#capitulo51
Explore tagged Tumblr posts
Photo
18 de fevereiro de 2013
Por Thiago
23h58, Twitter
Ela curtiu e retuitou.
— Porque você não larga esse tablet e vem dormir, Thiago, é tarde, olha hora, amanhã você não acorda
— Já vou, Mariana
Checo meu celular pela milionésima vez, ela não respondeu minhas mensagens, muito menos retornou minhas ligações
Oi, Marjorie... Fala comigo
CHAMADA PERDIDA
CHAMADA PERDIDA
Atende minhas ligações, por favor!
Eu quero falar com você, ouvir sua voz
CHAMADA PERDIA
CHAMADA PERDIDA
Ok, você não quer falar comigo. Já saquei.
Eu também não falaria comigo depois do que aconteceu.
O que eu posso dizer, já que eu sei que um simples pedido de desculpas não vai adiantar
Vou começar a encher sua caixa de e-mails daqui a pouco se você não responder
É SÉRIO, EU NÃO ESTOU BRINCANDO!
Por favor, só me diz se está tudo bem... Estou aceitando qualquer coisa, um sinal de fumaça, quem sabe?
Obrigado 😊
Digito antes de cair no sono.
~*~
09h18, Estacionamento do Projac
Por Marjorie
Várias coisas podem ser loucura, por exemplo, um dia estressante de trabalho, o jeito como as pessoas passam umas pelas outras sem olhar ou os relacionamentos superficiais. Aliás, disso eu entendo bem, mas é melhor não entrarmos em detalhes. Não posso pensar nele agora.
Checo meu celular, ergo meu olhar em direção a minha bolsa no banco do carona e acabo vendo o que não queria. Sorte, azar ou coincidência, o carro dele estava estacionado ao lado do meu.
Um beijo caloroso de despedida e os dois saem do carro.
Péssimo dia!
Murcho por um segundo, tem tudo para ser um péssimo dia de trabalho. Ignorando as previsões, eu saio do carro a tempo de ele notar a minha presença. Se é que já não havia notado.
— Bom dia. – Ele me cumprimenta.
E o meu bom dia fica entalado na garganta. O máximo que consigo fazer é um aceno de cabeça frio e distante. Ajeito a bolsa nos ombros e caminho, ele faz o mesmo com seu tablet em mãos. Estou me controlando para não mencionar ela na conversa, mas não dá. O beijo no carro não para de me assombrar.
— Voltou a dar carona?
— Hã... a Mariana, ela tem um teste de elenco
— Hum. Será que eu devo desejar sorte? Ah não... eu esqueci, sorte, ela tem de sobra.
~*~
Por Thiago
Ela passa por mim, mas eu a sigo.
— Marjorie, espera! - Caminho mais rápido. Ela me ignora.
— Bom dia, Marjorie.
— Dia... Péssimo dia, Antônio. - Ela cumprimenta o vigia, passando o crachá no leitor magnético.
— Hey Marjorie – chamo-a — você deixou cair o crachá. – Pego-o do chão, junto deles está a chave do carro.
— É, não é um bom dia. - Antônio sorri com desânimo.
— E eu que achei que seria um bom dia. - Dou de ombros. Mulheres são estranhas. Quando você dá a elas a resposta que elas esperam, elas ficam bravas com você. Se a Marjorie não queria saber a resposta do porquê Mariana estar aqui, porque perguntou? Ah droga, o beijo!
— Eu posso guardar o crachá e a chave, aqui, comigo, se você preferir – oferece ele, gentil. Agradeço dispensando a ajuda.
~*~
Caracterização, 10h23
Por Marjorie
— Animada!? Eu estou empolgada, casamentos são sempre divertidos. - Juliana comenta, sentando-se ao meu lado com seu próprio almoço. — O que!? Uma mulher não pode sobreviver só de cafeína, certo?
— Errado. — Sorrio para ela. — Sou um exemplo notável.
— Bem... você está ficando magrela demais, se quiser um pouco - Olhando para a salada, eu percebo o quão faminta estou. — Fique com isso, por minha conta.
— Sim, senhora. - Enquanto guardo o tablet reparo em Thiago do outro lado da sala, conversando com a Camila. Como se antecipasse minha próxima pergunta, ela anuncia:
— Thiago a caracterização masculina fica para lá. – Me pergunto o que ele quer aqui e porque ele está sorrindo com uma expressão de surpresa no olhar.
Dou de ombros e continuo comendo. Desisto de tentar descobrir as motivações de Thiago. Droga, evita-lo será uma tarefa difícil. Muito difícil.
Por Thiago
As coisas estão corridas por aqui, varo o ambiente com os olhos a procura da Marjorie, a visto sentada com os bob’s nos cabelos, os olhos estão fechados, sendo maquiados – o que é bom - assim ganho um tempinho admirando-a, antes dela notar a minha presença. — Thiago a caracterização masculina fica para lá - Camila me tira do transe, puxando o meu braço, ela me arrasta porta fora.
— Eu sei... eu já tô indo, só vim entregar isso para Marjorie, ela deixou cair na-
— Entrega no final do dia – aconselha. — Ela não vai ter como ir embora mesmo. Pelo menos assim vocês têm como conversar.
— Perai você está me ajudando, Camila. – Arregalo os olhos, surpreso. — Sem solidariedade feminina.
— Só dessa vez, Thiago não acostuma, não. E cuida dela. Cuidado para não perder essas chaves.
— Ah... eu vou cuidar com a minha própria vida, obrigado, muito obrigado Camila. – Dou um beijo estalado na sua face, ela ri do meu jeito empolgado.
Obrigatoriamente, Marjorie e eu tínhamos um encontro marcado no fim do dia.
~*~
Por Marjorie
— Posso almoçar com vocês porque estou cheia de tentar aconselhar o Thiago. – Nós entreolhamos e sorrimos curiosa.
— O que o Thiago queria, Camila?
— Falar com a Marjorie, mas mandei ele embora. Não era isso o que você queria, Marjorie?
— É sim - Dou uma olhadinha para Thiago, que está em outro mundo, alheio a tudo a sua volta, até mesmo a nossa conversa.
— Eu vou ficar sabendo o que está acontecendo ou não? Sempre que pergunto como as coisas estão indo entre vocês ele se fecha. – Sol insiste. -— Vocês mal trocam uma palavra nos ensaios. Você nem olha para ele, mas ele passa o tempo todo te olhando. Quer me dizer o que está rolando?
— A Mariana está grávida - respondo, mastigando o resto da minha salada.
— Ah meu Deus. - Ela inclina a cabeça e me estuda por vários segundos. — Como você está, amiga?
— Bem... Eu já disse a Camila que o problema não é a gravidez e sim ele ter escondido o fato.
— Mas e se ele não sabia da verdade. - Tusso e rio ao mesmo tempo. Um filete de cenoura escorre pelo meu queixo e cato um maço de guardanapos para me limpar.
— É claro que ele sabia, Pri. - Ela lança um olhar para Camila antes de cochichar de volta.
— Que motivos ele teria para mentir para você, Mah?
— É a Priscila tem razão, Thiago não é o tipo de homem que mente.
— Vocês estão do lado de quem afinal?
— Do seu, amiga.
— Dos dois, na verdade - Camila e Priscila começam a rir como se fosse a coisa mais hilária que já tivéssemos dito. Suspiro e balanço a cabeça.
— Então... – Priscila começa a se acalmar. — Quer que eu passe o texto com você? Você e o Thiago costumam passar o texto.
— É. – suspiro. — Mas não precisa, amiga, sério eu já decorei. – Eu me levanto e vou até a porta. Preciso sair para tomar um ar.
— Você não entende não é a mesma coisa, Sol. – Juliana segue meu olhar enquanto um sorriso de ironia se aloja em seu rosto. — Você não tem um belo par de olhos verdes, é impossível ajudar
— Ta bom, realmente, eu não tenho, não. - Enquanto elas continuam discutindo minha vida amorosa, Isabel chega com seu vestido de noiva propositalmente mais justo na cintura e nos tira da inércia.
Andamos com o carrinho elétrico e completamos parte do trajeto a pé, durante toda a caminhada o assunto continuou sendo minha vida amorosa. Isabel ficou a par dos últimos acontecimentos e deu seus conselhos sobre como devo agir diante deste problema.
Não que eu não gostasse de ouvir os seus conselhos, mas toda aquela conversa já estava me deixando nauseada.
— Vocês quererem parar de falar no Thiago como se ele fosse o último homem na terra por quem eu me interessaria? - digo, na minha voz mais autoritária.
— Ah, há um milhão de outros por aí, iguais a ele, não é mesmo. – Rhaisa se intromete. Não gosto do seu tom de voz e, apesar disso ignoro. Prefiro animação da Sol e da Ju ao responde-la em uníssono:
— Não, não há! - E cair na gargalhada outra vez.
— Mudando o assunto em três, dois, um, que ele tá vindo aí – cochicha a Isabel.
— Luz na passarela que lá vem elas. – Rafael cantarola olhando para mim. Assim como todo mundo. Exceto Thiago. Oh, a ironia.
— Eu vou entrar. - Caminho mais rápido para evitar um encontro com ele.
— Alguém pode explicar o que deu na Marjorie? – Ouço George perguntando e uma a uma desconversar.
— Não sei, você sabe? – primeiro Rhaisa
— Eu não, você sabe? – depois Juliana e por último Isabel
— Também não sei de nada.
— Ah esquece o clube da Luluzinha se fechou em copas, meu amigo. – brinca o Emilio. — Nem que elas soubessem elas diriam o que aconteceu.
~*~
Por Thiago
14h16, Ensaio Geral
— Olha eu tô nervoso – diz o Emilio para as lentes do Vídeo Show.
— Vai desistir? – Entro na brincadeira.
— Eu tô nervoso, eu não sei o que dizer. Não sei tô nervoso. – Continua ele, em tom debochado. — Não sei nem se eu vou dizer sim.
— Ele não sabe o que dizer porque ele não decora o texto – provoco. — Por isso ele não sabe o que dizer. Se ele decorasse o texto, ele saberia.
— Decoro muito o meu texto. – O abraço pelo ombro e rimos um da cara do outro. — Eu tenho que dizer sim, só hoje.
Quando deixamos de ser o foco das filmagens do programa, Emilio me pergunta como um bom amigo preocupado. — Você e a Marjorie como vão?
— Não vamos.
