#batalha na pista
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Como posso ser alguém na vida, se não sei quem eu sou?
Essa pergunta ecoa na minha mente, ressoando em um vazio que parece infinito. As pessoas ao meu redor parecem tão certas de suas jornadas, tão confiantes em seus passos. E eu, perdido em um labirinto de dúvidas e incertezas, me pergunto se algum dia encontrarei o meu caminho.
Cada dia que passa, sinto o peso das expectativas alheias esmagando meus ombros. Esperam que eu seja bem-sucedido, que encontre minha paixão, que tenha um propósito claro. Mas como posso alcançar essas metas se a imagem que vejo no espelho é de um estranho? A cada reflexão, uma nova camada de confusão se sobrepõe, como névoa encobrindo a estrada que devo trilhar.
Meus medos se manifestam em silêncio, crescendo nas sombras da minha mente. O medo de fracassar, de nunca ser bom o suficiente. O medo de ser julgado, de não corresponder ao que esperam de mim. E acima de tudo, o medo de passar a vida inteira buscando algo que talvez nem exista.
A frustração é minha companheira constante. Vejo amigos encontrando seus caminhos, construindo suas vidas, enquanto eu estou preso em um ciclo de tentativas e erros. Parece que, não importa o quanto eu me esforce, sempre estou a um passo de descobrir algo significativo, mas nunca consigo alcançá-lo.
Eu me pergunto: será que um dia encontrarei respostas para as minhas perguntas? Ou estarei destinado a vagar por essa vida sem nunca realmente me entender? As noites são longas e solitárias, preenchidas com pensamentos de arrependimento e desejos não realizados. Às vezes, sinto que estou afundando em um mar de desespero, e cada tentativa de nadar para a superfície me cansa ainda mais.
Procuro sinais, pistas que me guiem, mas o mundo parece indiferente às minhas lutas internas. É como se todos estivessem ocupados demais com suas próprias batalhas para notar a minha presença. Será que algum dia alguém verá além da minha fachada e entenderá a tempestade que se agita dentro de mim?
Como posso ser alguém na vida, se não sei quem eu sou? Continuo perguntando, na esperança de que, algum dia, essa dúvida encontrará uma resposta. Até lá, sigo caminhando, tropeçando, caindo e levantando, em busca de um eu que talvez esteja mais distante do que imagino...
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STARTER CALL, EDIÇÃO AMOROSA! limite de um personagem por prompt. se você tem mais de um personagem, favor especificar com qual quer pegar o prompt.
@thecampbellowl: digite BLACKSMITH para forjar algo com stevie na oficina de hefesto
@mcronnie: digite SUIT UP para estar na mesma equipe que stevie no laser tag
@littlfrcak: digite INK para fazer uma tatuagem com stevie
@tachlys: digite DANCE OFF para uma batalha de dança com stevie na pista de dança
@lottokinn: digite LOVE RIDE para ser enfiado no mesmo barco que bishop no túnel do amor
@stellesawyr: digite OLYMPUS para ir numa aventura com bishop na roda-gigante
@d4rkwater: digite MUSCLE para testar sua força com bishop
@techniicollor: digite YUMMY para encontrar bishop evitando a festa perto da mesa de delícias
@somaisumsemideus: digite LOVE SHOT para ir nas flechas de eros com mavis
@misshcrror: digite FUZZY para fazer ursinhos com mavis
@kaitoflames: digite ROCKSTAR para ver uma mavis surtada antes do show da tartarus tragedy
@zxdenled: digite MOVE para ser arrastado por mavis para a pista de dança
#swf:starter#vou morrer escrevendo esses starters?#vou!#mas eu vou escrever?#sim!!!#vou responder os starters/calls de vocês também mas deixarei essa listinha de prompts aqui e ir escrevendo no fim de semana#também tô devendo outros starters a uma galera então se alguém que eu tô devendo quiser pegar um dos prompts a gente já mata !#TEM TANTA OPÇÃO DE COISA PRA FAZER NESSE EVENTO QUE QUERIA ATÉ COLOCAR MAIS COISA AFF#mais tarde posto os looks das divas
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quem: @archibvlds
onde: bar de dionísio
Como uma romântica incorrigível, a presença de Fahriye em um baile de temática tão lírica era marcada por uma mistura de apreensão e expectativa. No entanto, aquela noite parecia particularmente melancólica. Após um dia repleto de alegria e diversão em Waterland, o otimismo esperançoso da semideusa estava abalado. Sempre sonhara em viver uma linda história de amor, mas, com o passar do tempo, uma triste percepção se tornava cada vez mais clara: nem todas as flechas de Eros acertavam seus alvos. Acumulava mais fracassos amorosos do que medalhas de glória em batalhas. A companhia de James era um lembrete disso, ainda que colocasse um sorriso em seu semblante entristecido. Enquanto seus amigos trocavam olhares apaixonados e dançavam ao som de baladas lentas na pista de dança, a esperança dela se esgotava a cada sorriso cúmplice que via. Depois de alguns minutos de autocomiseração, decidiu que já era o suficiente. Se o amor não quisesse dar as caras naquela noite, ela encontraria consolo de outra forma. Com passos pesados, dirigiu-se ao bar comandado por Dionísio. O local estava repleto de semideuses em busca de um pouco de coragem líquida para enfrentar as complexidades do coração. Sem hesitar, pediu uma dose de tequila. Nunca havia experimentado da bebida antes, sendo mais habituada a degustar boas taças de vinho, mas sabia que o silenciamento de sua angústia exigia algo mais forte. Quando o pequeno copo lhe foi entregue, o observou com hesitação por alguns instantes, contando até três para reunir coragem e virar o conteúdo de uma só vez na boca. O calor desceu por sua garganta de maneira imediata, provocando uma careta amarga em seu semblante. Foi então que percebeu ter esquecido do ritual que acompanhava a bebida. Do outro lado do balcão, avistou as porções de limão e sal necessárias para a conclusão da cerimônia alcoólica, apressando-se para alcançá-las.
Ao se deparar com os ingredientes, porém, se viu em um impasse. Por onde deveria começar? ── Esqueci de perguntar a ordem desse negócio. ── Murmurou, frustrada. Tentando recuperar o ritmo do procedimento, ela se virou para a pessoa ao lado com a dúvida. ── Depois da tequila, vem primeiro o sal ou o limão? ── Mal conseguiu concluir a pergunta quando sentiu seu estômago revirar de repente. ── Archie! ── Encontrar o melhor amigo ali despertou uma sensação estranha em seu âmago, difícil de discernir entre nervosismo ou medo. Depois de pedir mais tempo para avaliar melhor a proposta hipotética apresentada por ele e ter a sensação de que o decepcionara, não sabia se sua companhia ainda era bem-vinda. Algumas evidências a levavam a acreditar que não. Inconscientemente, seu olhar percorreu a figura do rapaz, da cabeça aos pés, suspirando ao vê-lo em trajes tão elegantes. Realçavam sua beleza como nunca havia presenciado antes. Até seu coração reagia ao seu fascínio, agora batendo mais forte contra o peito. Claramente havia se dedicado para agradar sua acompanhante. ── Você está lindo... ── O elogio escapou quase sem que percebesse, os lábios se movendo automaticamente. Quebrou o próprio encantamento de forma súbita, trazendo-se de volta à realidade. Ainda não havia admitido para si mesma, mas a frustração por não ter recebido um convite para o baile era uma parte substancial da angústia que sentia naquela noite. Não esperava uma proposta romântica, mas temia tê-lo magoado demais com sua incerteza durante o convite para Nova Roma. Junto com o sabor da tequila, engolia o orgulho. ── Espero que esteja se divertindo hoje. ── O desejo, embora soasse sutilmente lastimoso, era sincero. Realmente desejava que ele tivesse a melhor das noites, independentemente de quem fosse responsável por fazê-lo companhia.
