#e acharam estupido
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O MNAC é genuinamente o pior museu do país, já o digo há anos, e é precisamente por causa disto. Têm uma coleção riquíssima de obras de arte que vão do século XIX ao seculo XX, das obras mais importantes pra historia da arte portuguesa, e ta tudo numa cave escura pq ha uns dez anos atrás decidiram que haveriam de ser um museu de arte contemporânea pra atrair os jovens estudantes. Tenho ódio aquele museu de merda. Há anos que não vejo obras do Columbano ou do Malhoa ou de Cristino da Silva ou Tomás da Anunciação que estão lá e estão escondidas há ANOS
#eu genuinamente escrevi um texto com quase o mesmo título quando tinha uns 24 anos#e acharam estupido
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Queria saber me maquiar, mas eu ouvia Bezerra da Silva quando criança
Meus pais tinham um fiesta 2000 ou 2002, prata. Um carro de quatro portas, sem ar condicionado que tinha uma dificuldade tremenda de dar partida e mal subia uma ladeira. E um rádio que usavamos para tocar CD's que meu pai gravava em um computador tão velho e lento quanto o nosso fiesta. Eu amava. Quando meu pai finalmente chegava em casa, depois de passar duas semanas ou dois meses longe, em um navio, a primeira coisa que ele fazia era me colocar no banco de trás do carro e colocar um desses CD'S para tocar, que iam de Suicidal Tendencies a Bezerra da Silva, e ele dirigia pela cidade, na beira da praia e as vezes para outras cidades, enquanto ouviamos rock e samba em um tempo de três minutos.
Quando eu era criança eu não entendi as músicas. Para mim o divertido de ouvir Gotta Kill Captain Stupid do Suicidal Tendencies eram os bichinhos que cantavam no inicio e eu realmente achava que o Bezerra estava falando de cocada branca e preta e que a coca que estava na geladeira era o refrigerente. Tudo bem, eu era bem pequena. Porém eu fui crescendo e as músicas iam despertando curiosidade em mim. Eu queria entender o porquê daquele cara estar cantando com tanta raiva, então eu perguntava ao meu pai e ele falava, explicava que o tal do Capitão Estupido era uma figura, como um político ou um coah idiota, que as pessoas idolatram eles cegamente, ligada a um tipo de metáfora para a falta de reflexão crítica e o comportamento autodestrutivo ou até destrutivo para os outros e que a unica forma de eliminar ele seria, bem, matando. E depois eu finalmente entendi o que é a tal da coca na geladeira, e que o Bezerra da Silva está falando de uma realidade na favela que eu nunca tinha ouvido falar, porque, bem, de lá só escutamos as coisas mais terriveis do mundo e nunca sobre sua cultura.
Bem, hoje eu me tornei militante de esquerda. Principalmente meu pai adora reforçar isso quando eu corrijo ele com alguma coisa. Ele balança a cabeça, suspira e fala "esses esquerdistas" como se >ele< fosse algo diferente disso. Só que menos radical que eu, com certeza. O ponto é: é engraçado que ele me critique por isso, sendo que foi >ele< quem moldou isso em mim. Quando ele me colocava para ouvir músicas que falavam da alienação da sociedade, da revolta do povo, da cultura de um grupo, muito grande, de pessoas marginalizadas, ele moldou meu carater e minha forma de ver as coisas. Ele fez parte do que eu sou hoje.
E é engraçado ver que nossos pais não percebem como eles moldaram nossa personalidade. Quer dizer, pelo menos os meus pais nunca perceberam. Acho que é porque eles eram jovens, minha mãe tinha apenas 18 anos quando me teve e meu pai, apesar de ser mais velho, nunca tinha tido grandes responsabilidades na vida. Então eles só fizeram o que acharam certo e, acredito eu, acertaram um pouco. Mas eu nunca soube me maquiar por causa deles. Veja bem, eu gosto de maquiagem, faz parte da cultura de vários povos e sempre foi usado como simbolo de resistencia, além de ser bonito, e acho ridiculo ao nivel do patetico garotas que ficam "ah eu sou tão diferente das outras meninas, eu não uso maquiagem e bla bla bla". Eu não sou assim, na verdade eu queria ser igual as outras meninas e saber fazer algo além do que passar um batom. Porém minha mãe e meu pai nunca me incentivaram a isso. A primeira vez que eu tive acesso a algo além de um batom em formato, cheiro (e gosto) de morango, eu deveria ter uns doze ou treze anos. Porque meus pais ao inves de me dar um kit de maquiagem quando eu comecei a fazer algo com minhas mãos alem de levar itens a boca, eles me deram um Playstation 2 desbloqueado com uma meia duzia de jogos piratas. E eu fiquei fascinada pelo mundo dos jogos e não quis saber de mais nada. Meus pais também nunca me incentivaram a ser delicada e gostar de bonecas, rosa e princesa (o que não tem nenhum problema), mas eles me deram um livro de piadas, porque eu sempre ria das coisas mais idiotas do mundo. O livro é pessimo, cheio de piadas ultrapassadas como: pai, já faz um mês que roubaram seu cartão e você ainda não deu queixa na policia. E o pai responde: ah filho é porque eu percebi que o ladrão gasta menos que sua mãe. Ha ha, piada com mulheres. Mas eu ria a beça (ok, eu dei uma risadinha escrevendo também, não me orgulho). De qualquer forma, isso moldou tanto meu carater, que até hoje eu sou doida por videogames e tenho uma coletanea de piadas ruins. Isso e o fato que eu amo rock e Bezerra da Silva, além de gostar de ler livros, escrever e andar de carro. Mas não gosto de dirigir. E não sei me maquiar.
De qualquer forma, nem sei porque comecei a escrever isso. Talvez porque eu dei play na minha playlist de rock e a primeira coisa que começou a tocar foi Suicidal Tendencies ou talvez eu só esteja me sentindo nostalgica. Ou com saudades dos meus pais. Principalmente de andar de carro com eles. Hoje muito se fala sobre não tratar os pais como figura que pode fazer tudo e, se for necessário, podemos cortar laços com ele, o que eu concordo plenamente. Mas eu também acho que posso reconhecer os defeitos dos meus pais e ama-los mesmo assim. Até porque, parte das coisas que eu amo e acredito hoje, veio do amor que eles tem por mim e pelo o que eles achavam que estavam fazendo certo.
