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Chilling Adventures of Caterina Atwood: O Melhor Verão da Minha Vida, porém depende.
Entre os meus irmãos, mesmo contando com Nadia, eu era a única que não achava passar férias nos Estados Unidos lá uma coisa tão ruim. Conseguia fazer amigos sempre muito rápido, Jae e Sun e Cecelia eram sempre rostos que me sentia confortável e feliz de rever mais do que fazia com quaisquer outros parentes, e eu gostava da vibe de New York e todas as suas possibilidades.
Era o único lugar onde eu não era julgada pelas minhas ideias e maneiras de me divertir e coisas com as quais gostava de me aventurar, chegava a descer uma lágrima solitária pelo meu rosto quando era obrigada a voltar pra escola e pra casa e esperar um ano letivo inteiro até voltar a casa central da família da minha mãe outra vez.
Não era diferente, o sentimento de ressaca dolorida e quase sentimental e física, naquela manhã na Lycée Fenélon, onde, desde que eu conseguia me lembrar, minha professora de literatura tentava incentivar a mim e os outros alunos a sempre escrever uma redação pós férias ou recessos muito longos e ler pra turma. Eu era conhecida por sempre acompanhar meus atos com drama e muito esforço performático a cada linha do caderno, mesmo que aqueles camponeses do século 21 não merecerem meu tempo e consideração.
— Eu quero que todos vocês saibam que pra mim é um desgosto sem tamanho voltar aqui e ter que lidar com todos vocês, compagnons insignifiants. — Anunciei assim que tomei meu posto na frente do quadro, tomando o cuidado de olhar cada cara deslavada daquela turma, incluindo a do meu irmão gêmeo, pra quem ofereci um sorriso mínimo, mas quem na verdade eu queria socar com uma retroescavadeira. — Só mais dois anos, e essa tortura acaba, mas antes disso… Vamos de colocar em palavras o quão difícil foi o desprazer de dizer adeus às minhas férias de verão.
O melhor verão da minha existência, porém depende. Por Caterina Atwood.
Eu sabia que as coisas estavam caminhando pro lado certo quando ganhei no pedra-papel-tesoura o direito de ficar com o maior quarto do terceiro andar que tinha uma vista privilegiada pro jardim da casa do meu avô Wes, e tive o prazer breve de ver meus irmãos emburrados se mandando pros outros menos interessantes. Nem só de grandes e notáveis vitórias se constrói uma história nesse mundo, sentia que já era o sinal de que estava com alguma vantagem de ter aqueles três meses ao meu favor, e não estava enganada.
— Eu acho que nunca fomos apresentadas, mas é um prazer muito grande conhecer vocês! — Eu sentia que nada podia me abalar e ainda era nosso segundo dia na cidade, tinha sido arrastada pra um passeio de compras e sorvete no shopping com minha prima mais velha e suas amigas e colegas do que ela chamava de Coral, e foi aí que comecei a ver vantagens. — E, se são amigas da Sun, eu tenho certeza que vamos ser boas amigas também!
Eu só queria única e exclusivamente expandir os meus negócios e movimentar meu conhecimento de mercado e planejamentos, é claro.
— Então você alicia pessoas… Tipo uma cafetina. — Regina Chang concluiu mais pra si do que qualquer outra pessoa, enquanto puxava seu milkshake pelo canudinho de papel.
— Não é da maneira desrespeitosa e escrava que se tem em mente… Eu chamo mais de vender o tempo das pessoas, ajudar uma outra nessa linha e ganhar algo em troca. — Tentei me explicar olhando pras duas garotas do outro lado da mesa da sorveteria, achando a confusão estampada no rosto de Nixon um tanto incômoda, se fosse contar todas as histórias que eu já tinha ouvido. — É mais sobre se tornar a acompanhante no grande ato que alguém não pode fazer sozinho, mas não é esse tipo de ato.
— Ahn… Tudo bem. Eu topo. — Regina foi a primeira a se pronunciar, levantando a mão na altura do ombro com um sorriso, antes de balançar os ombros despreocupada. — Se a gente não vai matar ninguém e nem morrer no processo, que mal tem? Eu não tinha nada mais de interessante pra fazer esse verão, mesmo.