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𝐉𝐀𝐂𝐎𝐁 𝐄𝐋𝐎𝐑𝐃𝐈? não! é apenas 𝐃𝐄𝐕𝐎𝐍 𝐔𝐒𝐇𝐄𝐑, ele é filho de 𝐀𝐑𝐄𝐒 do chalé 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎 e tem 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no 𝐍Í𝐕𝐄𝐋 𝐈𝐈𝐈 por estar no acampamento há 𝟏𝟐 𝐀𝐍𝐎𝐒, sabia? e se lá estiver certo, 𝐃𝐄𝐕 é bastante 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐏𝐈𝐂𝐀𝐙 mas também dizem que ele é 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐏𝐈𝐑𝐀𝐓𝐎𝐑𝐈𝐎. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
, 𝒃𝒊𝒐𝒈𝒓𝒂𝒇𝒊𝒂' .
Devon, o semi-deus cuja existência se desdobrou em meio a uma intrincada trama de drama familiar e resignação divina. Sua mãe, abandonada pelo implacável deus da guerra, buscou consolo no mundo das drogas como forma de mitigar as adversidades. Uma ilustração clássica de como as deidades enfrentam as complexidades intrafamiliares, concorda?
Ao contrário do proeminente Ares, que se deleita em conflitos, Devon se revela quase como um pacifista - ou talvez apenas do contra. Optando por não trilhar os passos de seu progenitor e abraçar uma postura mais beligerante, ele aprimorou-se na refinada arte da estratégia por meio do vício nos livros. Uma escolha de trajetória tão sutil quanto observar a secagem da tinta.
O rancor profundo que carrega pelo abandono de sua mãe às sombras das drogas intensifica sua determinação em vencer seu pai no próprio jogo. A necessidade de resistir aos impulsos de guerra, inerentes ao sangue de Ares, tornou-se uma batalha constante para Devon. Contudo, ao invés de sucumbir à fúria descontrolada, ele utiliza sua inteligência para transformar a raiva em motivação estratégica de modo a tentar distanciar-se mais e mais dos desígnios do deus da guerra.
A transição para o acampamento dos semi-deuses marcou um ponto crucial em sua jornada. Devon, percebendo a urgência de compreender melhor sua herança divina, empreendeu a busca pelo acampamento por conta própria. A necessidade surgiu quando ele começou a ser ameaçado por criaturas monstruosas, e sua mãe, imersa no mundo das drogas, encontrava-se incapaz de oferecer qualquer proteção. Foi durante um desses momentos de vulnerabilidade que ela deixou escapar informações sobre o Acampamento Meio-Sangue, proporcionando a Devon a pista vital para sua segurança.
Devon converteu-se em um devotado amante da leitura, navegando nas páginas como quem percorre as águas de um rio tranquilo. Uma narrativa repleta de nuances, contudo, não se pode ignorar o hábito peculiar de buscar alucinógenos, uma tentativa de evadir-se da intransigente realidade. Deuses não costumam dar bênçãos que são 100% bênçãos ele costuma dizer, e aquela com a qual Athena o agraciou fez com que ele precisasse buscar fugir de sua própria cabeça inúmeras vezes, motivo pelo qual é levemente viciado em alucinógenos. Uma complexidade até que poética.
Personifica uma contradição ambulante, uma amalgama intrigante de inteligência aguda e uma aparente aversão à busca incessante por reconhecimento divino. Embora tenha conquistado a atenção de Athena com sua mente brilhante, sua natureza contraditória muitas vezes o leva a almejar uma vida ordinária, sem a necessidade de provar seu valor a qualquer entidade superior. Prefere, por vezes, a inércia, como se desejasse escapar da trama intricada da divindade. Finge desdém pela glória que os semideuses buscam incansavelmente, mas a verdade se revela em sua própria fisiologia: seus batimentos cardíacos aceleram e sua pulsação aumenta em excitação sempre que seus intricados planos estratégicos se desenrolam com sucesso. Essa dualidade entre a busca por normalidade e a pulsante emoção pela vitória é do que Dev procura fugir quando entra no modo inerte que os alucinógenos lhe provem.
, 𝒑𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 ' .
Devon é notavelmente astuto, estratégico e resiliente, características que o destacam. Sua inteligência perspicaz atraiu a atenção de Athena, conferindo-lhe uma vantagem estratégica única nos campos de batalha divinos. No entanto, sua personalidade também é marcada por uma certa obstinação, tornando-o, por vezes, desconfiado e teimoso em relação aos outros e até mesmo consigo mesmo. Seu rancor em relação a Ares influencia seus impulsos irascíveis, revelando uma complexidade que, em contrapartida, é acompanhada por uma determinação notável em suas empreitadas. Apesar de sua habilidade de criar estratégias brilhantes, Devon enfrenta uma batalha interna constante para resistir aos instintos de guerra.
, 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝑨𝒓𝒆𝒔 ' .
Ele sente nas entrelinhas que seu rancor e pensamentos irascíveis em relação ao próprio pai são muito bem conhecidos no detalhe pelo Deus da Guerra, todas as vezes que seu sangue pulsa nas veias e seus batimentos cardíacos aceleram ele sabe que seu pai está, novamente, desgostoso com suas atitudes - reação para a qual Dev finge não ligar mas que no fundo acaba deixando-o cauteloso, afinal, é o Deus da Guerra - Devon também sabe que a bênção concedida por Athena - rival declarada de seu próprio pai - adiciona mais uma camada de conflito à dinâmica pai-filho e a teimosia de Devon, embora evidencie sua força de vontade, também o mergulha em um constante estado de conflito interno.
𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓 ' ."Estratégia Divina". Essa aptidão permite a Devon formular planos de batalha complexos e eficazes com rapidez e precisão, aproveitando sua sagacidade inata. Além disso, durante o calor do combate, ele teria a habilidade de analisar instantaneamente as fraquezas dos oponentes e adaptar suas táticas em tempo real.
𝒉𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔' . força sobre-humana e sentidos aguçados.
𝒂𝒓𝒎𝒂' . chamada "Cicatriz", é uma espada única que representa sua dualidade. Forjada nos reinos celestiais, a lâmina afiada conta histórias de batalhas divinas. Com um punho adornado com gemas, a espada tem a capacidade de se dividir ao meio, revelando duas lâminas gêmeas. Cada parte reflete tanto a ferocidade de Ares quanto a estratégia de Devon. quando camuflada, a arma transforma-se em um medalhão de prata.
𝒃𝒆𝒏ç𝒂𝒐' . como a perspicácia inata de Devon sempre foi manifesta, esta acabou capturando a atenção de Atena. Em virtude de sua agudeza, ela agraciou Devon com a bênção da Sabedoria Instantânea, facultando-lhe a habilidade de assimilar conhecimento num fugaz piscar de olhos o que contribui para sua alta habilidade na arte da guerra e elaboração de planos.
#bio!.#vou considerar likes como chamada pra plot mas tbm tento falar com todos pouco a pouco pro tumblr nao me tankar DLSK#animada pro rp e p jogar com todes <3
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Primeiro Teste - Background
1ª semana de junho
Nosso pai disse que essa era uma missão para e unicamente do Batman.
Após o breve sumiço do filho, ele finalmente encontrou pistas. Meu irmão seria usado pela Liga das Sombras para objetivos maiores, isso incluía remover ele da existência. Seria um sacrifício. Batman havia seguido os rastros até o Poço de Lázaro. Obviamente, nem mesmo ele esperava por essa atitude de sua família materna.
A ressureição de Damian ou a ressurreição de Ra’s, não foi concluída. Ele seria um invólucro para Ra’s. Seu clone, ao menos, estava morto, mas nosso pai ainda estava lá.
Damian chegou à mansão gemendo de dores. Eu havia acabado de chegar da Caverna. Ele estava sozinho, o que me causou grande estranhamento e preocupação. Não deveria passar das duas da manhã.
Quando o alcancei, o vi extremamente ferido. Cortes profundos, ossos quebrados. Sua mente estava devastada.
Ele estava morrendo nos meus braços. Não conseguia sequer imaginar como ele havia chegado em casa naquelas condições.
- Victoria. – Era nosso pai pelo comunicador de Damian. – Faça o que for preciso.
- O senhor me fez prometer. – Damian desmaia. O coloco sobre a minha cama e respiro fundo. Me controlo e me acalmo.
- Salve o seu irmão, filha. Por favor, salve-o. – Sua voz estava estremecida e chorosa.
