#e depois disso ele desistiu de tentar me assustar com essas coisas
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apollos-boyfriend · 8 months ago
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Vamo falar de creepypasta brasileira, já chamou a Maria sangrenta alguma vez?
okay okay EU não MAIS quando eu tinha uns 6 put 7 anos meu irmão chamou ela é conseguiu me convencer q ela tava vindo para mim 😭 me lembro q acabei dormindo na sala aquela noite pq era o único quarto na casa q não tinha um espelho kkkkk
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Eu não tinha certeza se era uma boa ideia, mas resolvi que seria no mínimo engraçado, eu era a única coisa entre ele e o sonho dele, e não importava o que eu fizesse, ou o que eu dissesse ele nunca desistiu ou perdeu o sorriso, não sei se foi ele quem me atingiu, ou se fui atingido por mim mesmo, quando ele entrou no quarto, me levantei e fui na direção dele , ele me olhou e tentou me analisar, mas acho que nada o prepararia para o que eu estava prestes a fazer, eu o abracei, um grande abraço de urso, ele ficou tão pasmo que nem retribui-o, quando eu o soltei ele me olhava com a careta mais hilária do mundo, queria ter uma câmera para registrar o momento, eu segurei seus ombros e disse "BOM DIA", em alto e bom som, com um enorme sorriso no rosto, porem pela reação dele acho que eu estava meio enferrujado nesse negócio de sorrir, o sorriso que eu esperava que fosse parecer radiante, devia estar mais pro sorriso de psicopata que eu costumava fazer para assustar meus primos, porque eu realmente assustei ele, ele começou a checar meus pulsos, meu pescoço, foi até a minha cama e revirou os lençóis, arrancou a fronha dos travesseiros, correu até o banheiro, e pelo barulho ele deve ter quebrado alguma coisa, eu já não estava entendendo nada, não fazia sentido nenhum,  foi quando me dei conta,  ele achou que havia tentado, ou que ia tentar de novo alguma das minhas proezas, ele deve ter lido sobre sinais e mudanças de comportamento, eu não sabia se ficava chateado, ou se ria da situação, eu fiquei com pena dele, me lembrou o que aconteceu no dia que o conheci, cara depois de cuidar de mim, ele que vai precisar de muita terapia.
Quando ele passou por mim novamente eu segurei seu braço.
" Daniel relaxa, eu não tentei, nem vou tentar proeza nenhuma, será que eu não posso uma vez na vida acordar de bom humor."
Ele me olhou nos olhos, e seus olhos começaram a marejar, não demorou muito para lagrimas rolarem livremente por sua face, eu não conseguia entender, ele cuidava de mim tinha pouco mais de duas semanas, e eu definitivamente não era uma pessoa pela qual as pessoas se apegam com tanta facilidade, ao ponto da simples ideia de eu tentar deixar esse mundo fazer a pessoa sofrer dessa forma, não mesmo, acho que  mesmo que ele estivesse pensando que perderia o estágio, essa reação seria no mínimo exagerada, fiquei sem saber o que fazer por um tempo, gente chorando ou em desespero não é bem o meu forte, acho que nada é o meu forte quando se trata de gente, mas eu fiz o que eu sempre vi os outros fazerem, eu o abracei, dei tapinhas nas costas dele e disse que ia ficar tudo bem, eu me senti meio ridículo, não só pela cena que devia ser no mínimo estranha, tipo o cara era bem maior do que eu , eu devia parecer uma criança consolando um adulto, e também porque se eu não sabia nem o porquê dele estar nesse estado como eu podia dizer que ia ficar tudo bem?
Eu estava começando a entrar em desespero quando, não sei se o universo decidiu terminar de me avacalhar, ou se ele decidiu me ajudar, minha psicóloga entra no quarto, sem bater pra variar, ela me olhou com uma cara engraçada e fez menção de sair, eu estiquei o braço, e gesticulei me ajuda da melhor forma que consegui, acho que Daniel voltou a si nessa hora, ele se afastou e se virou, quando viu a Dra. Zoraide , tentou rapidamente se recompor e enxugar as lagrimas, mas foi em vão,  parecia que quanto mais ele enxugava mais elas brotavam, era como tentar matar um Hidra cortando a cabeça, para cada cabeça cortada duas nascem no lugar. Zoraide me olhou desconfiada e nos fez sentar no chão perto da janela, as lagrimas de Daniel cessaram, mas ele ainda tinha os olhos inchados, ele ficou com a cabeça baixa olhando para as mãos, eu sentei e apoie minha cabeça no meu punho, esperei a Zo se acomodar e fiquei encarando o Daniel, sério eu estava muito perdido.