No momento seguinte, estávamos eu e Regina esperando uma resposta de Valentina, que quando percebeu toda aquela atenção em cima dela, enfiou um monte de sorvete na boca jurando que íamos parar de notar ela ali.
— Ah, qual é! Eu sou a sua fã desde que me contaram que você foi uma pop star em um monte de casas noturnas e festas aleatórias por quase um ano inteiro! Você é perfeita. — Tentei argumentar, quase suplicar, porque se tivesse as mesmas oportunidades e morasse no mesmo lugar, me sentiria privilegiada em viver todo tipo de aventura que quisesse.
— Olha, eu… Isso, não acabou muito bem e deixou os meus pais muito magoados comigo, tipo… Muito mesmo. E eu só quero evitar ideias mirabolantes nessas férias, principalmente se elas fugirem isso tudo normal. — A outra foi rápida em explicar, gesticulando um tanto com as mãos antes de começar a juntar as próprias coisas, nos abandonando mesmo. — E eu prometi pra mim mesma que ia dar um tempo no lance de meninos o resto desse ano e me concentrar em outras coisas. Eu sinto muito, mas tenho certeza que vai achar outras pessoas.
E eu achei, e como achei, pessoas interessadas em desenvolver minhas ideias mirabolantes e que saíam um tanto do normal, e eu quase poderia me esquecer da traição que fui vítima depois.
— Eu fiz muitos amigos, e todos eles eram muito mais legais e compreensivos do que vocês todos, e eles sim tornaram o meu verão super interessante e fantástico. Eu aprendi muito sobre companheirismo e coletivo, e eu tenho certeza que é um ponto muito positivo sobre o meu crescimento pessoal, agora. — Narrei a parte que eu queria, vendo minha professora achar muito bonito aquelas recompensas morais, pensando que não tinha nada de positivo ou decente aquela minha primeira conexão nas férias, mas ninguém ia saber se eu não contasse sem todas aquelas voltas. — E se teve uma coisa que cresceu nesses meses, foi a zero empatia e consideração fraternal e enorme deselegância da prática da famigerada demência. — Prossegui sentindo o ódio e o veneno escorrendo simbolicamente pela minha boca, ao me focar em Victor, e mentalmente em Heitor onde quer que ele estivesse naquele prédio.
Quando seu irmão mais velho diz que vai fazer uma festa com potencial ilícito e que mesmo assim deu um jeito de acobertar tudo em camadas, você acredita, convida pessoas e ainda vai no evento, porque se caso algo desse errado em desandasse, era ele quem ia se foder e não você.
E eu lá sabia o que Heitor estava tentando esconder naquele sábado no Hamptons, mon Dieu? Estava me concentrando em curtir com meus novos amigos, enquanto vez ou outra, alguém escorregava dois presentes peculiares dentro da minha bolsinha — uma joia pra mim, e algo mais específico pra pessoa que prestou algum serviço específico também — e me agradecia de todo o coração por ter aparecido na vida deles. Dar um jeito de chutar um ex embuste com dignidade, aparecer com alguém novo na rodinha pra dizer que superou tal coisa, ou só precisar da ajuda de alguém pra arrastar um corpo na praia. De nada, volte sempre. Mas eu não era a única estendendo minhas conexões naquele lugar.
— Bom… Isso foi rápido. — Jae comentou ao meu lado segurando um copo de refrigerante — que por incrível que pareça, existia mesmo naquela festa, apesar de muita coisa alcoólica também, meu irmão claramente não dava pontos sem nó —, enquanto indicava um duo do outro lado da sala. Meu irmão e a garota Nixon. — E eu não estou surpreso. Sério. Não mesmo.
— Mentirosos! — Exclamei observando Victor de longe com uma ou muitas intenções pra cima da outra. — Eu tive que ouvir o Victor reclamar de ser obrigado a vir pra cá o ano inteiro, e agora ele quer passar o pinto na minha agregada, que disse que ia dar um tempo de meninos?
