#ela é assim na minha cabeça mas com o sininho na porta
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créditos ao artista: mienar
PADARIA SONHO DE MEL
Um lugar aconchegante, quentinho e com a tradicional fragrância de pão fresquinho, recém-saído do forno. Um sino dourado na porta toca uma melodia doce sempre que alguém entra. É um ambiente rústico, com cadeiras e mesas confortáveis para aqueles que preferem degustar as delícias ali mesmo. A padaria é principalmente conhecida por suas receitas tradicionais, mas agora as criações inovadoras do jovem padeiro também ganham destaque. Alguns ingredientes especiais utilizados, como o mel das flores de fada e a farinha de grãos dourados tornam os produtos ainda mais especiais.
MENU DA CASA
Pão de Mel Encantando - Receita tradicional do Sr. Durand, o mais pedido da casa, é doce na medida certa e sempre tem o gostinho de quero mais.
Pão dos Sonhos - É tão macio que parece um pedaço de nuvem, fica melhor ainda com leite e ajuda os clientes que tem dificuldade em dormir a ter sonhos agradáveis e tranquilos.
Pão de Grãos Dourados - Está meio xoxo e capenga? Esse pão é muito nutritivo, tem grãos que te deixam com mais força e vitalidade.
Biscoitinho Risonho (Receita retirada do catálogo, ainda em fase de testes): As crianças adoram, ele te faz rir depois de alguns minutos, mas não pode exagerar se não traz efeitos colaterais.
Croissant Luminoso - Sua princesa anda meio emburrada? Leva ela para um piquenique noturno à luz desses croissants que brilham suavemente no escuro.
Pudim Cura Carência - Está meio solitário? Leva um pedaço desse aqui, ele dá a sensação de ter recebido um abraço de uma pessoa querida.
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Jim Hopper x Male Reader
"Delinquente"
• Série: Stranger Things.
• Personagem: Jim Hopper.
• Gênero: hot
• Sinopse: M/n é um jovem adulto que constantemente se mete em encrencas. Ele e seu grupinho são conhecidos por vandalizar a cidade nas madrugadas monótonas e cometer furtos em lojas pequenas. Mesmo sendo pego várias vezes no flagra, M/n quase nunca pisou na delegacia de Hawkins, mas em compensação, ele conhece muito bem o carro do delegado.
• Avisos: homofobia e xenofobia (nada tão extremo, apenas falas de uma personagem jurássica no início do imagine)
• P.s: leitor estrangeiro (nacionalidade em aberto)
• palavras: aproximadamente 4.3k
• Narração: 3° pessoa - presente.
Você, do lado de fora do mercadinho, observa o próprio reflexo na vidraça enquanto adorna os lábios com gloss de pimenta. O pinicar é quase imediato, a pele brilhosa dilata com a composição ácida, dando a sensação de inchaço. Você manda um beijinho seguido de uma piscadela para sua figura refletida na grande janela.
É o que você quer que pareça, pelo menos.
Dentro do estabelecimento, Jim, trocando ideia com a senhora atrás do caixa, captura seu estalo de lábios e bater de cílios. Ele te observava de canto de olho desde que sua forma bem arrumada espelhou na janela fixa.
Você gira os calcanhares, balançando os quadris para longe, sabendo que o delegado o encara do modo modesto e minucioso de sempre, perdurando aquele olhar discreto que ele lhe deu há dois meses, quando o viu pela primeira vez, no dia em que você explorava Hawkins após a mudança.
— Aquele é o ratinho? — a senhora ajusta os óculos fundo de garrafa, mirando na mesma direção que Hopper, observando sua silhueta distante. — Com esse andar de viado, deve ser... — ela balança a cabeça, como se desaprovasse a sua existência.
A mente obsoleta é a grande razão.
Entretanto, um ocorrido lhe rendeu um apartamento na cabeça ignorante da senhora, no andar da implicância, onde a única opção de aluguel é ser mercê de falácias e ofensas.
Sempre que passa pelo mercadinho, você se lembra daquela sexta-feira muito louca.
"Você é mesmo um rapaz? E essas roupas... parece uma prostituta."
"E você parece uma uva passa, minha senhora."
Esse foi o único diálogo recíproco que você compartilhou com a idosa. Você continuou frequentando o estabelecimento, sempre cumprimentando-a com um bom dia ou noite e exibindo um largo sorriso, pois sabia que isso a irritava.
Desde então, ela faz questão de destrinchar seu nome pelas costas, normalmente acentuando a sua nacionalidade, sexualidade ou vestimenta.
É exatamente o que ela faz agora, na companhia do delegado.
— Ratinho... — Hopper sussurra o apelido, franzindo o nariz. — De onde surgiu esse nome? — ele não faz questão de disfarçar o quanto repudia o coletivo de Hawkins que coloca determinadas pessoas em um pódio de linchamento.
Antes da sua chegada na cidade, era Eddie Munson no topo desse pódio, reluzindo com os sucos das frutas podres atiradas contra si.
Você fodeu com ele uma vez, em uma mesa de piquenique no meio da floresta. Foi gostoso.
— Não sei, mas combina com ele. — após o que Hopper julga ser uma eternidade, a senhora finalmente lhe entrega seus cigarros. Ela sequer precisava ter pego o produto que descansava na bancada, ela se apossou da caixinha porque somente isso faria o delegado ficar e ouvi-la descarregar frustrações. — Assim como os ratos, ele e sua familiazinha infestam Hawkins. Diria até que são da mesma espécie.
Jim evita o contato visual, seria deselegante encará-la com tamanho desprezo acumulado no olhar.
— Tenha uma boa noite. — Hopper, enjoado de tanto ouvir absurdos em sequência sobre sua vadia predileta, encerra o assunto, caminhando rumo a saída do varejo.
Mas ele para ao som do sininho quando abre a porta, somente para ouvir a primeira informação útil compartilhada pela senhora. — Fiquei sabendo que o bando de delinquentes vai se juntar pra vandalizar as placas na entrada da cidade... Segue eles, Jim! Ninguém vai se importar se você usar da sua posição pra corrigir alguns jovens arruaceiros.
Ao longe, Hopper vê você entrando em um carro com outros garotos. — Eles acabaram de sair. Não se preocupe, vou cuidar disso. — o sorriso no rosto do delegado passa despercebido pelas orbes míopes da grisalha.
Jim vai corrigir um deles, mas não do jeito tradicional. Muito pelo contrário.
. . .
Que tipo de infrator fica feliz ao ver a porra da polícia?
Você se pergunta, sorrindo largo para a imagem distante do carro do delegado, pouco visível devido ao nevoeiro que devora Hawkins naquele temporal de chuva iminente, mas ainda reconhecível, pelo menos para você, que já explorou e foi explorado em cada canto daquela viatura.
Um juramento foi feito no passado, escrito nas páginas de um diário quando sofrer à flor da pele era uma rotina inquebrável. Após sua primeira decepção amorosa, você prometeu a si mesmo nunca deixar-se ser encoleirado por outro homem.
Mas aqui está você, agitado, com as mãos suadas e os pés inquietos, delirando por um cara que sabe fazer de você, sua vadiazinha chorosa, que com um simples sussurro te deixa fraco e ao te tocar, faz você interpretar aquele juramento como uma blasfêmia, afinal, se você cumprisse com as próprias metas, não teria aquele corpo grande em cima de si... Dentro de si.
Você corre para avisar os outros que a polícia está vindo, instaurando o caos premeditado no grupo de rapazes. Percebendo sua plenitude e falta de ação enquanto o senso de urgência generaliza, um deles pergunta se você não irá junto. Bastou dizer que vai passar pela floresta, pois sua casa está próxima, que todos deixaram de te ver ali, preocupados demais com os próprios rabos enquanto correm apressadamente rumo ao carro, fazendo o pneu cantar para longe, sem sequer questionar a veracidade de suas palavras.
Eles estavam tão afoitos que esqueceram alguns pertences no local. Dentre os bens, uma jaqueta vermelha, a qual você pega para si.
Era de Tommy, seu parceiro de furtos. Na sua cabeça cintila o ditado "ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão", e sua culpa quase inexistente se converte em motivação.
Você está um colírio. Se arrumou não para dar um passeio ou dar uma de transgressor, está deslumbrante para dar, apenas.
Porque você gosta de ser a visão estonteante de um cara enquanto ele geme em cima de você, adora fazer cena nos sonhos molhados deles e ama quando eles vem pedir reprise, pois passaram a semana toda com você na cabeça, batendo punheta com sua bela imagem no imaginário.
Mas com Hopper é diferente.
É você quem o chama.
Se você não dá motivos para ele te foder com força, ele não vai te foder.
E além do seu instinto natural de se meter em encrencas, a vontade de transar com Jim, que a cada novo dia configura vício, é o impulso que te leva a infringir as leis do lugar.
Hopper estaciona, mantendo os faróis acesos por um tempo, querendo perdurar sua aparência reluzente à luz amarela. Ele aperta o volante, se remexendo no banco, movendo vagarosamente o quadril para cima, inconscientemente buscando fricção. O tecido da calça de Jim estica com o volume protuberante que cresce entre suas pernas. Ele fica duro só por te ver, tamanha raiva e tesão o deixando rijo.
Ele te acompanha com os olhos, abaixando o vidro no instante em que você se curva na altura da janela. — Que merda vocês rabiscaram na placa dessa vez? — Hopper percebe você encarando a ereção dele e abre mais as pernas, te olhando nos olhos com o semblante sério, fingindo normalidade enquanto dá a você, ampla visão da grandeza que ele carrega. — O gato comeu a sua língua? Me responda quando eu falar com você, pirralho.
— Você fez duas perguntas, delegado. Qual você quer que eu responda primeiro? — Sua cabeça pende para o lado, seu torço curvado parcialmente para dentro do carro, descaradamente próximo do mais velho. — Sobre as pichações ou sobre o gato?
— Se você tá falando, então posso supor que nenhum gato comeu a sua língua. — Jim abandona seus olhos para se perder nos seus lábios. O brilho deles roga pela atenção do oficial. Hopper está tão tentado e acredita mais do que nunca em milagres quando ele mesmo não te puxou pela nuca e devorou a sua língua, pois essa era a sua maior vontade até então. — Desembucha.
Antes de se afastar, você deposita um beijo estalado na bochecha do outro homem. A face dele permanece impassível, fechada e dura.
Faz você querer revirar os olhos, mas ao mesmo tempo te faz cogitar pedir um tapa.
Piranha.
— Eu desenhei a logo da Disney. O cabeção do Mickey, sabe? Na minha cabeça, enquanto eu tava lá desenhando, parecia um lance super simbólico, já que a maioria das pessoas nesse pedacinho de inferno não me conhecem, mas todos sabem quem é o ratinho estrangeiro do sotaque estranho. — sua pupila distante encara o nada, e o nada nesse caso, é o pau de Hopper. — Mas agora só parece tosco mesmo. — você decide desconversar, não crendo que seja a hora certa para tocar na ferida e preferindo o percurso onde você geme no final. Mas Jim ter suavizado a face com seu ligeiro desabafo ainda vai lhe render muitos suspiros.
Com os cotovelos apoiados na guarnição da janela e as bochechas repousando nos punhos, você prossegue. — Os outros escreveram algumas frases de Rocky e Karatê Kid. Uns foram bem genéricos e desenharam vários pintos e bucetas. Inclusive, um desses pintos ficou próximo do meu desenho, parece que meu Mickey tá chupando uma rola, ele virou um baitola boqueteiro e sinceramente? Ficou mil vezes melhor.
Um ensaio de sorriso decora os lábios de Hopper. Ele acha encantadora a sua dissertação a partir de uma pergunta tão simples. — Pelo menos vocês não rabiscaram a parte da frente da placa. Seu Mickey boqueteiro com certeza espantaria as pessoas.
Mas mesmo com a descontração do momento, a raiva do delegado é uma das principais razões dele estar ali e é o motor que bombeia seu sangue direto para a virilha. Ele pensou que após a última noite na traseira do carro, quando te viu voltar para casa mancando e com a mão no quadril, você aprenderia a andar nos trilhos.
Jim estava errado, e no fundo, ele se encontra feliz por isso, pois gosta de punir você.
— Entra no carro. — Hopper é seco e direto, não quer ouvir nenhuma palavra de "a" a "z" e espera que você obedeça sem questionar.
Ao presenciar aquela carranca rígida, as sobrancelhas cerradas em zanga e o olhar de gana em sua direção, tão impetuoso e exigente, você toma a decisão certa...
Você obviamente o contraria.
— Pra quê?
Afinal, a punição que Hopper inflige não passa de embrulho para algo que você considera um presente.
— Pra eu socar nesse seu rabo até ele decorar o formato de cada veia do meu pau. — Hopper coça o bigode, apontando para o banco traseiro. — É assim que vadias como você aprendem alguma coisa, né? Então seja uma vadiazinha obediente e talvez eu me esforce pra ser bonzinho com você. — Jim sorri ladino, eriçado com a própria imaginação perversa. — Ore para que isso aconteça, garoto, porque o que eu mais quero agora, é bagunçar suas entranhas enquanto te fodo nessa porra de carro.
. . .
— Por que eu tenho que ficar algemado? — você pergunta, se arrastando no assento até estar com as costas apoiadas na porta e a cabeça deitada na janela. — Não é cruel demais? Até pra mim? — seu lábio inferior, estirado em um beicinho pidão, implora, mas seu olhar malicioso não contribui com o sul da face. Hopper desabotoa o uniforme e você, mesmo com os pulsos presos, vai de palmas abertas até o peitoral do mais velho. — Peitudo.
— Você ainda tá falando? — o delegado aperta sua cintura com tanta força, que os dedos fazem pressão na sua costela. Além do cropped preto, você não usa nada, sua pele está à mercê do toque de Hopper. — Pichar área pública sem permissão é crime, moleque. Não é a sua primeira vez fazendo isso, sem contar os furtos! — Jim te puxa, colidindo seus corpos. Você, livre de qualquer tecido inferior, sente seu pau pulsar contra a barriga de Hopper, lambuzando a pele do delegado com seu pré-fluído. Com as mãos calejadas ao redor da sua cintura, Jim te mantém parado, esfregando a ereção que ele ainda mantém dentro das calças contra as suas coxas nuas. — Você devia estar atrás das grades... Ter uma bunda gostosa te livra de muita coisa.
Antes mesmo de cogitar responder, Hopper te empurra no banco. A velocidade com que sua cabeça afunda no estofado é tão potente que nem a maciez da superfície fofa foi capaz de amenizar o choque. Seus pulsos, unidos pelas algemas, são contidos por uma das mãos de Hopper, presos acima de sua cabeça. — Espera aí, Hopper! Eu também quero te tocar! — o frio na barriga te fez murmurar. Você está agitado num nível onde tudo que constitui o seu ser, se encontra trêmulo e ansioso.
Esse é você sob o efeito Dilf.
Talvez você tenha uma preferência...
— Hoje vai ser um pouco diferente.
— Diferente? como assim, dadd... — sua fala é cortada pela pressão da mão de Hopper sobre seus lábios.
— Puta merda... — Jim fecha os olhos, soltando um longo suspiro. Uma veia saliente na testa. — Eu juro por Deus, se você me chamar disso de novo, te jogo na estrada e passo com o carro por cima.
Ele odeia esse apelido e você sabe disso.
Hopper sente seus lábios curvando em um sorriso contra a palma dele, o levando a sorrir também, mas de incredulidade.
Jim separa os seus joelhos, se posiciona entre as suas pernas e curva-se sobre você enquanto aperta seus pulsos com força e te mantém calado. — É o seguinte... — ele sussurra no seu ouvido. O bigode dele roça na sua orelha e te deixa eriçado da cabeça aos pés. — Eu tô aqui pra me satisfazer. Ao meu ver, você não merece gozar, mas não vou te impedir. Se quiser ficar satisfeito, vai ter que se esforçar, porque quando eu gozar, eu vou embora.
Você quer protestar, xingar Hopper, mas a mão dele assegura que sua voz esteja cativa. Nesse caso, o seu olhar mortal expressa as mil ofensas que você tem para dar.
— Não fica bravinho. — Jim solta seus pulsos, o que não significa nada, já que as algemas preservam o aperto. — Isso é melhor do que passar um tempo atrás das grades, não é? Seu pai com toda certeza te arrebentaria caso soubesse que você continua aprontando, mesmo depois da surra que ele te deu. — Hopper usa o mindinho da mão sobre sua boca para erguer seu lábio superior, expondo a cicatriz em sua gengiva e a fenda que substitui o molar. — Você não quer perder outro dente, quer?
O quão cruel é te lembrar do dia em que seu pai, mesmo não precisando se dar ao trabalho, foi te buscar na delegacia e terminou em uma cela, por não aguentar esperar chegar em casa e descontar a raiva ali mesmo, te espancando em público?
Hopper é tão maldoso quando fode com raiva.
Te deixa duro como pedra.
— Eu nunca estive tão excitado. — o delegado desce a palma livre, explorando suas curvas, dando uma pausa no trajeto para adentrar teu cropped e apertar seus mamilos. Seu corpo, nu do peitoral para baixo, se funde com o calor da pele de Hopper. A constituição dele, parcialmente exposta devido a camisa desabotoada, cobre a sua por inteiro. Você ama estar por baixo deste homem. — Cê acha que eu consigo alcançar até onde? Eu chuto que chego até aqui... — Jim afunda os dedos no seu abdômen, pressionando um pouco acima do seu umbigo.
O toque repentino te faz solavancar para frente. Hopper sorri com sua reação.
O mais velho pousa os lábios no seu pescoço, beijando e mordiscando, com uma das mãos ainda lhe impedindo de falar, pois você é do tipo que provoca, e Jim não quer enlouquecer.
O coitado já se sente entorpecido demais com você calado.
— Por favor, não me peça pra parar. — o tilintar do metal ecoa pelo espaço limitado ao passo que Hopper desafivela o cinto e abre o zíper da calça. — Se você pedir, eu vou parar. — ele leva a mão para dentro da cueca, bombeando o comprimento ainda dentro dos limites de pano. Você dobra o pescoço e consegue ver o volume e a mancha de pré-sêmen na cueca de Hopper enquanto ele se acaricia com pressão. Os dedos dele estão firmemente rodeados na grossura. — Mas por favor, não peça.
Jim tira o pau da cueca e, sem oferecer qualquer tipo de preparação, se posiciona na sua entrada. Ele descansa o corpo em cima do seu, ofegando no seu pescoço ao guiar a ereção com a mão, pincelando a ponta inchada na sua fenda enrugada, umedecendo o seu anel de músculos com o fluido esbranquiçado que vaza da cabecinha sensível.
Hopper empurra com uma lentidão torturosa, não tirando os olhos do seu buraquinho, tão pequeno em comparação ao tamanho dele. O delegado adora ver como sua entrada estica em volta da circunferência grossa, engolindo com dificuldade o que ele lhe dá.
A glande é inserida. Sua borda está sensível, avermelhada devido a pele esticada e esbranquiçada graças ao pré-sêmen de Hopper, que vaza da uretra e se acumula na sua passagem sufocada.
Do lado de fora, as gotas caem das nuvens escuras, batendo na lataria da viatura. A chuva vem tímida, se fortalecendo aos poucos. O céu noturno é iluminado e rasgado com relâmpagos e raios longínquos.
O choro dos anjos imita o suor dos corpos fervendo no interior acalorado do veículo, escorrendo pelas janelas assim como o fluxo da transpiração escorre na carne excitada.
Hopper não avisa, ele enfia o pau inteiro no seu orifício. — Cacete! — ele geme, com o quadril roçando o seu e as bolas pesadas esmagadas contra a sua bunda.
Você aperta as coxas em volta da cintura dele, os dedos dos pés se curvam e seu gemido sôfrego ecoa através das frestas da mão que lhe amordaça. Você já o sentiu dentro, mas agora, com todo o comprimento alojado sem preparo, parece maior... Você nunca se sentiu tão largo.
Dói, mas é bom demais.
Hopper firma a palma na sua barriga, somente para sentir a projeção que o pau dele faz no seu estômago. — Eu sabia que iria passar do umbigo! — Jim parece orgulhoso enquanto acaricia a protuberância que ele mesmo cria em você, de dentro para fora. O volume some e surge conforme Hopper enfia. É tão evidente que, ao fazer pressão contra seu abdômen, ele sente o contorno do falo entre os dedos.
Entretanto, ao encontrar seu olhar choroso, essa luxúria animalesca desvanece da matéria trêmula que define Hopper, substituída por ombros caídos, testa franzida e um lento arrastar para fora do seu canal judiado, que agora lateja em volta do nada.
Suas lágrimas deixam Jim preocupado. Ele se martiriza, prestes a pedir desculpas por ser tão bruto e te machucar, mas no momento em que ele retira a mão que tapava sua boca, ele topa com os seus lábios esticados em um lindo sorriso, porém do tipo mais filha da puta existente. A vontade de bagunçar o seu interior volta a assolar a carne do delegado.
Com as pernas serpenteadas no quadril de Hopper, você o puxa para si novamente.
A cabeça grossa penetra sua circunferência nervosa e você engole o gemido que quase atropela suas palavras. — Que foi? Tá com medo de me machucar? Se poupe, Hopper. Eu tô acostumado com coisa maior.
Não, você não está.
Mas ver a feição enfurecida de Hopper é impagável.
Você ficou com raiva quando ele parou. Sua maior vontade é ser fodido até apagar e provocar Jim é um dos meios para conseguir isso.
Hopper ri soprado e sorri ardiloso, te encarando com as pupilas vultosas. — Eu já devia ter me acostumado com esse seu espírito de puta, mas é sempre surpreendente o jeitinho que você implora pra ter um pau atolado no seu cu. — Jim agarra suas coxas com rigidez. A hostilidade dos dedos com certeza deixará marcas. — Já que você insiste... vou socar tanto que nenhum outro pau vai ser o suficiente, só o meu cacete vai se ajustar nesse buraco arrombado.
Ele mantém suas pernas abertas e sem mais delongas, retorna para dentro. Hopper não dá pausa, ele volta ao vai e vem sem qualquer tipo de restrição, batendo o quadril contra o seu em um ritmo bruto, tão forte que torna cada novo movimento um evento, e rápido ao ponto de manter o choque das investidas anteriores na memória de cada músculo.
Mesmo estando no centésimo choque de peles, é intenso e emocionante como o primeiro.
Você lembra do aviso de Hopper e, com medo de sair desse encontro profano sem atingir o ápice, passa a movimentar o quadril para cima, roçando sua dureza intocada na barriga do delegado.
