#conversas ao pe da terra
Explore tagged Tumblr posts
inveterade · 3 months ago
Text
Coletivo de Dança Lemagidé apresenta 'Conversas ao Pé da Terra' gratuitamente
O Coletivo de Dança Lemagidé apresenta o espetáculo “Conversas ao Pé da Terra”, dialogando com o feminino, a natureza e o orixá Nanã. As apresentações ocorrerão gratuitamente em três unidades do SESC no Rio de Janeiro durante agosto: Sesc Madureira (7/8), Sesc Ramos (13/8) e Sesc Tijuca (15/8). O espetáculo explora a dança-memória ancestral, fruto de uma imersão criativa na Floresta da Tijuca,…
0 notes
marianeaparecidareis · 1 year ago
Text
💐💐💐💐💐💐💐💐💐
EVANGELHO
Terça Feira 05 de Setembro de 2023
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”
35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.
- Palavra da Salvação.
💐💐💐💐💐💐💐💐💐
- Comentário do Dia
💎 O diabo só sabe fazer barulho
“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”
No Evangelho de hoje, Jesus continua em sua terra, na Galileia. Depois de visitar Nazaré, Ele vai a Cafarnaum, cidade à beira do lago. Ali, Jesus continua seu ensinamento. Na sinagoga, irrompe a reação de um demônio. É interessante recordar que ontem, quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, houve a reação humana dos nazarenos, que não o reconheceram como o Ungido de Deus; agora, a reação é preternatural e demoníaca. Um espírito impuro começa a gritar em voz alta: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus. Jesus está no início de seu ministério. No evangelho de São Lucas, o Senhor fora batizado por João Batista, retornou à sua terra, Nazaré, onde pregou a partir do trecho do profeta Isaías lido ontem: O Espírito do Senhor está sobre mim etc. Hoje, continuando a pregação, mas em Cafarnaum, ele provoca a reação dos demônios, pois a vinda de Deus Filho à terra constitui uma declaração de guerra contra o maligno. Se folhearmos o Antigo Testamento, acharemos pouquíssimas passagens em que se vê uma ação do demônio como as que se veem no Novo. No livro do Gênesis, é verdade, temos a serpente infernal, que tentou Adão e Eva; temos ainda Asmodeu no livro de Tobias, Satanás no livro de Jó etc. Mas, substancialmente, no Antigo Testamento, a parte mais volumosa de toda a Bíblia, há raríssimas manifestações do demônio, enquanto no Novo, embora menor em número de páginas, há uma explosão de reações demoníacas. Por quê? A resposta está no que o próprio espírito imundo fala por boca do endemoniado: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Aqui o inferno vê que está com os dias contados e que a sua destruição é certa.
Já antes de morrer na cruz e derrotar o demônio, Jesus declarou: Vi Satanás cair como um raio, ou seja, a vinda de Cristo ao mundo e a instituição do reino de Deus, a Igreja Católica, implicam a derrota do inferno, levada à plenitude pelo sacrifício propiciatório e satisfatório da cruz. Se perdemos isso de vista, não entendemos de fato o que Cristo veio fazer neste mundo: libertar a humanidade, escrava de Satanás. Jesus dirige-se assim ao demônio: Cala-te e sai dele. Parece óbvio, mas observemos bem o que Ele está dizendo. O Senhor veio ao mundo trazer a palavra de Deus; mas, para realmente a ouvirmos, Ele precisa antes usar de sua autoridade para amarrar a boca ao diabo, mentiroso e barulhento. Cala-te! Para ouvir a Deus, é necessário silêncio. Ora, como fazê-lo na prática? Deixando de dar ouvidos ao diabo. Por isso, se queremos que Cristo entre em nossa vida, preparemo-nos para a provação e para a luta — luta, em primeiro lugar, para fazer calar ao diabo, que tanto barulho causa dentro de nós com o fim de nos ensurdecer para a voz de Deus. Lembro-me de uma conversa que tive certa vez com o Pe. Duarte Lara, o famoso exorcista de Portugal, que me disse mais ou menos o seguinte: “Enquanto as pessoas estão servindo ao diabo, ele as deixa quietas e tranquilas; é quando tentam sair do poder dele que se dá todo tipo de manifestação, porque o demônio começa a estrebuchar”. Em outras palavras, o diabo manifesta-se de modos mais agressivos e ostensivos quando vê uma alma escapar-lhe das garras.
Isso não é teoria. Quem decide romper com o império do mal para seguir a Cristo deverá, de um modo ou de outro, lutar, pois o inferno se levantará assanhado contra ele. Mas não devemos ter medo. Por quê? Porque o diabo não tem poder. Na verdade, o único poder que ele tem é o de dizer mentiras, para que acabemos acreditando mais nele do que em Deus. Por isso cala-te, cala-te! Não demos nem mesmo atenção ao que o inimigo diz. Confiemos no Senhor! Sim, haverá luta, mas estamos do lado do vencedor! O Evangelho conclui com as palavras: Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem. Sim, a palavra de Cristo tem poder e autoridade, se lhe dermos espaço em nosso coração. Ouçamos a Cristo, misericordioso. Haverá luta dentro de nós, mas não nos preocupemos nem demos atenção às sugestões do diabo e suas tentações. Confiemos em Jesus, na autoridade e no poder de sua palavra. Deixêmo-lo tomar conta de nós e rompamos de uma vez para sempre com o pecado, com a vida velha! Não nos assustemos com os fogos de artifício do diabo. É só isso que ele consegue fazer: barulho. Ele sabe que já perdeu. Joguemo-nos nos braços de Cristo, confiados sempre a Nossa Senhora, postos sob o manto sagrado dela. Coragem! Nosso Senhor venceu o mundo, e as portas do inferno jamais prevalecerão.
Deus abençoe você!
💐💐💐💐💐💐💐💐💐
Tumblr media
0 notes
theredxqueen · 3 years ago
Text
closed starter for @tcnats
Oh! Cyrene era mesmo genial. Ou ao menos era o que vinha repetindo o dia inteiro, e agora conforme dirigia para o endereço que conseguira através de Lotus — era bom ter a seu dispor alguém que se transformava em um animal discreto para se enfiar em locais e ouvir conversas. Apesar de Storybrooke ser pequena e a fazenda ficar, de fato, dentro da cidade, pareceu uma eternidade até chegar lá. O GPS ainda falhou em alguns pontos, cortesia do péssimo sinal de internet, que inclusive morreu por completo quando finamente estava lá. O que, por sua vez, somente não era uma morte mais triste do que a de seu carro quando uma maldita vaca entrou no caminho e a fizera colidir com uma árvore ao tentar desviar. Que tipo de vaca fazia um passeio noturno? A batida não fora preocupante e não a deixara nem um pouco ferida, mas o seu automóvel? É, as fumaças provenientes do motor não pareciam indicar bom sinal. Para sua sorte, no entanto, aquilo acontecera há apenas alguns metros do portão da tal fazenda. Percebeu um tanto tarde demais que não deveria ter ido a uma fazenda utilizando salto agulha, mas enquanto deixava o carro e chegava perto da porteira, sabia que não podia fazer muito além de tentar se equilibrar na terra. Podia ver uma única luz acesa na parte externa da casa, e alguns pontos de iluminação no caminho da pequena estrada de terra que levava até o casarão - provavelmente uns duzentos metros de uma leve inclinação. Queenley já não era dona de uma grande resistência física, e de salto alto? Ah, sim, aquela caminhada começava a lhe matar. Parava em alguns pontos, recuperando o fôlego e tentando não quebrar o sapato, até chegar perto o suficiente. Otimo! Apenas mais alguns passos e estaria… espera. A voz de Tânatos se fez ouvir e só então a rainha percebeu que, em algum momento, ele tinha ido para o lado de fora. Tinha uma arma na mão, mas não pareceu pronto para usá-la — provavelmente enxergara de quem se tratava. O que a fez estranhar, no entanto, foi a instrução de que ela não continuasse aquele caminho. “Ainda tá bravo comigo pelo baile, love? Eu só quero falar com você! Vai ser rápido” Garantiu, insistindo em continuar por ali até compreender que Victor não tentava lhe impedir de chegar na casa, apenas de passar pelo local cuja terra parecia especialmente instável. Os pés afundaram imediatamente e ela quase se desequilibrou por completo, conseguindo por pouco se manter em pé. “Porra, podia ter sido mais específico” Ela reclamou, tentando mover o pe para que o sapato saísse dali, mas precisaria de força. E com força; viria o desequilíbrio. Não mesmo! Queenley Cyrene não cairia na terra. “Ô grandão, será que da pra me ajudar?”
Tumblr media
3 notes · View notes
sssuplementos · 3 years ago
Video
youtube
RONALDO FENOMENO ENTRA EM POLEMICA. BRUNO MORAES EM UMA CONVERSA MUITO BEM HUMORADA NO 4FITCAST. ***************************************************************** VÍDEO DA ENTREVISTA COMPLETA NO LINK ABAIXO BRUNO MORAES - 4FITCAST https://youtu.be/oEWujUpYf54 *************************************************************** Segredos de Como EMAGRECER https://ift.tt/3kzYmn6 ************************************************************** CONFIRA A PLAYLIST DO BRUNO MORAES https://youtube.com/playlist?list=PL9T4rcA7gAbrwN7-ilZymIG3nBHphri2P ********************************************************************** CANAL DO BRUNO MORAES https://www.youtube.com/c/BrunoMoraesChannel/featured **************************************************************************** POLEMICA RONALDO FENOMENO NA COPA DO MUNDO NO BRASIL https://youtu.be/m7ncysLBupM ************************************************************************ #Futebol #RonaldoFenomeno TUDO SOBRE FUTEBOL GE https://ift.tt/3n843fA O que é futebol https://ift.tt/1TIzp6f UOL Esportes https://ift.tt/3qwXlSl Terra Futebol https://ift.tt/3C8m9lL CBF https://www.cbf.com.br/ TAGS: futebol,futebol hoje,futebol interior,futebol hd,futebol da hora,futebol feminino,futebol baiano,futebol agora,futebol na tv hoje,futebol hoje na tv,futebol olimpiadas,futebol na tv,futebol ao vivo hoje,futebol clube,futebol ao vivo rmc,futebol americano,futebol play flamengo,futebol brasileiro,futebol de areia,futebol bahiano,futebol internacional,futebol de sabão,futebol ao vivo flamengo,futebol 24,futebol de botão,futebol resultados,futebol total,futebol tv,futebol feminino brasil,futebol em inglês,santos futebol clube,sao paulo futebol clube,futebol ao vivo,são paulo futebol clube,futebol,futebol hoje,futebol online,futebol interior,nordeste futebol,assistir futebol ao vivo,confederação brasileira de futebol,futebol play,futebol da hora,bolas de futebol,resultados futebol,bolo de futebol,futebol hd,brusque futebol clube,resultado futebol,bola de futebol,efootball pes 2021,o que é futebol 7,o que significa futebol,futebol quem joga hoje,efootball 2022 lançamento,logotipo futebol,futebol para cegos,futebol para colorir,futebol com a mao,futebol.com todo resultado,futebol é um esporte de marca,futebol e cerveja,futebol e cia,futebol e futsal,futebol é arte,ronaldo fenomeno,ronaldo fenomeno 2002,ronaldo fenomeno corinthians,ronaldo fenomeno melhor do mundo,ronaldo fenomeno fortuna,ronaldo fenomeno real madrid,ronaldo fenomeno idade,ronaldo fenomeno bola de ouro,ronaldo fenomeno filhos,ronaldo fenomeno titulos,ronaldo fenomeno altura,ronaldo fenomeno gols,ronaldo fenomeno cabelo,ronaldo fenomeno barcelona,ronaldo fenomeno wallpaper,ronaldo fenomeno hoje,ronaldo fenomeno milan,ronaldo fenomeno instagram,ronaldo fenomeno no corinthians,ronaldo fenomeno quantas vezes melhor do mundo,ronaldo fenomeno barça,ronaldo fenomeno flamengo,com quantos anos ronaldo fenômeno se aposentou,ronaldo fenomeno wikipedia,ronaldo fenomeno patrimonio,ronaldo fenomeno wallpapers,ronaldo fenomeno times,ronaldo fenômeno ganhou champions,ronaldo fenomeno e filhos,ronaldo fenomeno jovem, by Momentos Fitness
1 note · View note
tupiperiodico · 4 years ago
Text
Tumblr media
Um dos textos usados para estudar o tupi é o Diálogo da Fé. Em contraste com isso, fiz uma conversa hipotética com uma tupinambá ateia (tupã rerobîasare'ỹma). Aproveitei pra passar o dilema de Eutífron e o paradoxo de Epicuro para o tupi.
Vamos dar uma olhada na conversa:
Escolhi o nome feminino Piráakãîuba (cabeça amarela de peixe; provavelmente, daí vem o nome Piracanjuba).
Quando a mulher diz não crer em deus, ela acrescenta: arobîáryte moraûsuba tekó te'õ (mas acredito na compaixão, na vida e na morte).
Na resposta de Potĩ, me baseei nas poesias do Anchieta, que chamam a Virgem Maria de tekó me'engara (doadora da vida) e Jesus de morópyrysõãna (salvador da gente).
Aí vem minha adaptação do dilema de Eutífron: o bom é bom porque os deuses dizem ou os deuses dizem porque é bom? Isto é, a bondade é escolhida arbitrariamente pelos deuses, ou ela existe independentemente deles? Em tupi, deixei assim:
Mba'epe osa'ang tekókatú? Tekókatú osa'ang tupana rekóába konipó tupana rekóába osa'ang tekókatú serã? (O que representa a virtude? A virtude imita a vida de deus ou a vida de deus imita a virtude?)
Na resposta do padre (abaré), incluí o termo mba'epoxy, usado para magias e sofrimento no mundo (lit. coisa feia).
Então vem o paradoxo de Epicuro – que por sua vez só é um paradoxo se você fizer questão de um deus onisciente, onipotente e benevolente (as três coisas ao mesmo tempo não dá).
Marãpe pe tupanangaturama ndomombábi mba'epoxy? (Por que seus deus bondoso não acaba com o mal?)
Nde'ikatuî mba'epoxy moaûîé serã? Nãnamo, tupana nda opákatúmba'emonhãnga e'ikatúba'e ruã. (Ele não pode acabar com o mal? Então deus não é o que pode fazer todas as coisas).
