da Clara Savelli e gostei muito, leria mais coisas dela facilmente.
☀️| Se vcs fossem fazer uma viagem de férias, seria pra onde? Eu queria passear pela Europa, até pq tem vários lugares lá que são pano de fundo pra enredos de livros q eu li.
Bjs e boas leituras <3
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@rjabez
Ao sentir o encontrão, por estar olhando para baixo, estava pronta para pedir desculpas e sair correndo antes que acabasse levando baforada de dragão jovem ou algum poder que, por mais que ela pudesse curar os outros, ela não conseguia usar os poderes em si. Porém, seus olhos subiram para o rapaz e ela soltou um suspiro. "Bez." O costume de usar o apelido com o nome ao invés de usar sobre nome ou seu outro apelido mais comum sempre falou mais alto. Tentou forçar um sorriso. Por mais que ainda doesse, ela tinha que seguir em frente, ele era um bom homem e eram poucas pessoas que ela tinha conseguido se abrir. Não poderia perder mais ninguém por mais que o clima estivesse ainda bem estranho entre eles. "Acha que podemos conversar?" Queria resolver aquilo. Um novo ano. Uma nova chance. Amigos. Poderia fazer isso. Ou pelo menos tentar.
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Conceção de alma
Quando nossos olhos se encontrão posso ter certeza de que tudo entre nós está entrelaçado, temos uma conexão de alma tão intensa que eu arrisco falar que é a coisa mais profunda que já tive em todos esses anos. Isso é possível? Apesar de saber que, independente do passar de todos os anos, você não vai ficar, sinto que sempre sentirei sua presença. Isso faz sentido? Eu sinto como se nossos corpos tivessem se entrelaçado sem nunca terem de fato se tocado, como se já fossemos um do outro sem nunca termos realmente nos pertencido. Será que nossas almas se entendem? Eu nem sequer acredito nessa coisa de destino do tipo “fio vermelho” que liga as pessoas destinadas a ficarem juntas ou coisas do tipo, mas se não foi destino, nossa conexão foi o que? Foram tantas contradições que eu arrisco dizer que isso ainda dure mais do que todos imaginavam. Queria poder afirmar que os dois lados estão conectados da mesma forma, mas parece que você sempre está com algum tipo de “mau-contato”, é verdade ou você só ignora isso? Com todos os seus sinais me perco pensando que talvez sempre seja assim, conectados de uma maneira tão intensa, mas que nunca se juntariam verdadeiramente. Isso também faz sentido para você?
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Esse mundo está muito sofrido,já não consigo andar por aí sem ter que esbarrar em algum coração partido,onde até um encontrão pode ser uma forma de afeto com menos dor,que palavras falsas que juravam amor.
Jonas r Cezar
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WELCOME TO MENAX, ZEENA! ✨
Nome completo: Alexandra "Sasha" Dmitrieva Romanova / Zeena Data de nascimento: 31 de outobro de 2004 Planeta de nascimento: Glaistig Ser mágico: Fada Cargo: Aluna Dormitório: Torre Sul - 13 Nível: Alfa 4 adjetivos: Determinada, focada. Rancorosa, irritável..
OOC: +18 / [ela/dela] Faceclaim: Alexandra Trusova, patinadora, 20 anos. Plots de interesse: Todos. Twitter: @mnx_zeena
A história de amor entre Alyona e Lev nasceu após um encontro na Praça Vermelha, em Colodonia. Um encontrão entre Lev e Alyona, um convite para um café, que se tornaram outros convites, e finalmente, um relacionamento. A fada estava apaixonada pelo homem que, até onde ela sabia, era um especialista vindo do interior de Glaistig, uma pequena vila afastada de tudo e todos. Lev Ivanovich Volkov era um especialista da luz, assim como Alyona Dmitrievna Romanova era uma fada da luz. Como se feitos um para o outro, aquele encontrão só poderia ser o destino. Em alguns meses, então, eles se casaram. Não muito tempo depois, veio Alexandra, a pequena fada que seria a benção do casal.
