#centro de convenciones barranco
Explore tagged Tumblr posts
Text
#Interpol#turn on the bright lights#Costa 21#Dark music#indie rock#New Wave#Peru Independiente#Celebrando 10 años#Los Shapis#Mundaka#Sound System por Lima Dub#Future Islands#centro de convenciones Barranco#cigarros pall mall#ron cartavio#hot topic#vans off the wall#vans old school#dr martens#cervezas y chicas#pizzas y musica#Monster Energy
3 notes
·
View notes
Photo
Epica - Centro de Convenciones Barranco Lima - Perú 2022 📸© Rock Achorao’’ - Francisco Medina
21 notes
·
View notes
Text
#SinMusicaNoExisto
🎼 « PICK-UP FULL OF PINK CARNATIONS [Indie Rock]»🎙️🎸🎹🥁😎
💥 Después de once años regresa la banda The Vaccines (Inglaterra), formada en la ciudad de Londres (2010), conformada por Justin Young (voz y guitarra), Freddie Cowan (guitarra), el islandés ��rni Hjörvar (bajo), Timothy Lanham (teclado, guitarra) e Yoann Intonti (batería).💽💿
© Producción: Indiegentes & Veltrac.
📌 CONCIERTO:
📆 Martes 19 de Noviembre
🕘 9:00pm.
🏪 Centro de Convenciones Barranco (av. República de Panamá 220 - Barranco)
🎫 Entrada: S/. 210
🖱 Reservas: https://www.joinnus.com/events/concerts/lima-indiegentes-presenta-the-vaccines-en-lima-64676
0 notes
Text
Sacrossantas
NOTA DE GATILHO: o texto a seguir contém trechos de forte violência física e psicológica. A leitura não é recomendada para sensibilidade a violência explícita, o autor não se responsabiliza pela leitura em plena ciência dessa nota.
Autor: Lincoln Rogério de Souza, estudante da Universidade Federal de São Carlos;
Nenhuma delas sabia como estavam no lugar onde jaziam. Um delírio coletivo? Uma recaída irreal? Ninguém as responderia. O mundo que habituavam enxergar, em um flash, parecia ter desaparecido e a causa dessa transformação violenta nem uma pessoa poderia narrar. Talvez a culpa deveria ser atribuída aos ineptos e pecadores, prostitutas e vadios, moribundos e sacrílegos, indigentes e traidores; ou, quem sabe, a culpa era dos devotos e dos fanáticos – quem poderia dizer? Havia ainda vivente que dissesse palavra acerca da realidade inenarrável que se encontravam? De fato, essas criaturas vazias – que antes de chamar-lhes por terceira pessoa do plural seria melhor morder a própria língua e arrancá-la – pareciam receptáculos imersos nas profundidades de uma consciência morta, irreflexiva; trazia apenas a moção convencional dos membros sem evidenciar uma alma dentro de seus corpos. Agiam por uma pulsão de morte que emanava seu cheiro acre por todos os cantos onde antes havia vida e a natureza estabelecia-se sem dificuldade – da morte só brotava mais morte, num ciclo impiedosamente sangrento.
Tudo parecia abandonado: casas a ruir com suas janelas quebradas, paredes prestes a ser postas abaixo, descoberta de telhas; prédios tombados e de iminente queda, sem a beleza arquitetônica que lhes fora cedida outrora; estradas, ruas, pontes, praças – tudo parecia de uma antiguidade longínqua – repleto de rachaduras, cisões (em casos ainda mais graves, ravinas, grandes vales). Na verdade, tratar de um abandono absoluto seria, de certa forma, uma mentira mal contada – de fato, nesses locais o abandono não se fazia, havia aos montes destas coisas moventes sem alma; povoavam toda parte, com seus olhares vazios olhando sempre ao horizonte, como se esperassem por algo, ansiassem por um perdão que não prometia chegada. Essas coisas eram denominadas Penados. Não exigia explicações. Eram indiferentes a tudo, a todos, até mesmo ao próprio corpo – a própria dor – desde que pudessem se manter vagantes até perder sua animosidade. Até perecerem, se pode-se assim dizer, tornavam-se a manifestação da inexistência, da inexpressão – quando o corpo cedia, aniquilavam-se. Era essa a visão que se podia ter olhando para qualquer parte, corpos vazios caídos, ignorados, ensanguentados com seu próprio líquido vital.
Apesar de ser tudo o que elas viam, ainda tinham a si mesmas, a suas vidas preenchidas de existência – mas não de significado. Não possuíam memória de absolutamente nada, o passado se mostrava uma incógnita. O corpo estava intacto, não sentiam dores, pesares, remorsos. Eram poucas, mas existiam.
Matilda não sabia onde estava e uma única e vaga memória se materializava vez ou outra em sua mente: vertigens que entregavam imagens de um passado que não possuía, – talvez nunca tivesse possuído – em que via flores, gramas abundantes e árvores altivas. Não conhecia nenhuma dessas coisas, mas admirava imensamente esse fragmento verdejante. A sua frente se estendia uma longa estrada na qual, ao horizonte, se via um túnel rodoviário bastante defectível em causa do tempo; parecia sozinha ali, ao seu redor, não se encontrava coisa outra a ruínas, rachaduras e automóveis marcados por batidas violentas, capotados e tão abandonados quanto todo o resto. A estrada ficava entre, ao lado esquerdo, uma parede sólida de pedra cinzenta com cerca de cinco metros de altura e um barranco arenoso à direita que se estendia por bons quarenta metros até atingir um solo lamacento e terroso que afogava uma quantidade incontável de automóveis. Parecia conhecer seu corpo pela primeira vez e olhava-o atentamente, seus braços eram compridos e esguios, com uma sutil pelagem dourada que os cobria delicadamente; podia ver seu busto, pouco saliente e um corpo magro que era estendido por longas pernas – parecia ser bastante alta – e sobre os ombros deitavam mechas de seu cabelo claro, dourado como o sol. Vestia um vestido branco simples, como uma túnica, apenas para cobrir seu corpo pálido evitando a exposição.