— Não me diga que voltaram à estaca zero. O que foi agora?
— Mariana está grávida – digo simplesmente.
— Ué?! – estranha. — Não era apenas uma suposição?
— É. Era o que pensava, mas contra um exame
— Não há como negar. – Ele completa meu raciocínio. Ficamos em silêncio, até que Emilio questiona novamente. — E a Marjorie, ela certamente não aprovou isso.
— Eu tentei explicar, mas ela saiu sem me dar ouvidos. Fui atrás dela...
— Você foi ou não foi atrás dela? – Odeio como o Emilio é capaz de perceber quando estou mentindo.
— É não... – confesso envergonhado. — A Mariana estava lá. Eu achei melhor não insistir. Ela está gravida – repito para mim mesmo para me convencer de que é verdade. — Eu tô tão feliz. Vou ser pai de una menina, de uma menininha linda.
— Meus parabéns, meu amigo. – Aceno com a cabeça em agradecimento. — Então quer dizer que você e a Marjorie terminaram?
— Não. – Altero o tom de voz. — Fala baixo. Não diz isso nem de brincadeira. Eu tentei ligar, mandei mensagem, até tuitar, eu tuitei.
— Hã!? Tuitou o quê!?
— Vou sentir muita saudade de #Lado a lado. Quero ver tuitar quem compartilha desse sentimento. – Mostro o twitter para ele. — É não ri, não, eu estava desesperado...
— E funcionou?
— Bom, pelo menos ela retuitou.
— Cê vai tentar falar com ela hoje?
— Eu acho difícil conseguir falar com ela hoje no meio dessa multidão toda, mas eu vou tentar
— Tentar não, você vai consegui, essa é a palavra, e vai com calma. Se ela não quiser falar não insiste, afinal quem tá se sentindo perdida é ela não você.
— Ah, eu não estou perdido?
— Que eu saiba, não, você tem duas mulheres interessadas em você.
— Queria ter essa sua certeza.
Olho para Marjorie e a vejo me encarando. Não consigo descrever sua expressão. Raiva? Surpresa? Um pouco de ambos? Há um fogo em seu olhar que faz com que eu pense que ela não está totalmente infeliz em me ver, e hesito em decidir se isso é bom ou não. Se devo ir até ela ou não.
Que se dane. De um modo ou de outro, vamos conversar hoje. A adrenalina corre pelas minhas veias quando decido ir ao seu encontro.
— Oi - cumprimenta ela, enquanto me perco em sua aparência. Cada gota de saliva em minha boca seca.
— Oi - respondo com a voz vacilante. Ela parece estar com o problema oposto. — Desculpe. Oi. - Minha voz vacila de novo. Droga. Eu me sinto como um adolescente. — Você está…- Balanço a cabeça, em seguida, limpo a boca tentando não perder o foco da conversa. — Na verdade, Marjorie, você vai me ignorar até quando?
— Não estou te ignorando.
— Ah, sim, está sim.
— Não, ignorar você seria ignorar sua presença. Notei você. Só preferi não falar com você.
— Isso é melhor ou pior do que me ignorar completamente?
— Levemente melhor.
— Bem, graças a Deus. Então não vou me ofender.
— Bom para você.
— Eu estava sendo sarcástico, Marjorie, por que você é sempre tão rabugenta? Está de tpm?
— Quê?! Estou de... quê?! tpm?! Você é tão... - Ela se afasta, mas mantenho o passo junto dela.
— Por que está me seguindo?!
— Não estou te seguindo. Estou andando ao seu lado.
— O que você quer? Ela gira o calcanhar bruscamente. Fica de frente pra mim.
— Conversar sobre... Ah... deixa pra lá. - Me sinto como um cachorrinho barulhento ao lado dela. — Eu só queria saber se você quer passar o texto.
— Por que quer saber? - Ela olha para mim por mais alguns segundos antes de fechar a cara. Então, sem dizer outra palavra ela se vira e vai embora.
— Ah, tá, então terminamos aqui? — Falo com as costas dela. — Bem, valeu por se esforçar. Seu talento para conversa é realmente estimulante!
Nós separamos. Ela vai para um lado da capela e eu para outro.
— Eu sei, eu sei. - Eles levantam o olhar e cessam a conversa quando eu me aproximo. — Sinto muito - digo, soltando minha sacola no banco, sentando-me ao lado em seguida.
— Tudo bem, meu caro - Marco responde com um tapinha no ombro. — Ainda estamos cuidando dos detalhes da produção. Relaxe, tome uma água. Vamos começar daqui a pouco.
— Bacana. - Reviro a mochila atrás do meu tablet. Raissa senta-se ao meu lado e puxa um assunto qualquer. Ela está animada com o dia de hoje. Aliás, todos parecem contagiados pelo clima de final de novela. Para onde quer que eu olhe a sempre um celular com a câmera pronta para registrar uma pose ou outra.
Eu tento prestar atenção ao que ela diz, mas finjo um maior interesse, com sorrisos alegres quando flagro Marjorie algumas vezes nós observando. Raissa e eu conversamos um com o outro, e ela tem o mesmo olhar otimista que a Mariana usa sempre que tenta me converter ao veganismo.
— Ah droga... Thiago você pode me ajudar aqui, por favor – Ergo o olhar e então me apresso em ajuda-la. Seu vestido estava com o feixe emperrado. Dou meu paletó para ela se cobrir. — Não, está muito quente. - Ela recusa, posicionando minhas mãos em suas costas.
Droga, minha situação só piora.
— Não acho que provocar ciúmes na Marjorie seja uma boa opção pra mim no momento, Rhaisa
— Então por que você está se dando ao trabalho? - Ela se aproxima e olha mim. — Mesmo assim, obrigada, Marjorie tem razão quando diz que você é um homem muito gentil.
— Ela disse isso?
— Não - Ela se inclina e beija meu rosto. —, mas tenho certeza que ela está pensando nisso enquanto nos observa.
— Tá, vamos lá. — Vinícius bate palmas, chamando atenção para si. — Vamos começar falando da sequência de eventos. - Ele repassa a cena. Nós nos apresentamos aos ensaios, dizemos nossas falas, agimos como se nos amássemos.
— Tia Celinha me chamou para ser madrinha.
— Guerra também me convidou para ser padrinho.
— Não vão chorar, vocês foram convidados e desconvidados depois. Vocês são divorciados. Não podem ser padrinhos de nada, nem de casamento, nem de batizado, nem de aniversário, de nada.
— É... Eu sei, eu sei... já passei por isso antes.
— É mas, eu acho que esse problema tem solução.
Então, quando o ensaio termina e temos a oportunidade de falar: nada. Nós nos estranhamos demais para conversar. Isso está me enlouquecendo.
Não ajuda que quando ela se aproxima eu fique tão excitado que mal consiga respirar. Talvez por isso me agrade passar grande parte do tempo próximo a porta. Passei os últimos dias num estado de tesão totalmente debilitante, e hoje temos de passar a cena em Laura pede Edgar em casamento.
Não sei o porquê, mas estou nervoso, agitado e ansioso por esta cena.
~*~
16h50, Gravação
Por Marjorie
Vou para a gravação, faço meu trabalho e tento ficar o mais longe possível de Thiago no tempo em que estamos fora de cena. Ele continua tentando me pegar para uma conversa, mas antes que Thiago tivesse tempo para uma nova tentativa, Vinicius chama atenção para o nosso posicionamento em cena, dando ênfase ao estado de euforia dos personagens.
— Lembre-se Laura e Edgar estão feliz, animados pelo casamento, então o que quer que esteja acontecendo entre vocês dois esqueçam e, por favor, concentrassem-se - Ele nos chama para as posições e eu viro a cabeça, estendendo a mão com um a sombra de incerteza no rosto, mas pronta.
Vinicius grita “gravando” e, quando ele aperta a minha mão e começamos a caminhar pelo cenário percebo o quanto este “pedido de casamento” será difícil.
— Esses casamentos, esses noivos tão confiantes.
— Tão certos do que querem, do que sentem – eu o rebato sorrindo e ele questiona determinado.
— Não é estranho?
— Não pode ser normal?
— Por que com a gente não foi assim?
— Não, com a gente foi tudo ao contrário. – Paro e o encaro por alguns segundos. Ele ri, o seu “riso protocolar” Está nervoso.
— Foi do jeito que tinha que ser: dúvidas, mal-entendidos, angustias. A gente foi praticamente obrigada a se casar, mas bastou morar na mesma casa pra... pra acontecer.
— O que?
— Isso, nós dois – Seus olhos desviam dos meus ao apontar para si e em seguida para mim. Abaixo a cabeça, suspiro e volto a olha-lo. Preciso manter meu sorriso confiante e alegre enquanto ele prossegue:
— Quase que a gente não se casa.
— Quase.
— A gente ia conseguir não ser casado, Edgar?
— Eu não sei, mas você quis assim por seis anos.
— Casa comigo? - Sorrimos juntos e o mundo para. Eu flutuo, as palavras fluem e outra vez preciso lembrar que Laura quem está ali, não eu. — É isso mesmo tô te pedindo em casamento. Casa comigo?
— Mas a gente já é casado. – Ele sorri ao falar. Não o protocolar, mas o meu sorriso. Deus, que sorriso.
— Não – Tento falar, mas a voz falha. —, não nós...reatamos, mas continuamos divorciados. - Engasgo.
Sinto meus olhos lagrimejam quando Thiago se aproxima e toca de leve minha mão. Ele não deveria fazer isso, mas faz. Sem dizer nada, aperta mais seus dedos contra os meus. Seus olhos questionam-me se estou bem e eu assinto. Ele sabe tanto quando eu que não podemos parar, não queremos errar agora.
— A gente não pode se casar de novo.
— Tá recusando o meu pedido, Sr. Advogado? – Arqueio as sobrancelhas com graça.
— Nã-não, é isso... – protesta sorridente - eu tô dizendo que pela lei a gente não pode se casar mais.
— Sim, eu sei, porque eu sou uma moça bem informada, a gente não pode se casar, mas a gente...
— A gente pode revogar o divórcio – completa ele, boquiaberto.
— Você ainda não me respondeu.
— Repete o pedido. – Edgar... Edgar Vieira, repito mentalmente.
— Edgar Vieira aceita se casar comigo? – Enquanto o coração grita outro nome, o seu. Thiago... Thiago Fragoso
— Deixa eu pensar? - Graceja, mordendo o lábio. Posso ouvir meu coração bater em expectativa. — Sim!
