#conto de nostalgia
Explore tagged Tumblr posts
Text
Para vocês que também amam o pequeno príncipe, assim como para mim, nada no universo será o mesmo se em algum lugar, não se sabe onde, um carneiro que não conhecemos comeu, ou não, uma rosa...
O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
#O Pequeno Príncipe#Antoine de Saint-Exupéry#Citação de livro#Contos#Amor#Rosa#Carneiro#Universo#Mistério#Amizade#Inocência#Saudade#Conexão#Aventura#Imaginação#Crescimento#Sabedoria#Filosofia#Criança#Nostalgia#Simplicidade#Sonhos#Relacionamentos#Essência#Reflexão#Solidariedade#Viagem#Fantasia#Curiosidade#Encantamento
4 notes
·
View notes
Text
Jornada Rumo às Moradas que Doem
Em Jornada Rumo às Moradas que Doem, embarcamos em uma viagem introspectiva pelas emoções humanas. A narrativa nos conduz por moradas como amor, alegria, ansiedade, esperança, tristeza, vergonha, desprezo, raiva, nostalgia e medo. Cada parada traz ensinamentos e descobertas, convidando à reflexão sobre quem somos e a importância do autoconhecimento. Uma jornada ��nica para explorar o coração das emoções e encontrar a verdadeira plenitude.
#introspective#introspecção#alegria#ansiedad#medo#escrita#pensamentos#vida#meus medos#raiva#nostalgia#esperança#vergonha#leitura#trecho de livro#livros#contos#escritor#leitores#frase de livro#citação de livro#emoções
1 note
·
View note
Text
@mikeellee
@themousefromfantasyland
Finalmente eu encontrei!
Essa aqui era a versão do Elenco Rádio Teatral com Zaccarias e sua Orquestra de Branca de Neve e os Sete Anões, gravada pela RCA Victor, que eu escutava no CD Histórias Infantis Vol. 2 quando eu era criança!
Originalmente produzido em 1954, foi relançado em 1957...
...e em 1970, geralmente num lançamento de disco duplo que também incluia A Gata Borralheira.
Nesta versão, a voz de Branca de Neve foi feita por duas artistas: a cantora Heleninha Costa (1924/2005) e a atriz Daise Lucidi (1929/2020).
Elas provavelmente são até hoje as minhas vozes preferidas para a versão Disney da personagem, com a atriz Maria Alice Barreto (1932/2010) e a cantora Cybele Freire (1940/2014), que foram as vozes da personagem na dublagem de 1965 do filme de animação, vindo logo em seguida.
Essa gravação em disco traduziu as canções de forma diferente, tanto da dublagem original de 1938 (da qual podemos ter uma ideia de como era graças à gravação para a Coleção Disquinho, que aproveitou boa parte dos artistas da primeira dublagem, como João de Barro (Braguinha) e Dalva de Oliveira), quanto da dublagem de 1965 que foi preservada no filme em si.
O destaque vai para a tradução da canção Someday my Prince Will Come, que se tornou definitiva em minha memória afetiva:
Um dia encontrarei
O amor que eu sonhei
O meu Príncipe eu sei que virá
E pra sempre comigo estará
Feliz meu coração
As aves cantarão
E os sinos também irão anunciar
Que então meu amor chega
Para saber mais da história deste e de outras versões para rádio teatro gravadas em disco do filme Branca de Neve e os Sete Anões, eu recomendo o blog da pessoa que gentilmente compartilhou o áudio de sua cópia do disco na Soundcloud:
#themousefromfantasyland#rca victor#elenco rádio teatral#zaccarias e sua orquestra#branca de neve e os sete anões#contos de fadas#fantasia#nostalgia#SoundCloud
10 notes
·
View notes
Text
Você é aquela sensação gostosa de frio na barriga quando estamos em uma montanha russa, você é o sabor da minha bala favorita, você é o sol que aquece a minha pele em um dia ensolarado, você é o barulho gostoso da chuva no telhado, você é o vento que sopra meu rosto de forma suave, você é aquela paisagem de outono que me dá a sensação de nostalgia, você é a minha flor favorita, aquela flor que eu uso no pingente do meu colar e uso sempre pra lembrar de você, você é o mês que eu nasci, porque eu nasci na primavera e você sempre me lembra um belo jardim porque o seu sorriso é mais brilhante que as pétalas de margarida, o castanho dos seus olhos são mais vibrantes que a beleza de um girassol, a pétala da rosa não chega aos pés da cor dos seus lábios, seu lábios tem a beleza de um campo de astromélia, minha canção favorita é o som da sua risada, aquela que você da quando eu conto uma piada que só você acha graça, você é o amor que transborda no meu peito sem esperar nada em troca, você é a lágrima que escorre dos meus olhos quando eu sinto sua falta, você é a razão pela qual eu ainda insisto, você é a inspiração dos meus versos mais difíceis, porque escrever sobre você é quase um delírio, você é o meu delírio mais lúcido, você é aquele sonho do qual eu nunca quero despertar, você é o motivo de eu querer sonhar porque sonhar com você me faz querer realizar, realizar uma vida onde finalmente seremos só você e eu, por que meu bem eu sou completa mas com você eu transbordo.
- Com amor, T 🌼
42 notes
·
View notes
Text
Oiiii, booklovers!
A capa desse post ficou uma vibe meio "Crepúsculo" mas enfim 🤡
Nos outros meses eu reclamei que não tava lendo muito, né? Pois então, em novembro li sete livros - e agr cadê a coragem pra resenhar?
🌑 | Girafas e Açaí - Danielli Jesus (5★)
Júlia tem 13 anos e quer chamar seu crush pra tomar um açaí, mas não tem coragem suficiente. Então, um dia antes do passeio da escola para o zoológico, Júlia tem um sonho estranho com uma girafa expert em romances. E aí, será que ela vai conseguir chamá-lo para tomar um açaí?
Amei que esse livro me lembrou do fundamental. Tenho uma nostalgia enorme dessa época pq quando a pandemia começou eu estava no início do 7° ano e, quando terminou, tava com um pé no ensino médio. Saudades daqueles tempos que não voltam mais...
🌒 | Agnus Dei - Lyta Racielly (3,5★)
Hosannah nasceu em Yaacov e sempre soube que seria chamada para uma missão no Além-Reino. Quando o momento enfim chegou, Hosannah não sabia bem o que fazer, mas deu seu melhor.
Achei legalzinho, mas é bem mais voltado pro evangelismo do que uma história, história. Enfim, é ok.