Após uma análise minuciosa desse corpo que portava sua consciência, desviou sua atenção para onde estava e notou os detalhes ao seu redor: o céu possuía um tom rosa-alaranjado em toda parte, o sol à oeste, cento e vinte graus em relação ao solo, – parecia ser cerca de dezesseis horas – a preocupou, por algum motivo. À frente, o túnel; às suas costas, a continuidade quase infinita da estrada. Suas únicas possibilidades, ao que parecia, era seguir em frente ou retornar. Mas o momento preciso de retomada de consciência sugeria que se encaminhasse adiante e tomasse o caminho do túnel – e assim faria, mesmo sentindo uma bola na garganta que a impedia de engolir a saliva grossa que se espalhava por sua boca. Contra sua vontade e a de seu corpo, obrigou-se a dar um passo, notando que estava descalça e o asfalto estava quente – não o suficiente para feri-la, chegava a gostar da sensação. Sentiu-se mais segura e seguiu com cautela no solo acidentado da rodovia, pé ante pé, prevendo que tudo aquilo poderia ruir a qualquer instante. As perguntas: “o que havia acontecido àquele local? Para onde todos haviam ido? Por que tudo estava tão quieto?” dominavam seus pensamentos com uma força sepulcral; o barulho da sua mente era a única coisa que podia ser ouvida.
Perdida nesses pensamentos, não se atentou de quanto e da velocidade que se aproximava; de repente, vendo as marcas convergentes de pneus, se deu conta da proximidade de menos de quatro metros entre ela e o arco de entrada. Estacou. Olhava para a escuridão interior e sentia um arrepio gélido, podia ver, contra o pequeno ponto de luz à cerca de quinhentos metros à frente, figuras humanoides inertes. De alguma forma, aquelas figuras trouxeram conforto e ela viu como a si própria projetada naquelas silhuetas imóveis – mais uma vez, contra a vontade do corpo, moveu suas pernas e pôs-se a entrar. Não enxergava absolutamente nada, nem mesmo o ponto de luz do final do túnel, não havia outra iluminação ali além do sol que já se preparava para deixar a escuridão se adensar. Via que quanto mais avançava, mais sentia que seus passos entravam em poças mornas e vez ou outra pisava sobre uma textura peculiar que não conhecia, ou não se lembrava. Seus olhos demoraram a se adaptar à escuridão e ainda assim, via pouco menos que silhuetas e traços pouco definidos, – e nesse mesmo instante, precisamente quando os olhos se abriam para o negrume adiante – pode constatar que aquelas formas vistas pelo lado de fora estavam a poucos metros de si aos milhares, mas com uma peculiaridade, não colocavam-se sobre o solo, mas acima dele, como se flutuassem em uma imobilidade controlada.
Aproximou-se assustada, mas curiosa; temente, sobretudo. Quando se colocou a menos de um metro de uma das silhuetas, foi tomada por um horror estuporante: os seus semelhantes estavam pendurados por cordas bem amarradas no teto, nus, – homens com tornozelos juntos e de cabeça para baixo e mulheres pelos pulsos, com a cabeça pendida sobre o peito – do centro de seus corpos, a começar pelo topo da cabeça, ficava evidente um incisivo corte que perpassava todo o corpo em uma linha reta precisa, abrindo-os em dois; o conjunto dos órgãos se desprendia de seus donos e arremessavam-se à frente quando não mais eram sustentados pela alocação natural e a decomposição ia os afetando aos poucos. O chão abaixo deles estava repleto de fígados, estômagos e intestinos cindidos; o sangue já não se manifestava em poças, mas em uma grande piscina rubra decorada com pedaços de carne. Alguns cérebros e corações também podiam ser encontrados no chão, mas na maioria dos corpos se mantinham no lugar original, ainda que expostos e esbranquiçados pela nulidade de circulação sanguínea. Os pulsos e tornozelos quase por ceder pelo peso dos corpos e pela decomposição avançada que alguns se encontravam, só não rompiam a carne e derrubavam o cadáver por ficar cada vez mais leves com os órgãos cadentes. A toda a volta se punham moscas a zumbir em enxames famintos, posicionando estrategicamente seus ovos que logo estourariam em bigatos esbranquiçados que devoravam a carne podre assim como suas progenitoras – no chão, paredes e corpos as pequenas figuras pálidas mexiam-se nadando na sujeira em uma dança sincronizada.
Dispensando um segundo pensamento, Matilda correu desesperada trombando com os corpos dependurados na tentativa de atravessar os quinhentos metros em poucos segundos – como resultado, várias escoriações, corpos caindo ao chão com a força do impacto e pés deslizando sobre órgãos recém amassados. Mantinha-se atenta para não cair na escuridão, mesmo deslizando, tropeçando e tendo o caminho bloqueado muitas vezes. Estendia seus braços a frente do rosto para empurrar os corpos pendentes para fora de seu caminho e abrir passagem até o fim do túnel; a luta ainda demoraria alguns longos minutos. Quanto mais se cansava, maior via a luz e seu ânimo, como se seu coração tivesse sido aquecido por raios de sol, crescia na esperança de alcançar o fim – corria como se sua vida dependesse disso, como se os cadáveres fossem uma ameaça urgente. Enfim, faltando poucos metros, caiu ao chão quando bateu violentamente o pé contra um fragmento do teto do túnel que jazia no chão, ralando sua pele no asfalto e quebrando alguns dedos do pé. Contudo, levantou-se em um único salto, arremeteu para a saída e como numa réplica idêntica do início da passagem, estendia-se o paredão de pedra e o barranco. Parou por alguns instantes para tomar fôlego e continuar a correr, percebendo que o vestido branco agora possuía uma grande mancha amarelada na barra, salpicado de pingos vermelho escuro, estava em prantos e suada, suas mãos completamente ensanguentadas, sujas com restos cadavéricos e seus habitantes. As imagens voltando a sua cabeça e seu estado atual foi o suficiente: olhou para o lado e vomitou.
Não possuía noção de como havia chegado até aquela cidade. Tudo parecia tão velho e destruído que a causava certo pesar – mesmo que não lembrasse ou não tivesse conhecimento do que havia sido a civilização, havia uma empatia que a arrebatava. Apesar da desolação que se estendia, ao que parecia, por vastos quilômetros a partir de onde estava, algumas coisas mantinham uma aparência quase normal; haviam prédios que ainda estavam eretos ou quase totalmente em pé, casas que ainda mantinham boa parte do seu formato original. Mas tudo estava morto, completamente deserto e sem cor – não havia nada ali que indicasse que um dia o mundo tivera uma gota da cor verde, tudo era cinza, marrom, bege, pálido. Amanda seguia a passos curtos por uma calçada quase completa que acabava em uma fissura de um metro de largura e de comprimento imensurável, dentro dela apenas concreto, pedra e terra por talvez quilômetros de profundidade. Olhando para aquele abismo estreito, sentiu como se estivesse sendo observada por milhões de olhos atentos que se desviavam apenas para comunicar-se entre si e voltar suas órbitas oculares para ela no instante seguinte – não manteve seus olhos ali por muito tempo, não conseguia. Saltou sobre ele com algum receio no bolso e continuou sua caminhada lenta e reflexiva, parando em alguns construtos para olhar para seu interior e analisar o abandono junto dos objetos quebrados.
