#copo bomba
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⸻ ❝ 𝒓𝒆𝒂𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏 ❞
esteban kukuriczka ₓ f.reader
wc.: 2,9k
prompt: loser!esteban que você odeia acaba sendo pareado contigo pra um 7 minutos no paraíso na festinha meia bomba que você foi pra comemorar o fim do semestre
obs.: haha your so sexy dont mind minha demora de quase duas semanas pra voltar a escrever. amigas, foi o cão escrever durante a dengue e eu sinto com todo o meu ser que minha escrita simplesmente decaiu! e sendo muito honesta eu gostaria de ter maltratado o kuku muito mais nessa daqui... de qualquer forma, espero muito que gostem, principalmente as ceos dos homens patéticos @creads e @kyuala 💗💖💝 eu ouvi muito e.t da katy perry pr escrever (quando ela fala kiss me infect me with ur lovin? i MEAN?)
obs.²: formação reativa é o nome de um mecanismo de defesa "substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real" rsrs e nisso vocês já entenderam tudo! um beijo, dyvas, façam boa leitura e me perdoem real pela queda de produtividade 💞🎀😽🙏
tw.: smut, esteban patético da silva, degradação, linguagem chula, fem dom.?, ereção shamming (eu literalmente não sei como categorizar isso), sexo oral, face sitting, face riding, clit play, matías recalt sendo um engraçadinho desgraçado, e se tiver algo mais me avisem mWAH 💋. MDNI
você baforava a fumaça enquanto estava sentadinha no braço do sofá onde outras cinco pessoas se abarrotavam. a festa estava uma merda, a música era de um gosto horrível e a caixa de som parecia estar com o grave estourado fazendo o ouvido de todo mundo ali zumbir quando a batida aumentava de frequência. e piorou quando você viu o grupinho que tanto conhecia entrar pela porta da república onde vocês comemoravam o fim do semestre.
— meu deus, o que é que eles estão fazendo aqui? — ouviu sua amiga cinthia expressar seus pensamentos e riu em desapreço.
— devem estar perdidos... como sempre. — bateu as cinzas do cigarro no copo vazio entre suas pernas e observou com os olhos afiados enquanto eles tentavam espalhafatosamente se enturmar.
não tinha nada contra os nerds de engenharia de software. não tinha nada contra os nerds no geral. achava sim que eles todos eram idiotas, mas desinteressantes o bastante pra que você não se importasse com a existência deles. no entanto, detestava esteban kukuriczka com todas as suas forças. era o loirinho, com cara de sonso e que sempre vestia um moletom por cima da blusa, não conversava muito e andava pelos cantos, desviando das pessoas, das interações; completamente patético.
conhecia o argentino tinham anos, desde o fundamental. no sexto ano não tinha amigos, e o único que arranjou - quando já eram do oitavo - fora um garoto mirrado que vivia conversando sobre ciência, carros e filmes de ação. enquanto a maioria dos garotos se interessava por video games de celular ou por futebol, ele lia sobre guerras estelares no intervalo, as vezes se auto excluindo quando o chamavam para completar time.
no ensino médio virou um completo estranho, respondia os professores gaguejando e quase nunca saía da sala para lanchar ou ir ao banheiro, puxando o capuz e enfiando o rosto entre os braços sobre a carteira nos minutos de descanso. era tão insignificante que quando foi pego roubando uma das suas calcinhas todos se chocaram e a história repercutiu não só nas outras séries, como pessoas de outras escolas também ficaram sabendo; o que obviamente tinha sido uma bomba para a sua reputação.
era o seu maior trauma. semanas de um assunto interminável do qual você não pode fugir, mas que ele, que tinha se mudado de colégio a pedido da diretora, não precisou lidar. e quando finalmente se via livre disso ao final do colegial, na sua primeira festa como caloura da faculdade, se esbarrava com o rapaz. os olhos caídos, dignos de pena e o estado já meio alcoolizado enquanto ele lentamente se recordava do seu semblante.
"ficou sabendo? esteban kukuriczka gosta de cheirar calcinhas usadas"
"me contaram que ele invadiu o vestiário das meninas durante a educação física e pegou a primeira que viu, mas acho que ele sabia de quem era"
"aposto que tinha o cheiro bom, mesmo suadinha"
"ewww"
naquele dia esteban dera um sorriso envergonhado e tentara te cumprimentar, mas tudo o que saiu da sua boca foi "se me tocar com essa mão nojenta eu corto todos os seus dedos", antes de dar as costas e caminhar para longe.
era frustrante que vocês continuassem se encontrando e que ele não mudava em nada. por vezes, tinha visto ele tentar deixar um bigodinho crescer, mas duas semanas de pura penugem depois ele ia e raspava, voltando a ter a cara de otário standart.
ele tinha mandado um email - que ele encontrou no seu cadastro estudantil disponível no fórum do seu curso - depois do encontrão durante a calourada, se explicando e dizendo que a história do roubo era um grande mal entendido e que agora ele conseguia falar melhor com os outros, sem ser tão tímido e recluso, perguntando se não podiam se encontrar em algum lugar público das dependências da universidade para "esclarecerem" tudo. e é óbvio que você nunca respondeu, achando um desaforo ter que fazer qualquer esforço para tentar entender o porquê de ele ter pego algo tão íntimo e nunca pedido desculpas na época.
reviver aquilo tudo te fez se levantar impaciente, deixando o resto do cigarro com cinthia e caminhando até a mesa das bebidas. misturava corote, guaraná e xarope de groselha para virar quase tudo de uma vez, sabendo que quem responderia pelo seu estômago irritado seria sua futura eu.
foi arrancada do transe das memórias e do comportamento revoltoso quando a menina morena te envolvia os ombros por trás, saltando em cima de ti. soprou no seu ouvido que um pessoalzinho estava combinando um "7 minutos no paraíso" no andar de cima do sobrado e queria saber se podia confirmar seu nome - o que você prontamente assentiu já que estava precisando de uma ficadinha urgente.
— mas como vai funcionar? — você perguntou antes de encher seu copo, metade vodka e metade guaraná daquela vez.
— eles vão sortear os nomes e ai vem alguém te buscar pra você subir e tal, enfim, só fica sabendo a outra pessoa na hora. — ela explicava. — acho que é aquele baixinho alguma coisa recalt quem deu a ideia. — e você conhecia a peça já, membro do grêmio da faculdade, um dos maiores fofoqueiros e vassourinha daquele lugar; não era surpresa.
riu divertida e então quando ia bicar a bebida, a outra lhe surrupiava o copo, adicionando ao discurso que você "deveria parar de beber aqueles CRIMES HEDIONDOS em estado líquido". bufou com um beicinho e então foi em busca de alguma keep cooler ou cerveja, achando um freezer na área externa e se debruçando toda para procurar.
sua mente borbulhava com as possibilidades, com quem você seria colocada? era doida para ficar com matías de novo, embora ele fosse do tipo que dava detalhes indesejados pros amigos quando se juntavam nas rodinhas de pós-prova. tinha também o playboyzinho, felipe otaño, de medicina, um colírio para os olhos, era filhinho de mamãe, mas tinha fama de ser muito bom de cama... ah! e não podia esquecer do pardella, de educação física, nem era considerado tão charmoso, mas o tamanho daquele homem? pff
enquanto o tempo passava você se entrosava, participando de alguns jogos de beer pong, tiro ao alvo - qual gentilmente tinham impresso uma foto do reitor da instituição para servir como centro do alvo e maior pontuação -, e ouvindo as conversas paralelas.
— da licença, caralho. — a voz familiar soava chamando a atenção dos demais. — ali ela. psiu, vem.
— eu? — perguntava apontando pra si mesma já altinha e entre risos.
— sim, seu príncipe tá te esperando. — o recalt te envolvia os ombros e puxava com ele.
— hmm, meu príncipe, é? não é você, então? — perguntou descarada, fazendo o rapaz de baixa estatura rir todo vaidoso.
— awn, você queria? bem que sua amiga comentou. — ele te roubava um beijinho na bochecha antes de te por à frente fazendo com que você subisse os degraus apressadamente.
revirou os olhos achando cômico que ele estivesse tão empenhado com aquela brincadeira infame, mas era a cara dele que agia feito um adolescente mesmo estando em seu último ano de graduação. viu quando se aproximavam de um dos quartos no final do corredor de cima do casarão e deixava que o garoto segurasse a maçaneta da porta num suspense bobo.
— só não vai gemer feito putinha igual quando a gente ficou... — matías sussurrava na sua orelhinha, exibido.
— aquela vez que eu fingi pra você não ficar magoadinho? — retrucou venenosa antes de empurrá-lo e enfim entrar no quarto escuro.
— sete minutos, não mais que isso!! — ouviu a voz do outro, agora abafada, e meio descompensada.
a luz fraquinha do closet estava acesa e uma silhueta podia ser observada. quem era? em silêncio caminhou até lá, mordendo o lábio e abrindo as portinhas de madeira devagar. contudo, nada podia te preparar para aquilo.
dentre todos os homens naquela cuceta de festa tinha que ser ele? a franja loira caindo um pouco sobre os olhos e as bochechas coradas indicando que já estava um pouco bêbado, as mãos atrás do corpo e os olhinhos de cachorro que acabou de se perder da mudança. a única coisa que conseguia te frustrar mais em toda aquela história com o kukuriczka era que não só era impossível de fugir dele, como tudo nele te atraía fisicamente. ele nem devia se dar conta que o nariz grande despertava a imaginação fértil que você tinha e que as mãos veiudas com dedos longos faziam-na pensar em como seria se ele as colocasse pra uso.
você detestava ainda mais o fato de não conseguir odiá-lo de verdade.
ele parecia tão surpreso quanto você, endireitando a postura e entreabrindo os lábios enquanto piscava lento processando o que via. você fechava as portas atrás de si e suspirava ficando de costas pra ele, cruzando os braços num misto de nervosismo e insatisfação.