— Mas ninguém ta passando o pinto em ninguém. — Jae tentou, muito mal, defender a amiga e meu irmão, encolhendo os ombros quando lhe fuzilei por trás dos meus cílios postiços de brilho. — Pelo menos não ainda… — Tentou contornar o óbvio, me fazendo bater em seu braço no processo. — E, de qualquer forma, não é o fim do mundo. Nós estamos todos nos divertindo, não estamos?
Eu não ligava em quem meu irmão ia se atracar por aí, na verdade eu até apoiava, uma vez que Victor ser um pé no saco só podia se dar ao fato de que não estava se ocupando fisicamente com ninguém, mas precisava logo ser a menina que eu sentia que ia me render uma coleção inteirinha da Pandora?
— Eu aprendi nesse verão que muito além de adubo, água e luz do sol, fluídos humanos também servem pra cultivar plantas bonitas, manter tudo sempre verde e as pessoas longe de pisar ou destruir sua propriedade… Por que quem é que ia ter coragem, de invadir um templo de homenagens e orações frequentes, persistentes e absurdamente sonoras? — Prossegui com meu texto, que só uma parte da turma tinha se tocado, antes de olharem pro lugar do meu irmão, e quando a professora pareceu confusa, abanei uma mão na frente do rosto. — Americanos tem costumes estranhos, a senhora ia ficar surpresa das coisas que vi, ouvi e presenciei nessas férias, sabe?
Nos últimos momentos daquela temporada toda, eu tinha uma mala cheia de jóias novas e umas muitas relíquias literárias, uma fanbase fiel, uma filial em constante desenvolvimento sediada naquela cidade e memórias incríveis, fotos incríveis e novos contatos ainda mais. Quase não senti quando a gente voltou pra casa, não estava nem mesmo mais ressentida quanto a meus irmãos irem catando minhas amigas pra atos libidinosos grupais ou particulares, porém dependia. Mas assim que o grito da minha mãe irrompeu pela nossa casa toda e ouvi Heitor ser chamado de tudo quanto é coisa, e ainda ser ameaçado, nem me desfiz da minha máscara de argila, deixei minha skin care no mesmo instante, achando decente dar o meu parecer.
— Digo e asseguro com segurança que para bem ou mal, fui a única que não saiu sentando em desconhecido e nos amigos alheios sem nem perguntar. — Declarei em alto e bom tom me apoiando no corrimão da escada, ajeitando os fios escapando da toalha em cima da minha cabeça, vendo meu pai querendo acabar com Heitor ali no final mesmo. — Iam ficar surpresos no que o Victor faz quando não está reclamando o tempo todo de tudo e todo mundo e como ele ocupa a boca e atenção dele nas horas vagas. — Expus sem nem me doer, vendo o foco todinho mudar, antes de ajeitar minha postura e acenar com a cabeça em negativa, como se estivesse desapontada. — Eu fui, eu tava, e não só eu, mas a rodinha do Jae e da Sun inteirinha. Não lembro de vocês terem nos ensinado a usar "cadela" para se referir a alguém íntimo… Ou alguém que engole tudo. Quem sabe, sabe. — Me sentindo vingada, os boatos que correm são que usei o ódio, raiva e decepção parental emanando naquela casa pra energizar meus poros e coro cabeludo e nunca mais tive uma espinha ou um fio poroso.
— Eu conheci pessoas, experiências, sabores novos de sorvete e lugares… Mas nada vai superar o fundo do poço alheio, com direito a beber as lágrimas da vergonha e castigo do inimigo derrotado. — Terminei meus dizeres no final da página, suspirando, emocionada de verdade. — E nada me convence que eu deveria ter deixado aquela cidade e essas férias pra me meter aqui de novo. Isso é tudo.