Mas quando eu achei que não tinha como eu ficar mais confuso, eis que minha amada psicóloga vira para mim e me pergunta:
"O que foi que você fez?"
Eu fiquei indignado, como ela pode achar que aquilo foi culpa minha? Está certo que eu não sou o cara mais legal do mundo, mas nunca fiz ninguém morrer de chorar desse jeito... bom talvez eu tenha feito a última estagiaria de enfermagem chorar de raiva por insinuar que ela era incompetente , e pode ser que um ou dois enfermeiros tenham se demitido aos prantos por eu ter dado a impressão de que tentei uma das minhas proezas por culpa deles, e semana passada eu disse alguma coisa que fez a irmã de um interno ter um ataque de choro no meio do saguão, mas em minha defesa nessa última eu estava em um apagão e não faço ideia do que eu disse para ela, ok ... eu confesso a culpa podia muito bem ser minha, não que eu faça de propósito, mas eu sei que faço, porem a não ser que eu tenha tido um apagão muito bizarro, eu não fiz nada dessa vez, tenho certeza.
" Eu juro que não fiz nada, eu até tentei ser legal com ele hoje!"
Zoraide me olhou de cima a baixo, eu devia ter ficado quieto, agora ela tem certeza que a culpa é minha!
"Eu levantei da cadeira, dei um abraço nele, e falei bom dia com o meu melhor sorriso, não que ele seja lá grande coisa... o meu sorriso digo."
Zo segurou a risada, ela segurou a mão do Daniel e disse com empatia e solidariedade:
"Eu te entendo, sei como os Bons dias radiantes do Wil podem ser estarrecedores para quem não está acostumado..."
Daniel soltou um pequeno riso
"Ei! O meu bom dia radiante é melhor coisa do mundo, ok? São momentos raros e preciosos, que vocês não têm intelecto suficiente para saber apreciar... vocês têm uma diva como eu para alegrar o dia de vocês e me tratam assim, eu nem sei porque eu ainda tento..."
A essa altura tanto o Daniel quanto a Zo estavam tendo um ataque de riso, foi estranho fazer isso, não me lembro da última vez em que eu fui engraçado de propósito, acho que sempre que fazia isso era só com a minha família, eu gostei disso, fazia tempo que não ficava tão à-vontade com outras pessoas, se bem que eu escolhi a situação mais esdruxula para isso, bom não importa, agora gostaria de entender o que aconteceu, ou pelo menos que o Daniel se acalme.
Zoraide me olhava divertida.
"Bom Wil, talvez se você nos mostrasse o seu lado Diva mais vezes, provavelmente aprenderíamos a apreciar melhor..."
"Vocês cansam a minha beleza assim..."
Daniel ria muito agora, ele se acalmou, mas seu rosto ainda estava vermelho e molhado, ele ainda tinha certa dificuldade em respirar, eu coloquei a mão na cabeça dele e dei uns tapinhas de leve.
"Passo, passo, bonzinho, bonzinho..."
Ele me olhou meio torto, e me abraçou de lado, tecnicamente ele abraçou a minha cintura, eu continuei dando tapinhas na cabeça dele, enquanto a Zo se divertia com minha cara. Ele finalmente se recompôs.
"Ta melhor?"
"Acho que sim..."
"Quer falar sobre isso ou prefere fingir que nunca aconteceu?"