Hopper saca o seu objetivo e quase sente pena. Ele gosta da sensação, então lhe dá um mimo, tornando você o recheio entre ele e a superfície estofada.
Os movimentos de ambos intensificam o friccionar. O estímulo no seu membro, que fica cada vez mais sensível enquanto é pressionado entre os corpos, juntamente do prazer esmagador que é ter a próstata dilacerada pelo comprimento assustador de Hopper, resulta no óbvio.
Você goza antes dele.
O seu gemido, similar ao ronronar de um gato, vem acompanhado de cordas brancas, que pintam o seu abdômen e o de Hopper. O líquido quente é espalhado pela pele ao passo que Jim, motivado pelo som estimulante que você deixa escapar e por suas paredes o esmagando, se movimenta erráticamente, buscando pela própria liberação.
Felizmente, é madrugada e nenhuma alma viva passa na rodovia. Caso contrário, qualquer um que visse a viatura balançar tão descaradamente, saberia o que está acontecendo ali dentro.
— Desgraçado... você ainda conseguiu gozar. — Jim comenta entre gemidos roucos, perdido na onda eletrizante que domina seus nervos.
Você está superestimulado, não consegue focar em nada além do prazer bizarro que te cega e emburrece. — Hop...Ho-Hopper... é muito! Eu a-acho que... que... Hopper! — sua boca é um autofalante de gemidos e murmúrios.
Ouvir o próprio nome vazar de sua boca trêmula também emburrece Hopper. O pau dele lateja dentro do seu orifício e você consegue sentir cada veia pulsar entre seus limites esticados e além, pois Jim não é pequeno e enfia até o talo, ultrapassando qualquer placa de pare no seu corredor úmido.
Ver aquele volume projetado no seu estômago é assustador e excitante ao mesmo tempo. Você não consegue evitar de pensar que isso não é normal e que Hopper está tecnicamente te estraçalhando por dentro, mas também não consegue evitar de desejar isso.
Jim alcança seus lábios, iniciando um beijo afoito. O pinicar do bigode te arrepia.
Você sabe o que isso significa... Hopper só beija você durante o sexo quando está prestes a explodir.
Ele fica parado, com cada centímetro profundamente fincado no seu interior. Os gemidos manhosos do delegado se juntam ao beijo e você pode sentir as bolas dele convulsionando, pressionadas contra a sua entrada. Jim urra, se contorcendo em cima do seu corpo menor enquanto libera a porra quente da glande inchada, pintando suas paredes com o fluido espesso.
O quadril de Hopper e o seu são um só. O tecido da farda do mais velho esfrega nos seus glúteos e o zíper da calça cáqui aranha a sua pele, criando vergões na carne suada. — Se escorrer porra no meu banco, vou te fazer limpar com a língua, então aperta bastante e mantenha tudo dentro. - Jim aconselha.
Você contrai, dando o máximo de si, mas não consegue muito naquele estado exausto.
Você nem precisa, pois Hopper está tão fundo em você, que as cordas grossas de sêmen sequer tem acesso ao lado de fora.
— Tô tão cheio... — seus olhos estão pesados e o seu corpo está dormente. Você nem percebe quando Jim liberta os seus pulsos das algemas.
O líquido viscoso esquenta as suas entranhas. O som molhado de Hopper se arrastando para fora do seu buraco pulsante te rouba um gemido cansado.
Jim deixa a cabecinha dentro enquanto sua dureza amolece. — Acho que tô viciado em você. — ele leva a mão até o seu rosto, deslizando os dedos pela sua bochecha.
Os dois sorriem um para o outro, com o carinho em foco e a malícia em segundo plano.
. . .
— O que você tem com o Hargrove? — a voz de Hopper soa após minutos confortáveis de silêncio.
Depois que a chuva passou, Jim saiu do veículo para refrescar a pele escaldante. Você permaneceu dentro da viatura, sentado no banco traseiro, porque ficar de pé é uma tarefa impossível agora. A porta do seu lado do assento ficou aberta, permitindo a entrada do vento gélido.
— O Billy? — você pergunta, e Hopper assente. Você não entende a razão do questionamento, mas a resposta está na ponta da língua.
Billy jurou que acabaria com a sua raça se você contasse a alguém sobre o lance de vocês.
Você riu da ameaça.
— A gente transa de vez em quando. — você informa, simples e direto. — Mas por que a pergunta? — com a sobrancelha arqueada, você encara Hopper, curioso quanto ao assunto repentino que cresce entre os dois.
Jim acende um cigarro, te irritando com a demora para responder. — Percebi que vocês estão bem próximos ultimamente. É você que come ele? — Hopper sopra a fumaça, te oferecendo um trago. Você recusa, e ele revira os olhos. — Fresco.
Você aponta o dedo do meio para o delegado. — Não. Uma vez eu bati na bunda dele e chamei ele de popozudo, daquele jeito sugestivo, sabe? Ele virou um bicho na mesmíssima hora e quem saiu de perna bamba fui eu.
Entretanto, a resposta de Hopper não te convenceu, serviu apenas para te deixar mais desconfiado.
— E o segundo porquê? Eu não sou bobo, sei que você tem outro motivo pra perguntar isso.
— Ele tem os mesmos privilégios que você. — Jim encara seu rosto, esperando por sua reação enquanto você soma os fatos. Hopper sorri largo ao testemunhar seus lindos olhos arregalados. — Ele se livra das consequências na traseira dessa viatura, assim como você. — Jim dá três tapinhas na lataria do veículo. — Eu sei o quanto você ama ser fodido, agora imagine esse gosto triplicado... esse é Billy. Por trás das máscaras, uma vadiazinha.
Em um passe de mágica, sua dor some e você está de pé, colado em Hopper, exigindo detalhe por detalhe.
O seu eu maligno está ansioso, mal esperando para atormentar Billy sobre essa persona secreta que você recém descobriu.
. . .
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O sorriso lânguido, deliciosamente sedutor, disfarçava a tristeza que despontava dentro da filha de Eros. Ela via, ela sentia, cada gaguejo e hesitação de Archie; e só podia sentir certo desapontamento de não evocar a confiança de que estava tudo bem conversarem sobre tudo. ╰ ♡ ✧ ˖ É bom mesmo se esforçar, Archiezinho, porque você não pediu minha mão para ser seu par. Eros é bem tradicional, sabia? ♡ ˙ ˖ ✧ Candace sentia o peso das flores ao redor do pulso horas antes de fazer sua grande entrada. A quinceañera preparada pelos avós, ou melhor, exigida pelos avós colocaram mais nervosismo nela do que seu primeiro desfile pela Chanel. Eros apareceu perfeito, atrás da porta do seu camarim, com um sorriso enorme e um corsage de flores exóticas. Se a Lovegood não tinha referência masculina, agora tinha. ╰ ♡ ✧ ˖ E, como uma fada seguidora de sininho, não falarei nada. Apenas brilharei mais e mais enquanto cada elogio me dá vida. Sabe, o jeito mais fácil de esquecer o pedido é não falando dele. Também não foi tão desastroso assim. ♡ ˙ ˖ ✧ O giro não foi o suficiente para erguer tanto a saia, não para mostrar o coração temporariamente tatuado no alto da coxa. ╰ ♡ ✧ ˖ Amanhã, quando eu for tomar um solzinho, te mando uma foto do mini coração de red velvet que tatuei na perna. ♡ ˙ ˖ ✧ Foi a primeira que fez quando notou a barriquinha no parque de diversões. Meio como um início de costume, de criar coragem para fazer a própria mais tarde. Uma permanente, que deveria ter feito anos atrás. ╰ ♡ ✧ ˖ Aí, Archie, eu estou em conflito. Sei que todo baile tem a eleição de Realeza, mas... Não faz sentido? Afrodite fez questão de escolher roupas perfeitas para cada semideus, estamos num baile em comemoração ao amor, e... Eleger alguém que seja mais? Não digo que eu queira ser a realeza, mas... É errado. Afrodite deveria ter deixado Eros assumir essa atividade. Eros teria feito o mesmo que Cady, de meninas malvadas, e eleito todos como realeza. ♡ ˙ ˖ ✧ A conversa com o pai abriu muito os olhos de Candy, principalmente sobre percepção. ╰ ♡ ✧ ˖ Você viu a Charlie? Ela não parece uma princesa? E a Isabella com aquele vestido de arrasar? A elegância de Sasha quando chegou? Todo mundo pertence à realeza. ♡ ˙ ˖ ✧ Circulou o pescoço do amigo, aproximando-se para apoiar a cabeça no ombro sem perder o compasso da dança. Os passos ficando mais complexos e ela sorrindo porque, mesmo assim, ficava na ponta para facilitar as trocas. ╰ ♡ ✧ ˖ Só digo que você é um pouquinho mais do que todo mundo porque é realeza dentro também. Um príncipe encantado. ♡ ˙ ˖ ✧
ㅤ。ㅤㅤㅤ"Quê?" Exclamou, assumindo uma expressão surpresa. A noite do baile estava completamente dedicada à filha de Eros, e horas antes, enquanto se arrumava sozinho no silêncio do chal��, Archie prometera a si mesmo não deixar que nenhum de seus sentimentos transparecesse durante o tempo que passaria na companhia de seu par. A mente agitada do semideus começou a alertá-lo freneticamente para não deixar escapar nada daquilo por sua boca. Aquela noite deveria ser marcada por alegria e boas lembranças, não por reclamações e estresse. Pelo menos, ele não queria isso para Candace. "Não, não, não, Sugar. Não há nada de errado." Suas mãos encaixavam-se perfeitamente na cintura da semideusa enquanto ele se deixava guiar pelos passos dela. "Eu estou bem, não há drakons para enfrentar sozinho." Ele riu, tentando parecer sincero. "Estou um pouco nervoso. A filha do ajudante está nos meus braços. Preciso causar uma boa impressão para o 'sogrinho'." Com um ar divertido, ele se desvencilhou para segurar o braço dela, girando-a suavemente e a guiando de volta para perto dele. "Você me conhece, Sugar. O suficiente para saber que eu não posso perder a chance de demonstrar fidelidade para a minha dama. Tem que admitir que sou charmoso, que faço tudo para que isso seja notável. Aliás, a noite é especial e eu preciso fazer com que você esqueça do meu pedido desastroso. Peço desculpas mais uma vez." Determinado a criar um clima leve, longe de qualquer confissão que pudesse arruinar o clima descontraído entre os dois, Archibald estava disposto a ser um coadjuvante e apenas observar e ouvir o que a semideusa tinha a dizer, interrompendo-a apenas para fazer perguntas. Era um método eficaz para evitar qualquer questão que partisse dela, caso surgisse alguma. "Vamos falar de você, ma belle princesse. Além de estar bem, há algo que gostaria de compartilhar com o seu mais humilde servo? Estou todo ouvidos para qualquer coisa. Sabe, posso ficar a noite toda te ouvindo e jamais ficaria enjoado de ouvir sua voz. Mais uma vez, se ainda não escapei dos meus lábios, gostaria de dizer novamente: você é a mais bela semideusa," Ele inclinou-se para frente e beijou-a na bochecha. "a mais bela semideusa da noite. Se não houver coroas para a senhorita, saiba que meu coração já a elegeu." Um pouco brega, adornado com um tom divertido. Archibald nunca perdia a chance de flertar, especialmente quando se sentia tão à vontade para fazê-lo.
#ai cara#me deixou muito triste essa reply#𖹭 amor no parque e no baile#com archibvlds#swf:dancenapista
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>> "girassóis, erva-de-gato e rosas amarelas" <<
palavras-chave: fluffzinho platônico, one-shot, pós episódio 1, é proibido julgar meus conhecimentos de botânica duvidáveis que eu definitivamente não adquiri do google em menos de cinco minutos de pesquisa superficial
personagens: Ace, Riddle
avisos: nenhum
Ace p.o.v
É, sou muito ruim com presentes. Não é como se fosse uma surpresa, afinal, fui eu que levei aquela torta de nozes pro desaniversário anti-torta-de-nozes. Mas Heartslabyul e suas festividades ridículas de lado, hoje me dei todo o trabalho de ser um bom amigo e comprar flores pra festa de aniversário do Grim... quer dizer, não exatamente uma festa de aniversário, tá mais pra uma celebração que Yuu inventou pra relembrar o dia que os dois se conheceram, já que Grim não lembrava do dia que nasceu e afinal, com todas as festas de aniversário que andam sendo celebrados pela escola inteira, não queríamos deixar o gatinho demônio de lado. Vai que ele se sente excluido o suficiente pra gerar um outro overblot.
Cada segundo gasto observando toda a seleção de espécies botânicas da loja me enchia de arrependimento. Só um dia antes da festa lembrei que andei procrastinando demais pra sair do quarto e procurar um presente, e ao perguntar para o grupo de convidados o que planejavam levar, todas as opções que havia listado já tinham sido tomadas por alguém. Estoque de atum enlatado? Floyd e Jade pescaram peixe fresco com as próprias mãos. Brinquedo de gato? Yuu e Deuce fizeram uma vaquinha e compraram todos os modelos que Sam tinha em estoque. Roupas e cobertores? Epel tricota bem pra caramba, e Grim adora o quão fofinha a lã é. E a lista só continua. Esse gato vai ficar mais mimado que o Lucifer do sr. Trein isso sim.
Até esqueci de me oferecer pra ajudar na decoração de aniversário, Jack e Sebek já estavam cuidando de tudo, e esses afazeres são sempre muito mais fáceis com magia. Me senti um amigo horrível, e a única opção que me sobrava na cabeça eram flores. Sempre dou flores pra celebrações. Também gosto de receber flores. Quem sabe Grim não gosta de comê-las?
As opções da loja eram extensas. Quando um dos funcionários se voluntariavam pra ajudar, por algum motivo nunca entendiam o que eu queria dizer com "estou procurando um presente para um gato- uhm... guaxinim? não... monstro tanuki! é basicamente o filho de um colega meu."
Antes que me expulsassem da loja puramente por ser esquisito, minha estranha salvação foi o sininho da porta tocando ao se abrir, avisando a chegada de um novo cliente: aquele moleque tomatinho, líder de dormitório Roseharts, que assim que olhou ao redor da loja, parou os olhos em mim, com uma expressão facial meio difícil de compreender. Era a sua clássica raiva? nojo? vontade de dar meia volta e bater a porta da loja na minha cara? Não sei. Ele só desviou o olhar e andou até o balcão, à uma boa distância de onde eu estava, e ficou olhando pras rosas em exibição, sem mesmo me dando um oi.
Riddle e eu não nos damos bem, exatamente. Sim, a gente meio que se desculpou depois do incidente no desaniversário, e desde então nos toleramos, mas eu admito que nunca realmente parei de quebrar as regras, mesmo que elas tenham sido reescritas e levadas menos a sério daquele dia em diante. Não sou o estudante mais brilhante, ou o cara mais calmo e educado... mas qual é, eu sou bacaninha.
Depois de uns segundos não consegui não falar nada, maldita ansiedade. "Riddle! E aí? procurando alguma coisa? Mais rosas pra pintar? Posso te chamar de Riddle né? Tecnicamente não estamos dentro da escola pra-"
"Você trabalha aqui?" Ele me cortou
"Hein? não, to 100% desempregado-"
"Então é Rosehearts pra você. Isto é, estando fora dos domicílios da escola, a parte do 'líder de dormitório' antes de se referir a mim não é necessária."
"Então os funcionários daqui podem te chamar pelo primeiro nome e eu não?"
Riddle assentiu enqunto voltava a atenção para as flores a sua frente. Ah me dá um tempo. Á essa altura do campeonato tenho certeza de que ele faz isso só pra irritar. Mas pensando melhor, é justo. E pensando melhor ainda, tive uma idéia genial.
Virei pra ele novamente e continuei a conversa que ele forçadamente encerrou: "Sabe, bem que você se informa bastante dessas coisas de jardinagem. Quer dizer... até onde eu sei os líderes de dormitório de Heartslabyul tendem a passar bastante tempo nos jardins. Organizando eventos, embelezando tudo e tals". Esperei por uma resposta dele enquanto mexia numa planta com folhas metade roxas, metade verde-acizentadas, mas nada surgiu, então continuei "Sei lá, tava só pensando. talvez alguém como você pudesse me dar uma mãozinha? preciso de algo de presente."
Ele por sua vez, considerou a idéia e olhou apara cima, pensativo antes de responder "bom, já que estamos falando de botânica, acho que plantas para decoração de casa dão um presente muito bom" Ele pausou e olhou para mim "As tradescantias que você estava olhando agora pouco são muito bonitas... mas eu pessoalmente não compraria para alguém muito parecido com Ace Trappola, já que são difíceis de cuidar e visto que você já falhou várias vezes em regá-las no jardim do dormitório. Talvez cactos e suculentas sejam uma opção mais viável. demoram pra secar."
Parei de mexer com as folhas da planta depois da indireta "ai. valeu mesmo" retruquei "mas estava pensando em flores... você deve saber dos significados né? uhmm... das bonitinhas?"
"suculentas são bonitinhas." Riddle as defendeu
"ah sim, mas tava pensando em algo menos Jack, e mais... Grim? E melhor serem bonitinhas mesmo, elas tem que valer como um presente completo, se é que me entende"
Antes de responder, Riddle encarou o nada do outro lado do balcão por um tempo, e virou a cabeça na minha direção tão rápido e indignado que por um momento achei que finalmente tinha descorberto que havia roubado outro pedaço de torta da geladeira semana passada
"Sabia que você não tinha comprado um presente de aniversário para Grim!" Disse enquanto empurrou um dedo pro meu peito de modo acusatório. "E está botando todo o trabalho de escolha pra mim? Você senhor Trappola, tem sorte que esse seu comportamento não esteja no livro de regras da rainha-". E antes que pudesse continuar a me repreender, percebeu que um dos funcionários estava encarando, pasmo (o mesmo que achou que eu era louco por ir na festa de aniversário de um tanuki, então compreendo que o cara já tinha lidado com gente problemática suficiente por um dia só), e no momento que o olhar dos dois se encontrou, rápidamente tentaram desviar suas atenções para algo mais interessante, Riddle com as bochechas meio vermelhas cruzou os braços e encarou os pés, de um jeito meio fofo mas tenho certeza que cortaria a minha cabeça se dissesse isso em voz alta.
"desculpa" falei depois de um tempo "eu me viro sozinho, sério, sem problemas-" antes que eu terminasse, Riddle suspirou profundamente e deu as últimas palavras da conversa: "-por precaução, orquídeas não fazem mal para gatos e outros pets, só escolha um vaso bonito... Ou se quiser elaborar um buquê pode incluir lavanda. ajuda no... humor" ele pausou e deu uma risada fraca "talvez eu deva levar algumas dessas, pensando bem"
Ele se virou para frente mais uma vez, parecendo envergonhado, pra pagar as sementes de rosas que estava segurando, e antes que eu me virasse para outra direção também, olhei para ele mais uma vez. Suas mãos tremendo enquanto segurava a carteira, e o cabelo cobrindo os olhos.
Dava pra perceber. desde aquele dia que o jardim inteiro de Heartslabyul foi destruído em meio de uma de suas explosões de mau-humor, Riddle passou a ser muito menos estrito e esquentadinho, mas quando seus hábitos antigos aconteciam de reaparecer momentâneamente, ele sempre se corrigia o mais rápido possível e desviava o olhar, com o rosto quase da mesma cor de seu cabelo (comparação usada em demasia, eu sei, mas é verdade). Ele costumava nunca fazer isso de pedir desculpas e admitir que estava errado. É difícil pra todo mundo claro, mas o problema é quando você fica tempo demais, num patamar de autoridade alto demais pro seu próprio bem. Quando se sai disso é quando você começa a perceber todas as merdas que fez no passado, e tem medo de repeti-las no futuro.
Tentei reunir a coragem e chamei a atenção dele com um simples e super confiante "uhm... ei..." que foi sufuciente para fazê-lo parar de mexer na carteira, escutando, mas ainda sem mostrar seu rosto "Rid- quer dizer, Rosehearts, você sabe talvez... que flor significa recomeços, ou mudança?"
Ele virou o rosto para minha direção, não muito, mas o suficiente para perceber que seus olhos estavam lacrimejando um pouco "...ah, poderiam ser... lilás, delfino... girassol e, uhm..."
Entre todos os nomes esquisitos, do último eu conhecia. Deixei o enciclopédia-humana-de-botânica onde estava e corri para o outro lado da loja, peguei um girassol de dentro de uma cesta e entreguei para ele, que me olhou confuso como se eu tivesse acabado de desamarrar os sapatos de um estranho e corrido para longe (faço isso bastante no pátio do colégio. Ninguém com excessão de Yuu, Deuce, Epel e Grim entendem. A gente acha engraçado).
"acho girassóis legais de se terem." disse "também ouvi dizer que significam admiração"
Riddle franziu a testa e abriu a boca para falar, mas antes disso completei minha fala "não sou um nerd de plantas que nem você, antes que pergunte"
"ah é, eu sei" ele me respondeu "essas são artificiais".
Olhei para o girassol de pano. Não tinha percebido. "quer saber? não importa. você entendeu o que quero dizer." Aproximei ainda mais a flor para perto dele "eu também erro, Riddle. por incrível que pareça. Mas no fim do dia você reconhece que errou, né? E tá melhorando pouco a pouco, mas definitivamente melhorando. Sabe, eu nunca mais levei um 'cortem a cabeça!!' desmerecido desde o dia do overblot". Não ouvi nenhum questionamento, o cara de tomatinho só continuou revezando entre encarar o girassol e a mim.
"E eu te admiro como pessoa. Todo mundo de Heartslabyul te admira. E você não é alguém que tem jeito de se prender demais ao passado..." Desisti da flor de pano e procurei freneticamente pela sessão de sementes da floricultura, já que ele não tem cara de quem compra plantas artificiais, "Então se quiser, compre e plante umas sementes de girassol também e bola pra frente".
Levou meio minuto e alguns olhares trocados antes de Riddle cobrir o sorriso com as costas da mãos e rir
"Fico feliz que você afinal cria juízo quando precisa" ele sorriu, pela primeira vez devido à algo que eu disse "digo isso no bom sentido. obrigado, Ace. De verdade". Essa também, sendo a primeira vez que me disse obrigado.
Olha só, quem diria que alguém rigoroso como ele pudesse se soltar. Depois de terminar, Riddle redirecionou sua antenção para o caixa e continuou suas compras "Acho que vou levar as sementes de girassol, então. E a propósito, por que não procura por erva-de-gato pra ir junto com as flores do Grim? eu sei que ele não é tecnicamente um gato mas- quem sabe ele gosta.."