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FADA
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He was a boy She was a girl Can I make it any more obvious? He was a punk She did ballet What more can I say? He wanted her She'd never tell Secretly she wanted him as well But all of her friends Stuck up their nose They had a problem with his baggy clothesHe was a skater boy She said, "See you later, boy" He wasn't good enough for her She had a pretty face But her head was up in space She needed to come back down to earthFive years from now She sits at home Feeding the baby, she's all alone She turns on TV Guess who she sees Skater boy rockin' up MTV She calls up her friends They already know And they've all got tickets to see his show She tags along And stands in the crowd Looks up at the man that she turned downHe was a skater boy She said, "See you later, boy" He wasn't good enough for her Now he's a super star Slammin' on his guitar Does your pretty face see what he's worth?He was a skater boy She said, "See you later, boy" He wasn't good enough for her Now he's a super star Slammin' on his guitar Does your pretty face see what he's worth?Sorry, girl, but you missed out Well, tough, luck that boy's mine now We are more than just good friends This is how the story ends Too bad that you couldn't see See the man that boy could be There is more that meets the eye I see the soul that is insideHe's just a boy And I'm just a girl Can I make it any more obvious? We are in love Haven't you heard How we rock each other's worldI'm with the skater boy I said, "See you later, boy" I'll be back stage after the show I'll be at a studio Singing the song we wrote About a girl you used to knowI'm with the skater boy I said, "See you later, boy" I'll be back stage after the show I'll be at a studio Singing the song we wrote About a girl you used to know
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Sk8Er Boi Song Lyrics – Avril Lavigne
Sk8Er Boi Song Lyrics
Sk8Er Boi Song Lyrics From Popular Hollywood Artist Avril Lavigne from Album.
This song is sung by singer ” Avril Lavigne ” in Year 2002.
Lyrics of Sk8Er Boi :
he was a boy she was a girl can i make it any more obvious he was a punkshe did ballet what more can i say he wanted her shed never tell secretly she wanted him as wellbut all of her friends stuck up their nose they had a problem with his baggy clotheshe was a skater boy she said see you later boy he wasnt good enough for her she had a pretty face but her head was up in space she needed to come back down to earthfive years from now she sits at home feeding the baby shes all alone she turns on tvguess who she sees skater boy rockin up mtv she calls up her friends they already knowand theyve all got tickets to see his show she tags along stands in the crowd looks up at the man that she turned downhe was a skater boy she said see you later boy he wasnt good enough for her now hes a super star slamming on his guitar does your pretty face see what hes worthhe was a skater boy she said see you later boy he wasnt good enough for her now hes a super star slamming on his guitar does your pretty face see what hes worthsorry girl but you missed out well tough luck that boys mine now we are more than just good friends this is how the story endstoo bad that you couldnt see see the man that boy could be there is more that meets the eye i see the soul that is insidehes just a boy and im just a girl can i make it any more obvious we are in love havent you heard how we rock each others worldim with the skater boy i said see you later boy ill be back stage after the show ill be at the studio singing the song we wrote about a girl you used to knowim with the skater boy i said see you later boy ill be back stage after the show ill be at the studio singing the song we wrote about a girl you used to know
Sk8Er Boi Song Lyrics
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Constatei que não tinha paciência para relacionamentos e que estava destinada a ser um espírito livre quando tinha cinco anos. A verdade é que eu não sabia o real significado dessas palavras e expressões na época, mas tive a total certeza que não tinha sido feita pra isso, assim que Edwin Roberts colocou em sua cabeça de vento e catarro que nosso primeiro beijo no meio da hora da história tinha sido mais do que a porra de um selinho babado no Jardim de Infância. Ignorei suas florzinhas enroladas em adesivos da patrulha canina, quando guardava um lugar ao seu lado na hora do lanche e todas as vezes que estufava o peito no meio do parquinho alegando que estávamos juntos pela vida, quando ele só podia esquecer da minha existência e perceber que eu não queria nada com ele. Eu não queria um namorado, queria saber como era aquela coisa toda, e não só com ele, mas com o resto da sala inteirinha. Foi o meu primeiro passo para me tornar uma verdadeira piranha.
Com os anos, pensei que as coisas fossem mudar, esperava pelo dia que finalmente me renderia aos contos de fada açucarados e besteiras amorosas na minha pré adolescência, então sairia por ai de mãos dadas com alguém, sairia pra encontros toscos em sorveterias e tudo seria o máximo. Tudo caiu por terra, quando comecei a frequentar minhas primeiras festas com meninos e meninas, que quase sempre envolviam jogos da garrafa em porões, e de repente, minha única motivação pra sair de casa e aturar esses eventos, era o momento em que eu podia beijar todo mundo sem culpa e sem precisar olhar na cara, quando voltava pra escola. Por que pegar um deles pra Cristo, quando eu podia beijar todos e fingir que não conhecia depois? Todo mundo acreditava no conto da Reagan Chang, irmã gêmea da Regina.