"Eu preferiria fingir que nunca aconteceu, mas acho que ela não vai me dar essa opção"
Zoraide sorriu, é uma hora ou outra ele seria convidado a terapia, e não, não tem como se livrar, acredite eu tentei no começo, ela sempre faz você falar, quando você se dá conta já contou pra ela até quem era seu amor do jardim de infância, e não adianta não ir na consulta, toda vez que eu falto ela aparece no meu quarto na manhã seguinte, não dá tempo de correr, eu faltei ontem porque os remédios novos ainda estão se ajustando e eu passei mal, e mesmo sendo um motivo real, cá está ela na manhã seguinte, acho que é por isso que eu gosto dela, não importa o quanto você desista de si mesmo, ela nunca desiste de você.
"Daniel, você só precisa falar se sentir confortável para, mas aconselho que de uma mínima explicação para o Wil, ele vai acabar se remoendo achando que a culpa é mesmo dele."
Eu até pensei em me manifestar, mas na minha cabeça eu já estava achando que havia pisado no pé dele e machucado muito, entre outros motivos ainda mais aleatórios para a culpa ser minha.
"Wil não foi culpa sua, hoje é um dia difícil para mim... minha irmã, faz um ano que ela morreu hoje..."
"Sinto muito cara... foi acidente?"
"Foi... como que você diz? Ela fez uma proeza..."
Eu entrei em choque, até a Zo ficou surpresa, isso responde algumas das minhas perguntas e cria outras dezenas, como ele vem trabalhar aqui todos os dias?
"Ela tinha depressão, ela já lutava a três anos contra a doença, eu tentei de tudo para ajudá-la, estava sempre disponível para ela, levei ela no psiquiatra, no psicólogo, eu achei que ela estava melhorando, naquele dia ela acordou sorrindo, me deu um abraço, ela tinha um sorriso lindo no rosto, tomou banho, se arrumou, fomos ao shopping compramos roupas, comemos fast food, fomos ao cinema assistimos a uma comédia, o dia estava perfeito, ela foi dormir tão tranquila, eu a olhei antes de ir dormir, ela parecia bem, eu fui dormir, fazia tempo que eu não dormia tranquilo, na manhã seguinte eu fui vê-la, eu a encontrei já sem vida no chão do quarto,  ela conseguiu pegar os remédios trancados no armário, ela abriu com um grampo, até hoje não sei onde ela aprendeu a fazer isso..., ela deixou uma carta para mim, disse que me amava, e que queria que nosso último dia fosse especial... "
Ele voltou a chorar de soluçar, não que as lagrimas dele tivessem cessado em algum momento, mas ele parecia sofrer mais com essa parte da história.
"Ela disse que não queria mais ser um peso para mim, que eu não merecia uma irmã tão inútil quanto ela..."
Ok, agora ele estava chorando pra valer, eu achei que ele parecia desesperado antes, eu me senti muito mal por ele, ter que cuidar de mim devia ser muito pesado pra ele, e ainda assim ele me aturava como ninguém tinha conseguido...  
"Como ela pode pensar nisso? como ela podia se odiar tanto? Eu devia ter prestado mais atenção, eu estudei tanto sobre, consultei especialistas, li artigos, falei com outras pessoas com o mesmo problema, tentei grupos de apoio, e eu não consegui ajuda-la, eu que sou o inútil, não pude fazer nada..."
Eu não me aguentei dei um tapa de verdade na nuca dele.
"Para com isso, só para!"
Ele me olhou nos olhos, não sei descrever, mas foi como se algo estalasse na minha cabeça.
"A culpa não foi sua, não importa o que você diga, a culpa não foi sua, quando se tem depressão não existe formula magica, não tem receita de bolo, as pessoas que nos amam sempre fazem o melhor que podem, dentro daquilo que conseguem e compreendem, mas vocês não podem fazer milagres, e o que me ajuda pode ser que não ajudasse a sua irmã, e vice-versa, simplesmente tem horas que você vai ter que ficar sentado e assistir, nem todo mundo se recupera, é assim como um câncer, tem gente que luta, tem gente que desiste, isso não faz a pessoa melhor ou pior, suas promessas não importam, mas acredite se você estava ali, se você nunca desistiu dela, se você deu a ela forças o suficiente para ela se levantar da cama e ter um dia feliz, para ela olhar para a vida mais uma vez, e relembrar como é estar bem, mesmo que seja por um único dia, tudo o que você fez valeu a pena, tenho certeza que pra ela você era um herói, e que foi provavelmente o motivo dela ter conseguido lutar tanto tempo, e mesmo que não pareça grande coisa, eu sei e tenho certeza de que ela também sabia, que você estava fazendo o seu melhor, e mesmo que não sirva de consolo, se andar por esse hospital, encontrara dezenas de pacientes que dariam tudo para ter um terço desse apoio da família."
