#com @theatrangel

[horrorwrcter]

❛ I want to interview you. ❜ com @theatrangel

em floricultura blooming affairs

"Me entrevistar?" Abaixou o óculos que utilizava apenas para que a outra pudesse ver a confusão por trás dos seus olhos. Acreditava que, mesmo que os livros que escrevia fizessem sucesso e fosse uma escritora consideravelmente acessível, Christine era uma das últimas pessoas que desejavam entrevistá-la por algum motivo. Wendy sempre apreciou a presença da mulher, principalmente porque já tinham se encontrado algumas vezes por onde a ópera passava. Era uma grande viajante, então não era de se esperar que nutrisse uma amizade um pouco distante com a outra, mesmo que apreciasse a presença alheia. "Não deveria ser o contrário? Tenho certeza que você deve ter algumas histórias bem interessantes para contar."

[erikxphantom]

Erik assentiu, o sorriso em seus lábios espelhando o dela ao tornar-se mais largo. "Claro que não, por favor, fique com ele.", deveria ter outras cópias em seu estoque, como de costume. E caso não tivesse, também não se importaria, gostava da ideia de Christine ter algo que o lembrasse, mesmo que não fossem suas palavras ali, existia o momento compartilhado e isso já lhe bastava. Ouvi-la chamá-lo pelo nome, despertou a mesma reação da primeira vez, o engolir seco enquanto uma corrente de tensão subia sua espinha. Concordou, novamente. "Força do habito.", comentou com um riso envergonhado. Precisava admitir que não eram os mesmos, que as formalidades não cabiam mais dentro daquela relação que estavam explorando. "Tentarei lembrar-me disso, Christine.", de chamá-la pelo nome, e dela gostar quando o fazia. Observou-a deixar o livro de canto e arrastar alguns outros para seu colo, curioso com os títulos que veria em sua seleção, jamais esperou que um dos seus fosse aparecer no meio deles. Ele sorriu, fraco e sem jeito diante o elogio, tomando a liberdade de pegar o próprio livro das mãos dela. "Minha opinião é um tanto suspeita, costumo gostar de quase tudo que escrevo.", replicou enquanto foleava o livro, parando numa página específica que bem conhecia. Erik não participava das divulgações, não fazia leituras, não respondia dúvidas, o máximo que acontecia era alguns autógrafos em momentos reservados. Não queria associar sua escrita a imagem do Fantasma, nem influenciar seus leitores com sua narrativa das histórias. No entanto, naquele momento, ele se permitiu uma breve leitura, assim como Christine havia feito instantes antes. "It's raining. I feel my clothes soaking wet, weighed down by the rain, while my heartbeats feel sluggish under her gaze.", o tom de voz diminui, quase como sussurro, uma ideia posta em voz alta. "I touch her face, with the urgency to feel her, unconsciously sinking into her hazel eyes. — I love you. — I say shakily, almost having to force my voice out. — Not a day has gone by since we met that I haven't loved you. I just didn't realize it until now.", concluiu, soltando um suspirar involuntário ao final das palavras, antes de fechar o livro para devolvê-lo a Christine. "Algum outro, talvez. É melhor continuar este em outro momento.".

Havia um toque de humor - ou ironia - em ainda se ver refletida nele. Ainda eram as mesmas pessoas afinal, mesmo que em intensidades diferentes. Escaneava o rosto do outro em busca de algo, sem saber dizer o que exatamente. "Eu também." Disse, por fim. Quando o ouviu, um sorriso maior e mais empolgado apareceu em seu rosto, os olhos castanhos brilhando com a possibilidade de tê-lo. "Tem certeza? Não irá te atrapalhar?" Não o forçaria a lhe dar, mesmo que a possibilidade de ganhar um presente dele a deixasse feliz. Ao ouvir o 'senhorita' dirigido a si, tombou a cabeça levemente para o lado enquanto o encarava, algumas mechas perdidas caindo sob seu rosto. "Erik." Começou, o nome quase como uma carícia quando o dizia. "Pode me chamar de Christine. Está tudo bem." Reconhecia agora que já se conheciam o suficiente para passar das formalidades. "Se você quiser, é claro." Voltando a fitar o livro, acrescentou, mais suavemente: "Eu gosto quando você o fala." Como queria guardar alguns capítulos para ler sozinha em outro momento, Christine colocou aquele livro ao lado de outros e puxou mais alguns para o seu colo, observando suas capas para tentar adivinhar qual seria melhor para ler naquele momento. Viu, então, que um dos livros dele estava ali. Passou o indicador pelo seu nome, destacado na capa dura. Os olhos castanhos se voltaram para o homem, orgulhosa de ver um de seus lançamentos pela primeira vez, e também curiosa para saber o que estava escrito. "Acabei pegando vários. Um aqui é especial." Destacou, um tom de orgulho transparecendo em sua voz. "Mas você escolhe qual é o próximo. É o especialista aqui, afinal." Brincou, já que ele provavelmente escutava muito aquilo durante o dia.

