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horrorwrcter · 4 days
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Estava ocupada escrevendo em seu bloco de notas, anotando qualquer ideia de história que aparecia em sua mente. Murmurava consigo mesma e, quando sentiu o esbarrão, soube que era culpa dela. Quando encarou os olhos familiares, no entanto, soube quem era. Já tinha o visto enquanto assistia a Ópera. Era um dos motivos de ter se aproximado levemente de Christine, já que desejava garantir que Erik estava bem, mesmo que já tivessem passado anos desde que conversaram pela última vez. Eram crianças, naquela época. Lembrava do menino das ruas com que brincava, que tornava tudo mais fácil e que fazia com que esquecesse dos problemas que enfrentava dentro de casa. Levava um pouco de comida de casa e sempre fazia questão de garantir que estava bem. O tempo havia passado e, embora as memórias da infância fossem doces, também eram carregadas de uma tristeza latente. A liberdade que tanto desejara na Terra do Nunca parecia agora um sonho distante, como uma canção que se esvaía ao amanhecer. Quando teve a oportunidade de voltar para lá, não pensou duas vezes, mesmo que tivesse tentado levar Erik consigo. Naquela época, tudo o que ansiava era liberdade, que acabou vindo com um preço. Sentia um aperto no peito ao pensar nas escolhas que fizera, na forma como a vida os separou. Era estranho pensar que lá estavam eles novamente, depois de anos separados. O Reino dos Perdidos continuava a surpreendendo, mesmo que acreditasse que não poderia acontecer mais. "Estou bem." Um sorriso apareceu nos lábios, mesmo que a voz soasse quase sem fôlego. Era estranho vê-lo de tão perto, pensando em como o tempo tinha endurecido ainda mais o olhar familiar alheio. Havia ainda um pouco do antigo Erik. "Achei que me reconheceria depois de anos." Não soava ofendida, mas achava certo humor na situação.
where: alguma rua no centro da cidade
with: @horrorwrcter
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Erik tinha poucas lembranças da sua infância, pois sempre foram momentos complicados, solitários e sem esperança. Então ele se esforçou ao máximo para reprimir qualquer lembrança, lançando-as ao limbo do inconsciente, sendo atingido, vez ou outra, por alguma que conseguia chegar a superfície. Mas, nem tudo foram espinhos e tinha algo que ele guardava com carinho a respeito do passado: suas conversas com a garotinha que vivia na casa alta da esquina - chamava de alta, por ter dois andares e parecer grande, nada além disso. Os dias ficavam menos sombrios na companhia dela, e o cair da noite não era tão desconfortável, pois tinha passado algum tempo divagando, fantasiando e agindo como uma criança normal, divertindo-se com outra, mesmo que ao final, ele terminasse no frio das ruas de Maldonia e ela no conforto de seu lar. Até que um dia, ela simplesmente sumiu. Erik se viu desolado, caindo no espiral de desgraças que o transformaram na pessoa que era hoje. Nunca mais tinha ouvido, ou visto ela, mas ainda a guardava com carinho em sua memória. Naquele instante, andava distraído pelas ruas do reino dos perdidos, observando os novos comércios, quando acabou esbarrando contra outro alguém. As mãos, sempre mais ágeis, preveniram a queda de outrem, segurando-a pelos braços. "Pardon!", proferiu antes que os olhos repousassem sobre a figura da mulher, arregalando-se no mesmo instante, surpresos com o que viam. A semelhança era incrível. "E-eu.. estava distraído, desculpe. Machuquei você?"
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horrorwrcter · 7 days
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com @phillipxasleep
em frostfire club
Não era uma pessoa que costumava incitar o pior das pessoas. Muito pelo contrário, gostava de diversões seguras, que não faziam com que fosse julgada por aquilo. Havia uma parte de Wendy, no entanto, que sempre ansiava por ser desafiada e é por isso que, uma vez ou outra, frequentava os estabelecimentos controversos dos vilões. O que não esperava era encontrar o príncipe ali, que parecia não querer ser reconhecido. Era observadora demais para que não prestasse atenção, no entanto, já que a presença dele era algo que não conseguia passar despercebida por ela, já que tinha passado algum tempo tentando descobrir o que passava pela mente alheia. Aproximou-se silenciosamente, seguindo o olhar alheio e, com um sorriso discreto, sabendo do que se tratava. O homem, definitivamente, era uma caixinha de surpresas. "Ela é bonita, não é mesmo? O tipo de mulher que faz com que a gente levante e tenha vontade de dançar tão perto a ponto de sentir a respiração dela." A voz era baixa para que apenas ele pudesse escutá-la. Mesmo que houvesse aquela provocação, Wendy não queria que o outro passasse por algum problema.