🌓 | Morte no Nilo - Agatha Christie (4,5★)
Meu primeiro da Agatha Christie. E acho que posso afirmar que prefiro minha duplinha do 221b. Sherlock e Watson já ocupam um espaco muito grande no meu coração para serem superados a essa altura do campeonato.
Linnet Ridgeway, inteligente, bonita e rica (sim, eu amo essa frase de Emma kkkkkkk) casou-se com Simon Doyle, um "zé ninguém" e ex-noivo de sua melhor amiga, Jaqueline. Em sua lua de mel no Nilo, nem tudo são flores: Jackie segue o casal para todo lado e Linnet sente que corre perigo. Então, quando ela é encontrada morta em sua cabine, cabe a Poirot descobrir quem é o assassino.
Não posso fazer comentários sobre minhas impressões da história pq vai ser um spoiler gigantesco, mas talvez quem já leu entenda o que quero dizer. Me senti uma palhaça no final e não foi no bom sentido.
🌔 | Um Milhão de Dates Ruins - Isabela Borrelli (4★)
Já imaginou ficar presa no tempo tendo vários dates ruins?
Amanda não tem quase esperanças de encontrar sua "pessoa certa" para quebrar sua maldição e fazer o tempo voltar ao normal, ainda mais depois de ter vários dates bizarros. Mas a solução pode estar mais próxima do que ela imagina.
Entendi o que a autora quis passar, mas confesso que esperava um final melhor. Acho que é por isso que a nota no Skoob é meio baixa: tivemos nossas expectativas jogadas no lixo kkkkkkkkrying Mesmo assim, gostei da escrita e do estilo da autora.
🌕 | Grama de Vidro - Débora C. Eller (5★)
Eu tava louca pra ler mais alguma coisa da Débora depois de Apenas Mais um Conto em julho, então quase tive um ataque quando vi Grama de Vidro gratuito no Reforme seu Kindle kkkkkkkk
Madu e sua melhor amiga, Carol, estão indo para (mais um) show da Grass of Glass, banda pela qual Carol é apaixonada. No hotel - onde só tem gente podre de rica-, Madu acaba ficando amiga de um cara que conheceu enquanto cantava no banheiro, mas que nunca viu o rosto...como será que essa história vai terminar?
A escrita da Débora estava incrível como sempre, é esse tipo de livro que me faz amar a literatura nacional pq, nossa, é o puro suco do Brasil. Fora isso, me relembrou meus tempos de fã da 1D (One Direction). Foi nostálgico e ao mesmo tempo triste. Maaaas, eu simplesmente amei o nome da banda, achei genial! Tipo, ✨Grass of Glass✨
🌖 | Voz de Âmbar - Débora C. Eller (4,5★)
Esse aqui é um spin-off do livro anterior (o pov do mocinho de uma das cenas), então só leia depois do primeiro.
🌗 | Três Fatias de Amor - Ana Souza (3,5★)
Débora nunca imaginou que trabalharia como garçonete em sua pizzaria preferida, até espalhar currículos pela cidade e não receber nenhuma resposta positiva. Ela logo faz amizade com Mateus, um dos garçons da pizzaria e agora eles precisam lidar com os sentimentos que estão começando a surgir...
Na minha humilde opinião, esse caiu naquela velha reclamação que faço: a autora não soube quando parar. Acho que a história se estendeu demais, o que deixou meio entediante em alguns pontos. E confesso que não fui com a cara da Débora.
Enfim gnt, foi isso, sorry pelo post quilométrico kkkkkkkkk
Bjs e boas leiturasssss <333
#livros#leitura#livrosderomance#books & libraries#leitores#books#books and reading#livros nacionais#leituras do mês
4 notes
·
View notes
Text
Talvez esse fosse um dos meus maiores defeitos: eu não sabia a hora de desistir. Ou, em contrapartida, essa é a minha maior força e qualidade vindo de um fragmento que, pouco a pouco, foi sendo desprendido de mim. Ansiava por encontrar em um canto qualquer de minha personalidade fabricada àquela doce menina que residia em meu íntimo e que sufocada ao longo dos anos pelo mundo foi se tornando imperceptível. Apesar dessa distância o elo não foi rompido, eu jamais a esqueci. Meus olhos ainda brilhavam com a nostalgia daquele sabor de infância. A minha criança interior ingênua e pura, adorável que brincava a luz da Lua e esbanjava felicidade com tão pouco. Acreditava em magia, conto de fadas, sinônimo de alegria. Em meio ao caos externo ela permitia ser a calmaria em ímpetos de rebeldia. Enxergava a vida pela óptica da fantasia e seus conceitos e sabedoria com certeza não estavam errados, o mundo apenas que não os compreendia. Sabia que conseguia encontra-la em cada desenho, em cada quadro, em cada arte que eu procuro honrar hoje, pois sei o quanto ela amava os detalhes, as cores e seus amores. Espero que ela tenha orgulho de quem eu me tornei, e reinventei o nosso mundo por ela.
Não desisti de te alcançar, parte mais linda e sonhadora minha.
@cartasparaviolet
#espalhepoesias#lardepoetas#mentesexpostas#carteldapoesia#pequenosescritores#projetoalmaflorida#autorais#liberdadeliteraria#projetovelhopoema#damadolago#eglogas#poecitas#mesigamnoinstagram @cartasparaviolet_
47 notes
·
View notes
Text
Happy Sweet 20 Letícia !
Primeiro post do blog com vinte anos, meus queridos amigos imaginários! O aniversário foi ontem, exatamente.
Eu não faço a mínima ideia do que vai sair daqui. Estou improvisando. É um momento de transição do blog também, uma vez que, mesmo inconsistente, eu consegui elaborar diversos textos opiniosos tal qual minha própria pessoa (ao menos isso considero uma conquista) e pretendo amadurecer no hábito da escrita e nos temas abordados, almejando sempre ir além da proposta.
Ainda que eu não tenha critério avaliativo nenhum para isso (risos), é como um hobby que me mantém ocupada e não permite que minha mente continue alugada como oficina do diabo (risos)... Digo isso destacando 3 semanas completas sem terapia (risos nervosos). Vamos sorrir de verdade aqui, por favor.
Uma coisa que aprendi durante essas duas décadas (uau) de vida, é que tudo começa no autoconhecimento. Tenho buscado em todos os lugares o que exatamente seria o eu. Me encontrei numa espiritualidade onde tudo fez sentido: minha natureza seria a constante guerra pela paz, a não conformidade, a cabeça por vezes quente e por vezes fria procurando equilíbrio.
Constantemente tenho focado nos meus defeitos e ultimamente não tenho me amado tanto. Mesmo no meu auge, eu não possuía muitos sentimentos bons sobre mim mesma e ainda costumo confundir as coisas — me perder por nada.