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ooi queria concept 10 com o Harry, adoro sua escrita 🥰🥰
Número 5 “Estamos em público, sabe que não podemos fazer isso aqui” Número 10 “Eu nunca quis tanto foder alguém, como quero foder você”
Espero que não se importem de eu juntar os pedidos 🥰 Adoraria saber o que acharam.
Ficou grande para um Concept mas tudo bem kkkk
Masterlist
Harry Concept #8 “ The Pool”
O som alto ecoava ao redor da luxuosa casa de Nick, apesar de ser um evento mais privado, com certeza já havia passado um pouco do número de pessoas que era esperado para a noite. O carro que levara S/n mal conseguiu chegar perto a fazendo terminar o caminho à pé, ela praguejou por ter colocado aquele malditos saltos, uma sandália rose gold, salto grosso com detalhes em pedrarias, para combinar com seu vestido dourado acetinado de alcinha deixando seus belos seios livremente marcados, franzido nas laterais que fizera questão de puxar para tornar mais suas coxas, os cabelos escorridos, algumas joias e uma pequena bolsa de mão no mesmo tom.
Os seus velhos rostos conhecidos estavam lá, todos bebendo, festejando e aproveitando a “pequena reunião”, seu olhar rodeou o lugar procurando algum rosto íntimo o bastante para poder se enturmar. Logo que viu Lana a assessora de Nick perto do bar imediatamente seguiu a seu encontro, ela que havia lhe apresentado para o radialista e toda sua turma de amigos.
“ Hey Lana.” Disse alegremente.
“ S/n, você veio.” Ela à abraçou. “ Estou tão feliz, nossa pequena turma está completa hoje.”
“ Sério?” Indagou um pouco nervosa com suas últimas palavras, pois sabia muito bem que isto significava que ele estava lá.
“ S/n?” Uma voz rouca surgiu atrás do balcão e seu coração disparou no mesmo instante. “ Quanto tempo”
“ Harry” virou timidamente para ele. Suas grandes esmeraldas lhe encaravam, ele usava uma camisa florida azul, alguns botões abertos mostrando sua tatuagem de borboleta, um jeans rasgado e seu vans. Não pode deixar de apreciá-lo por alguns instantes, vê-lo tão casualmente era até estranho. “ Acho que uns longos meses senhor Styles. Aliás belo bigode.”
“ H.” A repreendeu, rodeando o balcão para abraçá-la. “ Sabe que gosto que me chame assim.” Sussurrou, inalando o cheiro adocicado de seu perfume dela. “ Obrigada, quis inovar um pouco.”
“ Eu não sabia que havia virado Barmen?” Encarou o balcão um pouco bagunçado. “ E um péssimo, presumo.”Riu ao apoiar-se no local.
“ Oouh.” Fingiu estar ofendido. “ Eu faço ótimas margaritas, aprendi na minha última turnê.” Disse orgulhoso “ Não é mesmo Lana?”
“ Odeio confessar, mas as margaritas de H está noite estão divinas.” Ergueu sua taça com a bebida citada.
“ Bom, já que é tão boa assim eu quero uma Harold.” Pediu-lhe.
“H” ela revirou os olhos em resposta de outra repreensão.
“ Vem, o resto da turma vão vai ficar feliz em saber que está aqui.” Lana estara já um pouco sorridente demais pela bebida.
“ Pode ir na frente, vou esperar minha bebida e te encontro.” Sorriu à vendo concordar e dispersar sobre algumas pessoas.
“ Não precisava ter esperado, eu levava para você.” Ele mexia o líquido em suas mãos.
“ Queria ver se minha bebida ira ser feita corretamente.” Brincou, passando para o lado de trás do balcão junto ao Harry. “ E poderíamos conversar um pouco também, com todos reunidos fica um pouco difícil ter nossas longas conversas.” Riu. “ Estou curiosa de como foi sua turnê.
Desde que conheceu Lana quando começou a trabalhar na BBC rádio, ela sempre foi muito receptiva, um pouco de convivência com ela foi o bastante para convida-lá a sair após o expediente em algumas noites e apresentá-la aos seus fiéis amigos e companheiros de sempre. No total com S/n o pequeno grupo era formado por 10 pessoas, Lana e seu noivo John, Nick e Mesh, Sarah e Mitch, Jeff e Glenne e o solteiro Harry, eles sempre brincavam de como o mesmo sempre segurava vela em seus encontros casuais, mas quando S/n chegou ao grupo foi como se tudo se complementasse a partir dali, por mais que no começo fora receoso, ela com seu jeito doce e brincalhão conquistou seu lugar.
“ É verdade.” Concordou “ É tão difícil ter um tempo só com você.”
“ Creio que você terá que tomar coragem e me chamar para sair para ter toda minha atenção em você, senhor Styles,” Ergueu à sobrancelha, com um sorriso pretensioso.
Eles sempre pareciam estar flertando ou se tocando de alguma forma. Os dois sabiam que não era nada, apenas gostavam da presença um do outro. Nunca foram além do flerte inofensivo e toques suaves.
“ Talvez, talvez eu faça isso.” Cantarolou a entregando sua bebida.
“ Humm.” Tomou um gole, olhando diretamente aos olhos dele. “ Lana tinha razão.”
“ Eu lhe disse.”Um suspiro saiu dos lábios de Harry
“ Obrigado H” deixou um leve beijo em sua bochecha antes de deixá-lo ali quase flutuante com pequeno toque dela.
Era estranho o quão afetado Harry se sentia pela ações de S/n. Como na primeira vez que a viu, o abraço aconchegante que ela o deu, por algum motivo deixou-o arrepiado. Nas vezes que sentava ao seu lado durante os jantares, sua delicada mão tocando sua coxa enquanto gesticulava, o fazendo suar frio. O dia que adormeceram juntos bêbados a cama dele e no dia seguinte acordou abraçado à ela tentando ao máximo não endurecer com seu corpo tão colado ao seu. A amizade tornando-se mais forte e íntima começando seus flertes e brincadeiras “inocentes” que mexiam com ele. Na forma que ela sempre aparecia em sua mente quando aliviava-se massageando seu pau durante o banho.
~~~~~~
Já se passava um pouco mais da meia noite o pessoal concentravas-se agora a área interna da casa e a animação havia diminuído para conversas calorosas e risadas ao invés da música tão alta. S/n ja sentia alguns efeitos das bebidas a mais que bêbera, mas sentia-se sóbria o bastante para perceber o sumiço de Harry.