Um prédio feito completamente em vidro escuro chamou muito sua atenção – agora já não tinha mais o brilho que os vidros limpos proporcionavam, toda sua superfície estava coberta por uma espessa camada de poeira e terra que dificultava ver seu interior; isso, considerando apenas os poucos vidros que mantinham-se intactos, em sua esmagadora maioria estavam aos pedaços e era possível ver a estrutura metálica que dava-os suporte. Parou em frente ao prédio e olhou para cima, tinha cerca de cento e cinquenta metros de altura e permanecia praticamente em riste. Teve a impressão de ouvir movimentação dentro e atrás do prédio mas não se importou muito com isso, continuou a olhá-lo – notou o reflexo em uma das superfícies e assustou-se, não havia reparado até então em uma figura de pele negra e corpulenta, com cabelos curtos e escuros como o asfalto, vestida com uma esp��cie de túnica clara e levemente alaranjada. Moveu seu braço de encontro ao espelho e com o outro apalpou-se no rosto, ao longo do corpo e notou que era a si que via no vidro imundo, uma aparência que não parecia ter conhecimento – com cicatrizes, cores, detalhes. Nunca imaginara sua própria aparência e vê-la em um espelho sujo distorcia parte da realidade, o que não fazia muita diferença. Enquanto estava distraída analisando seu reflexo, pode ouvir ao longe um estrondo seco, uma espécie de craque e após um silêncio quase mortal – o barulho tomara de si a atenção que dedicava a sua figura.
Em uma variável de tempo decrescente, os barulhos voltavam a reaparecer e com eles a proximidade dos baques aumentava – ouvia-se como uma chuva de gelo em que os granizos encontravam o chão com violência. Olhando trêmula para a direção das pancadas, voltando seu rosto a cada segundo para um local diferente, começava a se preocupar com a iminência do perigo, mas não podia se mover – suas pernas estacaram no local onde estava, no espelho sujo podia-se ver a figura amedrontada como um filhote ao ouvir o primeiro trovão. Um impulso primitivo a fez olhar para cima a tempo de ver um corpo nu vindo em direção ao solo a poucos metros de si em uma velocidade assombrosa, com um rosto lívido – quase com um brilho branco de alegria no fundo do olhar. Escondeu o rosto entre as mãos no momento preciso do impacto. Queria acordar daquele pesadelo, seu corpo estava completamente rígido e trêmulo, só conseguiu abrir os dedos e pôr um dos olhos sob o cadáver a sua frente: a queda livre de cento e cinquenta metros com o corpo vertical era de uma violência tremenda, mesmo após encontrar o chão, os órgãos continuam a cair – o que os faz arrebentarem-se contra as paredes do corpo e até mesmo rasgá-las. O crânio estava completamente destruído, não se via mais traços humanos em seu rosto, a mandíbula fora arrancada da origem e moída com a pancada; a nuca aberta evidenciando a coluna partida e arremessada contra a garganta rasgava a pele e criava um sifão flácido em seu lugar; o tórax desfeito em ossos quebrados e órgãos moídos contra os fragmentos das costelas que perfuravam algumas das carnes restantes em seu interior; braços rompidos e quebrados jogados contra o corpo em um zigue-zague, com uma lasca esbranquiçada saindo pelo ombro deslocado; o joelho quebrado para frente em um “v” contra o chão e uma fratura na perna expondo um miolo branco-avermelhado ao meio – além, é claro, de sangue por toda a parte, espirrado contra as superfícies e logo abaixo do corpo em uma poça larga.
Amanda não suportou a visão e se pôs sentada com as costas contra um dos vidros imundos, abraçando seus joelhos e fechando os olhos sobre eles. Chorava desesperadamente e ouvia, agora quase sem pausa entre um e outro, os corpos batendo contra o chão – tentava ignorar os sons e as pancadas, mas eram incutidos em sua mente em um eco atormentador, soando e ressoando paulatinamente. A chuva de corpos durou cerca de uma hora ininterrupta e por toda a duração Amanda se manteve na mesma posição, trêmula e sob uma poça de sua própria urina – não conseguia pensar em absolutamente nada além da sua situação atual, mas dentro de seu peito, a ideia de sair dali e trancar-se em um local seguro, sem perigo iminente ou qualquer ameaça que pudesse feri-la era seu maior desejo. A imagem não havia sido tão aterrorizante quanto a orquestra sinistra que permitia a imaginação de Amanda flutuar entre o real e suas criações, compondo corpos destruídos à sua própria criatividade – reposicionando seus membros, acrescentando ou expondo-lhes ossos quebrados, adicionando fraturas e rasgos. À contragosto. A passagem do tempo parecia arrastada e indolente, como se todos os relógios tivessem resolvido estacar o ponteiro dos segundos pelo dobro do convencional – pequenos estalos ainda eram ouvido nos corpos mortos.
Analisando a tudo com seus olhos espertos, atentando-se a cada detalhe do cenário – postes derrubados, casas velhas e mofadas, ruas cindidas e diversos carros enfileirados com partes faltantes – constatava a sombra de destruição que assolava aquele lugar. Andava no meio da rua tocando com seus dedos compridos de pele negra na superfície empoeirada da lataria amassada dos carros, esperando encontrar alguém a que pudesse perguntar para onde haviam ido todos e o que fazia ali, sozinha e isolada neste mundo abandonado. Sua atenção era constantemente tomada por objetos que encontrava no asfalto escuro e desgastado, cheio de fendas e buracos pelo tempo de uso – num desses momentos, abaixou e apanhou em suas mãos delicadas um cordão sujo e opaco, outrora dourado, com um pingente circular desbotado que abria para uma fotografia de três pessoas abraçadas e posando para o fotógrafo. Sentiu dentro de si um remorso que não compreendia e fechando o pingente com pesar, jogou-o dentro do carro que jazia à sua esquerda e continuou a andar, arrepiada e infeliz. Olhava para os próprios pés descalços a vagar, passo após passo, em direção a algum lugar qualquer, seguindo seus impulsos e o senso de direção guiado pelo sol – agora, posicionado a pino. Fazia um forte calor, Luciana suava. Sua túnica vermelha balançava com o pouco vento que batia contra seu corpo. As coisas estavam tão quietas que qualquer ruído poderia ser ouvido a muitos metros de distância, por menor que fosse o objeto propagador – Luciana gostava da sensação e do som que as unhas raspadas contra a lataria causavam, era um ruído sujo, mas confortável.