Isso me faz ter nostalgia pelo meu momento mais decadente, em que eu sofria, mas era eu independente do que achassem. A adolescência realmente deixa uma marca na sua personalidade e estou lutando para me enxergar como adulta, mesmo tendo mais responsabilidades que pessoas muito mais velhas que eu... Ao mesmo tempo que não consigo abraçar o mundo com as pernas.
Bom, também não quero revelar demais porque acabaria com minha postura misteriosa e com a graça de contar histórias ao longo do tempo. Por agora, serão 10 conselhos para quem está se aproximando dos 20 e 10 desejos meus tendo 20 anos.
10 conselhos para quem se aproxima dos 20
Autoconhecimento - o básico. Saber do que você gosta, do que não gosta, quem você quer ser e onde quer chegar. É uma tarefa complicada mas vale a pena se descobrir e se ater a isso. Focar em você.
Sabedoria - arrumar o que fazer! isso é sabedoria. Aprender e aprender incansavelmente para poder ter o que ensinar.
Sempre se reencontrar - provavelmente o mais difícil é não deixar se perder pois muita coisa pode te impactar durante os anos, sejam eles eventos traumáticos ou não, relacionamentos, mas é uma obrigação se reencontrar.
Se impor - esse eu ainda estou aprendendo com muita dificuldade (risos extremamente nervosos). Se poupem, por favor. Imponham limites e não deixem que ultrapassem, a única pessoa que sai prejudicada sempre é você.
Ver o mundo - mesmo sendo extraordinariamente introvertida e caseira eu AMO conhecer os lugares e passear, ter experiências e ver o mundo. Uma das minhas atividades favoritas da infância era simplesmente admirar o céu noturno com suas belíssimas estrelas. Infelizmente, hoje o céu não tem 1 unidade visível de estrela por conta da poluição, mas dependendo do passeio, pode te deixar menos triste, de verdade. Só me arrependo de não sair tanto de casa.
Dose a importância que você dá às coisas - essa é sensacional! se incomodar com coisas que ninguém está dando a mínima é um fator de estresse colossal que te transforma numa CHATICE de pessoa e vai prejudicar demais sua saúde mental (experiência própria).
Saia do mundo fantástico de Bob, pelo amor de deus - pare!!!!! pare imediatamente de fazer planos!!!!!! arrume o que fazer, pelo amor de deus!!!! acorde desse conto de fadas!!!!!!!!! saia do papel e vá para a vida perceber as coisas como são!!! aja em cima disso!!!! da realidade!!!!!!
Diferencie o que está sob o seu controle e o que não está - magnífico, deve ser um alívio tremendo. Saber exatamente suas responsabilidades ajuda bastante com o conselho 4 também e a não enlouquecer como no conselho 6. Está sob seu controle? tudo bem então, porque você dá conta. Não está? então tudo bem, não é problema seu!!!!!!! alívio!!!!
Saiba entrar e sair dos lugares, saiba quando e como falar - educação doméstica básica cada vez mais rara de se encontrar pode fazer você se destacar bastante (triste, né?). O cuidado com as palavras e o tom te evita MUITOS problemas, recomendo não se envolver com fofocas e outras coisas que podem te causar dor de cabeça depois. Esse tipo de paz não abro mão. Fora que te traz uma reputação de responsabilidade e confiabilidade.
Não esmague tanto seus sonhos e tenha disciplina - existem períodos da vida que precisamos nos concentrar em outras coisas ou mesmo as circunstâncias não nos permitem fazer tudo que nos preenche, mas vai chegar a hora, pelo menos eu acredito que sim, na minha vez (risos esperançosos). A disciplina e articulação da sua rotina para te servir vai ajudar bastante a esse momento se aproximar.
//
10 desejos aos 20
Desejo poder viajar mais no futuro
Desejo poder ver estrelas de novo
Desejo ter estabilidade para cuidar de mim e da minha família
Desejo ter uma boa saúde pelos próximos anos
Desejo não perder a fé
Desejo conquistar o que é meu
Desejo curtir meus sonhos
Desejo me amar
Desejo fazer alguma diferença significativa no mundo
Desejo fazer boas escolhas
*apaga as velinhas simbólicas com os dedos*
Nem sei como finalizar. Me sinto melhor depois dessa digitação toda, realmente. Fico por aqui. Espero que sirva de algo para alguém, ainda temos muito para aprender e amadurecer, mas só dá para alcançar isso vivendo... Boa sorte para nós!
2 notes
·
View notes
Text
O INCRIADO
Rio de Janeiro , 1935
Distantes estão os caminhos que vão para o Tempo — outro luar eu vi passar na altura Nas plagas verdes as mesmas lamentações escuto como vindas da eterna espera O vento ríspido agita sombras de araucárias em corpos nus unidos se amando E no meu ser todas as agitações se anulam como as vozes dos campos moribundos.
Oh, de que serve ao amante o amor que não germinará na terra infecunda De que serve ao poeta desabrochar sobre o pântano e cantar prisioneiro? Nada há a fazer pois que estão brotando crianças trágicas como cactos Da semente má que a carne enlouquecida deixou nas matas silenciosas.
Nem plácidas visões restam aos olhos — só o passado surge se a dor surge E o passado é como o último morto que é preciso esquecer para ter vida Todas as meias-noites soam e o leito está deserto do corpo estendido Nas ruas noturnas a alma passeia, desolada e só em busca de Deus.
Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo o eterno ruído do mar batendo No entanto como está longe o mar e como é dura a terra sob mim... Felizes são os pássaros que chegam mais cedo que eu à suprema fraqueza E que, voando, caem, pequenos e abençoados, nos parques onde a primavera é eterna.
Na memória cruel vinte anos seguem a vinte anos na única paisagem humana Longe do homem os desertos continuam impassíveis diante da morte Os trigais caminham para o lavrador e o suor para a terra E dos velhos frutos caídos surgem árvores estranhamente calmas.
Ai, muito andei e em vão... rios enganosos conduziram meu corpo a todas as idades Na terra primeira ninguém conhecia o Senhor das bem-aventuranças... Quando meu corpo precisou repousar eu repousei, quando minha boca ficou sedenta eu bebi Quando meu ser pediu a carne eu dei-lhe a carne mas eu me senti mendigo.
Longe está o espaço onde existem os grandes voos e onde a música vibra solta A cidade deserta é o espaço onde o poeta sonha os grandes voos solitários Mas quando o desespero vem e o poeta se sente morto para a noite As entranhas das mulheres afogam o poeta e o entregam dormindo à madrugada.