“ Hey, o que faz aqui fora sozinho?”
Harry está do lado de fora, um pouco mais afastado, mantinha seus pés dentro da enorme piscina iluminada.
“ Precisava tomar um ar.” Virou-se para moça que tirava suas sandálias e se juntava a ele para molhar os pés. “ Pensar um pouco.”
“ Quando não o vi pensei que já estava se amassando com uma mulher por algum canto da casa de Nick.” Riu “ Oh, que gelada.” Disse assim que colou os pés na água. Fazendo-o rir.
“Creio que estou começando a ficar velho para essas coisas.” A empurrou levemente com seu ombro. “ Sabe, nossos amigos lá dentro estão todos casando, formando uma família ou num relacionamento duradouro, sabia que Jeff vai ser pai?Achei que nessa idade eu já teria isso. Não tenho mais tempo pra fazer coisas estupidas como antes.”
“ Harry você só tem 26 anos.” Zombou “ Você está no seu auge, ainda tem muito tempo para casar, filhos e ainda pode se permitir fazer uma estupidez.”
“ Tipo o que?”
“ Bom, o que gostaria de fazer agora?” Virou Encarando-o “ Mas pensaria em não fazer porque é uma ideia ruim e estupidez completa.” Olhou nos fundo de suas enormes esmeraldas.
“ Hmmm.” Pensou por alguns minutos, talvez gostaria de ter uma noite de sexo estupidamente selvagem com ela.“ Não sei, nadar um pouco agora? A água parece boa.”
“ Realmente esta uma péssima ideia.” Riu.
“ E está não era a intenção?” Indagou “ Vamos nadar agora comigo.” Propôs.
“ Oh não. Este vestido é caro sabia.”
“ Tire-o, podemos ficar com as peças de baixo é quase a mesma coisa que roupas de banho.” Um biquinho pidão surgiu em seus lábios.
“ Não sei se você percebeu mas esse vestido não permite usar um sutiã.” Ele automaticamente encarou seus mamilos por cima do tecido “ E eu também não estou usando calcinha.” Corou ao olhar surpresa dele.
“ Uma mulher levada você em senhorita S/n?” Ela revirou os olhos em resposta “ Como você não nos deixa outra opção, vamos tem que nadar pelados.” Lançou-lhe um sorriso pretensioso.
“ Está louco?” Ele negou “ Estamos em público, sabe que não podemos fazer isso aqui.”
“ Vamos?”
“ Alguém nos pegar Harry. Não.”
Ele abaixou-se um pouco tombando sua cabeça no ombro dela. “ Não vão, porfavorzinho, somos os únicos solteiros de nossos amigos não acha que merecemos ser estupidos um pouco? Você mesmo disse isso.” Ele cantarolou enquanto inclinou a cabeça para acariciar o pescoço dela com o nariz. “ Por favor.” Implorou
“ Está bem.” Disse derrotada.
No mesmo instante Harry tirou sua camisa, levantou-se tirando o resto de suas roupas, S/n corou ao encarando completamente nu, o quão bonito era seu corpo, torneado, suas tatuagens, mas seus olhos acabaram se concentrando em seu pênis, o tamanho, a grossura, sua cor levemente rosada.
“ S/n?” Ele acenou tirando-a de seu transe.
“ Mhm” Olhou para o rosto envergonhado dele.
“ Vai continuar a encará-lo ou vai nadar?” Riu ao vê-la levantar rapidamente tirando e jogando o fino vestido ao chão “ Uau! Você é muito mais bonita do que pensava.”
“ Cala boca Styles, vamos.”
Ambos pularão na água, arrependendo-se do ato logo em seguida por a mesma está quase congelante.
“ Péssima ideia, péssima, ruim mesmo.” Os lábios de Harry tremiam um pouco.
“ Oh estou com tanto frio.” Aproximou-se dele. “ Vamos sair, essa foi sua idea mais estupida desde aquela vez que me convenceu a dormimos na sua cama.”
“ Hey.” Sentiu-se ofendido
“ Estou realmente com frio Harry, podemos sair?”
“ Me abrace, eu te esquento, logo você acostuma com à temperatura.” Puxou-a para mais perto, ela rodeou as mãos ao pescoço dele, ele puxou as pernas dela, ela entrelaçou em sua cintura, os braços dele agarraram suas costas a abraçando. “ Porra” Murmurou quando a boceta esfregou em pau quando se moveu e ele cutucou sua entrada.
“H” Sussurrou. Ele mantinha seus olhos fechados. “ Seu ... você... nós” ela mal conseguia falar, estar à beira de algo com Harry era uma coisa sempre desejou mas nunca pensou que aconteceria.
“ Eu sei” Respirou fundo abrindo os olhos. “ Você me deixa assim sabia?” Referiu a sua ereção entre as pernas. “ Eu nunca quis tanto foder alguém como eu quero foder você.”
Àquelas palavras a arrepiaram por inteira, em resposta ela empurrou seus lábios ao dele. Como era bom sentir seus lábios tão macios e selvagens, a língua de Harry brincava com a dela aprofundando o beijo, seus corpos esfregando um ao outro, ela podia sentir a grande cabeça inchada do pênis de Harry entrando nela quase por inteiro. E não sabia se aguentaria por mais muito tempo sem não tê-lo dentro de si. Se não fosse a porta de trás da casa de Nick ser aberta os fazendo correr dali tentando vestir suas roupas e seus amigos gritando os procurando com certeza teriam cedido à tentação .
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One Shot com Harry Styles
Pedido: Olá.Você pode fazer um que eles são casados (o Harry foi obrigado a casar)e tem um filho/a. O Harry traí ela e engravida a moça, a sn pega a criança para cuidar (pq a amante morre).O relacionamento esfria mas no final eles dão um jeito de voltarem.😙
obs: aqui está, espero que goste ❤️
Dei uma última olhada no espelho e sorri fraco. Hoje é o dia do meu casamento.
Eu deveria estar super feliz, mas não estou. Digo, eu estou feliz, mas não tanto quanto deveria.
Ai você me pergunta: “por que?” e eu te respondo: porque esse casamento está sendo praticamente planejado.