Anotei mentalmente as opções de presente, e talvez seja eu que deveria estar agradecendo pela guia generosa entre a floresta que era aquela floricultura. Depois de um tempo em NRC aprendi que ninguém faz muita questão de se ajudar, suponho que por cultura do próprio colégio. Fiquei para trás pensando no que escolher, e antes de que o líder de dormitório saísse da loja com suas compras, ele se virou ao chegar na porta e chamou:
"ah, e Ace-- se recorrer à flores para presentear alguém em futuras festas de aniversário, passe no jardim de Heartslabyul próxima vez. Pode pintar algumas rosas de amarelo" ele trocou um último olhar para trás "rosas amarelas significam amizade, e do jardim elas saem de graça"
#riddle rosehearts#twst#twisted wonderland#ace trappola#twst fanfic#heartslabyul#twst br#twisted wonderland br#[obras br]
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Tattoo Room
Pedido: “primeiramente, amo seus imagines DEMAAAAIS <3 pois muito que bem, eu pensei em um com o hero, onde ele é tatuador e a s/n quer fazer a primeira tatuagem dela...aí acaba rolando uma química entre os dois e eles começam a sair. um dia, ele está no estúdio e ela aparece, e eles acabam transando lá mesmo”
Já devia fazer uns 10 minutos em que S/N estava parada em frente ao estúdio de tatuagem, olhando fixamente para suas mãos ainda fixadas no volante de seu Jeep.
Ela pensa seriamente em religar seu carro e dar meia volta de volta para o conforto de seu pequeno apartamento, afinal, qual a necessidade de ter uma agulha furando seu corpo por horas?
Nenhuma, mas isso era uma das suas vontades a tempos, registrar em sua pele uma ancora, como uma lembrança do seu filme favorito de piratas, então, por que não a fazer agora?
Com um suspiro, a garota desce do carro e atravessa a rua, suas mãos suando a cada passo que dá em direção ao lugar.
A faixada é retrô e bem bonita, com um letreiro azul neon com o nome do lugar e assim que passa pela porta, um sininho toca acima da sua cabeça, declarando a sua entrada, dois sofás ocupam o lugar e mais à frente o balcão, onde ela se aproxima.
Toda a parede é coberta com desenhos, quadros e algumas plantas pequenas sobre prateleiras suspensas.
— Ah, oi! Desculpa a... — a frase de Hero – que acabara de sair da outra sala – se suspende no ar quando ele levanta o olhar para a garota esperando do outro lado do balcão.
Ela era linda, se não a mais bela moça que já havia visto em seu estúdio, ou na vida.
— Tudo bem, acabei de entrar na verdade. — S/N deixa uma risada fraca escapar apontado com o polegar para a porta de vidro às suas costas — Eu marquei um horário, meu nome é S/N.
— Sim, claro. Eu sou Hero. — ele sorri, sentindo seu coração batendo forte contra seu peito, algo totalmente estranho e ao mesmo tempo agradável.
Ele é totalmente diferente do homem que sua cabeça havia criado, não é extremamente forte e nem barbudo e muito menos coberto de tatuagens. Hero é jovem, alto, braços fortes e muito, muito lindo!
Poderia ter marcado essa tatuagem para bem antes. Pensa, mas logo se repreende envergonhada.
Já dentro da sala, ele a mostra mais uma vez pela tela de seu computador a imagem escolhida por ela e modificada por ele de acordo com as orientações que ela havia o enviado enquanto conversavam sobre qual seria a tatuagem.
E ela estava ótima, assim como ela imaginou.
— É a sua primeira? — Hero pergunta enquanto limpa o antebraço da moça para o processo.
— É sim, tô um pouco nervosa. — confessa não tirando os olhos das mãos do rapaz.
— Não vou mentir, pode doer um pouco, mas nessa área é mais como um desconforto, então você vai ficar bem. — comenta bem humorado, conseguido arrancar um sorriso da garota.
— É, eu sei, por isso escolhi fazer minha primeira aqui, caso contrário teria desistido como fiz da última vez. — ela comenta, mas logo franze o cenho pois em sua cabeça passa que pode ter sido grossa com o rapaz que apenas riu fraco arrumando já o equipamento que usaria na bandeja ao seu lado — Desculpe, não quis ser grossa. — pede sem graça o olhando.
— E você não foi, só te achei engraçada. — ele sorri.
S/N sente suas bochechas queimarem com aqueles lindos olhos verdes lhe dando atenção, Hero é intimidador, mas a faz se sentir confortável de um jeito que não consegue explicar.
— Pronta? — pergunta logo após fixar o rascunho do desenho que cobriria.
— Não, mas pode começar. — S/N suspira e recosta a cabeça para trás no encosto da maca preta.
Hero sorri a achando fofa e divertida ao mesmo tempo, em sua cabeça se passava como em apenas meia-hora alguém pode ter exposto tanta qualidade e graciosidade. Ele está admirado por ela toda em si.
Todo o processo leva em torno de 1hora e meia, S/N se manteve concentrada nas mãos habilidosas do rapaz, que vez ou outra tinha a atenção de lhe perguntar se estava tudo bem.
Em algum momento ela se pegou o admirando, seus braços fortes, suas costas largas, seu cabelo escuro... Seu corpo se esquentou quando sua mente foi além a levando para uma parte suja de sua cabeça ao imaginar a pegada forte que ele deveria ter e o quão habilidoso de outras formas poderia ser.
Isso a fez praguejar em silêncio, puxando qualquer outro assunto com o rapaz sobre qual a tatuagem mais difícil e demorada que já fez, usando a desculpa de querer estar se distraindo das pequenas picadas incomodas que seu braço recebia.
— Ficou realmente como eu queria, está linda, Hero! — S/N elogia mais uma vez olhando para seu braço com a tatuagem já finalizada, coberta pelo papel filme. Ela estava feliz com o resultado.
— Imagina, que bom que gostou. — Hero sorri do outro lado do balcão — Não esqueça de passar duas vezes por dia a pomada que te indiquei, ajuda na cicatrização, tudo bem?
— Claro, obrigada mais uma vez. — S/N se despede.
Durante o meio da semana seguinte, Hero se questionou se deveria ou não mandar mensagem para a moça perguntando como estava a cicatrização, é claro que isso não passava de uma desculpa, ele não conseguia tirar da cabeça aquele sorriso bonito.
Pensou que ela não iria responder, mas no final da tarde, a resposta veio e conversaram durante a noite inteira, até Hero a convidar para sair.
O programa que ele planejou não foi nenhum jantar ou um cinema, mas sim uma caminhada leve e descontraída no parque, que S/N havia adorado e que combinaram fazer mais vezes.
Quando S/N sai do seu trabalho na biblioteca, pega por seu celular vendo uma mensagem de Hero avisando que teria que ficaria até mais tarde no estúdio arrumando algumas coisas, então por que não passar por lá?
O sininho acima da porta soa quando ela passa, mas assim como da primeira vez que esteve aqui, não tem ninguém na recepção. Ela passa pelo balcão em direção a sala do estúdio, a porta está aberta e ela sorri quando vê Hero de pé, de costas para ela, arrumando os equipamentos sobre a mesa.
No som toca alguma música do KALEO que o rapaz cantarola baixinho, concentrado demais no que faz para perceber a presença da moça.
S/N aproveita esse pequeno momento recostada no batente da porta e admira as costas largas do rapaz, os braços fortes cobertos pela blusa preta de manga cumprida e o bumbum bem marcado pela calça jeans escura.
Hero é quente e faz o corpo de S/N acender de uma maneira que ela nunca pensou. Os beijos e carícias eram tão bons que ela não conseguia nem imaginar como poderia ser se um dia chegassem aos finalmentes.
Afastando seus pensamentos indecentes, S/N pigarreia chamando a atenção do rapaz que olha para trás confuso, mas assim que a vê abre um sorriso.
— Oi, princesa. Não me avisou que viria. — diz surpreso, contente por ela estar ali.
— Quis fazer surpresa. — ela se aproxima deixando um beijo na bochecha do moreno e se senta na cadeira estofada de tatuagem.
— Eu adorei. — ele diz, sentindo seu coração um pouquinho mais aquecido pela presença dela.
S/N veste apenas um vestidinho preto solto e um tênis, suas pernas torneadas chamam a atenção do rapaz quando cruza as pernas. Pernas bonitas, torneadas e deliciosas.
Hero sente seu corpo despertar e busca se distrair da visão gratificante.
— Então, como foi seu dia? — pergunta voltando ao que fazia antes.
Se passa das dez quando os dois se jogam no sofá depois de terem arrumado tudo. O que era pra ser apenas a organização dos novos equipamentos acabou virando uma faxina completa.
— Eu sou horrível, você vem me visitar e acaba limpando tudo. — Hero se lamenta, olhando para o rosto bonito de S/N que tinha os olhos fechados e cabeça apoiada no encosto.
Ela sorri e vira a cabeça para o rapaz.
— Claro que não. Gostei de ajudar, não foi problema algum. Não seja bobo. — brinca o empurrando com o ombro.
Hero sorri e fica por um tempo a admirando, seus olhos traçam cada pedacinho do rosto da moça, pele tão alva e limpa, livre de maquiagem, lábios tão convidativos e que já teve o prazer de provar algumas vezes. Beijá-la havia se tornado seu vício.
— O que foi? — S/N questiona, se sentindo sem graça debaixo dos olhos tão intensos de Hero.
— Você é linda pra caramba.
— Para, vai. — ela volta a cabeça para frente e fecha os olhos sentindo suas bochechas corarem.
Ela adorava isso em Hero, os elogios verdadeiros que ela sabia que não eram ditos apenas para a agradar.
Os dedos do rapaz acariciam sua bochecha e põem uma mecha de cabelo atrás da orelha, os lábios quentes plantam um beijo naquele lugarzinho que faz um arrepio gostoso subir por sua espinha.
— Por quê? Você fica envergonhada quando te elogio? — sussurra próximo ao ouvido e tudo que S/N faz é apenas afirmar com a cabeça. — Gosto de como suas bochechas coram.
Não há como discutir, Hero sabe o que fazer pra arrancar o suspiro pesado de uma garota. Os lábios descem pelo pescoço, deixando uma trilha de beijos pelo caminho, ele inala fundo e deixa uma mordida inesperada na pele sensível, o que faz S/N arquejar.
— É tão cheirosa. — murmura com a voz arrastada, rouca.
Ele não tem como negar, está tão excitado e necessitado, que beijá-la só faz seu corpo se acender ainda mais, principalmente quando S/N monta em seu colo e seu vestido se levanta mostrando mais de suas coxas.
De repente todo o clima mudou, está quente, os dois corpos queimando de desejo, clamando um pelo outro.
Hero não poupa suas mãos, aperta firme o quadril da moça forçando o seu um pouco para cima lhe mostrando o qual duro está e quando ela se movimenta o provocando, um grunhido rouco escapa de sua garganta.
— Porra, eu quero tanto você. — consegue dizer, sentindo seu corpo se incendiar com os beijos molhados deixados em seu pescoço.
— Eu estou bem aqui. — S/N sussurra, deixando uma mordida fraca na orelha do garoto.
S/N puxa a camisa de Hero e baba pelo corpo delicioso em sua frente, passa a mão por todo tronco do rapaz, o sentindo se arrepiar debaixo da sua palma. Ela consegue o sentir se mover embaixo dela e sorri com o quão desesperado parece estar, ela também está, nunca desejou tanto alguém como agora.
Hero deslisa suas mãos pelas pernas da moça sentindo a maciez da pele, segurando a barra do vestido ele o sobe o tirando do corpo dela jogando em qualquer canto da sala.
Os seios durinhos e cheios escondidos ainda por um sutiã, seus olhos vagam por todo o corpo da jovem, é uma visão divina, daquelas que você nunca se cansa de olhar.
A boca de Hero explora cada pedacinho de pele exposta, S/N desabotoa seu sutiã livrando de vez seus seios entumecidos pela excitação, que logo ganham uma atenção especial, sendo mordidos, sugados e lambidos.
S/N não esconde o prazer que sente, agarrando a cabeça do rapaz enroscando seus dedos entre os fios escuros e macios. Seu quadril se move inconscientemente, buscando um contato maior e mais prazeroso, esfregando sua boceta ainda coberta pela calcinha no volume dentro das calças do garoto.
E com um movimento repentino, S/N está deitada no pequeno sofá com Hero por cima de seu corpo, a beijando com ternura e desejo, enquanto sua mão escorrega vagarosamente até o meio de suas pernas.
— Quero descobrir como é te fazer gozar, tem tantas maneiras para isso passando agora pela minha cabeça. — confessa, esfregando os dedos ainda por cima da calcinha molhada — E você já está tão molhada pra mim.
E então enfia a mão por dentro da calcinha, acariciando e espalhando toda umidade, a fazendo gemer com o choque.
Ah, sim! Hero é tão bom com os dedos, tão habilidoso sabendo onde e como exatamente tocar.
Mas ele quer mais, quer a fazer se sentir bem e também provar seu sabor, quer a fazer gozar primeiro em sua boca.
Ele se abaixa deixando trilha de beijos molhados até a calcinha, enganchando os dedos dos lados puxa a peça para baixo e finalmente a tem completamente exposta para ele.
Sua boca saliva e seu pau se aperta mais dentro da calça, suas bolas estão doendo precisando de algum contato logo, mas ele pode esperar, porque seu único foco ali é fazer a garota se sentir nas nuvens.
S/N observa ofegante ele segurar seus joelhos e abrir mais suas pernas, tudo com os olhos vidrados nos seus e a imagem completamente erótica a faz arquejar quando o sente passar a língua debaixo para cima em toda sua boceta molhada.
É quente, muito quente e é maravilhoso. Ele sabe o que fazer, chupa com vontade dando a atenção tão necessária ao seu clitóris inchado.
— Está gostando, princesa? — Hero se afasta minimamente para a observar melhor, os sons divinos que escapam da boca da moça já confirmam que sim, mas ele quer a ouvir.
— Uhum, demais. — ela responde entre um gemido, sentindo os dedos lá embaixo a deixarem mais e mais perto.
— Eu também. — sorri, voltando a acaricia-la com a língua.
Ele a penetra com um dedo sentindo sua fenda enxarcada, quente e apertada. Um grunhido rouco escapa de sua garganta, não vê a hora de estar completamente dentro dela, está tão duro que chega a ser uma tortura.
— Hero... eu... eu... — sua mente está tão atordoada de prazer que não consegue formular uma frase.
— Sim, princesa. Vem pra mim, deixa eu sentir seu gosto.
S/N fecha os olhos com força jogando a cabeça pra trás quando o primeiro orgasmo lhe atinge, com certeza é o melhor que já teve recebendo um oral, o melhor de todos!
Hero sorri a lambendo inteira, limpando cada gota se deliciando, sobe deixando uma trilha de beijos pelo corpo maravilhoso da garota e ficando por cima, tendo a visão mais quente e sexy.
Respiração ofegante, bochechas coradas, alguns fios de cabelo grudados na testa, olhos fechados e um sorrisinho satisfeito.
— Como se sente, linda? — pergunta atencioso, acariciando a lateral do pescoço da jovem.
S/N abre os olhos também se deliciando com o homem que te encara como se fosse uma deusa. Ela adora tanto esse olhar único.
— Como alguém que acabou de ter o melhor oral da vida! — exalta, passando a mão pelo cabelo de Hero, que sorri abertamente.
— Foi um prazer. — pisca em diversão.
— Literalmente. — S/N completa e o puxa para um beijo.
Suas bocas juntas, tão bem encaixadas e sincronizadas.
S/N não demora a estar novamente pronta, Hero está entre suas pernas, esfregando em sua barriga seu volume ainda coberto em busca de algum contato.
Deixando mais alguns beijos pelo pescoço da garota, Hero se levanta e se livra da única peça que o cobre, seu pau duro saltando para fora deixando S/N salivando.
— Nada mal, não? — diz ao ver ela mordendo o lábio.
— Nada mal. — ela repete, ansiosa pra senti-lo a preenchendo por completo.
Hero se veste com uma camisinha e volta a ficar por cima da garota, espalhando beijos pela barriga, nos seios e pescoço. Descendo a mão até entre as pernas dela, se certifica de que esteja pronta para recebê-lo.
Ele se encaixa em sua entrada e vai a preenchendo devagar. Ela é quente e o acolhe bem, apertando o pau tão sedento de Hero.
— Está tudo bem? — pergunta atencioso.
— Uhum. — murmura, se acostumando com o volume.
Ambos estão ofegantes, Hero se move devagar, quer aproveitar, sentir cada centímetro de sua boceta o apertando.
S/N move o quadril de encontro ao de Hero e é deliciosa a sensação misturada aos gemidos roucos que escapam da garganta do rapaz. Suas unhas arranham levemente as costas largas dele deixando beijos molhados por todo pescoço, as mãos grandes de Hero apertam suas coxas prendendo suas pernas em seu quadril, investindo mais fundo e mais forte.
Os gemidos e sons tomam conta da sala, Hero sussurra coisas tão sujas e deliciosas em seu ouvido, beijando e ofegando, investindo e tocando todo seu corpo. A sensação se aproxima outra vez e Hero parece também estar próximo.
Segurando em seus joelhos ele mantém suas pernas abertas enquanto mete com vontade, o cabelo preto está grudado em sua testa, a boca entreaberta respirando pesado enquanto seus olhos escuros que transbordam luxuria a encaram.
E isso é o fim pra a garota, S/N fecha os olhos com força mordendo o lábio, Hero acaricia seu clitóris também se sentindo perto o bastante.
— Olha pra mim, princesa. Deixa eu ver você gozar.
E ela obedece, quando seus olhares se encontram atingem seu limite com uma força avassaladora. Hero cai sobre o corpo pequeno escondendo o rosto na curva do pescoço da garota que sorri sentindo ainda a corrente elétrica passar por todo seu corpo mole.
Assim que recupera o fôlego Hero se apoia nos braços pairando sobre ela.
— Tinha pensado em me livrar desse sofá, mas mudei de ideia, acabei de descobrir uma ótima razão pra ele continuar bem aqui. — seu sorriso malicioso entrega a S/N exatamente o que pensa e ela não pode deixar de sentir aquele arrepiozinho subir por sua espinha.
— Você é um bobo!
********
Me conte aqui o que você achou, seu feedback é muito importante para mim.
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// café com verão //
macchiatos, the sun and other side effects of being 16
Logo que o café chega a minha boca eu fecho os olhos e afasto o copo rapidamente.
– Vai mais devagar, para não queimar, boba. – Avi me encara, cético, e dá mais um gole no seu frapê de manga. Dá pra ver as gotículas de água se acumulando do lado de fora do copo de plástico, do gelo do frapê se encontrando com o calor do verão que entra na cafeteria mesmo com as portas fechadas e o ar condicionado.
Eu apenas dou de ombros e assopro minha bebida, que agora está repousada na mesa entre eu e meu amigo. Dou uma olhada na janela atrás do garoto e o sol machuca meus olhos; na rua, as pessoas pareceram esquecer dos carros, e chegam à praça em que estamos à pé e de bicicleta.
– Quer esperar o clima dar uma trégua para voltarmos para casa? – Avi pergunta, após seu último gole.
– Eu não acho que vai ficar muito melhor do que isso, – respondo, experimentando o café com leite mais uma vez. Os goles, agora numa temperatura mais agradável, atingem a minha língua bem no ponto onde eu me queimei da primeira vez. – Mas podemos ficar aqui até eu acabar. Vai levar um tempo.
O garoto ri, cobrindo a boca ao fazê-lo. Eu sorrio para acompanhá-lo, e dou uma olhada em volta, para o público da cafeteria.
Acho que somos as únicas pessoas de 16 anos ali. A maioria são pais e babás que precisam desesperadamente ocupar o tempo das crianças, que por sua vez tomam copos enormes de frapês e sundaes e correm pelo local. Consigo ver a porta, que está do lado oposto da cafeteria. Alguém está entrando.
Uma garota da minha idade, talvez um pouco mais velha, passa pelo batente, fazendo um sininho soar. Ela está usando um vestido curto, roxo escuro, de estampa florida e alças finas, que deixam à mostra suas tatuagens nos braços. Seu cabelo preto é tão curtinho que mal chega a fazer cachos, e eu imagino que ela não deve estar sentindo nem uma fração do calor que eu sinto.
Dois garotos entram atrás dela – parecem estar todos juntos – e ela passa seus olhos pelo local, até que os pousa em mim.
E acena.
Franzo as sobrancelhas e me viro para Avi, para perguntar por que uma estranha (linda) estaria acenando para mim, mas quando vejo o garoto, ele está dando um "oi" tímido na direção da menina.
– Quem é? – Pergunto, sem torneios.
– É a Anna. Uma amiga da minha irmã. – Ele responde com naturalidade, enquanto se levanta para jogar seu copo vazio no lixo. – Achei que vocês já tinham se encontrado.
– Com certeza não. – Murmuro, voltando ao meu café. Puxo todo meu cabelo para o lado direito e o prendo em um coque antes de dar mais um gole.
– Ah. Ah, Rae. – Avi dá uma olhada no meu cabelo preso e estende sua mão na mesa até encontrar a minha. Seus olhos encontram os meus e ele já está sorrindo antes que eu fale alguma coisa.
Não consigo evitar um sorriso também. Avi me conhece mais do que qualquer outra pessoa na Terra, até eu mesma.
– Rae, ela vai em casa hoje à noite. – Meu amigo está sussurrando agora, olhando fundo dentro dos meus olhos.
– Ai, meu Deus. – Sussurro sorrindo e termino meu café.
Juntos, eu e Avi pulamos para fora da mesa. Eu jogo meu copo no lixo e vou com meu amigo até a porta da cafeteria. Dou uma olhada em volta antes de sair, e encontro Anna em uma mesa próxima, falando com seus amigos.
Ela segura um copo de bebida quente com as duas mãos.
---*---
Dou uma última olhada no espelho.
Consigo ver que ganhei uns quilos desde a última vez que usei esse vestido. Também consigo ver que não estou nem um pouco bronzeada mesmo que já estivéssemos na metade do verão. Na verdade, é possível estar mais pálida?
Tenho medo que ela veja tudo isso também. E mais coisas que eu não estou vendo agora.
Encontro meus olhos no espelho e respiro fundo. Puxo meu cabelo para o lado e o prendo em um coque, e então saio do quarto.
Dou de cara com Avi no corredor.
– Achei que você tinha morrido lá dentro. – Ele diz, genuinamente preocupado. Assim, quando nós dois estamos de pé, ele precisa me olhar com os ombros curvados para baixo. Fico imaginando se falar comigo dá dor nas costas.
– Desculpa, – murmuro e faço uma pose desengonçada: – Tá bom?