Terrível é a dor que lança o poeta prisioneiro à suprema miséria Terrível é o sono atormentado do homem que suou sacrilegamente a carne Mas boa é a companheira errante que traz o esquecimento de um minuto Boa é a esquecida que dá o lábio morto ao beijo desesperado.
Onde os cantos longínquos do oceano?... Sobre a espessura verde eu me debruço e busco o infinito Ao léu das ondas há cabeleiras abertas como flores — são jovens que o eterno amor surpreendeu Nos bosques procuro a seiva úmida mas os troncos estão morrendo No chão vejo magros corpos enlaçados de onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.
Muito forte sou para odiar nada senão a vida Muito fraco sou para amar nada mais do que a vida A gratuidade está no meu coração e a nostalgia dos dias me aniquila Porque eu nada serei como ódio e como amor se eu nada conto e nada valho.
Eu sou o Incriado de Deus, o que não teve a sua alma e semelhança Eu sou o que surgiu da terra e a quem não coube outra dor senão a terra Eu sou a carne louca que freme ante a adolescência impúbere e explode sobre a imagem criada Eu sou o demônio do bem e o destinado do mal mas eu nada sou.
De nada vale ao homem a pura compreensão de todas as coisas Se ele tem algemas que o impedem de levantar os braços para o alto De nada valem ao homem os bons sentimentos se ele descansa nos sentimentos maus No teu puríssimo regaço eu nunca estarei, Senhora...
Choram as árvores na espantosa noite, curvadas sobre mim, me olhando... Eu caminhando... Sobre o meu corpo as árvores passando... Quem morreu se estou vivo, por que choram as árvores? Dentro de mim tudo está imóvel, mas eu estou vivo, eu sei que estou vivo porque sofro.
Se alguém não devia sofrer eu não devia, mas sofro e é tudo o mesmo Eu tenho o desvelo e a bênção, mas sofro como um desesperado e nada posso Sofro a pureza impossível, sofro o amor pequenino dos olhos e das mãos Sofro porque a náusea dos seios gastos está amargurando a minha boca.
Não quero a esposa que eu violaria nem o filho que ergueria a mão sobre o meu rosto Nada quero porque eu deixo traços de lágrimas por onde passo Quisera apenas que todos me desprezassem pela minha fraqueza Mas, pelo amor de Deus, não me deixeis nunca sozinho!
Às vezes por um segundo a alma acorda para um grande êxtase sereno Num sopro de suspensão a beleza passa e beija a fronte do homem parado E então o poeta surge e do seu peito se ouve uma voz maravilhosa, Que palpita no ar fremente e envolve todos os gritos num só grito.
Mas depois, quando o poeta foge e o homem volta como de um sonho E sente sobre a sua boca um riso que ele desconhece A cólera penetra em seu coração e ele renega a poesia Que veio trazer de volta o princípio de todo o caminho percorrido.
Todos os momentos estão passando e todos os momentos estão sendo vividos A essência das rosas invade o peito do homem e ele se apazigua no perfume Mas se um pinheiro uiva no vento o coração do homem cerra-se de inquietude No entanto ele dormirá ao lado dos pinheiros uivando e das rosas recendendo.
Eu sou o Incriado de Deus, o que não pode fugir à carne e à memória Eu sou como velho barco longe do mar, cheio de lamentações no vazio do bojo No meu ser todas as agitações se anulam — nada permanece para a vida Só eu permaneço parado dentro do tempo passando, passando, passando...
2 notes
·
View notes
Text
POV - parte 1.
Deitada na banheira vazia do dormitório, Layla buscava privacidade para ouvir a melodia que ecoava dos fones de ouvido. O ipod estava sobre o peito, afagado por ambas as mãos sobrepostas como num abraço. Nos cantinhos dos olhos, brilhos perolados se amontoavam.
De vez em quando, adquiria no mercadão alguns itens vindos de Shadowland. Era uma seção escassa e de preços exorbitantes, mas itens geralmente inúteis. Admitia que divertia-se em presenciar o vendedor enfeitar de adjetivos os objetos mais mundanos.
"Este aqui? Oh, um engenhoso dispositivo de tortura!" diria ele com pompa, exibindo o mais vagabundo dos abridores de latas. Noutras, Layla via-se verdadeiramente intrigada, incapaz de discernir a verdade. "Este aqui, de tão profano, chega a ser ilegal do lado de lá. É como os humanos conseguem sua mágica!" dissera ele certa ocasião, com uma risada sombria e olhar ainda mais obscuro, dando petelecos num saquinho de ziplock transparente preenchido até a metade por um pó esbranquiçado. "Para onde acha que vai o pó dos contos que se esquecem do prazo de validade?"
Com os pelinhos dos braços eriçados e o coração desconfortavelmente acelerado, recusara o pó de gente morta, mas ao bater os olhos no reprodutor de música portátil, Layla soube que precisaria levá-lo. Havia ela própria morrido em meados de dois mil e onze, no auge da disseminação das redes sociais e da pirataria de mp3, e não só possuíra um daqueles como costumava carregá-lo consigo o tempo inteiro. Tinha playlists para as mais diversas ocasiões, fossem alegres ou tristes, enfadonhas ou animadas; para as intermináveis viagens de carro até os consultórios médicos ou para as aventuras épicas das páginas dos livros. Música era o grande combustível para sua imaginação, e confessava até, no começo, ter caminhado pelas ruas da Terra do Nunca sentindo falta do som baixo de uma orquestra lhe seguindo.
Mas aquilo que ouvia ali, observando o prateado da lua atravessar a janela alta e banhar calidamente as paredes do banheiro, era mais intenso do que qualquer sonata. Lágrimas rolaram pelas bochechas coradas.
"Baby, baby, baby, ooh…" Layla cantarolou baixinho, pondo-se a soluçar.
Tomada por uma nostalgia repentina, fechara as mãos nas bordas da banheira e se impulsiona para fora de sua cova improvisada, rumando em direção à porta. Os passos, decididos, tornavam-se mais e mais lentos a medida que de fato se aproximava, e demorou o dobro do tempo somente para encostar na maçaneta. Layla fechou os olhos e respirou fundo. Quando tornou a abri-los, estavam acesos como lavandas ao sol.
O frestear da porta também revelou uma claridade inesperada para a noite, marcando o chão do banheiro numa fina linha reta de luz. Do outro lado, não havia mais o quarto que compartilhava com Lector, mas sim aquele que a havia pertencido muitos anos antes, com suas cortinas brancas esvoaçando sobre janelas abertas e seu antigo computador de gabinete; com sua cama de lençóis coloridos e sua tímida estante repleta de brochuras; com parcela de uma parede oculta por posters de artistas como as Pussycat Dolls, os garotos do Big Time Rush e o próprio Justin Bieber, todos desbotados pelo tempo e descolando aqui e ali nas bordinhas - a única evidência real de que não tinha viajado para o passado.