— se você quiser eu saio, não precisa ficar os sete minut-
— cala a boca. — soltou ríspida, incomodada com o fato de que ele, mesmo depois de todas aquelas desavenças, ainda tentava ser legal.
— desculpa.
franziu o cenho, apoiando as mãos na superfície acima da parte do calceiro, mordendo o inferior e batendo a pontinha do pé, pensando no que fazer, no que dizer. evitar ele era tão mais fácil do que aceitar que ele nunca tinha feito nada demais e que muito provavelmente a história da calcinha era só mais uma pegadinha que tinham pregado no garotinho bobo da sala. que inferno.
— vai querer me beijar ou não, seu merda?! — perguntou no impulso fazendo um bico mal humorado quando virava só o rosto para encará-lo.
a expressão do argentino paralisava, era nítido quando o pomo de adão dele subia e descia na tentativa urgente de engolir a saliva acumulando.
— e-eu
— você? você o quê, ein?! — se virava enfim, caminhando na direção do rapaz, o puxando pelo colarinho do moletom e fazendo com que ele se curvasse quando o agarre o trazia para baixo, com o rosto próximo ao seu. — você não quer? quer o quê então? porque você tá em todos os lugares que eu vou! eu tento esquecer, começar de novo e você aparece. eu te esculacho e você manda email. fala, esteban, o que 'cê quer?!
as palavras saíam cortando, pontiagudas, doídas, mas ele parecia aceitar todas, como sempre fez. as irides castanhas do maior tremulando enquanto focavam nas suas, mas sem recuar. você sentia-se dividida, a vontade de cuspir naquele rostinho casto era a mesma de beijá-lo e a cada segundo que passava a indecisão dele te consumia mais.
por isso quando o pequeno movimento assertivo da cabeça do garoto se fez presente, não pensou duas vezes em grudar as bocas. uma de suas mãos mais do que depressa alcançando a nuca do loiro para se prender ali, o corpo pequeno se aproximando do languido, e ao contrário do que você alfinetava com suas amigas, ele beijava muito gostoso. a boca fina abria e aceitava sua língua sem resistência, os rostos viravam de ladinho para o encaixe perfeito e seus órgãos reviravam no seu interior - sabendo que você ia contra sua própria natureza.
mas, não podia ligar menos quando as mãos de esteban te puxavam a cintura, invertendo as posições e te prensando contra o fundo do armário, arrancando um arfar seu quando adentrava sua blusa soltinha. o toque queimando sua pele e você querendo que ele fizesse a inquisição completa.
sem interromper o ósculo necessitado, você o arranhava a nuca, descendo a outra mão para apalpá-lo sobre o jeans, sentindo a ereção começando a se formar.
— só um beijo e você já tá duro? que nojo. — sibilou contra os lábios inchadinhos dele antes de o segurar o pulso e erguer para ver a hora no relógio analógico. — seis minutos, seu porrinha. seis minutos e ai eu volto a te ignorar como se minha vida dependesse disso.
a proposta era mais para si do que para ele.
— o que eu quiser? — esteban perguntava num fiozinho de voz, entorpecido pelo calor que os corpos juntos liberavam.
— qualquer coisa. — você ria nasalado.
não houve resposta verbal, mas o menino se colocava de joelhos, te olhando dali debaixo ainda com receio de você só estar blefando e querendo fazer da vida dele miserável, mas você não negava, pegava impulso para se sentar numa das partes planas do closet e o ajudava, tirando a calcinha e mantendo a saia.
— vai me chupar? — perguntou simples e zombeteira segurando as bochechas dele com uma mão, o polegar e o indicador afundadinhos nas maças finas o deixando com um biquinho. — quero só ver. acha que consegue me fazer gozar, estebinho? — o apelido ricocheteava.
— se eu fizer, você aceita conversar comigo? — ele afastava suas coxas com a pegada firme.
— se — enfatizou. — conseguir... eu penso no seu caso.
para ele era o suficiente.
te fitou mais uma vez antes de envolver suas coxas e te arrastar mais para a beira. a buceta lisa reluzindo a lubrificação que era liberada, mas ele não abocanhava de uma vez. dava lambidinhas pela virilha, vagarosamente, sentindo a pele levemente salgada por conta das horas de festa já, mas não era ruim, bem longe disso.
o argentino mordiscava sua púbis e então ouvia um resmungo emburrado, dando um sorrisinho ligeiro e que ficava escondido pelo ângulo de onde você o observava. "se demorar mais eu mudo de ideia", a ameaça soava demasiado vazia pra que ele mudasse o ritmo então continuou lambendo toda a parte em volta do sexo antes de escorrer o músculo quente para o centro, linguando da entrada até o ponto tesudinho. na mesma hora sua mão se entrelaçava nas madeixas claras.
te fez colocar uma das coxas sobre o ombro dele e aproximou, afundando a boca na buceta gostosa. estava tão babada que ele deslizava sem a menor dificuldade. esteban não tinha a boca grande, em compensação tinha uma língua e um nariz que ele não se importava em usar. fechava os olhos se concentrando e focando na sua entradinha dilatada, socando o músculo nela e indo até a metade, tirando e pondo num vai e vem lento.
suas costas arqueavam e seus olhos se arregalavam quando você percebia que se não cuidasse acabaria mesmo gemendo feito uma puta. conteve um choramingo e desviou o olhar assim que ele mexeu o rosto de um lado para o outro fazendo a ponte do nariz friccionar no seu clitóris. ele não tinha ressalva em não se sujar; em segundos o rosto estava todo lambusado com os seus fluídos.
a vista te fez corar, assustada com os próprios pensamentos libidinosos. rosnava baixinho e então o puxava os fios de novo, fazendo-o parar.
— deita. — mandava, mas sem a petulância de antes.
e deixando o corpo deslizar com o dele, em pouco tempo você tinha sua buceta engatada na boquinha do kukuriczka, se apoiando no chão para começar a rebolar. os barulhos lascivos da carne molinha dobrando, se arrastando e sendo sugada ecoando no cubículo fechado onde ambos se encontravam. as mãos masculinas deslizando e apertando a carne macia das suas coxas fartas te incentivando a continuar movendo o quadril para frente e para trás.
seu grelinho palpitava, se apertando contra o nariz dele ao passo que a língua do mesmo sumia quase até a base dentro do seu canal. ele arriscou subir os dedos pelo seu tronco e beliscou um dos biquinhos que marcavam na blusa, te fazendo retesar toda para gemer antes de continuar com as reboladas.
quatro, três...
quando faltavam dois minutos o maior te prendia nos braços e envolvia seu ponto de nervos com vontade, chupando como se fosse uma laranjinha ou qualquer gomo de fruta bem suculento, não afastando por nada enquanto o barulhos de sucção e estalidos embalavam seu orgasmo junto do seu chorinho aflito de quem não tinha planos de gozar assim tão fácil. pulsava toda, a tensão irradiava para o resto do corpo depois que ele afastava a boca avermelhada só para descê-la um pouquinho e sugar todo o mel que pingava de ti.
você por outro lado não tinha a mínima condição de protestar mais. a vergonha e a sensatez caindo de uma só vez sobre sua consciência enquanto se levantava bamba de cima do rosto do garoto que observava tudo quieto e resfolegante.
sequer conseguia procurar pela calcinha, se apoiando numa das colunas de madeira sentindo a 'cetinha molinha agora. esperava ele se levantar para poder o encarar de novo, reparando que ele te estendia a peça toda embolada. apertou o maxilar e cerrou o punho, lutando internamente para ganhar um pouco de orgulho.
notava o celular no bolso dele e tirava o aparelho dali, abrindo o teclado de discagem rápida para colocar seu número e salvar com o seu nome, devolvendo e se virando para sair do closet - quase ao mesmo tempo em que algumas batidas eram ouvidas na porta do quarto.
— mas..? — esteban mostrava o tecido em mãos sem entender e você corava antes de empinar o nariz e dar de ombros para deixá-lo.
incapaz de responder ou de passar mais qualquer minuto perto dele, sem saber se era porque acabariam fodendo - e você gostando muito - ou se era porque seu ego tinha sido completamente abalado, triturado e empacotado, te fazendo duvidar de si mesma.
depois de sair, via matías do lado de fora, com um pirulito no canto da boca e sorrindo tal qual um paspalho.
— e ai? — ele perguntava curioso e descabido.
— melhor do que com você. — mostrou a língua numa caretinha soberba vendo a boca de outrem abrir num 'o' desacreditado antes de descer as escadas.
#lsdln smut#la sociedad de la nieve#lsdln#kuku esteban smut#kuku esteban reader#loser!esteban#esteban kukuriczka
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Finney Blake x Male Reader
"Um dia que vale por todos"
. Sinopse: você e seu grupinho passaram a semana inteira planejando uma ida ao cinema, mas, após alguns imprevistos, apenas você e Finney conseguiram comparecer à sessão. Naquela poltrona macia, ao lado do seu melhor amigo e interesse amoroso, as borboletas se agitavam no estômago.
. Gêneros: sombrio, fluff e angst
. Avisos: "M/n", morte/sequestro subentendidos e final triste.
. Palavras: 2.5k | 3ª pessoa - passado
*essa é uma reescrita do primeiro imagine que escrevi. Tava uma bagunça antes mds 😮💨 minha escrita no início era tão precária
— Porra… muleque do caralho! – o garoto mais velho estava farto da insistência de M/n, com as veias pulsando na testa em pura irritação. — Eu já falei que não! Vende esses ingressos, enfia no seu cu, sei lá! Só para de encher o saco. – Vance levantou do sofá, marchando para seu quarto antes que defenestrasse o irmãozinho janela afora.