Ndosepîákipe mba'epoxy kó yby resé? Nãnamo, tupana nda opákatúmba'ekuapara ruã. (Ele não vê o mal na Terra? Então deus não é sabedor de todas as coisas).
Tupana ndoîmoaûîépotári mba'epoxy serã? Nãnamo, tupana ndi angaturãmi. (Deus não quer acabar com o mal? Então deus não é bom).
Perceba que todo-poderoso é o que pode fazer todas as coisas (opákatú mba'e monhanga e'ikatúba'e). Por e'ikatu ser verbo intransitivo, usamos o deverbal átono -ba'e. Mas onisciente é opákatú mba'e kuapara, e usamos o deverbal -ara porque kuab é verbo transitivo.
Também usei dois verbos para acabar/derrotar: mombab (fazer terminar-se) e moaûîé (aûîé sendo uma expressão de "fim" ou "chega").
A resposta do padre é uma das que mais ouço como ateu: Tupana ndoîmoaûîéî mba'epoxy kó yby reséndûára ranhẽ! (Deus ainda não acabou com o mal nesta Terra!) Ranhẽ é uma partícula usada apenas em orações negativas.
A sugestão de Potĩ para isso é que: Ta pe 'anga onhemoatã tekópoxý tyka tupã pytybõe'yme. (Que sua alma se fortaleça vencendo a vida má sem a ajuda de deus)
E termino com meus pensamentos finais quanto à maioria das discussões sobre a existência de deus: Nãnamo, ndaîkotebẽ tupana resé (Sendo assim, não preciso de deus).
3 notes · View notes
Photo
Tumblr media
21/40 - carta de Tiago (Parte 2)
Esta epístola foi escrita por Tiago, o meio-irmão de Jesus, que havia se tornado crente depois da ressurreição de Jesus, e que havia se tornado o líder central da igreja de Jerusalém. Tiago tinha um forte ministério entre os crentes judeus, e sua liderança, na igreja primitiva, era vital para conservar a pureza doutrinária e a unidade entre a igreja que crescia e se diversificava. Esta carta aborda muitos assuntos a respeito de como a fé em Jesus precisa afetar nosso comportamento, e trata de alguns mal-entendidos a respeito da relação entre a salvação pela fé em Jesus e a necessidade de os crentes viverem uma vida devota. A epístola de Tiago foi provavelmente escrita na ocasião da primeira viagem missionária de Paulo, antes do Concílio de Jerusalém. Esta carta pode ser considerada um manual sobre a vida cristã. Confrontos, desafios, e um chamado ao compromisso estão à sua espera. Leia a epístola de Tiago e torne-se alguém que pratica a Palavra, e não apenas a ouve.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Tg 4:1-3 - As dissensões e as contendas entre os crentes são sempre prejudiciais. Tiago explica que esses conflitos são os resultados de maus desejos que estão em combate dentro de nós - queremos ter mais posses, mais dinheiro, uma condição social melhor, mais reconhecimento.
Quando não conseguimos o que queremos, lutamos, para conseguir. Em vez de agarrar, agressivamente, o que queremos, devemos nos submeter a Deus, pedir que Ele nos ajude a nos livrar de nossos desejos egoístas, e a confiar que Ele nos dará o que realmente necessitamos.
Tg 4:2-3 - Tiago menciona os problemas mais comuns na oração: não pedir, pedir as coisas erradas, ou pedir pelos motivos errados.
Você conversa com Deus? Quando conversa, de que você fala? Você pede apenas para satisfazer seus desejos? Você busca a aprovação de Deus para o que já planeja fazer? Suas orações serão poderosas quando você permitir que Deus modifique seus desejos, para que correspondam, perfeitamente, à vontade dele para você (1 Jo 3:21-22).
Tg 4:4-6 - A cura para os maus desejos é a humildade (veja Pv 16:18-19; 1Pe 5:5-6). A soberba nos deixa egocêntricos, e nos leva a concluir que merecemos tudo o que vemos, tocamos ou imaginamos. Ela cria desejos avarentos de muito mais do que necessitamos.
Podemos nos libertar de nossos desejos egocêntricos, humilhando-nos diante de Deus, percebendo que tudo o que realmente necessitamos é de Sua aprovação. Quando o Espírito Santo nos enche, vemos que as atrações sedutoras deste mundo são apenas substitutos baratos para o que Deus tem a oferecer.
Tg 4:7-10 - Como você pode se aproximar de Deus? Tiago nos apresenta cinco maneiras: (1) “Sujeitai-vos a Deus” (Tg 4:7): Ceda à sua autoridade e vontade, entregue sua vida a Ele e ao seu controle, e esteja disposto a segui-lo. (2) “Resisti ao diabo’’ (Tg 4:7); Não permita que Satanás seduza e tente você. (3) “Limpai as mãos” (Tg 4:8): Purifique-se do pecado, substituindo seu desejo de pecar pelo desejo de receber a pureza de Deus. (4) “Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai” (Tg 4:9): Não tenha medo de expressar uma tristeza profunda e sincera pelo que você fez. (5) “Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará” (Tg 4:10; 1Pe 5:6).
Tg 4:10 - Humilhar-se perante o Senhor significa reconhecer que nosso valor só vem de Deus. Ser humilde envolve confiar no seu poder e na sua orientação, e não seguir nosso caminho independente
Embora não mereçamos a benevolência de Deus, Ele quer nos exaltar e nos dar valor e dignidade, apesar de nossas falhas humanas.
Tg 4:11-12 - Jesus resumiu a lei como o amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-40), e Paulo disse que o amor demonstrado pelo próximo satisfaria, completamente, a lei (Rm 13:6-10). Quando não amamos, na realidade, infringimos a lei de Deus. Examine suas atitudes e ações para com os outros. Você edifica as pessoas ou as destroi? Quando você estiver pronto a criticar alguém, lembre-se da lei do amor de Deus, e, em vez de criticar, diga algo bom. Dizer algo benéfico ao outros aumentará sua capacidade de obedecer à lei de amor de Deus.
Tg 4:13-16 - É bom ter objetivos, mas os objetivos podem nos desapontar se não incluirmos Deus neles.
Não há razão em fazer planos como se Deus não existisse, porque o futuro está em suas mãos. O princípio do bom planejamento é perguntar: “O que eu gostaria de estar fazendo daqui a dez anos? Daqui a um ano? Amanhã? Como vou reagir se Deus interferir e reorganizar os meus planos?” Podemos planejar com antecedência, mas não devemos nos apegar muito a nossos planos. Se pusermos os desejos de Deus no centro de nosso planejamento, Ele nunca nos desapontará.
Tg 4:14 - A vida é curta, não importa quantos anos nós vivamos. Não se engane, pensando que você ainda tem muito tempo à frente para viver por Cristo e para Cristo, para desfrutar seus entes queridos, ou para fazer o que você sabe que deveria fazer. Viva para Deus hoje! Então, não importa quando termine sua vida, você terá cumprido o plano que Deus tem para você.
Tg 4:17 - Nós temos a tendência de pensar que fazer o que é errado é pecado. Mas Tiago nos diz que pecar também é não fazer o que é certo. (Esses dois tipos de pecado são, às vezes, chamados de pecados de comissão e pecados de omissão.) Um pecado é mentir; também pode ser um pecado conhecer a verdade e não dizê-la. Um pecado é falar mal de alguém; também é um pecado evitar essa pessoa, quando você sabe que ela precisa de sua amizade.
Você deve estar disposto a ajudar, quando o Espírito Santo guiar você. Se Deus lhe orientou a praticar um ato de bondade, a prestar um serviço, ou a restaurar um relacionamento, faça isso. Você sentirá uma vitalidade renovada e revigorada na sua fé cristã.
Tg 5:1-6 - Tiago proclama a falta de valor das riquezas, mas não a falta de valor dos ricos. O dinheiro de hoje será sem valor, quando Cristo retornar, de modo que devemos passar nosso tempo acumulando a riqueza que terá valor no reino eterno de Deus. O dinheiro não é o problema; os líderes cristãos precisam de dinheiro para viver e para sustentar suas famílias. Missionários precisam de dinheiro para ajudá-los a transmitir as boas-novas. As igrejas precisam de dinheiro para fazer seu trabalho, de maneira eficaz. E o amor pelo dinheiro que leva ao mal (1 Tm 6:10) e faz com que algumas pessoas oprimam outras, para conseguir mais dinheiro. Esta é uma advertência a todos os cristãos que são tentados a adotar os padrões do mundo, ao invés dos padrões de Deus (Rm 12:1-2) e também um encorajamento a todos os que são oprimidos pelos ricos (Mt 6:19-21).
Tg 5:9 - Quando as coisas vão mal, nossa tendência é reclamar dos outros e culpá-los pela nossa infelicidade. Culpar os outros é mais fácil que admitir nossa responsabilidade, mas também pode ser destrutivo e pecaminoso.
Antes de julgar os outros pelas suas deficiências, lembre-se de que Cristo, o Juiz, virá para avaliar cada um de nós (Mt 7:1-5; 25:31-46). Ele não permitirá que fiquemos impunes por transferir a culpa a outras pessoas.
Tg 5:12 - As pessoas com fama de exagerar ou mentir, frequentemente, não conseguem que ninguém creia apenas em suas palavras. Os cristãos nunca devem ser assim.
Seja sempre honesto, para que os outros creiam, simplesmente, em seu sim ou não. Evitando mentiras, exageros e meias-verdades, você ficará conhecido como uma pessoa confiável.
Tg 5:14-15 - As pessoas na igreja não estão sozinhas. Os membros do corpo de Cristo devem conseguir confiar uns nos outros para ter sustento, apoio e oração, especialmente quando estão doentes ou sofrendo.
Os pastores e obreiros devem estar preparados e prontos para socorrer qualquer membro da igreja em caso de alguma doença, e a igreja deve ser sensível às necessidades de todos seus membros.
Tg 5:15 - A "oração da fé” não se refere à fé da pessoa doente, mas à fé da pessoa que ora. Deus cura; a fé, não, e todas as orações estão sujeitas à vontade de Deus. Mas a oração é parte do processo de cura que é concedido por Deus.
Tg 5:16 - Cristo possibilitou que fôssemos diretamente a Deus, em busca de perdão. Mas a confissão de nossos pecados, uns aos outros, ainda tem um importante lugar na vida da igreja. (1) Se tivermos pecado contra um indivíduo, devemos pedir que essa pessoa nos perdoe. (2) Se nosso pecado afetou a igreja, devemos confessá-lo, publicamente. (3) Se precisarmos de apoio afetuoso em nossa luta contra o pecado, devemos confessar esse pecado a pessoas que podem nos dar esse apoio. (4) Se duvidarmos do perdão de Deus, depois de confessarmos a Ele um pecado, pode ser que desejemos confessá-lo a um crente, para termos a certeza do perdão de Deus. No Reino de Cristo, cada crente é um sacerdote para outros crentes (1 Pe 2:9).
Tg 5:16-18 - O recurso mais poderoso de um cristão é a comunhão com Deus, por meio da oração. Frequentemente, os resultados são melhores do que imaginaríamos ser possível.
Algumas pessoas consideram que a oração é o último recurso a ser tentado, quando todo o resto falha. Esta abordagem está invertida. A oração deve vir em primeiro lugar. Como o poder de Deus é infinitamente maior que nosso, faz sentido confiar nele - especialmente, porque Deus nos encoraja a fazer isso.
Tg 5:20 - O livro de Tiago enfatiza a fé em ação. A vida correta é a evidência e o resultado da fé. A igreja deve servir com compaixão, falar com afeto e verdade, viver em obediência aos mandamentos de Deus, e amar, uns aos outros. O corpo de Cristo deve ser um exemplo do céu na terra, atraindo as pessoas a Cristo através do amor a Deus e do amor mútuo entre as pessoas.
Se verdadeiramente crermos na Palavra de Deus, nós a viveremos dia após dia. A Palavra de Deus não é meramente algo que lemos ou algo em que pensamos. A crença, a fé e a confiança devem ter mãos e pés - nossos!
FONTE: BICEAP
51 notes · View notes
tita-ferreira · 5 years ago
Link
O amanhã não está à venda
Por Ailton Krenak
POR EQUIPE ULTRAJANO - ABRIL 20, 2020
Parei de andar mundo afora, cancelei compromissos. Estou com a minha família na aldeia Krenak, no médio rio Doce. Há quase um mês, nossa reserva indígena está isolada. Quem estava ausente regressou, e sabemos bem qual é o risco de receber pessoas de fora. Sabemos o perigo de ter contato com pessoas assintomáticas. Estamos todos aqui e até agora não tivemos nenhuma ocorrência.
A verdade é que vivemos encurrala dos e refugiados no nosso próprio território há muito tempo, numa reserva de 4 mil hectares — que deveria ser muito maior se a justiça fosse feita , e esse confinamento involuntário nos deu resiliência, nos fez mais resistentes. Como posso explicar a uma pessoa que está fechada há um mês num apartamento numa grande metrópole o que é o meu isolamento? Desculpem dizer isso, mas hoje já plantei milho, já plantei uma árvore…
Faz algum tempo que nós na aldeia Krenak já estávamos de luto pelo nosso rio Doce. Não imaginava que o mundo nos traria esse outro luto. Está todo mundo parado. Quando engenheiros me disseram que iriam usar a tecnologia para recuperar o rio Doce, perguntaram a minha opinião. Eu respondi: “A minha sugestão é muito difícil de colocar em prática. Pois teríamos de parar todas as atividades humanas que incidem sobre o corpo do rio, a cem quilômetros nas margens direita e esquerda, até que ele voltasse a ter vida”. Então um deles me disse: “Mas isso é impossível”. O mundo não pode parar. E o mundo parou.
Vivemos hoje esta experiência de isolamento social, como está sendo definido o confinamento, em que todas as pessoas têm de se recolher. Se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, que estávamos ameaçados da ruptura ou da extinção do sentido da nossa vida, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda. Assistimos a uma tragédia de gente morrendo em diferentes lugares do planeta, a ponto de na Itália os corpos serem transportados para a incineração em caminhões.
Essa dor talvez ajude as pessoas a responder se somos de fato uma humanidade. Nós nos acostumamos com essa ideia, que foi naturalizada, mas ninguém mais presta atenção no verdadeiro sentido do que é ser humano. É como se tivéssemos várias crianças brincando e, por imaginar essa fantasia da infância, continuassem a brincar por tempo indeterminado. Só que viramos adultos, estamos devastando o planeta, cavando um fosso gigantesco de desigualdades entre povos e sociedades. De modo que há uma sub humanidade que vive numa grande miséria, sem chance de sair dela – e isso também foi naturalizado.