Nascida Alexandra Lvovna Volkova, tudo o que ela conhecia era o amor e a fartura. Enquanto a mãe era uma renomada patinadora, famosa por todo o plano mágico, o pai era professor e escritor. Amante das letras, sempre muito calmo e pacato. Viajavam o tempo todo para seguir as competições de Alyona, com Lev e Sasha sempre na plateia, torcendo pela mulher. Quando Sasha completou quatro anos, mudaram-se para Menax, e a menina iniciou seus treinamentos na patinação também. Era um talento nato, assim como a mãe, mas não que a mulher se importasse muito, queria apenas que a pequena fosse feliz.
Tudo mudou, no entanto, após o aniversário de oito anos de Sasha. Naquela noite após a grande festança, ela ouviu a gritaria vindo do quarto dos pais e correu até eles. Nunca havia visto os dois brigarem, e os gritos da mãe a aterrorizaram. Tudo o que a pequena conseguiu compreender era que Lev havia traído a mãe de alguma forma, e a mulher encheu uma mala com as roupas do homem e o mandou embora. Ele se despediu de Sasha com a promessa de tudo ficaria bem, mas ela nunca mais o veria. Uma notícia no jornal trouxe a informação de que um bruxo havia sido preso por fraude, e lá estava a foto de Lev Volkov. Na mesma semana, seu nome foi alterado: Alexandra Dmitrievna Romanova, como o de sua mãe.
Antes sem nenhum conhecimento sobre os bruxos além dos avisos para não sair sozinha, ou seria levada por eles, agora ela sabia muito bem o que eles eram: monstros, enganadores, mentirosos. Lev, que antes era amado, agora era um destruidor. Ou pelo menos era assim que Alyona falava dele. Depois daquela noite, no entanto, a mulher também mudou. No início só falava com Sasha para falar sobre o quanto o pai era uma pessoa ruim, e depois passou a humilhá-la também, já que era uma parte dele. As aulas de patinação, principalmente, eram o grande foco de Alyona: era tão rígida que fazia a pequena treinar por horas e horas a fio, até que mal pudesse se levantar no gelo.
Apesar do jornal e da foto de Lev, a notícia sobre um bruxo ser pai de Alexandra conseguiu ser abafada pela família abastada de Alyona. A mulher juntou suas coisas e levou a filha de volta para Glaistig, onde os abusos continuaram. Era punida por existir, por ser filha de Lev e, mais tarde, porque seus poderes vinham das sombras, e não da luz, como da mãe. Perfeição era uma exigência que a menina jamais era capaz de cumprir, pois a mãe criava novos níveis a serem alcançados. Em casa, era uma megera. Nos treinos, era a pior das treinadoras. Alexandra competia e, apesar de ser considerada uma patinadora excelente, quebrando records antes mesmo dos 10 anos, ainda não era suficiente. Estava sempre presa à medalha de prata, sempre muito perto, mas nunca vitoriosa.
Enquanto crescia e sofria os abusos da mãe, algo dentro dela também crescia. A culpa pela grande tragédia de sua vida recaía não apenas sobre um bruxo, mas também sobre uma fada. Bruxos e fadas eram, em sua visão, igualmente monstros. Como a raça de sua mãe poderia ser tão melhor que a de seu pai, se lhe causava tanto sofrimento? O que mais crescia dentro da garota era a mágoa e rancor. Afastou-se de todos, não tinha mais amigos. A única coisa que tinha era a patinação, ainda que sofresse por sempre estar debaixo da sombra de sua mãe.
Foi na Grande Competição Olímpica do Plano Mágico de 2021 em que houve o estopim. Alexandra treinava por 12 horas seguidas diariamente, com a cobrança de sua mãe e a pressão do legado dela. Era a favorita quando a competição se iniciou, e certamente ela finalmente ganharia sua tão sonhada medalha de ouro. Treinou com afinco, completando algo que ninguém jamais havia feito na patinação, nem mesmo sua mãe: completar cinco acrobacias (quatro voltas ao redor de si mesma durante um salto e aterrissar com apenas um pé) seguidas. Com isso, era garantia de que venceria. Mas desde seu nascimento, nada era justo para Sasha. Perdeu para uma patinadora mais nova e inferior, com uma diferença pequena de pontos. Teve um ataque de pânico em frente às câmeras, foi abandonada por sua mãe, que celebrou com a outra patinadora, e subiu ao pódio decidida a mudar sua vida a partir daquele momento.