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horrorwrcter · 7 days
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com @notimeforgrownups
em taverna do gaston
Muito tinha acontecido entre Peter e Wendy no passado. Esse era um dos motivos de não ter procurado por ele assim que saiu da Terra do Nunca. Sabia que ele deveria ter responsabilidades a respeito do reino, mas, ao mesmo tempo, sentia que não pertencia mais ali. Não queria ficar constantemente agindo como mãe de crianças que sequer eram suas. Estava cansada. Sobrecarregada. Ela precisa de mais do que a Terra do Nunca oferecia para ela. Com a chegada dos perdidos e a nova versão das próprias histórias se tornando inevitável, achava, no entanto, que era hora de conversar com o homem. Quando entrou no ambiente e viu os fios escuros que eram impossíveis de não serem reconhecidos para ela, aproximou-se de forma hesitante, sentando-se ao lado dele. Mesmo que tenha tentado forçar um sorriso nos lábios, pareceu estranho, então logo decidiu tirar a ideia da mente. "Oi, Peter."
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horrorwrcter · 8 days
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com @janepcrter
em sorveteria frozen flavors
"Você já se pegou pensando se, tudo o que aconteceu com você, não tivesse acontecido?" A presença de novas pessoas tinha feito com que ficasse pensativa a respeito do que estava acontecendo. Os perdidos os chamavam de contos, mas... Tudo que tinha vivido era real. Wendy não acreditava em destino, mesmo vivendo no mundo em que provas de amor eram reais, mas as coincidências não paravam de acontecer. Pegou uma colherada do seu sorvete de Café das Montanhas, não sabendo exatamente para onde os pensamentos a levariam. Se não tivesse ido para a Terra do Nunca, estaria bem mais velha, talvez não teria se sentindo constantemente responsável por cada pessoa mais nova que ela. "Não sei ao certo o que teria sido de mim."
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horrorwrcter · 10 days
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go minsi 🎞️
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horrorwrcter · 14 days
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A biblioteca era um dos lugares favoritos da Darling, uma vez que era repleto de livros de todos os reinos. Sempre foi uma leitora muito ávida, o que refletia diretamente na sua capacidade de contar histórias de forma tão boa. Daquela vez, para surpresa de muitos, tinha escolhido um livro de romance. Não sabia quanto tempo tinha passado absorvida na leitura, uma vez que debulhava-se entre páginas e palavras, percebendo cada erro de andamento e aplaudindo as escolhas feitas pela escritora. Deu um pequeno pulo ao escutar uma voz feminina próxima de si, não esperando ser tirada dos próprios pensamentos. "Livro de magia? O que precisa saber?" Quando tirou os olhos do livro que estava devorando, deparou-se com Capitã Fenix ou, pelo menos, a perdida que seria ela. Tinha esquecido o nome dela... Seria Eloi? Alguma coisa assim, acreditava. Não que não fosse atenciosa, mas estava acontecendo tanto que sequer teve tempo de guardar o nome de todos os perdidos, mesmo aqueles que fariam parte da sua história futuramente. "Não precisa? Vai ficar procurando de um por um?" A voz continha um tom quase grosseiro, algo que notou imediatamente. Um suspiro escapou dos lábios dela, percebendo o erro que tinha cometido. Estava tão perdida nos próprios pensamentos que esquecia as boas maneiras. "Eu te ajudo, senhorita...?" Um pequeno sorriso apareceu, enquanto tentava obter o nome da outra. Sabia que, naquele ponto, deveria ter lembrado, mas muitos dos nomes dos perdidos eram muito difíceis para que aprendesse na primeira oportunidade. Apenas tinha escutado sobre ela, mas não tinha a visto pessoalmente ainda.