O presidente da República disse outro dia que brasileiros mergulham no esgoto e não acontece nada. O que vemos nesse homem é o exercício da necropolítica, uma decisão de morte. É uma mentalidade doente que está dominando o mundo. E temos agora esse vírus, um organismo do planeta, respondendo a esse pensamento doentio dos humanos com um ataque à forma de vida insustentável que ado tamos por livre escolha, essa fantástica liberdade que todos adoram rei vindicar, mas ninguém se pergunta qual o seu preço.
Esse vírus está discriminando a humanidade. Basta olhar em volta. O melão-de-são-caetano continua a crescer aqui do lado de casa. A natureza segue. O vírus não mata pássaros, ursos, nenhum outro ser, apenas humanos. Quem está em pânico são os povos humanos e seu mundo artificial, seu modo de funcionamento que entrou em crise.
É terrível o que está acontecendo, mas a sociedade precisa entender que não somos o sal da terra. Temos que abandonar o antropocentrismo; há muita vida além da gente, não fazemos falta na biodiversidade. Pelo contrário. Desde pequenos, aprendemos que há listas de espécies em extinção. Enquanto essas listas aumentam, os humanos proliferam, destruindo florestas, rios e animais. Somos piores que a Covid-19. Esse pacote chamado de humanidade vai sendo descolado de maneira absoluta desse organismo que é a Terra, vivendo numa abstração civilizatória que suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos.
Os únicos núcleos que ainda consideram que precisam se manter agarrados nessa Terra são aqueles que ficaram meio esquecidos pelas bordas do planeta, nas margens dos rios, nas beiras dos oceanos, na África, na Ásia ou na América Latina.Esta é a sub-humanidade: caiçaras, índios, quilombolas, aborígenes. Existe, então, uma humanidade que integra um clube seleto que não aceita novos sócios. E uma camada mais rústica e orgânica, uma sub-humanidade, que fica agarrada na Terra. Eu não me sinto parte dessa humanidade. Eu me sinto excluído dela.
Fomos, durante muito tempo, embalados com a história de que somos a humanidade e nos alienamos desse organismo de que somos parte, a Terra, passando a pensar que ele é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade. Eu não percebo que exista algo que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza.
Nós, a humanidade, vamos viver em ambientes artificiais produzidos pelas grandes corporações, que são os donos da grana. Agora esse organismo, o vírus, parece ter se cansado da gente, parece querer se divorciar da gente como a humanidade quis se divorciar da natureza. Ele está querendo nos “desligar”, tirando o nosso oxigênio. Quando a Covid-19 ataca os pulmões, o doente precisa de um respirador, um aparelho para alimentação de oxigênio,senão ele morre. Quantas máquinas dessas vamos ter de fazer para 7 bilhões de pessoas no planeta?
A nossa mãe, a Terra, nos dá de graça o oxigênio, nos põe para dormir, nos desperta de manhã com o sol, deixa os pássaros cantar, as correntezas e as brisas se moverem, cria esse mundo maravilhoso para compartilhar, e o que a gente faz com ele? O que esta mos vivendo pode ser a obra de uma mãe amorosa que decidiu fazer o filho calar a boca pelo menos por um ins tante. Não porque não goste dele, mas por querer lhe ensinar alguma coisa. “Filho, silêncio.” A Terra está falando isso para a humanidade. E ela é tão maravilhosa que não dá uma ordem. Ela simplesmente está pedindo: “Si lêncio”. Esse é também o significado do recolhimento.
Quem dera eu pudesse fazer uma mágica para nos tirar desse confina mento, que pudesse fazer todos sentirem a chuva cair. É hora de contar histórias às nossas crianças, de explicar a elas que não devem ter medo. Não sou um pregador do apocalipse, o que tento é compartilhar a mensagem de um outro mundo possível. Para com bater esse vírus, temos de ter primeiro cuidado e depois coragem.
Vemos algumas pessoas defenderem a manutenção da atividade econômica, dizendo que “alguns vão mor rer” e é inevitável. Esse tipo de abordagem afeta as pessoas que amam os idosos, que são avós, pais, filhos, irmãos. É uma declaração insensata, não tem sentido que alguém em sã consciência faça uma comunicação pública dizendo “alguns vão morrer”. É uma banalização da vida, mas também é uma banalização do poder da palavra. Pois alguém que fala isso está pronunciando uma condenação, tanto de alguém em idade avançada, como de seus filhos, netos e de todas as pes soas que têm afeto uns com outros. Imagine se vou ficar em paz pensando que minha mãe ou meu pai podem ser descartados. Eles são o sentido de eu estar vivo. Se eles podem ser descarta dos, eu também posso.
Governos burros acham que a eco nomia não pode parar. Mas a economia é uma atividade que os humanos inventaram e que depende de nós. Se os humanos estão em risco, qualquer atividade humana deixa de ter importância. Dizer que a economia é mais importante é como dizer que o navio importa mais que a tripulação. Coisa  de quem acha que a vida é baseada em meritocracia e luta por poder. Não podemos pagar o preço que estamos pagando e seguir insistindo nos erros.
Michel Foucault tem uma obra fantástica, Vigiar e punir, na qual afirma que essa sociedade de mercado em que vivemos só considera o ser humano útil quando está produzindo. Como avanço do capitalismo, foram criados os instrumentos de deixar viver e de fazer morrer: quando o indivíduo para de produzir, passa a ser uma despesa. Ou você produz as condições para se manter vivo ou produz as condições para morrer. O que conhecemos como Previdência, que existe em todos os países com economia de mercado, tem um custo. Os governos estão achando que, se morressem todas as pessoas que representam gastos, seria ótimo. Isso significa dizer: pode deixar morrer os que integram os grupos de risco. Não é ato falho de quem fala; a pessoa não é doida, �� lúcida, sabe o que está falando.
Desde muito tempo, a minha comunhão com tudo o que chamam de natureza é uma experiência que não vejo ser valorizada por muita gente que vive na cidade. Já vi pessoas ridicularizando: “ele conversa com árvore, abraça árvore, conversa com o rio, contempla a montanha”, como se isso fosse uma espécie de alienação. Essa é a minha experiência de vida. Se é alienação, sou alienado. Há muito tempo não programo atividades para “depois”. Temos de parar de ser convencidos. Não sabemos se estaremos vivos amanhã. Temos de parar de vender o amanhã.
Penso naqueles versos do Carlos Drummond de Andrade: “Stop./ A vida parou/ ou foi o automóvel?”. Essa é uma parada para valer. O ritmo de hoje não é o da semana passada nem o do ano novo, do verão, de janeiro ou fevereiro. O mundo está agora numa suspensão. E não sei se vamos sair dessa experiência da mesma ma neira que entramos. É como um anzol nos puxando para a consciência. Um tranco para olharmos para o que real mente importa.
Tem muita gente que suspendeu projetos e atividades. As pessoas acham que basta mudar o calendário. Quem está apenas adiando compromissos, como se tudo fosse voltar ao normal, está vivendo no passado. O futuro é aqui e agora, pode não haver o ano que vem. Ninguém escapa, nem aquelas pessoas saindo de carro importado para mandar seus empregados voltarem ao trabalho, como se fossem escravos. Se o vírus pegá-los, eles podem morrer, igual a todos nós. Com ou sem Land Rover.
As cidades são sorvedouros de energia: se faltar eletricidade, as pessoas morrem fechadas nos seus apartamentos, sem conseguir descer. Não tivemos capacidade crítica para pensar as consequências de uma crise sanitária nos grandes centros urbanos, e preciso confessar que tenho do de quem vive nessas metrópoles. Muitas pessoas vivem sozinhas nesses centros, deixamos de ser sociais porque estamos num local com mais 2 milhões de pessoas.
Em artigo que li sobre a pandemia, o sociólogo italiano Domenico De Masi cita a obra profética A peste, de Albert Camus: a peste pode vir e ir em bora sem que o coração do homem seja modificado. Ele cita um trecho inteiro do romance em que o personagem diz algo assim: o bacilo que trouxe aquela mortandade, que parece que tinha sido dominado, podia continuar oculto em alguma dobra, algum corri mão, janela, poltrona, só esperando o dia em que, infortúnio ou lição aos homens, a peste acordará seus ratos para mandá-los morrer numa cidade feliz.
Tomara que não voltemos à normalidade, pois, se voltarmos, é porque não valeu nada a morte de milhares de pessoas no mundo inteiro. Depois disso tudo, as pessoas não vão que rer disputar de novo o seu oxigênio com dezenas de colegas num espaço pequeno de trabalho. As mudanças já estão em gestação. Não faz sentido que, para trabalhar, uma mulher tenha de deixar os seus filhos com outra pessoa. Não podemos voltar àquele ritmo, ligar todos os carros, todas as máquinas ao mesmo tempo.
Seria como se converter ao negacionismo, aceitar que a Terra é plana e que devemos seguir nos devorando. Aí, sim, teremos provado que a humanidade é uma mentira.
4 notes · View notes
femininonomaracatu · 5 years ago
Text
1/2
Quando criança eu costumava viajar para a Bahia com os pais e o trajeto durava entre dois a três dias. Fazia sete anos que não embarcava para uma viagem tão longa. Esse ano parti pela segunda vez sozinha para Recife em um trajeto que dura exatamente três dias. Eu poderia escrever um livro apenas com os acontecimentos que ocorrem dentro dos ônibus. Um dia conto sobre a primeira viagem, mas agora vamos partir para a minha segunda ida pra Recife que aconteceu no dia 24 de setembro.
Saí de Santa Bárbara d’Oeste/ SP com uma mala, uma mochila com os itens pessoais e trocas de roupas para três dias, e uma bolsa térmica com alimentos secos e água.
Iniciei a viagem embarcando na rodoviária do Tietê. Conheci algumas pessoas que iam pra Pernambuco, mas haviam dois ônibus para o mesmo horário e um deles com destino a Garanhuns/ PE.
Nos dias de embarque eu sempre conheço alguém pois chego cedo na plataforma. Dessa vez eu conheci um senhor que estava indo embora pra sua terra com muita bagagem. Sua esposa estava a sua espera e suas filhas que não aceitam a esposa também. Entre conversas ele atendia ligações dizendo que estava indo embora, avisava os amigos que gostaria de ser recepcionado e encontrá-los... ficamos alguns minutos sentados juntos, quando precisávamos ir ao banheiro olhávamos a mala um do outro e quando o ônibus chegou partimos para filas diferentes.
Durante o percurso tiveram várias paradas em cidades e estados diferentes. A cada parada o ônibus enchia mais. O primeiro dia costuma ser tranquilo, as pessoas conversam pouco e dormem muito. Mas a partir do segundo dia as pessoas já estão conversando entre si e essa viagem foi bem divertida porque havia a galera do “fundão”. Foram três dias de brincadeiras, risadas e até xaveco. Uma senhora embarcou sozinha, mas desembarcou acompanhada.
As poltronas da frente costumam ser ocupadas por idosas e sempre tem uma evangelizando, mas essa viagem foi surpreendente porque havia uma senhora que votou no Bolsonaro sentada ao lado de uma petista. Aconteceram várias discussões políticas e foram muito interessantes.
Conversei brevemente com algumas mulheres sobre minha vida. Fizemos muitas trocas. Conheci uma mãe que estava embarcando com suas duas filhas e um filho. Seu antigo companheiro lhe tirou da sua cidade com suas crianças para morarem juntos, porém ao chegar no outro estado ele abandonou ela e voltou com a antiga esposa. Agora a mãe estava voltando pra casa com seus filhos e muitas dívidas.
Conheci um motorista de ônibus aposentado. Ele me mostrou a casa que está construindo em Minas Gerais e nessa viagem estava indo pra sua outra casa na Bahia. Esse senhor era casado com uma professora que dá aula para crianças especiais e ele me contou algumas situações que já ocorreram na escola. Ele também me mostrou a fotografia da sua filha que mora no interior de São Paulo. Essa filha é de outro casamento e sua atual esposa não aceita que ele tenha contato.
Também havia uma senhora evangélica que tem um marido com Alzheimer e ela viaja como missionária entregando doações. Essa senhora era muito gentil e as vezes eu tentava auxiliar ela com os carregadores de celular. É importante ressaltar que esses ônibus pra Recife não possuem ponto de energia. A cada parada todos saem a procura de pontos de energia pra carregar os celulares e nem sempre tem espaço pra todos. É preciso conciliar 20 minutos entre: ir ao banheiro, comprar alimentos e carregar o celular. Parece muito tempo mas quando se está nessa situação é quase um “Se vira nos 30”.
Foram três longos dias no ônibus que poderiam ter sido minimizados se não houvesse ocorrido um acidente na Bahia. Ficamos quatro horas parados no meio da BR sem sinal nos celulares e longe do nosso ponto de parada para realizar a refeição. Senti muito medo, pois me senti exposta, com receio de assalto, acidente. Mas quando o trânsito foi liberado tudo ficou sob controle.
Cheguei em Recife dia 26 de setembro com as piores notícias possíveis. Antes mesmo de desembarcar as pessoas começaram a me alertar sobre os perigos da capital. Eu juro que nessa hora eu pensei: meu Deus! O que eu fiz! A partir daí vivi uma luta constante para conseguir me deslocar por Recife.
Dentro do ônibus as mulheres já me orientaram sobre os assaltos nos ônibus, nos metrôs e até mesmo na rodoviária onde iria desembarcar. Já comecei fazer ligações para me buscarem quando chegasse, mas foi um azar atrás do outro. Cheguei e fiquei meia hora sozinha, cheia de mala e estressada. Estava ansiosa, sem dormir e esperando há mais de três dias para estar no Pina. A impaciência crescendo, motorista demorando e o desespero aumentando... até que o motorista chegou e fez eu andar com todas as minhas malas até o segundo andar. Nessa hora eu já estava chorando por dentro.
1 note · View note
Photo
Tumblr media
Cervejinha e barzinho: Por que o brasileiro ama falar no diminutivo
 Eu estava no Brasil havia menos de 24 horas quando me revelaram um segredinho. Em um barzinho, quando o sol se punha, um novo amiguinho brasileiro que conheci no meu hostel no Rio de Janeiro tinha uma garrafa gelada de cerveja Antarctica na mão.