Andou por algumas horas, até sentir a pele levemente ardente sob a luz do sol, quando viu uma figura nua, de costas para ela, no meio da rua. Houve hesitação à primeira vista, mas sua ansiedade para entender o que se passava ali era maior que seu temor – seguiu adiante, tocou em seu ombro e esperou que se virasse, mas isso não aconteceu; tentou chamar, mover a mão, mas continuava a ser ignorada. Andou até ver o rosto de frente e olhou naqueles olhos vidrados e vazios que projetavam a imensidão lancinante de um abismo; o rosto pálido, os cabelos jogados contra a testa, a boca entreaberta e os braços pendidos inertes. Luciana não esperou resposta, direcionou seu olhar para onde o receptáculo prendia sua atenção e constatou que era justamente na direção do sol – seus olhos pareciam cegos pela luz e pelo calor, mas permanecia a olhar fixamente para ele. Bloqueando a luz com a mão, Luciana, olhou para a rua e percebeu a presença de inúmeros outros muito semelhantes ao primeiro – inertes, presos à figura do sol e inexpressivos.
Toda a multidão não demorou em trocar de faceta: em uníssono, como se sob o signo de um alarme ou sinal, todos levaram as mãos esguias ao rosto, bloqueando a visão aterradora de suas inexpressões sólidas. Luciana olhava ao seu redor tremendo, assistindo à sincronia grotesca dos corpos vazios – apenas girava sobre os calcanhares e olhava de rosto em rosto, agora cobertos por suas mãos. Aos poucos, movimentando-se com vagar, começaram a enterrar suas unhas no topo de suas testas e arrastar com veemência suas mãos para baixo trazendo consigo a pele que as cobria, – repetindo o processo inúmeras vezes – o chão era salpicado por gotas escarlates somadas de pedaços de pele avermelhadas que caiam dolorosamente ao chão. Aos poucos os rostos eram deformados pela automutilação, restando apenas a vermelhidão da carne, os olhos descobertos e os dentes proeminentes – senão, os olhos eram arrancados de suas órbitas e lançados ao chão junto de todo o resto. Quando o rosto era completamente destruído, as mãos eram levadas a garganta, ao peito, braços – alguns chegavam às pernas, mas a maioria morria depois de esfolar a pele da parte superior do corpo. As unhas enfincadas na carne faziam um barulho úmido, quase gorgolejante; apesar da inexpressão, havia um certo desespero na profundidade dos olhos esbranquiçados pela cegueira e pelas mãos trêmulas que arrasavam a pele.
Luciana assistia ao autoflagelo pasmada, seus olhos acompanhavam as mãos que enfurecidamente davam cabo à existência da forma humana daquelas criaturas vazias. Causava-lhe aflições assistir ao andamento das automutilações e sentia na própria pele, empaticamente, a dor que era infligida – via sua própria pele sendo arrancada, sentia como se estivesse sendo rasgada ao meio como uma folha de papel, agonizando, sofrendo. Apesar de tentar suportar essa sensação por mais tempo, a dose foi suficiente para derrubá-la; Luciana não pode se manter acordada, aos poucos foi avistando a escuridão, sentindo uma tontura arrebatadora – depois de alguns minutos em um estado de torpor, desabou sob o chão. Não ouviu, viu ou sentiu mais nada depois de desacordada; um vislumbre de representações oníricas tomavam o protagonismo de sua mente – mas eles não eram menos aterradores: traziam consigo a mesma cena repetidas e repetidas vezes; os carros pelos quais passava suas compridas unhas agora metamorfoseavam-se em sua própria face, seu próprio corpo. Assistia à si mesma rasgando seu corpo com as unhas, enfincando tão profundamente que sentia a dor nos ossos; via-se sangrar, gritar de dor, expressar seu pesar através de lágrimas misturadas com sangue que escorria por sua face já sem cobertura cutânea, evidenciando seus músculos e terminações nervosas. Ao mesmo tempo que aplicava a si mesma aquela dor insuportável, implorava por ajuda, por perdão, por redenção – mas ninguém a ouvia e suas mãos prendiam-se ao trabalho de flagelar-se eternamente. Agora, dentro de sua própria visão, jogou-se ao chão vendo seu próprio rosto vermelho refletido sobre a superfície lustrosa do seu sangue, entretanto já não havia mais olhos em suas órbitas – poucos segundos antes, rasgou-lhes com a mesma brutalidade selvagem que aquelas criaturas puniam a si mesmas. Seu sonho esmaecia-se aos poucos, cedendo-lhe o descanso do desmaio em uma simples tela preta, no desconforto do asfalto – do lado de fora de sua inconsciência, os corpos lacerados caiam sem vida sobre o chão; alguns deles sobre Luciana, soterrada por receptáculos esfolados e sem alma.
Sob o sol escaldante em uma estrada que cortava ao meio duas longas faixas desérticas com seus solos areníticos e mesas espalhadas sobre toda a extensão instável e quebradiça, mergulhada em seu próprio suor, caminhava Giovana. O tempo estava seco, não havia nenhuma nuvem no céu e sentia seu corpo pegajoso se locomover com dificuldade sob o calor solar – a estrada parecia interminável e já caminhava a muito tempo por aquele caminho. O sol a pino emitia seus raios no topo dos cabelos pretos escorridos de Giovana, queimando-lhe o escalpo e deixando sua pele bastante irritadiça – os cabelos caiam sem vida sobre seus ombros, causando-lhe um desconforto ainda maior quando se embebiam com seu suor e criavam peso. Aos poucos, sentindo o odor que emanava de si, sentiu-se enjoada; o cheiro do suor e do cansaço, somados à sede e poeira que era levantada com o vento (que ao contrário de refrescante, parecia ter acabado de sair de uma fornalha) triplicava a ânsia por um lugar arejado e tranquilo, longe da luz do sol. Giovana não sabia, entretanto, como e onde encontraria um lugar como esse; a sua frente a estrada seguia numa linha reta marcada para além do horizonte maciço e imóvel – quanto mais andava, menos parecia se mover, menos saia do lugar. Era uma sensação desgostosa, sentia-se inerte desde que pisou naquela estrada (particularmente, não lembrava quando havia sido feito) e sua memória vinha tendo lapsos que a remetiam a uma possível vida anterior à essa estrada: tudo parecia bastante escuro, mas ao mesmo tempo podia enxergar tudo como se estivesse em luz plena; havia uma casinha bem simples e dela saia um casal de homens que andavam pelo pequeno quintal colhendo algumas frutas de uma planta qualquer – mas o cenário logo se desfigurava e via apenas a escuridão. Era um lapso bastante recorrente e sem significado, não via verossimilhança em nada do que esses traços mnemônicos vagos a diziam – o mundo não possuía nada que se assemelhasse àquilo. Talvez conseguisse, outrora, imaginar o odor fresco daquela cena, o cheiro da planta com frutos, da casa organizada, mas ao mesmo tempo não podia imaginar outra coisa além do seu próprio cheiro nauseante.