Sempre que tentava me punir ou repensar meus atos levando uma vida de passar na mão e cama de qualquer um, o pensamento de que eu não estava fazendo nada de errado e que tudo podia ser muito pior me vinha à cabeça: eu podia ser uma assassina, pró políticos preconceituosos e corruptos, ser uma pessoa ruim ou ser uma decepção pros meus pais. Existiam coisas muito piores do que dar e receber de todo mundo a minha volta. Podia relatar.
No auge dos meus dezesseis, descobri que melhor do que ficar com todo mundo despreocupadamente, era ficar com todo mundo, de uma só vez, sem me preocupar. Pensei que minha primeira orgia da vida, nas férias de verão, fosse ser a maior cilada de todas, contando com os nomes das pessoas que já tinham aceitado o convite, mas depois de acordar não lembro onde, no meio de nunca vi mais magro e sem o menor sinal das minhas roupas a vista, tomei o gosto por me entregar a todo e qualquer tipo de aventura, com qualquer pessoa que fosse, onde quer que fosse, e não tinha nenhum mal nisso, porque eu amava. Ser uma piranha era tudo de bom.
A parte ruim, era que nem todo mundo era.
Não ligava pra quantos namorados meus amigos arranjavam na sarjeta por nada, muito menos quando era obrigada a ouvir seus relatos sobre seus respectivos relacionamentos e não era poupada dos detalhes, desde os mais sujos aos mais terrivelmente melosos e nojentos, mas a partir do momento que todos a minha volta começaram a esfregar suas vidas monogâmicas e estáveis na minha cara, eu encontrei um sofrimento: ser uma vela coletiva.
Ficar no meio de casais é ruim, mas já experimentou ficar no meio de DEZENAS deles, trocando saliva e declarações com voz de bebê, quando tudo o que você quer é compartilhar uma nude conceitual sua que levou muito tempo pra combinar a luz ambiente com a cor do seu sutiã? Pois eu, sim. Em um desses encontros compartilhados, onde te convidam dizendo que você não vai ficar de fora, mas você sempre fica. Me vi rodeada por pares prováveis e improváveis, de pessoas conhecidas e não tanto assim, e me vi obrigada a me esconder debaixo de uma mesa, com os braços envoltos as pernas e balançando meu corpo pra frente e pra trás, completamente traumatizada com o que estava acontecendo ao meu redor. A chuva de "eu te amo" e "não, eu amo mais". Sem tempo, irmão.
Acreditava que a vida de pular de pessoa em pessoa era mais fácil, divertida e satisfatória. A falta de responsabilidade e compromissos deveria ser mais do que convidativa pra todas as pessoas no mundo e, dividir uns aos outros era, com certeza, o que Jesus queria dizer com dividir seu lanchinho. Então, por que as pessoas não conseguiam entender e aderir aquele estilo de vida?
Relacionamentos são uma farsa. Vocês são uma farsa. — Apontei para Sun e Valentina, como se as acusasse de bruxaria. — Nada disso acontecia quando vocês duas eram só piranhas, eu não passo por isso sendo só piranha. A vida é muito curta pra sofrer por relacionamentos, quando você pode dar e sair fora, como a piranha que você é. Não existe término, quando se é uma piranha. Não tem essa de sorvete e lágrimas, quando você é só uma piranha. Não tem perda de tempo e encheção de saco, quando você é uma piranha. — Continuei ao cruzar os braços, dando ênfase na nossa definição levantando a voz, fazendo com que boa parte do pátio colocasse os olhos em mim. — É tão mais simples. É só tentar não engravidar ou ter os órgãos vendidos, de resto, o que tem a ver? Repitam comigo, eu sou uma piranha e tenho muito orgulho disso. — Disse, levantando as mãos no ar e esticando meus indicadores como se dirigisse uma orquestra, e fiquei repetindo, até que entrasse na cabeça delas e fosse seguida pelo coro das duas. Então me prestei a plateia que tinha se formado pra assistir aquela aula de superação, apoiando uma das mãos na cintura. — Eu não sei qual é a surpresa, todo mundo tem um nude meu aqui. Passa tudo no telão depois, espera só pra ver
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24 de Dezembro de 2045 (?)