Bruce Wayne sabia sobre as minhas pesquisas e sobre meus testes no laboratório. Após minha recuperação da batalha contra o Coringa em dezembro de 2020, realizei pesquisas sobre a Hera e suas toxinas para encontrar antídotos ou reagentes que trouxesse a imunidade a quem os consumisse e imunidade para outros tipos de doenças e situações.
Aprimorei meus estudos de anticorpos e de regeneração com os meus soros/suplementos. O resultado foi de uma dose concentrada de algo muito semelhante as células tronco, porém imensuravelmente eficazes, concentradas e rápidas. Outro experimento era dedicado especialmente a mim. Doses potentes, concentradas e regenerativas que me mantinham por dois ou três dias dependendo do quanto eu usasse os poderes. Me mantinha muito bem alimentada e estável.
Os batimentos de Damian se tornavam cada vez mais fracos e não poderia hesitar em medicá-lo. Seria meu primeiro teste em humanos.
O primeiro teste no meu próprio irmão.
Pressão? Jamais. Só teria mais uma morte na minha lista e talvez o ódio, desgosto e remorso do meu pai pelo resto da vida dele.
Peguei bolsas de sangue na geladeira, separei o que precisaria e o levei para o meu centro cirúrgico. Coloquei todos os aparelhos que tinha disponível para monitorar seus batimentos, pressão, oxigenação e temperatura.
Estava muito fraco, temperatura muito baixa junto aos seus batimentos. logo entraria em choque.
Separei duas bolsas de soro de quinhentos mililitros, as agulhas, seringas, o kit de cirurgia, as luvas, sutura, e tudo mais que fosse necessário para o estabilizar e o manter vivo. Abri meu compartimento secreto que mantinha meus tubos de medicamentos refrigerados, peguei um tubo de cada e deixei tudo ao meu alcance. Um décimo da seringa do meu medicamento com nove décimos do outro.
Fiz o torniquete no braço direito do meu irmão, busquei sua veia e fiz o acesso. Retirei um tubo do seu sangue, depois coloquei o medicamento e, por fim, o soro para ajudar a hidrata-lo. Seria apenas a primeira bolsa. Em seguida, em outro ponto do acesso, coloquei uma bolsa de sangue para repor o que ele perdeu e o que ainda perderia.
Era momento de o abrir, mas antes deveria ver quantos ossos estariam fraturados de maneira extremamente comprometedora. A energia vital poderia ser usada de uma maneira bem medicinal nesse ponto. Aprendi a ter uma espécie de raio-x junto a uma tomografia e ressonância a usando como um 3D interno do paciente que eu tratava.
Clavícula, costelas, braço esquerdo, tornozelo e fêmur. Seja lá o que fosse seu clone, era terrivelmente mais forte do que ele para causar tal estrago. Precisaria de mais sangue e mais acessos. Teria muito trabalho a fazer com ele.
Com sua oxigenação despencando, fui forçada a entubar. Com os bisturis e os afastadores posicionados, comecei a realizar a remoção dos pequenos estilhaços de ossos espalhados pela carne e a colocar o restante no lugar. Controlei as hemorragias, o fechei e rezei aos deuses para que tudo desaparecesse.
Seu pós-operatório estava sendo uma tortura. Não passava de vinte minutos da cirurgia, mas estava me enlouquecendo já que os fluídos estavam correndo por suas veias.
Ansiosa, liguei meu computador já com dúvidas sobre a quantidade de medicação que havia o dado. Abri meus programas e refiz o cálculo. Tudo estava de acordo com o que meu instinto e segurança, porém o tempo de reação continuava incerto.
- Bruce falou sobre o ocorrido. – Era Dick correndo pelo corredor até meu centro cirúrgico. – Como ele está?
- Ainda não acordou. Não consigo ver os ferimentos dele sumindo. Apenas estabilizou.
- Estabilizar é um bom sinal, não é?
- Não nas condições em que ele está. Muitas fraturas e lacerações. Eu praticamente o abri por inteiro. Metade do fígado não tinha o que fazer. O baço estourou, pulmão perfurado pelas costelas quebradas, coração enfraquecido. – Suspiro. – Se ele não acordar em uma hora, talvez não acorde mais.
- Calma, você disse que os ferimentos não sumiram. Você fez de novo?
- Não exatamente.
- Victoria, fizemos um acordo com todos!
- Meu pai me ordenou. – Dick joga os braços para os céus e bufa. – O que você faria no lugar dele?
- Não me coloque nessa posição. Daqui a pouco ele vai deixar que nós usemos armas letais e matemos criminosos.
- Dick, por favor.
- Onde ele está?
- Poço de Lázaro. Ainda não voltou.
- Vou chamar o Tim. Cassie está na cidade, melhor que ela fique aqui com você.
- Não é necessário.
- Já se olhou? Está cheia de sangue. Seu rosto tem respingos, seu pescoço. Sequer tirou a roupa. Está em choque.
Cassie não demorou muito para chegar e me obrigar a tirar a roupa da cirurgia, já que eu não iria tomar um banho nem se ela me arrastasse até o chuveiro. Meu irmão ainda não apresentava melhora e o prazo de uma hora estava acabando. O medo de não ver seus olhos abertos novamente e sua cara emburrada me paralisava e causava ainda mais ansiedade.
- Vai enlouquecer desse jeito, amiga.
- Já estou. O prazo acabou e ele não me deu sinais de melhora. Talvez eu precise dar mais uma dose.
Não conseguia largar a mão do meu irmão. Estava sentada ao lado da cama aguardando esperançosamente que ele voltasse. Não estava em coma, mas não estava consciente.
- Vic, não se precipite.
- Tem noção que o primeiro teste do meu medicamento eu fiz no meu irmão? Sabe como é isso? É sentir uma falha dupla, Cassie. Falha com o meu irmão e com a minha pesquisa.
- Quanto tempo um corpo demora para reproduzir sangue novo?
- O plasma é reposto em vinte e quatro horas. Mas isso é para uma doação simples de sangue.
- Quantos litros de sangue você deu a ele?
- Um e meio. Foram três bolsas de quinhentos mililitros.
- O quanto seu medicamento reduz esse tempo de reposição para produção de novas células em perfeitas condições e capazes de regenerar por completo um organismo ferido como o dele?
- Era para ocorrer em uma hora, mas os resultados ainda não têm um padrão de tempo.
Senti minha mão ser apertada. Era fraco, mas era um aperto. Levantei rapidamente para olhá-lo. Peguei uma lanterna e chequei suas pupilas. Estavam reagindo.
- Oi, pirralho. Você quase morreu. Se lembra do que aconteceu? – Ele assentiu. – Não tente falar, está bem? Tive que entubar você. Chegou em um estado deplorável. Realizei uma cirurgia grande em você. – Vejo as manchas negras em volta do pescoço desaparecerem. – Sente dor?
- Não. Onde está o pai? Ele está bem?
- Dick foi buscá-lo. Ainda não chegaram. Como está o pulmão? Dói para respirar?
- Não. Só tira logo esse troço da minha garganta! – Sorri. Até mesmo em pensamento ele continuava a ser rabugento.
- Tá. Tá. Isso vai ser desconfortável. Também te amo.
- Não enche, Victoria.
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O enredo de "Nada na manga" é direto e simples: há um mauzão que quer fazer maldades e pessoas inocentes arriscam-se a pagar por isso. A nível do que se passa na narrativa, este livro não é nada que nunca se tenha visto antes, e a prosa segue o mesmo princípio, tornando-se até ligeiramente repetitiva por vezes. No entanto, não é quantidade nem a grandeza das aventuras pelas quais o protagonista passa que fazem a obra valer a pena (apesar de ter de admitir que o cenário de um circo perigoso e de um clube de ilusionistas é altamente atrativo), mas sim os detalhes e as singularidades com que o leitor é constantemente presenteado.
Uma delas é, certamente, o narrador, que faz questão de manter o leitor na linha com a sua dinâmica atrevida e contacto próximo com o mesmo, tornando inevitável compará-lo ao Lemony Snicket (o que não deixa de ser engraçado sendo que o autor fez parte de "Uma Série de Desgraças"). Além disso, um dos tesouros mais inesperados da obra, que a distingue dos livros normais, são as pistas que o autor subtilmente integra nos capítulos, e que se juntam para criar um código de última hora. Os jogos (que têm uma parte inteira dedicada a como vão afetar a leitura), aliados às lindas ilustrações e aos capítulos exclusivamente dedicados a revelar os segredos por trás de alguns truques de magia, criam uma experiência especial que consolida a eficácia e a imersividade da narrativa.