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closed starter with: @horrorwrcter
biblioteca principal
Depois que terminou a faculdade de gastronomia, Eylül pensou que nunca mais voltaria para a sala de aula. Um curso ou outro ela sempre fazia e também estudava frequentemente para conseguir se atualizar na área que havia escolhido como profissão, mas não esperava estar se preocupando com notas novamente. Estava tendo muitas dificuldades nas aulas com o Feiticeiro, principalmente naquelas matérias que envolviam magia e algumas específicas para futuros vilões, então estava sendo obrigada a buscar mais informações na biblioteca. O problema era que também estava tendo dificuldades nela. O lugar parecia infinito e ela não conseguia encontrar nada. Acabou sendo obrigada a incomodar uma das pessoas que estavam por ali. "Com licença... Você pode me ajudar a encontrar um livro sobre mag..." A turca se calou assim que reconheceu a pessoa com quem falava. Seus olhos se arregalaram e ela tinha certeza que o rosto agora estava avermelhado. Wendy, era ela, não era?! Já tinha visto em seus sonhos! Como agir normalmente depois disso?! Era provavelmente a odiava por saber que estaria sequestrando fadas no futuro. "Desculpa, não precisa! Eu vou... Tentar lá."
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horrorwrcter · 14 days
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Os tempos de ingenuidade de Wendy Darling tinham ficado no passado. Durante os anos de liberdade que teve (ou, pelo menos, era como chamava), tinha conhecido diferentes pessoas, cada uma delas carregava das próprias peculiaridades. Não era uma pessoa agitada, mas era alguém que pensava excessivamente, talvez esse era um dos motivos de ter escolhido uma carreira que muitos desaprovariam. Era desconfiada quanto os habitantes de Maldonia, o que se estendia, naturalmente, para Úrsula. "Mentir é sempre mais fácil." Limitou-se a dizer, os olhos voltando-se para o rosto alheio de forma mais direta. Não disfarçava nenhum pouco o quanto estava hesitante se deveria confessar qualquer um dos segredos que carregava para a outra, mas talvez, se tornassem mais próximas, a opinião da Darling poderia mudar. Depois de anos falando que tudo estava bem enquanto morava na Terra do Nunca, tinha se tornado uma mentirosa um tanto hábil. Acompanhou a movimentação alheia, tentando não apreciar excessivamente, mesmo que fosse inevitável para a mulher. Havia certa elegância na figura alheia, repleta de uma confiança que carecia em muitos por ali. Aproximou-se do local apontado pela outra e, diferente da bruxa, os movimentos eram hesitantes, desconfiados, semelhantes ao de uma máquina. Sabia que não havia motivos para sofrer nas mãos alheias, mas já tinha escutado a respeito da capacidade de Úrsula. "Você tem vinho?" Gostava de chá e biscoitos, mas talvez fosse algo mais forte para que se sentisse minimamente confortável perto da outra. Mesmo que não tivesse abaixado o queixo diante da outra, havia algo intimidante por trás dos olhos alheios. "Acho que ficará mais fácil para nos conhecermos de verdade do que chá e biscoitos." Era naturalmente mais quieta, então, para falar a respeito do que ansiava, precisaria de um pouco de incentivo.
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🔮ㅤatravés de um desejo, @horrorwrcter escolheu:ㅤi never planned on telling you the truth.
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ㅤ⸻ Nunca planejam... — murmurou Úrsula, soltando um suspiro. Em todos os seus anos de vida, ela havia aprendido que a mentira era sempre uma escapatória, e sendo alguém tão habilidosa nessa arte, captava facilmente quando algo era planejado e orquestrado por outros. Nada escapava ou passava ileso. Úrsula era astuta demais para não se apegar aos mínimos detalhes. Virando-se lentamente, ofereceu um sorriso meigo e amigável. Em outros tempos, teria sido mais incisiva e afoita. Manipularia a mais nova até conseguir o que queria e, por fim, concluiria uma troca. Contudo, para manter a boa fachada e a reputação de seus negócios, Úrsula precisava ser... boa. Ou fingir ser boa. Neste último aspecto, ela era uma mestre. ⸻ Não se preocupe com mais nada! — cantarolou, abrindo os braços como se fosse abraçá-la. Contudo, conteve-se antes de demonstrar simpatia em excesso. Pequenos passos, ou assustaria a todos com mudanças muito drásticas. ⸻ Se sentir confortável, pode compartilhar, o que quer que seja. — Seus olhos se estreitaram, mas ainda assim combinavam com o sorriso largo que crescia um pouco mais em seus lábios pintados de vermelho vivo. ⸻ Quem nunca mentiu na vida, certo? — tentou confortá-la. Talvez, com paciência, pudesse barganhar uma troca. Wendy parecia propensa, ou ao menos dava sinais. Fazia tanto tempo que Úrsula não praticava nada do tipo... ⸻ Não quer se sentar? Por favor, sinta-se em casa! — apontou para um par de cadeiras confortáveis e luxuosas logo ao lado, dirigindo-se até lá e sentando-se primeiro. Cruzando as pernas, Úrsula adotou uma postura mais descontraída, criando uma atmosfera favorável para si. ⸻ Deseja alguma coisa? Chá, biscoitos? Posso providenciar isso para você.