– Tá ótima. – Avi sorri. – Quer descer? Ninguém chegou, mas minha irmã está colocando as cervejas no freezer e a pizza no forno.
Concordo com os ombros e descemos as escadas sem pressa. Na cozinha, Lily, irmã de Avi, tira garrafas de vidro verdes de engradados e as coloca na horizontal dentro do pequeno freezer da geladeira.
É engraçado ver as semelhanças entre os dois. Sei que quando somos só eu e Avi, é comum questionarem se somos irmãos, porque nosso cabelo é o mesmo tom de loiro-escuro e nossos olhos são o mesmo tom de castanho-claro. Mas eu não tenho o corpo esguio de Avi e Lily, nem o nariz e os dedos ossudos. Os lábios finos e os cílios grossos. Avi e eu somos semelhantes, mas Avi e Lily são idênticos.
– Amei seu vestido, Rae. – Lily diz ao nos ver ali. – Ainda bem que estão aqui. Conseguem terminar as coisas na cozinha enquanto busco mais bebida no mercado?
– Quer que eu vá? – Avi pergunta, ansioso para usar sua habilitação recém conquistada.
– Obrigada, – Lily ri, imediatamente notando a intenção, – mas achei que você e Rae iam preferir ficar e… montar uma playlist?
Meu amigo demora para responder.
– Tudo bem. – Ele dá de ombros, já sacando o celular e abrindo o aplicativo de música.
Eu e Lily rimos. Ela sai, e eu e Avi nos ocupamos na cozinha: terminamos de guardar as cervejas bem a tempo de tirar a pizza do forno, e eu a corto em pedaços quadrados enquanto o garoto termina de montar a playlist perfeita.
A música ainda não começou a tocar quando a campainha toca, anunciando os primeiros convidados. O dono da casa vai recebê-los enquanto eu termino o que estava fazendo.
Algumas pessoas que eu não conheço passam pela cozinha e acenam para mim com sorrisos genuínos. São duas meninas e dois meninos, todos usando roupas mais casuais do que eu. Prendo o coque mais firmemente por cima da minha orelha.
Avi não volta para a cozinha pois a campainha toca mais vezes, e Lily também não dá sinais de chegar tão cedo. Começo a transferir os pedaços de pizza para pratos de porcelana.
Enquanto estou fazendo isso, a música começa a tocar na sala ao lado.
Começo a murmurar a letra e marcar a batida com o pé esquerdo e o garfo na mão direita. O refrão chega e o garfo vira meu microfone, e eu giro em volta da bancada, mudando a pizza de lugar como se aquilo fosse parte do meu show. Fecho os olhos e canto o solo de guitarra.
E então a geladeira ao meu lado se abre.
Eu me viro com um pulo e encontro Avi pegando uma cerveja. Atrás dele, está Anna. Sinto meu pulmão virar uma ervilha.
Ela está usando jeans e uma camiseta de Star Wars agora. Seu batom vermelho combina com os brincos de argola, que combinam com seu cabelo super curto. Tanto Anna quanto Avi parecem estar fingindo que não viram minha performance exagerada, mas as bochechas e orelhas devidamente vermelhas do meu amigo evidenciam o contrário.
– Oi, Rae. – É ele que quebra o silêncio e fecha o freezer, entregando a cerveja a Anna. – Essa aqui é a Anna. Ela estava na cafeteria hoje a tarde.
– Oi. – Digo, minha voz uma oitava acima do que ela costuma ser. – Eu lembro de te ver por lá.
– Eu lembro de você também! – Anna diz sorrindo, e ah, eu não sabia que ia ter que lidar com esse sorriso. – Eu amei seu vestido, aliás.
– Obrigada! – Respondo, aliviada. – Eu amei sua camiseta.
– Obrigada. Você vai ficar só por aqui?
Faço que não com a cabeça.
– Ah. Ainda bem! – A garota sorri mais uma vez antes de sair com sua cerveja e um pedaço de pizza.
Fico parada no mesmo lugar por alguns segundos antes de voltar para a realidade. Avi só consegue piscar para mim com um olho só e repetir "ainda bem, ainda bem".
Juntos, levamos a pizza para a sala, bem a tempo de Lily e mais alguns de seus amigos chegarem. Agora estamos em um grupo de 7 pessoas e temos bastante cerveja, comida e música.
As pessoas mais velhas não ligam de falar com Avi; pelo contrário, já o conhecem muito bem, e até falam comigo também. Descubro que um dos amigos de Lily faz faculdade na Irlanda e está aqui para as férias, e outra já está trabalhando em uma grande empresa de design – essa até me mostra alguns de seus projetos.
A situação é completamente nova para mim, mas aparentemente meu amigo está super confortável.
O que é estranho é que a única constante da minha vida é que Avi é tímido; desde que o conheço ele tem dificuldade de falar com qualquer um. Mas, de alguma forma, nesse exato momento ele está tão a vontade que parece não precisar de mim. Não sei nem o nome da garota ruiva com quem ele está falando, e eu sei que não é ciúmes que eu estou sentindo, mas sei que não quero atrapalhar aquele momento.
Meu pulmão vira uma ervilha de novo.
Saio da sala com a desculpa de que quero um copo d'água e vou até a cozinha. Daqui dá para ouvir a música sem a conversa, e eu não sei quando, mas alguém tirou a playlist de Avi. Não sei a letra da música que toca agora e isso está me deixando pior por algum motivo.
Eu realmente tomo um copo d'água e começo a contar os ímãs na geladeira. Cheguei no 12 quando ouço alguém se aproximar.
– Tudo bem, Rae? – É Anna no batente. Ela se aproxima e passa por mim, se dirigindo ao filtro d'água. – Você estava com uma cara lá na sala…
– Ah, não é nada… – Respondo, sem olhar para a garota. – Só não estou acostumada a ficar com toda essa gente de uma vez.
Eu dou um sorriso amarelo, mas ela ri. Há uma bancada entre nós, mas Anna se apoia nela para falar mais baixo e ficar mais próxima.
– Fica tranquila. Dá vontade de fugir, não é?
– Pois é. – Olho para meus pés.
– Qualquer coisa pode falar comigo, ok? – Anna diz, ainda mais baixinho.
– Ok. – Sorrio de novo, e nossos olhares se encontram. Os olhos dela são tão escuros quanto seu cabelo, mas eles brilham como um farol de caminhão.
Ela volta para a sala. Termino de contar os ímãs e vou atrás.
O grupo está jogando alguma coisa que envolve baralho. E bebida. Duas coisas que eu não costumo me envolver, mesmo que eu já tenha tentado. Vejo Avi no meio do jogo, um pouco reservado, mas com a garrafa de cerveja metade vazia. Lily está ao lado dele, claramente sóbria e tomando conta do irmão.
Sento-me atrás dos dois, e Anna fica de frente para mim, mas do outro lado da roda. Não participamos do jogo, mas logo entendemos o que está acontecendo e em poucos minutos estamos rindo junto ao grupo.
Avi tenta falar comigo entre as partidas, mas é difícil com todas as regras sob as quais está submetido, então fico apenas em silêncio. Minha mente começa a devanear e eu começo a imaginar eu mesma me assistindo participando dessa noite, como se minha alma estivesse viajando por aí enquanto meu corpo estivesse na situação, de fato.
Uma vez eu li que isso era um sintoma de ansiedade.
Tento focar meu olhar em algum lugar e encontro o rosto de Anna logo a frente. Ela está me encarando e assim que consegue minha atenção, sussurra "quer fugir?"
Faço que sim com a cabeça sem muita certeza, mas quando meu olhar cruza com o dela de novo, ela me pede para segui-la para fora da sala. Digo para Avi que já volto e saio.
---*---
– Espero que eu tenha acertado. – Anna diz, me entregando um copo de bebida quente.
Eu sorrio e a sigo para uma mesa. Estranhamente, não somos as únicas na cafeteria às 23h, mas o público mudou desde que nós nos vimos aqui durante a tarde. Não há nenhuma criança a vista, para começo de conversa.
Observo Anna enquanto ela dá dois goles na sua bebida sem nem esperar esfriar. Ela se senta e coloca os cotovelos sobre a mesa, aproximando o rosto de mim, e eu não sabia que aquele negócio de "sentir o rosto esquentar" que colocavam nos livros era verdade até esse momento.
Conversamos enquanto a garota termina a sua bebida – eu descobri que era um cappuccino – e eu deixo meu capuccino – que eu resolvi não comentar sobre – esfriar. Falamos de tatuagens e faculdade; eu digo que quero fazer cinema e descubro que ela faz artes. Também descubro que nós duas fizemos parte do grupo de teatro da escola e que quase não passamos em física no primeiro ano.
Conto a ela que tenho um irmão mais novo e que não sei andar de bicicleta. Ela me conta da vez que sua tia estava na TPM e acabou adotando um gatinho. Uma hora se passa, mas parece mais. Não consegui terminar minha bebida e falar de tudo.
E eu a vi sorrir tantas vezes.
Resolvemos voltar antes que os atendentes nos expulsassem.
– Ainda bem que Lily mora tão perto. – Anna diz enquanto fazemos o caminho de volta à pé. Já é meia-noite e meia, mas graças ao verão a rua ainda está lotada de pessoas.
Faço que sim com a cabeça, e depois seguimos em silêncio por um momento.
– Eu nunca fugi, literalmente falando. – Eu digo de repente, rindo.
– Eu também não. Mas foi legal! – A garota segura minha mão, e eu me viro para olhá-la. – A gente pode fazer mais vezes. Fugir, juntas.
– É. – Respondo, apertando a mão dela. – Acho que sim.
O silêncio surge entre nós novamente, e eu fico pensando se ela se pergunta o mesmo que eu. Não dá para não pensar nisso. Afinal, parece que já falamos de tudo, menos da pergunta que eu mais queria fazer a Anna. Não que eu simplesmente fosse chegar e dizer "oi, por acaso você também gosta de meninas?"
As luzes brancas da calçada de Avi estão a alguns metros de nós. Dá para ouvir as risadas e os gritos, mesmo a essa distância, e eu não consigo não rir. Anna está rindo também.
Viro-me para vê-la. Ela está próxima o suficiente para eu notar nossa diferença de altura. Eu ainda estou sorrindo quando solto a mão dela para arrumar o coque do lado direito da minha cabeça.
Anna coloca o resto da minha franja atrás da minha orelha depois que eu completo o penteado, e não tira a mão dali. E então ela me puxa para mais perto.
Fecho os olhos e ergo a sobrancelha quando ela beija minha bochecha e depois seus lábios encontram os meus, quentes mesmo com o vento gelado a nossa volta. Eu me afasto por uma fração de segundo, apenas para entender tudo, antes de voltar a beijá-la.
Nossas bocas se abrem, hesitantes de primeira, mas depois com vontade. E depois com mais vontade. E depois Anna sorri, e eu nunca beijei ninguém sorrindo antes, mas eu poderia me acostumar a isso.
– Rae. – Anna diz, se afastando repentinamente. – Acho que alguém quer falar com você.
– O quê? – Meus olhos ainda estão semi-abertos.
– Sua bolsa está vibrando sem parar. – A garota responde.
Separo-me dela e pego o celular dentro da bolsa. 15 mensagens não lidas e duas ligações perdidas de Avi.
– Acho melhor entrarmos. – Digo.
---*---
– E então ela me beijou. – Completo a história falando bem baixinho.
– Anna te beijou? – Avi repete, piscando duas vezes. Depois, desvia o olhar de mim para jogar sua garrafa de cerveja vazia no lixo. – Anna beija meninas?
– Aparentemente, sim. – Respondo, erguendo os ombros.
Ainda estou meio atordoada. Mais uma vez estou na cozinha e a música ainda está tocando na sala. Um casal de amigos de Lily já foi embora e os jogos de carta já acabaram, então os convidados restantes estão conversando. Fico imaginando se Anna está falando de mim: "É, eu levei a garota do ensino médio para tomar café, falei coisas bonitas e aí ela ficou caidinha por mim!"
– Vocês vão sair mais vezes? – Avi me tira do devaneio. Ele está com as sobrancelhas franzidas e os joelhos dobrados, como se estivesse fazendo muita força para estar presente nesse momento.
– Não sei, – digo. – Ela falou que queria. Fugir de novo.
– É, vocês fugiram. – Avi parece mais confuso do que triste. – Perderam todo o jogo. Ben queria mostrar mais fotos da Irlanda para você antes de ir, sabia?
– Desculpe. – Falo, baixinho.
Dou uma volta na cozinha, esperando uma discussão. Quero que Avi brigue comigo por eu não ter sido presente, mas sei que ele não faria isso – parte porque está bêbado, parte porque já conversamos antes sobre nossas zonas de conforto. Ele sabia que essa não seria a minha. Ele sabia que era só uma experiência. Uma experiência da qual eu fugi, mas ainda assim.
– Avi, o fato é que não sei o que foi tudo isso com Anna. – Acabo admitindo, antes que um de nós decida sair da cozinha. – Estou com medo de criar expectativas em cima do que aconteceu hoje.
O garoto se aproxima de mim e coloca os braços em volta do meu pescoço. Encosto a cabeça em seu peito e ouço o som reconfortante das batidas do seu coração: constantes, apesar da noite fora do comum.
– Sem medo de ser feliz. – Ele diz, e então se desvencilha do abraço e sai em direção à sala.
Cubro a boca para rir do conselho confuso.
Saio da cozinha também e sou saudada com palavras de preocupação e alívio. As pessoas que eu acabei de conhecer queriam que eu estivesse ali, e sentiram minha falta. Querem ouvir mais das coisas que eu tinha para falar. Anna também quer, apesar de ter passado a última hora fazendo isso. Seu olhar de ternura é quase tão bonito quanto seu sorriso.
Eu falo por um tempo, até me cansar. Logo os outros convidados tomam conta da palavra e assim a noite segue. Não me incomodo mais. Passo um tempo tomando conta de Avi e o resto do tempo casualmente próxima demais de Anna. Ninguém parece notar.
Meu pai resolve me buscar, no final das contas, quando já é madrugada. Resolvo não me despedir de todas as pessoas que conheci; eu não saberia como fazê-lo. Agradeço a Avi e Lily por me hospedarem pela tarde e dou tchau, e quando é a hora de dizer tchau a Anna, puxo a garota para a cozinha – uma última visita ao meu novo cômodo favorito da casa, eu acho.
– Adorei te conhecer, – admito, – e obrigada pela noite.
– Digo o mesmo. – Anna responde. Ela sorri e torna tudo mais genuíno.
Seguro seu braço direito para não perder o equilíbrio e subo na ponta dos pés para beijá-la mais uma vez. Ela retribui com as duas mãos nas minhas bochechas e os lábios pressionados firmemente contra os meus. Ficamos assim por alguns segundos.
E então eu vou para casa.
---*---
Uma semana após a festa, me aventuro a pedir um cappuccino na cafeteria. O barulho de espanto que Avi faz atrás de mim (uma espécie de chiado) atrapalha a pergunta que a atendente faz logo após o meu pedido. Ela pergunta novamente, e eu preciso escolher entre chocolate ou canela. Escolho chocolate.
Quando meu cappuccino fica pronto, tomo um gole daqueles de queimar a língua. Descubro rapidamente que, na noite da festa, Anna pediu com canela.
Não falo com ela desde aquele dia. Parte de mim fantasiou sobre o momento que eu ia precisar fugir com ela de outra situação, como um príncipe – bom, uma princesa – que resgata outra princesa da torre e aí juntas elas vivem aventuras. Mas a semana passou sem grandes eventos.
Sigo meu amigo até uma mesa vaga e sentamos, eu com meu cappuccino ruim e ele com um frapê de maracujá e morango. Ficamos em um silêncio confortável por alguns minutos, e eu aprecio os sons do dia. A cafeteria está mais vazia hoje, então consigo notar tudo com mais atenção. Até o sino da entrada.
– Olha quem está aqui. – Avi diz antes de dar um longo gole no seu frapê.
Viro-me já esperando encontrar um rosto específico.
Anna está usando shorts jeans largos presos à sua cintura por um cinto preto, e uma blusa de alças finas. Ela enfeitou o cabelo curtinho com uma bandana amarela.
Ela está sozinha, e ainda não me viu. Observo-a ir até o balcão e fazer seu pedido, depois pegar o cappuccino e se virar em direção às mesas. Sua expressão muda quando nos vê.
Faço um oizinho e Avi me copia.
Anna sorri e vem em nossa direção.
– Oi, gente! – Ela comprimenta, dando um abraço no meu amigo primeiro. Depois vem até mim e me abraça também.
Esperançosa como sou, queria um beijo, então meu rosto fica enterrado em seu ombro, um pouco amassado. Seguro nessa posição sem respirar por dois segundos antes de soltar, e um silêncio estranho toma conta do momento.
– Vocês estão aqui sempre? – Anna pergunta.
– Sim. – Eu e Avi respondemos ao mesmo tempo.
– Às vezes. – Digo, rapidamente. Faço Anna rir. – Mas é tão perto.
– Sim, minha casa é logo ali. – Avi complementa.
– Acho que já passei por lá. – Anna continua sorrindo.
O silêncio volta.
– Certo, – Anna o quebra novamente, – vou me encontrar com um amigo agora. Mas foi bom vê-los de novo! Até uma outra festa!
– Até. – Digo, baixinho.
Espero a menina passar da porta para falar de novo.
– "Até outra festa". Sério?
– O quê?
– Aquele dia ela disse que queria fugir comigo de novo.
– Foi só modo de falar. – Meu amigo dá mais um gole em sua bebida.
– Ah, é!? – Digo, um pouco alto demais.
– Hoje. – Avi fala mais alto do que o normal. – O que ela disse hoje foi modo de falar. Meu Deus, Rae. Achei que tinha sido só um momento daquele dia.
Suspiro. Dou um gole no meu cappuccino e lembro do gosto ruim.
– Acho que não.
– Sabe, – Avi olha fundo nos meus olhos. – Às vezes não foi para você, mas foi para Anna. Ou ela só não queria falar sobre isso agora. Não temos como saber.
Dou uma olhada no sol entrando pela janela e refletindo no chão. O calor que chega nas minhas pernas é parecido com o que eu senti no momento em que Anna me beijou naquela noite. Os lábios dela eram tão quentes em contraste com a noite fria.
Hoje, o sol está mais quente do que o abraço de Anna. Senti-me gelada nos braços dela, como me senti quando errei meu pedido. O verão todo foi sempre o mesmo: Avi e eu, e o calor, e café com leite. Talvez Anna fora um ponto fora da curva, e eu não precisava insistir nela assim como eu não precisava insistir no cappuccino.
Verões são para café com leite. E pessoas constantes.
– Avi? Posso dar um gole no seu frapê?