Eu namoro Harry há um pouco mais de um ano, e realmente gostamos um do outro, mas acho que ainda não ao ponto de nos casarmos, pelo menos não pra ele.
Eu odeio dizer isso, e tenho medo de admitir, mas EU o amo.
Mas voltando. Nosso casamento está sendo “planejado” porque há poucas semanas descobri que estou grávida. Até ai tudo bem, mas quando contamos aos nossos pais, eles acharam firmar de vez nossa relação. E para não decepcioná-los, decidimos nos casar.
Passei a mão por meu vestido e pequei meu buquê de rosas.
Respirei fundo umas dez vezes e entrei na limusine com meus pais, que nos levaria até a igreja.
-SeuNome Completo, você aceita Harry Edward Styles, como seu legitimo esposo?
-Aceito! -dei um sorriso fraco e Harry retribuiu-
-Harry Edward Styles, você aceita SeuNome Completo, como sua legitima esposa?
Ele suspirou pesadamente e parecia pensativo. Aquilo me deu um nervoso... inexplicável!
-Aceito! -ele disse depois de uma longa pausa, fazendo com que todos na igreja (inclusive eu) ficassem aliviados-
-Então pelo poder investido à mim, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva!
Harry se aproximou com um sorriso e envolveu minha cintura com seus braços, logo em seguida, me beijando.
(...)
Hoje já faz um ano e cinco meses que eu e Harry nos casamos. E até que não foi tão ruim quanto eu pensei que seria. Harry sempre é carinhoso comigo e com nosso filho, Ashton.
Harry disse que hoje a noite me levaria pra jantar. Então aproveitei que Ashton estava dormindo e meu marido ficaria em casa pra sair e comprar uma roupa mais especial.
Demorei mais ou menos uma hora e meia pra escolher uma roupa, mas encontrei. O vestido perfeito! Também aproveitei e comprei uma lingerie nova.
Chegando em casa, estiquei o vestido sobre a cama e deixei a sacola com a lingerie do lado. Fui até o quatro de Ashton e vi que ele ainda estava dormindo, mas percebi que Harry não estava em nenhum desses dois quartos.
Foi ai que eu comecei a ouvir uns barulhos estranhos vindo do quarto de hospedes. Fui até o mesmo mas, quando abri a porta, eu desejei com todas as forças que aquilo fosse só um pesadelo horrível.
-Nossa, vejo que você se divertiu enquanto eu estava fora.. -disse já chorando-
Harry estava me traindo. Na minha casa, enquanto nosso filho estava no quarto ao lado.
-SeuNome? -ele parecia desesperado-
-Quem é essa ai Harry? -a vadi@ perguntou me olhando de cima a baixo com cara de nojo-
Olha, eu sempre imaginei que Harry não me amasse como eu o amo, mas nunca imaginei que ele poderia me trair. Ainda mais porque temos um FILHO juntos.
-Eu sou a esposa dele. Quer dizer, ex... -eu já não tinha controle das lágrimas-
Tirei minha aliança e a joguei no chão. Corri pro quarto de Ash e o peguei, saindo correndo de casa.
Harry’s P.O.V
Meu Deus... como eu pude fazer isso com a SeuNome? Ela não merecia isso... E ver ela chorando só fez eu me sentir mais idiota ainda.
-O que eu fiz? -resmunguei baixo-
-Hey, esquece ela... -Emma disse aproximando seu rosto do meu- ela não é nada perto de mim! -a olhei furioso-
-COMO É? -ela se assustou com meu grito- A SEUNOME É A PESSOA MAIS ESPECIAL QUE EU JÁ CONHECI NA MINHA VIDA E EU ESTRAGUEI TUDO E VOCÊ VEM ME DIZER UMA COISA DESSAS?
-Também não precisa ficar assim né amorzinho... ela continuou se esfregando em mim-
-SAI DA MINHA CASA AGORA! -levantei e coloquei minha calça e ela ficou me olhando incrédula- NÃO OUVIU NÃO?
-Ok... Eu vou, mas se precisar já tem meu número! -Emma sussurrou no meu ouvido e eu me segurei pra não dar um tapa na cara dela- tchau amorzinho... -ela piscou, depois de vestida, e saiu de casa-
“Amorzinho”... hum... quem ela pensa que é? Espera, amorzinho me lembra bebê e... bebê me lembra.......ASHTON!
Corri até seu quarto mas ele não estava mais lá. Fui até meu quarto e ele também não estava lá. Nem SeuNome.
Olhei para a cama e vi que tinha um vestido em cima. Lindo e sexy. Acho que é o que SeuNome usaria hoje a noite... Também percebi uma sacola de uma loja de lingerie...
Eu nem sei porque fiz isso. Eu nem ao menos gosto ou conheço bem a Emma!
COMO EU SOU IDIOTA, ESTUPIDO, TROUXA, RIDICULO, COVARDE!
Apesar de eu sempre dizer pra mim mesmo que eu não amava completamente a SeuNome, eu sabia que estava errado, e eu precisei perde-la pra perceber isso...
(...)
-Oi amorzinho... -atendi o telefone já ouvindo aquela voz irritante-
-O que você quer? -disse sem ânimo algum-
-Te contar uma notícia MA-RA-VI-LHO-SA!
-Fala logo!
-EU ESTOU GRÁVIDAAA!
-Poxa, que legal hein... -disse sarcástico-
-Nossa Harry, é assim que você vai tratar seu filho? -OI?? MEU FILHO?-
-COMO ASSIM MEU FILHO? VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA!
-Não... é seu sim! A última relação que tive foi com você!
Isso só pode ser um pesadelo!
SeuNome’s P.O.V
Um ano já se passou desde que Harry me traiu. É incrível como tudo pode acontecer em apenas de um ano!
-MAMÃE, É PRA VOXE! -Ashton gritou da porta depois de atende-la, já que alguém havia tocado a campainha-
Me levantei e fui até meu filho.
-Quem é meu amor? -olhei pra porta e quase cai dura no chão- vai pro seu quarto Ashton, por favor... -disse ainda paralisada-
Ashton resmungou alguma coisa baixo e foi para o seu quarto.
-Como ele está grande... -Harry comentou-
-O que faz aqui? E quem é esse bebê? -sim, Harry estava com um bebê no colo-
-Esse é o Travis... meu filho -ele engoliu seco e eu arregalei os olhos-
Não pensei duas vezes antes de fechar a porta, mas ele colocou o pé, não me permitindo de fechar a mesma.