Zoraide me olhou divertida
"É bom ver que pelo menos você aprendeu alguma coisa com a terapia..., mas não bata na cabeça das pessoas..."
Ela respirou e olhou para Daniel.
"Daniel, é difícil e nós nunca estamos preparados para isso, eu já perdi muitos pacientes e já salvei muitos também, sei que não é a mesma coisa de perder alguém com um laço tão forte, mas quer saber um segredo?"
Daniel assentiu com a cabeça
" Wil está certo, quando se trata de pessoas não tem como saber, cada um sente de um jeito, algumas pessoas sofrem mais com mortes de um desconhecido do que outras sofrem com a de um amigo, para algumas pessoas objetos podem não ter significado algum, enquanto para outras uma tampa de garrafa tem um grande valor, então nunca compare sofrimentos, não tente entender uma coisa que não tem explicação, só podemos tentar fazer o que achamos melhor, mas isso não é garantia de nada, sofra , ria, sempre se lembre, e sempre que conseguir siga em frente, você está indo bem, você não vai salvar o mundo, mas se ajudar uma única pessoas, já não terá valido a pena?"
Ela me olhou e eu fiquei tipo, a legal como se ele precisasse de incentivo para tentar "melhorar a minha vida", eu devo ter feito uma careta hilária porque eles começaram a rir igual as hienas do Rei Leão, era bom de um jeito estranho, acho que me fez refletir, mesmo pessoas que não tem depressão, ou não aparentam ter nenhum outro problema, podem estar quebradas de diferentes formas , acho que no fim estamos todos juntando pedaços.
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delphinebelle-archive · 4 years ago
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Normalidade era algo que Delphine não poderia esperar de suas relações, ainda mais quando não as resolvia. Estava cansada de saber que era corajosa para enfrentar qualquer coisa quando necessário, menos seus sentimentos e pessoas de seu convívio. Era péssima nisso, uma tremenda covarde. Naquilo, podia se identificar com Laurent. Notou o olhar constrangido direcionado a si, e poderia fazer o mesmo se não estivesse se segurando para aparentar estar bem. O que claramente, era impossível, mas pareceu funcionar nos primeiros cinco segundos, até o mais velho se aproximar e notar que tinha algo muito errado. Desistiu de segurar a postura, se deixando expressar uma mínima dor, enquanto o pano embalava sua mão, logo sendo colorado por um carmesim. Suspirou com a pergunta, fitando o chão com o vidro estilhaçado e depois o Tremaine, optando pela verdade. "- Eu estava fazendo algumas poções de cura, e uma energética. Afinal, não consigo dormir direito, acredito que você se lembre disso." O comentário não fora com a intenção de alfinetar o moreno, mesmo que tivesse parecido, estava apenas tentando se justificar. Entretanto, desistiu, largando do orgulho. "- Sinto muito, não foi minha intenção te assustar, Lau. Eu só tenho que me preparar." Não disse para o que, ou para onde, apenas que tinha de estar preparada. Mas foi inevitável que encostasse a cabeça no peitoral do Ralieno. "- Além de tudo, agora preciso reorganizar essa sala. Ótimo." Reclamou, mais para si mesma do que para ele. Talvez devesse tentar confeccionar uma poção anti azar, também.
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delphinebelle​:
Tw: Sangue.