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IMAGINE HARRY STYLES-(especial de natal parte 2) Já fazia alguns meses desde que havia ficado presa no aeroporto e conhecido o Harry.Infelizmente,mesmo que a gente tenha trocado os números,não conversávamos nada,tudo porque ele não atendia as minhas ligações. Lembro que no aeroporto,nos despedimos e fomos para lados opostos,seguindo as nossas vidas.Como se apenas tivesse sido naquela noite de véspera de Natal,e,bem,foi. Voltar para a minha vida normal após umas férias merecidas era um saco.Ter que conviver com o meu chefe era um saco e rezava todos os dias para ele se dar conta de que precisava se aposentar,mas como dizem que as coisas boas duram pouco,as ruins duram uma eternidade. -Sn.-ele me chamou e revirei os olhos.Com certeza ele iria pedir para que eu buscasse café descafeinado e bolinhos de morango na cafeteria preferida dele.Que fica a quatro quarteirões daqui. -Oi. -Vá buscar meu café descafeinado e dois bolinhos de morango na Santo’s. -Por que não manda a Kate?Ela não está fazendo nada! -Ela vai se ocupar nesse instante.-ele disse com um tom malicioso,que ele acha que passou despercebido por mim,mas,na verdade,havia entendido muito bem.Meu chefe,Sr.Smith,tinha um caso com uma de minhas colegas,Kate. Na minha opinião,o único trabalho dela era ser a amante dele,porque ela não fazia absolutamente nada. Sai de lá querendo amaldiçoar alguém.Quatro benditos quarteirões.Justamente no dia que o meu carro não poderia andar por conta do rodízio. Depois de uma longa caminhada,cheguei na cafeteria. -Bom dia,Sn.-George disse sorrindo e segurando a risada,ele sabia porque eu estava ali. -Bom dia,George.-respondi.Éramos amigos desde que eu trabalhava para o Sr.Smith e tinha que buscar seu tão amado café.-O de sempre. -Ele nunca quis mudar?Adicionar um salgado ou coisa assim. -Nem inventa.-falei e ele gargalhou.-Quero algo pra mim também.Um café e brownie. -É pra já,querida. Sorri e sentei-me em uma das mesas.O local estava vazio,exceto por uma senhora,um cara que mexia compulsivamente no notebook e eu.Até que escutei o sininho da porta tocando,mas não dei muita atenção.Achava que era alguém que trabalha no empresarial do outro lado da rua. -Eu vou querer um café e um pedaço desse bolo. Essa voz era familiar. Resolvi dar uma olhadinha e arregalei os olhos.Era Harry. -Aí,droga.-falei baixinho e virei minha cara para a janela.Eu não sabia o que fazer.Não sabia se realmente queria vê-lo,até porque ele nunca retornava as minhas ligações,mas,por outro lado,eu queria falar com ele. -Sn.-George me chamou e Harry virou-se para mim. Obrigada ,George.Muito obrigada mesmo. -Sn?-Harry disse enquanto eu me aproximava do balcão. -Oi,Harry.-disse totalmente sem graça e ele sorriu. -Quanto tempo.-e...me abraçou? -É,uns quatro meses.-falei. -Sim.O que vem fazendo?-perguntou quando já me dirigia à mesa para comer.-Ahm,posso me sentar com você? -Pode.-respondi,mas eu queria ter dito “Não até você me responder o porquê de ter me deixado no vácuo por três benditos meses.”-Eu acabei de voltar das minhas férias. -Isso não deve ser muito legal. -Ah,não é nem um pouquinho,mas fazer o que,né.E você? -Alguns shows por aqui,no máximo até o Arizona.Algumas entrevistas,eventos... -Deve ter ficado com a agenda cheia nesses últimos meses.-disse baixinho. -Sim.-ele riu sem graça e continuamos a comer em silêncio. -Foi bom te ver,Harry.-estava sendo sincera.Realmente foi bom em vê-lo.-Mas preciso ir.O meu chefe está me esperando e a caminhada é bem longa até lá.-disse enquanto jogava algumas notas em cima da mesa e me levantava. -Quer que eu te leve?Estou de carro. -Não precisa.Caminhar queima calorias. -Deixe de coisa,vamos.-ele insistiu e assenti,vencida. -Tchau,George.-disse e meu amigo acenou do balcão,sorrindo maliciosamente para mim. Entramos no carro e expliquei o caminho a Harry,que entendeu tudo de primeira. -O que você fez quando chegou aqui?No Natal?-ele perguntou. -Nada de mais.Tive uma reunião na empresa para explicar com havia resolvido os problemas e passei o resto do fim de ano com minha família.E você? -Fiquei com a minha família.Só em Janeiro que voltei a trabalhar. -Por que você não retornou as minhas ligações?-perguntei,mas logo me arrependi de ter dito isso.Eu não deveria ter perguntado,mas que droga. Ele até abriu a boca para responder algo,mas o interrompi. -Deixa pra lá.Eu não deveria ter perguntando isso.-percebi que já estávamos em frente ao prédio que trabalho-Obrigada,Harry,por ter me trazido.Até algum dia.-desci apressadamente,nem dando tempo para ele falar algo. Fui até a sala do meu chefe e abri a porta.Sabia que Kate estava lá,mas evitei olhar. -Toma aqui sua comida.-“seu idiota���,quis completar. Passei o resto do dia pensando em Harry.Tê-lo encontrado mexeu com o todo o meu sistema nervoso. ••• -Não deu certo com o Sr.Músico Gostosão?-George perguntou e revirei os olhos. -É complicado.-respondi. -Tá.Vocês se conheceram na véspera de Natal,ficaram presos no aeroporto,jantaram juntos,trocaram os números,mas ele não retornou nenhuma das suas ligações.-pensou um pouco-Admito que ele foi um pouco babaca nessa parte,mas ele pareceu ser bem gentil para fazer algo desse tipo.Por que você não deixou o coitado se explicar? -Porque eu não quero.-respondi-Passei três meses ligando para ele.Três meses,George.Eu sei que ele é muito ocupado com o trabalho,mas foram três meses.Uma hora ele poderia ter me atendido. -É,você tem um pouco de razão,mas ainda acho que deveria ter deixado ele falar. -Já passou.-falei dando de ombros e vi George negando com a cabeça. -O pedido do Velho Galinha Idiota.-disse e ri do apelido que ele havia dado para o Sr.Smith. -A escrava do velho galinha agradece.-sorri e foi a vez dele rir. -Boa sorte. -Eu preciso mesmo. Quando cheguei na empresa,todos estavam me olhando. -Tá tudo bem?-perguntei para Jane,uma das minhas colegas. -Tem alguém te esperando na sua sala.-ela sorriu-Eu levo isso para o babaca ali. Agradeço mentalmente a Jane e fui até a minha sala. -Oi,Sn.-Harry disse quando fechei a porta.Eu estava muito surpresa. -Oi,Harry.-respondi uma pouco estática. -Eu...trouxe isso para você.-ele estendeu um buquê de rosas brancas,as minhas preferidas. -Obrigada.-sorri. -Sabia que eram suas preferidas,então resolvi comprar. Fiquei feliz por ele não ter se esquecido quando disse que amava as rosas brancas. -São muito lindas,eu agradeço muito. -Eu vim aqui para conversar com você,já que não me deixou te responder naquele dia. Engoli em seco. -Tudo bem.-falei apreensiva.Ele mexia nervosamente os dedos pelo cabelo,parecia estar nervoso. -Eu não consegui retornar as suas ligações,porque meu celular caiu na privada.Até o chip foi junto,tive que mudar de número e perdi todos os meus contatos.Eu sinto muito. Ele parecia estar bem envergonhado. -Como ele caiu na privada?-perguntei e ele riu. -Acho que exagerei um pouco na bebida.O celular estava no bolso e quando baixei a calça,ele caiu. Ri pensando em como deveria ter sido a cena. -Você é um estabanado.-disse e ele sorriu. -Eu queria ter atendido as suas ligações.E sinto muito por isso.Você não sabe o quanto fiquei feliz por ter te encontrado naquela cafeteria.Achava que nunca mais conseguiria te encontrar novamente. -Eu também achava. -Posso estar parecendo um idiota,ou qualquer coisa do tipo,mas eu gostaria de te conhecer melhor.Não do jeito que nos conhecemos no aeroporto.Eu quero ter um encontro de verdade com você.Levar-te para conhecer a minha casa,eu conhecer a sua casa,conhecer nossas famílias,conhecer nossos melhores amigos e talvez fazer o que não consegui fazer naquele dia. -O que você não conseguiu fazer?-perguntei,mas eu já sabia a resposta. -Isso.-disse e me beijou.-Eu vou gravar o seu número em todos os lugares possíveis,porque eu não posso deixar-te ir novamente.Eu vim aqui pegar o meu presente de Natal,você. Sorri feito uma boba apaixonada,o que eu era naquele momento.Um boba loucamente apaixonada por ele.E sabia de alguma forma que ele também sentia o mesmo. -Vem.Vamos ficar presos em algum lugar juntinhos.-falei o puxando para fora da sala em direção ao nosso para sempre. ••• E aí,o que acharam?Obrigada a pessoa que disse que eu deveria fazer uma parte 2 do imagine,realmente não poderia ter acabado daquela forma,não teve nem um beijinho,poxa.Tinha que ter beijo,ué. Até o dia 1,com um especial de niveeerr.Beijão♥️
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A Verdade Não Dita: Capitulo 4
↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating- Livre;
↳ pairing- Seokjin x Hye Jeun ;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
-Até pouco tempo atrás eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo [4/16]
Alguns meses depois...
Hye Jeun e seu pai disputavam na cozinha quem cortava o salmão melhor e mais rápido, sempre faziam isso quando duas mesas diferentes pediam o salmão inteiro, acontecia mais ou menos três vezes por semana e os dois estavam empatados. Ambos, faziam daquilo um show para todos os clientes.
-Acho melhor desistir criança! Estou no ramo a mais de vinte anos, não quero fazer ninguém chorar, principalmente você! –Sr Jung provoca e Hye Jeun ri.
-Coma poeira velhote! - A filha responde entrando na brincadeira.
Todos no restaurante riram, ela tinha muita habilidade com a faca e seu pai também, parecia que a carne do salmão se desfazia antes mesmo deles a cortarem. Os clientes olhavam fascinados, Hyeu Jeun começou o empratamento segundos depois sendo seguida por seu pai, nessa área ele era melhor que ela, então segundos de vantagens eram importantes! E foram eles que fizeram a diferença!
-Mesa oito seu almoço, está pronto! – Hye Jeun anuncia quando toca o sininho e recebendo aplausos de todos, inclusive do seu pai que havia terminado o seu também. Ela faz uma pequena reverência a todos ali.
-Filha! Tem uma ligação pra você no celular! – Chama a senhora Jung, Hye Jeun cumprimenta uma última vez todos os clientes e vai ao encontro da mãe –É um moço chamado Jin, ele tem voz de homem bonito, onde você conheceu? Vocês estão saindo?
-Mãe por que não pergunta a senhora já que é você que esta com o celular? – Senhora Jung olha o aparelho na sua mão e arregalou os olhos.
-Será que ele me ouviu? - Ela diz baixinho, Hye Jeun, Hae Soo e Hoseok tinham herdado toda fofura que havia nos seus corpos daquela mulher, não existia ser mais fofo que ela!
-Acredito que sim mãe, me da aqui o celular para eu descobrir... – Senhora Jung entrega o celular – Kim Jin, você ouviu minha mãe dizendo que você tem voz de homem bonito?
-Sim – Responde do outro lado da linha, pelo seu tom de voz estava se esforçando para não rir - Fala pra ela que eu agradeço o elogio, e que se for pelo tom de voz ela também é muito bonita!
-Mãe ele ouviu sim, agradece o elogio e disse que se for pelo tom de voz a senhora é muito bonita! – A mãe de Hye Jeun coloca a mão sobre as bochechas envergonhada.
-Meu deus! – A senhora Jung sobe as escadas que levam a casa rapidamente o que faz a filha rir.
-Ela ficou toda envergonhada! – Hye Jeun conta para Jin – Mas a que devo a honra da sua ligação?
-Eu não vou conseguir ir hoje ao curso – Hye Jeun ignorou aquela sensação de decepção que aquilo lhe causou – Queria saber se posso encontrar você amanhã, para não chegar tão atrasado na próxima semana, você tem tempo amanhã?
-É que combinei de fazer um piquenique com a minha família amanhã, não vamos nem abrir o restaurante... Mas porque você não vem com a gente? Vai ser legal, vamos jogar futebol e comer bastante! No fim do dia podemos repassar junta a matéria o que acha?
Ele demora pra responder, será que ela tinha passado a imagem de ser fácil, ou de estar interessada nele porque, não era nada disso, pelo menos Hye Jeun pensava assim, mas quando ia se explicar Jin respondeu.
-Por mim tudo bem, preciso levar alguma coisa?- Ele realmente estava dizendo que iria ao piquenique?
-Não, só protetor solar, a previsão do tempo disse que vai fazer bastante sol amanhã! – Hye Jeun respirava com dificuldade, deu uns soquinhos no próprio peito, estava ficando louca só pode.
-Está bem, temos um encontro!
-Não é um encontro! – Ela responde rápido demais e pode ouvir Jin rir do outro lado –Qual é seu problema com a palavra ‘encontro’ afinal?
-Mas nós dois combinamos de nos encontrar amanhã, ou seja, vamos ter um encontro em algum momento do dia... Não vejo nenhum erro da minha parte! – Ela sabia que ele estava com aquele sorriso idiota na cara!
-Não é o que você fala, é como você fala! Vai acabar me comprometendo na frente da minha família Kim Jin! – Ela tinha que apresentar ele o mais rápido possível para JuDa, era realmente uma pena ela não poder ir amanhã, mas assim poderia analisar melhor Jin se ele realmente servia para sua amiga.
-Certo, entendido prometo que não vou usar palavras de duplo sentido no seu piquenique! - Hye Jun conseguia imaginar o sorriso besta no rosto dele.
-Nós prometemos coisas demais um pro outro... – Ela diz sem querer e antes mesmo de dar a oportunidade de ele responder ela desliga sem nem dizer tchau.
-Você tem um encontro unnie? – Hye Jeun toma um susto ao perceber que a irmã está sentada na escada lhe observando.
-Não bolinho, você deve ter entendido errado – Ela pega a irmã no colo – Você está com fome?
-Sim unnie, você pode me dar um pouco da sua comida? –Hye Jeun franze a testa.
-Onde está mamãe? - Hye Jun procura pela mãe
-Ela esta agarrada com o espelho desde que subiu, dizendo a si mesma o quão realmente é bonita assim como sua voz – Hae Soo levanta as mãozinhas – Não entendi nada! – Hye Jeun ri da situação.
-Entendi, vamos arranjar uma coisa bem gostosa pra você comer!
^-^
“Nós prometemos coisas demais um pro outro...” “Nós prometemos coisas demais um pro outro...” “Nós prometemos coisas demais um pro outro...” “Nós prometemos coisas demais um pro outro...”
Aquilo se repetia na cabeça de Seokjin como um mantra.
-Presidente Kim? – O secretário Choi tenta chamar a atenção dele, onde aquela criança estava com a cabeça? Desde quando ele era tão disperso?
Ele não havia tido mais pesadelos depois daquele, o tempo que passava com Hye Jeun era tão agradável que por alguns momentos esquecia seu objetivo final e começava a pensar no que faria depois que sumisse da vida dela.
-Presidente Kim!- Secretario Choi chamou novamente, mas ele mantinha o olhar fixo no celular.
“Você vai casar com Sophie, assumir de vez o império Kim e o da família da sua esposa e assim vai poder deixar seus irmãos livre dessa maldição e como pequena recompensa vai ter a casa em que sua avó cresceu no bolso. Pelo menos seus irmãos tem que ser mais importante que seus sentimentos bobos Seokjin!” Ele se repreende.
-Presidente Kim Seokjin! – O secretário cutuca o ombro dele, finalmente conseguindo a sua atenção – O senhor precisa assinar esses papéis.
- Ah okay – Seokjin ainda parecia perdido, leu os documentos como sempre fazia e assinou.
-O senhor tem um almoço hoje com a Samsung e o jantar com a Hyundai, desculpe por não conseguir adiar o jantar presidente! - Aquele maldito, não tão maldito jantar já que agora ele poderia passar o dia inteiro e não só algumas horas com Hye Jeun!
-Está tudo bem secretario, falta quanto tempo para a hora que o almoço foi marcado? –Seokjin se espreguiça na sua cadeira.
-Uma hora senhor, seria bom se fossemos agora para evitar qualquer atraso! –Explica o secretário, ele estava certo o trânsito em Seul andava uma bagunça completa.
-Okay. – Ele se levanta e põem o paletó que estava pendurado em sua cadeira, põem o celular no bolso interno dele - Vamos?
Quando está abrindo a porta da sua sala, ele vê a garota que tinha promovido a algumas semanas a assistente de Namjoon, o nome dela era JuDa saindo da sala do irmão, seria normal afinal parte do trabalho dela era passar boa parte com ele, mas de preferência sem ter que sair daquela sala abotoando a camiseta!
Aish Namjoon , quantas vezes ele havia explicado que não deveria misturar trabalho com pessoal?
^-^
-Ainda acho errado não convidarmos Taehyung para o piquenique! – Reclama Kookie pela quadragésima vez, Jimin revira os olhos e volta sua atenção para expressão demoníaca que ele tinha de aprender a resolver em alguns dias para não deixar cair ainda mais seu rendimento nas provas trimestrais.
-Eu não, minha noona precisa de paz da família Kim – Explica Hoseok – Passamos o último mês inteiro sendo importunados por eles, e agora com o curso ela já está sobrecarregada e esse piquenique é pra ela relaxar!
-Exatamente, nada de Kim Taehyung pelo menos no final de semana pelo amor de deus! –Suspira Jimin, Jungkook revira os olhos, como se ele não soubesse que aquilo era tudo ciúmes, mas conseguia entender Hoseok hyung, Hye Jeun deveria estar estressada com tudo até o último fio de cabelo.
-Não fale assim dele – Repreende Hoseok –Ele ajudou Kookie com os babacas da escola, e quando precisamos matar aula foi no videogame dele que o senhor ficou pendurado Jimin!
-Okay, entendi, me rendo, mas isso não significa que precisamos ficar colados com ele vinte quatro por sete! - Jimin argumenta com as bochechas vermelhas de irritação, sentia que estava tendo seu lugar roubado pelo menino rico.
-Há agora ele sabe usar matemática - Ralha Jungkook e bebe um pouco do café que havia pedido.
-Calem as bocas os dois agora, o Taehyung chegou! – Avisa Hoseok, assim que Tae acha os amigos na cafeteria acena para eles sorrindo, o que aumenta a culpa de Jungkook.
-Você começou sem mim de novo Chim chim?
Taehyung tinha certeza que havia conquistado os outros, mas Jimin em particular estava sendo complicado criar laços, normalmente só de saber quem era Taehyung as pessoas já se tornavam mais dóceis e amigáveis e tentavam se esforçaram para se tornar próximos, mas aquela criança não, era totalmente arredia quando se tratava dele não fazia questão de esconder, o que só deixava Taehyung com mais vontade de ser seu amigo.
-Não me lembro de ter combinado de te esperar para poder começar a estudar.
Responde sem nem ao menos tirar os olhos do livro, não que Jimin estivesse entendendo o que quer que seja, já tinha dificuldades para aplicar a distributiva, acabava sempre se confundindo todo! Imagina com Inequações trigonométricas? Ele estava chorando por dentro!
-Aigo não seja assim Jiminah – Tae se posiciona atrás de Jimin e sacode seus ombros fazendo o garoto arregalar os olhos – Nós temos que estudar juntos, para quando formos bem comemorarmos juntos! Combinado?
Jimin olha pra Tae como se fosse arrancar o pescoço dele fora, fazendo o mesmo se afastar, da onde ele tinha tirado toda? “Chim Chim” ele ia dar o Chim chim na cara dele! Taehyung sentou-se de frente para ele com um sorriso, Jimin revirou os olhos e voltou a ‘resolver’ os problemas de matemática.
-Hum, o que você quer estudar hoje Tae Tae? – Pergunta Kookie.
“Ahh comigo é ‘Nossa Jimin como você é infantil com o Kim Taehyung, ele é muito legal poxa, blábláblá, mimimi!’ Mas com ele é ‘O que você quer estudar Tae Tae?’ Aiiiish!”
-Hum pode ser o mesmo que o Chim Chim está estudando! – Hoseok pega o próprio caderno e abre sobre a mesa.
-Vamos começar por relações trigonométricas, pra não ter como se perder! Você tem uma ideia do que é seno, cosseno, tangente e secante, cossecante e cotangente não é?
Taehyung segurou o choro ali, os seus hyungs estavam completamente certos , um bode iria se dar melhor na escola do que ele, de repente Jimin bate a cabeça com força na mesa e o barulho assusta todos na cafeteria.
-Eu não vou aprender isso nem nascendo de novo! – Diz sem levantar a cabeça – Se minha mãe me expulsar de casa... Você divide sua cama comigo Kookie? – Tendo um Jungkook mais vermelho que um tomate como resposta – Eu consigo gabaritar a aula de literatura, história, coreano, inglês até! Mas isso é coisa...
-É coisa daquele que não deve ser nomeado! –Completa Taehyung.
-Eu não sei o Voldemort tem haver com isso – Responde Jimin – Mas tenho certeza que se ele existisse Inequações trigonométricas seria algo que ele inventaria!
-Vocês sabem que reclamar não vai adiantar de nada não é? A única coisa que realmente vai ajudar é estudar! –Hoseok explica – Vamos desde o princípio então...
-Vou pegar café para todos porque pelo jeito isso aqui vai demorar! E também ligar pra minha mãe avisar que vou chegar tarde!- Jungkook se levanta e sai da mesa .
-Melhor ligar pra noona também, se não é capaz dela chegar aqui com a frota policial de Seul toda! – Hoseok pega seu celular e digita o um da discagem rápida.
-Manda um beijo pra ela – Jimin diz e Hoseok taca o estojo na cara dele o fazendo rir.
-Park Jimin , toma cuidado que vacilão morre cedo! Se você quer um teto sobre sua cabeça quando sua mãe te colocar pra fora por causa da sua falta de QI é melhor ter mais respeito com a irmã alheia! – Jimin ri do ‘ciúmes’ de Hoseok e faz coraçõezinhos com as mãos direcionados a ele – Hey noona, estamos na cafeteria na esquina...Avisa por favor para mamãe e o pai que vamos demorar um pouco... A mãe tinha dito que o restaurante estava muito cheio, era melhor vir para cá teria menos barulho...Porque, aparentemente esses dois aqui fugiram das aulas de matemática desde o fundamental...Não precisa vir nos buscar depois noona! Estamos na esquina do bairro por deus somos homens crescidos! Ta bom, ta bom dependendo do horário eu faço Jimin e o Kookie dormirem em casa! Tchauzinhoo!
-Wow, ela realmente é muito parecida com meu hyung! – Afirma Tae.
-Kim Namjoon? –Pergunta Hoseok.
Às vezes a superproteção de Hye Jeun era inconveniente, mas ele não se incomodava, porque se sentia da mesma forma com ela, como no primeiro dia de curso que acabou chovendo e ela tinha esquecido o guarda chuva ele quase foi andando até a escola buscar ela, mas quando estava a ponto de sair ela chegou na moto de um desconhecido, ainda não entendido o porque da irmã ter mentido pra ele, mas de qualquer forma...
-Não, por mais que Namjoon também seja protetor, Seokjin hyung dá de dez na nossa mãe! Fica o tempo todo cuidado de mim do Namjoon, da empresa entre outras coisas...as vezes eu sinto que a única coisa da qual ele não cuida é de si mesmo! - Tae suspira.
-Sei como é, Hye Jeun também é assim, quer tomar conta de todo mundo, inclusive desses dois - Hoseok aponta para Jimin e Kookie que voltava com os cafés - Mas eu acho que no caso dela é pra não ter que encarar de frente as próprias dores que carrega.
-Agora nós vamos contar histórias tristes e fazer trancinhas uns nos outros? –Jimin interrompe a conversa antes que Hoseok começasse a falar do Yoongi hyung – Bora estudar gente! Por onde devemos começar Hobi?
^-^
-Finalmente um tempo para comemorarmos sua promoção! – Hye Jeun diz alegremente colocando as garrafas de Soju sobre a mesa,e JuDa se apressa em abrir uma.
-Sim, tem sido tão corrido, você com o restaurante e o curso de administração e eu tendo que seguir o Vice-presidente para todo o canto! –Ela toma um copinho inteiro de uma vez só - Parece que não temos mais vida Jung Hye Jeun!
-Em brinde a isso então, que todo esse nosso trabalho duro de bons resultados! – Hye Jeun afirma animada, elas batem os copinhos e viram – Tenho uma coisa pra contar a você!
-O que?
-Eu encontrei um cara perfeito para você – A bebida trava na garganta de JuDa, mas ela se força a engolir, por deus o que aquela menina queria dizer justo agora? Hye Jeun começa a analisar o rosto de JuDa que desvia o olhar, “Nada de contato visual, se você fizer ela vai adivinhar até a cor da sua calcinha!” - O que você está escondendo de mim Hong JuDa?
-Nada! – JuDa esconde o rosto nas garrafas de Soju, “ah por que ela tinha tocar em um assunto assim justo hoje?” JuDa se questiona, afinal Hye Jeun evitava assuntos assim, mas justo agora que ela estava se envolvendo com uma pessoa com a qual em deveria sonhar.
-Você estava saindo com alguém? – Hye Jeun pergunta e JuDa faz que sim com a cabeça - Você não vai me contar quem é?- JuDa demora um pouco mas faz que não com a cabeça, Hye Jeun sente um incomodo grande, elas nunca haviam tido segredos entre si, sentia como se JuDa a estivesse de certa forma ‘traindo’ a amizade que tinham, mas ao invés de demonstrar apenas sorri - Então vamos falar de outra coisa!
JuDa tinha consciência do quanto estava magoando Hye Jeun, porque iria se sentir da mesma forma se fosse o oposto, mas como contaria que estava apaixonada por um dos herdeiros do império que a amiga tanto repudiava? Uma parte de si sabia que aquilo era traição de qualquer forma, independente do caminho que escolhesse. Mas no momento estava imersa demais no que sentia pra saber quem deveria escolher, se pudesse adiar aquilo JuDa adiaria o quanto pudesse.