[fadasugarplum]

CONHEÇA A DOCERIA BALLET & BONBONS.

atenção: SE VOCÊ JÁ IRRITOU SUGAR PLUM EM ALGUM MOMENTO, VOCÊ SERÁ BANIDO SEM AVISO PRÉVIO. Você pode até "não se lembrar do que fez" só porque Sugar Plum é "de um dos contos que geral esqueceu", mas sua foto continuará na parede!! Não insista!!

BANIDOS ATÉ AGORA: MIRANA @arainhabranca & CHRISTINE @theatrangel se você vê-las próximas da doceria, favor contatar Sugar Plum pelo Scroll imediatamente.

Todo tipo de doce que você pode imaginar tem na doceria Ballet & Bonbons:

Temos bombons, trufas, geleias, pirulitos, chicletes, balas, jujubas, cupcakes, bolos, sorvetes, pipoca doce, macarons, brigadeiros e até diversos doces regionais de onde seu perdido vem! Você pode levar tudo para viagem, mas também há mesas para que os clientes possam se sentar e assistir o show que as bailarinas em miniatura dão no pequeno palco próximo do balcão (tenha certeza que tem um binóculo com você, se quiser assistir de longe). Aos sábados e domingos, uma área externa é aberta para que todos possam relaxar e aproveitar o karaokê e uma fogueira com marshmallows, além da grande piscina de algodão doce. Nadar na piscina fofa é como flutuar sobre as nuvens, e todos descrevem a sensação como única, além de saírem de lá com cheirinho de morango. Muitos dizem que um cara acabou se "afogando" ali e ainda está "preso" em algum lugar beeem lá no fundo, e dizem que você ainda pode escutar seus "gritos de socorro", mas são apenas boatos! Não pense muito neles. E, se fosse verdade, quem não ia querer sobreviver comendo algodão doce pela eternidade?

Todos os doces vendidos na Ballet & Bonbons são feitos com muito amor na fábrica de doces de Sugar Plum, onde é proibida a entrada de visitantes por enquanto... mas Merlin já passou por lá e pode aprovar que tudo está em perfeito estado. Nenhum dos soldadinhos de chumbo que trabalham em sua fábrica estão sendo maltratados, como condiz na autorização assinada por Merlin de caneta rosa com glitter.

PS. NÃO ALIMENTAR AS MINI BAILARINAS E NÃO CHEGAR MUITO PERTO. ELAS MORDEM.

[detocarocoracao]

꧁༒☬𝓗𝓔𝓡 𝓛𝓘𝓟𝓢 𝓕𝓐𝓛𝓛𝓘𝓝𝓖 𝓞𝓝 𝓨𝓞𝓤 𝓛𝓘𝓚𝓔 𝓐 𝓚𝓘𝓢𝓢 𝓞𝓕 𝓓𝓔𝓐𝓣𝓗☬༒꧂

Talvez Halloween fosse uma data mágica com alinhamento das estrelas, pois um milagre havia acontecido. Carlota nunca usava preto, ela era viva demais para isso. Ou talvez fosse justamente o contrário, e esse pensamento durante as noites que culminaram em sua escolha. Ou o fato de que @solstcr não parava de falar o quanto ela não morria. De toda forma, Carlota estava de morte, a própria personificação... ou apenas seus beijos em @corvodiaval poderiam ser fatais. Ou em @wastedrusilla, sem contar as brigas com @joaoarmeiro...céus, ela esperava não topar com @theatrangel ou a morte poderia ser bem literal.. A lista era grande, e Carlota nunca se sentiu tão bem vestida para morrer.