Suspiro.
— Meu marido. – Seus lábios finalmente encontram os meus.
E eu não contenho mais as lágrimas.
Como esperei por este beijo.
~*~
20h, Camarim
Por Thiago
Eu estou ouvido atrás da porta. Eu sei... eu sei é um hábito horrível, mas não é minha culpa se eles deixam brechas para isso. Além do mais, eu não tenho escolha, não depois da Marjorie ter deixado o estúdio com lagrimas nos olhos sem deixar que eu me explicasse.
— Mas eu tirei a foto... Tudo bem não foi ao lado do Thiago, como vocês planejaram, mas eu tirei a foto.
— Do lado do Claudio, Marjorie – debocha George. — Cê podia ter se parado do meu lado, ao menos eu seria um galã a sua altura.
— Sai daqui, George, sai. – Marjorie balança a cabeça veementemente, arremessa um objeto em direção a sua cabeça, obrigando-o a sair.
— Thi-a – ele murmura surpreso. Tapo sua boca, impedindo-o de me acusar. Olho pra ele e peço silêncio com o dedo indicador em riste. George assente, continuamos a ouvir a conversa.
— O que custava tirar uma foto ao lado do Thiago, Marjorie?
— Tudo, Juliana, se você quer saber... custa a minha vida, a minha integridade física e moral. Eu não posso me dar um luxo desse mesmo que eu queira. Além do mais, porque eu alimentaria falsas expectativas?
— Mas você passou o dia se esquivando dele, sequer deixou ele se explicar... E não, não finja que não. Vocês precisam conversar, anda, Marjorie, admita! – Não consigo evitar um sorriso ao ouvir tais palavras.
— Juliana, espera aí, me ajuda com a porcaria desse vestido. Juliana, Ai droga!
— Marjorie, você precisa de ajuda aí
— Não, obrigada - agradece sem me encarar.
— Olha, eu posso ajudar adquiri certa experiência nisso hoje. – Me aproximo, mantendo uma distância segura. Não quero ser o responsável por mais um objeto jogado aos ares.
— Ah sim, eu sei, sei bem da sua experiência, eu vi. Rhaisa me contou os detalhes.
— De-talhes... Que detalhes não tem detalhes para contar, Marjorie. Eu só estava ajudando uma colega de trabalho.
— Deixe isso para lá — diz ela, enquanto tenta abrir o zíper do vestido. — Esqueça. - O corpete do vestido parece comprimir seu corpo, apertando-a até quase asfixiar. — Tire essa coisa maldita de mim. - Ela vira pra mim para que eu possa abrir o zíper, e assim que o faço, ela volta para o provador.
Silêncio. Permaneço parado até que ela abra as cortinas e saia, vestindo a mesma camisa de hoje cedo, porém a saia marcando os quadris é novidade.
— Será que nós podemos conversar agora? – peço educadamente.
— Amanhã, Thiago, eu preciso ir – Eu a vejo vasculhar a bolsa. Sei o que ela procura e hesito em dizer que as chaves do seu carro estão comigo.
— Eu sei...
— Hum
— Marjorie - Aproximo-me e tomo seu rosto. — Talvez você não tenha que ir embora agora.
— Preciso sim, de verdade. - Quase posso ouvir cada batida do seu coração acelerado. — Ou talvez você possa simplesmente ficar aí bem quieta por mais alguns minutos e me deixar fazer isso.
Paro de respirar quando, com delicadeza, cobro meus lábios com os dela.
~*~
20h32, Estacionamento Projac
Por Marjorie
— Eu acho que você está procurando por isso, não? – ele balança as chaves no ar e depois as joga em minha direção. Eu as pego, erguendo as sobrancelhas.
— Como você...
— Você deixou cair no...
— Não importa. – Ignoro-o, abrindo a porta do carro. Preciso fazer algo. Qualquer coisa apenas para não ficar parada o observando. Jogo minha bolsa no banco de trás.
— Escuta, Marjorie, nós podemos conversar? Ele põe a mão sobre a porta, me impedindo de fecha-la. Está nervoso. Suando um pouco.
— Amanhã, hoje não vai dar, eu já te disse isso, eu tô exausta. - Entre mim e ele há a porta. O que é bom, nos impede de nós aproximarmos.
— Eu sei... Nós podemos conversar amanhã então, você promete? - Ele se aproxima em minha direção sem realmente olhar para mim.
— Humm.
— Marjorie... - Inspiro. Estremeço. Expiro. Resisto ao impulso de observá-lo. — Você está bem? — pergunta ele ao se aproximar, cortando a distância mínima que ainda existia entre nós.
— Ótima. – Inspiro de novo.
— Você parece... quente. - Eu me viro para ele. Ele pisca e olha para o outro lado. — Estou falando da temperatura, está quente hoje, não... — ele balança a cabeça. — Não importa. - Ele aperta a mão contra a nuca com mais força, deslizando os dedos no cabelo. Ele não sabe como agir e eu muito menos.
Fecho os olhos para evitar olhar para suas mãos. Ou queixo. Ou lábios. Droga, eu sou um desastre completo, porque quero beijar sua boca e estou prestes a ceder a isso quando deveria estar dentro do carro sem se quer olhar para trás.
— Então... eu acho que isso é um adeus. - Ele respira com força, e suas mãos me apertam, uma a minha bochecha, a outra a minha nuca. — Até amanhã - diz soltando um leve som da garganta, e o calor me invade. Meu corpo está contra o dele, minhas mãos estão em seu cabelo. E cada motivo pelo qual eu deveria ficar longe dele perde o sentido quando nossas bocas se encontram.
O beijo é rude e desesperado e cheio de uma paixão que não quero sentir. Mas é aí... aí onde moram todas as melhores lembranças dele.
Era isso o que deveríamos ter sido. Sempre. Bocas e mãos umas nas outras, respirar o ar um do outro. Aproveitando nossa conexão de almas, não fugindo dela.
Suas mãos roçam sobre um corpo trêmulo que não se incendeia desse jeito há tempo demais.
Liberto minha boca e consigo suspirar um “Thiago” antes que ele murmure um “Deus... Marjorie” e me beije novamente Meu corpo ainda não está satisfeito, mesmo que meu cérebro saiba que isso é errado. Cada parte de mim anseia por ele.
Mãos me puxam mais para perto. Braços me envolvem em um segundo, meus pés vacilam contra a porta do carro e no outro estamos juntos no banco do carona.
— Você quer mesmo fazer isso? - Solto os lábios dos dele e me afasto. Sua boca está aberta e é macia, e eu o beijo novamente, com um pouco mais de força como resposta à sua pergunta. Ele expira contra minha pele, e não sei que diabos estou fazendo, mas sugo suavemente seus lábios. O calor me percorre. Cada centímetro de mim queima, e apesar disso não posso deixar que ele continue.
— Ai, Thiago... - Perco o ar quando ele avança para meu pescoço, sua boca aberta e sugando. Me enlouquecendo. — Eu pedi para você ser sincero comigo, Thiago, mas... você não foi. Porque você não me disse a verdade sobre a Mariana?
— Eu não sabia.
— Não sabia o que? Que ela estava grávida?
— Que ela estava falando a verdade. - Ele suspira. E quando fala outra vez, sua voz é mais suave, porém ainda firme. — Para mim era mentira, invenção, maluquice da cabeça dela.
—Como... Se ela veio até aqui te contar?
— E você deu ouvidos a ela.
— Claro... Como se eu tivesse outra escolha. Ela fez questão de vir aqui pessoalmente me contar e esfregar o exame na minha cara, e você queria que eu não ouvisse? O problema não é você ter outro filho... a ideia não me agrada, eu não vou mentir. Mas eu posso conviver com isso. O que eu não posso aceita e não consigo suporta é essa sensação.
— Sensação, que sensação, Marjorie? - Ele pega minha mão e alisa a pele. Um gesto tão doce e simples, mas que eu sinto em todo o corpo.
— A de que você ainda ama ela, que ainda nutri um sentimento, como se na verdade tudo que a gente viveu não passe um caso para você.
— Não fala isso. Eu fui sincero com você antes. E estou sendo agora - ele afirma, absolutamente sério. — Eu prometi que vou dar um jeito. Que vou conseguir conciliar a minha vida com a Mariana.
—Vida. Sua vida com a... Você não está conseguindo Thiago. Não está. Dá pra ver isso. Ah... porque eu me deixei levar. Eu sabia, no fundo eu sabia, que iria acabar assim.
— Assim como?
— Você não vê - devolvo, incapaz de suportar que ele pense que o nosso final feliz vai vir tão fácil assim. — Não percebeu que se rever a Mariana como parte da sua vida? - Seus olhos se turvam, e a conhecida atração que sinto por ele deixa o ar entre nós pesado.
— A Mariana faz parte da minha vida, sim, Marjorie, mas não é como você imagina.
— Não!? Então me esclarece como é, eu estou tentando ver a lógica desse seu raciocínio, mas não estou conseguindo.
— Ela é a mãe dos meus filhos, é por isso que ela faz parte da minha vida e só... Só por isso que ela continuará na minha vida. Porque infelizmente eu não posso mudar essa parte da história. Assim como, eu não posso obrigar que você aceite o pedido que eu tenho para te fazer.
— Pedido. - O medo ainda está nos seus olhos, à espreita, mas ele o atravessa. Suas mãos vêm para meu rosto. Ele me toca gentilmente, mas minha reação é intensa. Ele pisca quando toca minha bochecha. Há calor sob minha pele, que aumenta com cada toque suave de seus dedos. Seu medo aumenta um pouco, vacilando atrás de sua decisão. Sua atenção está fixa na minha boca e ele pigarreia antes de murmurar.
— Fica comigo- ele sussurra enquanto se inclina, tão próximo que posso sentir sua respiração ofegar. — Me dá uma chance, só uma chance de provar que o amor que eu sinto por você é intenso. Verdadeiro. Real. - Ele olha para meus lábios e é preciso cada grama do meu minguante senso de autopreservação para desviar o olhar.
— Você quer uma chance?
— Quero... – ele diz baixinho. — Quero muito. – Com os lábios próximos ao meu ouvido, Thiago escorrega os dedos até a minha bunda e me levanta, encaixando o seu quadril entre minhas pernas. Minha saia sobe enquanto ele pressiona o corpo e o volume saliente na sua calça contra mim deixando claro as suas intenções, o quanto ele quer essa chance.