Finalmente, a verdadeira jóia do primeiro volume de "Os Cromos da Magia" são os personagens, que não só são absolutamente adoráveis, mas constituem um elenco rico e diverso que representa vários tipos de problemas, aspetos e passados, e que se une pela sensação coletiva de não pertencer e batalha com o merecimento e o amor próprio. Apesar de a minha favorita ser a Ridley (não se deixem enganar, o facto de ela estar numa cadeira de rodas não a torna menos propensa a dar cabo de idiotas, pelo contrário), a jornada do Carter é, obviamente, a mais proeminente. O protagonista debate-se constantemente com o seu valor e as suas morais, querendo provar ao tio que é possível sobreviver sem roubar mas não sabendo como, e estranhando a bondade que um rapaz como ele, com as suas roupas sujas e mentiras na ponta da língua, recebe por parte de pessoas genuínas e verdadeiras. Ele vai lentamente encontrando respostas (e uma casa estável, já era altura) e é muito doce a plena fé que vai colocando em atributos como a amizade e o amor.
No fundo, o livro trata da importância e do poder das relações humanas, e é perfeito para qualquer um que esteja à procura de algo leve, fora do comum e rápido de ler (apesar de a escrita se inclinar mais para um público mais novo, às vezes). RECOMENDO! (Arranja a tua cópia aqui)
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
#críticas literárias#book reviews#book recommendations#book recs#bookblr#livros#neil patrick harris#the magic misfits#lemony snicket#literatura
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• • • • • • • • • • • • • • • • • • • 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
, 𝖔𝖘 𝖉𝖎𝖆́𝖗𝖎𝖔𝖘 𝖉𝖔 𝖘𝖊𝖒𝖎𝖉𝖊𝖚𝖘
Com um brilho animado nos olhos e um sorriso contagiante, James se ajeitou na cadeira com um entusiasmo visível. A energia positiva parecia quase palpável enquanto ele se preparava para a conversa, claramente animado com a oportunidade de compartilhar suas ideias e pensamentos. A postura relaxada e o olhar brilhante revelavam um genuíno interesse em participar, transformando o ambiente em algo leve e acolhedor. Com um leve pulo na cadeira e um aceno entusiasmado, ele sinalizou que estava mais do que pronto para começar.
𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟏: 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐋
Nome: James Peter Herrera
Idade: 25 anos (01 de março de 1999)
Gênero e pronome: masculino cis | ele/dele
Altura: 1,85 m
Parente divino e número do chalé: Filho de Dionísio | chalé 12
.
𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟐: 𝐂𝐎𝐍𝐇𝐄𝐂𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐒𝐄𝐌𝐈𝐃𝐄𝐔𝐒𝐄𝐒
Idade que chegou ao Acampamento: 01 de fevereiro de 2014, eu tinha 15 anos.
Quem te trouxe até aqui? Minha mãe sempre soube que eu era um semideus, e sabia do acampamento. Quando ficou impossível fugir dos monstros, ela me contou a verdade, fez um mapa e me levou até onde foi possível. Uma quimera nos seguiu e a matou, e eu percorri o restante do caminho com o Otto, meu gato.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Fiquei 1 ano no chalé de Hermes, até meu pai decidir me reclamar. Até hoje não sei o motivo para ele decidir fazer isso, nem o motivo para ter demorado tanto. Quando minha mãe me contou a verdade, disse que suspeitava que meu pai era Dionísio, mas só tive certeza quando ele me reclamou.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Voltei para passear com meu irmão Brooklyn, e com alguns amigos, mas nunca morei fora daqui depois que cheguei. Já passei uns dias fora, em viagens, mas nunca muito tempo e nunca de maneira fixa. E eu agia... normalmente. Quer dizer, quase isso. No início, eu ficava atento se visse algum monstro, mas depois aprendi a relaxar mais e curtir a vida lá fora.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? As asas de Ícaro, talvez? Se bem que teria que voar baixo para não repetir a história dele, então não sei se teria tanta graça. Já sei! O anel de Giges. Deve ser legal ficar invisível, descobrir umas coisas, pregar umas peças.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Nenhuma me vem à mente agora.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟑: 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑𝐄𝐒 𝐄 𝐀𝐑𝐌𝐀𝐒
Fale um pouco sobre seus poderes: Meu poder é comunicação com felinos. Consigo entender e me comunicar com gatos, por exemplo. São os que mais falei na minha vida, aliás. Poderia me ajudar a obter informações úteis, mas nunca usei meu poder dessa forma. Uso mais para conversar, acalmar ou influenciar os gatinhos que encontramos perdidos pela praia aqui do acampamento. Já conversei com um leão num zoológico quando criança. Ah, já usei em uma missão para encontrar pistas. É uma conexão especial que eu tenho com esses animais.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia? Eu tenho duas habilidades principais: velocidade sobre-humana e um fator de cura acima do normal. A velocidade me ajuda a me mover rapidamente, é claro, o que é ótimo tanto para batalhas quanto para tarefas diárias que exigem agilidade. Já o fator de cura significa que eu me recupero de ferimentos e fadiga mais rápido do que a maioria das pessoas, o que é uma enorme vantagem, considerando que eu não tenho muita habilidade de luta ou horas de treino.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Sim! Eu tinha oito anos e estava no zoológico com minha mãe, então ouvi uma voz grossa e imponente pedindo socorro. Olhei para os lados, ninguém pareceu ouvir. Achei que estivesse ficando louco, mas aí eu vi que a voz vinha... de um leão! Eu perguntei se ele estava pedindo socorro, ele se surpreendeu porque eu o entendia, e eu fiquei mais chocado ainda. Fiquei de olhos arregalados e queixo caído, escutando ele me contar como era mau tratado naquele zoológico e que queria fugir dali com sua família. Eu fiquei emocionado e... abri a jaula dele. Fiz o leão prometer que não machucaria ninguém, é claro, mas ele cumpriu. Só tentou ferir quem tentou machucá-lo primeiro. Foi uma confusão, e eu voltei para casa chorando quando vi que atiraram um dardo para adormecer o leão, e o prenderam novamente.
Qual a parte negativa de seu poder? A parte negativa da comunicação com felinos é que, às vezes, é difícil interpretar as intenções e sentimentos deles, que podem ser imprevisíveis e enigmáticos. Além disso, eu não consigo controlá-los para que façam o que eu queira, nem invocá-los para me ajudar numa briga. Basicamente eles são amigos com quem posso conversar. É legal, mas não é útil em batalhas.
E qual a parte positiva? A parte positiva é justamente essa conexão que tenho com eles. Ter mais amigos para conversar, ajudar os gatinhos que já encontrei e até proporcionar algum conforto quando eles precisam.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Seria a espada. Não é exatamente arma preferida, é a única que eu sei minimamente manusear.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Tenho a Shadowblade, uma espada feita com ferro estígio. Ela diminui para o formato de um pingente, que fica numa pulseira que ando quase sempre comigo. É só apertar no gatilho e a espada ganha o tamanho normal. Fica presa no meu pulso, como uma forma de não escapar da minha mão durante uma batalha. Meu pai quem me deu.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Várias? É sério, tem várias que eu não sei nem como segurar direito. Mas acho que arco e flecha? Minha mira é péssima.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟒: 𝐌𝐈𝐒𝐒𝐎̃𝐄𝐒
Qual foi a primeira que saiu? Fomos resgatar um colar de Dionísio que era capaz de se comunicar com felinos. Foi tranquila e quem estava com o colar era um mortal, então não foi exatamente um desafio.
Qual a missão mais difícil? Uma missão para resgatar um... sátiro. Geralmente, eles nos resgatam, mas estava causando um caos no mundo mortal depois de ter sido atacado por alguém com poderes de indução à loucura. Ele ficou pirado e começou a atacar mortais. Foi difícil contê-lo e levá-lo ao acampamento, mas depois que recobrou a consciência, ele não se lembrava de quem fez aquilo com ele. Até hoje não sabemos.