Autocontrole era uma de suas maiores características, combinada com a razão quase nunca oscilada. Era por isso que nunca tomavam decisões precipitadas ou que pudessem gerar conflitos maiores do que poderia aguentar. Ainda assim, ali estava ela. Quando Florence surgiu com a ideia de capturar o Djinn, obviamente disse que era um absurdo, loucura e vários outros sinônimos. Mas sabia que a amiga não desistiria de ajudar o vilarejo, visto a benevolência. Não que também não fosse, apenas era lógica. E principalmente, estava estressada, sem dormir há dias e com medo. Nunca falava sobre os próprios sentimentos ou deixava um mínimo resquício de fraqueza se mostrar, por isso se isolou e fora direto para a sala de poções. Precisava criar algumas de cura, pois sabia que seriam necessárias. E também, uma energética. Pois não tinha tempo para dormir. Começou tudo bem, os ingredientes sendo colados com cuidado, até a tontura bater. Respirou fundo, mas o chiado alto chegou em seu cérebro, e cometou o erro de depositar todo o frasco com o conteúdo energizante, resultando em um desastre. O recipiente esquentou, o líquido se tornando preto, explodindo em seguida. Cacos de vidro, e a substância queimante voaram por sua mão, causando uma dor agoniante. Grunhiu, segurando o próprio pulso e olhando o machucado, onde escorria sangue pelo vidro cravado, pingando ao chão, além da leve queimadura. “- Que inferno.” Xingou, indo em direção a pia, parando ao escutar a porta abrir e se deparar com a última pessoa que esperaria. @trcmainc surgiu, a princesa automaticamente paralisou, fitando o chão com a poção estilhaçada, e depois a mão com o grande machucado. “- Anh…. Olá, Laurent….eu… hum…” Nunca fora boa com palavras, mas naquele momento, muito menos. Então, tentou manter uma cara simpática e mascarar a dor, perguntando como se nada estivesse acontecendo. “- Está tudo bem? Necessita de alguma coisa?”
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O Tremaine não podia ser considerado um bom aluno, não, isso nunca fora algo característico dele e nenhum professor passaria por ele no corredor e falaria: Olhe lá, aquele é Laurent Tremaine, ele é um nota dez, um dos meus melhores alunos. Isso não ocorria com ele. O rapaz estudava o suficiente para tirar as notas mínimas para completar seus estudos e nada mais do que isso, mas também não costumava matar aula. As frequentava mesmo que sua atenção nunca estivesse realmente no conteúdo apresentado a sua frente. Se atrasar? Também não era com ele. Por isso, próximo do horário marcado para sua aula de poção, o rapaz se dirigiu a sala de aula e como era esperado, não havia mais ninguém ali. Ao menos era o que ele acreditava, até deparar-se com Delphine. O rapaz era o típico covarde e se evitava confronto diretos com criaturas mágicas e mortais, isso também incluía confrontos diretos com seus exs e Delphine era uma delas. Ele lançou um olhar constrangido para a garota e pensou em recuar, fechar a porta e fingir que aquilo nunca ocorreu, mas era tarde demais e Delphine já havia notado sua presença. ‘ Hey, Delphine, tudo bem? ’ cumprimentou com um sorriso sem graça, aproximando-se e então notando que a garota estava sangrando. ‘ Pelo narrador, o que foi isso? ’ se apressou a apanhar um lenço e envolver a mão machucada da mais nova com o tecido a fim de estancar o sangue, notando tardiamente os cacos de vidro espalhados pelo chão e a poção derramada. ‘ o que estava tentando fazer? ’
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luanmeutudoo · 7 years ago
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Capítulo 109
– Susan
Ele cuidou de mim de um jeito que ninguém havia cuidado antes. Luan é o motivo da minha febre que não baixa com os remédios, que me faz delirar e passar o dia me sentindo mal, mas agora eu não estou com febre, em uma semana é a primeira vez em que eu não tenho febre por mais de uma hora.
Abro meus olhos sentindo eles arderem muito. Vejo ele sentado na cama coberto e olhando para mim.
Luan: Se sente melhor? – faço que sim. — Fiz uma sopa, vou esquentar, pera.
Susan: Você? – minha voz quase não sai mas meu cantor ouve e revira os olhos 
Luan: Pedi no restaurante, mas coloquei na tigela, então eu fiz. – sorrio e ele fica de pé  É a famosa sopa de mandioca com carne e batata, tenho certeza que meu pai que fez. — Está gostosa? 
Susan: Demais, – sussurro, pois minha cabeça ainda dói. — Você não vai comer nada?
Luan: Tá esquentando.
Susan: Como tá o tempo lá fora?