Você é a pessoa mais confusa e complicada que eu conheço.
Isso não é verdade! Porque você é a pessoa mais complicada e confusa que eu conheço! E eu ainda disse que era poético ter amigos assim! E…
Não tem nada de poético sofrer por cinco pessoas e deixar uma delas te machucar de verdade, não é? Nem nada poético se sentir sufocado por esconder coisas… Desse jeito, de uma pessoa como ela.
Você não é a rainha das verdades verdadeiras, Valentina.
E parecia que nós dois tínhamos chegado em um ponto ali e não era como se eu tivesse feito aquilo pra machucar ela, mas era mais forte do que eu e ela sabia disso, por isso nem pareceu se importar, trabalhando em mais um acorde no violão pra deixar as crianças entretidas em algo pra mais do que uma discussão de dois adolescentes.
Mas quando aceitamos você no grupo, o menininho deslocado e bocudo do Canadá, você só precisava seguir uma regra: nós não mentimos pra Marissa. Por mais que isso vá deixar ela preocupada ou triste ou muito feliz e capaz de acabar com a camada de ozônio com toda a agitação dela, nós, jamais, mentimos pra Marissa. Porque ela não merece esse tipo de tratamento e porque ela é a melhor pessoa que qualquer um de nós três vai conhecer durante as próximas seis vidas. E sabe o que? Você ta mentindo pra ela! Mentindo pra Marissa! Mentindo pra Marissa, como disse pra você não fazer… Eu quero tanto te agredir por isso!
Não foi bem uma mentira, eu só omiti uma coisa que ela com certeza não ia querer saber. Eu te garanto, se aquelas outras meninas e aquele cara pudessem escolher, eles definitivamente querem apagar aquilo da cabeça e da vida deles agora! E eu achei que nós nos importamos mais com a Marissa do que com o fato de mentir pra ela, ainda mais se isso… Deixar ela continuar sendo só a Marissa, minha amiga, que eu por acaso achei que não era só isso um dia, e não Marissa; a garota que me acha estranho e desnecessário por ter escrito uma carta estranha e desnecessária dizendo que amava ela por coisas tão ridículas. Não tenho medo do fora, Valentina, tenho medo de ela nunca mais falar comigo e isso acabar e eu voltar a ser o excluído bocudo do Canadá.
Os olhares de todas as crianças no quarto estavam em cima de nós dois, a maior parte delas nem devia entender o quão conflituoso e catastrófico era estar passando por aquilo e ter uma Nixon - UMA NIXON - me julgando e me ameaçando com um vilão na mão. A outra parte devia achar que era parte do espetáculo que tínhamos prometido fazer pra elas naquela manhã de quase Natal, mas agora nos odiando por só ter dado um punhado de presentes e bolinhos e nenhuma diversão de verdade. Ficar na mesma sala com crianças furiosas querendo um show e uma Valentina furiosa por eu estar mentindo pra melhor amiga dela, na cabeça dela, era a coisa mais sufocante de todas e Vera Brittain e todos os livros e ensinamentos dela não tinham me preparado para aquilo.
Eu acho que eu vou… Vou…
Vai. Pra bem longe daqui.