Antes mesmo da entrega das medalhas, Sasha deixou o estádio, andando sem rumo por horas. Foi quando pegou-se em um lugar que não conhecia, uma floresta escura com uma única lamparina acesa. Debaixo daquela lamparina, ela encontrou uma mulher. Sempre reclusa, até mesmo Sasha se surpreendeu quando desejou falar com ela. Conversaram sobre suas frustrações, sobre a grande falha, sobre a mãe e o pai de Sasha, sua vida de ambições e tristezas e, por fim, aquela mulher lhe ofereceu algo: ela poderia ter tudo o que quisesse, se aceitasse ir com ela. Sem hesitar, Sasha aceitou.
Aquela mulher era parte de uma raça de fadas vindas do mundo das sombras, as fadas Umbrix. Sasha foi levada para o mundo delas, onde passou a ser treinada para entender suas próprias habilidades. Lá, fora apresentada a uma entidade chamada Abraxas, cultuada pelas fadas Umbrix como o deus da dualidade, responsável pela luz e pelas sombras. Sasha ganhou um novo nome, e em troca de ter sucesso e superar sua mãe, ela deveria trazer crianças para o mundo das fadas Umbrix, para que crescessem sob os ensinamentos delas e espalhassem a palavra da entidade no plano mágico quando fossem adultas. Agora Zeena, ela aceitou, e assim foi enviada para Menax.
Habilidades: Base: sombras
1. Passagem Sombria: a fada pode entrar em uma sombra e emergir de outra sombra em um local diferente, navegando tanto no plano mágico, quanto no mundo sombrio. Com essa habilidade, ela pode ir e voltar entre os planos, assim como levar outras pessoas ou trazer criaturas das sombras para o plano mágico. Alfa: consegue se mover entre sombras do mesmo ambiente, até 10 m de distância e abrir um pequeno portal entre os planos, que dura 20 segundos, suficiente para ela e uma criatura pequena passarem. Beta: consegue se mover entre lugares de no máximo 50 m de distância, e seus portais duram até 1 minuto. Gama: consegue se mover em qualquer ambiente, desde que ela saiba para onde está indo, e os portais duram até 2 minutos. Ômega: consegue se mover em qualquer ambiente, conseguindo identificar onde está indo de dentro das sombras. Os portais se abrem e fecham sob o comando dela.
2. Lâminas de Sombra: materializa lâminas feitas de sombras que saem de suas mãos. Estas lâminas são afiadas e cortam qualquer tipo de material, além de a fada poder as lançar como projéteis, ou ser grandes o suficiente para prender seus alvos. Alfa: cria lâminas de até 10cm, que duram por até 5 minutos e são capazes de destruir materiais que uma faca comum destruiria. Beta: cria lâminas de até 30cm que podem ser projetadas em direção ao seu alvo, capazes de destruir qualquer tipo de objeto, exceto metal e pedras preciosas. Gama: cria lâminas de até 50cm que podem ser projetadas, capazes de destruir qualquer tipo de objeto. Ômega: cria lâminas de até 2m, tão afiadas que cortam ao mero toque. Podem ser projetadas, e destroem qualquer tipo de objeto.
3. Escudo Crepuscular: um escudo de sombras densas se forma no corpo da fada, absorvendo impactos e a protegendo contra ataques físicos e mágicos. Quando focado em volta da cabeça, o escudo a protege de ataques psíquicos. Quando não usado para defesa, o escudo pode a deixar invisível, mas não a protege de ataques. Alfa: consegue criar escudos que protegem apenas uma parte do corpo e que duram até 1 minuto. Beta: consegue criar escudos que protegem o corpo todo, apenas de ataques de pessoas com níveis abaixo do dela. O escudo pode a deixar invisível nas sombras, mas não protege de ataques. Gama: consegue criar escudos focados na cabeça, a protegendo de ataques psíquicos. Ômega: consegue criar escudos que protegem o corpo todo de qualquer ataque, e se focado na cabeça, a protege de ataques psíquicos. Se usado para invisibilidade, ela fica invisível em qualquer ambiente, desde que não haja luz extrema.