Luan: Quente, – diz olhando cada movimento que eu faço. Ele pega a sopa dele e nós comemos em silêncio, um silêncio estranho confesso. Ele está um pouco desconfortável, e eu entendo. Não é fácil ficar uma semana longe e quando voltar pensar que será a mesma coisa. Nunca é igual.
Ajudo ele à levar as tigelas para cozinha, e enquanto ele lava a louça eu me sento no banquinho olhando para suas costas. 
Susan: Por que você veio? – ele muda a postura. Luan demora um pouco para responder.
Luan: Vim pegar umas roupas, porque eu ia almoçar na minha mãe. – espero que ele diga algo mais, no entanto ele não fala.
Susan: Então você está atrasado, – exclamo ainda olhando para ele.
Luan: Não, eu disse que você estava doente e que eu ficaria aqui para cuidar de ti. – eu sorrio mas pelo tom da voz dele não creio que ele esteja satisfeito em estar aqui.
Susan: Pode pegar o que você veio buscar e ir para casa da sua mãe. – fico de pé e caminho para o quarto. 
Luan: Loira, – exclama ele vindo atrás de mim — Eu estou aqui por livre e espontânea vontade, e não porque estou me sentindo culpado e quero me certificar de que você ficará bem.
Susan: Mas é o que parece. – me deito na cama.
Luan: Só que não é. – ele senta na beirada da cama. — Eu quero estar aqui. – a sinceridade na voz e no olhar dele é nítido. Meu coração amolece todinho e eu me encolho na cama, não por sentir frio, mas para tentar esconder o meu sorriso.
— Você me deu um susto e tanto. – fica de pé a abre a janela deixando todo o quarto iluminado com a luz do dia. — Se você tivesse se visto nessa cama à algumas horas atrás, teria ficado com tanto medo ou até mais que eu.
Susan: Eu estava tão ruim assim? – fico de barriga para cima e ele assente
Luan: Muito, pálida com olheiras, nariz vermelho e a boca num roxo claro. Cê fica bem feia doente. – eu solto uma gargalhada, a primeira em uma semana
Susan: Você deveria dizer que eu fico bem bonitinha. – sorrio. — Pelo menos para me fazer sentir melhor. – ele sorri e vai pegando minhas roupas pelo chão do quarto.
Luan: Odeio mentiras. – me encara da porta do quarto antes de sair.
Susan: Não destrua minhas roupas, – exclamo em voz alta
Luan: Já to manjando querida.
Susan: Tenho medo mesmo assim. – o vento entra pela janela me dando calafrios, me encolho mais na cama.
Ele já está aqui, eu deveria estar muito bem, não?
Luan: Cê tem comido? – aparece muitos minutos depois quando eu já estou de olhos fechados. Faço que sim de leve e vejo a preocupação dele. Luan fecha o vidro da janela e vem até mim.
— Tá ficando com febre de novo. Não é melhor irmos no médico?
Susan: Não, você sabe que eu não gosto. 
Luan: Tá bom, você não pode tomar outro remédio agora, então eu vou fazer téra para nós. 
Susan: Mas você não toma isso gelado? – questiono olhando para ele
Luan: Sim, mas quente é bom também. – fica de pé e sai do quarto
Depois de esperar muito ele volta com aquela caneca ou sei lá como se chama. — Toma.
Susan: Mas eu nem gosto disso. – ele revira os olhos
Luan: Vai loira, é bom e tem duas coisas que você adora. – sinto o cheiro
Susan: Limão e hortelã, – assente sorrindo. Pego da mão dele e dou duas goladas grandes. Prefiro quente, lembra um pouco do chimarrão.
Quando percebo já tomei tudo e me sinto quente por dentro, mas não de um jeito ruim, e sim aquecida.
Luan: Tá vendo como é bom? – me encosto na cabeceira da cama dobrando os joelhos
Susan: Sim, você ganhou. – o sorriso dele aumenta 
Luan: Agora fica quietinha que eu vou fazer pipoca pra gente ver filme. – antes que eu possa questionar ele não está mais no quarto. O celular dele começa à tocar e vejo que é a mãe dele.
Susan: É sua mãe. 
Luan: Atende, ela quer saber como você está. – eu o faço 
Susan: Oi dona Mari.