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horrorwrcter · 14 days
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‘ that’s quite a scratch you’ve got there ’ com @lykostrophy
em alguma residência abandonada
Sabia que estava sendo um pouco suspeita naquela situação, principalmente porque tinha acabado de pular o muro de uma residência privada. Tudo tinha uma explicação, porém! Tinha escutado que, na casa abandonada, tinha um fantasma que assombrava os corredores. Como escritora de livros de terror, era sua função ver se era verdade e, quem sabe, conseguir uma palavrinha com a assombração (se fosse verdade, é claro). Não achou nada obviamente, o que fez com que tivesse que pular o muro para sair do local, com um tabuleiro ouija debaixo do braço, e teve uma queda nada graciosa que resultou em um arranhão na perna. "Huh..." Travou por um segundo, não esperando que fosse vista por alguém. Olhou para baixo, finalmente percebendo o pequeno ferimento que sangrava. Fingiu que nada estava acontecendo, pegando um curativo de dentro da bolsa que carregava e colocando sobre a perna. "Obrigada pelo aviso. Viu? Já estou nova de novo!"
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horrorwrcter · 14 days
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"Talvez, mas não é como se você pudesse cometer algum crime contra mim." Mesmo que a voz tivesse repleta de confiança, uma parte da Darling ainda tinha um pouco de medo de Hook. Passaram tantos anos utilizando o pobre homem como ferramenta de diversão e, quando ele foi embora, o alívio que nunca mais precisasse o ver era algo que continuava se agarrando. Tinha acontecido tudo relacionado aos perdidos e lá estavam novamente, encarando um ao outro com uma raiva contida. Não que tinha compaixão por ele, mas sabia que tinha sofrido nas mãos deles, principalmente pela falta de maturidade que carregavam naquela idade. Assim que o capitão não estava mais por perto, os dias tornaram-se mais monótonas e Wendy queria mais do que a Terra do Nunca. Era como se tivesse constantemente buscando algo que não poderia mais encontrar em um reino que não envelhecia. Amava os irmãos e a vida que tinha construído ao lado deles, mas era como se estivessem congelados em uma realidade paralela, condenados a não terem mais do que era fornecido.
A mão dela pegou o pequeno copo de whiskey, bebericando como se estivesse desconfiada. Tentava se agarrar a ideia de que o homem não poderia fazer nada contra ela, mas, ainda assim, permanecia constantemente em dúvida do que aconteceria depois que trocassem algumas palavras repletas de ofensas zeladas. "Minha coragem? Muitos poderiam considerar tolice eu aparecer aqui." A sobrancelha arqueou-se com a elegância inata de Wendy. A destra brincava com o copo, como se não ansiasse levantarem para encarar a raiva presente nos olhos alheios. Não que demonstrasse qualquer um daqueles sentimentos, já que era esperta demais para demonstrar alguma fraqueza para o homem que odiava. Quando ele praticamente engasgou com o nome de Pan, os olhos dela finalmente voltaram-se para o rosto do mais velho com certo humor e uma leve empatia. Sabia que não haviam sido gentis com ele, mas jamais tinha pensado no outro como uma pessoa traumatizada pelas brincadeiras que realizavam. Mesmo após anos, o nome de Peter parecia ser levantado por ele como uma maldição que jamais deveria ser proferida. "O que você pensa que eu vou fazer, Hook?" A curiosidade estava presente na sua voz, já que fazia anos que não brincava ou fazia qualquer coisa contra alguém intencionalmente. Andava tão preocupada com a própria escrita e com os demais aspectos da vida recém adquirida que sequer pensava nos atos sem significado que realizava anteriormente. Não se esforçou para corrigir o homem em relação ao seu relacionamento com Peter, já que não era da conta dele ou sequer importava para alguém que desprezou por tanto tempo. "Não vim a pedido de Peter ou de qualquer um da Terra do Nunca. Só vim te encontrar porque era inevitável, agora que ambos estamos presos no mesmo reino novamente." Tomou o resto da bebida com um suspiro, como se os anos vividos já estivessem sido colocados sobre os ombros cansados da Darling. Parecia que estava tentando resolver problemas em todo momento. "Em algum momento, nos encontraríamos em algum lugar e acredito que você teria um choque menor aqui no seu bar."