Aquele era o ângulo da porta do armário, ela percebeu, e percebeu também que parecia seguro escancará-la. Mas algo a impedia. Layla estava dura como estátua de górgona, dilacerada entre o desejo de imergir naquele mundo e o medo de dar o primeiro passo. E se perdesse os poderes ao atravessar? E se ficasse presa? Conseguiria encontrar o caminho para o portal da floresta em menos de duas horas? O que aconteceria depois das duas horas? Por que só duas horas?
Todos esses questionamentos se embolavam na nova letra aos ouvidos, soando como contra-argumentos. “How many bags you packed just to take ‘em back, tell me that”, pedia Justin, incentivando-a ao inimaginável. “But no more! If you let me inside your world, there will be one less lonely girl.”
Layla enfim abriu toda a porta, e seus cabelos balançaram com a brisa de Shadowland.
[...]
#*pov#parte 1#fdkshfsd eu comecei isso aqui ouvindo moonlight sonata#onde foi que DESVIRTUEI KKKKKKKKKK
7 notes
·
View notes
Text
Quem sou eu?
Antes de procurar entender este questionamento que talvez seja a pergunta que todas as pessoas que já viveram neste planeta já se fizeram, eu afirmo: “A religião é a tentativa de colocar toda a água do mar em uma garrafa. Espiritualidade é a percepção de que dentro de você existe um oceano”.
Esta afirmação que coloco aqui não tem como objetivo desrespeitar nenhuma pessoa que opta por ser religioso, mas sim provocar uma reflexão baseada na minha experiência pessoal.
Desde pequeno fui criado dentro de valores cristãos, o que não vejo como algo negativo, mas sempre senti uma resistência em aceitar as regras e dogmas do catolicismo. Não sei bem como isso nasceu dentro de mim, mas como minha mãe dizia eu era sempre do contra... rss.
Busquei um caminho solitário, diferente, pois nunca me senti bem dentro do cardume, pois isto me remete a um questionamento; como uma veste pode caber em todos de forma confortável se cada um tem uma medida?
Algo me dizia que eu deveria encontrar a minha verdade, mas o que isso significou?
Quando afirmo que a religião é a tentativa de colocar toda a água do mar em uma garrafa, quero dizer que as instituições religiosas procuraram criar regras, livros, mandamentos, para instruir as mentes de seus fiéis com o objetivo de um controle social antes de tudo. Mas como um livro, ou um conjunto de crenças pode estar acima do sentir, ou da sua conexão espiritual que está baseada na sua experiência existencial.
Somos diferentes em relação as experiências que escolhemos, tanto inconscientemente ou conscientemente.
Ao afirmar que espiritualidade é a percepção de que dentro de nós existe um oceano, quero dizer que para existir esta percepção, deve existir a experiência. É exatamente aí que se encontra para mim a encruzilhada.
Enquando a religião propõe a aceitação de um dogma, ou um conjunto de regras, para se conectar com Deus, a espiritualidade te joga na experiência, em um caminho individual e solitário, onde as suas escolhas acontecerão a partir da viagem que você decidiu fazer. Delegar o poder de fazer escolhas para mim é um ponto crucial para entender como funciona a mente humana atualmente.
Pois todo o desentendimento atualmente, seja no campo ideológico, religioso, ou social está ligado a um conjunto de crenças que foram plantados na mente humana e geraram comportamentos emocionais negativos, como a vitimização, o julgamento e a culpa. O resultado são apegos e controle.
Ao contrário, quando você escolhe o caminho solitário de se conectar com a sua espiritualidade, irá se deparar com o desafio do desapego, e caso você consiga se expressar sem apegos, o controle desaparecerá naturalmente.
Gerações e gerações foram contaminadas por crenças que não podiam ser questionadas, assim a humanidade substitui a experiência de sair sozinho em seus mares emocionais a fim de lutarem com seus dragões internos, pelo controle religioso.
Estas batalhas são essencialmente a experiência de procurar saber quem somos, pois elas nos colocam em situações limites despertando todas as nossas qualidades espirituais. E quais são elas? A confiança em si, a coragem, o auto perdão, e a autocompaixão. De que outra forma podemos despertar estes sentimentos?
Seria como dizer: “olha, você não precisa ir lá, eu te conto como é”
Mas ir lá é o aprendizado fundamental na existência, pois a viagem da alma esta baseada no livre arbítrio que se funde no aprendizado decorrente das escolhas que ela sente que deve fazer. Aprender é o ato mais sagrado que posso imaginar, pois é um ato de amor. Somente o aprendizado pode nos levar ao autoconhecimento de quem somos, e esta viagem do aprender é o próprio amor. Somente o amor pode transcender a dualidade.
Desde criança olho para as estrelas. No início as via de forma nostálgica, como se sentisse saudades de algum lugar. Hoje não sinto mais esta nostalgia, pois aquela Luz que parecia distante já não está mais longe. A minha percepção mudou, pois me lancei na experiência de buscar a verdade, e que na minha maneira de sentir, nenhum livro poderia substituir.
A verdade ainda está distante, percebo isso claramente, mas sei que ela está dentro de mim. Parece antagônico que algo distante possa estar dentro de mim, mas esta é uma Lei Hermética, a lei da correspondência. Toda imensidão de fora tem um espelhamento com o nosso mar de dentro.
Para saber quem sou ainda me falta navegar muito, muito pelos meus mares internos, e esta tarefa cabe apenas a mim, e para esta tarefa carrego a honra de estar vivo neste planeta.
Beto Pandiani
2 notes
·
View notes
Text
@algumasblog @solevenus
@themousefromfantasyland
Quando eu era criança, eu escutava muito este CD que me foi dado, se não me engano, pelos meus avós:
No CD, estavam gravados áudios que originalmente eram de discos de histórias infantis da década de 1950, originalmente gravados pela companhia RCA Victor, com as vozes dos personagens interpretadas pelos atores da companhia Elenco Rádio Teatral, enquanto a música era função do grupo Zaccarias e sua Orquestra.
Nesta foto da parte de trás do CD, tem uma lista das histórias resgatadas:
Assim como na Coleção Disquinho, Branca de Neve e os Sete Anões e A Gata Borralheira eram recontos em rádio teatro das versões da Disney das histórias (com autorização do estúdio).
Já os outros contos eram com canções e roteiros originais, pois ainda não haviam sido adaptados como longas pela Disney.