— Eu te dou essa chance. – Vacilo por um segundo apenas. Seus dedos voltam na minha bochecha quando ele se inclina, tão lentamente que mal reparo que ele está se movendo.
Nós nos beijamos, nos amassamos e nos emaranhamos, desesperados por mais. Há muito tecido e pouco ar. Seu corpo enrijecido pressiona meu corpo macio.
— Mah - ele geme, deslizando uma mão no meu cabelo enquanto usa a outra para achar meu seio. — Isso é... Meu Deus, Tô muito fodido.
— Somos dois. — Agarro a cabeça dele e o faço me beijar mais, porque estou viciada no gosto desses lábios e língua.
Mas minhas mãos precisam de mais, então elas vão para baixo da camisa dele e encontram seu abdômen, quente, tremendo sob meu toque.
Ele geme na minha boca e me beija com mais intensidade. Então suas mãos estão sob minha saia e sobre meu sutiã, me acariciando e me apalpando. E me deixando tão ávida que chega a doer.
— Não podemos. — Ele arfa deixando meus lábios e me beija atrás da orelha, sua respiração é quente e fraca em minha pele. — Isso é uma loucura tremenda. Fala pra eu parar.
— Não posso. Ele suga fundo onde meu ombro e pescoço se encontram. Sei que vai ficar marcado, mas a dor não vai importar tanto quando ele me possuir dessa forma. Quero ele dentro de mim, silenciando minha ânsia. Saciando minha fome.
— Marjorie. - Ele move o quadril mais rápido enquanto agarra minha bunda. — Meu bem, se você não me disser para parar agora, juro por Deus que vou te foder nesse carro. Você é tão gostosa. Eu sabia. Sabia que seria. E olha... Isso não é nem de longe o que eu sonhei para nós dois.
Eu me contorço contra ele. Não poderia dizer para ele parar agora nem que eu tivesse uma arma apontada para minha cabeça. Ele se esfrega em mim, e só posso me segurar e rezar para que ele continue se movendo. Estou transbordando, me contraindo, me revirando com um prazer inacreditável. É diferente de qualquer coisa que eu tenha sentido antes, e não quero que termine nunca.
— Mah, não posso... não devo. Eu preciso... Eu tenho que voltar. - Ele está ofegando no mesmo ritmo dos movimentos do quadril. Ele tem que continuar. Tem que. Enfio minha cabeça em seu pescoço e chupo a pele doce, deixando a mesma marca que ele deixou em mim. A essência do seu perfume atiça minha língua enquanto nós dois grunhimos e xingamos. Seguro a respiração.
— Thiago...
— Deus, Marjorie...
— Sr. Fragoso? Srta. Estiano? - Ficamos paralisados ao ouvir a voz de Márcia. Ele para de se mover. Para de respirar. A tensão dentro de mim se libera e se esvai. Não, não, não, não, não! Escuto batidas no vidro, então sua voz. — Aí estão vocês. Eu me perguntava se havia perdido meus protagonistas, mas parece que vocês já estão trabalhando os seus personagens. Que dedicação.
Eu me solto do pescoço de Thiago e ele olha para mim, com o pânico tomando conta dos olhos. Estamos ambos pulsando, ofegantes. Nossos lábios estão inchados e vermelhos.
Marcia pigarreia e eu solto as pernas da cintura de Thiago, caindo sobre o banco do motorista para que ele possa se recompor e sair do carro. Ajeito minhas roupas e saio também.
Vejo Thiago passar a mão no cabelo antes de enfiá-las nos bolsos e suspirar. Olho para Marcia. Ela está nos avaliando calmamente.
— Então, parece que vocês dois tiveram uma interessante... discussão. Posso supor que tenha trabalhado suas questões, sr. Fragoso? - Thiago pigarreia.
— Bem, eu já estava chegando ao... cerne da questão quando você nos encontrou. -Marcia faz uma careta.
— Foi o que pensei. Uma risada nervosa escapa de mim e cubro minha boca porque acho que estou prestes a surtar feio. Meu corpo está pulsando e latejando, meu coração vai sair pela boca. — Então posso supor que você não vai abandonar a gravação? — Marcia pergunta.
— Parece que não. - Marcia assente e sorri.
— Excelente. Nesse caso temos muito trabalho a fazer. Vejo você no estúdio em cinco minutos. - Ela se vira e deixa o estacionamento. Somos apenas Thiago e eu novamente.
— Você quer que eu te espere... - Avalio o perigo por cerca de três segundos antes de colocar meus braços ao redor do pescoço dele e abraçá-lo. — Eu posso... - Ele passa os braços ao meu redor enquanto encaixa a cabeça no meu pescoço e solta um suspiro estremecido.
— Não... Eu adoraria, mas não. É melhor não. Não sei se vou me conter ou me concentrar em cena, sabendo que você está por aí, em dos corredores, me esperando.
— Thiago.
— O que foi? - Enterro meu rosto em seu pescoço e apenas respiro, e de repente cada célula do meu corpo estremece.
— Eu... queria saber
— Marjorie... sério, eu estou atrasadíssimo e você ainda bagunçou o meu cabelo para ajudar - Ele solta um gemido e me abraça mais forte. —, fala logo.
— Qual o seu sonho?
— Meu sonho?
— Humm... o seu sonho. - Passo meus dedos no seu cabelo e massageio seu couro cabeludo.
— Ah... você quer saber... – ele sussurra em meu ouvido. — Ter você toda nua dizendo que é só minha, esse é o meu sonho.
— Algum lugar em específico?
— Hã... você ainda quer detalhes? - Ele me aperta mais forte e eu me impressiono com o nosso encaixe perfeito. Ele sabe como me abraçar e eu realmente sei como atiça-lo.
0 notes
Photo
Episodio G Assassin. Capítulo 51
#episodiogassassin#capitulo51#afrodita episodio g assasin#afrodite#afrodita#saint seiya#AthenaRikd#Mercano54#assassin#doratefy
0 notes
Text
#Fanfic Amnesia- Justin Timberlake
Justin vinha trabalhando muito nos últimos meses, semprefora de casa, divulgando o álbum novo em programas de TV, entrevistas de rádio e nos deixando em casa sozinhos, Ian e eu. Era péssimo, me sentia sozinha, morta de saudade e extremamente preocupada por deixa-lo livre por aí... Deveríamos estar com ele, não era coisa de ‘mulher ciumenta’, éramos sua família e precisávamos dele, sentíamos sua falta mais do que tudo...
Certa manhã, fui até o mercado comprar frutas e deixei Ian na casa de Lynn por algumas horas. Fiz o que tinha que fazer e na saída, passei perto de uma banca de jornal. Me entreti com algumas revistas por algum tempo até ver a manchete estampada, rendendo até uma foto de capa... COMO ELE PODIA TER FEITO ISSO? POR QUE?!
Joguei uma nota alta em cima do balcão, sem notar o valor. Peguei a revista e corri chorando até o carro. Entrei e fiquei encostada no volante, totalmente perdida e sem forças pra conseguir voltar pra casa... Não podia estar acontecendo, não de novo, não pra me colocar á beira da loucura novamente! O que eu tinha feito pra merecer aquilo?!
Dirigi em alta velocidade até chegar rapidamente na casa de Lynn. Entrei apressada, peguei Ian de seu colo e fui saindo, em dizer nada.
- Meg, tá tudo bem?!- ela se preocupa.
Assenti e voltei pro carro. Prendi Ian na cadeirinha lá atrás e voltamos pra casa. O peguei, levando-o até o meu quarto, deitando-o na cama e chorando perto dele que me olhava sem entender nada.
- Não chora, mamãe!- seus dedinhos enxugaram meu rosto.
-O beijei incansavelmente. Éramos só eu e ele e acho que seria assim daqui pra frente...
- Vai ficar tudo bem, meu amor! Prometo que vai!
Acabamos dormindo. Acordei muitas horas depois com Ian mexendo nos meus sapatos no closet. Dei banho nele, papinha e o coloquei pra ver um desenho na TV. Me mantive deitada, apenas esperando. Sabia que logo ele chegaria, depois de quase um mês fora e não queria vê-lo, não queria, mas era inevitável...
Por volta das 22h, ouvi barulhos no andar de baixo. Peguei Ian no colo e desci. Não tinha tomado banho, não tinha jantado, só tinha aquele desanimo e aquela imensa vontade de morrer. Por que ele tinha que ser tão lindo apesar de tudo?! Sua presença iluminava cada lugar, cada parte do meu ser... Será que eu consegui mesmo odiá-lo, nem que por um momento se quer?!
- Oi amores da minha vida!- nos abraçou forte- Senti tanta saudade!- me deu um selinho demorado.
- Papai!- Ian correu até ele, agarrando suas pernas.
- Papai voltou, camarada!- o ergueu do chão, beijando seu rostinho.
Fiquei olhando aquele momento entre os dois. Ian perguntava dele a todo momento e era só felicidade quando o pai chegava. Será que ele não percebia mesmo o quanto era importante pra nós? Se sim, por que simplesmente não se importava? Por que fingia tão bem?!
- Tudo bem, amor?!- segura meu rosto entre suas mãos- Tá tão quietinha!
- Cansada- falei somente.
Justin levou Ian pra cima. Encheriam a piscina e colocariam todos os brinquedos lá dentro, parecendo duas crianças! Continuei sentada no sofá da sala. Chamei a empregada e disse que poderia servir o jantar assim que eles descessem. Jantamos, brincaram mais um pouco e ele colocou Ian pra dormir, que protestou chorando muito!
Me contive ao máximo, sem dizer nada. Eu era uma bomba prestes a explodir a qualquer momento! Justin desceu, esticando-se ao meu lado no sofá, despreocupadamente.
- Até que enfim ele dormiu!
- Aham- falei.
- Agora somos só você e eu!- beijou meu pescoço delicadamente, me arrepiando.
Lágrimas teimosas escorreram, Mantive os olhos fechados com força, mas não pude evitá-las.
- O que foi, amor?! Hã?!- me abraçou- Senti falta do seu cheiro, do seu beijo, de fazer amor com você...
A cada palavra era um soco dado em meu estomago. Ele sabia bem como fingir, sabia que assim eu me renderia totalmente á ele com todo aquele charme e poder de sedução que me deixavam maluca por ele! Tirei discretamente a revista escondida entre as almofadas do sofá e entreguei á ele. Seus olhos olharam por um bom tempo, sem perder o controle...