-O que você quer comigo Harry? -disse já com voz de choro-
-Eu preciso de ajuda SeuNome... -parecia que Harry também estava prestes a chorar- a mãe dele morreu no parto... -o olhei com certa pena- acabei de sair do hospital... e a primeira pessoa que passou pela minha cabeça que eu pensei que poderia me ajudar foi você...
-Como me achou aqui? -nesse último ano, eu fiquei morando na minha antiga casa, que eu tinha antes de morar com o Harry-
-Sua mãe contou pra minha... e ela...
-Já entendi.. -o cortei-
-Por favor SeuNome... me ajuda!?
Suspirei fundo. Apesar de sentir nojo de Harry e daquela mulher, eu vi que ele realmente precisava de ajuda. Eu nunca gostei e não é agora que eu vou começar a gostar daquela mulher que acabou com a minha vida (claro que também foi culpa do Harry), mas eu nunca desejaria a morte dela, mas infelizmente aconteceu, e ela deixou um filho pra trás...
-Tudo bem Harry... você pode ficar aqui por um tempo...
-MUITO OBRIGADO SEUAPELIDO! De verdade! -ele abriu um sorriso enorme e me abraçou fraco, já que estava com um bebê no colo-
(...)
Apesar de Harry estar morando comigo, quase não nos falávamos. Ele até tentava puxar assunto, mas eu o evitava ao máximo. Eu ainda estava MUITO chateada com ele.
E assim se passaram três meses. Ashton sempre fazia perguntas difíceis de responder (mas acabamos confirmando que Harry é seu pai), o clima era sempre constrangedor e Travis não parava de chorar um minuto. Mas eu cuidava bastante dele. Travis já era praticamente meu filho.
Estava de madrugada já, mas eu não conseguia dormir. Então desci até a cozinha e preparei um chá. Me sentei em uma cadeira e fiquei lá, bebendo sossegadamente meu chá, até que ouço passos na escada.
-Também não consegue dormir? -Harry perguntou me olhando, mas logo desviou sua atenção para o armário e pegou uma sachê de chá-
-Não... -disse simplesmente-
-Desculpa SeuNome -ele se aproximou muito de mim- eu não aguento mais! -não deu tempo nem de pensar direito. Quando eu vi, Harry estava me beijando-
Eu tentei resistir, mas não consegui.
O beijo foi ficando a cada minuto mais intenso, e foi ai que eu me dei conta do que estava fazendo...
-Não Harry, por favor... -coloquei minha mão sobre seu peito e nos separei-
-Olha SeuNome, eu sei que errei, e muito, muito feio! Mas eu me arrependo a cada segundo que passa... -ergui uma sobrancelha, duvidando- eu JURO! Quando eu fiz aquilo eu achei que por não te amar, eu não machucaria ninguém... mas quando eu vi você chorando... eu percebi que estava errado sobre tudo. Eu te amava sim, e ainda te amo. Mas eu só percebi isso porque eu te perdi... -nós dois já estávamos inundando a cozinha com nossas lágrimas- me perdoa, por favor... -ele acariciou minha bochecha e colou nossas testas-
-Harry eu... -ele me olhou triste, talvez pensando que eu não iria perdoá-lo- eu te amo... -sorri fraco e ele abriu um sorriso lindo-
Harry não pensou duas vezes antes de colar nossos lábios e iniciar um beijo maravilhoso. O beijo foi se intensificando e clima esquentando cada vez mais. Subimos até o meu quarto sem nos desgrudar.
Não posso dizer que confio 100% nele, mas tenho certeza que com o tempo tudo vai se ajustar. E também, estamos recomeçando da melhor maneira!
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OIEEEEE!!! Mas um one shot pra vcs! Espero que tenham gostado❤️ ficou grandinho até né? Comentem o que acharam!
P.S.: ainda estou aceitando pedidos!
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“Me sinto uma ogra, é, uma ogra mesmo, tipo a Fiona. Sou fria, grossa, estupida. Mas ó, uma coisa eu digo a meu favor: Eu sei exatamente com quem ser uma ogra e com quem ser princesa. Sei que a Fiona era um princesa, porém, to longe de ser princesa do tipo Fiona. Confuso, né? mas é assim que eu sou, uma confusão. Alias, digo mais a todos vocês: ogras também amam, ogras também tem sentimentos, não somos ocas de sentimentos apenas usamos esse nosso lado “estupido” de ser para nos proteger, porque assim como eu, todas as outras ogras que tem perdidas por ai, já sofreram por amor, já se decepcionaram e hoje usam a frieza, grosseria e estupidez de escudo e isso é apenas uma forma que acharam de se proteger.”