Conversando sobre a noite que teríamos pela frente, ele nos serviu a bebida e me disse: "Se você quiser falar com uma garota hoje à noite, não a chame para tomar uma cerveja; pergunte se ela gostaria de uma cervejinha. Ela vai adorar se você usar essa palavra".
E foi assim que fui apresentado à fofa, porém complicada conversinha brasileira.
Não falo daqueles papinhos gentis sobre o tempo, mas do hábito que os brasileiros têm de usar diminutivos para dar um charme às suas frases, adicionando o sufixo inho/inha ou zinho/zinha.
Para muitos brasileiros, é como se uma montanha de diminutivos mudasse o sabor de suas palavras nesse processo.
 Lembrança da infância
A meteorologista Carine Malagolini, de São Paulo, diz que os diminutivos são uma forma de conversa infantil que os brasileiros nunca deixaram para trás.
"Usamos muitos diminutivos e muitas vezes sem perceber. Eu acho que o uso deles veio da infância, porque nós ouvíamos e conversávamos assim com nossos pais. Por exemplo, eles perguntavam 'Você quer uma bananinha?'", diz.
Literalmente, os inhos e inhas fazem as coisas serem menores, efetivamente suavizando uma palavra, tornando-a fofa e gentil. E enquanto em inglês diminutivos são vistos como algo infantil (gatinho, cãozinho, mamãezinha), todo mundo no Brasil, de políticos a médicos, utiliza-os sem qualquer indício de ironia.
Para um país tão famoso por suas grandes coisas - a Amazônia, o Cristo Redentor e o Carnaval - o Brasil pode, de uma forma engraçada, ser considerado a terra dos diminutivos.
Praticamente nenhuma palavra está imune à diminuição.
 Contexto é importante
Mas logo descobri que os diminutivos podem acrescentar todo tipo de significado oculto que pode fugir à percepção de um estrangeiro.
Contexto é tudo nessa dança linguística. Como meu novo amigo brasileiro depois me explicou, usar "cervejinha" em vez de "cerveja" implicava um convite inocente e amistoso, sem nenhuma intenção de se embebedar até tarde da noite e tudo o que isso envolve. "Genial", pensei. "Um sufixo pode dizer tudo isso?"
O linguista da Universidade de Brasília Marcos Bagno explica: "O diminutivo em 'inho' e 'inha', além de indicar o tamanho pequeno de algo, traz uma sensação de bondade e afeição - muito característicos do espírito brasileiro".
A advogada Suzana Vaz, do Rio de Janeiro, é uma das muitas brasileiras que adoram usar diminutivos. Antes de falarmos deste hábito linguístico, ela admitiu que nunca tinha realmente notado o quanto ela os usava. E explicou que "pessoas doces geralmente falam assim".
"Então, quer dizer que você é doce ou que os brasileiros são em geral?", perguntei.
"Os brasileiros são mais calorosos, amorosos. Eles gostam de contato, do corpo a corpo. Eles são vivazes. Falar no diminutivo é uma forma de carinho na maior parte do tempo, é a suavidade na fala ", disse ela.
 Esperar um minutinho é uma eternidade
O engraçado dos diminutivos no Brasil é que eles muitas vezes suavizam tanto o significado das palavras que acabam dando a elas um sentido oposto.
Como quando minha namorada brasileira me pediu para "esperar só um minutinho" enquanto ela se arrumava. Depois de esperar mais 15 desses alegados pequenos minutos, perguntei como ela poderia dizer um "minuto" como "um minutinho" com a consciência tranquila.
"Mas isso faz com que esses minutos passem mais rápido", ela me assegurou com um sorriso amoroso, o diminutivo saindo de sua língua como se pudesse dobrar o tecido do espaço e do próprio tempo.
Da mesma forma, uma vez fui convidado para uma festa em uma "casinha". Algum tempo depois, meu Uber estacionava em frente a uma mansão de quatro andares com uma piscina.
"Bela 'casinha'", eu disse ao dono. "Ah, sim", ele riu. "Isso não significa que a casa é pequena, significa que é um lugar aconchegante onde você deve se sentir confortável e bem-vindo."
E no verdadeiro estilo brasileiro, em meio a uma noite de risadas e dança com um bando de estranhos, me senti em casa.
E apesar do que eu disse anteriormente, a chamada "cervejinha" normalmente se transforma em uma mesa cheia de garrafas vazias no fim da noite.
Com exemplos como esses se acumulando, comecei a entender o fato de que usar diminutivos no Brasil pode ser tanto uma maneira divertida de falar quanto literal.
O professor de português Jean Fonseca, da escola de idiomas Caminhos, nota que há casos de diminutivos que se transformaram em outras palavras.
Camisa é a palavra para a peça de roupa em português, então, camisinha naturalmente levaria você a acreditar que é uma camisa menor. Errado. No Brasil, camisinha é, na verdade, o nome popular do preservativo para o sexo. "[O nome camisinha] foi usado como uma estratégia para popularizar o preservativo entre as pessoas", fala Fonseca.
"O nome original de 'preservativo' foi apelidado de 'camisa de Vênus' por causa da deusa romana do amor. E aí se tornou 'camisinha'."
 Poder de mudar as coisas
Mas os diminutivos no Brasil também têm seu lado subversivo. Tal é o seu poder que eles podem fazer algo ruim soar como algo bom, algo rude soar como algo agradável e algo chato soar como algo divertido.
Em nenhum lugar eu notei brasileiros tirarem mais proveito disso do que com apelidos.
Descobri isso quando visitei a pequena cidade costeira de Rio das Ostras, a algumas horas de carro do Rio. É um lugar onde gringos loiros como eu não são tão comuns, me transformando um pouco em uma novidade.
Enquanto conversava com uma moradora local sob as árvores frondosas de um quiosque à beira-mar devorando pastéis de carne deliciosamente crocantes, ela disse que sempre quis conhecer seu próprio Gasparzinho. "Um o quê?", perguntei, incapaz de decifrar prontamente esse diminutivo.
Ela pegou o celular, foi até as imagens do Google e tirou uma foto de Gasparznho, o fantasma do desenho infantil. Eu comecei a rir.
Ser chamado de branco fantasmagórico pode não ser o maior elogio para um australiano, mas era mais fácil aceitar isso quando falado dessa maneira.
Diminutivos também podem ser pejorativos, dependendo do nível de maldade na língua.
Como o linguista Bagno me disse: "Também pode ser uma maneira de menosprezar uma pessoa", observando que os alunos se referem a um professor de quem não gostam como "professorzinho".
Os brasileiros também usam diminutivos para se safar, como uma maneira indireta de dizer algo não totalmente lisonjeiro.
O exemplo mais famoso disso é o bonitinho/a.
No começo, imaginei que isso era um elogio e, dependendo da situação, pode mesmo ser. Mas no léxico brasileiro também é transformado para se referir a alguém que talvez não seja o mais bonito da sala, mas que tenha seu próprio charme.
Pode ser o jeito que uma mulher diz "ele é um cara legal, mas eu não estou interessada", ou "bonitinho, mas mais como irmão".
Um dos escritores contemporâneos mais famosos do Brasil, Luís Fernando Veríssimo, resumiu toda essa situação confusa em seu ensaio "Diminutivos", quando escreveu sobre a "obsessão de seu país de reduzir tudo à menor dimensão, seja café, cinema ou vida".
"O diminutivo é uma maneira afetuosa e cautelosa de usar a linguagem. Carinhoso porque costumamos usá-lo para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E cauteloso porque também o usamos para desarmar certas palavras que, em sua forma original, são muito ameaçadoras", escreveu.
O que eu aprendi durante o meu tempo no Brasil é que você não pode levar esses diminutivos ao pé da letra, literalmente, mas deve usá-los à vontade.
Quando faz isso, está realmente no caminho certo para falar como um brasileiro.
E se você estiver no Brasil procurando praticar esse tipo de conversinha fofa, mas complicada, lembre-se do primeiro passo: peça a eles para fazerem isso com uma cervejinha. Praticamente ninguém no Brasil dirá não a isso.
Lost in Translation é uma série da BBC Travel que explora encontros com idiomas e como eles são refletidos em um lugar, em pessoas e na cultura.
 Fonte: Por Ian Walker, para  BBC Travel
0 notes
politicandobrasil · 4 years ago
Text
Desastre anunciado: Bia Kicis trava a comissão mais importante da Câmara
Dia 13 de abril, 13 horas. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), dá início ao que deveria ser um dia intenso de trabalho. Estão previstas as análises de treze itens pela comissão mais importante da Câmara. Mas ela se atrapalha já no início. Gagueja com uma solicitação banal, cochicha pedidos de ajuda aos assessores e se perde com as ações protelatórias da oposição. Antes mesmo de avançarem para a primeira discussão, os deputados gastam uma hora e vinte minutos repudiando falas dos colegas Éder Mauro (PSD-PA) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) consideradas ofensivas às mulheres. Em seguida, mais quarenta minutos são desperdiçados com o debate de um item que já havia sido retirado da pauta. Para quem acompanha a área sob a chefia de Kicis, o resultado não espanta: outra sessão termina sem nenhum progresso nas pautas. Seria cômico, não fosse trágico para o país. A principal função da CCJ, que tem 66 deputados, é atestar a legalidade e a constitucionalidade dos projetos de lei que tramitam na Câmara — ou seja, decide se as iniciativas seguirão para o plenário ou se serão arquivadas. Na fila atual há temas fundamentais para o Brasil, como a reforma administrativa.
A paralisia de Kicis vem basicamente da junção da sua falta de experiência com o fato de ter sido alçada ao comando de um colegiado composto de políticos experientes na arte da obstrução. Como deputada de primeiro mandato, mais afeita a mexer no Twitter do que a legislar, ela claramente desconhece o regimento. Não sabe quando pode ou não cortar os opositores, que há um mês exploram todos os instrumentos para emperrar as votações. Um recurso protelatório clássico é a apresentação de questões de ordens, expediente bastante utilizado por Maria do Rosário (PT-RS), uma das mais ativas na operação — ela insiste, por exemplo, que a comissão só vote projetos relativos à Covid-19, mesmo com a presidente dizendo que não havia nada nesse sentido pronto para ser votado. Fernanda Melchionna (PSOL-RS) apresentou questão de ordem para exigir que Kicis usasse a máscara mesmo quando estivesse falando — a presidente rebateu, e o imbróglio deu início a outra longa discussão. Outra arma é provocar os bolsonaristas, como em 31 de março, quando a oposição teceu longas críticas ao golpe de 1964 e, com o debate, enrolou mais uma sessão. Dessa forma, em seu primeiro mês, Kicis aprovou apenas cinco proposições — desempenho muito inferior ao dos antecessores. No mesmo período, Felipe Francischini (PSL-PR) votou 26, Daniel Vilela (MDB-GO), 29, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), 34.
Tumblr media
VIAGEM - Carla Zambelli: ela quer apurar crime ambiental na Venezuela –./Divulgação
O fato de ser uma das principais militantes da ala ideológica do bolsonarismo também atrapalha. Investigada pelo STF no inquérito dos atos antidemocráticos, Kicis não controla os ânimos de outros novatos do PSL, que são arrastados pela oposição para intermináveis debates sobre o significado da palavra “genocida”, por exemplo. Fora da comissão, o comportamento da deputada é igualmente problemático. Nas últimas semanas, chegou a pedir um levante policial contra o governo da Bahia após um soldado em surto ter sido morto por colegas — em seguida, apagou o post. Também se dedicou nos últimos dias a defender a tese da volta do voto impresso, um fetiche que embala os bolsonaristas, incluindo o presidente. Essas intervenções ideológicas da deputada dão combustível à oposição nas sessões. No dia 12, deputados de esquerda reclamaram com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), da dificuldade da deputada em assumir um papel neutro na CCJ. Lira assentiu com os comentários e disse que já havia pedido moderação. Em conversas com aliados, já confidenciou que considera a atuação de Kicis péssima. Deputados do Centrão concordam com as críticas.
Embora seja aliada, o desempenho de Kicis na comissão pode se transformar em um problema para o governo. A ideia da oposição é obstruir ao máximo os trabalhos para impedir a tramitação da reforma administrativa, apontada como prioridade pela própria Kicis. O relator, Darci de Matos (PSD-SC), postergou a apresentação do relatório duas vezes, mas diz que pretende aprovar o projeto no plenário ainda neste ano, o que parece cada vez mais difícil. “A demora em resolver essa questão nos obriga a conviver mais tempo com supersalários, privilégios e serviços públicos de baixa qualidade”, afirma Paulo Uebel, ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, que elaborou o projeto. Um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP) estima que o impacto fiscal com a sua aprovação pode alcançar 403,3 bilhões de reais até 2034.
O quadro na CCJ não chega a surpreender ninguém, já que a indicação de Kicis foi cercada de resistências, inclusive no seu partido. Ela foi escolhida pelo PSL após um acordo da ala bolsonarista com o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), que assumiu a 1ª Secretaria da Câmara. Além dela, o PSL deu mais uma comissão importante, a de Meio Ambiente, a outra representante do grupo ideológico. Carla Zambelli (PSL-SP) já admitiu ser leiga no assunto — disse que ignora o que seja grilagem de terras — e durante uma viagem a Roraima afirmou que o colegiado vai apurar supostos “crimes ambientais cometidos na Amazônia venezuelana” (como se o desmatamento nas florestas brasileiras já não fosse preocupante). São dois exemplos claros de que, mesmo no jogo normal das negociações políticas, é preciso ser criterioso para não entregar tarefas relevantes a gente que talvez não esteja preparada. O resultado, por enquanto, é falta de foco e inaptidão para lidar com temas tão sérios para o país.