- É assim que sente a minha falta?! - Não tá acreditando nisso, tá?!- me olha seriamente. - Tá dizendo que você e ela... Resolveram relembrar o passado em uma de suas idas á uma boate em Vegas na qual você ficou até 3h30 da manhã sob o olhar e sorrisos fascinados dela! - Não é verdade. Como pode acreditar nisso?! - COMO PODE FAZER ISSO?!- me levantei depressa- COMO PODE FAZER ISSO COMIGO E COM O IAN, COM O SEU FILHO? - Não fiz nada, apenas saí pra beber com uns amigos, o de sempre. Te liguei pra dizer que eu iria e você disse que estava tudo bem, que não se importava em me deixar sair, que confiava em mim... - VOCÊ ME TRAIU!- gritei- ME TRAIU COM ELA! - Não traí, nunca faria isso!- É apenas uma revista, Meg, uma maldita revista sensacionalista!- se defende. - É PRA ISSO QUE VOCÊ QUERIA SAIR EM TURNÊ? PRA FICAR ANDANDO SOZINHO POR AÍ, APROVEITANDO ENQUANTO EU FICAVA TRANCADA EM CASA COM O IAN, ESPERANDO VOCÊ APARECER QUANDO QUISESSE?!- comecei a chorar. - Para com isso!- pede- Vamos conversar... - ASSUME QUE ME TRAIU COM ESSA MALDITA! QUE DORMIU COM ELA E QUE NUNCA SE IMPORTOU COMIGO! - Acha mesmo que nunca me importei com você? Olhe á sua volta e me diz se isso não é se importar, olha tudo o que temos, juntos... - Uma casa, empregados e dinheiro não é tudo- falei ressentida- Você não estava aqui, não esteve nos últimos meses e precisávamos de você... - Você sabia que ia ser! Esse é meu trabalho, é como faço pra dar tudo o que você e nosso filho merecerem. Não é justo comigo que me acuse mais uma vez! - Preferia não ter nada disso e ter você comigo- rebati- O que foi que viu nela que te fez se interessar tanto ao ponto de deixar de me amar?! - Pelo amor de Deus, não acredito que tá falando isso- ri nervosamente- Consegue ouvir o que tá dizendo? Não tive nada com ela e não deixei de te amar, acredite em mim pelo ou menos uma vez na vida! - E ESSA FOTO, HEIN?!- volto a gritar- sacodindo a revista na cara dele- VAI DIZER QUE É MONTAGEM? ALUCINAÇÃO MINHA? - Não vou negar. Estivemos juntos, conversamos, mas não passou disso- diz- O marido dela estava lá, eles tem um filho! O que você acha que aconteceu?! - Já disse, que dormiram juntos... - Você é inacreditável, sabia?! - EU?! NÃO FAÇO NADA ALÉM DE FICAR TRANCADA NESSA MERDA DE CASA ENQUANTO VOCÊ DÁ A VOLTA AO MUNDO BRINCANDO EM CIMA DE UM PALCO COM FÃS HISTÉRICAS SE ESFREGANDO EM VOCÊ! - PARA COM ISSO!- me segura pelo braço- PARA COM ESSA LOUCURA!- grita. - É VERDADE! EU ODEIO VOCÊ, ODEIO ESSE SEU TRABALHO, ODEIO MINHA VIDA E QUERO SUMIR DAQUI! - VAI, VAI... PODE IR! SE NÃO TÁ SATISFEITA, VÁ EMBORA ENTÃO! Ele nunca tinha falado assim comigo, não com tanto desdém e parecendo não se importar. - Vou embora e vou levar o Ian comigo!- subi as escadas. - Não vai leva-lo- me segura. - Sou a mãe dele e ele vai comigo- me impus. - Sou o pai e ele vai ficar! - ME SOLTA!- me livrei dele. - PARA DE GRITAR!- seus olhos estavam injetados de raiva- SE NÃO QUER FICAR AQUI, SE ME ACHA TÃO CRÁPULA A PONTO DE TE TRAIR, ENTÃO VÁ EMBORA! MAS NÃO VAI TIRAR O MEU FILHO DE MIM! - NÃO FINJA QUE SE IMPORTA! VOCÊ PREFERE MAIS SUAS AMIGUINHAS SEMPRE DISPOSTAS... - Você é maluca, sabia?!- ri descontrolado- É maluca feito a porra da Jessica! Falava tanto dela e olha só, se tornou pior... - Tenho pena dela- falei sem pensar. - Devia ter remorso também. Você adorava ser a minha amiguinha bem disposta quando eu era casado com ela! - SEU MALDITO!- bati nele, mas me segurou forte pelo pulso, me prensando contra a parede. - Você é doente! Já ultrapassou todos os limites com esse ciúme. Nunca te dei motivos pra desconfiar de mim, sempre fui um marido e pai exemplar, sempre indo e vindo, dando desculpas, tentando estar sempre que possível por perto e não tenho o direito de sair uma porra de uma vez pra beber... - Você deu eu cima de mim- o encarei. - E você aceitou porque me amava e ainda ama! - NÃO AMO, NÃO AMO, NÃO AMO!- berrei na cara dele. Justin me segurou pela cintura e me beijou. Forte, sem interrupções, me fazendo perder o ar, totalmente descontrolado de raiva... - ME SOLTA!- o empurrei com força. - Ainda me ama!- sorriu- Eu te amo, não importa pra onde vá... Subi as escadas, entrei no quarto de Ian, tirando-o do berço. Desci pelas escadas, prestes a sair. - Não vai sair- para na porta, me impedindo. - Não pode me impedir de sair... - Não precisa sair. Eu saio! Subiu pro quarto, descendo logo em seguida com uma mala e uma sacola. Não tinha mais o que pensar, estava decidido. - Não quero mais essa vida- falei antes que ele saísse. - Não vou te deixar. Nunca! - Não te quero mais- meus olhos cheios de lágrimas, denunciando a maior mentira da minha vida! Justin abriu a sacola, despejando vários embrulhos no chão. - ISSO É TUDO O QUE EU COMPREI PRA VOCÊ, QUANDO CLARO, EU ESTAVA PENSANDO NELA!- ironizou- TODAS ESSAS MERDAS, PRA VOCÊ... A porta da frente se abriu e o escutei sair de carro, cantando os pneus (...)
Três dias depois e minha vida tinha virado um verdadeiro pesadelo. Eram muitas coisas ditas, muita mágoa e não sabíamos como consertar isso. Decidi aceitar as aulas na academia de dança em NY e me mudar pra lá o quanto antes. Lynn já sabia, Natalie também, só faltava dizer á ele, o que não seria nada fácil... Ele me ligou e marcamos de nos encontrarmos em um restaurante afastado do centro, lá pelas 20h. Deixei Ian com a babá e fui até lá! Não sabia o que dizer, como começar e se estava realmente certa da decisão que iria tomar. Eu o amava, muito, mas não podia mais conviver com tantas incertezas e com todo o meu ciúmes que só fazia mal á mim e á ele... Estacionei e logo o vi sentado, esperando e tomando um refrigerante. Entrei e me sentei de frente á ele.
https://www.youtube.com/watch?v=Hf4pkfZWlys
- Oi! - Como está?!- sorri lindamente. Porque ele tinha que ser tão lindo?! - Bem e você?! - Levando- dá de ombros, sem entusiasmo- E o Ian?! - Perguntando de você! - Queria vê- lo- passa os dedos pela borda do copo. - Quando quiser. Ele não tem nada a ver com as nossas brigas... - Meg, por favor, vamos parar com isso! Podemos voltar a ser felizes!- segura minha mão. - Não, não podemos- a retiro. - O que eu tenho que fazer pra que acredite em mim? Tudo o que eu fiz não foi o suficiente? Todas as demonstrações de amor durante esses anos todos? - Se quer mesmo ficar comigo vai ter que escolher entre sua família e seu trabalho. Já disse isso uma vez e volto a repetir. Somente sob essa condição! - Quer me fazer escolher entre as pessoas que eu mais amo e o que eu mais amo fazer na vida, é isso?! Acha justo comigo? Acha certo?- me questiona. -É isso ou... - Ou o que?! - Quero o divórcio!- falo sem meias palavras, a voz embargada. - Divórcio?!- me olha assustado, sem crer no que ouvia. - Poderemos ser livres pra... pra fazermos o que quisermos e seguirmos com nossas vidas... - Quer seguir sem mim? É isso o que quer?!- seca o rosto com as costas das mãos, chorando muito. - Aceitei as aulas na Julliard. Vou me mudar pra NY! - Não pode fazer isso comigo, com nós, com a nossa família... Meg, por favor?!- implora. Ele chora muito e não há como não sentir pena e não querer voltar atrás. Eu não queria fazer o que estava fazendo, mas era preciso, não dava mais. - Pode ficar com tudo, não quero absolutamente nada. Poderá ver Ian quando quiser, sair com ele, não vou impedir. Quero que ele o veja sempre e... - Para de falar assim- me corta- Pelo amor de Deus, para! Me levanto e saio dali, indo direto pro carro. Eu não podia suportar, era demais pra mim todo o sofrimento, a dor, a mágoa... Abri a porta prestes a entrar, mas suas mãos me seguraram. - Pode me levar pra casa? Paul me trouxe e não há táxis disponíveis aqui!- pede. Assenti e o vi entrar do outro lado. Liguei o carro e dirigi. Justin estava sério, parecia desolado, como se todo o seu brilho tivesse se extinguido. - Quando foi que nos tornamos tão estranhos?- diz olhando pela janela lá fora- Pode parar por um minuto, por favor?! Estacionei em uma rua qualquer. Uma chuva fina caía e fazia um pouco de frio. - Está na casa da sua mãe?- pergunto. Ele não responde. - Não me ama mais?- é direto no assunto. - Não sei, eu... - Olhe pra mim e diga que não me ama mais!- olha fixamente pra mim. - Pra que isso?!- desvio o olhar, rindo de nervoso- De que vai adiantar saber? - Quer me punir, se mudando pra NY, não é?! - Não, não é nada disso! Quero ter a minha vida e é isso! - E a nossa vida, a vida que tínhamos antes...? - Não existe mais, sinto muito- falei baixando os olhos. Voltei a ligar o carro e a dirigir, Não muito depois, chegamos em frente á casa de Lynn. - Vamos tentar Meg. Só mais uma vez!- pede, acariciando meu rosto com o polegar. - Vá embora, por favor- digo. - Vai me matar, sabia?! Vai acabar comigo de todo os modos que alguém pode ser destruído... Une nossas testas, falando rente á minha boca. - Não quero te destruir. Não!- começo a chorar convulsivamente. - Eu te amo e sempre vou te amar. Não vou aceitar perder você. Não vou aceitar perder a minha família e vou fazer de tudo pra recuperá-los. Acredite nisso! Me beija inúmeras vezes, me fazendo perder o ar em meio aos beijos. Tenho vontade de pedir que ele fique, todo o meu ser implora por isso, mas não digo nada. O vejo sair, olhando diversas vezes pra trás. O vejo sentar-se na soleira da porta, as mãos na cabeça, perdido... - O que foi que eu fiz?!- me pego dizendo. Era tarde demais. Estava feito! Por mais que morrêssemos por dentro, estávamos definitivamente separados um do outro, pra sempre...