[taeohact]

𝑾𝑨𝑵𝑻𝑬𝑫 𝑪𝑶𝑵𝑵𝑬𝑪𝑻𝑰𝑶𝑵𝑺. lista de conexões que gostaria para o taeoh. essa lista vai ser atualizada conforme eu for pensando em outras ideias. deixem um like ou me chamem no chat caso alguma lhe interesse.

𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞𝐬.

slumber party. no início de tudo, nas primeiras noites do c.c.c., taeoh não queria ficar sozinho. não por medo do que poderia acontecer e sim por medo do que ele poderia fazer e por isso essas duas pessoas e ele fizeram uma série de festas do pijama para distrair um pouco a cabeça e fazer skin care improvisada. desde então, se tornaram amigos próximos e mesmo no meio do caos tentam manter a nova tradição. ( FECHADO — 02/02 ). @svfiawitch & @navegadorsolitario

cobaias. desde que as chances de ir embora começaram a ficar menos realistas, taeoh está tentando entrar nos eixos e sua primeira aventura é na cozinha. ele não sabia fazer muita coisa além de miojo e cozinhar legumes, então agora ele está tentando coisas novas como bolos e alguns pratos salgados. esses muses são pessoas na vida de taeoh em que ele confia o suficiente para dar seus novos pratos. ( FECHADO — 02/02 ). @captainfcnix & @aliceadormecida

𝐢𝐧𝐢𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞𝐬.

challengers. essa pessoa joga tênis e joga tênis muito bem. no início, os dois começaram a jogar tênis de forma amigável, mas eventualmente as coisas tomaram um rumo ruim e agora eles só faltam sair no soco depois das partidas. ( aberto para canons e perdidos — 00/01 ).

vilão manipulador. esse vilão não suporta a personalidade inocente e extrovertida de taeoh e não vê como uma pessoa assim pode sobreviver nesse mundo e explora da bondade do taeoh, tentando manipular ele de todas as maneiras só para se divertir. ( aberto para canons — 00/01 ).

𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞. taeoh é bissexual, então nenhuma conexão tem restrição de gênero.

exes. taeoh e esse muse namoraram no mundo real e não acabou nada bem. a vida corrida dele acabou causando um rompimento nos dois e a necessidade de manter tudo em segredo sempre também. pode ter acabado pelo motivo de que taeoh nunca colocaria um relacionamento acima de sua carreira. ( aberto para perdidos — 00/01 ).

hot girl summer. o próximo passo no desenvolvimento do taeoh é literalmente quebrar ele de todas as maneiras possíveis e uma das atitudes mais destrutivas que ele pode ter no momento é ter o seu hot girl summer. ele está desiludido com a vida e sente que perdeu muitas oportunidades por ser certinho demais, ter sempre priorizado a carreira e ser ter começado a namorar depois dos 21. agora que ele está num lugar onde não vai existir julgamentos pelas suas atitudes, sinto que ele vai perder um pouco a noção. não dariam em nada claro, mas as vagas são ilimitadas no momento e podemos discutir como cada relacionamento vai nascer. ( aberto para canons e perdidos — 00/?? ).

𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬.

book club. taeoh nunca foi um grande fã de leitura, pois nunca teve tempo. agora que ele tem tempo de sobra, resolveu criar um clube do livro com algumas pessoas que conheceu e que também apreciam livros. quero com essa conexão poder turnar falando de livros e falando sobre a leitura num geral. os personagens não precisam necessariamente se gostar, mas apenas se aturarem por um bem maior. ( aberto para canons e perdidos — 02/03 ). @janepcrter, @navegadorsolitario

consultor de estilo. esse muse não tem senso nenhum de moda e depois que descobriu a conexão que taeoh tinha no mundo real começou a pedir ajuda para ele, considerando taeoh uma versão mais acessível da malévola. possivelmente esse muse quer impressionar alguém? taeoh também adoraria brincar de cupido. ( FECHADO para canons e possivelmente perdidos? — 02/02 ) @tremaiines & @theatrangel

colegas trabalho. ( aberto para empregados da ópera e da cruella — 00/?? )

dorameiros. esses personagens conheciam o trabalho de taeoh no mundo real. dependendo a pessoa pode ou não gostar do trabalho dele, ser fã ou hater. ( aberto para perdidos — 00/?? )

[chloewcldron]

starter fechado com @theatrangel

chloe não conhecia muito a história do fantasma da ópera, e por esse motivo, ainda tinha dificuldades em não colocá-los como perdidos também. só sabia que erik era dali porque ele próprio contou em uma das festas. enquanto estava na biblioteca, repentinamente interessada até demais em dragões, acabou se perdendo nele, encontrando com a outra. "ei... com licença. você sabe onde fica literatura de criaturas mágicas por aqui? sei lá, já que tô presa nesse inferno, melhor ler algo legal." tentou brincar ao final. "um livro com figuras seria melhor ainda..."