Publicado em VEJA de 21 de abril de 2021, edição nº 2734
Mais lidas
PolíticaPolíticaBolsonaro está no limite de suas forças
BrasilBrasilImpeachment de Bolsonaro? Um conselho de Temer
BrasilBrasilCaso Henry: Quem é a avó que omitiu à polícia as agressões de Dr. Jairinho
EconomiaEconomiaBrasil dá calote em dívida com banco de fomento e Guedes recebe cobrança
Leia mais
PolíticaPolíticaCPI da Pandemia esquenta os ânimos entre Executivo e Judiciário
PolíticaPolíticaCastro, o vice invisível que assumiu governo do Rio, está de olho em 2022
PolíticaPolíticaVeja Essa: Mick Jagger, Marco Aurélio e Eduardo Bolsonaro
PolíticaPolíticaRicardo Salles: “Contrariamos interesses”
Continua após a publicidade
The post Desastre anunciado: Bia Kicis trava a comissão mais importante da Câmara first appeared on Politicando Brasil.
from WordPress https://ift.tt/3mVGFQO via IFTTT
0 notes
carolinagoma · 4 years ago
Text
O Assunto #274: A corrida por meteoritos no sertão nordestino
Tumblr media
No semiárido pernambucano, Santa Filomena, cidade de 14 mil habitantes, foi atingida por uma chuva de meteoritos. O fenômeno atraiu pesquisadores e até caçadores de diversas partes do mundo - as pedras valem até R$ 40 por grama. Você pode ouvir O Assunto no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. No semiárido pernambucano, onde pouco chove, o município de Santa Filomena, a mais de 600 km de Recife, viu cair pedras do céu. Era chuva, mas de meteoritos. Fragmentos do espaço, que podem ser mais antigos do que a própria Terra, surpreenderam a população de 14 mil habitantes e atraíram pesquisadores e caçadores de diversas partes do mundo. Todos em perseguição às pedras, que valem muito dos pontos de vista científico (dada suas composições químicas singulares) e financeiro (o valor do grama chegou a ser comercializado por R$ 40 – e uma das rochas pesa 38 kg). Neste episódio, Márcio Gomes conversa com a repórter do G1 Lais Modelli, que revelou a história da corrida pelas pedras e os problemas jurídicos para definir quem são os donos legais dos meteoritos. Em sua apuração, Lais falou com moradores, pesquisadores, caçadores e autoridades – recebeu telefonema até do ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações. Participa também o astrônomo Antônio Carlos Miranda, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que luta para manter os meteoritos em Santa Filomena e desenvolver um polo científico na cidade. O que você precisa saber: Pesquisadores e 'caçadores' internacionais disputam meteoritos após chuva de pedras no sertão pernambucano 'Não sabemos o que fazer', diz prefeito da cidade no sertão pernambucano que atraiu 'caçadores' de meteoritos após chuva de pedras 'Virou um pesadelo', diz esposa de homem que encontrou meteorito de 38 kg na divisa entre Pernambuco e Piauí Meteoritos que caíram no Sertão de PE são da época da formação do sistema solar, dizem pesquisadoras da UFRJ Corrida por meteoritos deve motivar regulamentação do tema, diz ministro da Ciência O podcast O Assunto é produzido por: Rodrigo Ortega, Gessyca Rocha, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Giovanni Reginato, Mônica Mariotti e Renata Bitar. Apresentação: Márcio Gomes. Comunicação/Globo O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia... Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça - e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado. Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
0 notes
dietasdicas1 · 4 years ago
Text
A ciência da sopa
Foi em uma conversa na cozinha, entre os preparativos para a celebração do Ano-Novo judaico, que o professor de medicina Stephen Rennard, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, teve a ideia de investigar os efeitos da canja de galinha. Sua esposa, Barbara, seguia os passos da receita da avó e recitava os apregoados benefícios do prato contra resfriados. Na panela, além da ave, borbulhavam cebola, batata-doce, cenoura, aipo, folhas de nabo e temperos. A fama dessa sopa é antiga e transpõe culturas. Curandeiros no século 12 já prescreviam aos doentes caldos de frango — que, muito tempo depois, foram até apelidados de penicilina, em referência ao primeiro dos antibióticos.
No laboratório especializado em doenças pulmonares do doutor Renard, ele e sua equipe botaram a canja à prova. E viram no microscópio, em experimentos com células, que o preparo e seus nutrientes conseguiram inibir os neutrófilos, um grupo celular do nosso sistema imune que fica nas alturas diante de uma infecção. Ao abrandá-los, a tendência é controlar a inflamação e atenuar sintomas como a moleza e a dor no corpo. “Mas não testamos tudo isso em pessoas”, adianta-se o pesquisador, cujos achados foram publicados no reputado periódico Chest. Ainda assim, é como se a sabedoria das avós começasse a ganhar a chancela da ciência.
Já se sabia que uma boa canja oferece uma porção de substâncias bem-vindas à imunidade, caso de proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes. Mas tem um ingrediente extra que pode até ser difícil de mensurar nos estudos: o bem-estar emocional desencadeado ao saborear o conteúdo da tigela fumegante, em geral na companhia da família.
Em artigo publicado na mesma revista científica, intitulado Sopa de Galinha em Tempos de Covid-19, Rennard destaca exatamente esse aspecto: “Feita em um processo demorado e amoroso, a receita pode fornecer verdadeiro apoio psicossocial”. Ele não deixa de sublinhar a necessidade de pesquisas rigorosas para comprovar os efeitos de qualquer solução destinada a melhorar a saúde ou nos defender durante a pandemia. A propósito, o professor argumenta que, sozinha, nenhuma sopa previne ou cura o problema. Mas, continua, “é importante reconhecer que o cuidado com doentes envolve mais do que remédios”. Sim, ele fala de carinho e interação social.
“Um prato de sopa traz conforto emocional, desencadeia sensações de prazer, de satisfação e de segurança”, concorda o nutricionista João Motarelli, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Consumir um caldo que traga lembranças gostosas e alívio em meio à rotina ou a uma indisposição faz bem ao corpo e à mente — e não são poucas as evidências conectando o estado psicológico à imunidade e à propensão a diversas encrencas.
Uma típica canja traz arroz em sua fórmula e tem origem asiática. Há relatos de que surgiu na Índia e se resumia à mistura do cereal com água. Outros apontam para a China. Veio parar aqui com os portugueses e virou sucesso. Contam que dom Pedro II era um grande apreciador e que, por sua influência, a receita passou a figurar em menus finos com o nome de “Sopa do Imperador” ou “Canja à la Brésilienne”. Mas nem só de canja forramos a barriga e a alma.
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Alguns historiadores afirmam que a sopa é o prato mais antigo de que se tem notícia. Teria surgido quando o homem das cavernas começou a misturar a água com vegetais em vasilhas de pedra. Com a descoberta do fogo, os preparos ganharam novos ingredientes e sabores… E avançaram pelo tempo e pelo espaço. A chef Giovana Nacaratto, curadora do Festival Comida de Feira, em Caruaru (PE), conta que a origem da gastronomia tem tudo a ver com sopas. “O nome ‘restaurante’ vem de certos caldos, que eram considerados restauradores”, explica. No século 18, alguns estabelecimentos vendiam tais refeições a fregueses que se sentiam debilitados.
Continua após a publicidade
O apelo saudável de cremes, caldos e sopas não perdeu a atualidade. Para Milza Moreira Lana, da Embrapa Hortaliças, em Brasília, eles representam uma senhora oportunidade de incluir mais verduras e legumes no dia a dia. “Vale experimentar ingredientes e temperos, sem medo de arriscar”, indica a pesquisadora, que faz parte do projeto Hortaliça Não É Só Salada. Caprichar no caldo que serve de base à receita é uma das primeiras lições a quem vai se aventurar. Tradicionalmente, aparecem como opções carcaças de aves, cabeças de peixes, pedaços de carne com osso e legumes. “E entram também os vegetais aromáticos, como cebola, cenoura, salsão, alho-poró e louro”, enumera o chef de Curitiba Ken Francis Kusayanagi, professor do Senac EAD.
Um truque para garantir sabor é mergulhar os ingredientes primeiro em água fria. Dessa maneira, o processo de desnaturação das proteínas ocorre mais vagoroso, o que resulta em líquidos mais ricos e gostosos. Alguns macetes culinários favorecem a biodisponibilidade dos nutrientes, ou seja, a absorção pelo nosso organismo. “Boas fontes de gordura, caso do azeite de oliva, melhoram o aproveitamento do licopeno vindo do tomate”, exemplifica a nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região (CRN-3). Pura química.
É assim que aproveitamos também os efeitos dessas substâncias na redução do risco de doenças crônicas. E o que vale para o tomate vale para a cebola. A senhora dos anéis é estrela de uma sopa consagrada mundo afora. Reza a lenda que foi o sogro do rei francês Luís XV que criou a receita, uma das prediletas no Palácio de Versalhes. Não bastasse encantar o olfato e o paladar, a cebola oferece poderosos antioxidantes como a quercetina e os frutooligossacarídeos (FOS), um grupo de fibras que zela pela microbiota intestinal. Na forma clássica da culinária francesa, a preparação é coberta com queijo e levada ao forno para gratinar. É ou não é para degustar e se sentir feito majestade?!
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Fotos: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Vanderli Marchiori, nutricionista e fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia (Apfit), explica que, durante o preparo da sopa, alguns fitoquímicos da cebola (e de outras hortaliças) migram para o caldo. Na tigela ou no prato fundo, portanto, você não precisa se preocupar com as perdas. O calor do fogo faz com que parte da água do interior das células vegetais se converta em vapor e libere seus sucos e compostos benéficos. Se o cozimento for devagar, em panela tampada, além de manter os nutrientes, o sabor tende a ficar adocicado e suave. Quando a cebola é frita, por sua vez, suas proteínas e carboidratos interagem numa reação conhecida como de Maillard. O resultado é a coloração dourada e o gosto mais intenso. “Uma sugestão, inclusive para enriquecer e enfeitar outras receitas, é refogá-la rapidamente em azeite, junto do alho, e despejar por cima, bem na hora de servir”, dá a dica Vanderli.
Um ensinamento clássico dos chefs de cozinha é respeitar o tempo de cada ingrediente. Feijões e outras leguminosas, secos e duros, têm de ser cozidos primeiro; as verduras, molinhas, são postas por último. O corte dos alimentos também faz a diferença: pedaços grandalhões demoram a cozinhar, enquanto os miudinhos ficam macios rapidamente. Há quem defenda o mínimo de manipulação possível, mas cuidado com ideias radicais, por favor. A nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, em São Paulo, recomenda picar os vegetais imediatamente antes de incluir na receita para inibir o processo de oxidação e minimizar prejuízos nutricionais. Também convém adicionar pouca água para cozinhar, uma vez que as hortaliças já são compostas de líquidos. O chuchu é o melhor exemplo.
“Há preparações que pedem consistência mais firme, especialmente nas receitas com origem na culinária asiática”, observa o professor Kusayanagi. Aliás, os japoneses são notáveis consumidores de sopas. Uma análise publicada no The Journal of Nutrition aponta um elo entre os hábitos alimentares e a longevidade na terra do sol nascente. Entre os destaques da culinária local, está o missoshiro, um caldo de peixe e algas com pasta de soja. Juliana Watanabe, chef e nutricionista da NutriOffice, na capital paulista, comenta que o padrão dietético japonês diminui o risco de doenças cardiovasculares. “Além disso, sua culinária é muito enraizada culturalmente, o que fortalece esse costume alimentar ao longo das gerações”, avalia. A sopa de missô frequenta o cardápio da nutri e traz os ensinamentos da batian, sua avó, que viveu até os 104 anos. “Ela incluía algas desidratadas, cenoura raladinha, tofu e acrescentava um ovo inteiro para cozinhar como pochet”, revela.
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Para ser considerada refeição completa, a receita de sopa precisa ter uma proporção de nutrientes adequada. “Deve haver espaço para proteína, que pode ser tanto vegetal quanto animal”, ensina a nutricionista Lara Natacci, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban). Carboidratos, vindos de grãos, tubérculos e raízes, não devem faltar, pois garantem energia ao corpo e dão consistência ao prato. Já azeite de oliva, castanhas e sementes oferecem uma dose de gordura da boa. E, claro, as hortaliças completam a fórmula com suas cores, fibras, vitaminas e minerais.
Continua após a publicidade
Expert em comportamento alimentar, Lara diz que não é raro seus pacientes comentarem que ficam com fome quando o jantar se resume a uma tigela de caldo de vegetais. “É que é essencial ter uma fonte proteica para atingir a sensação de saciedade”, reforça. Pode ser feijão, peixe, a galinha da canja… Dentro de um cardápio equilibrado, as sopas podem, inclusive, favorecer o controle do peso, como indica um estudo do British Journal of Nutrition. “Mas tudo depende da composição das receitas e dos hábitos como um todo”, pondera Lara.
Presentes em todas as culinárias, sopas podem servir a todos os gostos. Desde as primeiras papinhas do bebê até os jantares dos idosos. E por que se convencionou dizer por aí que elas se prestam mesmo a refeições noturnas? A pesquisadora Milza Lana conta que, certa vez, quando morava na Holanda, uma de suas anfitriãs estranhou esse hábito tão brasileiro. “Lá eles tomavam sopa no almoço e também em dias mais quentes”, lembra. Receitas frias, aliás, são muito populares na Europa. O gaspacho espanhol, que leva tomate, cebola e pão, é dos mais festejados. Há ainda a borscht, feita de beterrabas e originária do Leste Europeu, que também pode ser servida quente. Sem contar as refrescantes misturas de pepino com iogurte, que acalmam o estômago e esfriam a cabeça.
Relacionadas
Mais Lidas
AlimentaçãoSopa de espinafre para baixar a pressão17 dez 2015 – 09h12
AlimentaçãoAlimente-se sem perder o controle20 jun 2020 – 09h06
MedicinaO livro que mostra como funciona a fantástica fábrica da imunidade29 jan 2020 – 09h01
AlimentaçãoCebola: benefícios e com o que mais combina9 Maio 2017 – 18h05
MedicinaMedicina1Remédios para o colesterol podem ajudar no tratamento da Covid-19
MedicinaMedicina2Ivermectina: o que sabemos sobre seu uso contra o coronavírus
MedicinaMedicina3A transmissão do coronavírus por pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas
MedicinaMedicina4É possível pegar o coronavírus mais de uma vez?
Independentemente da temperatura, o importante é lançar mão de ingredientes da melhor qualidade para extrair saúde e sabor. E o recado é o mesmo para quem vai usar as sobras de carnes, pescados e vegetais. Uma amostra de sucesso é o minestrone dos italianos, baseado em um mix de legumes. “Falamos de um preparo sustentável, que pode ser elaborado com aquilo de que dispomos na geladeira e na despensa. Basta usar a criatividade”, afirma Lara.