“Tinha 27 e estava sobrevivendo ao meu retorno de Saturno Umas férias longas não pareciam tão ruins Estava cheio de segredos trancados tão firmes Como um metal derretendo Vivendo vazia e sem forças
Achei que eu não era o suficiente Descobri que eu não era tão forte Deitada no chão do banheiro Estávamos vivendo no erro E eu achei que a culpa era toda minha Não conseguia mais aguentar
Pela Graça de Deus (Não havia outro caminho) Eu me levantei (Eu sei que preciso ficar) Coloquei um pé na frente do outro Me olhei no espelho e decidi ficar Não iria deixar o amor me derrubar desse jeito
Agradeço à minha irmã Por manter minha cabeça acima da água Quando a verdade era como engolir areia Agora, toda manhã, não há mais tristeza Oh, eu finalmente consigo me ver novamente
Eu sei que sou o suficiente, capaz de ser amada Não se tratava de mim Agora preciso estar acima disso Deixe o universo confrontar isso Sim, a verdade vai te libertar
O caminho, não Não em nome do amor O caminho, não, o caminho, não Não vou desistir”
1 note
·
View note
Text
Meu porto seguro parte 2 – cap 51
Depois de quinze minutos cheguei até o aeroporto e comecei a procurar Renata. Nos banheiros, nas lanchonetes, no saguão, no check-in. Não a achei. Até que vi uma mulher bem parecida com ela andando em direção a uma loja de revistas, corri ate ela.
Luna: Renata, Renata!
Ela me olhou assustada e tirou os óculos escuros.
Renata: Luna? O que você ta fazendo aqui?
Luna: Eu preciso falar com você – disse ofegante – por favor.
Renata: Eu não tenho mais nada pra falar com você Luna, agora eu só devo satisfações a policia, graças a você!
Luna: É justamente sobre isso que eu quero falar com você, por favor.
Convenci ela de sentarmos em um lugar mais reservado para conversarmos.
Disse pra ela que o delegado Bruno faria de tudo para que nada acontecesse com ela.
Renata já mais calma, respondeu:
Renata: Eu agradeço.
Luna: Deve estar sendo bem difícil pra você, né? Fazer o que fez.
Renata: Sabe Luna, eu nunca pensei que minha vida seria assim, com um passado tão sombrio, um presente tão doloroso e um futuro tão inserto. Eu sonhava tanto Luna, eu queria tanto ser uma pessoa grandiosa, com uma carreira brilhante mas nem sempre seguimos esse caminho. Eu fiquei cega Luna, cega por um sentimento que vaga por todo o meu corpo, em cada parte dele, um sentimento chamado amor e foi por amor Luna que eu matei o Gabriel. Eu o matei porque aquele não era o meu Gabriel, não era o que eu queria, o que eu imaginava, não era o pai da minha filha. Eu queria livrá-lo daquela vida Luna e me desculpe o egoísmo mas em momento algum eu pensei em vocês, eu só pensei nele, em nós. Pensei que talvez com a morte ele ficasse mais próximo de mim de um jeito que não me machucaria e nem machucaria nossa filha, eu o livrei Luna, livre de um sentimento obscuro, um sentimento ruim e agora ele esta pagando por todo o mal que ele causou, assim como eu também vou pagar um dia.
Luna: Não diz isso Renata, você nos salvou.
Renata: Não Luna, não salvei. Eu fiz o que tinha de ser feito. Agora eu espero que ele pague pelos seus erros para que nós possamos, quem sabe em uma próxima vida, vivermos esse amor que não foi possível ser vivido, que foi destruído por ódio e rancor. Tudo o que eu quero agora Luna é cuidar da minha filha, dar um futuro melhor pra ela. Eu vou viver minha vida agora Luna, vou resolver minha situação com a policia e depois eu vou viver! Eu to pensando em me mudar pra fora do país, eu não sei onde ainda, mas eu, eu não quero mais contato Luna. Eu sei que você me ajudou, me tirou daquela vida e eu acho que o melhor jeito de agradecer é ficando longe de vocês. Eu só quero ser feliz Luna, só isso.
Luna: Eu entendo, entendo perfeitamente – disse secando uma lagrima – eu te desejo toda a felicidade do mundo e o que for ao meu alcance eu vou fazer pra que você saia bem nessa historia com a policia e me perdoe por fazer você se envolver assim.
Renata: Tudo bem, obrigada.
O vôo de Renata foi anunciado e ela se levantou e me deu um forte abraço.
Renata: Perdão Luna, por tudo.
Luna: Eu não guardo rancor algum.
Nos soltamos do abraço e eu comecei a ir embora pedindo a Deus que a protegesse.
Renata: Luna – me virei – o Victor é um cara bacana, ele é muito apaixonado por você, foi ele quem fez
Luna: Você contar tudo – sorri.
Renata: Sim – ela sorriu sem graça – ele te ama Luna, muito. Espero que vocês sejam felizes.
Luna: Obrigada, espero que você seja feliz também – acenei com a mão e fui embora de volta para o hospital torcendo para que tudo voltasse ao normal novamente.
1 note
·
View note
Text
Capítulo 51
–Quinta, 6 de Dezembro
Milena: Lu, será que eu posso te pedir uma coisa?
Luan: Pode uai. –sorri lindamente
Milena: Será que eu posso... Desculpa eu não consigo falar.
Luan: Não precisa ter medo, de falar.
Milena: Só quero te pedir uma coisa. Por favor não me faça sofrer. Não deixe com que as pessoas, façam coisas pra nos separar...
Luan: Pode ter certeza de uma coisa. Eu não vou te fazer sofrer. Eu prometo.
Milena: E se você não conseguir cumprir?
Luan: Eu vou tentar. Por você eu faço qualquer coisa. –se aproxima e faz carinho no meu rosto- Amo você.
Milena: Te amo! –o abraço o mais forte que eu consigo...
Tive um sonho tão bom com o Luan... Adoro sonhar com ele... Agora eu sei como termina aquele sonho que eu sempre acordava sem ar. Mas dessa vez, foi diferente. Eu acordei, com uma paz... Sei lá, é estranho não estar sufocando. Olhei no celular e tinha uma mensagem no meu celular. Era do Luan.
“Luan: Bom dia Mane. De tarde eu passo aí com uma surpresinha p vc. Beijos.
Nem sorri boba né?! Como ele tem esse poder sobre mim? Essa coisa, que me prende nele a cada dia mais? E o mas engraçado, é que eu não tenho mais o controle sobre mim. Eu vou me entregar de corpo e alma para ele. Sem medo do amanhã. Só vou viver um dia de cada vez...
Quando levanto tomo banho, coloco uma roupa confortável, fui pra cozinha. Comi, pão com manteiga e tomei um pouco de café com leite.
Me sentei no sofá, e o Edu me ligou.
Milena: Oi, seu Edu.
Eduardo: Bom dia Milena. Tudo bem?
Milena: Tudo sim, e com o senhor?
Eduardo: Estou bem. Você já está em São Paulo, não?
Milena: Já sim. Cheguei ontem.
Eduardo: Há sim. Então vamos fazer o seguinte; Você vem até a clínica, a gente faz uns exames no Luan, pra ver se ele já pode tirar a bota. Por ser?
Milena: Pode claro. Já, já eu vou praí. O Luan já está avisado?
Eduardo: Já sim. Eu me certifiquei que ele estaria mais tranquilo agora de manhã, e pedi para que viesse. Ele já deve estar chegando.
Milena: Ta bom. Até daqui a pouco.
Eduardo: Até. Beijos.
Milena: Beijos. –desliguei
Troquei de roupa, peguei minha maleta, e minha bolsa e fui pra clínica.
Assim que cheguei entrei cumprimentei a recepcionista e fui pra sala de exames, e eles estavam lá.
Milena: Bom dia. Desculpa o atraso. –sorrio e vou cumprimentar todos
Eduardo: Fica tranquila Milena. –sorri e me cumprimenta com um beijo e um abraço
Milena: Oi Luan. –sorrio e vou cumprimentar ele
Luan: Oi Mane. –sorri
Nos cumprimentamos com um beijo no rosto e um abraço rápido. Cumprimentei o Amarildo e o Rober. Logo em seguida o Arthur entrou na sala, com uma cara péssima. Me senti mau na hora.
Putz. Ele ta assim por minha causa.
Arthur: Bom dia.
Fizemos todos os exames do Luan, e o resultado estaria pronto amanhã.
Eduardo: Sabe Luan, a Milena fez um ótimo trabalho. O seu pé, ao meu ver está ótimo. Mas vamos ver nos exames. –sorri
Luan: E fez mesmo viu. Se não fosse a força de vontade dela, eu não teria melhorado assim. –me olha sorrindo e eu disfarço porque o Arthur me olhou
Eduardo: Ainda bem, que ela te deu aquela bronca né, porque se não você ainda estaria com muita dificuldade de colocar o pé no chão.
Luan: Verdade.
Depois de muita conversa eu fui pra minha sala, pra ver umas coisas no computador, quando alguém bateu duas vezes na porta e entrou. E adivinhem que é... O Luan. *u*
Luan: Oie. –fala sorrindo
Milena: Oi. –sorrio- Tudo bem? –me levanto e ficamos frente a frente
Luan: Melhor agora sabe?! –sorri me puxa pela cintura e me beija
Há... Parece que foi uma eternidade a noite de ontem, porque eu achei que não iria mais ter esse beijo... Ter esse homem que eu amo tanto aqui na minha frente.