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Deixe-me ir
O céu estava carmesim naquele final de dia e algumas crianças brincavam na rua como de costume, as luzes das casas aos poucos iam se acendendo, uma após a outra, logo toda a pequena cidade estava iluminada. Agora as mesmas crianças voltavam para suas casas algumas alegres pelo dia que tiveram e outras tão pouco, pois queixavam-se com suas mães por não poderem ficar até mais tarde na rua. Quando a escuridão tomou conta da pequena cidade, o jovem rapaz chamado de Nestor decidiu sair na rua em busca de seu irmão, já havia se passado algumas semanas, desde o ocorrido, mas Nestor não conseguia se conformar, como aquilo poderia ter acontecido em uma cidade tão pequena como aquela, quanto mais o jovem pensava mais irritado ficava. Seu irmão caçula havia desaparecido há alguns dias e todos pararam de procurar exceto ele, bom, na realidade, naquela sexta feira completaria dois meses que seu irmão havia desaparecido. Nestor não morava na cidade com seus pais, pois havia se mudado para outra cidade para estudar em uma Universidade importante do Estado. Com o início de suas férias o jovem rapaz voltou para a cidade onde morava para procurar o irmão desaparecido e rever a família. Agora esse jovem saía da praça central da cidade e caminhava por meios aos postes que iam iluminando o seu caminho. ''Droga, onde você foi parar André, como alguém some em uma cidade tão pequena’', lamentava o jovem universitário. – E realmente era uma cidade minúscula, tinha no máximo trinta ruas e a rodovia principal passava próxima a casa da família de Nestor. Andou pelas primeiras casas ao Norte da cidade, lembrou-se da infância e dos velhos amigos que viviam ali há alguns anos atrás. Até que foi para a rua fechada no final da rua, o último local onde André fora visto há exatamente dois meses atrás e sentiu um nó na garganta, uma espécie de medo ingênuo e bobo, daqueles que todos sentem na infância, pois havia se deparado com a casa do final da rua, uma casa muito velha que fazia o jovem tremer no passado, pois assim como muitas casas do mundo, diziam que aquela casa era assombrada, obviamente Nestor não acreditava nesse tipo de coisa, afinal, quem daria importância para esse tipo de história, são contos bobos que pessoas simples de cidades pequenas gostam de criar, para manter medo nas crianças que ficam andando tarde na rua, entretanto o medo de Nestor não era exatamente do que via agora, somente de uma vaga lembrança que teve na infância, em relação a está casa. Mesmo com esse medo o jovem não pensou em desistir de sua busca, continuou em direção a casa e conforme se aproximava a lembrança lhe preenchia a mente. Seus medos passados agora o atormentavam novamente. 10 anos atrás... Vamos Nestor, é só uma casa velha, não há nada para temer. – Desafiou Rafael, empolgado. Não seja estupido, todos sabem que essa casa é mal assombrada Rafael, não acho bom entrarmos nela. – Disse Nestor, cauteloso. – É, ele tem razão Rafa, devíamos deixar essa ideia para lá. – Disse Ana, a irmã caçula de Rafael. – Parem com isso seus bobos, eu quero encontrar minha bola, paguei uma fortuna nela e ainda é original do meu clube. Vale ressaltar Nestor, que foi você que chutou ela no quintal da casa, então nada mais justo do que você me ajudar à pega-la. Se quiser ficar, pode ficar aqui Ana, não quero que fique de castigo por minha causa. – Não! Se vocês forem eu também vou. – Afirmou a garotinha, com medo, mas com determinação. E assim as crianças foram Nestor foi o primeiro a pular o muro, depois ajudou Ana a subir, com ajuda de Rafael, que a ergueu até o topo do muro. Após isso Rafael subiu com ajuda do amigo. A casa era um lugar horroroso, possuía uma atmosfera ruim, sua estrutura comportava três pavimentos, com várias janelas tapadas por cortinas negras. O telhado era velho com um acabamento muito antigo, de outras décadas. Construída uma parte com tijolos e outra com madeira. Grandes árvores secas com galhos enormes rodeavam a casa, havia também o muro que cercava por completo o local. Uma das coisas que chamou mais atenção do trio foi o enorme portão da entrada, pois agora podiam ver seus detalhes, possuía gravuras de anjos expulsando Lúcifer do céu, liderados pelo arcanjo Miguel as criaturas celestes triunfavam. Uma bela gravura que prendeu o olhar curioso das crianças. Nesse portão não havia campainha, somente uma espécie de ferro evolvida na cabeça de um boi artesanal para chamar a atenção dos moradores. Já o quintal da casa era plano com um gramado quase morto, cheio de galhos, folhas e buracos. O dono daquela casa morava em outra cidade e raramente voltava para visitá-la. Logo ficava abandonada a maior parte do tempo, o que deu origem a lenda local e seus respectivos rumores. Depois dos garotos entrarem no quintal da casa foram atrás da almejada bola, Rafael estava empolgado, na verdade ele queria entrar na casa há muito tempo, perder a bola era uma desculpa formidável para o seu real objetivo. Todos na região diziam que aquele local era mal assombrado, o garoto queria poder contar que havia entrado naquele local e que viveu uma grande aventura. Mesmo que isso custa-se arrastar seu amigo e sua irmã junto na aventura. Rafael era o mais velhos deles, tinha doze anos, enquanto sua irmã e Nestor possuíam dez. – Cara, isso vai ser irado. Estamos no lugar mais horripilante de nossa cidade. Soube que essa casa tem um tesouro no porão, e, logo hoje vamos descobrir. – Falava Rafael sorrindo. – Que bom que está feliz colega, na verdade eu estou com bastante medo e acho que Ana também está. – Sim, não vamos perder tempo aqui Rafael! – Concordou Ana, apoiando Nestor. Os jovens olhavam para a enorme porta da entrada curiosos, Rafael foi logo a empurrando, mas notou que estava trancada por dentro e mal se mexia com a força que eles aplicavam nela. Ana observou Nestor quebrando o vidro de uma janela e abrindo-a pelo lado de fora, agora os três garotos estavam no que parecia ser uma espécie de sala de estar. O local tinha um belo tapete decorado no chão, uma mesa com frutas de plástico no centro da sala, uma lâmpada decorativa muito elegante e uma lareira, a qual estava acessa. Os garotos estranharam, afinal não havia ninguém morando ali, não existiam sinais de arrombamento quando entraram e jamais aviam visto circulação no local em nenhum período do dia. – Estranho, por que a lareira está acessa? – Perguntou Ana, incrédula. – Sim, realmente não faz sentido, vamos nos apurar, deve ter algum morador de rua perigoso morando aqui, um criminoso ou sei lá o que. – Exclamou Nestor preocupado. –Cara, isso não é bom. – Agora Rafael parecia estar mais preocupado e desconfortável com a situação. O grupo de crianças agora seguia