Eu acho que isso é seu. Na verdade, deveria ser, não importa o que é, mas penso, agora, que te privei de ter ele pra você e acabar me devolvendo depois com muita raiva e ódio como aconteceu das últimas três vezes… Mas isso não importa. - E não importava mesmo, tinha parado Marissa Goodwin no meio do corredor de um hospital pra entregar aquele envelope azul petróleo - que eu não sabia, mas nunca tinha saído de dentro da minha mochila e nas páginas do meu livro favorito - e fingir que aquilo não estragaria o feriado dela e declararia que nem em duas semanas, e eu já não teria mais alguém pra falar de adaptações de livro nos cinemas. Era mais do que a cara e a coragem, mas o meu coração também, a parte dele que a via como minha amiga e a parte dele que ainda acreditava e necessitava de ler aquelas palavras escritas vez ou outra pra deixar ela viva. - Não é o seu presente, eu juro, o seu é bem mais legal e útil, eu e minha mãe reviramos o mundo atrás de uma batedeira profissional rosa e com corações vermelhos e com cheiro de morango e eu… Não deveria estar falando isso. Não se fala o que deu de presente pra alguém, fala? - Comentei nervoso, apoiando as pontas dos dedos da mão, que estavam roxos agora, dentro do bolso dos meus jeans, antes de dar alguns passos para trás. - Eu só achei que… Deveria saber. Sinto muito por ter escondido de você e eu sinto ainda mais por ter entregado isso a você.
Para a garota mais sutil, gentil, amável e completa de todas as palavras mais dóceis e puras do mundo e que fui incapaz de escrever cada uma nesse envelope.
Eu sempre vivi atrás de livros; todas aquelas páginas amareladas e cheias de ficção ou dados concretos me atraíam mais do que qualquer coisa. É o meu jeito de me preparar e me educar sobre pessoas e como elas são e como deveria me comportar perto delas, dar nomes a elas e padrões que eu provavelmente já vi milhares de vezes em histórias escrita por pessoas que eu nem conhecia. É a minha maior base de dados pra lidar com os barulhos do mundo e o fato de que ele não gosta de pessoas tão confusas e absurdas quanto eu, mas então, um dia, veio você e, bom, pra algo bom ou ruim, a minha cabeça e os meus livros não conseguiam dizer o que era você.
Eu já conheci centenas de pessoas com um bom coração e simplesmente fundidas com as coisas mais felizes e alegres do mundo, mas eu nunca tinha conhecido alguém como você. Me lembro de sempre achar as suas palavras e esperanças as coisas mais preciosas e raras e que eu precisava guardar elas em algum lugar, pra nunca me esquecer que era o suficiente pra consertar todos os problemas no coração ou mente de alguém, então eu as escrevi, em um monte de cadernos surrados e as vezes na parede do meu quarto, as disse uma vez ou outra pra alguém no dever de repassar os ensinamentos sensatos e confiáveis de uma alma como a sua. Tenho certeza que, se o mundo está mudando pra algo melhor e mais fluido por ai, é porque suas palavras e crenças simples estão chegando em todos os lugares.
Você ainda consegue ser iluminada e fiel e corajosa e encantadora e ter o sorriso mais bonito e sincero de todos que, combinado com os seus olhos que parecem estar constantemente brilhando e sempre vendo coisas boas e puras, se torna uma obra de arte que não precisa de nomes e nem explicações. Eu escreveria milhares de parágrafos e capítulos só pra dizer o quão libertador e confortável é estar perto de você e ser a pessoa pra quem você se vira sorrindo e batendo palminhas pra todo e qualquer tipo de erro do Jae nos jogos de Lacrosse ou quando a Valentina faz uma apresentação boa no coral da Constance.
E eu escreveria mais milhares de livros, se isso ajudasse a entender como me apaixonei tão rapidamente e tão simplesmente por você e todas as pequenas coisas, que somam tantas outras maiores, mas tudo o que eu consegui foi uma carta escrita a mão e com a minha melhor caneta, mas que acabou falhando lá em cima, e é por isso que o texto vai terminar em rosa e glitter… Ficaria assustada com a quantidade de mesmas canetas que minha irmã tem nas coisas dela, mas ela ficou feliz em ajudar.
Eu não conseguiria dizer quando ou como ou por que, mas sim como me sinto sobre tudo e como me sinto só sentindo isso crescer, de um jeito estranho e incontrolável; é maravilhoso, Marissa Goodwin. É maravilhoso estar apaixonado por você e saber que, mesmo que o mundo não se conserte só com a sua existência, o meu mundo, particular e fechado, já se tornou o melhor lugar de todos e, consequentemente, repleto de coraçõezinhos e tons de rosa para todos os lados. E eu espero que essa última parte te deixe feliz, porque isso me deixa desconcertado e desesperado, mas não consigo evitar. É um sonho bom. Um sonho muito bom.