— Por favooor! – prolongando a palavra, M/n viu-se a um passo de se jogar aos pés do loiro e implorar aos prantos. — Eu pago suas fichas do fliperama por uma semana!
— Com que dinheiro? – questionou, como quem nada queria. — Nem bala de troco você tem no bolso.
— Eu faço o que você quiser por um mês inteiro!
Vance parou na entrada do quarto, interessado, já não planejando mais bater a porta na cara da pulguinha agitada às suas costas.
M/n sabia que sua vida seria um inferno durante trinta dias consecutivos, com Vance lhe atazanando por coisas banais, como encher um copo d'água e entregá-lo em suas mãos, arrumar a zona de guerra que Vance chamava de quarto e acabar com o pão de forma montando sanduíches. No entanto, chegar àquela sessão era realmente importante para M/n e seus amigos.
Sem contar que os ingressos custaram os olhos da cara.
— Quando vai ser? – Vance perguntou, e isso já serviu de confirmação para o caçula.
— Sábado! – M/n não disfarçava sua animação, o sorriso de orelha a orelha sendo apenas um dos sinais visíveis de alegria estampada na face iluminada. — Obrigado, obrigado mesmo! – abraçou o corpo maior.
Vance curvou o pescoço, tocando o topo da cabeça do irmão com o queixo.
Apesar de não ser A+ em demonstrar, por trás da carranca, bem lá no fundo, no fundo mesmo, muito lá no fundo, existia uma pequenininhazinha parcela de gentileza, e muito bem filtrada.
— Agora some da minha frente, cansei da sua cara.
Como M/n intitulava, o destino era uma tremenda vadia sem coração.
Mesmo estando na mesma série, o garoto e sua alma gêmea eram de turmas diferentes; não frequentavam a mesma sala.
M/n poderia simplesmente aguardar, afinal, Finney sempre vinha até ele. Mas a ansiedade, feito bomba, estava prestes a explodir dentro do peito, e o menino não queria ter seus membros e vísceras espalhados pelo chão da escola antes de sábado.
E, de preferência, depois de sábado também não.
Mas, se tivesse que acontecer, que fosse depois de sábado.
Além de serem amigos, M/n também desempenhava a função de escudo-sobrenome; ser parente do cara mais intimidador da escola tinha lá suas vantagens. Finney estava livre de valentões ao lado do Hopper mais novo.
No dia em que M/n percebeu que, mesmo de longe, seu irmão o protegia, a casinha de Vance em seu coração expandiu-se num quarto.
Durante o caminhar contente no corredor lotado de mini-homens e mini-mulheres, M/n teve a segunda interrogação ilustrada naquele dia ao ver Finn nadando sozinho contra a maré de corpos: "Ué… cadê Robin?". Linhas pontilhadas traçaram a silhueta do rapaz ausente.
M/n havia despertado com atraso de manhã, madrugado imaginando cenários e, consequentemente, chegando na hora exata em que a aula iria começar, acabando por não topar com os amigos na entrada. Sua primeira interrogação piscara na cabeça quando não viu Robin perambulando despreocupado enquanto todos se apressavam. Era costume do Arellano cabular o primeiro horário.
Um "oi" animado saiu dos lábios de M/n para Finney, que respondeu com um "e aí" tímido. — Fi, você sabe do Robin? – andavam devagar, perdendo lugar no refeitório, lentos para as arestas quando juntos.
— Ontem eu fui na casa dele pra ajudar com os estudos, como a gente tinha combinado, mas nem falar direito ele conseguia. Disse que, se não viesse essa semana pra escola, significaria que a febre piorou e que a gente podia ir ao cinema sem ele. – informou com desânimo, trombando em alguns ombros por focar mais no corpo ao lado que nos vários à frente.
— Ontem mesmo ele tava fazendo o nariz de gente babaca sangrar… – um biquinho de chateação protuberou nos lábios de M/n ao que a voz interna ecoava na cabeça: "a gripe não podia esperar mais um cadinho? Podia até voltar em dobro depois!" — Mas que droga! Robin era quem mais queria ver o filme. – a vadia sem coração dava descarga nos planos, como de costume.
Finney nutria a mesma frustração, mas não conseguia evitar sorrir para M/n. Ele achava a expressão do outro tão fofa! E M/n sequer percebeu, concentrado demais em chutar pedras-imaginárias-antiestresse piso liso à frente. O destino foi bondoso com o garoto, não lhe enviando nenhuma canela azarada para colorir.
— De qualquer jeito, não é como se fosse dar certo. Seu irmão com certeza não toparia levar a gente. – Finney murmurou convicto, sem saber que o quadrado havia entrado no círculo após longos minutos de insistência patética.
— Na verdade... – ao transparecer da dúvida, os olhos de Finney transbordaram esperança na direção de M/n. — Precisei oferecer minha mão de obra em troca, mas o cabeludo aceitou sim.
— Que massa! Pelo menos alguma coisa deu certo. Mas então… Como vai ser? – Finney escorreu um braço em volta do pescoço de M/n, aproximando-se para ouvir bem.
Páprica temperava as bochechas jovens.
As horas monótonas de algarismos e parágrafos terminaram em perfeita sincronia com o fim do lacrimejar das nuvens.
Tempestades eram frequentes naquela estação; M/n estava cogitando orar ao pé da cama pela imunidade daqueles que importavam para o seu fim de semana perfeito.
Ele voltava para casa na companhia de Finney, as borrachas dos tênis arrastando na água que escurecia o concreto de uma calçada direita.
Avançavam lentamente sobre os pingos de maio.
Porque rir e andar não era uma união muito harmoniosa.
M/n havia pedido ao amigo que o fizesse sorrir, e Finney contou uma piada terrível. M/n não esperava algo tão ruim e ria justamente pelo baixo nível.
Os dois não faziam questão de que o tempo voasse.
— Pulguinha!
Uma voz alta e conhecida chamou à distância. Girando os calcanhares, o par notou Vance ainda na entrada do colégio, encarando-os.
— Aonde pensa que vai?
M/n ficou na ponta dos pés, inclinando a parte superior do corpo para frente, como se isso ampliasse a voz. — Ué, tô indo embora! – devido à distância, o diálogo seguia em tons elevados.
Ele planejava ir pela rua mais longa, querendo passar mais tempo com Finney; sempre fez assim, e, quando o amigo pousava no lar, ele concluía o restante do caminho sozinho.
Entretanto, nos últimos dias, surgiu um empecilho chamado Vance, que com todos os retratos grudados nos postes e estampados nas caixas de leite, adotou um lado protetor que não conhecia muito bem.
— Nem fudendo, pode voltar! Você vem comigo, pirralho.
M/n sabia que protestar não adiantaria; seu irmão era capaz de apagá-lo e carregar seu corpo inconsciente até chegarem em casa. Finney não morava tão longe dali, regressar era tranquilo. Então, M/n se despediu do garoto com um longo abraço, pensando se encerrava o contato com um beijo na bochecha ou não.
— Tchau, Finn! – o menino em colapso disse sem freios, estalando rapidamente os lábios no lado esquerdo do rosto alheio e correndo rumo à versão alternativa da Cachinhos Dourados, que testemunhava toda a cena com um sorrisinho no canto da boca.
— Até… – Finney entrou em parafuso, tocando com os dedos a pele beijada. — amanhã…
Vance usaria uma identidade falsa para entrar na sessão com dois menores de idade. Concluída a parte complicada, deixaria Finney e M/n por ali. Quando o filme acabasse, bastaria que os garotos se misturassem na multidão ao saírem. Poderia dar errado?
De cabo a rabo.
Depois de pedir a identidade, a ruiva atrás do balcão passou a encarar Vance fixamente. Naquele momento, só se ouvia o barulho do chiclete que ela mascava.
— O que foi? – Vance perguntou, engolindo o "porra" que quase saiu no fim da frase.
E, logo atrás do embaraço, os orquestrantes aguardavam.
M/n sentia o nervosismo de Finney; ele estava inquieto, provavelmente pensando no pior. M/n queria segurar a mão dele, mas ambos estavam ocupados demais tentando manter o equilíbrio com a quantidade de besteiras que compraram.
— Eu tenho a genética boa. – Vance abriu um falso sorriso galanteador para a mulher, certeiro, ainda que zerado na sinceridade.
— Vai logo. – ela devolveu o 'documento', resmungando um "xispa" e gesticulando com os dedos.
M/n sorria tão largamente que as maçãs do rosto doíam. Finney estava desacreditado; tinha em mente os piores finais e, no fim, tudo deu certo.
Os dois trocavam risadinhas entre si enquanto Vance, liderando o caminho, sussurrava os piores xingamentos que poderiam sair da boca de um ser humano, jurando que nunca mais faria algo do tipo. Ele tinha absoluta certeza de que sentira a pressão abaixar quando a possibilidade de ser pego pintou a cabeça. Vance não queria ter outro papo com a polícia.
Uma boa grana por pouco não foi desperdiçada no tempo em que M/n e Finney desbravavam a fileira de seus acentos. Como era fim de semana, o cinema estava cheio. Era impossível chegar às poltronas em completa plenitude; no mínimo, uma cotovelada levaria. Seria honroso manter todos os grãos de milho dentro do balde naquele cenário caótico.
Vance colocou o capuz de seu moletom; tentaria ser discreto ao voltar.
Todo esse cuidado parecia um exagero, afinal, estava tarde, os funcionários trabalhavam no piloto automático àquele patamar da lua, com a cabeça já sentindo o macio do travesseiro.
Mas o loiro aprendera a não dar brechas após seu primeiro vacilo.