para a cozinha. Onde observaram uma mesa com quatro taças de vinho e um grande porco assado rodeado de panelas com outros tipos de comidas elegantes. – Você sabe exatamente onde essa bola está Rafa? – Questionou Ana. – Esse lugar está me assustando, tem alguém morando aqui e parece que preparou um banquete. – Sim, eu já disse, ela caiu no porão, quebrou uma vidraça do porão e caiu lá dentro. – Droga. Vamos ter que andar na casa inteira para achar essa bendita bola Rafael. - Disse Nestor com Bravata. – Olha só isso, é um jantar, e, me parece que o sujeito que está aqui tem visita. – É, eu acho que sim amigo. – Quanto mais andarmos aqui mais chance de encontrarmos o dono da lareira. – Ana estava com muito medo, mas tinha razão. – Temos que ser rápidos. Os jovens passaram pela cozinha e um corredor cheio de quartos, olhavam com medo os três quartos existentes, aparentemente de mesmo tamanho, mas não encontraram ninguém, nem entrada alguma de porão. No final do corredor a direita dos garotos havia uma escada sinistra, e alguns quadros estranhos na parede, antigos, que pareciam observarem os garotos, um em especial retratava uma jovem de vestido branco e cabelos negros que parecia observa-los enquanto se moviam. Ansiosos os garotos subiram as escadas e viram a varanda da casa, a qual estava trancada por dentro, acharam melhor não aparecer por ali, pois alguém poderia vê-los da rua. Havia mais quadros na parede, mas agora eram quadros de paisagens e lugares esquisitos os quais nunca tinham visto. As crianças desceram as escadas com velocidade para chegar ao outro lado da casa rápido e assim o fizeram. Do outro lado tinha o que parecia ser um salão, neste havia uma lareira ainda maior e que também estava acesa, outro tapete bonito e cabeças de animais na parede, outros quadros, algumas velas e uma bela mesa no centro. Também havia uma estátua no centro do salão, do tamanho de um humano adulto, era a gravura de um anjo, o qual Nestor notou ser o Arcanjo Miguel. Também viram o que parecia ser a entrada do porão abaixo da estrutura da escada, tinha uma porta que ao que parecia, levaria ao tão lugar. Notaram também que ali era a entrada principal da casa, viram a enorme porta de entrada trancada por um pedaço rustico de madeira, esse que fazia a porta ser fortemente guardada de difícil acesso. Perceberam que tinham dado a volta na casa. Na verdade ali sim era o início. Os garotos assustados por saberem que tinha alguém ali alimentando a luz da casa foram com pressa para o porão e notaram que a porta estava aberta. Desceram mais uma escada e notaram o breu total que os cercava. Ana pegou as lanternas e distribuiu ao grupo, todos desceram com maior segurança e precisão. Nesse porão havia muitas coisas velhas, algumas de décadas passadas, mas nada de tão incomum ou assustador, só eram coisas velhas de outra geração. Havia também muitas peças de roupas e manequins, como se fossem um estoque de uma loja de roupas. Após alguns minutos Rafael achou a bola que procurava. – Encontrei pessoal, aqui está! – Disse o menino alegre. – Aleluia, achei que íamos ficar a noite inteira aqui, chega quero ir embora! – Satisfeita por terem encontrado, Ana desabafou. – Isso! Vamos logo pessoal. – Concordou Nestor. Agora os jovens voltavam pela escada que subia ao grande salão quando notaram uma coisa os observando da penumbra próxima ao portão de entrada da casa. Não dava para saber o que era somente notaram sua forma, mas essa estava protegida pelas sombras. Por alguns segundos os jovens ficaram parados olhando aquele ser na escuridão, foi então que Nestor abriu a boca. – Olá, quem é você? Uma risada de deboche foi à única resposta, o que fez os jovens gelarem a alma, o frio embrulhava lhes os estômagos, uma leve tremedeira atacou Rafael, enquanto Ana agarrava no braço do irmão. – Novamente Nestor confrontou a coisa. – Quem está aí?! Mostre o rosto! A voz que fala agora é tranquila e debochada, como se fosse superior. – Olá, minha criança, não tenho um nome para me chamar, nunca tive a oportunidade de ser batizado, nunca tive mãe, nunca tive pai. Não sou de sangue e ausência de face possuo. – A voz continuou com seu jogo de deboches. – Estou com vocês desde do inicio, aqueci os cômodos, ofereci comida, vinho e até mesmo quartos, sou um ótimo anfitrião, por hora peço que fiquem comigo, eu imploro, fiquem comigo para desfrutarmos da eternidade! Os jovens assustados com a figura saíram correndo pela escada, Nestor foi o único que olhou para trás, e viu saindo levemente das sombras um manequim, o qual tinha uma máscara que sorria para ele enquanto corria. E lá estava Nestor, novamente olhando para a casa que outrora lhe causava pesadelos. Seria possível existir algum mal naquele local, ou seria somente frutos da imaginação da infância de garotos simples do campo? Nestor nunca fora um garoto supersticioso, pois sempre procurava explicações com base na ciência, tanto é que dedicava seu tempo como universitário estudando biologia e fenômenos científicos. Também possuía um irmão caçula alegre e forte, não poderia ele ter sucumbido ao suicídio. Não! Não podia acreditar, seu irmão estava desaparecido, e ele iria encontra-lo, afinal a cidade era minúscula, afastada de tudo, não teria como uma criança ir tão longe. Foi então que o universitário convencido do mal da casa e da possibilidade de seu irmão estar nela decidiu entrar. Como no passado agora Nestor entrava novamente na casa, na casa onde avistou o manequim sorridente e sua voz debochante, onde avistou o banquete as camas arrumadas e a lareira queimando. Pulou o muro com facilidade, apesar de agora ser adulto seu corpo ainda era jovem e saudável, o jovem ficou com receio de ser visto fazendo aquilo, mas logo deu de ombros, afinal era uma cidade pacata e estava escurecendo, ninguém o notaria fazendo aquilo. – acreditava o garoto. Apesar de se passarem anos desde que viu pela ultima vez aquela casa ela parecia não mudar, seu gramado era seco, coberto por folhas de arvores de fora do quintal, pois as de dentro eram todas secas, mortas e cheias de galhos com infinitas bifurcações, era enorme e ainda aparentemente abandonada. Apanhado pelo impulso o jovem pulou uma janela, dessa vez a janela do salão principal, onde viu a aparição. Dessa vez não havia lareira acessa, e tudo estava apagado, realmente abandonado. Ficou duas horas andando pela casa e não vira nada de anormal, era uma casa qualquer, velha e empoeirada, deixada para morrer no tempo. Nestor começou a acreditar que seu irmão não estava ali, talvez estivesse ficando louco procurando respostas onde não encontraria, talvez estivesse com medo de admitir que não sabia onde o garoto estava, sentiu-se tocado por uma tristeza incompreensível, o fato de