[tadeocapuleto]

starter call rapidinho

primeiro: diga uma letra - a ; b ; c ; d .

segundo: indique com qual char você quer interagir - 🔥 pro calcifer; 🌙 pro sandman.

terceiro: escolha uma frase das seguintes sentenças.

espere. você tem cócegas? 🔥 @hienadois

volte aqui! ainda não terminei com você! 🔥 @heartevter

você tem algo em seu rosto… bem aqui! 🔥 @coelhinhodapascoa

parece que estou em vantagem agora! 🌙 @lcstdina (mistério sobre a personagem escolhida)

não vou deixar você me vencer dessa vez! 🥰 @devsndrs

isso foi muito fofo. faça isso novamente. 🌙 @theatrangel

dissemos isso ao mesmo tempo. 🥰 @swampdolyn

isso não é justo! você trapaceou! 🥰 @bluestcr

você vai compartilhar isso comigo? 🥰 @girlonfirc

você acabou de fazer esse barulho? isso foi adorável.

não precisamos de música para dançar! 🥰 @arainhabranca

isso me fez pensar em você quando vi. 🌙 @snowhitcs & @ratoderua

ps. se tiver mais de um personagem, coloque o @ dele, caso queria que ele diga a frase acima, coloque - reverse.

[ocervc]

Augusto não gostava de estar fora da floresta, parecia que sempre que se disponha fora de lá, seu corpo não lidava muito bem com as coisas. Parecia mais frágil, descontente, como se precisasse de alguma maneira do acolhimento da mata, então quando se aventurou em busca de um emprego na cidade, um pequeno assobio do vento o fez tremer. "Ah não... Eu estou bem... Acho que eu deveria ter posto um casaco." Augusto se cobriu com os próprios braços, enquanto esperava o caminho se abrir para ele passar. Odiava essa coleção enorme de pessoas também. "Obrigado por se importar."

@theatrangel

[ossinhc]

𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 . 𓂅 @theatrangel ;

Ele finalmente tinha encontrado o visual ideal para ilustrar a matéria para o jornal do outro dia, após andar o dia todo carregando aquele trambolho que chamavam de máquina fotográfica. Tinha se posicionado e estava pronto para tirar a foto, sua última placa do dia, não podia ser desperdiçada. Posicionou bem a câmera e esperou que o movimento diminuísse para então fotografar, ouvindo o estalo alto que ela fazia quando a foto tinha sido tirada, satisfeito com o bom trabalho quando olhou para o local e viu uma pessoa parada. Foi o suficiente para que o seu sangue fervesse, ele perdeu sua última foto, pois a mulher achou que seria uma boa ficar parada bem ali. " você acabou de estragar minha foto. " anunciou um pouco irritado.

[rainhalouca]

onde: casa da ópera.

com: @theatrangel.

‘ were you awake all last night ? ’

“Bem, sim, mas isso não vem ao caso! Estou ótima!” Talvez um pouco mais maníaca do que de costume, Iracebeth fez um gesto com as mãos como se espantasse as palavras de Christine, tentando focar no que queria dizer. “Veja, com todo esse contato com os perdidos, eu acabei descobrindo algumas coisas novas,” suas palavras carregavam um tom ácido explícito, mas ela continuou falando, “e eu fui procurar algumas das peças do País das Maravilhas também, e agora acho que podíamos trazer algumas peças novas. Não só pra renovar mas pra competir com o Cinema Mágico! Não competir… Você me entendeu!”