Vance deixou bem claro para M/n que, quando o filme acabasse, eles deveriam esperá-lo na praça em frente ao cinema e que, se não os encontrasse, daria uma surra tão forte nos dois que eles adquiririam a habilidade de girar a cabeça em 360 graus.
Não era verdade, mas o truque geralmente funcionava.
Geralmente.
— Se você ficar com medo, pode segurar na minha mão. – Finney havia proposto a M/n, sem ter noção do efeito que aquela frase, contida na doce campânula de sua voz, tinha sobre o garoto na poltrona ao lado. Caso estivesse ciente, faria o mesmo com mais intenções.
M/n sorriu acanhado, com as bochechas temperadas. Ele não sabia o que dizer, pois só tinha estudo nos tufões que gelavam o interior, oriundos do anseio que guiava os movimentos desequilibrados e majestosos das borboletas nascidas no intestino.
Felizmente, uma lagarta miudinha subiu prematura pela garganta e mandou o menino dizer: — Valeu. – a palavra automática, tão baixinha, pingava rouquidão singela.
Mas Finney ouviu e retribuiu os lábios esticados, encantando de ponta a ponta, porque, enquanto os trailers passavam, o foco dele não era nenhum outro além de M/n.
Finney sentira o temporal mais cedo, ainda no caminho para o cinema; na calçada, enquanto falavam sobre o filme que estavam para ver, ele vomitava borboletas toda vez que os lábios se separavam.
Era confuso e diferente, mas especialmente recíproco.
Assim que o filme começou a rodar, a trilha imersiva dominou os ouvidos e a cena instigante capturou os olhos de todos ali.
Foi cômico quando Finney, na primeira transferência de tensão, agarrou a palma de M/n. A união se formou por impulso e se encerrou pela mesma razão. Finney, envergonhado, encarava o outro garoto.
E, juntando as palmas novamente, M/n acalmou o bater das asas. — Pode segurar minha mão também.
A noite se moldou no entrelaçar dos dedos, laço que só era rompido quando precisavam levar pipoca ou refrigerante à boca, coisa, inclusive, evitada pelos meninos.
Os corpos se rendiam ao elo crescente e era confortável demais só estar como estavam.
Aos poucos, o sentimento deixava de ser uma dúvida.
E, além da paixão faiscando, também era compartilhada a infeliz decisão de deixarem os baldes de pipoca no colo; os grãos estourados voavam para todas as direções com os constantes sobressaltos nas poltronas.
Tanto M/n quanto Finney não tinham o costume de consumir filmes de terror; toda a empolgação nasceu através das maravilhosas descrições que Robin fazia.
O resultado? Dois garotos impressionados e apavorados na quarta fileira em frente ao telão.
'A enigmática figura detentora da máscara pálida surgiu na traseira interna do carro, para o horror da babá na dianteira. A trilha sonora subiu quando Michael Myers rodeou o pescoço da pobrezinha com as próprias mãos.' O susto de M/n superou o da moça, e só não foi vaiado porque grande parte da sala gritou junto.
Finney já previa. Ele era mais rendido pelas cenas onde a tensão silenciosa se construía; ficava sem respirar nesses momentos.
Fora o lanterninha cegando os garotos, perguntando o que dois moleques desacompanhados estariam fazendo numa sessão como aquela e que, pelo nervosismo, Finney quase deu com a língua nos dentes, tudo ocorreu perfeitamente bem. O "tio" no banheiro foi o maneirismo usado.
Durante a subida dos créditos, as pessoas passaram a deixar a sala, comentando fervorosamente sobre o longa enquanto preenchiam o espaço rumo à saída.
M/n e Finney mesclaram-se no mar de gente. M/n pensava na fita vhs que compraria para rever o filme com Robin, e Finney procurava pelo impulso necessário para espremer a espinha do coração.
E ele encontrou.
Finney abraçou com força o surto repentino de coragem que lhe cutucou a costela, guiando M/n para dentro da redoma onde as borboletas poderiam eclodir.
Nenhum deles esperava que o primeiro beijo na boca fosse acontecer na cabine do banheiro de um shopping.
Foi mágico.
O contato inexperiente, o medo de ser pego, a inexplicável sensação de experimentar algo novo e o desejo de permanecer naquilo… eram o tato, o receio, a questão e a vontade que faziam daquele momento uma linda explosão.
M/n queria prolongar o desastre florido que chamava suas borboletas para voarem sobre ares com cheiros, então, naquela noite, trilhou o caminho mais longo.
Não esperaram por Vance.
Na calçada da casa de Finney, com os pares de mãos coladas, aquele que residia nas quatro paredes às quais dava as costas abria a boca para convidar sua lasca de peito a passar a noite, mas lembrou-se do pai fora de si, e a frase morreu antes de nascer.
M/n amenizou a própria jornada.
Apaziguou forçadamente e disse que ficaria bem.
O adeus veio no formato de um selinho.
Naquele instante, para M/n, o dia havia sido perfeito.
Mas não foi, e ele só saberia disso amanhã.
Se a cabecinha ingênua tivesse tido um vislumbre, naquelas vinte e quatro horas, ele teria abraçado o irmão uma última vez, beijado a testa de Robin até salvá-lo do resfriado e transformado aquele derradeiro selinho em Finney num beijo que seria renovado até o laranja tingir o céu, lapidando, assim, os milhares de segundos antes que tudo zerasse.
Talvez o garoto perdesse as boas memórias com o tempo.
Mas o sentimento era uma chama que flamejava até o fim.
Um sábado de 78 seria um dia eterno para M/n.
Porque no fim da rua, iluminado pela fraca e falha luz de um poste, ao lado de uma van preta, um homem pedia por ajuda.
Suas compras haviam caído no chão.
E M/n nunca mais foi visto depois de sábado.
——— --- ·
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O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unha, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos,botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos,e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão me asseguram. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
Fragmento de "Os Três Mal-Amados", de João Cabral de Melo Neto, 1943
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Qué me regalarían los héroes de la clase 1-A por mi cumpleaños (parte 2)
[ Parte 1 ]
Mezo Shoji Algún complemento como una bufanda, un pañuelo o un chal. O una corona de flores, que es mi complemento estrella y siempre me vienen bien.


Kyoka Jiro Algún CD de música, o mejor, ¡un micrófono de karaoke para que pueda cantar todo lo que quiera!


Hanta Sero Dependiendo del presupuesto, algún disco, una película o incluso un videojuego para alimentar mi vena friki.


Fumikage Tokoyami Él intentaría llevarme al lado oscuro regalándome una baraja de tarot, una corona de flores negras, un libro de cosas místicas o una libreta de esas brujiles que parecen un grimorio.




Shoto Todoroki No tengo ni idea, porque con Shoto nunca sabes por dónde te va a salir. Pero tiene la ventaja de tener bastante presupuesto, así que puestos a soñar (y según la confianza que tengamos) quizá me sorprendería con algo más especial como una excursión a Disneylandia o alguna experiencia diferente. También tengo la idea de que en algún momento me regalaría un colgante con forma de copo de nieve para que me acuerde de él. Pero eso lo veo más para Navidad o algo así.


Toru Hagakure Le encantan las cosas girly y kawaii, así que algún acesorio coqueto o cosméticos y cositas de skincare.


Katsuki Bakugo Sinceramente, no creo que me regalase nada porque dudo que nos llevemos bien, y no lo veo haciendo regalos por compromiso. Pero en el hipotético caso de que nos hiciéramos amigos, quizá me regalara cosas para el entrenamiento ("para que seas un poco menos inútil" según él), o algún accesorio con forma de granada o de bomba para que me acuerde de él, que es muy egocéntrico. O quién sabe, igual hasta se animaba a cocinarme algo.


Izuku Midoriya Es el rey de las libretas, por supuesto que me regalaría MÁS LIBRETAS, porque entre frikis de las libretas nos entendemos. O tal vez merchandising de algún héroe que me guste.


Minoru Mineta Éste barre para casa, yo creo que intentaría colarme algo tipo lencería, un camisón sexy o algo así (con la esperanza de vérmelo puesto probablemente, que no va a ocurrir).


Momo Yaoyorozu Dudaría entre regalarme algún vestido bonito y princesil, joyería o accesorios, un juego de té o una caja de tés de diferentes sabores (me encanta probar tés nuevos).




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Demónio Gato Fantasma
Casal: Hoshina Soshiro x Leitor Fem.
Aviso: Conteúdo +18, protagonista com vocabulário de baixo calão.
Capítulo XV
Mayoi acordou o mais puro desastre, seu corpo que sempre foi tão resistente e sequer sentia necessidades reais de dormir agora reclamavam ao menor movimento, menor toque. Choramingando enquanto vestia seu uniforme, Kikoru a encarava em silêncio se questionando o motivo de sua amiga estar assim.
— Você se esforçou muito ontem? Deveria maneirar no treinamento— A loira falou enquanto abria a porta de seu dormitório, Mayoi não muito atrás dela, passos lentos e arrastados.
— Algo assim... — Sua garganta estava seca, seu estômago retorcendo. Talvez seu lado Kaiju estivesse sacaneando a humana que hospedava, ele estava a muito tempo sem carne.
Caminhando até o refeitório encarou Kafka e Reno que conversavam sobre algo totalmente aleatório, o mais velho com uma cara de idiota convencional a sua personalidade. As mulheres foram até onde as bandejas de café da manhã estavam sendo servidas, porém como todos os demais dias, Mayoi apenas puxou uma caneca a transbordando em chá e açúcar.
— Deveria tentar pegar algo para comer— Kikoru sussurrou tocando seu ombro escutando um chorar de dor— Você está bem?
— Eu estou sim... Só... Cansada? — Ela forçou um sorriso, seus lábios se contorcendo enquanto sua garganta gritava.