^-^
-Depois que o fizer, está dispensado por hoje secretário, pode descansar a vontade amanhã okay? – Secretário Choi fica espantado, ele estava realmente recebendo o primeiro dia de folga, sem serem suas férias remuneradas? A garota Jung estava realmente mexendo com Seokjin! Mas ele não iria ficar ali pra reclamar, se apressou em se retirar.
-Você acabou de dar folga a ele? – Namjoon pergunta espantado, nem ele mesmo recebia folga do hyung, até porque esse não tirava folga alguma nos últimos anos – E eu?
-Eu deveria mandar você pra bem longe mesmo Namjoon!- As palavras do mais velho espantam Namjoon - Onde você está com a cabeça?
-O que eu fiz? –Seokjin então joga a os papéis com as informações pessoais de Hong JuDa, Namjoon sente seu coração congelar, como ele havia descoberto? Tinha sido o mais discreto possível!
-Essa garota tem potencial, de verdade, foi exatamente por isso que a promovi! Melhores notas durante toda jornada escolar, primeira da turma da faculdade...
-Eu já sei de tudo isso – Namjoon responde sério - Onde o hyung quer chegar afinal?
-Quero saber por que esta brincando com uma garota assim Jonnie?
-Não estou brincando com ela hyung! Eu gosto dela! –Seokjin encara o irmão desacreditado, seria coincidência demais os dois estarem se envolvendo com pessoas que os seus pais nunca aprovariam.
- Você vai acabar arruinando a vida dela assim, se a mãe descobrir sobre isso... Já sabe o que vai acontecer!
-Não é como se eu pudesse controlar hyung! Acredita realmente que eu escolhi isso? Eu sou a última pessoa que cogitaria se envolver com alguém aqui! Mas o que posso fazer? Não sou uma máquina como o hyung! Carne, osso e sangue são do que sou feito!
Seokjin vê o irmão completamente atordoado, ele ainda não tinha poder para proteger seu irmãozinho, teria que adiantar as coisas, mas pensar assim fazia o próprio coração se atormentar. Mas sabia definir prioridades, Seokjin aproveitaria as próximas semanas, como se fossem as últimas de sua vida.
-Espere até meu casamento então. – Namjoon arregala os olhos – Quando eu me casar, terei força o suficiente pra proteger você e Taehyung de qualquer retaliação que nossos pais possam vir a pensar e logo deixarei de ser presidente interino do Império Kim, então tudo vai se resolver, só precisa ter paciência!
-É por isso que você está aceitando esse casamento tão passivamente? É por isso que você passou os últimos sete anos fazendo tudo que mandavam hyung? Você não pode se sacrificar assim! - Namjoon sentiu as lagrimas se formando, a culpa pesava seu coração como nunca.
Seokjin sorriu, ele não se importava de casar, seus irmãos mais novos eram as únicas pessoas que ele realmente amava nessa vida, ele poderia suportar tudo se eles estivessem bem e pouco antes do seu avô morrer havia prometido que protegeria os dois. Não era do tipo de pessoa que quebrava promessas.
-Vai ficar tudo bem Namjoon! –Seokjin mente – Não é como se eu tivesse pretensão alguma de me apaixonar novamente.
-Não é porque aquela garota foi uma interesseira que todas serão! – Era engraçado ver o mais novo falando assim – Você está vivo, não é como se coubesse a você decidir se vai ou não se apaixonar!
-Como diria nosso avô “É com o cérebro que você ama, não com o coração!” Já que sou uma pessoa inteligente acredito que posso sim decidir por quem me apaixonar ou não – Seokjin toca a têmpora – É tudo uma questão de aprender a controlar aqui!
^-^
-UNNIE ACORDA! –Hae Soo gritava na porta, para uma pessoa bem pequena ela tinha uma voz bem potente – TEMOS UM PIQUENIQUE MARCADO LEMBRA?
A cabeça de Hye Jeun latejava, tinha bebido além do necessário ontem com JuDa , seu estômago a estava punindo por isso, ela tenta se virar na cama, mas um corpo ao seu lado impede “Por favor seja JuDa, por favor, por favor, por favor!” Hye abre um olho só temerosa e vê JuDa completamente apagada ao seu lado, suspira aliviada!
Que horas eram? Hye Jeun tateou a cabeceira da cama procurando o celular, desbloqueia a tela, eram dez e meia da manhã, fazia um tempo desde que tinha dormido tanto! JuDa provavelmente estava atrasada.
-Goood Morning! – diz abraçando a amiga.
-Me deixa dormir desgraça! –Aquilo sim era amor de amiga, quase irmã.
-Está bem, mas quando você for demitida não reclame! –Hye Jeun se levanta da cama cambaleante, iria precisar de uma sopa pra ressaca. JuDa então passa por ela como um furacão e se despede às pressas de todo mundo que encontrava pelo caminho - Aish essa criança!
-O que aconteceu com a JuDa noona? – Pergunta Hoseok na porta.
-Ela está atrasada para ir ao trabalho - Hye Jeun pega a toalha de banho que estava pendurada na cadeira e sai do quarto – Aigoo que dor de cabeça! PAIÊ...
- A sopa já está pronta, só tome um banho e se ajeite antes dos meninos chegarem por deus, você está um lixo! – Hoseok faz uma careta, quanto amor ela estava recebendo hoje! –A lave o cabelo tem um cara lá embaixo atrás de você!
Kim Jin já havia chegado? Hye Jeun corre para o banheiro, Jin tinha chegado muito cedo, na verdade ela que tinha acordado muito tarde, durante o banho frio ela pondera que roupa deveria vestir, tinha que ser algo que parece casual, mas ao mesmo tempo a deixasse bonita, sua dor de cabeça havia sumido como um passe de mágica!
Estava completamente eufórica, mesmo sem entender a razão de tanto ânimo repentino, ele era só seu amigo, não colega de curso, só isso! Respirou fundo e começou a se secar, o melhor era não dá tanta importância para o fato sim, era isso!
Decidiu usar seu macacão jeans afinal iria jogar futebol com os meninos e aquela roupa seria a mais apropriada e uma regata cinza por baixo, quando estava secando os cabelos Hoseok bateu na porta apressando, Hye Jeun se olhou uma última vez no espelho, não estava de todo ruim pra quem estava de ressaca, mas um pouco de batom e perfume não fariam mal algum. Estava pronta!
-Jin oppa você, e minha unnie estão namorando? –Hye Jeun escuta Hae Soo perguntar quando descia a escada, ela apressa o passo, deus o que estava passando na cabeça da sua irmãzinha?
-ENTÃO GENTE? JÁ ESTÃO TODOS PRONTOS? –Hye Jeun fala, alto demais, Jin já segurava Hae Soo no colo e sua mãe o encarava como se fosse um príncipe da dinastia Joseon, seu pai e Jimin estavam com cara de poucos amigos, já Hoseok e Jungkook pareciam estar tentando segurar o riso.
Jimin caminha carrancudo até Hye Jeun, pega o boné que estava na sua cintura e coloca na cabeça dela ajeitando o seus cabelos depois. Ela fica ali sem se mexer ou entender o que tinha de errado com aquela criança naquele dia.
-O Sol está forte hoje – Ele diz baixinho- Vai ajudar a proteger a pele do seu rosto noona.
- Muito obrigada, Jiminie – Hye Jeun bagunça os cabelos dele que sorri pra ela –Vamos meu povo?
-Siim! – responderam juntos.
No caminho até o parque Hye Jeun foi tomando sua sopa que o pai havia engarrafado para ela, sua mãe fazendo todos os tipos de perguntas vergonhosas sempre havendo um suspiro pesado do seu pai após. Jimin ficou como um guarda costas ao lado de Hye Jeun, já Hoseok e Jungkook foram brincando como se tivessem a idade de Hae Soo.
Quando acharam um campo aberto no parque se estabeleceram ali, todos ajudavam a arrumar as coisas enquanto Hae Soo coordenava. Assim que terminaram começaram a separar o times , decidindo que seria a família Jung contra Jimin , Kookie e Jin eles teriam Hae Soo como árbitro.
-Quem perder vai ter que fazer qualquer coisa que o ganhador pedir! – Avisa Hoseok.
-Hum, interessante! – Jin pisca para Hye Jeun.
-Meu deus! – Ele havia prometido não fazer coisas assim na frente da família dela! – Não sejam pretensiosos, porque a família Jung já ganhou todos os campeonatos da vizinhança..
-Nos últimos quinze anos! – Completa o Sr.Jung com orgulho.
-Isso mesmo minha família é demais...Vamos começar logo esse jogo! – Hae Soo mostra séria seu apito da Hello Kitty – Dentro desse campo eu sou o seu Deus, se eu disser que é falta é falta, se disser que foi pênalti ou gol é porque foi! Estamos entendidos?
-Sim juíza Jung Hae Soo! – Responderam todos juntos.
-Um, dois, três já! –Hae Soo apitou e o jogo começou.
Eram dois tempos de trinta minutos cada e como a família Jung tinha avisado eles eram muito bons no futebol, Seokjin ficava impressionado com a sintonia que eles tinham, era isso que significava na forma pratica uma família, ele concluiu, sintonia! Nem ficou triste por perder, mesmo que odiasse a sensação normalmente, ali estava só com um “cansaço bom”.
-Então...qual será nosso prêmio? Me deixem pensar… - Pondera Hye Jeun.
-O meu é que eles três limpem o restaurante assim que voltarmos, o restaurante todinho! -Sr. Jung diz sorrindo.
-Hum, já que isso é um pedido médio vamos dividir o nosso noona? –Hye Jeun concorda com o irmão afinal o restaurante era de um tamanho considerável.
-Já sei - Ela grita enquanto bate palmas - Eles terão que pintar o cabelo! Cada um da cor de nossa preferência! Assim todos ficaram sabendo o quão perdedores eles são!
Os vencedores trocam high five’s, já Jin, Jimin e Kookie engolem seco, como eles explicariam isso para as próprias famílias?
-Acho que o Kookie vai ficar bem de vermelho! –Diz Sr.Jung.
-Jimin laranja para realçar sua beleza! –Brinca Hoseok .
-Hum, acho que esse rosto fofo do Jin vai ficar incrível de cabelo rosa! Vai ultrapassar os limites da fofura! – Haesoo faz corações com as mãos e Jin fica vermelho, porque ele estava ficando vermelho?
-Omo, Omo minha HaeSoo está muito certa Jin oppa! O oppa vai ficar muito bonito mesmo! – Diz Hye Jeun.
Quando finalmente sentaram para comer, Hae Soo parecia satisfeita com seu próprio trabalho então se presenteou com uma grande quantidade de doce.
-Ah não coma tanto criança! - Repreendeu Sra. Jung- Como você vai ser uma k-idol assim hãn?
Hae Soo pega dois bolinhos de arroz com menos pimenta que haviam sido especialmente para ela e coloca na boca fazendo suas bochechas parecerem maiores, ela se levanta e começa a cantar:
- I’m like TT - Ela interpretava uma carinha triste - Just like TT - Começou a dançar a coreografia do girl group - Ireon nae mam moreugo (Você não sabe dos meus sentimentos), Neomuhae neomuhae(Você é tão cruel, tão cruel), I’m like TT, Just like TT!
-Aigoo como essa pequena é dramática!- Hoseok pega a irmã no colo e começa a fazer cócegas nela até ela ficar sem ar.
- Oppa, quase me matou!- Hae Soo diz se abanando – E dramática mesmo é a Lenda da princesa Dandelion...
-Lenda de que? – Todos olham para Jin espantados.
-Jin você realmente não conhece essa história? – Hye Jeun não acreditava que aquilo fosse possível – Sempre acreditei que Dadelion fosse uma das histórias mais conhecidas da Coreia!
-Deabak, até meu nome foi escolhido por causa dessa história, Hoseok o príncipe herdeiro de Goryeo! – Diz orgulhoso.
-Mas Yi Seonggye Hoseok não é o fundador da Dinastia Joseon? – Jin pergunta confuso, tinha certeza que havia estudado certo, suas notas exemplares eram prova disso.
-É ai que entra a lenda – Explica Sra. Jung – Minha unnie gostava muito dessa história – Diz saudosa - Quando voltarmos para casa te emprestarei o livro, mas tem que me prometer que vai cuidar muito bem, ele pertencia a uma pessoa que eu amava muito!
-Claro Sra. Jung!- Jin promete.
-Bem que poderiam fazer um drama sobre essa história – Reflete Hoseok –Eu poderia interpretar o príncipe afinal temos o mesmo nome!
-Eu seria o quinto príncipe claro – diz Jimin – O mais bonito!
-Aigoo como é convencido! – Diz Kookie – Eu seria o melhor amigo da princesa!
-Justo o chutado? – Pergunta o senhor Jung.
-Hum, quando amamos alguém de verdade desejamos que essa pessoa seja feliz, independente se essa felicidade nos inclui ou não! – Explica.
-Deabak! Você é o irmãozinho mais sábio de todos Kookie- Hoseok faz o mais novo ficar vermelho por conta do elogio. Park Jimin fica em silêncio absorvendo as palavras do amigo.
-Kookie oppa é muito inteligente! – Hae Soo o abraça – Mas Lee Jong-suk como quinto príncipe, Kim Woo-bin como melhor amigo, Lee Min Ho como príncipe herdeiro e não podemos nos esquecer do príncipe mais velho que óbvio seria o papel perfeito para Lee Joon Ki!
-Você tem certeza que ela tem cinco anos Hye Jeun? – Jin sussurra , que ri.
-Sim, parece que não, mas como eu estava lá quando ela nasceu não tenho a menor dúvida! Mas eu concordo com Hae Soo, Lee Min Ho seria o príncipe herdeiro perfeito! –Ela pisca pra mais nova – Afinal ele é o melhor oppa!
-Sim! – Concorda Hae Soo e Sra Jung.
-Aish, quem você está chamando de oppa mulher? Aquele menino tem idade pra ser nosso filho! - Reclama Sr. Jung fazendo todos ali rirem.
-Ele não é nada demais – Resmunga Hoseok.
-Concordo – Diz Jin, ele conhecia Lee Min Ho, ele era um cara legal e tudo, mas ouvir Hye Jeun chamando ele de oppa causava o mesmo desconforto que havia sentido quando Park Jimin tinha colocado aquele boné de maneira tão íntima nela.
-Aigoo, todo mundo sabe que não importa a idade se é bonito, é um oppa! Mas como são ciumentos esses homens! – Sra Jung diz e da um beijo rápido no rosto do marido, Hae Soo dá um beijo na bochecha do irmão e Jin aponta pra própria esperando Hye Jeun seguir o exemplo delas, mas ela só esconde o rosto com o bendito boné, Seokjin queria poder queimar aquele troço!
-Acho que se quisermos receber nosso prêmio temos que ir andando –Sr. Jung diz olhando para o céu, Seokjin nem havia percebido que o tempo passará tão rápido que o sol já estava se pondo – Let’s Go!
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Imagine Harry Styles - Pedido
- No que você está pensando, querido? – Daisy me pergunta.
- Hum – resmungo – Em nada – respondo finalmente, fechando os olhos e aproveitando o carinho que seus dedos fazem no meu couro cabeludo.
- Essa resposta é inválida, você sabe – eu rio e permaneço calado.
O quarto está calado, não escuto nem um mísero barulho. Minha respiração já voltou ao normal. Sinto o coração de Daisy ainda acelerado, seu peito sobe e desce de maneira rápida, mas ela permanece parada com a minha cabeça encostada no seu peito. Sinto-me culpado por ela não surtir o mesmo efeito que eu causo nela. Me odeio só de pensar que ela ainda pense na outra.Sei que a culpa é minha, mas tenho feito de tudo para esquecê-la.
- É nela, não é? – meu coração salta só pelo simples fato de Daisy a ter citado.
Fecho os olhos com força e tento normalizar minha respiração, mas o estrago já está feito. As lembranças invadem a minha mente tão rápido que nem consigo diferenciar qual sentimento me soca mais: amor, saudade, dor... Lembro dos olhos dela, sempre tão sorridentes. Do sorriso, cheio de dentes e acompanhado de uma risada alta, sempre. Lembro de suas mãos, pequenas e macias, que acariciavam o meu rosto com delicadeza e também de sua mania de sempre enrolar os cachos dos meus cabelos no dedo indicador.
Daisy para o carinho. Aperto os olhos com força e me culpo por magoá-la tanto assim.
- Eu não ... eu não estava ... – tento formular alguma desculpa plausível na minha cabeça, mas eu não consigo mentir pra ela. Nunca consegui.
- Você deveria superar isso, Harry – a voz dela soa baixa, quase como um sussurro.
- Mas eu superei...
- Não, você não superou nada – ela solta o ar e me empurra para o lado e se levanta, andando até a cadeira em frente à cama para pegar seu roupão. Já coberta, Daisy para e respira fundo, de costas para mim e diz: - Você me disse que estava tentando superar, que ela não surtia mais esse efeito em você. O que aconteceu?
- Não aconteceu nada, eu juro! – clamo, me sentando na cama – Eu estava ... estou ... não sei
Daisy suspira alto e eu sei que está prendendo o choro. Fico encarando suas costas e ela sai do quarto. Me xingo mentalmente, mas não vou atrás dela. Sou fraco demais para me levantar e pedir desculpas por uma coisa que, talvez, eu nunca supere na vida.
{¨¨¨¨}
- Você quer muffin de que? – Daisy me pergunta parada na porta da doceria.
Paro para pensar e coloco a mão no queixo, acariciando minha barba inexistente. Daisy ri e levanta a sobrancelha para mim. Olho para ela ofendido.
- Que foi? Eu preciso pensar um pouco, é muito difícil decidir qual é o melhor ...
Ela ri mais uma vez.
- Então ta bom senhor pensador. Vou lá dentro comprar o meu enquanto você fica aí, decidindo. – dito isso, Daisy abre a porta de vidro e o sininho me faz lembrar das vezes que eu vinha com ela.
A manhã estava ensolarada naquele dia. Era uma sexta, fazia calor e o céu nunca esteve tão azul. Eu poderia dizer que o brilho do sol estava ofuscante, mas daí lembro do sorriso que ela me deu quando eu disse que seu vestido a deixava mais menininha. Aquela peça era tão delicada, de alcinhas finas e estampa florida. Ficou perfeito no corpo dela, eu soube disso na hora em que bati os olhos nele lá na loja. Fiz questão de comprar. Quando cheguei em casa, ela riu e disse que eu a estava transformando numa pessoa mimada. Eu apenas ri e pedi que usasse quando acordasse muito feliz. E, naquele dia ela usava. E por alguma razão eu fiquei contagiado com a alegria que emanava do corpo dela. O sorriso que não apagava de seu rosto, o caminhar leve pela calçada. As mãos sempre procurando as minhas para entrelaçá-las.
- Eu vou comer o de morango! – ela disse de supetão, me assustando um pouco quando abriu a porta da doceria – E você?
- Humm – olho para a tabela de sabores fingindo não saber qual escolher, mas eu sempre sabia o que escolher. Foi ela quem me apresentou meu sabor preferido.
- Me deixa adivinhar! – ela quase grita, se virando para mim na fila e olhando nos meus olhos. Ela finge pensar por um segundo e depois diz: - Chocolate belga?
Faço uma careta e afirmo com a cabeça. Ela ri alto e bate palmas, como se tivesse adivinhado a mais difícil das perguntas. Eu rio junto com ela e sinto os lábios dela me contemplando rapidamente.
- Você se lembra daquele dia? – ela pergunta, abraçada em mim enquanto aguardamos nossa vez.
Abro um sorriso e digo que sim.
- Você parecia tão perdido naquele dia ... – ela diz olhando para o nada – Tava olhando a tabela de sabores por tanto tempo, mordia os lábios, nervoso. Aquele casaco te fazia parecer três vezes maior do que é. A touca amarela era cômica, mas quando te olhei de frente, achei um aparato charmoso.
- Não chame a minha touca de aparato e nem de cômica – eu rio
- Shhh ... – ela coloca um dedo nos meus lábios e me olha duro – Me deixa continuar – me rendo e balanço a cabeça. Ela volta a me abraçar e continua: - Eu pensei que não faria mal ir lá e citar meus preferidos pro desconhecido, mas quando você me olhou confuso, se perguntando quem era aquela louca que tinha dito “chocolate belga” para o atendente, fiquei travada ... – ela para de falar e fica envergonhada e lembro exatamente desse momento. Eu pensei que ela tinha roubado a minha vez. – Os seus olhos... seus olhos me deixaram sem ar – ela olha pra cima e sorri – E ainda me deixam assim.
Sinto minhas bochechas corarem e ela ri.
- Além de fazer o meu pedido, ainda acrescentou um chocolate quente bem cremoso na conta.
- Para que depois que eu te convidei para sentar comigo, você adorou.
- Vamos com calma aí – a atrapalho – Eu te chamei para sentar comigo e eu não adorei de inicio, porque você pegou minha caneca de chocolate quente cremoso e jogou em cima do muffin!
Ela começa a gargalhar.
- Eu lembro da sua cara de assustado, do tipo “ ela fez o pedido por mim e está estragando meu lanche!” – ela ri mais ainda e não consigo não acompanhá-la – Pelo menos depois você aceitou minha proposta de experimentar e adorou, amou e fez cara de orgasmo.
- Minha cara de orgasmo não é daquele jeito – digo, me defendendo e ela ri, olhando para mim e levantando a sobrancelha. Acabo concordando e sorrio, mais uma vez não conseguindo resistir ao efeito que ela tem sobre mim.
Meu devaneio termina quando ouço uma risada familiar. Viro o rosto na direção do som e meu sangue gela. Meu coração simplesmente para de bater e eu fico ali, parecendo que viu um fantasma, mas infelizmente não é um fantasma. É ela.
Os cabelos estão bem acima dos ombros, a calça jeans e a blusa de frio não combinam com seu estilo jovem e despojado do qual me lembro. Duas crianças a acompanham e ela parece entredita com a conversa. A garotinha e o garotinho saem correndo quando chegam perto da porta da doceria e logo entram, provavelmente querendo apostar corrida. Ela ri e vem correndo até eles, mas antes que consiga abrir a porta, eu a chamo.
Sem querer eu digo o nome dela, mas não gritei, apenas falei o nome dela. Por um segundo eu penso que não escutou, mas quando ela se vira na minha direção, o mundo todo para.
Os olhos dela. Os olhos dela brilham quando encontram os meus. Vejo seu rosto mudar de surpresa para tristeza e não gosto de causar isso a ela. Não gosto de a fazer sofrer.