4. Véu Sombrio: a fada é capaz de aumentar as sombras de um local, o tornando totalmente escuro. Trata-se de um véu de sombras mágicos, que causa danos aos inimigos presos dentro dele. Alfa: consegue escurecer um ambiente de no máximo 5m2, não causa danos aos inimigos. Beta: consegue escurecer um ambiente de no máximo 10m2, causando sonolência em quem estiver presente. Gama: consegue escurecer qualquer ambiente desde que não atingido por luz solar direta (campos abertos, por exemplo), e causa mal-estar em quem estiver presente. Ômega: consegue escurecer qualquer ambiente que não esteja iluminado completamente pelo sol (como campos abertos), causando danos internos em quem estiver presente.
5. Marca Sombria: a fada marca seu alvo com a marca das sombras, sendo capaz de saber sua posição, usar de sua energia para se alimentar ou como ataque, ou, em seu nível máximo de poder, ter controle sobre seu alvo. Alfa: neste nível, a marca das sombras colocada em seu alvo só é capaz de revelar sua posição desde que esteja a um raio de 50km dela. Beta: além de saber a posição de seu alvo em um limite de 100km, ela também pode absorver a energia de sua vítima, usando-a para aumentar sua própria força e enfraquecer o alvo. Ela só consegue absorver energia durante dois minutos. Gama: sabe a posição de seu alvo marcado independente de onde estiver, como uma ligação energética. Da mesma forma, pode absorver energia até que seu alvo fique inconsciente, quando cessam os efeitos. Ômega: em seu nível máximo, a fada consegue localizar seu alvo, usar de sua energia e também controlar as ações de sua vítima por meio de "sugestões" dadas pela troca de energia que ocorre entre a fada e a vítima.
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O Flâneur
O flâneur se erguia em meio à multidão como eletricidade estática.
Em torpor heroico carregava em si uma mística de devaneio e a usava para encontrar seu caminho pelas vielas e entre as pessoas, meras e densas. Em passo de poesia etérea, cantava em notas dissonantes sobre a melodia frenética da cidade, como se folheasse em segredo seus suspiros - em cada soprar uma sombra eclética que se constrói entre si para criar uma imagem demasiada padrão e bege.
Até ser resgatado para a realidade com um encontrão súbito. Em um clarão haviam cabelos castanhos, corpo esguio, cadernos e pedido de desculpas em voz como concerto angelical.
Lá, no alinhar de estrelas, se encontraram os olhos como se fundiram galáxias, como de quem busca em sede o elixir das águas, como de artífice o forjar impossível da poesia perfeita… e ali se prostrava, em vestes de carne, como um desafio à realidade, uma afronta à natureza, como podia, pensava, como podia beleza tão bela, como podia as mãos calejadas do acaso esculpir tal obra-prima? Em pergunta tão menos retórica quanto se finge, um eco da eternidade soprava em resposta ao seu coração alvoraçado; só podia ser de arte a mais sublime, só podia ser do divino a sua tela viva, só podia ser como o ar o que se vive, não se explica, não se denomina - se vive, como em ato de gratidão eterna…
E em gratidão eterna tomou-se nas mãos do destino.
Eu fui apresentado a mil milhares de palavras, eu lhe disse, como debutante entre sorrisos, apertos de mãos e vozes baixas, mas nenhuma, como diria, nenhuma eu lhe ofereceria nas mãos para dançar a valsa do seu sorriso, nenhuma, com as costuras de cada uma de suas formas, teria a finesse artística para te representar em teus contornos sequer abstratos em óleo sobre tela.
E eu lhe disse…
Que em dia fatídico deixei para trás em rebeldia a existência cítrica que em caligrafia cortante me compunha, que cego mergulhei e acordei de pesadelo profundo ao teu toque. Que logo eu, o flâneur, o que lhe ergueu a mão trêmula em espetáculo orquestrado por soberania divina, teria eternamente selado minha ventura e em vida o meu apanágio em apogeu sistólico.