A loira não se convenceu da resposta da amiga, mas estava convivendo tempo demais para saber que dela não teria melhores informações. Ambas caminharam até o grupo que ria tentando eliminar o sono restante.
— Bom dia... — Mayoi fingiu um bocejo enquanto seu corpo novamente reclamava. Bendito dia em que Hoshina havia a feito pagar tantas flexões, mas ela sabia que não era apenas por causa disso.
Era uma bomba relógio e Mayoi poderia explodir a qualquer segundo. Ou ela fugia para comer carne de mercado ou torcia para estar em uma luta contra algum Kaiju que iria virar seu lanche.
— Como foi a noite? — Reno questionou, olhos que conversavam em silêncio com Kikoru.
— Eu estou bem, mas a Mayoi deu mal jeito na coluna— A loira revelou fazendo a amiga explodir em um tom vermelho.
— MAS QUE CARALHO EU! AH! — Enquanto tentava brigar um choque a fez emitir um grito de dor, sua garganta e parte de seus ombros se contorcendo em dor abundante. Mayoi se remexeu em seu lugar enquanto tentava massagear a região— Estou bem.
— Eu falei, ela tá chorando por qualquer movimento.
Alguns comentários haviam sido altos demais o que a fez se manter em silêncio para não chamar atenção novamente das pessoas que se alimentavam. Seus dedos apertando a caneca em longas goladas torcendo que o líquido pudesse matar sua sede, mas em vão teve de se contentar com o arranhar que sua garganta deixava.
Ponderando buscar mais um copo de chá, Mayoi se revirou e tentou testar sua voz, os arranhares lhe incomodando tanto quanto sua fome e dor, era ridículo que estava reduzida a isso. Se sentindo patética, caminhou até onde as garrafas de chá ficavam jogando um fio longo daquele fumegante líquido o vendo se preencher.
Ela sequer colocou açúcar, goles rápidos e um contorcer de quem havia odiado o sabor daquilo — sem o sabor doce era quase insalubre. Mayoi encheu uma terceira vez, mas dessa vez o adoçou.
Se virando, caminhou dois passos antes de quase trombar em duas figuras que conversavam entre si tranquilamente. Sua voz estava tão ruim que não lhe deu vontade de xingar, algo que a salvou já que seus olhos pousaram na silhueta de Mina Ashiro e Soshiro Hoshina.
— Desculpa, estava tão focada que nem notei você— A capitã falou com um pequeno sorriso, Mayoi rapidamente jogou seus olhos afiados para seus pés antes de com cuidado se curvar, uma careta de dor sendo feita.
— Eu que peço desculpas, Capitã— Sua voz foi baixa, a reverência demorou um pouco mais devido a coragem que ela precisava ter apenas para se levantar, mas ficava ainda pior estar de frente a Hoshina depois de tudo o que falou.
Seus olhos encararam a figura masculina, olhos relaxados e lábios em uma linha que não revelava um pingo de sentimento. Tudo, memórias, cheiros, vozes vieram daquela noite como um tsunami a fazendo corar violentamente — Com licença.
E a passos rápidos saiu da frente dos dois sentindo um par de olhos persistentes a seguir, não iria tentar descobrir, seria melhor evitar saber quem a julgava e como a julgava. Se sentando, seu copo foi posto à frente enquanto seu rosto caia sobre a mesa e ela choramingou três vezes.
Kikoru só podia suspirar pelas atitudes daquela mulher, os fios platinados jogados escondendo sua face tão inundada em tons de sangue puro.
— Você é mais infantil que o Kafka.
— O que? Eu sequer fiz algo para ser citado.
— Mas é um fato, idiota.
A tarde foi regada a choramingos e xingamentos de dor no corpo, por sorte depois do quinto copo de chá seus lábios se tornaram quase humanos novamente. Não doía falar e isso abriu margem para ela xingar todas as vezes que seus músculos se contorciam em protesto.
Kafka estava como um idiota a tagarelar, o grupo caminhava tranquilamente sem nada para fazer naquele momento e foi quando tiveram a ideia de caminhar pelos corredores para aquecer o corpo de Mayoi aos poucos antes de tentarem treinar algo mais pesado.
— E aí? Parou de doer? — O questionamento do mais velho veio junto de uma mão empoleirada em seu ombro, os fios platinados flutuando enquanto a dor lhe correu como uma energia.
— CARALHO, KAFKA! AINDA TÁ DOENDO PRA PORRA! — E virando para um novo corredor, Mayoi deu de cara com uma nova pessoa que parecia ter a mesma ideia de caminhar aleatoriamente pelos corredores tão focado em papeis.
O grupo parou antes de se chocar, Kafka ainda tirando seus braços de cima de Mayoi enquanto Soshiro desviava o foco das linhas para os donos das vozes que berravam no corredor. Seus olhos sempre relaxados se abriram levemente vendo o toque casual entre os dois, Mayoi corando enquanto se questionava se ele havia a escutado reclamar.
— O que estão fazendo andando nos corredores? Melhor, o que é toda essa gritaria? — Hoshina finalmente falou, sua voz entre uma bronca e um tom mais brincalhão.
— Sabe o que é— Kafka Hibino começou a falar tomando a frente de todos, Kikoru pronta para pular a sua frente impedindo dele soltar alguma besteira— A Mayoi deu mal jeito na coluna e tá reclamando o dia todo de dor.
Hoshina parou, olhou para Mayoi que desviou seus olhos areia para um lugar aleatório, tão vermelha quanto sangue e implorando aos deuses que a matasse naquele instante. Ele pareceu indecifrável, seus olhos pousando na figura enquanto várias coisas passavam em sua mente e um pouco de preocupação inundava seu peito.
— Pegue o dia para descansar— Ele falou antes de continuar a caminhar, sua mão apertando os papeis que estava a tanto tempo lendo.
— Você está morto— Kikoru avisou Kafka, não era ela que o mataria, não, era a mulher ao seu lado que tremia e resmungava maldições a ele— Foi bom te conhecer.
Mayoi finalmente obedeceu às ordens de Hoshina e caminhou até o dormitório, seria melhor ela não forçar seu corpo até o limite e acabar lidando com seu lado Kaiju, ela tinha medo de algo pior acontecer devido a fome constante.
Suas mãos puxaram a coberta que estava devidamente estendida sobre sua cama e puxando o travesseiro sentiu quando algo deslizou da fronha caindo algumas vezes sobre a cama. Era uma caixa, pequena e de papelão, cheia de mil palavras e uma logo farmacêutica.
— Hum? — Seus olhos encararam por um segundo antes de o pegar, lendo descobriu ser remédio para dor, ela sequer havia se lembrado de passar na enfermaria, seu corpo não sendo mais humano para alguém lhe medicar devidamente— A Kikoru deixou aqui? Mas quando?
Curiosa, abriu a caixa a vendo estar completamente intacta, seus dedos destacaram dois compridos e com um pouco de esforço os engoliu sozinhos. Era amargo, seu estômago queria rejeitar como tudo que ela comia, sentia um cansaço apenas com aqueles dois medicamentos que foram instantaneamente queimados por sua bile.
— Merda de corpo— Ela gemeu se jogando em sua cama, seus olhos se fechando em obrigação enquanto implorava que assim que acordasse estivesse minimamente bem.
Os papeis eram infinitos, tantos arquivos de anos e anos que estavam registrados das missões ao qual participou. Para Hoshina parecia quase impossível encontrar aquilo, poderia descobrir que sequer estava registrado algo pessoal da mulher, mas o menor ponto de esperança o fez procurar.
Foi entre os documentos infinitos que o sono lhe incomodou, pegando um arquivo, começou a caminhar enquanto lia e tentava absorver o conteúdo, seus passos o mantendo acordado.
Entre algumas páginas gritos vieram dos corredores, ele ponderou ir até lá dar uma bronca nas pessoas que não estavam respeitando o ambiente, mas as vozes pareciam se aproximar dele no lugar.
— CARALHO, KAFKA! AINDA TÁ DOENDO PRA PORRA! — A voz ficou tão reconhecível, os palavrões e nome também. Virando o corredor suas orbes se depararam com uma ação casual daquele estranho grupo.
Seus passos pararam, sua mão deslizou e Hoshina sentiu uma pequena inquietação enquanto Mayoi era casualmente tocada por Kafka. A garota parecia tão ansiosa como se estivesse fazendo algo errado na conduta da divisão de eliminação Kaiju.
— O que estão fazendo andando nos corredores? Melhor, o que é toda essa gritaria?— Ele questionou ainda a encarando, olhos focados e afiados enquanto sua face não denunciava qualquer sentimento.
— Sabe o que é, a Mayoi deu mal jeito na coluna e tá reclamando o dia todo de dor.
Soshiro sentiu um pouco de culpa, havia sido cruel demais com o castigo e ele sabia que só havia feito aquilo por seus sentimentos terem tomado a frente nas suas decisões, não havia sido profissional de sua parte e Mayoi não o encarando só lhe fez julgar mais ainda suas atitudes.
— Pegue o dia para descansar— Ordenou, seus passos o tirando daquele lugar enquanto seus dedos apertavam os documentos.
Soshiro só parou quando não mais podia escutar nenhum som daquele grupo, quando não sentiu mais nenhum olhar sobre si e não parecia mais que seu peito estava se confundindo em sentimentos estranhos. Sua mão novamente se levantou e ele pulou algumas das páginas, eram tantas horas que esteve lendo arquivos que finalmente havia chego nas datas de dois anos atrás.
Hoshina parou um pouco de ler, ele não estava se concentrando adequadamente então passou rapidamente na enfermaria e pediu uma caixa de remédios para dor. Seus pés o levaram para o dormitório feminino e procurando pela cama de Mayoi, deixou a caixa entre a fronha de seu travesseiro para que ela achasse assim que fosse descansar.