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Eu tenho o quádruplo, senão mais, de sua idade. Sempre irá ser uma criança pra mim, pensou. Era fato que acumulava muitos anos, e tome anos, de vida, mas nem em uma centena seria capaz de esquecer trejeitos de qualquer um da Terra do Nunca. Ele poderia listar até mesmo o nome de todos os garotos perdidos de trás pra frente sem se importar quem era quem, pois, em seu conceito: todos eram seus inimigos igualmente. Por isso ela não era nem de longe bem-vinda, tampouco seria acolhida de bom grado. A verdade era que aquela terra era um trauma para James e ele jamais esqueceria o que viveu nela. "Em qualquer quanto, mas não aqui, darling." Provocou com o trocadilho, dessa vez rindo da cara dela. Era engraçado ver tamanha ousadia de uma pessoa que havia crescido tanto, e verdadeiramente aquilo impressionava Gancho, uma vez que a última lembrança de Wendy fora no meio de uma luta e ela - mesmo agora - não chegava nem perto da altura ele. Podia sentir um de seus olhos tremendo de estresse, mas era o que ela queria, que ele cedesse ao descontrole. Bom, ele até poderia espernear uma vez que estivesse sozinho em sua cabine, mas não o faria na frente dela. Foi rápido em analisar a postura alheia e também hábil em ligeiramente virar o corpo de lado para que permitisse a passagem desta. "Certamente." E assim posso te envenenar. Cobiçou a oportunidade de alcançar seus objetivos com muita precisão, mas era burrice demais fazer isso. Até porque James não era assassino assim de graça, à toa, e principalmente contra alguém tão aparentemente indefesa como ela estava, dando a cara a tapas e tudo. "Sua coragem é de ser invejada, tenho que admitir." Enquanto ele tomava caminho rumando até o balcão, sua mão discretamente avisava aos aliados para que se acalmassem e aos poucos a comoção foi dissipando, voltando a pouca algazarra e comentários birutas de bêbados. Quando se colocou na parte de trás para pegar uma bebida, bateu o copo na madeira e em seguida despejou o conteúdo que ela havia se referido, replicando o mesmo em um outro recipiente para acompanhá-la. A diferença é que ele já estava ligeiramente batizado com todo tipo de bebida, aquela seria como água por sua garganta, e assim o fez virando rapidamente o gole adentro. "Só preciso lhe relembrar que não terão ameaças de atentado contra sua vida enquanto estiver aqui, Wendy, mas, não abuse da minha pouca hospitalidade." O corpo se prostrou sobre o balcão, não frente a frente para a outra, porém próximo o suficiente para que falasse em um tom que apenas ela entenderia. "Se estiver com alguma intenção vindo aqui, seja para fazer algo por aquele seu namoradinho desgraçado insuportável" Quase se engasgou nas próprias palavras - e chegava a ser comum se exaltar daquela forma quando pensava em Peter Pan -. O nome por si só lhe dava arrepios com tanta memória guardada. "ou só porque está entediada e achou que seria prudente me ver depois de anos, sem mais nem menos, não espere nenhum aviso vindo de mim."
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horrorwrcter · 14 days
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❛ I'm trying to think of something more fucked up than this. ❜ com @hiloren
em praça principal
Não que fosse uma fofoqueira, mas Wendy era uma grande fã de histórias, independente do quão terrível fossem. Muitas vezes, ficava parada na Praça Principal, observando os acontecimentos para que se tornassem alguma inspiração para suas histórias de terror. A imaginação em momentos como aquele, viajavam para outros lugares, dando nomes para pessoas que não conhecia e imaginando de onde estavam voltando antes daquele acontecimento ocorrer diante dos seus olhos. Naquele dia, no entanto, não estava tendo muita sorte, até dois nobres começarem a brigar firmemente entre eles sobre alguma questão que não estava entendendo. Quando escutou as palavras alheia, as bochechas coraram já que parecia excessivamente interessada entre dois estranhos. "Não fale assim, eles vão acabar se resolvendo em algum momento..." Não era uma boa mentirosa, então mordeu o lábio de forma nervosa. Os olhos voltaram-se para o perdido, um mínimo sorriso no rosto. "Eu acho." Disfarçou o sorriso olhando para o seu caderno de anotações, pensando como poderia escrever uma história a respeito daquilo. "Sobre o que você acha que é a briga?"