Qual a missão mais fácil? Quando resgatamos um pégaso mamãe e seu filhote que haviam sido roubados do acampamento. Fácil é uma palavra forte, mas foi tranquilo, comparado a outras situações que já ouvi meus amigos contarem.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Eu só fui em três missões, as que mencionei agora. A do sátiro foi bem difícil, mas não pareceu descontrolada em momento algum. Eu que sou muito medroso e em todas as vezes achei que não voltaria com vida.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Não, ainda bem.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟓: 𝐁𝐄𝐍𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐎𝐔 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂̧𝐀̃𝐎
Não possuo.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟔: 𝐃𝐄𝐔𝐒𝐄𝐒
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Eu gosto muito do meu pai, é claro. Hermes também, fui muito bem recebido no chalé dele e gosto de suas histórias. Mas Afrodite... eu tenho uma admiração tão grande e meu sonho era conhecê-la. Uma chance com ela, já pensou? Desculpa aí, Hefesto.
Qual você desgosta mais? Não é desgosto, é... medo. Deimos e Fobos. Corro deles e de suas crias.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Afrodite ou Hermes.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Só com meu pai, no acampamento. E, uma vez, Afrodite respondeu uma mensagem de Íris minha. Ela não disse nada, só deixou cheiro de flores no ar, mas foi lindo. E, se eu pudesse vê-la de novo, seria incrível. Também gostaria de conhecer Hermes ou Poseidon.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Regular e devotamente para Afrodite. Mas também para meu pai e, uma vez ao ano, para Hermes.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟕: 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐑𝐎𝐒
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Todos? É sério, eu sou medroso, já disse isso? Fora a minha falta de habilidade com armas e... Tá bom, tá bom, tem que escolher só um? Quimera, então.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? A Quimera que matou a minha mãe.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Todos seriam difíceis para mim, já disse. Mas acredito que a Quimera seria mais porque tenho trauma e talvez ficasse paralisado se visse uma novamente.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟖: 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀𝐒
Caçar monstros em trio ou Caçar monstros sozinho? Não tem a opção "não caçar monstros? Beleza, então em trio.
Capture a bandeira ou Corrida com Pégasos? Corrida com Pégasos. Adoro voar.
Ser respeitado pelos deuses ou viver em paz, mas no anonimato? Viver em paz, mas no anonimato, sem dúvida. Só quero casar, ter filhos e viver uma vida mais normal possível.
Hidra ou Dracaenae? Nenhuma? Ah, você vai mesmo em fazer escolher? Eu não queria enfrentar nenhuma dela, mas... Ok, dracaenae, então.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟗: 𝐋𝐈𝐃𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 𝐄 𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅𝐈́𝐂𝐈𝐎𝐒
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Nunca! Morro de medo de morrer, não gosto nem de sair em missão. Admiro quem tem essa coragem, mas prefiro me esconder na minha covardia, mas continuar vivo.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Eu sacrificaria uma lembrança, um objeto importante, até me manteria longe das pessoas que amo se isso fosse o melhor para todos. Só não quero morrer, me machucar nem ferir ou perder quem eu amo. Mas eu me arriscaria, sim, numa luta para salvar ou resgatar alguém.
Como gostaria de ser lembrado? Como uma pessoa leal e que dá o mundo para as pessoas que são importantes para mim.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟏𝟎: 𝐀𝐂𝐀𝐌𝐏𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎
Local favorito do acampamento: Anfiteatro, é claro. Mas também gosto do Coreto de Afrodite e da praia.
Local menos favorito: Arena de treinamento, parede de escalada e enfermaria.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Coreto de Afrodite é o clássico, mas os campos de morango e a Caverna dos Deuses tem seus charmes.
Atividade favorita para se fazer: Clube de teatro, no anfiteatro. Desculpa, eu sou clichê e repetitivo.
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@silencehq @hefestotv
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〈 ⁺₊⋆ ☀︎ ⋆⁺₊ 〉 MISSÃO — a busca por asclépio, @silencehq. com @zeusraynar, @fearmenot e @qiqilewis. em 📌 veneza, itália.
Depois de digerir o que havia escutado na Casa Grande, Moon estava muito mais focado e preparado para os desafios que teria durante a semana. Não seria fácil: encontrar um Deus nunca era, eles sabiam se esconder em plena vista nas coisas mais mundanas, por mais divinos que fossem. Ainda assim, quis acreditar que a sua bênção pudesse os ajudar naquela tarefa. Tinha uma parte de si que desejava provar para Sr. D e Quíron que havia sido uma escolha acertada para ser o líder, no entanto, a sua preocupação maior era manter todos vivos no final. Repassou tudo o que precisaria, desde as coisas mais óbvias como o seu arco do sol, várias bandagens e ambrosia, como as coisas mais importantes: o mapa e os ingredientes para a poção. Os frascos estavam bem protegidos numa bolsa separada perto de seu torso, escondida por uma jaqueta marrom mais pesada. As mãos foram protegidas por luvas de arqueiro e manteve os óculos em seu rosto o tempo inteiro, pois não sabia quando precisaria usar o seu poder e se aquilo iria prejudicar os seus olhos.
Esperou os outros com paciência e ofereceu um aceno de cabeça enquanto cada um se aproximava, aproveitando a primeira parte da viagem para explicar o que também sabia. — Não é uma missão para resgate, e a gente nem deve entrar em muitas batalhas. É encontrá-lo, esperar o tempo necessário e voltar. — Ele lembrava de dizer enquanto ainda estavam se arrumando, quando tudo ainda estava bem calmo. De todas as vezes que precisou sair do Acampamento, aquela estava sendo de longe a mais tranquila, mesmo com dois filhos de Zeus juntos. Era arriscado colocá-los unidos, mas precisariam viajar pelo ar, não havia outra maneira de chegar na Itália de maneira rápida — e diga-se de passagem, não é como se Julian estivesse muito disposto à viajar pelas sombras. Ar era a melhor opção.
E de certo, a primeira parte havia sido consideravelmente tranquila, fora uma turbulência ou outra, tal como tinha imaginado. Querendo ou não, navegar pelos domínios de Zeus era um tiro no escuro: ou ele te protegia ou você estava à mercê de monstros voadores, contudo, o perigo deveria estar reservado para outro momento. Contou de novo suas flechas, seus suprimentos de néctar e manteve um mapa de Veneza em mãos enquanto desciam do pequeno avião, logo se dirigindo às ruas alagadas da cidade. — Bem, eu acho que essa é a última chance para perguntas. É difícil entrar em contato com os Deuses desde o Silêncio, então tudo o que sei com certeza é que ele está aqui. — Estava em modo sério, muito mais focado e profissional. Quase não parecia o mesmo Jules de sempre, mas o assunto era de, literalmente, vida ou morte. Passou a guiar os companheiros ao seguir as ruas e, ao determinar uma viela relativamente segura, parou os outros. — Todo jeito de encontrar Asclépio é válido, e acho que consigo fazer isso se examinarmos um pouco mais a cidade, atrás de um templo, um lugar que esteja relacionado à cura ou alguém precisando de ajuda. A minha bênção pode ser de serventia com isso. — Comentou, observando rapidamente ao redor para ver se eram escutados. Há alguns anos atrás, Julian havia ganhado à bênção do Deus por salvar uma pessoa, logo, toda aquela missão era muito importante para ele. — As filhas de Asclépio costumam estar presentes em Hospitais e atendimentos, então se vocês virem algum sinal sobre Hígia, Panacea, Aceso, Iaso ou Aigla, isso pode nos dar uma pista de onde ele está. — Às vezes, Julian se sentia um grande nerd ao falar tanto sobre saúde, mas era literalmente o seu trabalho com os Curandeiros. — E fiquem atentos, tem água em todo o lugar aqui. Em resumo: procurem doentes e não fiquem nas beiras, por favor. Alguma dúvida a mais?