A Flauta Mágica era um outro título para a história do Flautista de Hamelin.
O Soldadinho de Chumbo era uma fiel adaptação do conto triste de Hans Christian Andersen.
A Galinha dos Ovos de Ouro era um outro título para uma adaptação de João e o Pé de Feijão.
E A Onça e O Cabrito é um conto brasileiro hoje pouco conhecido.
Alguns dos áudios dessas histórias eu consegui encontrar no site Discografia Brasileira.
Um dos contos que eu queria destacar é A Galinha dos Ovos de Ouro, porque ele tinha três detalhes criativos: ao invés de João, o herói era chamado de Luisinho (se querem saber minha opinião, eu acho uma boa alternativa, pra gente não confundir esse herói com o João de João e Maria), no lugar de um pé de feijão, a árvore era um pinheiro gigante, e ao invés de uma harpa mágica, havia uma flauta mágica que tocava sozinha (belos sambas e boleros).
Quem tiver curiosidade, para ouvir A Galinha dos Ovos de Ouro, os links estão aqui:
#themousefromfantasyland#rca victor#contos de fadas#fantasia#zaccarias e sua orquestra#elenco rádio teatral#nostalgia
5 notes
·
View notes
Text
Arboreality: uma pequena ode ao mundo em declínio
Houve uma altura em que não ia passar o fim-de-semana ao Alentejo sem levar comigo o portátil, a pesar na mochila, nas horas de ida-e-volta do Intercidades (agora que conduzo e tenho carro, e que troquei as quatro horas de leitura da viagem para ganhar a capacidade de transportar aquilo que bem me apetecer de cima para baixo e de baixo para cima, deixo quase sempre o portátil na secretária em Lisboa. O que talvez diga qualquer coisa a meu respeito, não sei bem o quê). Desta vez teria dado jeito para escrever o rascunho deste texto, quiçá para publicá-lo logo no blogue algures durante o Domingo. Assim, como não só deixei o computador em casa como também me esqueci do caderno de bolso que anda quase sempre comigo, tive de recorrer a um dos meus cadernos antigos dos tempos do Secundário (já lá vão mais de 20 anos!) que ainda tenho na estante do quarto em casa dos meus pais. Enfim, é o que se arranja.
(Nestas alturas noto quão má se tornou a minha caligrafia. Eu sei que consigo fazer bem melhor - tenho de praticar isto.)
Mas a ideia hoje não é falar sobre a escrita à mão nos cadernos da adolescência, ou sobre as vantagens e desvantagens do comboio face ao transporte próprio, mas sobre o livro que li durante o fim-de-semana. E esse livro é Arboreality, da canadiana Rebecca Campbell.
Cheguei a este livro através da lista de finalistas do Prémio Ursula K. Le Guin de 2023. Tive a esperança de que o extraordinário The Spear Cuts Through Water, de Simon Jimenez, levasse a distinção - é um livro espantoso, um dia destes falarei dele aqui - mas quem acabou por ganhar o prémio foi este pequeno livrinho de pouco mais de cem páginas. Nele, Campbell recupera o conto An Important Failure, publicado originalmente em 2021 na revista online Clarkesworld e já então distinguido com o Prémio Theodore Sturgeon, expande-o para trás e para a frente através de contos interligados (quase como as árvores entrelaçadas que ganham relevância no texto), e cria uma narrativa multigeracional de sobrevivência durante o longo e inevitável desastre ecológico que talvez seja o nosso futuro colectivo. E fala de árvores. De imensas árvores.
Admito: as duas primeiras histórias, Special Collections e Controlled Burn, deixaram-me a pensar como diabo teria o livro chegado à nomeação, quanto mais à vitória. São bons contos, atenção - bem escritos, com uma voz melancólica cativante, ainda que isoladamente não me tenham parecido extraordinários. Mas a meio da leitura da terceira parte, a tal An Important Failure, tudo se encaixou na perfeição. Como se as sementes discretas que a autora foi semeando nas duas primeiras partes germinassem ali de forma quase explosiva.
E digo quase porque nada em Arboreality é apressado - algo que talvez só notemos mais tarde, e que é espantoso. Ao ler as palavras de Campbell vamos descobrindo um mundo em declínio acentuado, assustadoramente plausível - pode ser o nosso numa mão-cheia de anos -, seja através de uma biblioteca inundada ou pelo abandono progressivo de um subúrbio, entregue à flora e ao fogo. Vemos esse mundo a encolher em redor das personagens, até a pequena ilha e as paisagens que os seus olhos vêem se tornarem em quase tudo aquilo que conhecem. Arboreality não é um livro de acção - não há heróis e vilões no sentido convencional do termo, não há esforços hercúleos para impedir uma catástrofe iminente. A catástrofe já chegou - lenta, pesarosa inevitável. O que aquelas personagens fazem é sobreviver no desastre, tentando abrandar o declínio em seu redor por mais um pouco, criar algo local no meio da devastação global. A prosa de Campell, limpa e evocativa, encerra uma imensa melancolia, tanto pela nostalgia de um passado de abundância que se perdeu, mas que perdura na memória, como pela incerteza de um futuro que está longe de estar ganho. Personagens, e situações são descritas com uma economia assinalável, sem esforço aparente (mas bem sei quão difícil é escrever de forma tão simples). E assim, em 114 páginas, se conta uma história - várias histórias - belíssima, nostálgica, algo triste mas ainda assim cautelosamente optimista. É um prodígio de síntese, de eficácia narrativa, de beleza da palavra.
Não seria talvez minha escolha para vencer o prémio, mas uma vez lido não tenho dúvidas: Arboreality é um justíssimo vencedor. Mais do que isso: é um livro que Ursula K. Le Guin decerto apreciaria.
(A fotografia foi tirada no Domingo, com o livro nos braços de um sobreiro jovem que vai crescendo perto da casa dos meus pais, no Alentejo. Pareceu-me um lugar apropriado, dado o tema deste livro maravilhoso.)
3 notes
·
View notes
Text
Oi oi, booklovers!
Hj vamos falar dos meus livrinhos de conforto, vulgo os que releio com uma frequência preocupante. Tem uns até que não gosto muito, mas era o que tinha pra ler na época (quarentena, sem ir pra biblioteca, coisa e tal).
🤎| Pollyanna Moça
Pollyanna é um dos meus xodós mas, para ser sincera, quando releio ele, não releio inteiro (pq o começo é meio entediante), só de "O Monstro de Olhos Verdes" pra frente - pra vcs terem noção, tem até um marcador no capítulo, um negócio que eu devo ter feito com uns 10 anos.
