#cenas fortissimas de poluição prossigam com cuidado
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ㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤ despertar dos poderes
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ task 003 — @aldanrae
𝑰n the end 𝑨s my soul's laid to rest 𝑾hat is left of my body 𝑶r am I just a shell?
A náusea o acordou antes que outra coisa o fizesse. De início, Zagan viu aquilo como um bom sinal. Estava tão acostumado a acordar com pesadelos que acordar abruptamente de forma a sequer se lembrar se havia sonhado com alguma coisa era algo reconfortante, para dizer o mínimo.
Até ele perceber a náusea.
Não era estranho ao sentimento de se sentir nauseado. Passou quase toda a sua infância em um barco de pesca e, como qualquer pessoa, já ingeriu alimentos que não caíram bem. Mas aquela sensação era diferente. Era como se todo o conteúdo de seu estômago estivesse se convertendo em ácido. Era uma sensação nauseante e incômoda.
Levantou-se cambaleante, procurando pelo jarro com água que mantinha no quarto, os membros parecendo estar em chamas por dentro, como se o ácido em seu estômago estivesse se espalhando pela corrente sanguínea.
Serviu-se com as mãos trêmulas, a água respingando na mesa de madeira devido ao tanto que era chacoalhada dentro do copo. O changeling ansiava pela sensação de alívio que um bom gole d’água lhe traria, mas ela nunca veio.
No momento em que a água tocou em sua língua, pôde senti-la transformando-se em outra coisa. O pungente sabor azedo praticamente golpeando-o enquanto cuspia tudo, sentindo-se ainda mais fraco.
Havia sido envenenado, era a única explicação. Alguém havia feito aquilo com ele.
Zagan havia sobrevivido à todos aqueles anos no Instituto com uma taxa de tentativas de assassinato relativamente baixas se comparada com outros recrutas, mas é claro que isso aconteceria ali, no território inimigo.
Precisava de Rán imediatamente. Expandiu sua mente para chamá-la, mas sentiu que ela já estava a caminho, provavelmente percebendo que havia algo errado.
Temeu que morresse antes que ela chegasse, que não tivesse forças para pular a janela e montá-la, mas quando percebeu já estavam voando. Em que momento a havia montado? Não fazia ideia.
No fundo, desejava que ela o levasse de volta para Eldrathor, para o lugar que havia aprendido a amar, para que morresse ali. Ou para casa, para que pudesse se despedir de seus avós. Mas Rán sempre havia sido mais esperta que ele, e o levou muito mais perto que isso, para o lugar que havia se tornado seu favorito e onde passavam parte do tempo sempre que podiam, a Praia Calis.
É claro, ela iria tentar curá-lo, sua saliva tinha propriedades curativas e, perto do mar, ela tinha muito mais poder.
Sua solução aliviou o sentimento em seu corpo. Sentiu-se ligeiramente mais forte e conseguiu afastar um pouco da queimação, mas ainda não se sentia bem. O corpo, que antes queimava como se houvesse ácido puro em suas veias, agora parecia… Dormente.
Pediu que Rán o ajudasse a entrar na água e, de seu jeito, ela lhe ofereceu apoio. Ele não era um dragão, não tirava seus poderes da água salgada, mas se ia morrer ali, que fosse em seu lugar favorito.
Observou os primeiros raios de sol despontarem no horizonte e sentiu-se em paz, mas então novamente voltou a sentir a queimação, agora em sua pele. Mas não era em todo o corpo, apenas nas partes que tocavam na água.
Olhou para baixo e se assustou com o que viu. A água do mar naquela parte era clara, mas ao redor de onde ele estava, assumia um tom esverdeado escuro que não deixava qualquer dúvida ser tóxico. Tirou a mão da água e a sensação de queimação diminuiu. Observou-a, mas não havia nenhum sinal de que tinha realmente se queimado. Esticou-se e voltou a afundar a mão na água, dessa vez em outro ponto um pouco mais afastado. Onde tocou, aquele líquido verde pareceu surgir. Aquilo estava saindo dele.
— O quê…
Começou, mas ainda sentia-se fraco. Envenenado.
Conforme se movimentava, Zagan podia perceber a poça aumentando a partir de onde tocava, então saiu rapidamente do mar, deixando que as ondas diluíssem aquilo.
Encarou a mão molhada pelo líquido verde e, em um ímpeto, provou-o com a língua, sentindo aquele mesmo sabor nauseante da água mais cedo. Claramente era veneno. E ele sabia que aquilo estava dentro de si desde o momento em que havia acordado.
Voltou a se aproximar do mar, dessa vez não entrando, mas estendendo apenas uma mão. Novamente a água se transformou naquele líquido enquanto a tocava, mas quando desejou que aquilo parasse de acontecer, ele parou. Movimentou a mão e tudo o que fez foi espalhar o veneno na água limpa, não voltando a criar mais.
Percebeu também que aquela sensação em seu corpo diminuía e, quanto mais mentalizava seu próprio bem estar, melhor se sentia. Quase como se ele estivesse comandando… Veneno? A não envenená-lo mais?
— Que porra foi essa?
Como resultado por ter passado a infância sendo lembrado de que a sua existência havia arruinado a vida da mãe, Zagan desenvolveu a habilidade de transformar água em veneno, desde que esteja tocando nela. O único problema é que 70% do corpo humano é composto de água.
#tw: poluição!!!#cenas fortissimas de poluição prossigam com cuidado#╰ ⋄☾⋅ ⸻ that's what the water gave me ⧽ pov#╰ ⋄☾⋅ ⸻ that's what the water gave me ⧽ task#task: poderes
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