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SAS - SERVIÇO AÉREO ESPECIAL - NORTE ÁFRICA 1942 - BREVE HISTÓRICO
SERVIÇO AÉREO ESPECIAL
SAS
“Era noite de 26 de julho de 1942. A pista era iluminada pela lua. O aeroporto do campo alemão de Sidi Ennich estava em atividade como de costume. A lua desapareceu sem atrapalhar as nuvens. A luz de um bombardeiro que ia pousar ali procurava a pista. A noite transcorreu silenciosamente como se não tivesse sido em tempo de guerra. Era inacreditável que a base alemã localizada longe da frente estivesse à beira de um grave desastre. Não havia sentimento de inquietação. Levantando uma poeira seca, as rodas do bombardeiro tocaram o solo, quando metralhadoras pesadas de repente produziram ruídos ensurdecedores e os motores dos carros começaram a rugir. A pista foi tomada por uma violenta rajada negra e jogada em desordem. O SAS sob o comando de David Stirling iniciou um ataque surpresa. Eles tinham vindo aqui de além do mar de deserto a dezenas de quilômetros de distância. Sidi Ennich foi um dos aeródromos mais importantes para Rommel. Havia ali um grande número de Stukas, Junkers JLJ52s, Heinkels quase metade dos aviões de Rommel.
Disparando suas metralhadoras, 18 jeeps em formação próxima cortaram o caminho pela pista. Aviões alemães pegaram fogo um após o outro e seus tanques de combustível explodiram. As chamas avermelharam o céu sobre Sidi Ennich e dezenas de aviões alemães impiedosamente destruídos foram deixados no chão. O SAS é a abreviação de Special Air Service. Esta foi uma unidade de serviço especial organizada em 1941 pelo jovem oficial britânico David Stirling e esteve em atividade no deserto do norte da África. A única missão do SAS era enfraquecer o inimigo, infiltrando-se profundamente através das linhas inimigas e assediando a retaguarda. O SAS fez movimentos evasivos. Eles se moveram além do deserto que se estendia por centenas de quilômetros e atacaram o inimigo em momentos inesperados de maneiras inesperadas. Chegaram a saltar de paraquedas à noite. Foi relatado que alguns estabelecimentos militares e aeródromos dos alemães localizados na retaguarda estavam em constante medo e tinham que forçar todos os nervos a todo momento.
Nunca foi fácil para o SAS atravessar o deserto que se estende por centenas de quilômetros. A natureza severa do deserto rejeitava positivamente os homens e estava cheio de perigos para a vida. Durante o dia, o sol escaldante queimava as areias e a temperatura muitas vezes eram altas demais. Não havia árvores para proteger os homens do sol. À noite, o solo rapidamente se tornava tão frio quanto o gelo e a temperatura muitas vezes caiam abaixo de O° C. Uma vez que uma tempestade de areia caiu, os homens tiveram que se deitar no chão e esperar na areia até que ela findasse. Epidemias e insetos venenosos eram outra ameaça para os homens. Muitas vezes infligiam um golpe de morte àqueles que estavam enfraquecidos pela natureza severa. Era quase impossível encontrar água no deserto e só podia ser obtida em locais limitados. Mesmo quando uma fonte era encontrada, sua água às vezes não era boa para beber porque estava muito contaminada pelos corpos podres de soldados e animais que vagavam em busca de água e morriam ali. Além disso, o inimigo, ou seja, o alemão do Afrika Korps e as forças italianas, estavam em alerta para o SAS.
Naturalmente, o SAS era composto apenas por membros bem escolhidos, tinham um corpo forte endurecido por treinamento em luta real, bem como um espírito indomável, cada um deles era um verdadeiro profissional de guerra no deserto. Dizia-se que o SAS se comparava favoravelmente com uma brigada blindada em habilidade.
JEEP
O jeep que a SAS utilizava como principal meio de transporte era o Chevrolet 30 CWT 3.ton Truck, ele foi usado na fase inicial da guerra antes de aparecer no demais campos de batalha e mais tarde na fase posterior, principalmente para transporte. Apesar de inferior ao Chevrolet Truck em capacidade de carga, o Jeep com capacidade cross-country superior era o mais adequado para a missão do SAS. Para suportar e sobreviver sob a natureza severa do deserto, eles tributavam sua engenhosidade em com adaptações de várias maneiras. A água não tinha preço no deserto. Se seu motor refrigerado a água superaquecesse, o Jeep pararia nas areias e a água inestimável no radiador evaporaria em ar seco à toa. Era muito difícil obter a água para o radiador. Assim, eles cortavam todos as partes da grade dianteira, exceto duas, para facilitar a entrada de ar e obter maior eficiência de resfriamento. Na frente da grade eles fixavam uma pequena lata cilíndrica, que era conectada ao radiador por uma mangueira. Isso foi para evitar o desperdício de água. A lata sempre continha um pouco de água, e a água do radiador fervida e evaporada passava pela mangueira, entrava na lata, era resfriada ali e depois retornava ao radiador novamente. Esse dispositivo foi chamado de condensador.
Um protetor de areia foi fixado no carburador para evitar que a areia entrasse no motor. O para-brisa foi removido para evitar o reflexo da luz solar. O jipe que atravessava o deserto sem caminho era como um pequeno barco navegando pelo oceano. Um movimento na direção errada significava a morte. Para encontrar seus rumos, eles fixaram um dispositivo chamado Sun Compass no quadro de instrumentos. Indicava a direção pela posição da sombra de um fio de piano no centro projetada pelo sol na face de um mostrador marcado em rolamentos. O dispositivo simples foi muito útil enquanto o sol brilhava no céu. Eles também usaram um teodolito para encontrar seus rolamentos com mais precisão. Canais de areia também eram indispensáveis para o jeep no deserto. Eram placas de ferro em forma de U de cerca de 1,5m de comprimento. Quando o Jeep era pego pelas areias, eles as colocavam sob as rodas para que ele pudesse se mover facilmente. Vários tanques e bolsas de couro contendo água para beber e tanques de combustível sobressalentes eram montados no capô, na traseira, nas laterais e em outras possíveis partes da carroceria. Uma rede de camuflagem para esconder o veículo do inimigo e um mapa também eram itens necessários. O pequeno veículo também transportava todos os itens de primeira necessidade, como sacos de dormir, cobertores e alimentos. Cada veículo do SAS estava equipado com todos os itens necessários, mas em nenhum caso agiu de forma independente. Para evitar perigos e contingências, eles sempre atuavam em um grupo de pelo menos dois ou três veículos.
Uma metralhadora Browning e uma única ou duas armas Vickers 'K' eram montadas geralmente no escudo e na parte traseira da carroceria, sendo qualquer uma delas montada adicionalmente na lateral de alguns veículos como uma terceira arma. Schmeissers, Lugers, etc. e carregadores de metralhadora foram colocados à mão. Naturalmente, o SAS usou plenamente tais armas capturadas dos alemães. Os membros do SAS usavam uma camisa com mangas de meia distância, calças de joelho, casaco de babado, roupa de aviação, turbante, etc., de acordo com sua preferência. O armamento e os equipamentos dos jeeps também variavam de acordo com a finalidade das operações e a preferência dos integrantes. Não havia veículos que transportassem o mesmo armamento e equipamentos da mesma forma. Eles pareciam ter sido colocados no veículo de maneira desordenada, mas na verdade estavam dispostos da maneira mais razoável, com facilidade de uso. Esta era a sabedoria combinada daqueles que tiveram que lutar sob as condições desfavoráveis do deserto.
No próximo post o início de um novo trabalho!
Forte Abraço
Osmarjun
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# ʚ♡ɞ STARTER para @kerimboz em pista de dança .
Fixou o olhar na figura conhecida que, sim, poderia estar um pouco mais embaçada que o normal devido à quantidade de álcool que tinha ingerido naquelas horas, mas ainda era distinta aquelas que conhecia, parecendo se destacar dentre a multidão. Aproximou-se sem nenhuma hesitação, sabendo que não teria problema com a aparição repentina de Anastasia. A batida que tocava era animada o suficiente para que os campistas ao seu redor estivessem se movimentando o suficiente para que fosse um trabalho mais árduo caminhar entre eles, tentando afastá-los o máximo que conseguia. Assim que se aproximou o suficiente, um sorriso fácil apareceu nos lábios dela, impulsionado pelas bebidas que tinha tomado anteriormente. Quem diria que drinks rosas e doces como bala poderiam fazê-la esquecer rapidamente o efeito que poderiam ter sobre ela? Presunçosamente, jogou os braços ao redor do homem, agradecida pelos pensamentos que normalmente teria estarem fora de sua cabeça. Precisava esquecer as preocupações um pouco. "Foi uma batalha chegar até você. Quase derrubaram um drink verde horroroso no meu vestido. Tenho certeza que Afrodite arrancaria a mão de quem fizesse isso." Os olhos azuis fitaram o rosto alheio, pensando se havia bastante tempo que encontrara ele pela última vez. Sabia que não fazia, mas parecia, o que era o suficiente. "Agora você vai dançar comigo e não tem opção."