No século 21 de tanto prato pronto, Juliana Watanabe acredita que, com a (re)descoberta da cozinha, as pessoas precisam vencer o medo e a inércia e se arriscar. Inclusive com as especiarias. Já testou o gengibre, que casa tão bem com a abóbora e enriquece a receita com substâncias digestivas e que dão um chega pra lá nos enjoos? A mesma ousadia se aplica aos acompanhamentos. Ainda que o pão pareça o par perfeito ao creme de ervilha, há quem cubra o prato com pipocas, por exemplo. Além de dar um toque lúdico, elas contribuem com fibras, aliadas do funcionamento intestinal. Cogumelos do tipo shimeji também podem dar o ar da graça e, de quebra, nos presentear com lentinans, compostos parceiros do sistema imune.
Escarafunchar a riqueza culinária brasileira é outra boa pedida. “Que tal trocar a couve por taioba, vez ou outra?”, desafia Milza, citando uma folha do grupo das Pancs (plantas alimentícias não convencionais). Ou experimentar o tacacá, iguaria indígena feita de mandioca e jambu, espécie que causa dormência na boca. Sorver um copo de caldo de mocotó, que tem como matéria-prima o colágeno da pata do boi, é revigorante. “Muitos sertanejos têm o costume de tomá-lo após um dia de trabalho”, conta Giovana Nacaratto. “É como um abraço quentinho”, compara. Uma definição sob medida do que oferecem essa e tantas outras sopas.
Tumblr media
  <span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Embora apresente algumas variações de ingredientes, a clássica sopa da vovó é sinônimo de aconchego. Confira a sugestão da nutricionista e chef Juliana Watanabe, de São Paulo:
Continua após a publicidade
Ingredientes
1 xícara de arroz (branco ou integral), lavado e escorrido 1/2 colher (sopa) de óleo vegetal 1 peito de frango 1 unidade de cebola picada 2 litros de caldo de frango ou de legumes 2 unidades de cenoura picadas 1 talo de salsão 2 colheres (sopa) de salsinha, picada 2 unidades de batata picadas Sal e pimenta a gosto 2 unidades de tomate, sem pele e sem sementes (opcional)
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o salsão. Acrescente o peito de frango e deixe dourar. Junte os tomates e cozinhe até que comecem a se desmanchar. Bote o caldo de frango ou de legumes, as cenouras e as batatas. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos. Adicione o arroz e deixe no fogo baixo por mais 15 minutos ou até que esteja cozido. Retire o peito de frango, espere esfriar um pouco e desfie-o. Agora coloque novamente o frango já desfiado e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Finalize com a salsinha picada. Sirva em seguida.
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
A versão clássica vem da França e leva queijo gratinado por cima. Experimente a criação do chef Ken Francis Kusayanagi, de Curitiba:
Ingredientes
500 gramas de cebola (ou 4 unidades), cortadas em tiras pequenas (corte julienne) 50 gramas de queijo gruyère ou parmesão 1,5 litro de caldo de frango ou legumes 6 colheres (sopa) de farinha de trigo 6 fatias de pão (ou em formato de croûton) 100 gramas de manteiga sem sal Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela de fundo grosso, derreta a manteiga e, depois, acrescente a cebola. Deixe dourar bem, sempre mexendo, até escurecer e começar a grudar na panela. Em seguida, coloque a farinha, misture e, por fim, adicione o caldo. Mexa para não empelotar, deixe levantar fervura branda, sempre cuidando para a farinha não aderir ao fundo. Adicione o sal e a pimenta-do-reino como preferir e sirva com o queijo e o pão para finalizar — também vale cortar o pão em cubinhos, em forma de croûtons. Uma ideia deliciosa é cobrir com o gruyère e levar ao forno para gratinar.
Continua após a publicidade
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Não é preciso apreciar a receita oriental só no rodízio japonês. Dá pra fazer em casa, como ensina a nutricionista e chef Juliana Watanabe:
Ingredientes
1/4 de xícara de chá (65 g) de missô (pasta de soja cozida e fermentada) 2 litros de água 200 gramas de tofu cortado em cubinhos 1 colher de sopa de wakame (alga desidratada) 1 envelope (10 gramas) de dashi (tempero japonês à base de peixe) Cebolinha a gosto, cortada em rodelinhas finas
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela grande, ferva 2 litros de água com o dashi e o wakame. Acrescente o missô e mexa. Apague o fogo e sirva em tigelinhas individuais com tofu (o “queijo de soja”) cortado em cubinhos e cebolinha verde em rodelinhas finas. Quer incrementar? Você pode acrescentar um pouco de cenoura ralada, acelga ou repolho picado.
Tumblr media
<span class=”hidden”>–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
A cumbuca que enfeita e aquece bares e restaurantes brasileiros tem muita tradição. E você pode fazer uma versão mais saudável em casa — receita da chef Giovana Nacaratto, de Caruaru (PE):
Ingredientes
2 xícaras de feijão-preto ou de corda 2 unidades de cebola pequenas picadas Ovo de codorna cozido a gosto Óleo para refogar 1/2 unidade de pimenta dedo de moça, sem sementes 5 xícaras de água 5 dentes de alho pequenos picados 1/2 unidade de pimentão 150 gramas de charque dessalgada Coentro a gosto Milho cozido a gosto Sal a gosto Folhas de louro a gosto
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Deixe o feijão de molho por 12 horas e descarte a água. Cozinhe o feijão e a charque na pressão por 20 minutos com louro e água. Refogue em outra panela o alho, a cebola, a pimenta e o pimentão. Quando estiver bem caramelizado, acrescente o feijão cozido sem a charque. Deixe cozinhar por mais cinco minutos. Bata no liquidificador, volte tudo para a panela e cozinhe em fogo baixo. Desfie a charque, corte em pedaços pequenos e junte ao caldinho. Ajuste o sal e sirva com o ovo de codorna, o milho e o coentro.
O Conteúdo A ciência da sopa Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital
O conteúdo A ciência da sopa Aparece primeiro em Suplemento e Dieta
from WordPress https://ift.tt/2E2Peqt via IFTTT
0 notes
vitoriaaromaterapeuta · 4 years ago
Text
A ciência da sopa
Foi em uma conversa na cozinha, entre os preparativos para a celebração do Ano-Novo judaico, que o professor de medicina Stephen Rennard, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, teve a ideia de investigar os efeitos da canja de galinha. Sua esposa, Barbara, seguia os passos da receita da avó e recitava os apregoados benefícios do prato contra resfriados. Na panela, além da ave, borbulhavam cebola, batata-doce, cenoura, aipo, folhas de nabo e temperos. A fama dessa sopa é antiga e transpõe culturas. Curandeiros no século 12 já prescreviam aos doentes caldos de frango — que, muito tempo depois, foram até apelidados de penicilina, em referência ao primeiro dos antibióticos.
No laboratório especializado em doenças pulmonares do doutor Renard, ele e sua equipe botaram a canja à prova. E viram no microscópio, em experimentos com células, que o preparo e seus nutrientes conseguiram inibir os neutrófilos, um grupo celular do nosso sistema imune que fica nas alturas diante de uma infecção. Ao abrandá-los, a tendência é controlar a inflamação e atenuar sintomas como a moleza e a dor no corpo. “Mas não testamos tudo isso em pessoas”, adianta-se o pesquisador, cujos achados foram publicados no reputado periódico Chest. Ainda assim, é como se a sabedoria das avós começasse a ganhar a chancela da ciência.
Já se sabia que uma boa canja oferece uma porção de substâncias bem-vindas à imunidade, caso de proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes. Mas tem um ingrediente extra que pode até ser difícil de mensurar nos estudos: o bem-estar emocional desencadeado ao saborear o conteúdo da tigela fumegante, em geral na companhia da família.
Em artigo publicado na mesma revista científica, intitulado Sopa de Galinha em Tempos de Covid-19, Rennard destaca exatamente esse aspecto: “Feita em um processo demorado e amoroso, a receita pode fornecer verdadeiro apoio psicossocial”. Ele não deixa de sublinhar a necessidade de pesquisas rigorosas para comprovar os efeitos de qualquer solução destinada a melhorar a saúde ou nos defender durante a pandemia. A propósito, o professor argumenta que, sozinha, nenhuma sopa previne ou cura o problema. Mas, continua, “é importante reconhecer que o cuidado com doentes envolve mais do que remédios”. Sim, ele fala de carinho e interação social.
“Um prato de sopa traz conforto emocional, desencadeia sensações de prazer, de satisfação e de segurança”, concorda o nutricionista João Motarelli, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Consumir um caldo que traga lembranças gostosas e alívio em meio à rotina ou a uma indisposição faz bem ao corpo e à mente — e não são poucas as evidências conectando o estado psicológico à imunidade e à propensão a diversas encrencas.
Uma típica canja traz arroz em sua fórmula e tem origem asiática. Há relatos de que surgiu na Índia e se resumia à mistura do cereal com água. Outros apontam para a China. Veio parar aqui com os portugueses e virou sucesso. Contam que dom Pedro II era um grande apreciador e que, por sua influência, a receita passou a figurar em menus finos com o nome de “Sopa do Imperador” ou “Canja à la Brésilienne”. Mas nem só de canja forramos a barriga e a alma.
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Alguns historiadores afirmam que a sopa é o prato mais antigo de que se tem notícia. Teria surgido quando o homem das cavernas começou a misturar a água com vegetais em vasilhas de pedra. Com a descoberta do fogo, os preparos ganharam novos ingredientes e sabores… E avançaram pelo tempo e pelo espaço. A chef Giovana Nacaratto, curadora do Festival Comida de Feira, em Caruaru (PE), conta que a origem da gastronomia tem tudo a ver com sopas. “O nome ‘restaurante’ vem de certos caldos, que eram considerados restauradores”, explica. No século 18, alguns estabelecimentos vendiam tais refeições a fregueses que se sentiam debilitados.
Continua após a publicidade
O apelo saudável de cremes, caldos e sopas não perdeu a atualidade. Para Milza Moreira Lana, da Embrapa Hortaliças, em Brasília, eles representam uma senhora oportunidade de incluir mais verduras e legumes no dia a dia. “Vale experimentar ingredientes e temperos, sem medo de arriscar”, indica a pesquisadora, que faz parte do projeto Hortaliça Não É Só Salada. Caprichar no caldo que serve de base à receita é uma das primeiras lições a quem vai se aventurar. Tradicionalmente, aparecem como opções carcaças de aves, cabeças de peixes, pedaços de carne com osso e legumes. “E entram também os vegetais aromáticos, como cebola, cenoura, salsão, alho-poró e louro”, enumera o chef de Curitiba Ken Francis Kusayanagi, professor do Senac EAD.
Um truque para garantir sabor é mergulhar os ingredientes primeiro em água fria. Dessa maneira, o processo de desnaturação das proteínas ocorre mais vagoroso, o que resulta em líquidos mais ricos e gostosos. Alguns macetes culinários favorecem a biodisponibilidade dos nutrientes, ou seja, a absorção pelo nosso organismo. “Boas fontes de gordura, caso do azeite de oliva, melhoram o aproveitamento do licopeno vindo do tomate”, exemplifica a nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região (CRN-3). Pura química.
É assim que aproveitamos também os efeitos dessas substâncias na redução do risco de doenças crônicas. E o que vale para o tomate vale para a cebola. A senhora dos anéis é estrela de uma sopa consagrada mundo afora. Reza a lenda que foi o sogro do rei francês Luís XV que criou a receita, uma das prediletas no Palácio de Versalhes. Não bastasse encantar o olfato e o paladar, a cebola oferece poderosos antioxidantes como a quercetina e os frutooligossacarídeos (FOS), um grupo de fibras que zela pela microbiota intestinal. Na forma clássica da culinária francesa, a preparação é coberta com queijo e levada ao forno para gratinar. É ou não é para degustar e se sentir feito majestade?!
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Fotos: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Vanderli Marchiori, nutricionista e fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia (Apfit), explica que, durante o preparo da sopa, alguns fitoquímicos da cebola (e de outras hortaliças) migram para o caldo. Na tigela ou no prato fundo, portanto, você não precisa se preocupar com as perdas. O calor do fogo faz com que parte da água do interior das células vegetais se converta em vapor e libere seus sucos e compostos benéficos. Se o cozimento for devagar, em panela tampada, além de manter os nutrientes, o sabor tende a ficar adocicado e suave. Quando a cebola é frita, por sua vez, suas proteínas e carboidratos interagem numa reação conhecida como de Maillard. O resultado é a coloração dourada e o gosto mais intenso. “Uma sugestão, inclusive para enriquecer e enfeitar outras receitas, é refogá-la rapidamente em azeite, junto do alho, e despejar por cima, bem na hora de servir”, dá a dica Vanderli.
Um ensinamento clássico dos chefs de cozinha é respeitar o tempo de cada ingrediente. Feijões e outras leguminosas, secos e duros, têm de ser cozidos primeiro; as verduras, molinhas, são postas por último. O corte dos alimentos também faz a diferença: pedaços grandalhões demoram a cozinhar, enquanto os miudinhos ficam macios rapidamente. Há quem defenda o mínimo de manipulação possível, mas cuidado com ideias radicais, por favor. A nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, em São Paulo, recomenda picar os vegetais imediatamente antes de incluir na receita para inibir o processo de oxidação e minimizar prejuízos nutricionais. Também convém adicionar pouca água para cozinhar, uma vez que as hortaliças já são compostas de líquidos. O chuchu é o melhor exemplo.
“Há preparações que pedem consistência mais firme, especialmente nas receitas com origem na culinária asiática”, observa o professor Kusayanagi. Aliás, os japoneses são notáveis consumidores de sopas. Uma análise publicada no The Journal of Nutrition aponta um elo entre os hábitos alimentares e a longevidade na terra do sol nascente. Entre os destaques da culinária local, está o missoshiro, um caldo de peixe e algas com pasta de soja. Juliana Watanabe, chef e nutricionista da NutriOffice, na capital paulista, comenta que o padrão dietético japonês diminui o risco de doenças cardiovasculares. “Além disso, sua culinária é muito enraizada culturalmente, o que fortalece esse costume alimentar ao longo das gerações”, avalia. A sopa de missô frequenta o cardápio da nutri e traz os ensinamentos da batian, sua avó, que viveu até os 104 anos. “Ela incluía algas desidratadas, cenoura raladinha, tofu e acrescentava um ovo inteiro para cozinhar como pochet”, revela.
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Para ser considerada refeição completa, a receita de sopa precisa ter uma proporção de nutrientes adequada. “Deve haver espaço para proteína, que pode ser tanto vegetal quanto animal”, ensina a nutricionista Lara Natacci, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban). Carboidratos, vindos de grãos, tubérculos e raízes, não devem faltar, pois garantem energia ao corpo e dão consistência ao prato. Já azeite de oliva, castanhas e sementes oferecem uma dose de gordura da boa. E, claro, as hortaliças completam a fórmula com suas cores, fibras, vitaminas e minerais.