não ter respostas o incomodava. Estava ele ali por não aceitar a realidade? Talvez fosse melhor fazer como todo mundo e deixar a busca de lado... Após inúmeras voltas na casa o jovem acaba dormindo em um sofá da sala, onde deitou para descansar um pouco, seu cochilo tornou-se um sono profundo de horas. Quando despertava escutou um sussurro leve próximo ao sofá, ''veio me visitar novamente amigo? Senti sua falta... ''. O rapaz levantou assustado, olhando para os lados, mas nada viu. Quem está aí? – Resposta nenhuma veio. Devo estar ficando louco, esse lugar está mexendo com minha sanidade. – Pensava o rapaz encabulado. Tudo levava a crer que estava perdendo tempo ali, Nestor caminhou em direção à janela por onde havia entrado, olhou no relógio, marcava onze e cinquenta. Aparentemente não encontraria seu irmão naquele local, afinal havia revirado toda casa em busca dele e nada encontrara. Mas de repente algo surpreendeu o jovem, pois uma voz o chamava de longe, e ele conhecia essa voz. Era André! Seu irmão André! –Nestor? É você que está aí? Irmão! – Chamava a voz de dentro do porão. – André? – Reconheceu Nestor. O Jovem não pensou duas vezes e foi em direção ao porão que tinha a porta abaixo das escadas da casa, havia estado ali antes, mas não havia sinais de André, porém o mesmo gritava por seu nome agora. Nestor tropeçava em objetos e móveis carregando sua lanterna, quando notou no canto da parede no porão uma figura virada de costas olhando para a parede, era dali que surgia os sons, seria aquele ser com roupas de frio André? Nestor puxou o suposto irmão pelo ombro para olhar sua face, quando notou que aquilo que puxava era somente um manequim, um manequim coberto por roupas grossas de frio. O rapaz chutou o boneco com violência para o lado e foi em direção à saída incomodado. – Estou delirando? – Refletiu ele indignando com a situação. Neste instante uma gargalhada debochante veio do salão principal. O rapaz sem entender foi em sua direção, parecia conhecer aquela risada, era tão familiar, mas não sabia da onde. Quando chegou ao salão novamente, notou que a lareira estava acessa e tocava uma musica agradável no piano. Quando olhou para o sofá reconheceu o manequim que estava sentado, era o mesmo que vira quando criança, esse estava imóvel com uma taça de vinho na mão, havia outros manequins sentados em outro sofá, eram femininos com vestidos extravagantes e pareciam interagir enquanto desfrutavam do mesmo vinho, outros estavam em pé, com se fosse uma festa elegante, com ternos e vestidos caros. – O que esta acontecendo? – Disse Nestor, deixando escapar as palavras da boca. Risadas agora vinham do porão. – Mas não era a mesma de antes, eram várias misturadas e pareciam debochar da pergunta do jovem. – Foda-se esse lugar de merda! Gritou o rapaz ensandecido, indo em direção à janela. Tentava abri-la, mas não conseguia, parecia estar emperrada ou segurada por uma força descomunal. Vozes vinham do porão, uma delas era de seu irmão, todas diziam somente uma palavra. Fique! Fique! FIQUE! – NÃO! SOCORRO! SOCORRO!– Gritava Nestor ensandecido com as vozes em sua cabeça e elas não paravam, só diziam a mesma coisa infinitas vezes. – Fique! Fique! FIQUE! Der repente todas elas pararam, como se um sinal as silenciasse, nesse instante outra voz preencheu o silencio. – Ele já faz parte de nós... Nestor usou uma barra de ferro da lareira e quebrou o vidro e grande parte da janela e saiu correndo da casa, havia ferido o braço na vidraça, mas pouco importava, estava com muita adrenalina no corpo e nem sentiu dor pelo lanho. Quando estava chegando perto do portão de entrada da casa sentiu uma enorme fraqueza no corpo e a escuridão tomou conta de seus olhos, aos poucos foi apagando e caiu no chão desmaiado. O jovem acordou em um sofá, no salão principal, não havia manequins no local, não havia música e para alivio de Nestor, a lareira estava apagada. Acreditou que estava delirando e levantou com dificuldade. Porém havia um corte em seu braço, quando notou isso uma risada percorreu o salão. Aquela maldita voz de deboche. – Reconheceu Nestor assustado. Seria aquilo tudo real? O rapaz caminhou até a janela e notou que estava quebrada, notou que a lareira agora havia acendido novamente e a música voltará a tocar do piano, mas não havia ninguém nele e nem mesmo o som vinha do piano que ele via. O som vinha de dentro das paredes e ecoavam no salão. – O que você quer de mim? Gritou Nestor, com fúria e medo. Por uns segundos resposta nenhuma veio, porém quando Nestor ia perguntar novamente uma resposta veio de todas as paredes, cessando a música. – Eu já tenho o que eu quero! – Após uma pausa a voz continuou. – Você! Eu já tenho você! – Afirmou a voz medonha. O rapaz correu e abriu a porta de entrada da casa, quebrando a maçaneta, apavorado tentando sair da casa, bateu na porta com extrema violência, até ela ceder, mas o que viu do outro lado não era o quintal da entrada e sim o salão principal da casa. Novamente estava na maldita casa! Não importava quantas vezes tentasse sair, sempre parava no salão principal e toda vez que tentava sair e fracassava uma voz ria do garoto, afim de o enlouquecer. Não importava se ele tapasse os ouvidos, a voz ria seguida por outras que diziam somente uma palavra... – Fique! Fique! Fique! O Rapaz subiu as escadas procurando se jogar do segundo andar, sua insanidade aumentava e tudo que ele queria era sair da casa. O jovem se atirou da sacada tomado pela loucura, porém antes de cair no chão fechou os olhos por alguns segundos e quando os abriu estava atirado no tapete do salão da casa, notou que a lareira estava acesa e manequins festejavam com boa música... Três dias depois o corpo de Nestor foi encontrado. Achado morto, enforcado em uma casa abandonada da cidade. A policia alega que o jovem cometeu suicídio, dizem também que a perda do irmão André alavancou a tomada de decisão. Nestor foi enterrado no cemitério da cidade a pedido da família, enquanto o paradeiro de André, esse ainda continua sendo um mistério.
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monótono:
Eu estou sangrando merda! Porque merda é oque corre nas minhas veias. Oh estupido juízo! Que deixou em frangalhos os meus sentidos. Faca da morte, por quanto tempo te procurarei, sem saber que nessa vida eu ja morri mais de mil vezes. Nos escombros dessa personalidade fria, Eu, filho desse prejuízo, levanto desse corpo, para anunciar, mais uma falência, mais uma ruína, mais uma divida. Ahhhh mortais insolentes, por quanto tempo ainda acharam que respirar é viver, ahhhh camaradas, na suas camadas idiotas, vis e podres, feito uma cadáver morto a machadadas desse terror tosco que é sobreviver.
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