Agora que sua mente não mais o martelava em culpa constante, ou ele tentava pensar assim, saiu do dormitório antes de ser pego indo para seu escritório. Se sentando em sua cadeira jogou a pasta de documentos e continuou novamente a leitura, dessa vez mais concentrado já que quanto mais recente mais havia chances de definitivamente a encontrar ali.
Entre as fotos e textos de diferentes ataques um se destacou um pouco, não parecia ela, mas lhe lembrava tanto...
Mayoi tinha olhos afiados e um rosto belo, mas naquela imagem ela parecia ser alguém sem qualquer rastro de vida. Olhos mortos e profundos, pele pálida e cabelos soltos que escondiam parte de seu rosto, algumas marcas de arranhões e poeira que se fixavam ao seu corpo depois do ataque Kaiju.
— Mayoi Onryo... — Ele leu algumas pequenas coisas ali, tão ausente de informação e um lembrete a mão avisando que a garota havia desaparecido do local antes que algum socorrista chegasse— O que diabos aconteceu com você?
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de manhã eu comi
metade de um pão francês
metade de um copo de café com leite
e aquelas bombas calóricas q postei agr de tarde 💀
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Ustedes no saben el peso que me saqué de encima de ya no tener la X de Twitter 💆🏻♀️
No es por la red social es por los clonados que habitan esa red social
Prefiero quedarme así con Instagram Tumblr y Threads
Tri millones de veces 😮💨
Es que siempre venía funcionando con eso yo
Yo no sé quién me mandó a meterme a usar otra vez Twitter si todos saben que mis redes de uso que yo uso siempre son Instagram Tumblr y TH
Que manera de perder el tiempo
Encima dejé de usar muchas veces Tumblr para usar la X de Twitter 🤦🏻♀️
Una toxiquiada de red
A parte eso que tenía de que yo entraba siempre y tenía que estar viendo el hated y estar ignorando todo y me hacía mal enserio me afectaba muchísimo
Igual también no podia tener todo no podía tener tiempo para todo ahora que voy a volver a Instagram más seguido la semana que viene y TH lo uso a veces porque me copo asique Instagram y Tumblr
Y miren que hasta el gordo canadiense de Elon Musk me dió la bienvenida poniéndome el corazón 🫶 de bomba a penas que puse que estaba usando mi red social 🤣
Y después borré todo los RT y las citaciones y desinstalé la aplicación
Porque me cansé
Me cansé
Me cansé de aguantar a tanta gente pelotudaza que está en esa red
Tengo la bienvenida de los desarrolladores porque han desarrollado redes por MÍ y han creado redes por MÍ
Lanzaron Threads por mi hilo dental amarillo por eso se llama Threads el Twitter del Instagram
Y la X bueno eso es una leyenda lo de la X porque decís X y soy yo
Mi logo que me representa a mí es una X
Yo ya soy una X porque mi símbolo de representación es una X
Decís “Grafícame a Victoria Herrera” y dibujas una X y decís esta es Victoria Herrera
Y es así
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[flashback, parte II] love me untill you resent me; eden
Hayden não sentia a ponta de sua língua, parte dos dedos de sua mão formigavam, seus olhos eram incômodos às luzes do ambiente. Seu corpo estava jogado sobre o sofá sujo da casa de fraternidade, como se fosse de um objeto sem vida. Sua cabeça pendia para trás conforme seus olhos fitavam o tento, sem qualquer tipo de emoção e seus lábios prendiam o baseado, tragando por diversas vezes a erva entre o papel. A cada vez que puxava a fumaça para dentro de seu pulmão era uma tentativa de se tornar completamente imune ao que sentia. Já havia tentado algumas vezes mais cedo naquela noite quando o comprimido se desfazia no fundo de seu copo, mas igualmente nada parecia funcionar por muito tempo. Parecia que a sensação de anestesia durava muito menos que o necessário, como se nem todo o álcool, maconha e sintético pudesse resolver o seu problema. E de fato, não resolveria. Seu corpo parecia uma bomba prestes a explodir a qualquer momento, de tanta irresponsabilidade com o que havia ingerido. "Are you good, Hayden?" Uma voz feminina soou de algum lugar perto de si. Virou o rosto achando que encontraria Evie, mas não encontrou. A garota se sentou ao seu lado, colocando a mão sobre sua perna enquanto falava alguma coisa que Hayden não entendiam "Não…" Disse ele em algum momento, um tanto sem energia. "C'mon Scatorccio." A outra disse rindo, passando os lábios em seu pescoço. Estava com os sentidos comprometidos que não sentiu quando a garota enfiou o dedo em sua boca, colocando entre seus lábios a substância granulosa de MDMA. Quando se deu conta, os lábios dela estavam nos seus e ela estava prestes a sentar em colo. Juntando toda a força que lhe restava, Hayden a tirou de perto de si, sentindo todo seu estômago embrulhar. Se levantou cambaleando, trombando em qualquer corpo ou coisa que encontrava pela frente, precisava por pra fora, precisava melhorar. Quando encontrou um banheiro, não conseguiu mais conter o vômito, colocando pra fora tudo que havia ingerido, bem como seus sentimentos também.
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"Tudo aquilo que machuca passa muito longe de vir acompanhado de qualquer comunicado.
É bomba que explode antes de terminar de abrir a porta, o copo da felicidade estoura antes mesmo de trincar.
A vida nunca foi sobre preparo, mas sobre reação."
-SM
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Faniquito
Sumário: Felipe estava de mau humor. Rosa Maria sabia bem antes mesmo de ele pisar no apartamento.
Classificação Indicativa: Livre
Palavras: 1040
AO3
Felipe estava de mau humor. Rosa Maria sabia bem antes mesmo de ele pisar no apartamento.
A força desnecessária usada para fechar a porta da rua foi um indicador precoce, seguido rapidamente pelos passos pesados que subiam as escadas. Ela mal teve tempo de deixar de lado o livro que estava lendo antes que sua presença irritada irrompesse na sala. A porta da frente havia sido aberta com tanta força que ela ficou surpresa por ter sido deixada nas dobradiças.
A raiva estava praticamente irradiando do ser de Felipe. Seus olhos eram estreitos, sua mandíbula firme e suas mãos estavam fechadas em punhos. Ele ignorou completamente Rosa Maria enquanto invadia a cozinha, não poupando ela nem mesmo um olhar. Ele olhou para sua recente experiência com desgosto antes de voltar seu olhar para a chaleira.
Quando ele estava de mau humor, nada estava a salvo de sua raiva. Nem mesmo os objetos inanimados da cozinha. Suas mãos encontraram o canto da bancada e agarraram-na com tanta força que seus dedos ficaram brancos. Houve um prolongado momento de silêncio em que ela podia sentir a tensão crescendo e crescendo até atingir seu ponto de inflexão.
Felipe gritou de frustração e balançou o braço sobre o balcão, mandando duas canecas para os lados e, sem dúvida, quebrando um copo. Ele se virou e chutou a perna indigna da mesa da cozinha, gemendo enquanto lidava com as consequências de sua explosão na forma de um pé machucado. Suas mãos se enroscaram em seus cabelos enquanto ele bufava ofegantemente. Ele andou pela sala algumas vezes, permanecendo alegremente ignorante à presença dela, antes de se sentar na cadeira. Seu corpo permaneceu rígido e seus olhos fechados. Fazia um tempo desde que ela o viu tão bravo.
Rosa Maria suspirou. Quando as coisas afetam o seu estúpido, estúpido marido, elas realmente o afetam. Ela sabia que uma explosão estava a caminho. Ela só não tinha previsto que seria tão ruim.
Ela se levantou de seu lugar no sofá e silenciosamente atravessou a sala em direção ao homem que amava. O ar parecia ser feito de vidro. A tensão estava sempre presente e ela sabia que acalmá-lo era como difundir uma bomba. Um movimento errado pode resultar em outra explosão.
"Felipe, querido?" Ela tentou, sentando-se suavemente em seu colo.
Seus olhos permaneceram fechados e suas sobrancelhas franzidas. Ela levantou a mão para a bochecha dele, gentilmente passando o polegar ao longo da característica definida. Ele visivelmente relaxou sob o toque dela.
"Dia ruim?" Ela perguntou, sua mão viajando de volta para se enredar em seus cachos grossos.
Sua expressão suavizou quando um suspiro escapou de seus lábios. "Você não tem ideia."
A tensão derreteu de seus ombros enquanto os dedos dela corriam por seu cabelo, suas próprias mãos encontrando sua cintura e segurando-a firme contra ele. Suspiros silenciosos de aprovação caíram de seus lábios enquanto ela penteava seu cabelo e massageava seu couro cabeludo. O latejar em sua cabeça se dissipou lentamente enquanto ele relaxava sob o toque dela.
Ele piscou os olhos abertos para olhar para ela por trás das pálpebras encapuzadas. Um pequeno sorriso puxou o canto de sua boca, suspirando novamente em êxtase antes de deixar sua cabeça cair contra o ombro dela.
"Sinto muito. Eu não deveria dar um chilique." Sua voz era genuína enquanto ele se aconchegava contra o ombro dela.
Ela passou a mão pelo cabelo dele novamente e sorriu quando ele suspirou e se inclinou ainda mais para ela. "Está tudo bem, Felipe. Está tudo bem. Mas da próxima vez, por que não tentamos isso antes que você decida descontar sua raiva em nossa cozinha, hm?"
Felipe cantarolou em resposta, puxando-a para mais perto. Ele firmemente desenhou círculos contra a cintura dela com o polegar.