Diferente do primeiro volume de Pollyanna, aqui o jogo do contente não é tãoooo abordado, afinal, ela cresceu. Por outro lado, temos novos personagens e, é claro, aquele romance básico que todo mundo ama.
🧡| A Menina que Roubava Livros
Releio muito esse livro, nem só pela nostalgia ou pela poesia - não sei se é exatamente poesia, mas sei lá...a forma que o Markus Zusak descreve as coisas de um jeito diferente dos outros, sabe? Tipo "o céu parecia uma sopa", "ruas engorduradas" e coisas assim. Até a própria diagramação do livro contribui pra levar a gente pra outro mundo. Uma verdadeira obra de arte. - mas pra lembrar das coisas, já que o livro é enorme e alguns detalhes vão se perdendo com o tempo.
🤎| Crônicas de Avonlea
O único da saga Anne que se "salvou".
Tá entre aspas pq, apesar de ser um dos meus livros de bolsa, não gosto de todos os contos. No máximo, A Pressa de Ludovic e aquele da Lucinda (se vc não encontrar por esse nome, esses são os nomes dos personagens). Mas enfim, levo junto pra qualquer lugar pq é uma coisinha bem tranquila :)
🧡| Amor e Gelato
Sinceramente, faz um tempinho desde a última vez, pq eu lia DIRETO na pandemia, - era isso ou o MVFS1 que peguei da biblioteca do colégio e acabou passando dois anos comigo 🤡 - quase decorei.
🤎| O Cão dos Baskerville
Meu xodó do Sherlock kkkkkkk eu amo O Cão dos Baskerville por vários motivos - acho que nem vou dizer nada pra não dar spoiler -, mas principalmente a amizade do Watson e o Sherlock (qualquer coisinha sobre eles eu já tô tipo: "🛐").
~ obs: amo a amizade, não quer dizer que shippo os dois, tá? São duas coisas completamente diferentes (até hj n entendo qm shippa, mas deve ser coisa do fandom de Sherlock da BBC - nada contra a série, a caracterização é incrível mesmo se passando nos tempos atuais)
🧡| O Último Caso de Sherlock Holmes
Por coincidência (ou não) O Último Caso tbm é o único outro livro da saga que tenho físico. Tem vários contos, mas meu preferido é o dos Planos de Bruce-Partington. Provavelmente é o conto que eu mais lembro da história.
☕| Quais livros vcs acham que valem a pena ler de novo?
Bjs e boas leituras <333
7 notes
·
View notes
Text
Jáouviu falar de Junji Ito? Considerado um dos maiores mangakas de terror japonês da atualidade, Ito é famoso por criar diversas estórias de terror, exaltando uma genialidade que constrói uma personalidade única e cativante presente em todas os seus quadrinhos, reunindo leitores ao redor do mundo e formando uma poderosa base de fãs. Suas páginas de mangás foram impressas e traduzidas em vários países, popularizando cada vez mais seu nome. Eventualmente, diversos estúdios apareceram para fazer adaptações em live action e anime, esperando pescar parte dessa grande audiência e também divulgar a grandeza do autor. Desde os anos 2000, o mangaka teve mais de 20 obras adaptadas, o que não é pouca coisa.
“Maniac” ou “Histórias Macabras do Japão” é a mais atual delas, uma animação original Netflix de 20 contos divididos em 12 episódios, buscando trazer uma experiência assustadora para os amantes de Junji Ito.
Automaticamente, toda adaptação provoca alguns questionamentos, como: “Será que isso é fiel ao mangá?” ou “Será que o mangá é melhor?”.
Ao assistir “Maniac”, a primeira surpresa são características técnicas: pouco de detalhamento na arte, baixa quantidade de frames e uma trilha sonora genérica, visto que estamos em uma geração de animes gananciosa no uso de tecnologias em cores, texturas e rápido movimento.
No material original, é evidente a qualidade que Ito entrega na composição sombras, texturas e expressões faciais. Ver “Maniac” garante um choque instantâneo nesse quesito, mas não um grande descontentamento.
Nesta adaptação, podemos ver ótimos episódios como “Balões Pendurados” e alguns contos de Tomie e Souichi (personagens recorrentes de Ito) nos concedem uma pontinha de nostalgia.
Alguns contos conseguem se sustentar, considerando os roteiros e o pouco da personalidade de Ito, mas este pouco não sustenta uma experiência completa.
“Maniac” tenta trazer uma animação complexa e assustadora, abraça a nostalgia dos fãs e apresenta uma pequena fração do autor, mas, nesse caso, o mangá é bem melhor.
Levando tudo em consideração, pontuamos “Maniac” com 2/5, pipoquinhas: é uma adaptação interessante para os que não conhecem a obra de Ito, mas dificilmente agrada aos fãs.
2 notes
·
View notes
Text
vengo a contar la historia de mi vida para contextualizar la mayor crisis que tuve sobre mi persona en el ultimo año.
resulta pasa y acontece que yo para definir una carrera la cual estudiar me fije en que queria hacer en el futuro y como la persona tan selfless que soy dije "quiero curar el cancer" entonces dije "uuu genetica" pero resulta que no habia en tucuman y solo habia en el interior de bsas y en misiones y mi madre no queria que yo me vaya sola a ninguno de esos dos lugares entonces todo murio ahi e iba a estudiar biotecnologia aca en tucuman hasta que volvio a surgir el tea porque a pia nos conto cuanto salia la cuota de la unsta y mi vieja dijo "con esa plata te mando a estudiar afuera" Y SE PUSO A AVERIGUAR a todo esto era 20 de diciembre y yo supuestamente ya tengo todo par empezar acá en febrero osea e un mes y medio masomenos, pero como mi madre es upite y parece que se olvido que habiamos tenido esta conversacion a principio de año se puso a investigar y resulta que ahora no le parecia tan mal la idea de que yo e vaya a estudiar lo que yo quiero que es licentuara en genetica, a lo cual a mi me embolo un toque porqur tranquilamente podriamos haber hecho las cosas bien y haber hecho el proceso de dejar todo DURANTE EL AÑO anyways ahora viene mi crisis
debido a que esto paso muy rapido yo el 19 estaba tranquila subiendo todos los papeles a campus de tucuman y el 21 mi vieja estaba viendo departamentos en pergamino nunca tuve el tiempo para procesar esta decision, no era que me cambiaba de carrera y pasaba de estudiar en la quinta a irme a filo y letras; no, era mudarme sola a otra provincia donde no conocia a absolutamnete nadie y dejar TODO lo que me hizo bien este año y me mantuvo mediantemente estable mentalmente, dejar mis lugares seguros de los sabados, algo que me habia hecho tan feliz durante tanto timepo. y todo esto no es que me cayo de una un domingo a las 19 por la nostalgia comun de domingo sino que ese dia marcos (mi profe de baile) en la muestra dijo que muchos de nosotros el año que viene no ibamos a seguir y que estaba bien porque significaba que estabamos creciendo y floreciendo en personas que él formo durante todo el año de las cuales esta orgullosa y realmente decir que me quebre es poco, porque ahi me cayo la ficha de como cambie este año y como ciertas cosas me formaron como persona. No me siento lista ni en lo mas minimo para dejar todo lo que construi en tucuman pero lo tengo que hacer porque ya me decidi, primer año lo voy a hacer en tucumán porque es lo mas conveniente debido a la falta de tiempo y de ahi pedire el cambio a bsas para crear una nueva vida, mi nueva vida.