[waves-and-babes]

Quem: @theatrangel Onde: Casa da Ópera

❝Você sabia que o ato de cantar libera endorfinas e oxitocina no corpo, o que pode reduzir o estresse e aumentar a sensação de felicidade? É por isso que cantar em grupo, como em um coral, pode criar uma conexão emocional tão forte entre as pessoas. Na verdade, algumas culturas antigas acreditavam que o canto em grupo tinha poderes de cura.❞ Começou a tagarelar assim que encontrou com a amiga, que a essa altura já estava acostumada com alguma curiosidade sendo jogada pra cima dela. ❝Não tenho total certeza do que exatamente é endorfina ou oxitocina, mas foi o que eu ouvi um perdido falando por aí, achei bem legal... Tipo, mesmo em um mundo que não tem magia aparentemente, eles ainda achavam coisas místicas.❞ Eric parou por um tempo como se pensasse, algo não muito constante na sua vida, ouvindo uma coisa ou outra sobre perdidos, ele não tinha certeza de se estava confundindo informações ou se alguma delas poderia ter algum fundo de verdade. ❝Você acha que talvez o mundo deles tenha magia e eles apenas não sabem disso? Talvez não magia como no nosso, talvez por lá funcione diferente... E se no mundo deles antes tinha magia, mas toda ela foi usada pra criar o mundo em que vivemos hoje? Já pensou o quão doido seria isso? Ah... É, desculpa. Como você está? As coisas estão indo bem por aqui?❞

[thegoldenarrow]

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏Já que havia temporariamente aberto mão do título de rei dos ladrões, rei dos resmungões lhe parecia um substituto justo. Assentiu solenemente, fingindo coroar a si mesmo com uma joia imaginária. ❛ I shall wear my title with pride. ❜ Aceitou com um sorriso orgulhoso, como se o hábito de reclamar fosse um hobby. ❛ Não me agradeça ainda, você está em dívida comigo e eu irei cobrar. ❜ Devolveu em forma de alfinetada, por muito que sua expressão entregasse a falta de seriedade. Se ajustou sobre a areia, o vento gelado de um dia que se tornava noite servindo para despertá-lo. Mesmo com o sol ainda no céu, já podia espiar ambas as luas competindo pelo espaço, e em breve as estrelas estariam no céu competindo por sua atenção. Por ora, se concentrou no que a amiga tinha a dizer, e o adjetivo por ela empregado para descrevê-lo o pareceu injusto – Robin sempre havia tido dificuldade em aceitar elogios genuínos, e em acreditar que os merecia. Naquela ocasião em particular, escolheu não os endereçá-los diretamente, na esperança de que a mudança de assunto disfarçasse sua hesitação. A escutou em silêncio conforme falava de sua vida, de seu pai, das crenças que regiam aquele mundo e da arte, seu olhar procurando pelo dela de maneira a demonstrar interesse. ❛ Seu pai era meio inclinado para a poesia, hein? O sol e suas duas luas... ❜ Robin pausou, ponderando a história que já havia ouvido um milhão de vezes. Alguns a considerariam romântica, mas só o que sentiu ao ouvi-la novamente foi tristeza. ❛ Qual das duas é a amante, e qual está fadada à solidão? ❜ Questionou, percebendo como o conto refletia a divisão e desigualdade nos reinos em que habitavam: duas luas, uma reverenciada e uma esquecida pela história. Talvez devesse incorporar a metáfora em seus discursos acalorados. A melancolia foi substituída pela preocupação ao ouvi-la falar sobre como vivia em função do trabalho, só vendo o sol e as luas através das lentes de sua arte. Voltou seu rosto em direção ao dela, o pôr do sol lhe parecendo secundário. ❛ Alguém o faria, Cee. O mundo não pararia sem você. ❜ Afirmou de maneira objetiva, achando a noção reconfortante. ❛ Talvez isso signifique que você não deve parar sua vida em favor do mundo. ❜