No horizonte, Giovana avistou pequenas silhuetas enegrecidas pela luz ofuscante do sol, eretas e rígidas, como pedaços de pau enfincados no chão. Continuando a caminhada na mesma velocidade, foi aproximando-se vagarosamente com o rosto em uma profunda reflexão – quanto mais se aproximava, mais o cheiro de suor, poeira e pele tostada ia se adensando, dominando seu olfato. O cheiro era muito forte, semelhante a arruda embebida em álcool, mofo e madeira queimada – traziam uma sensação de arrepio e tontura que logo ia sendo fortalecida por mais uma lufada de ar quente, em um instante de asfixia. Quando se aproximou o suficiente para distinguir as criaturas, as viu aos milhares, nuas e dirigindo seus olhos ao sol em uma estupefação quase sobrenatural, – os olhos não se mexiam, nem mesmo para piscar – eram como bonecos de madeira que foram deixados para trás; pareciam secos e abandonados, vermelhos, sem brilho – completamente murchos. O corpo nu, com a pele queimada, esboçava uma vermelhidão urgente, dos seus pés descalços sobre o arenito incandescente subia o cheiro de carne queimada – mas isentos de expressão facial, dando continuidade à sua tarefa incompreensível.
Já passava do meio dia. Giovana mantinha-se parada na estrada, observando todas as criaturas paradas em pé sobre o arenito, quase não suportando o calor que sentia e o vento abafado que batia contra seu corpo. Suas pernas se mantiveram rígidas, como se obrigando-a a assistir à cena, exausta. Aos poucos, criaturas iam cedendo sobre o peso do próprio corpo desidratado, pondo-se de joelhos e logo caindo em posição fetal no chão. Aqueles corpos magros e flácidos iam sendo queimados pela luz solar e fritos pelo chão grosso de arenito, o cheiro ia emanando como de uma carne sob uma frigideira. Bloqueando as narinas com uma das mãos e tentando avançar rapidamente com os pés queimados sob a estrada quente, cedeu à dor que os pés a causavam, caiu de joelhos, com o sangue a escorrer e secar sob o asfalto quente. Não movia-se enquanto gritava de dor pelos joelhos e pés queimados, entretanto, de longe, o que mais a causava incômodo eram os odores, enquanto as criaturas iam tendo suas peles vermelhas e raladas saltarem em bolhas aquosas na superfície cutânea – a carne humana crua sendo queimada em uma dor lancinante sobre um chão arenoso, grudando a pele como um chiclete mascado e cuspido ao chão. Em um acesso de ira e repulsa, Giovana levantou-se e deu mais alguns trôpegos passos em direção ao horizonte onde a estrada viria a ter fim – seus pés estavam em plenas bolhas, ardentes e sensíveis; mal tinha forças para locomover-se. Manteve-se até onde pode e foi ao chão mais uma vez, fazendo os joelhos ferirem-se ainda mais, ensanguentados. Mais uma vez se pôs sobre seus pés, ainda sofrendo de dor e deu mais poucos passos antes de ir ao chão, tocando-o com suas mãos e lá ficando. Deitou-se. Sentia os braços, pernas e rosto queimarem. Aos poucos, enquanto assistia as peles das criaturas caídas derreterem e colarem-se ao asfalto, – não duraram muito até jazerem ali mesmo – morrerem pelas queimaduras e pela dor abundante. Giovana entrara na inconsciência. Nada via ou ouvia, mas seu olfato ainda trabalhava entre a consciência e a inconsciência, trazendo os cheiros nauseabundos do lado de fora para dentro de si. Tudo o que sentiu foi ser alçada para cima, levantada e posta sobre uma superfície desconfortável enquanto se movia.
Tudo fizera-se conforme solicitado. As quatro haviam sido levadas para o centro de uma cidade qualquer, tão ruída quanto qualquer outra, sem nome, sem endereço. Pela boca de metrô desceram e foram levadas sobre a linha que num passado distante trazia grandes trens: decorada, repousava sobre ela uma mesa com uma dúzia de lugares e apenas quatro deles vazios – todos os outros eram ocupados por pessoas diversas, mas todas vestidas com a mesma túnica com cores sólidas que as quatro mulheres vestiam –, no canto, uma cadeira de espaldar alto, menos danificada que todo o resto, era preenchida por um homem de cenho franzido, cabelos brancos compridos, barba longa e aparência muito bem nutrida (ao contrário de todos os presentes, desnutridos e com as peles sobre os ossos). Sobre a mesa, havia um corpo degolado, com sua face aterrorizada antes do arrebatamento e com todos os olhares direcionados a si – jazia na mesa como uma grande peça de carne em um açougue, pronta para ser vendida e levada para o cozimento; tinha a pele negra, traços do oriente médio e uma barba curta, escura e crespa – era possível observar que sua pele possuía marcas de dentes por uma grande extensão.