Milena: Ficou feliz, com a notícia que o Edu te deu? –sorrio
Luan: Demais cara, demais. –sorri e senta na minha mesa me deixando entre suas pernas- Ta preparada pra surpresa de hoje?
Milena: Olha, eu estou curiosa. Muito por sinal. –rio
Luan: É uma coisa simples. Mas é de coração. –acaricia meu rosto- Tava com saudade de você.
Milena: Eu também. Mas a gente precisa tomar cuidado. O Arthur trabalha aqui, e percebeu o seu olhar pra mim. –o olhei séria
Luan: Verdade. A gente não pode dar bobeira. Ele gosta muito de você. Eu percebi no jeito que ele olhou pra você.
Milena: É, eu também percebi. –fiz careta
Luan: Mai eu não quero falar nele. Eu vim pra te dar um beijo. Tenho uma reunião no escritório. –faz cara triste
Milena: Bom, se já deu seu beijo. Pode ir agora. –falo rindo
Luan: E cê jura que eu ia dar só um beijo né? –ri- Nunca baby.
Milena: -gargalho- Que isso cantor. Afeminou foi? -falo rindo e ele ri junto
Luan: Não. Claro que não. – ri e engrossa a voz e nos beijamos de novo
Pude sentir um arrepio percorrer todo o meu corpo com o simples toque dele em minha pele. E creio que ele percebeu, porque sorriu enquanto nos beijávamos. O toque dele me fazia ficar com as pernas bambas. O jeito dele, só o olhar me arrepiava. O sorriso, e o beijo é claro. O melhor desse mundo todo!
Assim que paramos de nos beijar, ele me olhou com um olhar tão doce sabe?! O sorriso se formou em seu rosto e ele falou;
Luan: O que cê ta fazendo comigo hein’?
Milena: Tem certeza que sou eu? –rio
Luan: Cara, não da pra explicar o que eu to sentindo. Nunca senti isso por alguém... Cê é especial, tem alguma coisa que me prende. –fala sorrindo
Milena: Faço das suas palavras, minhas. Eu sinto a mesma coisa. Quando estamos juntos, parece que o mundo para de girar, e o tempo é só nosso.
Luan: Sabe, que quero ir de vagar, porque tipo, não quero magoar ninguém. Principalmente você. –sorri
Meu Deus. Parece que ele sonhou a mesma coisa que eu. Me arrepiei toda!...
3 notes
·
View notes
Text
Capítulo 51
A sexta-feira passou sem nenhuma novidade e o sábado tão esperado finalmente chegou. Acordei de manhã e Lucas já havia acordado.
— Bom dia dorminhoca! Estava só esperando você acordar. Se arruma rápido, vamos tomar café e depois vamos ir pra Patrocínio. — Lucas disse assim que abri os olhos.
— Mas já? — perguntei.
— Sim. Quero ir logo, não vejo a hora de matar a saudade dos meus pais e do Leandro.
— Ok, vou me arrumar. — falei.
Me levantei e fui até o banheiro onde tomei um banho rápido e lá mesmo vesti uma blusa caída em um ombro só na cor azul clara e uma saia jeans branca.
— Não acha que essa saia está curta demais? — Lucas perguntou assim que sai do banheiro.
— Não, não está. — respondi e depois lhe dei um selinho.
Um funcionário do hotel já havia levado nossas malas para baixo, então peguei minha bolsa e descemos para o restaurante do hotel onde tomamos café. Depois saímos do hotel e fomos rumo ao aeroporto, onde algumas fãs aguardavam o Lucas, ele as atendeu e logo nosso voo foi anunciado. Nos despedimos das meninas e entramos no avião. Um bom tempo depois, estávamos em frente a casa dos pais do Lucas que por sinal é uma das mais lindas que já vi.
— Amor, estou com vergonha. — falei apertando a mão esquerda de Lucas.
— Você está se sentindo da mesma forma que me senti quando fui na sua casa te pedir em namoro, então vou falar a mesma coisa que você me falou... Vai dar tudo certo, não precisa ficar assim. — Lucas disse.
— E se seus pais não gostarem de mim? — perguntei.
— Isso não vai acontecer, tenho certeza que eles vão te adorar. Agora vamos!
Fomos caminhando até chegar em frente a porta, Lucas tinha uma cópia da chave então a pegou em seu bolso e abriu a porta. A casa por fora é linda, mas por dentro é ainda mais perfeita, fiquei admirando a beleza da sala até que ouvimos uns passos. Karina, Paulo e Leandro apareceram e Lucas largou as malas no chão e foi correndo os abraçar. Eles se abraçavam com vontade e lindos sorrisos se formaram em seus rostos. Fiquei ali observando cada detalhe daquela maravilhosa cena, era visível o quanto Lucas sentia saudade deles e o quanto estava feliz por estar os revendo. Eles ficaram se abraçando durante algum tempo, depois Lucas olhou em minha direção e falou:
— Gente, essa é a Brenda, minha namorada.
— Finalmente você a trouxe para nos conhecermos. — Karina disse.
Todos vieram até mim e a primeira a me abraçar foi Karina.
— Seja bem vinda e sinta-se em casa. — ela disse assim que nos soltamos.
— Prazer Brenda, Lucas já havia nos mostrado algumas fotos sua, mas você é bem mais bonita pessoalmente. — Paulo disse me abraçando.
— Prazer cunhada! Você merece os parabéns por aturar o chato do meu irmão. — Leandro disse após ter me dado um beijo no rosto e todos riram.
— Obrigada gente, estou muito feliz em estar aqui com vocês. Leandro, também acho que mereço os parabéns. — falei e todos riram novamente.
Lucas e eu fomos guardar as malas nos quartos, iríamos ficar em quartos separados pois eu não queria que Karina tivesse uma impressão ruim de mim. Depois fomos para a cozinha onde ficamos boa parte do dia conversando, Paulo e Karina me contaram algumas histórias sobre a infância do Lucas e eu estava adorando estar ali com a família dele, eles estavam sendo super simpáticos comigo e eu estava literalmente me sentindo em casa.
~
Participem do grupo da Fanfic no facebook: https://www.facebook.com/groups/677906705573411/
2 notes
·
View notes
Text
Capitulo 51 - Dangerous Love
Me deje caer en la cama aun con el cabello mojado, tome mi celular que estaba en la mesa de noche, tenía dos llamadas perdidas de (tn). La extrañaba, pero ese Kevin se estaba volviendo ya tan insoportable, si aun más.
Eran las dos de la madrugada, no podía dormir, pero me mataba el cansancio.
Me intente acomodar y cuando finalmente lo logre mi celular sonó.
A regañadientes me estire y lo mire, era un mensaje de (tn).
'Tengo frio... :('
Quise sonreír, pero nada salió. Esta vez lo puse debajo de la almohada. No pasaron ni dos minutos y volvió a sonar.
'No salí con Kevin, si es lo que crees. Comí con Alisa y visite a mi madre, no te llame por no molestarte en tu trabajo.'
Ni siquiera había terminado de leerlo cuando ya había llegado otro.
'¿Me abres la puerta? No sé hacer magia como tú y me da miedo estar aquí'
Qué demonios estaba haciendo aquí, negué con la cabeza y me puse de pie.
—Que quieres. — dije de mala gana.
—Dormir con mi novio. — estaba envuelta en un cobertor, y aun así logre ver como subía los hombros. —Traje mi propio cobertor. — sonrió ampliamente.
—Tal vez Kevin este gustoso de recibirte en su casa. — subí una ceja.
—Me gustan tus celos. — dijo ignorándome y entrando al departamento. —Esto esta helado.
—Sí, bueno, puedes regresarte al tuyo si quieres. — volteo a verme y esta vez ella subió el entrecejo.
—Vaya, ¿Tienes a una horrible y barata tipa ahí adentro o qué?
—Tal vez sean dos y no tan baratas.
—Bien, entonces buena noche. — se dio la media vuelta no sin antes bajar el enorme cobertor.
Traía puesto el short más corto de la historia y una pequeña blusa que dejaba ver parte de su abdomen.
— ¿De verdad crees que es inteligente salir a las dos de la madrugada de esta manera? — logre decir ya cuando estaba en la puerta.
— ¿De verdad crees que es inteligente tratarme así? — como yo lo había hecho, ni siquiera volteo a verme. Salí tras de ella y la abrace por la espalda.
—Suéltame. — se movió deshaciéndose de mis manos.
—No seas ridícula.
—No lo soy— me miro molesta. —Ah, por cierto, ten... — rebusco algo en la bolsa de su diminuto short y cuando lo encontró me lo lanzo —Nos sobraron a Kev y a mí.
Simplemente no soy capaz de explicar lo que sucedió en mi cabeza, pero al ver el envoltorio plateado y el que llegara a mi cabeza la imagen de (tn) y Kevin fue demasiado.
Lo tire al piso y me abalance hacia ella, la tome de la cintura firmemente, la hice girar y se quejo por la fuerza con la que sujetaba su mandíbula.
—Tú no vuelves a ver a Kevin, ¡¿Me escuchaste?!
— ¡Déjame! — se quejo forcejeando y evitando mi mirada.
—No, no te suelto. — la cargue, pero se negaba a quedarse quieta por lo que tuve que echarla sobre mi hombro. No dejaba de gritar, patalear y golpearme la espalda.
—Suéltame Nicholas, o te vas a arrepentir.
—A ver. — la baje después de cerrar la puerta del departamento —Ahora sí, ¿Que me vas a hacer? —le dije retadoramente. Me ignoro y camino hacia la puerta, la volví a cargar y la aleje nuevamente.
—No te vas a ir.
—No me puedes obligar a quedarme.
—Ya lo hice una vez, no veo por qué no hacerlo de nuevo. Duermes aquí y mañana en la mañana te vas si así lo quieres. — se cruzo de brazos. —Ah, y mañana mismo renuncias con Kevin, si no lo nuestro se va directito a la basura.
—Eres…— tartamudeó y desgraciadamente vi como sus ojos se empañaban. — ¡Eres un idiota Nicholas! — se dio la media vuelta y se marcho hacia mi habitación. —Mira qué bien se te acomodaron las cosas, ¿Buscabas pretextos? Ahora hasta te sobran.
— ¿De qué mierda hablas? — negué con la cabeza.