"Quer falar sobre isso?" Ela perguntou, aludindo ao fato de que ele ainda não lhe havia dado nenhuma pista sobre o que o deixara de tamanho mau humor.
"Não."
Rosa Maria assentiu, brincando com os cachos curtos na nuca. Felipe não tinha interesse em desabafar, ele simplesmente queria atenção. Especificamente dela. E ela ficou mais do que feliz em obedecer.
Assim que sua respiração começou a se equilibrar, ela percebeu algo, surpresa por não ter pensado nisso antes.
"Felipe?"
Ele respondeu com um gemido, um indicador de que estava ouvindo, mas provavelmente não estaria por muito mais tempo.
"Há quanto tempo que você não dorme?"
"Por volta de dois ou três." Ele respondeu.
"Dois ou três o quê?"
"Dois ou três dias." Ele esclareceu com um bocejo.
"Felipe!" Ela imediatamente repreendeu, levando o homem a gemer novamente e se enterrar ainda mais em seu pescoço na tentativa de escapar da conversa que se aproximava. "Nós conversamos sobre isso, você precisa descansar!"
"Que chato."
"É dormir, Felipe. É uma necessidade humana básica."
O homem revirou os olhos, insinuando que sua declaração era discutível.
"Felipe!" Ela avisou, gentilmente pegando seu queixo e levantando a cabeça para olhar para ela. "Você tem que começar a cuidar de si mesmo."
Ele sorriu. "Não há necessidade. É para isso que eu tenho você."
Seus dedos envolveram seu pulso, sempre com muito cuidado afastando a mão de seu queixo. Ele virou a cabeça ligeiramente e deu um beijo nos nós dos dedos dela, seus olhos deixando os dela apenas por um momento durante a súbita demonstração de afeto.
Ele sorriu vitoriosamente quando testemunhou sua expressão severa se derreter em uma de carinho. Puxando Rosa Maria para mais perto e se acomodando, ele descansou a cabeça no ombro dela e suspirou novamente. Ele sempre soube quais cordas puxar para diminuir sua raiva com ele, como sair de qualquer situação. Ela simplesmente o amava demais.
"Seu moleque sorrateiro. Juro por Deus!"
"Por favor, amor, mantenha sua voz baixa. Eu tenho sono acumulado para recuperar."
Rosa Maria podia ouvir o sorriso em suas palavras. Felipe estava muito satisfeito consigo mesmo. Ele sabia muito bem que não havia hostilidade em suas palavras. Ela estava chateada por ele ter conseguido escapar de outra repreensão.
Ela riu, afastando seus cachos para plantar um beijo ao lado de sua têmpora. "Você tem sorte de eu te amar."
"Isso eu certamente tenho."
Felipe suspirou, cochilando ao som de seu coração e à sensação de suas mãos em seu cabelo.
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A mesa estava farta de comida, a sala de jantar cheia de gente conversando alto, os animais passavam correndo de um lado para o outro, fugindo das crianças pequenas. Na cozinha, estava a anfitriã da casa, Pacella Stinson.
Ela entrou na sala, passando com o pernil de frango nas mãos, todos os rostos olharam ela, eram filhos, netos, genros e cunhados, todos ali reunidos na casa dela para celebrar um natal cheio de fartura e amor. A mulher colocou a grande bandeja no centro da mesa e sentou-se na cabeceira, dando lugar ao filho mais velho para sentar na outra ponta.
— Vamos dar graças à todos os meios do universo, a todas as forças e crenças, agradeceremos por aquilo que tivemos e não tivemos, seremos fiéis àquilo que acreditamos e pediremos para que nossa união prevaleça — disse a mulher, as mãos no alto em forma de ovo aberto. — Podemos comer.
— Amém — disse todos baixinho.
Começou o pequeno barulho de talheres tinindo enquanto as doze pessoas se serviam, conversavam e riam. Enquanto a noite ia passando, os pratos iam ficando vazios, os copos abastecendo e o tom de voz aumentando. Falaram sobre tudo, infância, escola, adolescência, namoros, trabalhos, amigos, filhos, sonhos e histórias que só eles conheciam. Pacella, como toda boa mãe, sentiu emoção ao ver os filhos em tão bom estados, bonitos e saudáveis, com bons empregos, bons parceiros e lindos filhos. Sua alegria era tamanha mas não durou tanto, pois na sobremesa, algo terrível aconteceu.
— Pessoal, com licença — pediu Darius, namorado de sua filha mais nova. — Se puderem me dar um pouco de atenção, prometo ser breve.
Todos na mesa olharam para ele, incluindo as crianças.
— Discurso? — indagou Marlene, a filha mais velha de Parcella.
— Quero fazer um pedido muito importante — disse ele, corando como uma criança em apresentação escolar, por alguns segundos ele apenas ficou em pé parado, as mãos fechadas na frente do corpo, então tomando coragem, ele olhou para Alison, sua namorada há dois anos e filha de Parcella e disse: — Alison Stinson, eu amo você, muito! Adoro acordar ao seu lado e levar o título de seu namorado, mas me sinto faminto por mais de você, quero levar nós dois para um patamar maior, mais sério e duradouro. Quero ser seu porto e não seu medo, quero que conte tudo para mim e não esconda nada, estar com você em todos os momentos e nunca deixá-la só.
Ele então se ajoelhou, tirando uma caixinha vermelha do bolso da calça, todos se espantaram, era um clássico movimento.
— Por isso, gostaria de pedir com todo o meu coração, você aceita casar comigo? — ele finalizou.
— Não acredito! — disse Alice, filha de Travis, o filho mais velho de Parcella.
— Esse é o cara! — gritou Marlene.
Todos na mesa bateram palmas, incluindo Parcella, estava vendo sua caçula enfim ficar noiva e não poderia ficar mais feliz. Exceto pelos próximos acontecimentos.
— Não posso aceitar — disse Alison. — Não posso me casar com você.
Todos paralisaram, chocados com a resposta. Darius engasgou e se mexeu inquieto.
— Como assim não pode?
— Acho melhor terminarmos — disse ela, de supetão, foi como jogar uma bomba na mesa. — Você já pagou por esse anel? É melhor guardá-lo.
— Do que está falando?! — Darius se levantou.
— Darius, por favor, apenas facilite — pediu Alison, a voz quebrando.
— O que foi? Você conheceu outra pessoa? Não me ame? Eu preciso saber porquê está me rejeitando — disse Darius, passando a mão com força no cabelo.
— Apenas não posso, ok? Não posso me casar com você! — gritou Alison, levantando da cadeira.
Darius encarou a namorada (ou ex) por longos segundos, havia muita magoa em seus olhos, seus lábios entreabertos pareciam querer falar algo. Então ele disse, mas com ações, pois no minuto seguinte, ele pegou uma travessa média de vidro e jogou no chão com toda a raiva que tinha, quebrando o vidro em milhares de pedaços, chocando todos no ambiente. As crianças começaram a chorar e os animais, em sua maioria cachorros, começaram a latir.
A confusão na sala foi instantânea, em um minuto, Marlene estava posta à frente de Alison, como uma muralha pronta para defendê-la, no outro, Travis e Dave(namorada de Marlene) estavam em cima de Darius, escoltando ele para o jardim, enquanto os outros tentavam acalmar as crianças e os animais. Parcella permaneceu sentada, olhando ao seu redor, a filha caçula nervosa, com o nariz vermelho, as crianças chorando sem saber o que havia acontecido, os animais zangados e o chão cheio de cacos de vidro.
A anfitriã se levantou, indo até as duas filhas.
— Deixe que eu subo com ela, Lene — disse ela, tocando o ombro da filha com afago. — Eu ajudo, obrigada por ser boa irmã.
A mulher soltou, sorrindo para a mãe e depois para a irmã, ela foi então para os animais, ajudar a segurá-los e acalmá-lo. Parcella subiu com Alison e entrou silenciosamente em seu quarto, o primeiro do corredor da direita, quando as duas entraram, foram direto para a varanda, o quarto de Parcella tinha a maior varanda da casa, com uma vista espetacular do mar.
— Tome um pouco de conhaque, vai ajudar a passar a euforia que aconteceu — disse Parcella, colocando num copo e entregando para a filha. As duas se sentaram e por muito tempo não disseram nada, so olharam para a vista à frente, para a imensidão azul. Parcella olhou para a filha, que chorava sem fazer ruídos, uma preocupação enorme afligiu seu peito e ela se levantou, indo se servir de conhaque também, quando voltou a sentar ao lado da filha se surpreendeu com o que ouviu.
— Desculpe por estragar o nosso Natal — pediu a mulher, a voz esganiçada do choro.
Parcella tocou no joelho da filha, afagando.
— Não diga isso, a culpa não foi sua — deixou claro Parcella. — Você não deve mesmo se casar com um desequilibrado — ela riu, mas como a filha não riu junto, Parcella se calou, como mãe ela sentiu que deveria dizer algo reconfortante, mas não sabia o que. O que se diz em momentos como aqueles? O que uma mãe pode dizer para a filha mais nova que só tem 22 anos? Por fim, Parcella disse, mais para si mesma: — Não precisamos falar sobre nada, meu amor.
Alison olhou para a mãe, os olhos vermelhos como guaraná, seu queixo tremia com uma velocidade constante, como um neném sem a mãe, ela olhou de volta para a vista e disse após um longo suspiro:
— Ele me bateu, mãe — ela soltou. — Darius me bateu na semana passada porquê achou que eu estava traindo ele, e quando percebeu ficou cheio de remorso e todo bondoso, por isso quer que eu me case com ele, para provar que mudou, mas não posso—
A mulher engasgou, a mão na boca para abafar o choro que gostaria de soltar, ela engoliu todo o resto do conhaque e olhou enfim para sua mãe, que sabia muito bem qual sensação a filha estaria sentindo.
