#ele era só um figurante ainda por cima
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quando eu era criança eu li uma fanfic tão boa que tinha um cara que usava um tapa olho. foi deletada. penso nela todos os dias eu nunca mais fui a mesma depois dela.
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01 — pov.
Ele entrou agitado no quarto, fechando a porta apressado, com desconfiança. Os nós dos dedos ardiam. Matías foi para o banheiro para lavar o sangue que não era seu e descobriu que estavam machucados. Em seu rosto haviam duas marcas de unhas, de quando a acompanhante de Jason entrou e tentou impedir Mat de continuar. Não fosse ela, ele teria parado? As palavras do Noir despertaram um ódio que nunca sentiu, como se já não responsabilizasse o rapper pelo fim do seu relacionamento, por ter perturbado a ordem, por ter se enfiado e inviabilizado aquela relação.
Lavou-se, trocou a roupa, enfiou tudo na mala. Meu Deus, como odiava aquela cidade! Matías foi para a janela do hotel e tentou olhar para a vista lá fora, que não se comparava nem um pouco com a vista do apartamento de Ellie. Uma imagem piscou em flash na sua mente: Jason, tentando revidar, apertando sua cara contra a parede, a porra do frasco do perfume ao alcance da mão de Mat e o modo como o Noir gritou quando Matías quebrou todo aquele vidro na sua têmpora.
Bom, estava feito. Depois do perfume, Mat subiu em cima do homem e bateu, bateu, bateu... e só parou quando a mulher entrou e pulou nos seus ombros. Ele precisou ser um pouco violento quando a tirou de cima e a jogou de lado no sofá do camarim. A partir dali, se mandou do local, passos tão apressados que queriam se tornar uma corrida, mas obviamente levantaria suspeita. O set do comercial que Jason gravaria estava pronto na cobertura de um dos prédios mais altos de Manhattan e Matías ainda passou por toda aquela gente, figurantes, produtores, diretor, até o elevador.
Não foi um alívio encontrar Angeline Yark esperando por ele dentro de um carro de luxo na rua ao lado. O rosto dela fazia Mat se lembrar do que havia perdido. A alegria dela não o empolgava, mesmo depois de dizer que sim, tinha dado certo, que tinha conseguido chegar até o Noir com a ajuda dela, e Angeline o abraçou pelo pescoço, deixou um beijo em seus lábios. Enquanto o motorista dirigia, alheio, separado por um vidro, ela tomou as mãos de Mat e sentiu o sangue. "God, I'm so turned on right now. Quer ir pra minha casa?" Meio entorpecido, ele piscou devagar e olhou para ela. Poderia transar com a Yark, descarregar aquela energia, fechar os olhos e fingir que estava dentro de Ellie. Mas ele franziu o cenho e fez que não com a cabeça. "No." Respirando fundo de um jeito cansado, enquanto a mulher tirava os braços do seu pescoço e se afastava no banco, Mat olhou além, pela janela. "I wanna go home."
No hotel, ele entrou debaixo dos cobertores e cobriu até a cabeça. O voo estava programado para a hora do almoço no dia seguinte. Ele provavelmente vivenciava uma espécie de estado de choque. Foi isso que deduziu, sem conseguir controlar os flashes que iam e voltavam. Talvez também tivesse um pouco de medo de que Ellie fosse odiá-lo ainda mais, porque é claro que ela ficaria sabendo. Ou somente o sangue esfriando depois de ter finalmente feito aquilo que queria e, sim, tinha sido muito bom socar a cara daquele pedaço de merda, mas no fim das contas, ainda estava sozinho. Tinha perdido Ellie Bass, tinha efetuado sua vingança, agora lhe restava aceitar que esse capítulo estava finalizado.
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