As quatro estavam inconscientes e traziam marcas desse passado recente que trouxeram a assunção de si, foram levadas e deixadas sobre suas cadeiras reservadas, enquanto pareciam mortas. Quando despertaram – ao mesmo tempo – olharam para os outros à sua volta e temeram que fossem seres vazios, sem alma; pouco depois o homem de barba branca iniciou um lento discurso, em tom de oração: — Nos encontramos aqui, hoje, sob os olhos do Ser Supremo para ofertá-lo seu filho; trazido das terras ermas para a mesa deste culto purificado, destas pessoas benditas e sofredoras. Não vos pedimos nada além da redenção, purificação, arrependimento: nós que tanto erramos, nós que pecamos e fomos expurgados. Pedimos a vós, ó Senhor Supremo, que estais vós em meio de todos, que intercede por aqueles que se sacrificam. Peço, mais uma vez, Grandioso Regente, deixe-nos tocar em seu manto para que possamos atingir a paz da morte eterna; não lhe pedimos o conforto do paraíso, mas sim, apenas a quietude da inconsciência eterna. — os seguidores abaixavam as cabeças em direção ao corpo, de olhos fechados, e oravam em um sussurro quase inaudível como se as palavras do homem fossem a muito conhecidas e caras. As quatro ouviram atentamente às palavras e observavam ao redor com um olhar rápido para cada um dos presentes, ainda fracas e rememorando com pesar os fatos que decorreram. Discurso finalizado, o homem tomou uma faca em suas mãos e tirou uma naca de carne do peito do homem, sobre o coração, a levantou acima da cabeça com braços estendidos e depois de duas dúzias de segundo a levou à sua boca; mastigou com anseio e pressa, engoliu e sentou-se. Ao sinal, todos fizeram o mesmo, mas não levaram acima da cabeça antes de meter na boca e pôr-se a mastigar nacas e mais nacas do corpo desfalecido. Nenhuma das quatro entendiam o propósito, mas comiam, pois estavam esfomeadas, marcadas pelo transtorno do sofrimento. A seção antropofágica se estendeu por algumas horas, o suficiente para ser deixados sobre a mesa apenas restos, ossos e dejetos não palatáveis; todos ficaram em silêncio ao fim, enquanto a mente do quarteto fluia entre a morte e a redenção. Giovana com sua boca ensanguentada, sentiu-se asfixiada, como um peixe que deixa o mar pelo anzol de um pescador; Luciana sentiu-se atravessada por uma lâmina, como o paciente que morre na mesa de cirurgia sob o bisturi; Matilda se sentiu miserável, como quem paga com a vida à um cobrador indesejável;
Mas Amanda sentiu-se livre. Renovada. Trazida à um mundo aquém daquele que vivia. Seus olhos traziam a iluminação dos fatos através discurso, através da cerimônia, sim! Isso fazia-lhe sentido. Todos morriam lá fora, mas morriam por paz, morriam por piedade e redenção – por sacrifício. Ali dentro não, ali dentro sacrificavam para poderem ser perdoados, para terem a segunda chance de aceitar a legitimidade do sono eterno. Era legítimo que assim fosse. O Supremo Ser apiedava-se de quem sacrificava-se, de quem arrependia-se – era um senhor misericordioso – mas o sofrimento era necessário, era um mal que deveria ser pago à vista, sem prestações. Haveria de sofrer ali para poder entrar na inconsciência eterna e descansar para além dos tempos: não era belo? Parecia tão bonito, tão tocante. Amanda, sentiu que o trio que a completava merecia isso, merecia como os vasos cadentes que viu se quebrar ao lançarem-se ao chão. Deveria levar isso a outros, a todos – todos deveriam sacrificar-se e passar pela provação; sim, deveriam. Amanda sorriu, sentia uma felicidade motivadora, emocionante; seus olhos úmidos de devoção diziam seu novo destino, sua nova tarefa.
O homem se levantou e ajoelhou-se de cabeça baixa, a alguns metros da mesa enquanto estendia a faca em uma de suas mãos, pela lâmina. Amanda olhava para todos e via o brilho em seus olhos se apagar lentamente até a inexpressividade – também se levantou, aproximando-se pela direita de cada um deles e beijou-lhes a testa com um toque suave dos lábios. Estes levantavam-se e saiam pela entrada em direção a rua, um a um. Amanda beijou Luciana e ela se ajoelhou do lado oposto de onde o homem o fizera – Giovana e Matilda ao lado dela. Amanda tomou o punhal, da mão do homem pelo cabo e, parando à sua frente, o olhou: — Aceitas teu destino? — ele assentiu, agradeceu com um aceno de cabeça e olhou para cima. Então, passando a faca com delicadeza sobre sua garganta, o degolou. Andou até estar na frente das três mulheres restantes, olhou-as com misericórdia e perguntou-lhes: — Aceitais vossa redenção, sobretudo, para além do sono eterno? — todas entreolharam-se e assentiram com a cabeça, olharam para cima; Matilda fechou os olhos; Luciana cerrou os punhos; Giovana prendeu a respiração. Amanda, em um só movimento enquanto andava, cortou-lhes a garganta. As três caíram inertes no chão, o líquido que jorrava de suas gargantas abertas molharam o trilho e formaram uma ampla poça na borda. Amanda derrubou a faca no chão. Despiu-se enquanto ajoelhava, tocou com as mãos espalmadas na poça rubra e levou ambas ao peito – marcou a si mesma nos seios, no sexo e no ventre. Olhou para cima e suspirou, sentiu-se aliviada.
Ao seu redor a morte se fazia menos presente, não havia mais sacrificio pois tudo que havia já estava encaminhado para a eternidade. Restava a si. Tomou a faca em uma das mãos, beijou-a sobre o sangue dos sacrificados e levantou em direção aos céus. Chorava em demasia. Então, conversando consigo mesma, esboçou: — Que tenha fim o que se iniciou. Que o ciclo se inicie e tenha fim, como todo círculo; no retorno intermitente ao mesmo, o sacrifício se faz necessário para a salvação. — abaixou a faca, estendeu-a à frente de seu peito e em um golpe violento, cravou-a em seu próprio coração.
Nenhuma delas sabia como estavam no lugar onde jaziam. Uma provação divina? Uma punição do destino? Ninguém as responderia. O mundo que eram habituadas à enxergar parecia ter desaparecido e a causa dessa transformação violenta nem uma pessoa poderia narrar, pois da morte só brotava mais morte, num ciclo impiedosamente sangrento.