— Não posso estar com alguém que me bate seja qual for o motivo, estava tentando achar um jeito de terminar com ele mas estava esperando o melhor momento — disse ela, as lágrimas caindo deliberadamente. — Acabei demorando demais e veja no que deu.
— Jamais culpe a si mesma — disse Parcella, com rigidez. — Você é minha filha e merece as melhores coisas do mundo, nunca se esqueça disso!
A filha deu de ombros, voltando sua atenção ao mar, ao mundo enorme lá fora, talvez assim sua situação suavisasse. A areia estava cheia de pelícanos bocando restos deixados do dia, o mundo passava para eles assim como passava para elas, Alison sentiu seu tempo se perder, ela havia gastado tudo de si enquanto esteve com Darius, dois longos anos que não voltariam mais. Ela sentiu raiva.
— Sabe, deve estar sentindo tudo confuso agora, talvez sinta raiva, frustração, medo e outras coisas. Saiba que estarei aqui para você pelo tempo que precisar pois sei como se sente, senti isso com o seu pai e com vários outros homens também, o que me fez perceber poucos anos atrás que seria melhor para mim ficar sozinha.
Alison olhou para a mãe de supetão.
— Do que está falando?
— Eu já tive sua idade, Ali. E já cometi muitos erros também, Deus sabe que foram muitos — a mulher riu, afagando o joelho da filha. — Eu era uma mulher sem autoestima, sem força e sem suporte, desesperada por amor e validação de quem quer que fosse. Me coloquei em situações desesperadoras e tudo começou quando ainda era bem jovem...
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A espera
As coisas prestes a acontecer aguardam ansiosamente.
O cisco espera a passagem do olho.
A enchente, a conjugação de bueiros entupidos e o descaso das autoridades.
O guarda-chuva, mais do que a própria chuva, espera ser esquecido no ônibus.
Acreditam que estão a segundos de acontecer, mas nem sempre é assim.
O tempo não tem a pressa dos desígnios.
A paixão assiste impassível aos dois jovens irem e virem: um ir morar um tempo em Antuérpia, o outro se dedicar ao surfe; um virar espírita, o outro sair da depressão.
Aguarda anos e desenganos, até que ela seja reconhecida nos olhos espantados.
O medo espera pelo despertar dos fantasmas.
O sono, pelo prolongamento da reunião.
A ressaca, pelo oitavo copo ou o primeiro cigarro.
O coração, programado para bater mais de dois bilhões de vezes, espera que nenhum acidente abrevie seu curso.
Mesmo o acidente assiste ao motorista se atrasar e sair de casa arrancando os pneus.
Os masoquistas agouram a eficiência do analgésico.
As queimadas torcem e apostam na estupidez do homem – a única espera que não decepciona: os homens nunca falham; a todo momento, estão fazendo alguma bobagem.
A nuvem vaga, paciente, à espera de outra, e que sua colisão produza um relâmpago – de preferência, assustando alguém, que assim se divertem as nuvens.
Maior paciência que o pescador, deve ter o anzol esquecido na ponta da vara no canto do depósito.
Algo está próximo de acontecer no reino das galochas.
Os chapéus, as abotoaduras e os antepassados nas fotos em sépia esperam pela sua improvável ressurreição.
Já a escarradeira perdeu toda a esperança.
O capacho espera pela sola, que espera pela lama, que espera pela poça, que espera pela chuva, e todos esperam que se repita essa mania que a pessoa tem de andar sem olhar onde pisa.
Às coisas prestes a acontecer, só resta esperar.
Pelo tropeço, pelo toque no celular, pelo atraso do metrô, a vertigem, o toró, pelo dia que não chega.
As videntes sabem quando acontecerão, com precisão e em detalhes, mas, em vez de revelar ao mundo, preferem se fazer de vigaristas.
Só sabemos que estão prestes a acontecer.
Pode ser daqui a 43 segundos.
Quando o sino do recreio explodir.
O papagaio latir.
Ou a bomba pousar, muito suavemente.
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Como eu queria ouvir tua voz neguinha.
Ainda lembro do seu rosto acordando. Do som da sua risada. Do cafuné na cabeça enquanto adormecia no seu colo.
Lembro dos banhos, 18 banhos por dia você toma.
O arroz tem que ser parboilizado .
O feijão preto.
A lasanha congelada no porta lasanha.
O sazon vermelho na pipoca.
O Tereré com a bomba rosa, a garrafa vermelha e o copo que virou “inox”.
A forma de estender as roupas, eu sempre tentei e nunca consegui estender o lençol igual você.
A cor da pele.
Resiliência no braço.
Os olhos brilhantes.
O sorriso mais lindo.
As unhas feitas e perfeitas.
As bolinhas da perna entre as coxas.
O incômodo com os pelos.
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Os Três Mal-Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
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✮✮ ⸻ Existe uma liga muito peculiar na amizade entre Aidan e Raynar e todos sabem disso, mas poucos sabem os detalhes desse enlace magnético e caótico. Vejamos:
Tudo começou há anos atrás e, a primeira interação a qual Aidan se recorda, foi durante um caça bandeira. A dupla havia sido selecionada para atuar na proteção da bandeira, a última barreira a qual os inimigos precisaram romper em busca da vitória. O silêncio era impossível, Aidan como uma matraca continuava a discorrer sobre sua incrível capacidade de combate a forma que conseguia domar até mesmo o maior dos semideuses de Ares, enquanto Raynar parecia muito focado em sua tarefa. Como deve imaginar, o filho de Zeus notou a aproximação dos inimigos antes de Aidan e decidiu, de forma muito inteligente e vingativo, que o usaria como arma. Foi assim que surgiu o “Lançamento de Aidan”, modalidade muito praticada pelos dois quando se aliam em batalha.
Outro grande momento foi quando Aidan decidiu expor detalhes de seu passado para Raynar, com toda crueza que lhe coube na ocasião, em prol de aprofundar a amizade. Óbvio que tudo aconteceu em uma péssima ocasião já que estavam em missão e a voz chamaria de Aidan atraiu um Minotauro para dentro da fazenda em que se encontravam. Aidan possui cicatrizes desse dia, mas manteve-se satisfeito em saber que Ray era seu amigo de verdade, já que não o criticou pela jornada criminosa, apenas pela grande boca de sacola.
Ah, as namoradas… aqui há muito o que ser dito. O O'Keef sempre foi muito intenso e impulsivo, colecionando uma série de enroscos amorosos pelo acampamento e pelo mundo mortal, jurando amor em cada lanchonete de beira de estrada em que passava, mas Raynar bem sabe que, de todas as grandes paixões, Aidan ultrapassou todos seus limites com Camile, aquela que não deve ser nomeada. Foi a noiva de uma noite, a semideusa que desapareceu, que trouxe o pior do filho de Ares para a superfície. o alcoolismo relacionado com a agressividade foi uma equação perigosa e apenas Raynar, com muita paciência, conseguiu se aproximar de Aidan e desarmar a bomba relógio antes que o pior acontecesse.
Aidan não possui tantas fotos com Raynar. Na verdade, ele possui muitas fotos DE Ray, mas quase nenhuma COM o semideus. Bom, ele se apega bastante nas memórias dos dois, e isso é nítido. Na caixa de memórias e apetrechos do semideus, há alguns bons elementos da história dos dois. Ingressos de jogos de rugby, um boné surrado, copo personalizado e rabiscos que compartilhavam durante as aulas de mitologia grega.
O filho de Ares carrega uma confiança indescritível no melhor amigo. O Hornsby é o único semideus no qual Aidan confiaria a própria vida. Certa ocasião, após um treinamento intenso, Aidan acabou quebrando algumas costelas e apenas Raynar foi autorizado a se aproximar e auxiliar.
Sabemos que, em um universo paralelo, Aidan e Ray facilmente seriam representados por Deadpool e Wolverine, respectivamente. O temperamento é tão polarizado que possibilita que inúmeros grandes momentos sejam destacados dessa vivência, entre eles as dedicatórias musicais. Quando está bêbado, Aidan tem o hábito de dedicar a música “Like a Prayer” e “La Isla Bonita” da Madonna, normalmente acompanhado de uma coreografia sugestiva e descarada. Além disso, o filho de Ares faz uso de apelidos variados para se referir ao melhor amigo: Diabo de Aspen, fio desencapado, choque térmico, super-choque, enguia, trovoada, desfibrilador… a lista é extensa.
Os duelos práticos, mais raros nos últimos meses, geralmente se iniciam por provocações de Aidan, sem hora ou local programado. As coisas normalmente fogem do controle e sempre resta para Dionísio e Quíron a ordem de parada, já que os demais semideuses sempre se apresentam de forma receosa perante os dois brutamontes.
Por fim, é visível que a manifestação afetiva de Aidan se dá por meio de presentes e toque físico. Raynar nunca ligou para seus presentes, nem mesmo as camisetas com estampas personalizadas para que usassem juntos (como gêmeos), mas aparentemente sempre permitiu que Aidan o tocasse não tão gentilmente com tapas, apertos de mão, aperto de bunda e abraços de brothers.
@zeusraynar
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Puerto Martina Baar: Proprietários de bar em Oleiros fecham fim de semana prolongado em meados de agosto, fartos dos veranistas do planalto | Gastronomia: receitas, restaurantes e bebidas #ÚltimasNotícias
Hot News “Depois da última vaga de expressões como: Dá-me 2 barcelos cola e 4 copos. Você terá um espeto de tortilha para acompanhar o café, o que por si só não é suficiente para mim. Além do macarrão com carne e empanada de polvo você terá outros espetos, já que tenho doença celíaca e não posso comer isso. E dada a chegada iminente da ponte 15 de agosto, onde se cair uma bomba em Mera não…
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