- Harry – ela diz, no mesmo tom de voz que eu e vem andando até mim – Meu Deus
A minha boca fica completamente seca quando eu posso, finalmente, olhar naqueles olhos pelos quais fui e sou tão apaixonado depois de dez anos. Sinto a pressão do choro na garganta e tento engolir, mas dói, então faço uma careta. Ela sorri e balança a cabeça.
- Eu sei, dói em mim também – ela diz, tão baixinho que posso chegar a pensar que é tudo imaginação minha.
- Com toda certeza dói mais em você do que em mim – digo, me atormentando pelo que fiz com ela há tantos anos.
- Pare de reviver o passado, Harry. Foi há tanto tanto tempo. Você era novo, não estava preparado para uma coisa daquelas, não queria se prender a ninguém, tinha medo de pertencer a só uma pessoa.
- Mas eu não tinha o direito de te machucar do jeito que te machuquei – digo, baixando a cabeça e torcendo os dedos das mãos.
A mão dela toca as minhas e sinto todos os nervos do meu corpo de retorcerem. Fecho os olhos com força, sentindo que se permanecer com eles abertos, as lágrimas vão descer.
- Você me machucou sim, muito, mas agora nós crescemos. Já se passou dez anos, Harry. Encontramos outras pessoas, encontramos um jeito de adormecer o que tínhamos. Somos adultos agora, temos responsabilidades e uma vida para seguir. Tá na hora de deixar isso para trás.
- Eu não consigo te deixar ... – solto sem querer, com a voz embargada e apertando mais os olhos.
- Eu nunca vou deixar de te amar, Harry – ela diz e todo o esforço que eu fiz para me conter, foi em vão. Assim que as palavras saem da boca dela, eu sufoco e choro, liberando tudo que estava guardando só para mim.
Penso em tudo, desde o dia em que nos conhecemos até o ultimo, quando eu simplesmente fiz a pior coisa do mundo com a única mulher que vou amar inteiramente na minha vida. Ela foi embora com toda razão e eu me lembro desse dia também. Da dor cortante no meu peito, a pressão que eu sentia e que não passava nunca, me impedindo de respirar. Lembro de chorar por semanas inteiras, ir para o trabalho com os olhos ardendo, sem disposição, sem vida. Até que conheci Daisy. Ela me tirou do fundo do poço pois sabia a formula. Ela também tinha machucado alguém importante demais e ele a deixou. Nós nos reerguemos juntos, ela deixou o passado para trás e mergulhou de cabeça na nossa relação. Enquanto eu ainda continuava agarrado, amordaçado e totalmente entregue ao passado. Nunca o deixei e isso ficou mais obvio ao longos dos anos, e toda vez que Daisy me olha, eu sei que ela vê isso, mas me ama demais para me deixar. Mais um motivo para eu me odiar.
- Eu sei que é difícil, mas você precisa encontrar um jeito. Nem todas as pessoas do mundo ficam com aquelas que foram predestinadas a elas. Nem todo mundo encontra sua alma gêmea. Mas isso não significa que elas vão morrer sem amar e ser amado.
- Mas nós nos encontramos, nós nos encontramos – repito, várias e várias vezes e abro os olhos, enxergando tudo embaçado.
- Sim, nos encontramos, mas não será a hora certa, o momento certo.
- E eu estraguei tudo
- Harry, por favor – ela diz, pedindo para que eu a olhe – Fica bem, por favor, é tudo o que eu te peço. Por favor não fique agarrado a tudo aquilo, siga em frente. Você tem muita coisa boa guardada aí dentro, mostre para as pessoas o seu melhor, seja você. Seja aquele garoto que eu conheci aqui, mas mais velho, com mais maturidade. Eu acredito em você.
As palavras dela doem, o toque dela dói, as lembranças doem e eu não consigo parar de chorar. Acho que entrei em estado de dormência momentânea. Eu vejo tudo, mas não consigo reagir, apenas fico ali, sentindo meu peito dilacerando por dentro. Em algum momento ela olha dentro dos meus olhos e quase me teletransporto para o passado, mas o momento acaba quando ela solta as minhas mãos e se vira, andando até a loja e entrando.
Olho para meus pés e vou normalizando a respiração. As lágrimas começam a secar e ouço alguém andando até mim. Levanto a cabeça rápido, pensando que ela mudou de ideia e voltou, mas me engano. É Daisy. Seu rosto está manchado de lagrimas e a dor estampada em seu rosto revela a mim que ela viu tudo.
- Você sempre vai amá-la, Harry, sempre. Não importa o que aconteça, sempre será ela, eu sei, eu sabia disso quando me apaixonei por você. Mas eu pensei que com o tempo você pudesse aprender a viver com isso, com a realidade. Me enganei profundamente.
Deixo que ela fale, eu não tenho nada a dizer. Para qualquer um que passasse por ali naquele momento em que eu estive chorando, saberia interpretar. É mais forte que eu.
- Ela tem dois filhos, Harry. Ela é uma mulher agora. Casada, mora numa casa linda, faz parte de uma família maravilhosa e você continua aí, olhando para cada canto dessa cidade e se lembrando dela, dos momentos com ela, dos beijos, dos toques, de tudo. Eu sei que dói, eu sei que é difícil bloquear tudo isso, mas com o tempo a gente consegue, porque a gente quer seguir em frente, quer olhar para outros lados, fazer novas lembranças. – as palavras dela me doem, e eu volto a chorar, pois é a única coisa que eu consigo fazer nesse momento – Durante todos esses anos eu maquiei esse seu estado, dizendo para mim mesma que um dia você me olharia diferente, que um dia me amaria um pouco mais, mas isso nunca aconteceu. E eu descobri o porque ... você simplesmente não quer seguir em frente, e eu não posso me acorrentar a uma pessoa que só me puxa para o fundo do poço com ela. Não posso.
Levanto a cabeça e olho para Daisy. Uma mulher linda, cheia de qualidades, com um coração enorme, uma alma incrível. Vejo nela tudo o que vi nos últimos anos, mas agora vejo de outro ângulo. Eu a vejo como uma mulher por quem eu poderia me apaixonar se me permitisse. Eu viveria com ela em algum lugar no sul, nós teríamos um filho parecido com ela. Nós tomaríamos chá na varanda da nossa casa e tudo o que faríamos seria contemplar a paisagem.
Infelizmente eu percebi isso tarde demais, mais uma vez.
- Siga em frente, Harry. Faça isso por você mesmo, por favor.
Mais uma vez eu magoei alguém tentando não me magoar.
Mais uma vez eu deixei de ser feliz por medo.
- Eu não posso mais viver assim – são as ultimas palavras de Daisy.
E mais uma vez eu precisarei tentar seguir em frente.
/Larry
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O Jogo da Morte
I – POST MORTEM
~ 3 ~
Natália Werlang detestava o emprego. Ficava ociosa a maior parte do tempo. O “Mercado da Daiane” onde ela trabalhava não era o mais frequentado da cidade, nem sequer era grande. Na verdade, não passava de um mercadinho. Mas ela trabalhava como caixa/empacotadora/repositora ali e, infelizmente, precisava daquele dinheiro.
A Daiane, que dava nome ao mercado, Natália nunca vira. Quem cuidava da parte administrativa e financeira do mercado era o dono do mercado – um velho gordo que ficava o tempo todo enfurnado em uma salinha nos fundos do mercado fazendo sabe-se lá o quê. Aparentemente, “Daiane” era a filha do velho.
Natália gostaria de ter muito dinheiro, como a maioria dos seus colegas de faculdade pareciam ter. Assim não precisaria desperdiçar tempo naquele lugar chato, não fazendo absolutamente nada. Durante a maior parte do tempo tentava fazer alguma coisa na internet, no lixo de computador que havia ali. O mais lento computador com o qual ela já havia trabalhado.
Quando o tempo demorava muito para passar, ela pegava o caderno e um lápis da mochila e colocava-se a desenhar, algo que gostava de fazer desde criança. E, modéstia à parte, achava que o fazia muito bem, obrigado.
Ainda assim, às vezes tinha a impressão de que acabaria morrendo de inércia naquele lugar.
Só que o salário que ela recebia ali não durava muito tempo em suas mãos. Para complementar a renda, começou então a desenvolver uma atividade ilícita ali mesmo, no mercado.
Logo que chegou na cidade, acabou tendo um relacionamento casual com um cara mais velho, um tal de Ramon del Castillo. Não demorou muito para que ela descobrisse que ele era um dos maiores traficantes de drogas da cidade. Também descobriu, com isso, que muitos dos seus colegas de faculdade usavam drogas. Na verdade, muito dos estudantes da universidade usavam drogas.
Natália começou, então, a agir como uma ponte entre Ramon e esses estudantes, carregando as drogas e o dinheiro entre as partes.
Convenceu Ramon a lhe dar uma porcentagem e agora ela tinha uma renda bem mais interessante do que o salário baixo.
Com o tempo, acabou começando a vender drogas também no próprio mercado.
Quase ninguém entrava ali de qualquer forma.
É claro que com as férias o movimento diminuía bastante, assim como o dinheiro. Em compensação, o tédio se tornava ainda mais infinito.
Aquela manhã não parecia que iria ser muito diferente disso.
Mas, para a grande surpresa e grande alegria dela, Elisa Sanches apareceu na porta do mercadinho e entrou.
- Ai, guria, tu nem sabe com quem eu tô ficando. – Elisa chegou dizendo, sem sequer cumprimentar. A boa e velha Elisa de sempre, com sua péssima dicção e tique nervoso de balançar levemente a cabeça para a esquerda quando está ansiosa ou animada.
Ouviu-se o sininho da porta, quando esta se fechou.
Elisa vestia uma calça jeans e uma camisa simples, azul-bebê, com uma estampa colorida na frente. Os cabelos castanhos dela caiam sobre os ombros de um modo bastante elegante. Quando ela ergueu os óculos escuros de lentes enormes e ovalares, Natália pôde ver que os olhos verdes brilhavam de euforia.
- Bom dia, Elisa. – Natália disse.
Elisa se aproximou do caixa e ignorou Natália.
- Sabe o Rafael dos Santos, aquele gato da Educação Física? – perguntou Elisa, mas não concedeu tempo hábil para Natália responder. – Então, a gente começou a ficar naquela festa sábado no pub! – ela gargalhou de forma de estridente e exagerada.
Natália sabia quem era o dito cujo e, de fato, achava ele bem bonitinho, mas também sempre tivera a impressão de que ele não devia ter muita coisa na cabeça.
- Que bom. – comentou Natália, porque se deve ser solidária com as amigas; principalmente as cabeças-ocas. – E como estava a festa?
- Ele usa um perfume tão bom! – Elisa exclamou, ignorando mais uma vez Natália e alongando a vogal anasalada.
Elisa suspirou – já visivelmente apaixonada pelo carinha – e Natália não teve como não suspirar também – porque sabia precisamente o que acontecia quando a amiga se apaixonava por alguém.
Quanto tempo duraria esse flerte? Uma semana? Quinze dias? Será que algum já durou mais que isso? Natália duvidava.
- Bem que podíamos fazer uma das jantinha pra que a gente possa se encontrar de novo, o que você acha? – Elisa sugeriu.
Natália pensou a respeito e encontrou dois problemas.
- Você acha? – Natália começou. – Depois do que aconteceu com a Melissa? Tipo, é bem cedo. – Natália opinou e viu Elisa hesitar.
- Você sabe que eu não gostava dela. – Elisa retrucou. – E você também não era a fã número um.
- Pode até ser, mas ela era da turma. – respondeu Natália, com uma leve recriminação na voz e viu Elisa ficar impaciente.
- Ela morreu. – disse ela. – Pronto, se foi. – sacudiu os ombros. – Não tem nada que a gente possa fazer quanto a isso, tem que tocar a vida pra frente.
Natália gostou que não houvesse mais ninguém por perto; não era algo nada amistoso de se escutar.
- Então talvez só não devêssemos chamar o Martin. – sugeriu Natália.
- O que deixaria você arrasada, né? – Elisa insinuou, sorrindo maliciosamente.
- Rá-rá-rá. – Natália fingiu rir. Não negava que achava ele interessante, mas também não pronunciava isso em voz alta.
Natália achou aquele um bom momento para mudar de assunto.
- Tá, mas tem outra coisa, Elisa. – avisou.
- O que tem de mais? – ela quis saber, visivelmente impaciente.
- A última janta foi na minha casa, o que significa que a próxima... – começou Natália, mas Elisa concluiu por ela.
- Ai! – a garota resmungou. – Na casa do Fabrício, sim. – os ombros dela caíram e ela fez uma careta de desgostosa. – A gente podia mudar a ordem, dessa vez. – ela sugeriu, apaticamente, talvez já prevendo que não iria acontecer.
- Só se não convidássemos o Fabrício e a Júlia. – Natália respondeu. – E eu não acho isso justo. – Natália tinha se aproximado bastante de Júlia nos últimos meses, as duas passaram de meras conhecidas a melhores amigas em pouco tempo.
- Tá certo. – disse Elisa, desistindo fácil; o que era uma raridade, falando-se dela. – Mas tem que acontecer. – ela voltou a se inflar de entusiasmo. – O quanto antes! – o sorriso pleno e bobo de novo brilhando no rosto. – É tãaao sexy! – e gargalhou.
A risada de Elisa acabou fazendo Natália rir. Logo em seguida, Elisa narrou absolutamente tudo sobre seu affaire
para que depois ambas começassem a organizar o encontro o próximo encontro do grupo de amigos.
[Imagem original]
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HOMEM DE FERRO: Guie o seu Futuro.
Qual o tamanho da sua motivação? Você traçou metas, fez planos, planejou um plano para seu 2019?
É engraçado porque todo ano criamos listas mentais do que queremos fazer. Alguns colocam no papel, outros criam planilhas, mas e você? O que fez? Será que fez algo? Porque você deveria fazer?
São muitas perguntas e se você tem a resposta pra todas elas, ótimo, esse vídeo será de boa serventia para você pode servir de combustível para continuar seu plano. Caso contrário, se você não sabe a resposta pra nenhuma delas, é urgente que você permaneça aqui comigo, vem dá a mão, que eu quero te ajudar a conseguir realizar ao menos uma coisa nesse 2019! E como uma mão lava outra, eu vou te ajudar aqui, e você me ajuda ai, sentando o dedo no like, se inscrevendo no canal caso não seja um inscrito, e assinalando o sininho pra não perder nenhum vídeo! Agora sem mais delongas bora pro vídeo!
[Vinheta]
Vamos analisar o filme de 2008 HOMEM DE FERRO, não você não ouviu errado e nem clicou sem querer em outro vídeo. Nele eu, você e o mundo, vimos um herói surgir. É a história de origem do membro mais importante dos vingadores, no MCU claro, a quem diga que nos quadrinhos também mas não é assunto para este vídeo. Pois bem, o mais engraçado de tudo isso, é que vemos 2 homens saindo do fundo do poço. Tony Stark o Homem de Ferro, e Robert Downey Jr, vindo de várias prisões, escândalos, drogas e papéis duvidosos. O Ator era alvo das críticas negativas e listado como uma péssima pessoa para se trabalhar.
Então o Ator e diretor Jhon Fravreou apostou em Robert por um simples motivo, ele era um fracassado, assim como o Tony Stark. [meme Whaaaattttt????]
Tá essa linha de texto foi bem pesada roteirista e provavelmente vocês estão se perguntando o que isso tudo tem a ver com o tema do vídeo. Calma que eu já vou chegar lá.
Eu pincelei a história de Robert aqui para vocês, já no filme, Tony é um gênio, arrogante filantropo, dono das industrias Stark, que vê sua vida em jogo E sua empresa em perigo ao ser sequestrado por militantes terroristas, preso em cativeiro, é ordenado que o mesmo construa uma bomba atômica Que seria capaz de aniquilar os estados unidos ou qualquer outro pais por inteiro, o mesmo se encontra perdido ao seu orgulho, um médico preso junto a ele, Abre seus olhos e juntos constroem o que seria a primeira armadura do homem de ferro, foi um momento icônico no cinema e sem sombra de duvidas Um grande momento para a Marvel e todos os fãs de quadrinhos.
Eu tenho que admitir homem de ferro é um dos meus filmes preferidos embora não seja o meu personagem favorito. E agora chegamos ao tema do vídeo, metas e planejamento. Stark se viu sem saída e poderia muito bem ter apenas construído a arma que os terroristas precisavam, provavelmente ele teria sido morto após a conclusão do projeto E seria lembrado para sempre por ter causado a morte de milhares de pessoas, já que seu nome estaria na arma que traria o caos.
Mas não, ele enfrentou seus medos, forjou um plano o executou com cautela e precisão, colocou uma meta, EU PRECISO SAIR COM VIDA DAQUI. Após isso, ele decidiu construir uma armadura e saiu voando por aí resolvendo os problemas que suas armas mesmo aviam causado, caindo em mãos erradas. Mas uma coisa é certa: “A caverna mudou sua vida, a partir daquele momento ele não era mais só Tony Stark, ele passou a ser o Homem de Ferro.
Devemos seguir seu exemplo no vídeo de hoje, sermos mais como ele. Stark tomou o plano e a meta como uma responsabilidade. Ele não precisava se tornar o homem de ferro, mas ao ver suas armas nas mãos erradas tomou a responsabilidade para si. Se culpou e herdou a responsabilidade por tudo aquilo. Viu seu próprio império cair nas mãos erradas e viu que se não fizesse algo, aquilo que o tornou tão famoso e rico, seria sua própria desgraça. Você pode até dizer, “mas bryan a culpa não era dele, ele foi raptado, e por mais que ele tivesse criado as armas, elas estarem sendo usadas de maneira errada ou contra ele, não era responsabilidade dele.” Sim, e não, a partir do momento que a ocasião veio ao encontro dele, se tornou sua responsabilidade, entenda, se você acorda pela manhã e tem um recém-nascido a sua porta, o que você faz? A culpa não é sua que ele foi parar ali, mas se torna responsabilidade sua o que fazer a partir daquele momento, fechar a porta e fingir que nada aconteceu, adotar a criança, levar as autoridades. Pode parecer besta e ridículo encarar suas metas e planejamentos dessa maneira, como uma responsabilidade, mas acredite, é a única maneira de executa-las. As vezes não é sua culpa que você está 20 quilos acima do peso, ou que você perdeu o emprego, ou que sua namorada te deixou. Mas é sua culpa se você se incomodar com os 20 quilos a mais e não fazer nada pra mudar. É sua culpa se você não se preparou caso perdesse o emprego e agora está ferrado e sem dinheiro. E é sua culpa ter parado sua vida por ter planejado uma vida conjunta sem ter um plano traçado para si mesmo.
Ai você pode me falar: Tá bom, é minha culpa que minha vida tá uma bagunça, que eu to perdido ou perdida e que to sem dinheiro ou sem rumo, Mas é difícil, a gente até traça um plano, mas nos falta ambição, vontade e coragem para executá-lo. Não estou falando que é fácil, porque de fato não é, é preciso força de vontade, garra e disposição. Muita na real. Mas de maneira alguma é impossível, eu quero que vocês tirem essa palavra do vocabulário de vocês. IMPOSSIVEL. O impossível não existe. Era impossível viajar até a lua, eles viajaram. Era impossível clonar qualquer coisa, eles clonaram. Era impossível voar. O homem construiu uma máquina e voou. Então não, não é impossível para você colocar a meta de perder peso e perder peso. Não é impossível colocar a meta de ingressar uma jornada na faculdade e conclui-la. E mais do que isso, não é impossível colocar seus sonhos a frente e correr atrás para realiza-los.
Se você não sabe as ideias não surgiram do nada, a Marvel Studios acabou de completar 10 anos e acredite se quiser. TODOS OS FILMES, E TODOS ESSES ANOS FORAM PLANEJADOS! A mente fabulosa por trás disso? Kevin Feige. Um Exemplo de não planejamento é a DC, que fez seus filmes sem pé e nem cabeça, e gostando deles ou não, você tem que admitir, são bagunçados sem nenhuma esperança de coligação ou futuro. Veja bem, não é necessário pensar somente em uma meta, mas sim em tudo que engloba ela, homem de ferro poderia ter sido um ótimo filme solo mas todos os outros poderiam ter sido um completo fiasco. A Marvel errou, sim, isso é fato, mas aprendeu com seus erros. Corrigiu, e podemos dizer que até voltou atrás. Mas fez certo. De forma que é inegável seu sucesso no cinema.
Por isso:
Vislumbre seus sonhos, metas e planos, tenha noção de que são responsabilidades suas concretiza-los. Pegue uma caneta, aponte um lápis, escreva tudo o que deseja fazer, faça disso real, não deixe mofar no papel. Como eu falei no primeiro vídeo, pare de culpar os outros ou as coisas que acontecem com você pelo seu fracasso. Pare de culpar a pizza do final de semana, pare de culpar o coleguinha do lado, sua família ou o termino de namoro. Porque todo mundo adora assumir a responsabilidade por tudo de bom e feliz que acontece. Até tem treta por esse crédito, agora assumir a responsabilidade pelos nossos problemas é muito mais importante. Porque é daí que vem o verdadeiro aprendizado, o progresso, foi assim que Tony saiu da caverna, tá na hora de você sair também. Porque culpar os outros é apenas escolher sofrer.
Lembre-se da frase do Walt Disney que coloquei na capa do meu canal: “ Se você pode sonhar, você pode fazer “.
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Você já sentiu o sentimento da solidão ? Se sim, sinto muito se não, queria ser você. Solidão não é não ter amigos, família e amor é ter tudo isso e assenti em uma imensa escuridão vazia. Aí você fica tentando saber o porque disso, tentando saber quem você e, como você é. Você totalmente se desconhece. Eu odeio me sentir assim. Eu preciso do meu eu de volta e não estar sendo fácil achar ele.
Depois da aula de biologia Fu até meu armário guarda meu livro e encontro a Hannah.
— matou aula pra fica com o idiota do Tony ?
— Yes.
— Você é uma piranha, quantas vezes vou... - ela me interrompe.
— Por que aquele cara super gato e gostoso estar te encarando ? - olho para trás e vejo o garoto da aula de biologia.
— Ele é meio que novo na escola e por sua causa ele fez dupla comigo.
— Ah Mia menos. Vai me dizer que foi tão ruim fazer dupla com um pitelzinho daquele.
— Sim, ele é burro e metido.
— Mas é gostoso.
— E você é uma piranha safada. Vamos logo. - Seguro ela pela mão e saio puxando.
— Que aula é agora ?
— Inglês.
Depois da a aula de inglês a Hannah foi atrás do namoradinho dela.
O caso da Hannah com o Tony e o mais esquisito da face da terra, eles eram namorados mas acabaram terminado por falta de atração. Mas depois que o Tony começou a namorar a Lexie a Hannah começou com o fogo dela e começou a ter um caso com ele novamente. Sempre tento aviso que é errado e que um dia ainda vai dá merda, mas a Hannah só faz o que ela bem intende.