—Claro, hazte el desentendido. — las lagrimas corrían por sus mejillas y yo simplemente quería abrazarla y pedirle disculpas. —Lo único que querías era que me acostara contigo, y claro ya que paso ¡Ahora si cualquier motivo es bueno para terminar con la idiota e ingenua de (tn)! — gritó cerrando fuertemente la puerta.
— ¡No! — le grite literalmente corriendo a la puerta, pero ya le había puesto llave. —No, no sería capaz de hacerte eso...
—Lárgate Nicholas. — su llanto se había intensificado, solo escuchaba sus sollozos y su respiración agitada debido al llanto.
—Ábreme por favor, quería evitar una discusión y por eso no me quede contigo y resulto peor. — no hubo respuesta de su parte. —No me hagas tumbar la puerta (tn), ábreme, quiero hablar.
Apreté mi cabeza con mis manos, y estire mi cabello con frustración, no había persona más imbécil que yo.
—Enana, ábreme, déjame explicarte... Jamás podría hacerte algo así, no busco pretextos, no quiero terminar contigo, eres lo mejor que tengo... — suspiré buscando palabras, era difícil usarlas, al menos para mí. —Solo que... Me aterra perderte, odio que Kevin ande atrás de ti— bajé la cabeza. —Tengo miedo de que me dejes... — se escucho como le quitaba el seguro a la puerta, la abrió levemente y solo se asomó. — ¿Puedo entrar? — se hizo a un lado dejándome entrar, apenas entre por completo y la abracé. —Lo siento hermosa. — besé su frente —No debí decir eso, pero no quiero que estás ahí más. No quiero que te alejen de mí.
—Nicholas, si mi mamá no pudo, Kevin menos, nadie lo hará.
—De todas maneras no me quiero arriesgar, arriesgaría cualquier cosa, menos el perderte a ti. — sujete su rostro entre mis manos, mirándola a los ojos. —Y (tn), yo te lo dije desde un principio... — hice su cabello hacia un lado. —No quería avanzar porque no quería que pasara esto, que llegaras a pensar esto. —bajo la mirada. —Yo no me acosté contigo, me lo creas o no (tn)… yo te hice el amor, como a nadie... — sus ojos se volvieron a llenar de lágrimas.
— ¿Me quieres Nick?
—No solo eso, te amo. — besé sus labios tan cálidamente.
—Y yo a ti, te amo muchísimo Nicholas. — me miro con sus perfectos ojos ahora rojos.
63 notes
·
View notes
Photo
Episodio G Assassin. Capítulo 51
0 notes
Text
Capítulo 51
Fiquei o resto da noite quieta no meu canto; Lucas, mamãe e Rafael perceberam que eu estava meio estranha, perguntaram o que era mas eu não quis responder. Lucas me chamou em um canto.
– Meu amor, o que está acontecendo? – Ele perguntou.
– Não é nada amor. – Falei olhando para o chão, pois eu não conseguiria mentir olhando em seus olhos.
– Eu sei que tem algo acontecendo, pode confiar em mim.
– Estou começando a desconfiar do sentimento de Dani pelo Rafa. Ela falou sobre o meu irmão, disse que ele era gatinho e que estavam trocando olhares. E na minha opinião Lucas, quem ama não fica falando e olhando para outras pessoas.
– Você está certa meu amor, isso está muito estranho. Mas por que você ficou dessa forma?
– Porque o Rafael é como um irmão pra mim e eu jamais quero vê-lo sofrendo. Sei que cada dia que passa ele está mais apegado na Dani, e se por acaso ela não o amar de verdade no final de tudo ele vai sofrer. Preciso fazer alguma coisa.
– Calma amor, vamos pensar em algo juntos. Quando Dani e Rafael forem embora, seus pais e seu irmão forem dormir a gente conversa melhor sobre isso. – Lucas disse me abraçando.
Voltamos para onde todos estavam e ficamos conversando durante horas e horas. Já era 1:00 hora da madrugada, quando Dani e Rafael foram embora. Meus pais e Yuri foram se recolher, e eu e Lucas fomos para o meu quarto.
– Agora podemos conversar sobre Dani e Rafael. – Lucas disse assim que fechou a porta.
– Achei que você ia querer fazer outra coisa. – Falei o jogando na cama e começando a beijá-lo.
Nos beijamos de um jeito cheio de desejo, fui tirando sua roupa e beijando seu corpo inteiro. Lucas fez a mesma coisa comigo. Depois das preliminares, Lucas colocou o preservativo e penetrou em mim. Fizemos sexo em várias posições e quando eu estava por cima dele, ele delirava de tanto prazer. Me entreguei por inteira e Lucas apesar de safado, era sempre muito carinhoso. Depois de tudo feito, deitei por cima do seu ombro e quando íamos começar a falar sobre Dani e Rafa, nós dois adormecemos.
3 notes
·
View notes
Text
Meu porto seguro – cap 51
Abri a porta de cabeça baixa e quando a levantei o vi ali,respirando por ajuda de aparelhos e com o coração batendo em ritmo mais fraco,era o meu mundo morrendo. Entrei devagar e dei a volta na cama tentando entender e absorver tudo aquilo. Ele estava sem camisa e alguns fios estavam grudados em seu peito. Seus braços estavam roxos por conta da briga com Gabriel. Coloquei minha mão sobre a sua e a segurei bem forte. Não contive a emoção e comecei a chorar. Eu acariciava seu rosto e seus cabelos como quem quisesse acordar uma criança que está dormindo. Em pensamento eu fazia uma oração pedindo a Deus para salvá-lo. Fiquei ali por alguns minutos o observando e tentando entender porque tudo aquilo estava acontecendo.
Me lembrei que Giulia tinha dito que ele sentia minha falta e então peguei uma cadeira e me sentei ao lado dele,sem tirar a minha mão da sua.
Luna: Oi meu amor,sou eu quem está aqui,Luna – disse sorrindo,um sorriso que doía até a alma.
Continuei a falar:
Luna: Dizem que quando a pessoa está inconsciente, assim como você está, se você conversar com a pessoa ela te entende e eu espero que você esteja entendendo. Você precisa sair dessa meu amor,seus fãs estão preocupados com você,estão querendo te abraçar,te ver sorrindo e fazendo shows que é o que você faz de melhor – sua mão estava gelada e seus cabelos despenteados.
Luna: Eu sei que você é forte e que você irá sair dessa,seus fãs não podem te perder, sua família está com saudades de você,e eu? Eu estou morrendo aos pouco vendo você nessa situação. Você é tão forte,eu sei que você pode sair dessa. Onde está o Luan que quando eu me machucava era o primeiro a me socorrer e a me dizer que eu era uma molenga? Onde está o Luan que tem saúde e que tem fé? Eu sei que você está aí dentro e sei também que você está me entendendo .
Eu fiz uma pausa para enxugar as lagrimas e continuei
Luna: Sabe, eu me lembro da primeira vez que nos vimos. Eu estava sentada na porta da minha casa e você estava chegando de Campo Grande,cansado, com os olhos fundos,carregando uma mochila nas costas e arrastando uma mala. Tinha sido uma longa viajem. Você olhou pra mim com aquela cara de sono e deu um sorriso cansado eu retribui o sorriso e você entrou pra dentro. Não sei porque mais eu sabia que as coisas seriam diferentes a partir daquele momento,foi tudo muito rápido,mais naquele seu sorriso banguelo de criança eu vi uma luz na minha vida. Lembro que quando você viu sua tia você largou a mala e correu para os braços dela,a Bruna morreu de ciúmes – sorri – logo depois seus pais desceram do carro e cumprimentaram sua tia,vocês entraram para dentro da casa e eu fiquei ali pensando ‘’quem será esse povo?’’.
No dia seguinte minha mãe precisou sair com meu pai para resolver uns problemas e então eu fui para a casa de sua tia,foi onde nossa amizade começou, você lembra? Eu conversei com sua irmã primeiro e depois eu ouvi um som de violão vindo do quarto de hospedes. Segui a musica desafinada,você nem sabia tocar violão ainda, e vi você tocando e sorri. Era tão diferente pra mim ver uma criança do seu tamanho tocando violão. Assim que você olhou pra mim você ficou vermelho de vergonha e parou na mesma hora e aí você me disse o primeiro ‘’oi’’. Eu me sentei na cama e pedi pra você me ensinar,você disse que ainda estava aprendendo e então me ensinou alguns acordes que eu esqueci no dia seguinte. Você sabe que violão nunca foi pra mim. Nossa amizade começou a partir daí e eu nunca vou me esquecer disso.
Nós passamos tantas coisas juntos,tantas loucuras,tantas idiotices. E quando você decidiu tentar me ensinar a dirigir, e olha que você ainda estava na auto escola, e eu bati com o carro do seu pai? Caramba, você ficou de castigo um mês só para me acobertar.
Eu me lembro de quando minha mãe morreu,foi você quem me deu a noticia. Aquele dia foi o pior dia da minha vida e você estava lá sendo forte só para me manter de pé.
Eu preciso tanto de você Luan – disse em meio as lágrimas – preciso tanto de você do meu lado pra me ajudar nessa minha vida tão estranha. As coisas não são as mesmas sem você e nunca serão,eu não posso te perder Luan, não posso.
Fiquei ali acariciando seus cabelos e segurando firme a sua mão assim como tantas vezes ele segurou a minha. Apoiei minha cabeça em seu peito sentindo sua respiração e seu coração batendo.
Adormeci ao som daquilo que me fazia viver. O coração dele.
Acordei em um lugar que eu não conhecia. Um lugar lindo,puro e perfumado.
Me levantei da cama e quando olhei em volta estava no meio de um campo.
‘’Quem me trouxe pra cá? Eu estava no hospital junto com o Luan’’ – pensei
Olhei pra trás e vi um imenso ipê amarelo. Debaixo dele haviam duas mulheres. Me levantei e uma delas veio em minha direção. Aos poucos eu fui reconhecendo aquela mulher. Era ela,a garota dos meus sonhos.
Luna: Eu conheço você.
Mulher: Eu sei que conhece – sorriu.
Luna: Como você se chama.
Mulher: Ainda não está na hora de você saber meu nome, na hora certa você irá saber. Aquela moça ali –disse apontando- quer conversar com você.
Firmei bem as vistas e quando reconheci a pessoa eu não acreditei que era ela.
2 notes
·
View notes