A fala dele acabou lhe fazendo soltar uma risadinha, negando com a cabeça muito levemente em seguida enquanto um pequeno sorriso ainda existia em seus lábios. ❛ Nesse caso... Um passarinho me contou que você já é rei. Dos resmungões. ❜ E se aquilo fosse verdade - o que não era - ele não poderia ficar bravo com as aves que lhe fofocaram aquilo. Até porque elas eram muito fofas para estarem por aí compartilhando "notícias falsas". Quando sentiu o tecido sendo enrolado ao seu redor a princípio o olhou com um semblante agradecido. Estava mais acostumada e em sua zona de conforto a ser gentil com os outros sem necessariamente esperar que fosse recíproco, então quando algo do tipo acontecia a morena automaticamente ficava um pouco sem graça. ❛ Obrigada. Eu te daria uma concha como agradecimento, porém não quero irritar o Rei a essa hora. ❜ Desviou os olhos para o mar por um instante. Será que pegar algo do mar, mesmo no raso, contava como roubar um jardim? Água poderia ser um tipo de jardim? Foi o que Christine pensou por um momento antes de retornar sua atenção para o ex(?)rebelde. ❛ Talvez o outro passarinho que conversou comigo esteja certo, e na verdade você é o rei no reino dos gentis. ❜ Por mais que fosse brincadeira, Christine não mentia em dar a ele aquele adjetivo. Não era só ela que sabia que seu coração era de ouro. Voltando a atenção para temas mais sérios, o sorriso da cantora murchara levemente. Teria uma época em sua vida que concordaria, mas agora? Quando estava presa ao compromisso que tinha assumido, e consequentemente a tudo que vinha atrelado ao teatro? Era difícil falar aquilo com a mesma confiança de antes. Quando os olhos castanhos fitaram o sol que se punha, a morena admirou as cores que pintavam o céu, até se lembrar de algo. ❛ Meu pai sempre gostou da história do sol e da lua serem amantes que só se encontravam no pôr do sol. Quando cresci, tive a oportunidade de contar essa mesma história no teatro para as crianças do conservatório, que vieram assistir essa peça. O mesmo conservatório que eu estudei. ❜ Tirando alguns fios rebeldes do rosto, por conta do vento do fim da tarde, continuou. ❛ É irônico que depois disso eu tenha passado a ver o sol majoritariamente pela arte, e conseguido memorizar todas as fases das luas por vê-las cada vez mais. ❜ E voltou o rosto na direção dele. ❛ Então eu diria que perdi muitas...? ❜ Não era exatamente uma dúvida, mas sentia que ficaria triste se fizesse a conta para descobrir. ❛ Mas não dá pra fugir da responsabilidade. Se eu não o fizesse, quem cuidaria de tudo? ❜

[erikxphantom]

with: @theatrangel

where: baile dos perdidos, após apresentação da orquestra

De todas as coisas que Erik imaginou esperar quando cruzou os portões daquele castelo, a última delas era uma apresentação de Christine. Estava encantado pelo lugar, era uma verdade inegável. Como arquiteto, que um dia foi, observava os detalhes da estrutura com certo apreço, tomado e distraído pela magia do lugar, até que tudo parou no instante em que ouviu aquela voz outra vez. Seu olhar o traiu, como sempre fizera, arrastando-se na direção do som até que recaísse sobre Christine. O ar chegou a faltar-lhe nos pulmões, pois ela continuava bela, como se não tivesse envelhecido um dia sequer, assim como, sua voz continuava como a de um anjo. Seu corpo se moveu instintivamente na direção dela, como se um fio invisível o puxasse em seu sentido, e ele parou a poucos passos do palco, sem desviar o olhar um instante que fosse.

Ao final da apresentação, veio o seu despertar. Erik piscou por uma par de vezes, pensando que seus olhos o enganavam, mas não, ainda era Christine ali. O que fazer? Aproximar-se ou não? Ela falaria com ele ou ignoraria? Tinha tanto a questionar, tantas coisas que ficaram silenciadas com o tempo e a distancia, que precisou recorrer a taça que tinha em mãos. Não pensou numa bebida que gostasse, apenas virou o conteúdo já existente, como uma dose de coragem para que conseguisse ir até ela. Aproximou-se, contido e temeroso, com o medo da rejeição latejando em seu peito a cada passo dado. "Senhorita, Daaé.", anunciou sua chegada, percebendo que a voz saía falhada e baixa, precisou tossir para projetá-la melhor da segunda vez. "Foi uma bela apresentação.", completou, ainda sem saber como realmente agir, ou o que dizer.

[solstcr]