Fui para refeitório peguei um suco de manga, uma pizza de queijo com bacon e uma maçã verde. Me viro e olho para minha mesa, que pra minha querida surpresa estava o Pet, não imaginava que depois deu terminar com ele, ele iria querer sentar com a gente. Ele se vira e me encara, minhas pernas fica bambas e meu estômago dá um nó. Não sei se deveria sentar com ele. Ele me olha mais uma vez e abaixa a cabeça e sai coloco minha bandeja na mesa do lado e a garota de cabelo azul me olha feio. Vou atrás do Peter.
— PETEEEEER. - Ele para. — Você não precisa sai da mesa, olha eu sei que terminamos e difícil. Eu sei, mas pelo menos podemos ser amigos. - ele se vira e dar um risada irônica.
— Amigos Mia ? VOCÊ ACHA QUE EU QUERO SER SEU AMIGO ? - Algumas pessoas olha para gente, inclusive o garoto da aula de biologia. — Não posso ser seu amigo, eu não conseguiria ser seu amigo. - Ele sai andando. Sinto algumas lágrimas descerem. Vou para o banheiro. E me olho no espelho, me vi com o coração pulsando em mãos trêmulas, meu rosto estava tão vermelho, tudo doía.
— Nada na vidadura pra sempre, nem mesmo a dor. - Diz uma garota ruiva ao entra no banheiro. - Seco minha lágrimas.
— Eu sei que não me conhece, mas eu já tô sabendo que você e o Peter terminaram. Pra falar a verdade a escola toda sabe, o Tony saiu espalhando pra toda escola. Eu já passei por um término e sei que não é fácil. Eu sinto muito.
— Todo mundo sente.
Depois da escola fui direto para Big Sheik, coloquei meu uniforme de trabalho e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fui pra frente do balcão.
— Boa tarde, me dá um milk shake de Banana com ovomaltine. - Pede um garoto de mais ou menos uns 9 anos.
— É pra já.
Término o milk shake do garoto e entrego e ele me da o dinheiro. O sininho toca e olho pra porta o garoto da aula de biologia entre. Me viro, não quero que ele fale comigo.
— Licença, a Mary Louise estar ? - Ele pergunta, Mary é dona do Big Sheik. Como ele conhece ela. Sem querer me viro.
— Ela estar lá dentro, quer que eu a chame ?
— Kavinsky ? Você trabalha aqui ?
— Sim. Você quer que a chame ?
— Por favor. - Vou até a sala da Mary é bato duas vezes.
— Algum problema Mia ?
— Tem um garoto aqui querendo falar com a senhora. - Ela abre a porta depois de alguns segundos.
— É o Noah ?
— Não sei o nome dele.
— Mande vim até aqui.
— ok. - vou até o garoto da aula de biologia.
— Ela mandou você ir até lá. - Ele vai até a metade do caminho e para.
— Você fica bem nesse uniforme! - Antes mesmo deu responde ele sai.
Hoje o movimentos não estava muito bom, geralmente aqui é muito cheio. Depois de uns minutos depois o Tal garoto que agora eu acho que te nome e que por acaso é Noah se senta no banquinho a minha frente.
— Então Kavinsky, o que foi aquela discussão com o Peter Forbes ?
— Não posso conversar em horário de trabalho. Espera aí, você conhece o Pet ?
— Achei que não podia conversar em horário de trabalho.
— É, não posso. Mas não tem ninguém aqui então acho que não tem problema. - Ele sorri.
— Sim, eu conheço o Peter. Éramos amigos quando morava aqui.
— Acho que ele nunca me falou de nenhum Noah.
— Como sabe meu nome ?
— A Mary meio que falou. - Ele se levanta e me pede um milk shake de manga.
— tchau Kavinsky. - Ele coloca o dinheiro do Milk shake no balcão e sai.
Depois do trabalho fui direto para casa.
Sinto cheiro de lasanha e macarrão. Sigo o maravilhoso cheiro até a cozinha e vejo minha mãe tirando a lasanha do forno e Jordan no seu tablet.
— Pera aí, você tá cozinhando ?
— Oi filha. - "Oi filha "? Essa não é a minha mãe. — Eu cheguei cedo do meu novo trabalho e decidir fazer a janta.
— Quem é você ? até dois dias atrás você passava 24 horas no sofá comendo Doritos e assistindo Simpson. E agora arrumou um emprego, tá cozinhando e por um milagre tô vendo que levou o Jordan na escola.
— SÉRIO MIA ? eu estou tentando tá legal, eu sei que errei com vocês dois mas agora eu estou tentando concertar as coisa. - Jordan abaixa o tablet e me olha assustado. — Tem como você não me julgar uma vez na vida ? - Ela sai da cozinha.
— Deixe ela tentar Mia. - Ele me olha profundamente com aqueles olhos grandes e azuis da mamãe, suas bochechas estão vermelha, seu cabelo louro escuro estar penteado e estar vestindo o uniforme da sua escola.
— Me desculpa.
•••
Fecho meu armário.
— Clarissa Kavinsky, sua mãe, estava cozinhando ?
— Sim.
— Ela aprontou alguma, sabe que você vai descobrir e quer passar agora de boa mãe para você não vira uma fera com ela depois.
— Acho que não, ela arrumou um emprego Hannah. Ela não iria tão longe.
O sinal da 4 aula toca, estávamos indo para a sala quando a garota ruiva que entrou no banheiro ontem para na nossa frente.
— Hannah eu preciso conversar com você. - olho para cara da Hannah.
— Agora não dá Merliah.
— Da sim. - A garota puxa ela até mais ou menos o fim do corredor, Hannah faz uma cara de espanto, vou até elas.
— Algum problema Merliah ?
— Mia relaxa, vai pra aula que já já eu vou.
— E por que eu não posso ficar ?
— Porque eu preciso resolver uma coisa.
— Então resolvemos juntas. - olho pra Merliah que estava com cara de abalada.
— Miaa!!
— Tá, ok. Tô indo.
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Cap. 24
Acordamos cedo no dia seguinte, eu estava feliz por poder sentir aquele clima familiar, quando cheguei na cozinha Anne, Robin e Jay já estavam lá.
-E o Harry? – Jay perguntou quando me aproximei da Anne e lhe dei um beijo de bom dia.
-Acho que ainda está no quarto. – falei me afastando dela para dar um beijo no Robin e em seguida um no próprio Jay.
-Não, passei lá mais cedo e não o vi, achei que ele estivesse no seu quarto.
-Não não estava, onde aquele doido se meteu?
Nem deu tempo para nos preocuparmos, pois escutamos aquela risada mais do que linda vindo da sala.
-Harry? – seguimos as três até lá, quando entramos vimos que ele ria feito uma criança boba tentando colocar uma árvore de Natal enorme de pé.
-O que está fazendo? – perguntei rindo, pois o rosto dele estava mais do que vermelho.
-Eu estava pensando, sei que falta um pouco de tempo para o Natal, mas como somos sempre eu e o Jay que decoramos a árvore e eu vou sair em turnê decidi fazer isso agora, já que não estarei aqui nos dias que a gente sempre decorava.
Anne sorriu visivelmente emocionada, se aproximou e abraçou o filho, isso fez com que a enorme árvore de Natal se espatifasse no chão.
-É uma tradição da família Styles que os filhos decorem a árvore de Natal. – Anne falou se aproximando de mim. – esse ano teremos uma ajuda extra.
-Como assim? – perguntei encarando-a.
-Você devolveu meu filho para mim Lizzy, não apenas o Harry, mas o Jay também, estou em dívida eterna com você, Jay está vivo por sua causa e o Harry, bem você o faz feliz e como ele mesmo disse é a mulher da vida dele.
-Anne eu não sei o que dizer. – eu comecei, ela sorriu.
-Você sabe que eu te considero uma filha, não importa o que tenha acontecido entre sua mãe e eu, isso nunca vai mudar, você sempre vai ser aquela garotinha de trancinhas que aparecia batendo na porta chamando o Harry para brincar no quintal, por isso quero que ajude Harry e Jay a decorarem a árvore.
-Sério? – perguntei emocionada tentando conter minhas lágrimas de felicidade.
-Sim é sério, você faria isso por mim?
Eu sorri e a abracei forte.
-Claro que sim!
-Legal volto em um minuto, vem me ajudar Harry? – Jay falou com um sorriso.
Os dois saíram correndo da sala, minutos depois voltaram com um monte de caixas.
-Aqui estão os enfeites, vamos começar? – Jay falou mais do que animado.
-Vamos sim, vem Styles vamos colocar essa árvore de pé. – eu falei me aproximando dele e o puxando pela manga da blusa.
Depois de um tempinho tentando enfim conseguimos colocá-la no lugar certo.
-As bolas são minhas! – Jay gritou pegando uma das caixas.
-Pois é eu bem sei que você adora mesmo algumas bolas. – Harry provocou e Jay lhe mostrou o dedo do meio.
-Aqui pra você sua bicha.
-Soque! – Harry revidou.
-Achei que era clima de Natal. – alfinetei, os dois sorriram.
-Você quer coisa mais natalina do que bolas e dedos nos cuzes? – Harry falou e eu comecei a rir feito doida.
-Só você mesmo Styles.
-Vamos viado, vai colocar o que na árvore? – Jay encarou o irmão.
-Eu fico com os sinos. – Harry pegou uma outra caixa.
-Ah e a Lizzy fica com o resto, o que inclui a estrela. – Anne falou com um sorriso.
-Estrela? – perguntei intrigada.
-Sim, a estrela que a gente sempre coloca no topo da árvore.
Quando o Jay falou aquilo eu olhei em direção a árvore, como diabos eu ia colocar uma estrela no topo daquela árvore enorme?
-Temos escada, certo? – falei e eles sorriram.
-Não. – Harry falou e eu o olhei alarmada.
-Então como espera que eu coloque essa estrela lá em cima?
-Damos um jeito, vai Jay vamos começar!
Jay correu até o som, colocou um CD para tocar e nós começamos a desempacotar as coisas e arrumar a árvore.
Bem nem preciso dizer o quanto foi uma zona, certo?
-Hey novo estilo. – quando me virei para olhá-lo, Harry tinha duas bolas de natal penduradas nas orelhas.
-Deixa de viadagem e anda logo. – falei atirando um sino que tinha em mãos na direção dele.
A bagunça foi piorando gradativamente como tudo o que a gente fazia junto, teve guerra de bolinhas, eu e o Jay amarramos o Harry com algumas fitas que usaríamos para colocar na árvore, penduramos sininhos nele e mais um monte de coisas.
-Mãe vem ver já está pronto! – Jay chamou.
Quando a Anne entrou na sala não pode deixar de rir, a árvore na verdade era o Harry todo amarrado e enfeitado.
-Surpresa! – ele falou com um sorriso enorme.
Anne se aproximou e o abraçou.
-Sou seu presente mãe.
-Eu sei meu amor, sempre soube.
Quando ela voltou para a cozinha, nós desamarramos o Harry e voltamos a trabalhar na árvore, eu estava me sentindo enfim em uma família de verdade, eu e minha mãe nunca havíamos tido tempo para arrumar arvores de natal e minha irmã não gostava dessas coisas, então eu nunca havia tido o prazer de fazer aquilo, e fazer com o Harry estava tornando tudo mais especial ainda.
Quando enfim terminamos a árvore estava muito bonita, mas ainda faltava o principal.
-Vai Lizzy sua vez. – Jay falou sorrindo.
-Como você espera que eu coloque essa estrela lá em cima?
-Com uma ajudinha...
Harry ficou de joelho aos meus pés, eu o olhei confusa.
-Ta procurando o que ai em baixo?
-Nada sua tonta, quero que suba nas minhas costas.
-Está de brincadeira, né? – falei sorrindo.
-Não! É assim que eu sempre faço. – Jay falou me olhando. – vai sobe Lizzy.
Eu sorri e sentei nos ombros do Harry, ele ficou de pé e a Jay me entregou a estrela. Quando me aproximei da árvore para colocar, o Harry começou a dançar e se sacudir.
-Pára Styles vai me derrubar. – eu reclamei sorrindo.
Eu nem fechei a boca, me desequilibrei e cai de costas em cima do sofá.
-Te avisei que eu ia cair. – falei passando a mão na cabeça que eu batera no sofá.
-Se machucou meu amor? – ele se aproximou mais preocupado do que de costume. – me desculpa eu não...
Antes que ele terminasse eu segurei o pescoço dele e comecei a lhe dar uma chave de braço, ele se sacudia tentando se livrar.
-Eu deveria te matar, sabia? – falei soltando-o, ele sorriu, os cabelos arrepiados e o rosto todo vermelho.
-Não mata porque me ama.
-Amo nada, quem te disse essa mentira?
-Não sei, eu ouvi por ai.
-Dá pra pararem? – Jay se estressou. – estão parecendo um casalzinho meloso e boboca.
-Somos assim Jay. – ele falou sorrindo.
-São nada, vocês são o casal mais tosco que eu já vi, agora parem de frescuras que já está me dando vontade de vomitar.
Harry sorriu se abaixando para que eu subisse novamente.
-Sem gracinhas desta vez. – eu adverti.
Como se ele me escutasse, antes de me deixar colocar a estrela na árvore ele correu a casa inteira comigo nos ombros, quando enfim consegui fazer ele parar e me deixar colocar a estrela eu desci.
-Seu imbecil! – falei dando um tapa no braço dele. – não teve graça.
-Teve sim. – ele falou sorrindo, me puxando e me dando um beijo rápido.
-Então todo ano é assim, vocês que montam a árvore? – perguntei depois de um banho quando estávamos sentados na mesa do almoço.
-Sim todo ano e espero que nos próximos anos você esteja aqui novamente.
-Vai estar. – Harry falou segurando minha mão. – eu já disse que ela nunca mais vai a lugar algum.
-E eu concordei com isso? – perguntei sorrindo, ele sorriu mais ainda.
-Não precisa concordar, se não aceitar eu te seqüestro, te amarro sei lá, mas você não vai fugir de mim, pelo menos não até eu morrer.
O tom de voz dele ficou pesado de repente.
-Então vai demorar bastante, não é? – Jay falou sorrindo.
-É sim. – ele concordou.
Eu não sei se era paranoia minha, mas naquele instante eu senti que o Harry havia ficado triste de repente e aquilo me deixou com um medo incomum.
-Quero ir dar uma volta por Holmes Chapel. – ele falou de repente. – faz tempo que não faço isso.
-Está bem podemos ir depois do almoço. – Jay falou sorrindo.
-Claro.
Quando terminamos pegamos o carro e saímos pelas ruas de Holmes Chapel sem destino, Harry olhava cada lugar com muita atenção como se estivesse se despedindo e aquilo me deixou extremamente assustada, o que estava acontecendo?
-Vamos para casa agora? Estou cansado. – ele falou com um sorriso forçado, eu precisava descobrir o que estava acontecendo com o Sty, aquilo não era normal.
Quando anoiteceu ficamos assistindo filmes na sala até tarde.
-Vocês precisam ir dormir. – Anne brigou entrando na sala só de camisola. – vão viajar amanhã cedo meu amor, precisam estar descansados.
-Eu sei mãe. – ele falou olhando-a e sorrindo. – só quero curtir mais um pouquinho desse clima familiar, subo em um minuto.
Eu e Jay que estávamos espalhados pelo sofá nos olhamos confusos, ele parecia estar sentindo o mesmo que eu.
-Não quer mesmo ir dormir maninho? – Jay perguntou.
-Vamos ficar mais um pouco aqui, por favor.
Eu e o Jay não discutimos, eu apenas me aconcheguei melhor nos braços do Harry e fiquei quieta assistindo o restante do filme e sentindo ele acariciar meu rosto com a ponta dos dedos.
Quando acordei no dia seguinte estava no meu quarto, bom alguém tinha que ter me levado lá, quando abri a porta vi o Jay sair do quarto dele, ao me ver confusa ele sorriu.
- O Harry te trouxe.
-Bem acho que sim, pois não me lembro de ter subido. – falei com um sorriso.
Descemos para a cozinha, quando chegamos lá Anne e Harry conversavam de pé atrás do balcão.
-Bom dia meu amor. – ele falou sorrindo, eu sorri em resposta e sentei ao lado do Jay a mesa – partimos daqui a meia hora, ok? Suas malas já estão prontas?
-Já sim, estão lá em cima.
-Perfeito.
Tomamos o café e em seguida pegamos as malas e seguimos para pegar um táxi para o aeroporto.
Harry se aproximou e abraçou a mãe, Anne pareceu se assustar com a intensidade do abraço do filho.
-Eu te amo muito mãe, só quero que nunca esqueça disso. – ele falou com lágrimas nos olhos.
-Claro que não esqueço Harry, o que está acontecendo? – ela perguntou angustiada.
-Nada até depois. – ele falou enxugando os olhos e se aproximando do Jay. – cuida da mamãe pra mim?
-Harry o que está acontecendo? Você está me assustando.
Ele não disse nada, apenas o abraçou forte.
-Nos vemos por aí mano.
Entramos no taxi sob os olhares desconfiados de Anne e Jay, Harry não disse uma só palavra de casa até o aeroporto, aquilo estava me assustando.
-Sty algum problema? – perguntei ao sentar ao lado dele no avião.
-Não, claro que não, por que teria?
-Estava me assustando e assustando sua família, parece que estava se despedindo deles ou coisa assim.
-Não seja boba, como estaria fazendo isso? Não vou a lugar algum.
-Isso eu espero. – falei firme, ele sorriu e me abraçou.
-Eu te amo, sabe disso não é?
-Claro que sim, por que está me falando essas coisas? Está me assustando de novo.
Ele sorriu novamente, me puxando para perto e me beijando.
-Pára com isso, só quero que saiba que te amo, ponto final.
-Está bem, ponto final.
Meu coração não estava tranqüilo e permaneceu daquela forma a viajem inteira, quando chegamos no aeroporto de Londres me surpreendi ao ver que Mariana e Platz estavam lá, de mãos dadas nos esperando para nos levar para casa.
-Então parece que você cumpriu mesmo a aposta, não é? – falei ao me aproximar e dar um abraço nela.
-Você cumpriu? – ela perguntou me olhando desconfiada.
-Espera um minuto.
Sem dizer nada me aproximei e dei um beijo de cinema no Harry, quando o larguei ele me olhou confuso.
-Algum problema meu amor? – ele perguntou e eu sorri.
-Nada não Sty, só me deu vontade de te beijar, não posso?
-Claro que pode, quantas vezes quiser, sou todo seu.
Eu sorri e voltei para perto da Mariana.
-Parece que tudo voltou ao normal novamente, não é? – ela falou sorrindo.
-Assim espero.
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E eu não sei como ela me aguenta. Eu faço birra atrás de birra. Sabe aqueles donos que falam super bem dos seus gatinhos – o quanto eles são fofos e maravilhosos – e depois que as visitas vêm conhecê-lo, tudo o que ele faz é um ffuuuu bem xarope e uma virada de bunda super arrogante? Estes sim são os melhores. E ela é. E eu sou daqueles bem mal humorados, com cara de poucos amigos, que só querem carinho na hora que ela está ocupada. Eu sou daqueles que dão patada se o carinho vier fora de hora. Mas ela faz, a hora que eu quero. Puta merda, ela faz tudo o que eu quero. E faz com aquele sorriso lindo que deixaria metade do mundo aos pés dela. Aqui eu finjo que sou o rei do pedaço, mas no fundo eu sei que eu não sou nada sem ela. Sou daqueles gatos que ficou esquecido no abrigo por tanto tempo que acabou decidindo e percebendo que não precisava de ninguém. Eu era independente e estava satisfeito com uma comida e um prato de leite que me davam diariamente. Demorei pra admitir, mas quando ela me viu na feira – e que fique claro, eu não queria ter ido nessa feira – ela se encantou por mim só porque eu era meio velho. Eu sou aquele tipo que pulava do colo e se escondia atrás da geladeira quando recebia muito carinho. Depois de alguns meses pacientemente esperando por mim, ela me conquistou de um jeito que não tem mais volta. Ela divide a cama quentinha dela comigo, mesmo eu estando com os pés sujos, e ela não se importa se eu me esparramar por cima dela enquanto ela dorme. Ela levanta pra me dar comida assim que percebe que eu acordei, e ela não se importa se eu voltar a dormir depois que fiz ela acordar. Ela nunca ficou brava só porque fiquei arranhando a porta do banheiro bem na hora do banho dela. E quantas vezes quis ficar junto, naquele banheiro pequenininho, e ela sempre deixou. Ela me dá as comidas dela, ela faz de tudo pra eu comer direito e não virar um gato gordo de sacada, mas eu torço o meu nariz e ela ri. Ela ri porque ainda não comecei a ficar gordo apesar de fazer um esforço mínimo que consiste ir de um cômodo pro outro. Ela acha lindo quando eu ando pra lá e pra cá. Me acha gostoso, e me acha a coisa mais linda do mundo. Orgulho felino a parte, eu sei que não sou tudo isso, não. Sou gato escaldado. Tenho medo de tudo que ganho. Tenho medo de tudo que é bom e vem com tanta boa vontade, como todas as coisas que ela faz. Mas eu aceito tudo, e às vezes esqueço de agradecer tudo o que ela faz. Às vezes estou um amor e não mostro as unhas nem faço ffuuuu; dou cabeçadinhas e me enrosco no meio das pernas dela, e faço rom rom em cima da cabeça dela, e não deixo ela andar pela casa, nem comer, nem mexer no celular, nem ver TV e nem fazer nada. Quando ela sai, fico miando, miando, miando, até que ela volta. Aí vou emburrado pra minha almofada porque ela me deixou, e ela vem, toda amorosa me dar atenção. Ela me aceitou aqui, do lado dela, mesmo sendo um pouco alérgica. Ela espirra, fica mal, e quanto mais perto eu chego, mais as coisas pioram. Mas ela perdoa, e me puxa pra perto, me deixa sem ar de tanto apertar. Doida dos gatos. Ela adora passear comigo, mesmo eu detestando passear. Ela me manda sossegar no banco do passageiro, que ela vai dirigir e levar a gente pra um lugar cheio de gente que iria gostar de me conhecer. Às vezes eu não gosto de algumas pessoas, mas tem umas que são legais. Só não gosto de dividir ela por muito tempo, quero a atenção só pra mim. E ela me deu uma coleira com sininho. Por onde eu andar, todo mundo vê que eu sou dela. E eu adoro ser dela. Adoro que o mundo saiba que eu sou dela.
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