Vivemos e vivemos vida em donaire, derramando nossa essência ao mundo como quem prova a ignorância pura das fronteiras. Nos barcos das luas navegamos o esbranquiçar dos pêlos, o curso inerte das rugas que marcaram nossos rostos - vestígio eterno do amor imune às tormentas do tempo…
Até que em agonia o flâneur se erguia em meio a multidão como rio caudaloso.
Em torpor melancólico arrastava com seu olhar a figura de cabelos castanhos encontrar seu caminho pelas vielas e pelas pessoas, meras e densas. Como em passo de réquiem etéreo, cantava em notas consonantes sobre a melodia indiferente da cidade, como se folheasse em segredo os suspiros das páginas de uma vida perdida, da sombra hipotética de contornos borrados...
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— Nossa, nem brinca. - Émilie, quem a seguia silenciosamente pelo restante do trajeto, voltou encara-la e lhe acertou uma ombrada de leve, a fazendo mover o corpo minimamente para frente, com o encontrão. No que Rebekah parecia achar graça da situação, aproximou-se um pouco mais e se enclinou sobre ela, para murmurar. — Vai que você dá ideia e as escutas do seu apartamento repassam para ele. Credo...- se afastou abraçando os próprios braços, como se tivesse sentindo um arrepio e então se lembrou de que sua ultima experiência com um padrasto não tinha terminado bem pra nenhuma das partes. Quando a porta abriu, por sobre o ombro de Rebekah, os olhos noturnos da loira se direcionaram para o interior do apartamento: espaçoso e desorganizado. Parecia combinar com a ideia que se tem de artistas old school daqueles que ainda sujam suas mãos e aparentemente as paredes também para trabalharem em suas obras de arte. Ela perpassou o olhar pela cozinha, pela fogueira e então parou na cama de casal , que ela reparou estar desarrumada. Seu rosto se aqueceu, mas ela continuou a analise pessoal, dando mais alguns passos para o lado de dentro e girando a cabeça, conforme ia scaneando todo o espaço, mas de fato, o que realmente chamou sua atenção foi a enorme janela de vidro. Da onde estavam, a vista era ainda mais bonita e o material que a recobria... bastante conveniente. Emilie foi até o centro da sala e ao olhar para cima, pode notar que havia alguns quadros recobertos na parte superior que parecia tratar-se de um mezanino. Ela esperou até que Rebekah ascendesse o fogo e de repente, todo ambiente foi tomado de tons alaranjados, a sala se iluminando e revelando a silhueta da garota, que agora havia se livrado do cachecol e casaco, ficando apenas com um belíssimo vestido vermelho escuro, que era bastante... provocante. Pigarreou. Seus olhos estavam acesos como farol quando adentraram o prédio escuro, então foi impossivel para a mais baixa não perceber que ela a encarava fixamente até que ela quebrasse o silêncio e indicasse as escadarias, com o queixo. Puta merda. - Él pensou levando uma das mãos até a franja rebelde que insistia cair-lhe sobre os olhos e começou a andar atrás da garota, que parecia desfilar a sua frente. Sentiu-se estranhamente predada para alguém que evitava encara-la em demasia por considerar que os olhares desferidos seriam pouco decentes em comparação ao que se passava a sua cabeça. No entanto, a ragabash não só parecia estar se divertindo como também parecia incitá-la. A galliard puxou o cachecol, sentindo o ambiente ficar paulatinamente mais abafado e subiu a escadaria até o segundo andar. — Então é aqui que a magia acontece? - disse assim que alcançaram o ateliê., encarando as paredes onde supernovas e planetas ultra realistas podiam ser vistos, dando a quem estivesse no centro a sensação de ter adentrado um planetário. — Uau, é realmente incrível.
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Quando você se desencontrar lembre-se:
Até às Pedras se encontrão
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“You should learn to control your temper!” /Victor Frank
"Ah, pelo amor Merlin!" Reclamou revirando os olhos e trancando os braços cruzados em frente ao corpo. Ainda estava com as bochechas vermelhas e os olhos inchados do encontrão que teve com sua madrasta, e posteriormente de uma queda. Sabia que sua reação era exagerada demais, principalmente para uma princesa, mas estava sensível. "Me poupe da conversa "isso não é postura de uma princesa"... Se não, eu vou para o seu concorrente." Disse mais petulante que de costume.
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