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Resenha
Título: Quebrando o Gelo - Saga Maple Hills
Autor(a): Hannah Grace
Editora: Rocco
Gênero: Romance
Personagens: ⚝⚝⚝⚝⚝
Mundo/atmosfera: ⚝⚝⚝⚝⚝
Plot: ⚝⚝⚝⚝⚝
Escrita: ⚝⚝⚝⚝⚝
Avaliação geral: ⚝⚝⚝⚝⚝❤
Avaliação hot: ⚝⚝⚝⚝⚝
Formato lido: E-book
AVISO: PODE CONTER SPOILER.
O que falar de Quebrando o Gelo? Hannah Grace nos coloca direto no maravilhoso mundo dos atletas universitários de uma maneira muito envolvente e cativante. Inicialmente somos apresentados a Anastasia e Nathan, os protagonistas mais cativantes que tive o prazer de ver em um livro até hoje. Ambos são cheios de camadas e dilemas, que nos são mostrados do ponto de vista dos dois (eu amo quando um autor faz isso ❤). Quebrando o Gelo, na minha opinião não é só mais um daqueles romancezinhos clichês, que são envolventes, mas mais do mesmo. O livro possui uma pegada de superação, de enfrentar desafios, de conhecer a si mesmo e aprender a encontrar seu lugar no mundo nessa fase da vida maluca chamada: faculdade.
Anastasia Allen, é uma talentosa patinadora artística, e também uma personagem muito determinada. Infelizmente, ela enfrenta diversos obstáculos na sua vida, e trava uma batalha constante com suas dúvidas, distorção de imagem e a pressão de ser a melhor em um ambiente amplamente competitivo. Por este motivo, a personagem procura sempre ser perfeita em todos os aspectos de sua vida: profissional e pessoal. Um de seus maiores dilemas está atrelado a seu parceiro na patinação, Aaron; que ela considera seu "melhor amigo", mas que infelizmente está sempre depreciando ela e sua imagem da maneira mais tóxica possível: disfarçando seus comentários como um tipo distorcido de amor de amigo.
Já Nathan Hawkins (meu xuxuzinho), é um personagem extremamente divertido, cativante e repleto de carisma. Ele está estudando medicina esportiva, mas seu foco verdadeiro é na sua carreira de jogador de hóquei, e sendo o capitão do time, isso nos mostra o quanto ele é bom. Como capitão, ele carrega a enorme responsabilidade de manter os meninos do seu time na linha (o que não é fácil gente, imagina controlar um monte de caras que acabou de entrar na faculdade?). Nate também tem um problema: seu pai. Ele não aceita que nosso queridinho queira ser um jogador profissional e não cuidar dos negócios da família. E essa faceta do personagem nos gera uma identificação gigantesca.
O caminho deles se cruza da pior forma possível: após um incidente no rinque da universidade eles são forçados a dividir a única pista de gelo restante. Esse cenário é a morte para Anastasia, pois ela segue um cronograma rigorosíssimo em seus treinos, que o treinador do time de hóquei não dá a mínima. Ela deixou bem claro desde o início que não está nada satisfeita com a situação, o que gera a primeira interação entre ela e Nate, e nessa cena conseguimos sentir a química que existe entre eles, mesmo com toda a animosidade dela em querer odiar o homem carismático que Nate se mostra ser.
Essa convivência forçada entre eles é uma grande montanha russa de emoções: temos risadas, temos tretas, aquela tensão gostosinha que só se vê em um enemies to lovers com muita química e muitos momentos pra lá de quentes entre os dois personagens. Fora que eles precisam aprender a respeitar o espaço de escolhas um do outro, independente daquilo que estejam sentido, o que é muito difícil quando um deles já está no lovers e o outro não quer nada serio com ninguém.
Já falei que adoro o fato de que a autora nos dá os dois pontos de vista? Pois então, a narrativa alterna entre o ponto de vista da Anastasia (sim sim, eu sei que ela é geralmente chamada por um apelido, mas eu acho o nome dela tão lindo) e do Nathan, nos mostrando todo o charme e carisma de suas personalidades.
Enfim... eu me apaixonei completamente por esse livro e não vejo a hora de ler os outros da Saga Maple Hills, porque se forem tão bons quanto esse eu vou ficar completamente obcecada.
Um adendo: se você não gosta de cenas hot, esse livro pode não ser pra você.
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Allure: A grande nova vida de Bella Hadid no Texas
A primeira vez que cruzei com Bella Hadid foi em uma pista fora da cidade de Nova York. Estávamos embarcando no Boeing 757 de Mark Cuban, o mesmo usado pelo Dallas Mavericks na época, com espaço extra para as pernas extralongas das estrelas da NBA… ou modelos. Este voo ia para o desfile da Victoria’s Secret em Paris. Era 2016, uma era pré-#MeToo, quando mulheres jovens desfilando na televisão nacional em roupas íntimas adornadas com joias era um momento cultural anual mais aceito.
Eu estava lá para relatar todos os detalhes dos bronzeadores e óleos corporais das modelos. Hadid estava lá para caminhar pela passarela cheia de purpurina. Nos bastidores, Hadid, então com 20 anos, sorria muito e falava pouco. Enquanto as “angels” veteranas sopravam beijos de nível profissional enquanto caminhavam pela passarela, Hadid lentamente, quase sombriamente, caminhou em direção aos flashes em um espartilho cinza metálico, com ondas escuras caindo sobre seus ombros.
Cerca de oito anos depois, estamos cara a cara novamente, ou melhor, lado a lado numa sala Zoom. Hadid está em casa, na cozinha de sua nova casa em Fort Worth, Texas, com paredes creme, tetos abobadados, colunas toscanas e pelo menos um lustre em forma de chifre. Ela penteou o cabelo para trás no coque baixo e apertado que lançou milhares de discípulas da “clean girls aesthetic” nos últimos anos. Suas unhas são curtas e sem cor, com pontas ovais bem cuidadas. Ela usa um suéter simples de mohair cor de ursinho com botões pontilhando a saliência de um ombro, compensado por joias que parecem um pouco mais maximalistas. Seus brincos com nó de ouro amarelo remetem à década de 1980 (uma época em que Hadid, que se refere à sua idade atual como “30 em três anos”, ainda não havia nascido).
Não vejo os olhos de Hadid se desviando de nossa videochamada nem uma vez antes de ela pedir licença graciosamente para deixar sair seu cachorro, Beans, que foi presenteado com um osso por bom comportamento durante nossa reunião. Onde outros poderiam recuar, sentar-se e pedir desculpas sem fôlego, Hadid desliza suavemente de volta à vista com um sorriso, empoleirada na frente de seu laptop como se nunca tivesse saído. Talvez seja o suéter aconchegante cor de café fazendo jogos mentais comigo, mas é difícil não notar como ela é controlada e serena. Está muito longe do Hadid aparentemente tímida e retraída de que me lembro no espetáculo no Grand Palais.
Desde então, Hadid passou de “a irmã mais nova de Hadid” a uma supermodelo com S maiúsculo por direito próprio. Ela tem sido o rosto de várias campanhas brilhantes para várias casas de moda (Dior, Versace, Lanvin, Moschino e Burberry, para citar algumas). Ela cobriu quase todas as principais revistas, incluindo esta.