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horrorwrcter · 14 days
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‘ how many people have you killed? ’ com @arainhabranca
em restaurante chez remy
A pergunta fez com que as sobrancelhas subissem automaticamente, sem saber ao certo o que dizer. Em todos os anos como escritora, jamais tinha contado quantos personagens haviam morrido em seus livros. Gostava do fator chocante por trás de cada uma delas, mas não pensava com grande cuidado quem morreria. "Sabia que nunca contei? Deixa eu pensar..." Colocou o dedo em frente a boca, como se tivesse contando mentalmente, algo que não funcionou corretamente. "Em Assombração do Mal, matei os pais que deram a boneca para a filha. Um deles se suicidou pulando do castelo e a outra foi morta pela própria boneca. Acho que foi o livro que eu matei menos gente." Foi o seu primeiro livro, no final. Não sabia exatamente como as pessoas lidariam com um gênero tão distorcido quanto o terror quando todos estavam procurando o final feliz. Em livros de terror, geralmente, os finais felizes não eram tão bons, carregados de traumas. "Em She, the girl passei a faca em bastante gente, coitados. A maioria eu gostava bastante, mas você sabe como é, né? Para manter os leitores interessados desde o começo, alguém sempre tem que morrer e tem que ter a final girl. Das oito crianças iniciais, só sobreviveram duas, que foi o casalzinho, mas também, a que custo sobreviver? Todo mundo que eles amavam morreu." Perdeu-se no monólogo, finalmente voltando a atenção à amiga, com um sorriso quase envergonhado. "Você leu os meus livros recentes? Que aí não sei se acrescento eles na conta."
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horrorwrcter · 14 days
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❛ I want to interview you. ❜ com @theatrangel
em floricultura blooming affairs
"Me entrevistar?" Abaixou o óculos que utilizava apenas para que a outra pudesse ver a confusão por trás dos seus olhos. Acreditava que, mesmo que os livros que escrevia fizessem sucesso e fosse uma escritora consideravelmente acessível, Christine era uma das últimas pessoas que desejavam entrevistá-la por algum motivo. Wendy sempre apreciou a presença da mulher, principalmente porque já tinham se encontrado algumas vezes por onde a ópera passava. Era uma grande viajante, então não era de se esperar que nutrisse uma amizade um pouco distante com a outra, mesmo que apreciasse a presença alheia. "Não deveria ser o contrário? Tenho certeza que você deve ter algumas histórias bem interessantes para contar."
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horrorwrcter · 14 days
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❛ assume we are under suspicion ❜ com @ossinhc
em beco do reino dos perdidos
Wendy olhou ao redor nervosamente, o coração batendo em um ritmo frenético. Estava em um beco estreito, escondida entre as sombras das paredes de tijolos de um edifício antigo, com Patrick ao seu lado. Nunca imaginou que estaria em uma situação como aquela. Mas lá estava ela, tentando controlar a respiração, o rosto iluminado apenas pela fraca luz de um poste distante. Eles tinham sido seguidos. Ela sabia disso. Aquele homem alto de casaco preto havia dado meia-volta na esquina momentos antes, os olhos fixos neles como se estivesse caçando sua presa. Eles precisavam de uma distração, algo que os fizesse parecer inofensivos. Wendy trocou um olhar rápido com Patrick. Havia uma urgência em seu olhar que ela nunca tinha visto antes. Sem pensar muito, Wendy se virou para ele, seus olhos brilhando com uma súbita determinação. “Apenas confie em mim.” Sussurrou, dando um passo à frente. Em um movimento inesperado, ela envolveu os braços em torno do pescoço dele, encostando seus corpos. “Finja que somos um casal.” Murmurou, sua voz baixa e firme, enquanto se inclinava mais perto.
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horrorwrcter · 19 days
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Chamando todos os fãs de terror! Se você quer um starter com Wendy Darling, mande um prompt dessa ou dessa lista + o @ do seu personagem.
aberto para 5.