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Cota Chang, porque eu sou obrigada mesmo.
Filhinhos INJUSTIÇADOS do Kyle GoreChang, escravos da Regina nos feriados e tapete da Mitsy, porque são dois bolinhos trouxas.
Joseph and Liv Chang, the Heirs, part 3.
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Montgomery kids e seus clãs e terras.
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Luigi Torres e Hope Cravalho, com as melhores partes deles, Amelia “Mia” Song e Greyson “Grey” Carter. Hoje, amanhã, para todo o sempre e depois.
#luigiandamelia#themoviemakerskids#ny#earthfivemirror#hopeandgreyson#thesportskids#la#earthfive#madcity
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Debut: A.J Blythe
Mood and timeline. A.J Blythe (Perguntei o por que de não querer expor o nome todo e ele disse que faz parte do conceito)
Name: A.J Blythe
Family: McCarthy Blythe
PP’s: Lucas Jade Zumann and Ezra Miller (teen and old, porque acho que eu e a Layse concordamos que ambos tem cara de poc)
“Everyone deserves a great love story.”
Tags: Creative Kid, Good With Words, Good Child, Big Brother, Gold Writer, Romantic, Pansexual, Colors, Photographs, Books, Coffee, Candies, Oreos, “The Number 1 In The Class”, Leader, Positive, Innocent, Ice Cream Lover, Retro and Vintage, Glitter, Fantasy, Mom and Dad always, Sis best friend. Like Alice in Wonderland, but more lost.
About: Honrando a lei de que agora a MadCity não produz mais crianças embustes pra gente dar risada e rezar pelo nome, ao mesmo tempo, peguei uma das crianças da floresta e queria dizer que A.J BLYTHE, ÉS O SER MAIS ILUMINADO E BONZINHO QUE ESSA FIRMA JÁ VIU E ISABELLE E CECELIA E TODO O RESTO QUE PRESTA ESTÁ DEVASTADO.
Aquela criança que acha que é tudo maravilhoso e vê o lado bom das coisas mesmo em tragédias, sempre tenta pensar no melhor e aprender com as experiências. Usa palavras difíceis e livros pra definir as pessoas e sua própria vida, protege a irmã, os pais e os amigos (caso alguém se ofereça porque eu tenho até medo de pedir) com a vida e acredita que é uma espécie de cavaleiro de armadura reluzente, sempre pronto pra defender os outros quando necessário. Usa muito de seu tempo pra ler e se perder nas próprias histórias, as vezes estende isso pra quem estiver por perto e então todos podem estar na confusão de coisas que é a cabeça dele. Tem sempre um doce consigo, sempre um conselho literário e tem glitter em tudo e qualquer coisa que lhe pertence (aquele tipo de pessoa que você coloca a mão E MERMÃO TU ACABOU DE ME ENCHER DE GLITTER). Gosta de coisas antigas, pode ser facilmente subornado com biscoitos ou sorvete, tira fotos aleatórias de tudo que o cativa, acredita nas pessoas e é sempre positivo e diplomático e pacifista, não tem vergonha de se expressar com palavras, normalmente acha que poemas ou textos são suficientes pra agradar alguém junto com pequenos doces e sorrisos, aquele do tipo que acredita que todos podem ter almas gêmeas mas não se sente mal se aventurando com algumas meninas ou meninos às vezes (parabéns Mellinda, tá a cópia), quando começa a falar ninguém consegue o parar e dificilmente se consegue fazer isso por ele mesmo. Considera os pais e a irmã sua família perfeita, mas admite ser mais próximo da mãe e ser como ela é como um dever que ele faz com gosto, depois de ter sido criado a base do “ser sempre gentil e bom”, ta aberto pro mundo acabar com a cara dele mesmo. PARABÉNS MELLINDA CRIOU DIREITINHO.
Deus me perdoa.
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Mellinda pariu dois anjos com o príncipe dos sonhos e as crianças acham que o mundo é uma máquina de sonhos/floresta encantada. Parabéns terra cinco que vai massacrar os cristais.
Say hi, A.J (mudei por questões de não achar concept o suficiente) and Rhiannon Blythe.
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