Continua após a publicidade
Expert em comportamento alimentar, Lara diz que não é raro seus pacientes comentarem que ficam com fome quando o jantar se resume a uma tigela de caldo de vegetais. “É que é essencial ter uma fonte proteica para atingir a sensação de saciedade”, reforça. Pode ser feijão, peixe, a galinha da canja… Dentro de um cardápio equilibrado, as sopas podem, inclusive, favorecer o controle do peso, como indica um estudo do British Journal of Nutrition. “Mas tudo depende da composição das receitas e dos hábitos como um todo”, pondera Lara.
Presentes em todas as culinárias, sopas podem servir a todos os gostos. Desde as primeiras papinhas do bebê até os jantares dos idosos. E por que se convencionou dizer por aí que elas se prestam mesmo a refeições noturnas? A pesquisadora Milza Lana conta que, certa vez, quando morava na Holanda, uma de suas anfitriãs estranhou esse hábito tão brasileiro. “Lá eles tomavam sopa no almoço e também em dias mais quentes”, lembra. Receitas frias, aliás, são muito populares na Europa. O gaspacho espanhol, que leva tomate, cebola e pão, é dos mais festejados. Há ainda a borscht, feita de beterrabas e originária do Leste Europeu, que também pode ser servida quente. Sem contar as refrescantes misturas de pepino com iogurte, que acalmam o estômago e esfriam a cabeça.
Relacionadas
Mais Lidas
AlimentaçãoSopa de espinafre para baixar a pressão17 dez 2015 - 09h12
AlimentaçãoAlimente-se sem perder o controle20 jun 2020 - 09h06
MedicinaO livro que mostra como funciona a fantástica fábrica da imunidade29 jan 2020 - 09h01
AlimentaçãoCebola: benefícios e com o que mais combina9 Maio 2017 - 18h05
MedicinaMedicina1Remédios para o colesterol podem ajudar no tratamento da Covid-19
MedicinaMedicina2Ivermectina: o que sabemos sobre seu uso contra o coronavírus
MedicinaMedicina3A transmissão do coronavírus por pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas
MedicinaMedicina4É possível pegar o coronavírus mais de uma vez?
Independentemente da temperatura, o importante é lançar mão de ingredientes da melhor qualidade para extrair saúde e sabor. E o recado é o mesmo para quem vai usar as sobras de carnes, pescados e vegetais. Uma amostra de sucesso é o minestrone dos italianos, baseado em um mix de legumes. “Falamos de um preparo sustentável, que pode ser elaborado com aquilo de que dispomos na geladeira e na despensa. Basta usar a criatividade”, afirma Lara.
No século 21 de tanto prato pronto, Juliana Watanabe acredita que, com a (re)descoberta da cozinha, as pessoas precisam vencer o medo e a inércia e se arriscar. Inclusive com as especiarias. Já testou o gengibre, que casa tão bem com a abóbora e enriquece a receita com substâncias digestivas e que dão um chega pra lá nos enjoos? A mesma ousadia se aplica aos acompanhamentos. Ainda que o pão pareça o par perfeito ao creme de ervilha, há quem cubra o prato com pipocas, por exemplo. Além de dar um toque lúdico, elas contribuem com fibras, aliadas do funcionamento intestinal. Cogumelos do tipo shimeji também podem dar o ar da graça e, de quebra, nos presentear com lentinans, compostos parceiros do sistema imune.
Escarafunchar a riqueza culinária brasileira é outra boa pedida. “Que tal trocar a couve por taioba, vez ou outra?”, desafia Milza, citando uma folha do grupo das Pancs (plantas alimentícias não convencionais). Ou experimentar o tacacá, iguaria indígena feita de mandioca e jambu, espécie que causa dormência na boca. Sorver um copo de caldo de mocotó, que tem como matéria-prima o colágeno da pata do boi, é revigorante. “Muitos sertanejos têm o costume de tomá-lo após um dia de trabalho”, conta Giovana Nacaratto. “É como um abraço quentinho”, compara. Uma definição sob medida do que oferecem essa e tantas outras sopas.
Tumblr media
 <span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Embora apresente algumas variações de ingredientes, a clássica sopa da vovó é sinônimo de aconchego. Confira a sugestão da nutricionista e chef Juliana Watanabe, de São Paulo:
Continua após a publicidade
Ingredientes
1 xícara de arroz (branco ou integral), lavado e escorrido 1/2 colher (sopa) de óleo vegetal 1 peito de frango 1 unidade de cebola picada 2 litros de caldo de frango ou de legumes 2 unidades de cenoura picadas 1 talo de salsão 2 colheres (sopa) de salsinha, picada 2 unidades de batata picadas Sal e pimenta a gosto 2 unidades de tomate, sem pele e sem sementes (opcional)
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o salsão. Acrescente o peito de frango e deixe dourar. Junte os tomates e cozinhe até que comecem a se desmanchar. Bote o caldo de frango ou de legumes, as cenouras e as batatas. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos. Adicione o arroz e deixe no fogo baixo por mais 15 minutos ou até que esteja cozido. Retire o peito de frango, espere esfriar um pouco e desfie-o. Agora coloque novamente o frango já desfiado e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Finalize com a salsinha picada. Sirva em seguida.
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
A versão clássica vem da França e leva queijo gratinado por cima. Experimente a criação do chef Ken Francis Kusayanagi, de Curitiba:
Ingredientes
500 gramas de cebola (ou 4 unidades), cortadas em tiras pequenas (corte julienne) 50 gramas de queijo gruyère ou parmesão 1,5 litro de caldo de frango ou legumes 6 colheres (sopa) de farinha de trigo 6 fatias de pão (ou em formato de croûton) 100 gramas de manteiga sem sal Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela de fundo grosso, derreta a manteiga e, depois, acrescente a cebola. Deixe dourar bem, sempre mexendo, até escurecer e começar a grudar na panela. Em seguida, coloque a farinha, misture e, por fim, adicione o caldo. Mexa para não empelotar, deixe levantar fervura branda, sempre cuidando para a farinha não aderir ao fundo. Adicione o sal e a pimenta-do-reino como preferir e sirva com o queijo e o pão para finalizar — também vale cortar o pão em cubinhos, em forma de croûtons. Uma ideia deliciosa é cobrir com o gruyère e levar ao forno para gratinar.
Continua após a publicidade
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
Não é preciso apreciar a receita oriental só no rodízio japonês. Dá pra fazer em casa, como ensina a nutricionista e chef Juliana Watanabe:
Ingredientes
1/4 de xícara de chá (65 g) de missô (pasta de soja cozida e fermentada) 2 litros de água 200 gramas de tofu cortado em cubinhos 1 colher de sopa de wakame (alga desidratada) 1 envelope (10 gramas) de dashi (tempero japonês à base de peixe) Cebolinha a gosto, cortada em rodelinhas finas
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Em uma panela grande, ferva 2 litros de água com o dashi e o wakame. Acrescente o missô e mexa. Apague o fogo e sirva em tigelinhas individuais com tofu (o “queijo de soja”) cortado em cubinhos e cebolinha verde em rodelinhas finas. Quer incrementar? Você pode acrescentar um pouco de cenoura ralada, acelga ou repolho picado.
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital
A cumbuca que enfeita e aquece bares e restaurantes brasileiros tem muita tradição. E você pode fazer uma versão mais saudável em casa — receita da chef Giovana Nacaratto, de Caruaru (PE):
Ingredientes
2 xícaras de feijão-preto ou de corda 2 unidades de cebola pequenas picadas Ovo de codorna cozido a gosto Óleo para refogar 1/2 unidade de pimenta dedo de moça, sem sementes 5 xícaras de água 5 dentes de alho pequenos picados 1/2 unidade de pimentão 150 gramas de charque dessalgada Coentro a gosto Milho cozido a gosto Sal a gosto Folhas de louro a gosto
Modo de preparo
Continua após a publicidade
Deixe o feijão de molho por 12 horas e descarte a água. Cozinhe o feijão e a charque na pressão por 20 minutos com louro e água. Refogue em outra panela o alho, a cebola, a pimenta e o pimentão. Quando estiver bem caramelizado, acrescente o feijão cozido sem a charque. Deixe cozinhar por mais cinco minutos. Bata no liquidificador, volte tudo para a panela e cozinhe em fogo baixo. Desfie a charque, corte em pedaços pequenos e junte ao caldinho. Ajuste o sal e sirva com o ovo de codorna, o milho e o coentro.
0 notes
ccpazevida · 5 years ago
Photo
Tumblr media
ESTUDOS: A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS.
– Então MT o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.
Cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.
E tardando o noivo, cochilaram todas e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito:
– EIS O NOIVO! SAÍ-LHE AO ENCONTRO!
Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes:
- Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando.
Mas as prudentes responderam:
- Não; pois decerto não chegaria para nós e para vós. Ide antes aos que o vendem e comprai-o para vós.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo. E as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas. E fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens e disseram:
- Senhor, Senhor, abre-nos a porta.
Ele, porém, respondeu:
- Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o Dia nem a Hora em que o Filho do Homem há de vir.
Notas do Autor: MT 25:1-14
DEZ VIRGENS. Note que todas eram virgens e tinham lâmpadas acesas. Quem tinha acendido as lâmpadas? O salmista responde: “Sim, Tu acendes a minha candeia; o SENHOR Meu Deus alumia as minhas trevas” (Sl 18:28). É Jesus, porque Ele disse: “Vim lançar fogo à terra; e que mais quero, se já está aceso? (Lc 12:49).
LÂMPADAS. São os membros das Igrejas (Mt 5:14; Lc 8:16).
SAÍRAM AO ENCONTRO DO NOIVO. Nos casamentos orientais, é a noiva que se muda para a casa do noivo. Nesta parábola Jesus revela a finalidade da Igreja: como Noiva, sair ao encontro do Noivo e morar com Ele para sempre.
CINCO DELAS ERAM INSENSATAS E CINCO PRUDENTES. Prudentes são aqueles que constroem suas bases sobre a Rocha e observam, com pureza, a Palavra do Senhor (Mt 7:24; Lc 6:48), vigiando em todo o tempo e trazendo sempre o Azeite.
AS PRUDENTES... LEVARAM AZEITE EM SUAS VASILHAS. É dever de cada um, no dia a dia, prover o Azeite “continuamente” para não deixar a chama apagar, a fim de esperá-lO (Mt 25:3-4). A Torá já demonstrava, por figura, que é responsabilidade da pessoa prover o Azeite: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Ordena aos filhos de Israel que te tragam, para o candeeiro, azeite de oliveira, puro, batido, a fim de manter uma lâmpada acesa continuamente” (Lv 24:1-2; Êx 27:20). Note que Deus exige azeite “puro” para a lâmpada. O Azeite, em toda a Escritura, é o símbolo do Espírito Santo de Deus. Quando Samuel tomou o vaso de azeite e ungiu Davi, está escrito que “daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi” (I Sm 16:13). O Azeite “puro” significa que a pessoa não podia trazer Azeite misturado com outro óleo. Ou seja, não se pode misturar na lâmpada – o nosso corpo – o Espírito Santo com outros espíritos. Outra ordem na Torá determinava que as lâmpadas tinham de ser conservadas em ordem, no Tabernáculo, sobre o candelabro: “Arão a conservará em ordem perante o Senhor, continuamente, desde a tarde até a manhã, fora do véu do testemunho, na tenda da revelação; será estatuto perpétuo pelas vossas gerações. Sobre o candelabro de ouro puro conservará em ordem as lâmpadas perante o Senhor continuamente” (Lv 24:3-4). Entendendo melhor: lugar de Lâmpada é no Tabernáculo, perante o Senhor, continuamente, para se manter acesa, com o cuidado do sacerdote. Ainda na parte do candelabro, há a seguinte ordem: “o candelabro puro com suas lâmpadas todas em ordem, com todos os seus utensílios, e o azeite para a luz” (Êx 39:37). Como em Apocalipse 1:20 o Senhor diz que o Candelabro é a Igreja, o significado espiritual deste texto de Êxodo fica muito claro e pode ser lido assim: “A Igreja pura com os seus membros todos em ordem, com seus testemunhos, e o Espírito Santo para iluminar”. Chegamos, então, à conclusão de que as “dez virgens” são, também, Dez Igrejas. O número dez, na Torá, é símbolo de totalidade. Assim, as Dez Virgens representam todas as Igrejas, de todas as épocas. O fogo é o Senhor quem acende, porque é Ele quem batiza com “Espírito Santo e com Fogo” (Mt 3:11b). O Azeite mantém as Lâmpadas acesas. Mas é a própria pessoa que tem de buscar e manter o Azeite. As prudentes estavam em ordem e preparadas.
E TARDANDO O NOIVO, COCHILARAM TODAS, E DORMIRAM. Jesus enfatizou que o Noivo iria demorar. Note que tanto as virgens insensatas como as prudentes “cochilaram todas”. Jesus profetizou uma época em que todos cochilariam. Sua vinda se dará exatamente neste momento. Ele disse: “Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na Terra?” (Lc 18:8a).
MAS À MEIA-NOITE. Representa “A Última Hora”.
OUVIU-SE UM GRITO: EIS O NOIVO! SAÍ-LHE AO ENCONTRO! Este brado é a trombeta tocando. Interessa somente à Noiva, a única que vai ouvi-lO. É o “clangor” da trombeta do Arrebatamento.
DAI-NOS DO VOSSO AZEITE, PORQUE AS NOSSAS LÂMPADAS ESTÃO SE APAGANDO. Este pedido das insensatas às prudentes mostra o desespero de quem tenta apegar-se a outros seres humanos, bem como a aflição de quem tenta preparar-se na última hora. Nesta parábola Jesus mostra que as outras pessoas não são as indicadas para dar o “Azeite”.
IDE ANTES AOS QUE O VENDEM, E COMPRAI-O PARA VÓS. Quem vende? Ele mesmo responde: “Ó vós, que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço” (Is 55:1b). E também: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas” (Ap 3:18).
CHEGOU O NOIVO. E AS QUE ESTAVAM PREPARADAS ENTRARAM... E FECHOU-SE A PORTA. Depois que a Noiva entrar, a porta da Salvação pela Graça se fechará. O “Azeite”, que é o Espírito Santo, e as lâmpadas, que são os salvos, não estarão mais na Terra. A Luz do mundo se apagará. Só restarão as trevas exteriores, o reinado do Anticristo.