0 notes
Text
ROSAEZUL1
Você não veria diferença ao olhar por cima. Na superfície se parece exatamente como nossa sociedade, jovens aos telefones, bullying, tecnologia, tiktok, twitter e instagram, os adultos cansados e típicos millenials se divertindo com a nostalgia de tentar se recriar nos novos espaços tecnológicos que, na opinião deles, tem funções demais. Porém algo foi fundamentalmente afetado, todos viviam com uma tristeza no peito que não sumia por nada, logo foi declarado uma espécie de pandemia de sintomas depressivos em toda a população mundial e todas as medidas possíveis foram tomadas, embora fosse muito difícil já que 90% das pessoas se sentiam indispostas para fazer tarefas - mas não se preocupe, este não é um conto de tragédia. Algumas poucas pessoas, especificamente todas em casais ou com vida sexual mais ativa, possuíam uma certa resistência aos sintomas depressivos. Entretando, desculpe se isso lhe decepcionar, mas este também não é um conto de romance. Não será o amor que salvará os compulsivamente deprimidos.
Claro que assim que foi identificado esse certo padrão de resistência nas pessoas, as com as devidas competências que não estavam nada ou pouco atingidas pela “Deep Depression”, um grupo internacinal de pesquisa em nome de todo o globo com pessoas de todos os países foi formado para desvendar a doença psicossomática sem causa aparente que assolava toda a sociedade. Os jovens compartilhavam recortes de fotos com cores desfalcadas em suas redes sociais, com frases de filósofos antigos – não para demonstrar intelectualidade, mas porque o conteúdo que todos passaram a produzir e consumir eram reflexões profundas e tristes sobre a realidade da vida, por isso foi apelidada de período da “Deep Depression”, tudo parecia resultar de um lugar doloroso de profunda honestidade do coração de todos, ao ponto de lotar bares e restaurantes quase o dia todo, mas todos se sentiam distantes, não se ouvia uma alma conversar. Porém há sempre exceções, não esqueça que este conto não é uma tragédia. De todo o grupo que tentava desvendar como curar um mundo doente pela tristeza, um casal gay – muito mais raro nesse mundo do que no que você poderia imaginar, esse mundo superficialmente é idêntico ao que imaginaríamos de um mundo comum, porém os papeis de gênero são muito fortes com relação a como se portar, mesmo que sexualidades não sejam um problema. O efeito disso é a existência de pouquíssimos casais gays, mesmo que eles não sofram muita discriminação por serem gays, apenas caso sejam afeminados. Preste bem atenção a estas informações leitor, elas serão muito importantes logo. Este casal gay membro do comitê internacional de pesquisa pandêmica (CIPP), possuía amizade com outro casal gay que se formou depois de todos terem entrado no formado CIPP, eles faziam encontros de 14 em 14 dias nas casas deles em alternância para beber, jogar, assistir e conversar – bom, fazer o que amigos fazem, embora isso seja raro nos momentos de hoje em dia devido a pandemia de sintomas depressivos, ninguém mais costuma ter vontade ou disposição e até auto estima de conseguir se encontrar com outras pessoas e se divertir, o ponto que preciso trazer à você agora, leitor, é na verdade o seguinte; eles se sentiam muito confortáveis nesses momentos, e se soltavam completamente, além disso, foram os únicos casais gays que não separaram em mais de 3 semanas depois de estarem juntos, por último um dos rapazes do segundo casal era bissexual e mantinha um relacionamento pouco tempo antes de ser formado o CIPP. Em uma de suas reuniões de duas em duas semanas, estavam cantando músicas antigas de cantoras pop que hoje em dia encerram sua carreira porque não querem mais trabalhar e seu público perdeu o interesse em se entreter. De repente um deles, que cantava como em um dos falecidos estabelecimentos de entretenimentos conhecidos como karaokê, para instantaneamente de cantar com a mão pra cima que estava levantada por reproduzir a coreografia do clipe. Desligou a música. Nesse momento todos poderiam começar a perguntar o que aconteceu, mas se conheciam muito bem – aquele olhar queria dizer algo.
- Acho que entendi.
Todos estagnados, um deles diz calmamente para que ele diga o que ele pensou e, respirando bem fundo, ele fechou os olhos e abriu lentamente se preparando para começar a falar
- Primeiramente, eu já espero que me considerem lunático, mas ouçam, falta mulheres nos homens e homens nas mulheres. Deixe-me ver... Quando alguém que manifesta o que a gente considera como características masculinas se conecta mais profundamente com características e energias que a gente identifica como sendo mais femininas, é como se ficasse completo e é dai onde vem a resistência. Vê: eu era o mais animado de todos vocês três quando nos conhecemos e eu tinha uma relação bem verdadeira com uma garota meses antes de entrar para a CIPP, se perceberem os casais de lá com o tempo também foram ficando mais “normais e dispostos”, vocês sabem, nós fazemos exames constantemente por causa do trabalho e analisamos nossos resultados também. Os casais no CIPP passam quase todo o tempo juntos nos laboratórios, suas relações se tornam bem profundas. E no nosso caso nós reunimos duas vezes por mês e incorporamos comportamentos dessas características femininos durante horas. Acho que todos estão se deprimindo porque estão literalmente incompletos interpretando um papel de gênero específico e reprimindo o outro.
Silêncio
Todos concordaram em levar a teoria que até então ninguém sabia se considerava absurda ou real para ser avaliada no centro do CIPP que eles trabalhavam. E ao analisar todas as informações que podiam, desenvolveram, sozinhos em silêncio da equipe, uma espécie de tratamento utilizando as avançadas IAs que acabaram sendo criadas como resultado nos trabalhos da CIPP tentando curar a Deep Depression.
Quem seria a cobaia?... Como definir isso... e será que estão no caminho certo?
0 notes