3 notes
·
View notes
Photo
Amon Amarth + Abbath @ Centro de Convenciones Barranco - Lima, Perú (08.06.2017)
+ fotos https://1drv.ms/f/s!AkyoMRF3yAc-x05KlGof8SmW_LWl
+ videos https://www.youtube.com/watch?v=r7-Iegkz4O0
https://www.youtube.com/watch?v=ZUks1EL2j2I
#amon amarth#amon amarth en lima#abbath#abbath en lima#pmc shows#c.c.barranco#centro de convenciones barranco#lima#perú#2017#black metal#death metal#metal#rock
0 notes
Photo
🎉🥳 NOCHE AYACUCHANA EN LIMA. Este sábado 12 de marzo vamos a disfrutar un reencuentro Ayacuchano como si estuviésemos en nuestra tierra. Vamos a bailar, reir y celebrar con nuestros amigos de toda la vida en el mejor local de BARRANCO. ARTISTAS INVITADOS: • Diosdado Gaitan Castro y su banda. Para celebrar al ritmo de los carnavales y los clásicos de siempre. • Cholopower Inka Sound. Huayno Fusión que te pondrá a bailar. • Dj Froy Desde Ayacucho llega el Dj de las noches discotequeras. INFORMES Y RESERVAS AL: 960 081 388 Y en el siguiente link: https://wa.link/gszcjz Lugar: Centro de Convenciones Bianca Av. Almirante Grau 135 – Barranco Hora: 8:30pm #fest #Ayacucho #lima #carnavales #cultura #fiesta #party #welcometoayacucho (en Ayacucho) https://www.instagram.com/p/Ca8CLScviLK/?utm_medium=tumblr
0 notes
Text
EPICA - ‘Design Your Universe’ 10th Anniversary
Dutch Symphonic metal titans EPICA have been forced to postpone to their DYU 10th Anniversary Latin American Tour due to the ongoing COVID-19 situation to December 2021. As the band will be releasing their new album beginning of 2021, the band will be performing their first ‘evening with EPICA’ shows with an extended setlist consisting songs from Design Your Universe, their upcoming album and other classics. Simone Simons comments: ”We are all gutted that we have to postpone our shows once more, but there is nothing can do about it, other than to be extra patient. An evening with Epica will make the long wait worthwhile. We simply can't wait to see you all again! Take care and stay safe!' “ An Evening with EPICA 16.12.2021 Teatro Caupolican, Santiago Chile 18.12.2021 El Teleferico - Quito, Ecuador 19.12.2021 Centro de Convenciones Barranco – Lima, Peru Purchased tickets for these shows will stay valid! EPICA is: Simone Simons | vocals Isaac Delahaye | guitars Mark Jansen | guitars, grunts, screams Coen Janssen | synths, piano Ariën van Weesenbeek | drums Rob van der Loo | bass More info: Website Facebook Instagram Twitter www.nuclearblast.de/epica #EPICA #HEADBANGERS #headbangersgr #symphonicmetal #Tour Read the full article
0 notes
Photo
ZONA GANJAH
Zona Ganjah (también conocida como «La ZG») es una agrupación musical chileno argentina de reggae iniciada en 2003 como un proyecto independiente. Su creador y líder es José Gahona, vocalista y compositor. Las letras de sus canciones contienen un sentido espiritual y social con mensajes de conciencia hacia la naturaleza y hacia la esencia del ser. «Zona Ganjah» es un juego de palabras entre «Ganja» (marihuana) y «Jah» (Yahveh). La banda ya tiene discos editados para el mercado comercial; la difusión de su música se realiza a través de los recitales oInternet, en donde publican sus discos para descarga gratuita.
TRAYECTORIA
En 2005 José Gahona, oriundo de Antofagasta (Chile), lanzó su primer disco Con Rastafari todo cuadra, con marcada influencia del hip hop, género con el que había estado experimentando hasta ese momento. Tiempo después viajó a Mendoza (Argentina), en donde conoce a integrantes de las bandas Viaje a Zion y Nueve Millas. Con ellos ensayó la musicalización de sus canciones y luego comenzaron a presentar juntosrecitales en vivo, en una asociación que duró dos años. Al año siguiente grabaron En alabanza y gracia con un estilo más cercano al roots reggae. Hicieron giras por el país y en Chile, y en agosto de 2007 editaron su tercer disco, SanaZión. Por esta época la música del grupo ya se conocía en muchos países de Sudamérica y Centroamérica. Ese año se generan cambios en la formación del grupo, ya que muchos de los integrantes de la banda en vivo abandonan el proyecto. Por este motivo en 2008 Gahona decide incorporar el sistema sound system para sus presentaciones, con Goyo (bajista) como DJ y se dedicaron exclusivamente a hacer giras y presentaciones en vivo hasta el 2010, viajando a México y a otros países de América.
En 2010 Gahona convocó a los integrantes de su backing band (Malaya y Gaby en teclados, Gon en guitarra, Goyo en el bajo, Di Style en batería, Eze en percusión) para emprender una gira; luego lanzaron su disco Poder, con un estilo que mezcla el hip hop y el roots reggae. A comienzos de 2011 iniciaron la gira Latinoamérica despierta 2011, y a fines de ese año comenzaron la grabación de Despertar, con una calidad sonora superior a los discos anteriores y en el que los músicos comienzan a utilizar la afinación en 432 Hz en vez de 440 Hz, «para estar en armonía con las vibraciones que emite la Tierra». En febrero de 2012 tocaron su música en el festival Cosquín Rock, al que regresaron en 2013, y en agosto en el Estadio Cubierto Malvinas Argentinas de Buenos Aires, presentando su nuevo disco Despertar.
En marzo de 2013 realizaron un concierto en el Auditorio Ángel Bustelo de Mendoza y el mes siguiente iniciaron una gira por Centroamérica. En mayo brindaron un concierto en Centro de Convenciones de Barranco, en Lima, Perú; regresaron a la Argentina para presentarse en el estadio Luna Park, con un concierto en el que interpretaron cuarenta y un canciones y que duró casi tres horas. De esa presentación hicieron el video oficial Somos R que publicaron en su sitio web.
Continuando con su gira internacional, en junio estuvieron en Panamá, en el Organic Roots Festival realizado en Fígali Convention Center, y en el anfiteatro del CIFCO (Centro Internacional de Ferias y Convenciones) en San Salvador, El Salvador; regresaron a la Argentina para presentarse en Córdoba, Tucumán, Jujuy y Salta; en agosto dieron conciertos en Buenos Aires y Uruguay y en octubre viajaron a Costa Rica, donde dieron tres conciertos; encabezaron junto a Dread Mar-I una gira por varias ciudades de México y Estados Unidos en el marco del Festival Reggae Latino, finalizando la gira en Medellín, Colombia. Luego continuaron por las provincias del sur de la Argentina: estuvieron en Comodoro Rivadavia, Neuquén y Bariloche. El 3 de noviembre estuvieron presentes en el Vorterix Reggae Fest realizado en el Mandarine Park de Punta Carrasco, Buenos Aires, y días después en el Festival Latinoamericano de Artes y Música (Frontera Festival) en Santiago, Chile. En el 2014 tiene programado continuar su gira por toda Latinoamérica y se presenta en el festival más importante de Argentina Cosquín Rock edición 2014, el 3 de marzo y el 4 de marzo realizará su show en el Microestadio Malvinas Argentinas junto a Alborosie y Kameleba.
El sábado 24 de mayo de 2014, formaron parte del show que se realizó en la 4.ª edición del Festival Sustentable “PUMM! Por un mundo mejor”, al que concurrieron 25 mil jóvenes y que tuvo como objetivo difundir el compromiso con el cuidado del medio ambiente y de la vida saludable a través de la música.
Zona Ganjah ha compartido escenarios con Los Cafres, Cultura Profética, Quique Neira y The Skatalites, entre otros.
IDEOLOGIA
José Gahona adhiere al movimiento espiritual rastafari y lo promueve a través de sus canciones, con mensajes positivos que aluden a la apertura de las conciencias hacia la esencia del hombre y su relación con la Tierra y Dios. Los integrantes de la banda no consumen carne ni alcohol, por lo cual prefieren no tocar en bares donde se fomenta el consumo de bebidas alcohólicas. Consideran a la marihuana como una hierba que brinda la naturaleza y su consumo como una manera de conectarse con Jah rastafari. José Gahona también cree fuertemente en la paz sobre todas las cosas y la bendición que es despertar cada día.
