#e agora florence que lute para aprender lidar com o novo poder qqqq
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florencedrose · 4 years ago
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Pov: 𝐼 𝒻𝑒𝑒𝓁 𝒾𝓉 𝒶𝓁𝓁
𝘐 𝘢𝘮 𝘢𝘭𝘰𝘯𝘦 𝘪𝘯 𝘮𝘪𝘥𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵 𝘉𝘦𝘦𝘯 𝘵𝘳𝘺𝘪𝘯𝘨 𝘩𝘢𝘳𝘥 𝘯𝘰𝘵 𝘵𝘰 𝘨𝘦𝘵 𝘪𝘯𝘵𝘰 𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦, 𝘣𝘶𝘵 𝘐 𝘐’𝘷𝘦 𝘨𝘰𝘵 𝘢 𝘸𝘢𝘳 𝘪𝘯 𝘮𝘺 𝘮𝘪𝘯𝘥 𝘚𝘰, 𝘐 𝘫𝘶𝘴𝘵 𝘳𝘪𝘥𝘦, 𝘫𝘶𝘴𝘵 𝘳𝘪𝘥𝘦 𝘐 𝘫𝘶𝘴𝘵 𝘳𝘪𝘥𝘦, 𝘐 𝘫𝘶𝘴𝘵 𝘳𝘪𝘥𝘦                                                                                 
Florence achava que o narrador já tinha pregado peças o suficientes nela por aqueles dias, recheados de surpresas, o noivado com Ian Dunbroch, também ex namorado de seu irmão. a viagem diplomática para Arcádia, que saiu completamente do controle assim como seus poderes, o sibilar da besta que existia em seu âmago e horas despertava do sono profundo tornando Florence a melhor, pior, versão de si mesma, agressiva, impetuosa, impiedosa. O noivado, sob a perspectiva de um casamento lhe parecia mais uma das prisões que era colocada em sua vida, estar presa a um homem que sequer amava, adotar um sobrenome que sequer queria, ir para um reino que nunca teve pretensões de morar.
Tudo isso despertava tantas coisas em Florence, tantas coisas que ela ainda não compreendia, de um dia pro outro sentiu toda a sua vida revirada, desfigurada, desmontada ainda que reconstruída alguns segundos depois, foi reconstruídas por outros que não ela, enquanto ela tentava catar os próprios cacos perdidos de si mesma,
Fora todos esses fatores que naquela noite procurou o auxílio de Saxa, eram amigáveis uma com a outra ainda que não tão próximas, o que facilitou o seu desabafo após o retorno de Arcádia, mas não foi só pelo desabafo que foi atrás da duquesa, havia outra coisa que ela precisava para lidar com tudo aquilo: Vodca. 
A princesa nunca fora uma grande admiradora de bebidas, não até o momento, apenas bebida socialmente em festas ou outros eventos sociais, mas jamais havia exagerado tanto, não até aquela noite, em que se afogou em garrafas de vodca,  O sabor forte da bebida, o ardor em brasa, o arranhar entorpecente, o líquido que era capaz de eriçar todos os pelos do seu corpo à medida que anestesiava cada parte dele, coisas que faziam sentir mais que bagun��a mental, coisas que a faziam sentir viva sem se importar com qualquer outra coisa, a bebida transparente e etílica parecia ser capaz de tornar tudo aquilo suportável.
De repente Florence sentia maior que o próprio corpo, como se ela fosse capaz de preencher todo o espaço, e sentir cada pedaço dele, seria efeito do álcool ou coisa assim? Ela não sabia dizer, jurou para duquesa que estava bem, que podia ir até a Ralien em segurança, a insistência da ébria foi tanta que a amiga apenas concordou, desde que  a acadiana a avisasse quando chegasse até o seu quarto, através de uma mensagem no transmissor e assim Florence disse que faria.
Ao se despedir de Saxa, se guiou para a saída da Imre, rumando para ala leste de Diamond em seguida, seus passos não eram nada firmes e muito menos parecia coerente, calafrios, foi o que sentiu enquanto tinha a sensação de expandir cada vez mais, como se fosse capaz de sentir a aura de tudo ao redor. Seria alguma espécie de transe? A princesa tampouco estava em condições de dar qualquer resposta, até porque sua visão parecia turva, e tudo parecia tremer, mas isso nada parecia ter a ver com a nova sensação antes nunca sentida que lhe acometia, por já ser noite, não havia tantas pessoas assim nos corredores e por tanto, não podia dizer estar passando uma vergonha tão grande por não conseguir apenas andar em linha reta.
Felicidade, medo, tristeza, apreensão, empolgação, insegurança, luto, paixão,angustia a cada pessoa pela qual a princesa passava era como se uma nova sensação surgisse dentro de si, ela não sabia porque sentia aquelas coisas, nem porque aquilo estava acontecendo, mas todos os sentimentos passaram a se misturar em suas entranhas, se embrulhar no seu estômago. 
O que tinha naquela vodca? 
Aí está uma recorrente pergunta que rondava a cabeça da loira enquanto percorria pelos corredores até o seu dormitório, sentir parte de tudo ao mesmo tempo que nada fazia parte dela, mas mesmo assim era inerente a ela, toda sua confusão mental ainda só se tornou mais confuso, com tantos sentimentos que afloraram percorrendo por entre o seu corpo, não sabia mais se a tontura era por conta da bebida ou pela sensação estranha que sentia a cada pessoa que passava por ela, ou se tudo era uma coisa só, estava completamente conturbada.
Com certa dificuldade conseguiu chegar a ala leste, mesmo com toda inquietação, com a náusea e com tudo que assombrava, o carnaval em seu coração misturado a sinfonia mais triste de Mozart, O ar parecia lhe faltar ao passo que o tinha em excesso, as lágrimas ora de tristeza, ora de felicidade escapavam sem qualquer possibilidade de serem contidas, avistou o seu dormitório, mais alguns passos e poderia chegar até lá. E assim o fez, concentrando em contar passinho por passinho, agora sem ninguém a sua volta, era um pouco mais fácil se concentrar, mesmo que os sentimentos confusos e o efeito da bebida estivesse lá. Foi ao abrir a porta que Florence apagou, sem se lembrar de mais nada, antes de ver um intenso e denso escuro.
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