Quem: @theatrangel Onde: Casa da Ópera

Nem lembrava quando havia encontrado Christine e como a conversa começou, mas em algum lugar de sua mente, Solange tinha pena da pobre mulher que apenas lhe escutava desatar a falar pelos últimos minutos apenas com coisas absurdas. ❝Então, guria, eu tô te falando você foi lá traiu o Raul, acho que por que as coisas estavam meio mornas demais entre vocês, sabe? O povo sempre gosta de um pilantra ou um badboy, por isso você acabou se envolvendo com o Erik, ai você teve um filho que fingiu ser do Raul... E o garoto basicamente não conseguia se conectar com o Raul, se sentia meio deslocado e foi a ponte pra você acabar com o Erik de novo. E basicamente sua amiga te dá um tiro e você morre... Por que ninguém pode ser feliz nessa história aparentemente, ainda acho que tudo foi culpa do moleque... Aquela história de querer os pais juntos nem sempre acaba bem.❞ Teve de parar para respirar fundo quando finalmente terminou de contar todo aquele plot, ainda que estivesse bem do resumido. Imaginava que seria muita coisa para que Christine processasse, por isso optou por encher ela ainda mais com outro tópico. ❝Aliás, já que toda essa plotline do segundo musical é uma grande fanfic, acho justo expor aqui o mundo lindo de fanfics pra você. Já até comentei com a Carlota esses dias, que depois de todo esse drama com macho aqui e ali a solução incrível seria vocês duas juntas, por que acho que Carlotine tem o molho, sabe? Assim, não dizendo que o Erik e o Raul não devam ser dois gostosos também, mas uma história sáfica é o que povo clama, sabe?❞

[drizclla]

𝑐𝑒𝑛𝑎́𝑟𝑖𝑜 : Confeitaria Delícias da Vovó Adelaide.

𝒄𝒐𝒎 : @theatrangel

Drizella costumava optar por não favorecer o comércio dos mocinhos — Por puro rancor, evidentemente. Mas se poderia se deslocar a um lugar melhor frequentado, por que se submeteria a aguentá-los? Ainda mais se fosse para receber olhares enviesados! Até poderia se odiar, mas não o suficiente para tal. Jamais seria capaz de admitir, porém, adorava todos os doces que encontrava na confeitaria. E por eles, repetindo, apenas por eles, conformava-se a aceitar ser afrontada. Ao menos em sua cabeça torpe, uma vez que ninguém realmente se importava com a sua presença nos ambientes. Mesmo quando era intencionalmente desagradável. Por isso, tentou disfarçar-se. Ainda que soubesse que o cabelo vermelho e as pedras verdes em suas joias entregassem de quem se tratava. No entanto, não demorou a perder-se em sua personagem, ao tirar os óculos ao capturar rapidamente em seu panorama visual a figura de Christine. Pensou em dar meia volta, sendo bombardeada pelas memórias da última vez em que se encontraram. Todavia, percebeu que a mulher já a havia visto. Tarde demais, Drizella. "Oi, Christine." Tentou pareceu casual, mas estava estranhamente envergonhada. "Não esperava encontrá-la tão cedo."

[princekitt]

with: @theatrangel

Durante o baile, Kit não se policiou entre uma taça e outra, mas mesmo ainda estando sóbrio ele podia notar que havia dobrado o número de pessoas. Isso fazia sua mente pensar que mesmo com o poder de Merlin, muitas coisas poderiam dar errado. Todos eles respeitavam a hierarquia e o comando do Rei de Camelot, mas esses que chegaram? Ele não fazia ideia do que era capazes. Sem contar que as conversas que havia tido com a maioria o fazia acreditar que possuíam pensamentos muito diferentes de todo o reino. Aquilo era preocupante. Por mais que houvesse treinado a vida toda para caso algo ruim acontecesse ele jamais desejaria guerra para ninguém. Lembrava dos relatos de Mulan, e outros reinos onde aquilo havia acontecido e era tenebroso. Gostava da própria vida pacífica.

Ou pelo menos, estava acreditando nisso até a figura de Christine aparecer em sua visão. Sua mente entrou em parafusos na hora, pois ele lembrou o que a muito havia esquecido. Como ele podia ter feito aquilo com ela? Algum tempo atrás achou cartas da atriz para o pai, pedindo fundos para o teatro. Seu pai sempre foi um pouco avarento, e mesmo Kit não tendo muito poder na época por ser um príncipe começou a responder a carta como se fosse o pai. Se ele realmente conversasse com o mesmo que possuía interesse em investir no teatro, usando a desculpa, que poderia conhecer uma esposa o homem o faria sem pensar duas vezes. Ele havia se admirado com a coragem de Christine, e sua garra. O que aconteceu foi que o pai fez o baile, e ele conheceu Cinderella e o resto é história. Como poderia ter apagado aquelas cartas e o pedido da memória. Tomando um gole longo que resultou em uma taça vazia, ele foi fazer o gesto mais honrável que era conversar com Christine.

Aproximando-se extendeu a mão para pegar a dela. "Lady Christine? Tens um momento para conversar?"