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horrorwrcter · 19 days
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“I always loved ghosts. They fascinated me. Not the rattling chains and horror part of it, of course, but the mystery, the promise of secret knowledge, of seeing something that no one else was privy to. A secret world that gripped my imagination.”
— Jonathan Sims, “Bloody Mary [MAG154]”, for The Magnus Archives (via nathaliekclley)
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horrorwrcter · 20 days
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Sabia que o encontro aconteceria mais cedo ou mais tarde, principalmente porque agora estavam presos ali. Fazia muito tempo que não o via, principalmente por ter sumido para Malvatopia, algo que a Terra do Nunca comemorou por dias (ou talvez, tinham sido anos). Quando entrou pelas portas do bar, no entanto, não esperava encontrar tamanha comoção com a presença dela, ainda mais que não pensava que reconheceriam o seu rosto, já que a idade já era visível em sua expressão. "Não sou mais uma criança, sou? Acredito que sou eu que define onde é o meu lugar." Poderia rir daquela situação, arrependendo-se de ter passado por aquelas portas já. Quando sentiu ele tocar a bochecha, o primeiro instinto foi se afastar quase de imediato, já que, mesmo que os anos tivessem passado, a mágoa que carregava ainda era persistente. Lembrava-se de fizer irritando constantemente o pirata, embebida da doce inocência da infância. Não soube exatamente quando tinha parado de achar tanta graça nas brincadeiras ou até mesmo em rir tanto quanto costumava fazer. Wendy, na verdade, tinha sido a primeira a dizer que estava na hora de todos crescerem e, finalmente, aceitarem as responsabilidades que tinham. Depois de anos cuidando das crianças, garantindo que vivessem e sobrevivessem, uma parte de si pensou que queria mais do que aquilo. "Há quanto tempo, capitão." Poderia ver a irritação por trás dos olhos dele e isso fez com que a presença se tornasse um pouco mais suportável. Foi transportada novamente para quando era mais nova. Será que era aquilo que tornava irritá-lo tão prazerosa? Hook continuava sendo transparente quanto às emoções, o que fazia com que achasse muito humor em frente à situação que poderia facilmente colocá-la em perigo. A Darling, no entanto, não tinha mais medo. "Que tal servir uma bebida para uma velha inimiga? Eu aceito uma dose de whiskey." A voz contina o tom mandão que tinha se tornado tão intrínseco da personalidade dela. Não desejava, de qualquer forma, mostrar algum tipo de compaixão ou gentileza pelo pirata que fez a vida dos habitantes de Terra do Nunca terríveis.
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starter para: @horrorwritcr
local: the hooked inn bar
Paz e tranquilidade é o que James sempre desejou para si quando pensava em ter um lugarzinho só seu e com seus parceiros, vivendo a vida da melhor forma que podia: apenas adepto à pirataria. Não tinha mais tamanha liberdade quanto antes, mas era óbvio que comparado a rotina que tinha antes estava no paraíso. Portanto, enquanto tomava umas junto de quatro de sua tripulação que ainda estavam acordados - enquanto os outros estavam adormecidos sobre a mesa, chão ou qualquer outro lugar disposto no bar -, o capitão ouviu uns burburinhos bem baixos atrás de si, especialmente o deixando curioso quando a gritaria de outrora ia abaixando o tom pouco a pouco. Então, quando virou o rosto para ver o que seria a atração, seu semblante se fechou e o coração palpitou imediatamente - de raiva. Foi rápido o modo como largou a bebida sobre seu balcão, mas lenta a forma que simplesmente andou em duas passadas largas até a direção de Wendy Darling, analisando as feições desta detalhadamente. Ora, como não lembrar do rosto daquela menina desgraçada que era ninguém mais ninguém menos que a namoradinha de Peter Pan?! "Não acho que aqui seja um bom lugar para um Darling estar, não acha? Eu reconheceria esse seu rosto em qualquer lugar, criança." Sua mão precisamente foi de encontro à face alheia, suavemente tocando a pele de sua bochecha, embora a vontade fosse de esmagar aquela cabecinha. James tinha um jeito esquisito de sempre querer sentir as pessoas por um toque, aquilo aparentemente lhe ajudava a entender como ele mesmo se sentia com relação aos outros e até que ponto em sua memória ele pensava ter algum tipo de intimidade com tal. Wendy era alguém que ele desejava se livrar - matar -, mas afastar-se dela foi a melhor escolha quando parou e processou sua presença.
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horrorwrcter · 20 days
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