Marizete: Susan meu anjo, como você está? 
Susan: Melhor, seu filho é um ótimo enfermeiro. – sorrio
Marizete: Quando se trata de cuidar de quem amamos nós caprichamos. 
Susan: Sim, e como a senhora está? 
Marizete: Bem, mais tarde vou levar o jantar para vocês. 
Susan: Não precisa.
Marizete: Eu não estou pedindo a sua permissão Su, estou avisando.
Susan: Ok, estaremos te esperando.
Marizete: Então até mais tarde, beijo e se cuida. – desliga. Coloco o celular dele em cima do travesseiro e encosto minha cabeça na cabeceira da cama. 
Luan: O que ela queria? – desliga a luz e deita comigo
Susan: Avisar que virá trazer o jantar.
Luan: Melhor, assim eu não preciso pedir sopa no Giacone.
Susan: Mas ela sabe da gente?
Luan: Não, eu não quis que ela te olhasse como a sua mãe me olhou hoje.
Susan: Me desculpo por ela. – ele balança a cabeça 
Luan: A gente precisa conversar. 
Susan: Eu já falei a verdade.
Luan: Eu sei, mas quero que fale sem estar com quase 40 graus de febre e praticamente delirando.
Susan: Ok, agora ou depois do filme? – ele fica me encarando por vários segundos antes de pegar o controle e entrar na netflix. Luan não quer acabar com esse clima bom e estranho que estamos. 
Não nos beijamos desde que ele chegou, e ele não me tocou mais que minha cintura no banho. Ele está me respeitando, porém eu não quero que ele banque o cara que quer pegar a mulher, mas espera que ela dê sinais de que também quer.
Luan é meu namorado, isso não mudou nessa semana em que passamos separados. Ou mudou?
Luan: Não acredito que cê ta dormindo. – eu o ouço dizer e abro um olho virando para deitar de lado
Susan: Eu posso, to doente. – ele sorri, terminando a pipoca e coloca o pote no chão. Ele deita completamente deixando o braço direito embaixo da cabeça. 
Já está na metade do filme de ação que ele colocou, e eu sei que minha febre baixou, pois sinto menos dor no corpo, mas sinto a necessidade de levantar para passar o incômodo na lombar.
Luan: Tá indo aonde? 
Susan: Beber água. 
Luan: Deixa, eu pego. – levanta o cobertor 
Susan: Eu consigo. – me alongo no corredor e fico vendo o final do dia chegando pela porta fechada da sacada.
Passo vários minutos assim antes de me assustar com a campainha. Coloco meu cabelo para trás e abro a porta. Minha sogra me cumprimenta e entra indo para cozinha cheia de sacolas e bolsas. Ela disse que Bruna queria vir, mas que desistiu quando Breno chegou lá. 
— Bom saber que fui trocada pelo namorado.
Marizete: Ela também não queria que ele viesse. – da de ombros sorrindo. — E Luan cadê? 
Susan: No quarto. – sento no banquinho.
Marizete: Se sente melhor mesmo Su? 
Susan: Sim Mari, tomei remédio e passei o dia na cama. – ela faz que sim
Marizete: Então logo, logo você está cem por cento.
Susan: É o que eu mais quero.
Luan: Sabia que conhecia essa voz. – beija a mãe no rosto abraçando ela em seguida
Marizete: Como você está nenê?
Luan: Muito bem e a senhorita?
Marizete: Bem. O que vocês comeram o dia todo?
Susan: Sopa.
Luan: Eu pedi no restaurante porque não tinha nada aqui.
Marizete: Vocês pediram comida a semana toda? – eu não respondo
Luan: Sim, a loira não tava muito bem e como eu não cozinho pedi. – ela assente e eu olho para Luan que continua falando com a mãe dele.
Eu não quero ter de mentir para Mari, porque uma coisa é ela não saber e eu não comentar, agora mentir é completamente diferente. 
Eu fico vendo a minha sogra preparar o nosso jantar e o cheiro está tão bom que percebo o quão faminta eu estou.
Marizete: Jade te enviou o vídeo da Bu falando com o bebê? – pergunta ao filho
Luan: Sim, a pi assustou ele certeza…
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