SENHOR, SENHOR, ABRE-NOS A PORTA. Quando Noé entrou na Arca, o próprio Deus fechou a porta (Gn 7:16). Os que ficaram do lado de fora também gritaram desta maneira. Mas era tarde demais. Não se esqueça de que Jesus, também falando de Sua volta, citou Noé, dizendo que a mesma situação se repetirá (Mt 24:37-39).
NÃO VOS CONHEÇO. Ele disse: “EU SOU o Bom Pastor; conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. E dou a minha Vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. A essas também me importa conduzir e elas ouvirão a minha voz. E haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo 10:14-16). As ovelhas que Ele conhece são aquelas que O reconhecem como o único Pastor. Clareando: no início da vida cristã, cada pessoa que recebe Jesus como Único, Suficiente, Exclusivo e Eterno Salvador recebe: Pureza (como se nunca tivesse pecado, como uma Virgem), Luz (Jesus), Fogo (Poder do Alto) e Azeite (o Espírito Santo). É uma porção inicial, para testemunho (Mt 5:15-16). Por isso todos, insensatos ou prudentes, sentem a alegria do primeiro Amor pelo Noivo. Cabe a cada um ser prudente e manter a lâmpada acesa, cheia de Azeite, porque a vinda do Noivo está cada vez mais próxima.
O casamento nos tempos de Cristo. Esta parábola fica ainda mais interessante quando conhecemos melhor o costume da época, com relação ao casamento:
O pai decidia quem seria o noivo. Não adiantava a noiva achar outra pessoa mais bonita, ou deixar-se seduzir pela boa conversa de qualquer noivo. Ou a noiva casava com o noivo escolhido pelo pai, ou não haveria núpcias. Do mesmo modo, foi o Pai Celestial quem determinou que Jesus é o Noivo: “Porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos” (At 17:31). Quem determinou que só Jesus salva foi o Pai: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do Céu nenhum outro Nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4:12). É Ele o Noivo ou não haverá Bodas com nenhum outro.
O noivo tinha de pagar um dote. Jesus pagou o mais alto dote pela Noiva: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha” (I Pe 1:18-19).
O dia do casamento. Naquele dia o noivo, acompanhado dos seus amigos, saía da casa de seu pai e ia até a casa da noiva, cantando com alegria. E todos iam tocando instrumentos. Assim também será nas “Bodas do Cordeiro”: Ele sairá da “Casa de Meu Pai” (Jo 14:2-3) e virá acompanhado de Seus amigos – “Seus santos anjos” (Mt 25:31) – , que estarão soando as trombetas: “Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus” (I Ts 4:16a)...
A festa de casamento. Era na casa do noivo. A noiva era escoltada pelo pai até a tenda de núpcias. Igualmente, após tomar a Sua “Noiva”, Jesus irá levá-la para a Glória: “... e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o SENHOR nos ares, e assim estaremos sempre com o SENHOR” (I Ts 4:16a-17). Dali, para a Tenda de Núpcias: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lO teria dito. Vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para Mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14:2-3).
A festa durava sete dias. As núpcias do Cordeiro com a Sua Noiva deveriam durar uma semana de anos, conforme estava profetizado em Daniel 9:27. Mas, como após o arrebatamento começará o reino do Anticristo na Terra, seguido da Grande Tribulação, o Noivo abreviará as suas núpcias, conforme Ele mesmo disse: “E haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá” (Mt 24:21). “Se o SENHOR não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria; mas Ele, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias” (Mc 13:20) (Leia também Lc 21:25). Antes das Bodas do Cordeiro, nas nuvens do Céu e em oculto, se dará o Tribunal de Cristo, onde os salvos receberão – ou não – suas recompensas pelo trabalho prestado aqui na Terra, ou açoites, conforme o conhecimento que o “servo” tinha da vontade do Senhor e não a fez (Lc 12:47).
Por Juanribe Pagliarin.
https://pazevida.org.br/estudos/4431-a-parabola-das-dez-virgens.html
0 notes
revistaquitanda · 6 years ago
Text
O FUTURO É ORGÂNICO
Feiras agroecológicas dão o tom do consumo consciente e justiça social
Tumblr media
Enquanto houver mãos humanas cultivando a terra, haverá quitandas. Um dos sinais mais visíveis disso é a crescente conscientização em torno da busca cada vez mais crescente pelos produtos orgânicos e pelo trato mais ético com a terra e os recursos naturais. Quem já frequenta mercados municipais invariavelmente acaba comparado a dinâmica da compra nesses locais com a ida às grandes redes de supermercados. Mas as feiras de orgânicos potencializam essa experiência à enésima potência positiva.
Além das compras, as feiras de rua sempre se converteram em verdadeiros passeios, onde o indivíduo exerce a integração com o seu entorno e com o outro, através da convivência e da troca de conhecimentos acerca do que é colocado no tabuleiro. Nas feiras orgânicas, você se transforma num agente que pratica a mudança sob uma ótica macro, ao lidar com questões globais, como a ameaça às espécies pelo uso de agrotóxicos, o comércio justo, a sobrevivência de famílias que trabalham com a terra e a disseminação de um consumo cada vez mais consciente.
Tumblr media
Elas estão espalhadas em diversos bairros do Recife e Olinda, com itens por valores mais acessíveis, justamente por não haver intermédio na hora de adquiri-los: nas feiras agroecológicas, você compra direto do agricultor. “A primeira que passei a frequentar foi a que acontece nas imediações do Colégio São Luiz, nas Graças. Uma amiga minha me contou que ela vinha de madrugada aproveitar as melhores mercadorias, e eu achava que era conversa fiada, mas me espantei com a quantidade de gente que chega lá da sexta para o sábado. Hoje, tenho o hábito de além de fazer compras, ficar por lá conversando até a hora do café da manhã. Até comprei cadeirinhas de praia daquelas pequeninhas com minhas amigas pra trazer pra cá”, conta a costureira Maria Augusta Rezende.
A disposição de Maria Augusta tem razão de ser, pois além dos produtos in natura, muitos comerciantes trazem receitas feitas a partir do que colhem, como bolos, pães artesanais, pastas e pastéis. “Imagina só você ter tudo isso, acompanhado de um bom café, cercado de gente fina e trabalhadora, com um papo arretado de bom? Não tem programa melhor pra iniciar o final de semana!”, completa ela.
COMO TUDO COMEÇOU
Para quem não está familiarizado, o cultivo de alimentos orgânicos começou nos quintais das residências e em pequenas propriedades, com a força das famílias desde a aragem até a colheita. Em Pernambuco, essa realidade vem tomando os bairros da capital e do interior há mais de 20 anos, com a atuação de diversas entidades não governamentais que trabalham para a formação e autonomia da população agricultura do agreste e do sertão do estado.
Uma delas é o Centro de Agroecologia Sabiá, responsável por fundar algumas das primeiras feiras agroecológicas da capital pernambucana, adentrando o estado em suas principais cidades das mesorregiões. Somente em Recife, O Centro Sabiá coordena cinco espaços: Boa Viagem, Graças, Santo Amaro, UFPE e Dois Irmãos. A população da Zona da Mata Sul pode encontrar essas feiras nos municípios de Ribeirão, Rio Formoso, Porto de Galinhas, Sirinhaém, Catende e Tamandaré. Bom Jardim é por enquanto a única cidade do Agreste que conta com esta iniciativa, enquanto o Sertão do Pajeú foi agraciado nas cidades de Tuparetama, São José do Egito, Tabira, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada. No Araripe há uma Bodocó e Ouricuri contam com feiras agroecológicas coordenadas pelo Sabiá.
Tumblr media
Davi Fantuzzi, do Centro de Agroecologia Sabiá
“As feiras agroecológicas se apoiam na valorização dos conhecimentos dos povos nativos e na preservação dos recursos naturais”, explica o assessor para a Temática de Comercialização no Sabiá e coordenador da CPOrg-PE, Davi Fantuzzi. Formado em Gestão de Cooperativas pela Universidade Federal de Viçosa e especialista em Gestão Pública e Sociedade pela Universidade Federal do Tocantins, Fantuzzi foi um dos fundadores do Instituto de Permacutura da Bahia (IPB) com a antropóloga norte-americana Marsha Hanzi. Ele também coordena as feiras e a formação agroecológica dos camponeses ao longo de Pernambuco.
Para quem tem dúvidas ou desconfiança a respeito da qualidade do que é vendido nas feiras agroecológicas, Fantuzzi explica: “As famílias que comercializam seus produtos nessas feiras estão respaldadas legalmente para isso, graças a um cadastro junto ao Ministério da Agricultura, através de uma Organização de Controle Social – OCS, que é um grupo de agricultores que interage e se autorregula para garantir que sua produção é orgânica. Entre as exigências para atuar, os agricultores devem exibir seus cadastros nas barracas e permitir a visita do público e dos órgãos de fiscalização, às suas propriedades, a fim de mostrar o que é produzido, e como é desenvolvida essa produção.”
BOM PARA TODOS
Com a produção em larga escala dos grandes conglomerados industriais, parecia que o ser humano estava fadado a descer ladeira abaixo numa relação nada ética com a natureza, que intensificou seus sinais, mostrando os nossos recursos não são tão renováveis assim.
“O uso de agrotóxicos e outras substâncias sintéticas pelas grandes empresas otimiza a extração dos nutrientes da terra para atender uma demanda gigantesca de forma extremamente predatória, pois explora os recursos da natureza sem dar tempo a ela para se recuperar. É como se tivéssemos uma pessoa remando um barco sem parar, nem se alimentar direito, contando somente com injeções de vitaminas que inflariam o que lhe resta de energia vital para continuar remando”, compara o professor de biologia  Arnaldo Lima, de 54 anos, frequentador da feira agroecológica de Olinda há seis meses. “Costumo frequentar várias feiras do tipo, a de Olinda eu venho sempre nos fins de semana que coincide com minhas idas a Itamaracá. Foi um amigo que me apresentou, e desde então, dou uma paradinha estratégica para levar frutas, legumes e uns pães artesanais para a viagem.”
A quantidade de itens impressiona. Quanto maior a feira, mais variedade. Uma pesquisa realizada pelo Centro Sabiá em 2015, tendo como base apenas as feiras agroecológicas de Boa Viagem e das Graças (as mais antigas do Recife), apontou a média de 29 produtos diferentes vendidos por barraca, totalizando no geral 114 itens diferentes à disposição do público, entre frutas, legumes, folhas, raízes e os transformados de forma artesanal pelas famílias, como licores, lambedores, doces, canjicas, queijo e massas. Ainda de acordo com a pesquisa, somente essas duas feiras chegaram a movimentar cerca de 1,8 milhões de reais por ano.
Tumblr media
BOM PRA SAÚDE E PRO BOLSO
Ainda em 2015, outra pesquisa, desta vez realizada com o apoio de estudantes do curso de Gestão Ambiental do IFPE, confirmou que as feiras agroecológicas são boas para manter girando a engrenagem da economia local: preço justo e venda sem intermediários beneficiam ambos os lados da barraca, quem vende e quem compra. Foi realizada uma comparação de preços de produtos convencionais, utilizando como base 20 itens presentes tanto nas feiras agroecológicas, quanto em grandes redes de supermercado e nas feiras livres de mercados públicos dos bairros populares.
O resultado? Os supermercados se mostraram em média 56% mais caros que as feiras da Rede Espaço Agroecológico, enquanto os mercados populares apresentaram itens em média 19% mais caros que nas feiras agroecológicas, onde só se vendem produtos orgânicos, derrubando a falácia de que alimentação orgânica seria mais cara que os produtos infestados de agrotóxicos à venda nos espaços convencionais.
Tumblr media
Sabendo de tudo isso, é claro que optar por um consumo mais saudável e ético com o fator humano e ambiental é um chamado para exercer ativamente a sua cidadania e sua consciência enquanto parte desse mundo, que é afetado direta e indiretamente por nossas escolhas.
Texto e Fotografia: Juliano da Hora
0 notes
fefefernandes80 · 4 years ago
Text
O Assunto #274: A corrida por meteoritos no sertão nordestino
Tumblr media
No semiárido pernambucano, Santa Filomena, cidade de 14 mil habitantes, foi atingida por uma chuva de meteoritos. O fenômeno atraiu pesquisadores e até caçadores de diversas partes do mundo – as pedras valem até R$ 40 por grama. Você pode ouvir O Assunto no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. No semiárido pernambucano, onde pouco chove, o município de Santa Filomena, a mais de 600 km de Recife, viu cair pedras do céu. Era chuva, mas de meteoritos. Fragmentos do espaço, que podem ser mais antigos do que a própria Terra, surpreenderam a população de 14 mil habitantes e atraíram pesquisadores e caçadores de diversas partes do mundo. Todos em perseguição às pedras, que valem muito dos pontos de vista científico (dada suas composições químicas singulares) e financeiro (o valor do grama chegou a ser comercializado por R$ 40 – e uma das rochas pesa 38 kg). Neste episódio, Márcio Gomes conversa com a repórter do G1 Lais Modelli, que revelou a história da corrida pelas pedras e os problemas jurídicos para definir quem são os donos legais dos meteoritos. Em sua apuração, Lais falou com moradores, pesquisadores, caçadores e autoridades – recebeu telefonema até do ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações. Participa também o astrônomo Antônio Carlos Miranda, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que luta para manter os meteoritos em Santa Filomena e desenvolver um polo científico na cidade. O que você precisa saber: Pesquisadores e ‘caçadores’ internacionais disputam meteoritos após chuva de pedras no sertão pernambucano ‘Não sabemos o que fazer’, diz prefeito da cidade no sertão pernambucano que atraiu ‘caçadores’ de meteoritos após chuva de pedras ‘Virou um pesadelo’, diz esposa de homem que encontrou meteorito de 38 kg na divisa entre Pernambuco e Piauí Meteoritos que caíram no Sertão de PE são da época da formação do sistema solar, dizem pesquisadoras da UFRJ Corrida por meteoritos deve motivar regulamentação do tema, diz ministro da Ciência O podcast O Assunto é produzido por: Rodrigo Ortega, Gessyca Rocha, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Giovanni Reginato, Mônica Mariotti e Renata Bitar. Apresentação: Márcio Gomes.
Comunicação/Globo O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
Artigo Via: G1. Globo
Via: Blog da Fefe
0 notes