Dice Gahona a sus seguidores:
“No usen la marihuana para colocarse, fumen para que se le expanda la mente. (...) Conéctense con la tierra, con la naturaleza que eso es lo mejor que les puede pasar.”
DISCOGRAFIA
2003 Con ayuda del error
2005 Con Rastafari todo concuerda
2006 En alabanza y gracia
2007 SanaZion
2010 Poder
2012 Despertar
2015 Más Allá De La Zona
1 note
·
View note
Photo
With my Metabee #NocheDeMatadero #FriendsTime #FriendsNight (en Centro de Convenciones Barranco) https://www.instagram.com/p/B6C4J4WpXZZzuAAXP3DFvh4W1o3MAZcY_Bs6FE0/?igshid=oxue3ik0pugn
0 notes
Video
#RogerDelÁguila #Chivito #TercerIntento #EntelFest2019 (at Centro de Convenciones Barranco Arena) https://www.instagram.com/p/B1jheIXj45SKrdMvVI2XAI4LoNTIIHOwWcAtbQ0/?igshid=1am8q6a73jdmx
0 notes
Text
#killswitch engage#New wave american Metal#Sepultura#celebrating life through death#Trash metal#Centro de convenciones Barranco#Megadeth#Crush the world tour#Heavy Metal#cigarros pall mall#ron cartavio#hot topic#vans off the wall#vans old school#dr martens#cervezas y chicas#pizzas y musica#monster energy
2 notes
·
View notes
Photo
Aniversario #promart 💚💜 15/05 (en Centro de Convenciones Barranco Arena) https://www.instagram.com/p/B1QB8RrH76QGE2wUu6jwTO9lPj30Zvb9EUWIUk0/?igshid=gfyq7p3wmfxy
0 notes
Text
#SinMusicaNoExisto
🎶 «INDIE ROCK» 💿🌎🤘🤟
💥 The Kooks (Reino Unido) conocidos por éxitos como "Naive" y "She Moves in Her Own Way" junto a Little Jesus (México), quienes presentan su nueva producción discográfica.🎙🎸💽💿❤️♫
© Producción: Veltrac Music.
▶️ Vídeo Promocional: https://youtu.be/5qS5d8Gammk
📌 CONCIERTO:
📆 Miércoles 06 de Noviembre
🕗 8:30pm.
🏟 Centro de Convenciones Arena (jr. Catalino Miranda 153 - Barranco)
🎯 Entradas:
🎫 Vip: S/.295
🎟 Platinum: S/.195
🖱 Reservas: https://prime.joinnus.com/landing/the-kooks
0 notes
Photo
Por muchas mas salidas así!!! Ya se les Extrañaba argolla 😎 (en Centro de Convenciones Barranco) https://www.instagram.com/p/B0u-XHeBBUlBuImtgODjjv8NAiq44xsFI_uDIg0/?igshid=1cm5ta1l3mstn
0 notes
Photo
Slowdive @ Centro de Convenciones Barranco - Lima, Perú (18.05.2017)
+ fotos https://1drv.ms/f/s!AkyoMRF3yAc-xXNhst4XkoHZAAj5
+ videos https://www.youtube.com/watch?v=4nO8le8aLXU
https://www.youtube.com/watch?v=v_Z_kkWa5Ws
#slowdive#centro de convenciones barranco#slowdive en lima#veltrac#veltrac music#shoegaze#lima#perú#resplandor#2017
0 notes
Text
EPICA - European Co-Headline Tour With APOCALYPTICA
The ‘Epic Apocalypse Tour’ featuring Dutch Symphonic titans EPICA and Finnish Cello masters APOCALYPTICA with support by Helsinki prog metallers WHEEL has been postponed till Spring 2021.
EPICA's Simone Simons comments: "As we were awaiting our tour with APOCALYPTICA with great anticipation, we are now forced to have a little bit more patience. This might not come as a surprise, as you have all seen our colleagues in the music business rescheduling their tours as well. We have decided that it is the best thing to do during these uncertain times. We want to give you the best possible experience and value your health deeply. We will be back full force and can't wait to see all your faces again when you hear our new music live for the first time. Everybody stay strong and be patient, your waiting will be worth while." EPICA will tour in support of their new album which will be released early next year. "The Epic Apocalypse Tour 2021" w/ APOCALYPTICA, WHEEL 01.03. D Berlin - Columbiahalle 02.03. D Leipzig - Haus Auensee 03.03. D Hannover - Capitol 05.03. CH Zurich - Komplex 06.03. D Munich - Tonhalle 07.03. I Milan - Fabrique 08.03. CH Lausanne - Metropole 10.03. HU Budapest - Barba Negra 11.03. AT Vienna - gasometer 12.03. CZ Brno - hala vodova 13.03. PL Warsaw - Progresja 14.03. PL Gdansk - B90 17.03. D Hamburg - Docks 18.03. DK Copenhagen - Amager Bio 20.03. S stockholm - Berns 21.03. N Oslo - Sentrum 01.04. FIN Helsinki - Ice Hall 07.04. P Lisbon - Coliseum 08.04. E Madrid - La Riviera 09.04. E Murcia - Gamma 11.04. E Barcelona - Razzmatazz 12.04. F Toulouse - Bikini 13.04. F Paris - Zenith 14.04. B Brussel - Ancienne Belgique 16.04. UK Nottingham - Rock City *NEW* 17.04. UK Glasgow - O2 Academy 18.04. UK Bristol - O2 Academy 20.04. D Cologne - Carlswerk Victoria 21.04. D Ludwigsburg - MHP arena 22.04. D Wiesbaden - Schlachthof 24.04. LUX Luxembourg - Den Atelier 25.04. NL Amsterdam - AFAS Live 27.04. UK London - Roundhouse 28.04. UK Manchester - Academy Tickets for all shows are on sale from from www.epica.nl/tour MORE LIVE DATES: 'Design Your Universe' - 10th Anniversary Shows - Latin America 03.09.2020 CL Santiago - Teatro Caupolican *RESCHEDULED* 05.09.2020 EC Quito, - El Teleferico *RESCHEDULED* 06.09.2020 PE Lima - Centro de Convenciones Barranco *RESCHEDULED*
EPICA is: Simone Simons | vocals Isaac Delahaye | guitars Mark Jansen | guitars, grunts, screams Coen Janssen | synths, piano Ariën van Weesenbeek | drums Rob van der Loo | bass More info: www.epica.nl www.facebook.com/epica www.instagram.com/epicaofficial www.twitter.com/epica www.nuclearblast.de/epica Read the full article
0 notes