Hadid também falou abertamente sobre suas dificuldades de saúde mental (ansiedade severa, confusão mental) e sua batalha contra a doença de Lyme, uma doença transmitida por carrapatos associada a sintomas como cansaço extremo, dores musculares e outras respostas imunológicas problemáticas. (As últimas semanas foram difíceis, diz ela, e descreve sua recuperação como “não muito linear” e “uma montanha-russa”.) No ano passado, ela não apenas deu um passo não oficial para trás na carreira de modelo para se concentrar em sua saúde mental e saúde física, mas mudou-se para o Texas e iniciou um capítulo totalmente novo com seu namorado cavaleiro, Adan Banuelos, a quem ela se refere como “meu parceiro” e “um incrível empresário mais velho” (ele tem 35 anos). Banuelos treina cavalos e cavaleiros cortantes. (O cutting é um tipo de competição equestre em que um cavalo e um cavaleiro têm que separar uma única vaca de um rebanho.) No início deste ano, Hadid, uma saltadora de longa data, competiu em uma competição amadora de cavalos de corte (ela ficou em oitavo). “Depois de 10 anos como modelo”, diz Hadid, “percebi que estava colocando tanta energia, amor e esforço em algo que, no longo prazo, não estava necessariamente me devolvendo”.
Agora, ela está de volta aos olhos do público e está falando sério. Hadid é agora a fundadora de sua própria linha de fragrâncias, 'Ôrəbella, pronuncia-se “aura-bella”, um dos significados de Hadid, que significa “minério de ferro” em árabe, e seu primeiro nome. E, de certa forma, é uma empresa familiar. “Crescendo em uma família árabe, perfumes e aromas eram quase um traço de personalidade – ainda me lembro do cheiro dos meus avós quando entravam em uma sala”, diz Hadid. “Meu tio Mahmoud fabricava seus próprios óleos essenciais na década de 70 – aromas amadeirados e com cheiro de tabaco.”
Antecipando minha próxima pergunta, Hadid afirma que a linha não é produto de alguma incubadora de marcas de celebridades. “Não foi algo em que alguém veio até mim e disse: ‘Queremos começar um negócio com você”, diz Hadid. Ela simplesmente procurou uma alternativa ao tipo de fragrâncias à base de álcool que tendem a sair das principais casas de perfumes.
“Tenho urticária e erupções cutâneas apenas por causa do estresse, então tendo a ficar longe de qualquer coisa que possa desencadear meu corpo hoje em dia”, diz ela. E isso inclui perfumes tradicionais. Há cinco anos, Hadid começou a inventar seus próprios aromas. Ela visitava uma loja de produtos naturais perto da fazenda de sua família na Pensilvânia, escolhia os óleos essenciais mais obscuros que conseguia encontrar e os misturava em frascos de spray cheios de glicerina. (Como aromaterapeuta certificado, posso confirmar que o único óleo essencial seguro para usar diretamente na pele é o de lavanda; quaisquer outros devem ser misturados com uma base como a glicerina para uma experimentação segura.) “Eu estava tentando torná-los tão únicos quanto possível. então, quando os coloquei no meu corpo, pareceu singular para mim”, diz Hadid.
À medida que 'Ôrəbella ganhava vida, ela executou cada etapa do processo com suas próprias mãos - assim como misturou manualmente as primeiras versões de suas fragrâncias, ela criou seus próprios decks de marca e apresentou a empresa aos investidores. Ela executou cada etapa do processo com suas próprias mãos - assim como misturou manualmente as primeiras versões de suas fragrâncias, ela mesma criou seus próprios decks de marca e apresentou a empresa aos investidores. “Eu não queria apenas colocar no mercado algo que fosse outro produto ou outro perfume; era algo pelo qual eu já era extremamente apaixonado e não queria mais guardar isso para mim.”
Como os primeiros protótipos de Hadid, cada frasco final de 'Ôrəbella contém uma fórmula bifásica com uma camada dourada de óleos vegetais (camélia, jojoba, karité, azeitona, amêndoa doce) e óleos essenciais flutuando sobre uma base de glicerina. Ao contrário dos originais em frasco spray, cada fragrância é colocada em um frasco de vidro colorido, cortado para parecer uma joia, com as palavras “agite bem” rabiscadas em inglês e francês abaixo da tampa. As versões de 100 mililitros vêm com a opção de um suporte de perfume de ouro adquirido separadamente, feito para parecer um objeto de arte, em homenagem à coleção de perfumes vintage de sua mãe Yolanda. E, ao contrário da maioria dos perfumes, este não foi feito para ser borrifado livremente em suas roupas, cabelos ou cartas de amor. Sua base rica em óleo significa que é estritamente para uso na pele; provavelmente deixaria manchas indecorosas nas roupas (nunca arrisquei). É restritivo ou uma abordagem nova e íntima do perfume, dependendo de como você o encara.
Não tem nada a ver com fragrância, mas estou ficando sem tempo para fazer uma das minhas perguntas mais candentes: como, exatamente, Hadid tem feito seu cabelo cair nas ondulações sem esforço que vi em suas postagens recentes no Instagram? Hadid sorri amplamente. "Você quer que eu vá procurar por você?" ela oferece, antes de pegar seu laptop e me levar por um corredor longo e escuro até seu banheiro. Segurando seu laptop (eu, por assim dizer) em um braço, ela puxa cada garrafa de uma prateleira e as segura contra a tela, para que eu possa fazer anotações ansiosamente. A receita dela para ondas de cowgirl perfeitas é, exatamente, esta: Passo 1: Shampoo e condicionador (ela está usando Anablue Scalp Cleanser and Treatment Oil). Passo 2: Aplique uma ou duas doses de Mousse de cachos sem frizz de coco e hibisco da SheaMoisture nos cabelos úmidos. Etapa 3: Finalize com uma aura de spray de textura Beach Club da IGK ou spray de textura e volume totalmente seco Living Proof (ela usa os dois, mas o último acabou). Passo 4: Vá para o rodeio local.
“Assim como eu faço meu styling há anos – o que ainda faço – adoro poder fazer meu próprio cabelo e maquiagem, ficar feliz com minha aparência e me arrumar com minhas amigas aqui no Texas”, diz Hadid. “Nós nos divertimos muito e nunca sinto que preciso fazer muito.” Fazer exatamente o que ela sente combina bem com Hadid. “Pela primeira vez agora, não estou fazendo uma cara falsa. Se não me sentir bem, não irei. Se não me sinto bem, reservo um tempo para mim. E nunca tive a oportunidade de fazer ou dizer isso antes”, diz Hadid. “Agora, quando alguém me vê em fotos e diz: pareço feliz, realmente estou. Estou me sentindo melhor; meus dias ruins agora eram meus velhos e bons dias.”
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Pelo caminho, se encontra Batalha. É assim que está em muitos dos roteiros turísticos portugueses, e foi assim que se sucedeu nesta viagem também. Entre Óbidos, Fátima e Mafra, visitamos o famoso mosteiro, e percebe-se logo porquê.
Talvez penses que é só mais um prédio antigo, mas não se deixe iludir. Vitrais de todos os tons imagináveis fazem com as sombras dancem de uma forma não sombria nesta construção gótica, marcada por arcos e pilastras que te fazem ter um súbito interesse em engenharia e pensar: como eles transformaram mármores nisto?
Uma pista está na parte chamada de capelas imperfeitas, uma secção inacabada da construção. Se calhar merece é um outro adjetivo. Quando se vê as grandes pilastras a terminarem num céu aberto, entende-se logo que talvez seja muito melhor assim.
Os trabalhados e cheios de detalhes arcos emolduram o azul do céu. É como entrar num quadro. Ou estar dentro de um templo, um teatro, um lugar de devoção antiga, a bisbilhotar os costumes de passados deuses.
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⠀ P・ O ・ V #03 ⁝ T H E G L A S S
Os passos vagarosos de Fahriye a conduziam por caminhos que narravam capítulos memoráveis de sua vida. Cada lugar que visitava despertava lembranças, mas parecia que um véu sombrio encobria seus olhos, apagando as memórias alegres e substituindo-as por visões de perda e desolação. Enquanto caminhava pelo acampamento, os risos e as vozes dos amigos ecoavam ao longe, quase como fantasmas de um passado distante, enquanto a dura realidade a envolvia. Aqueles lugares que antes irradiavam alegria, agora eram apenas sombras de um tempo que parecia irremediavelmente perdido. Observando o pavilhão destruído, ponderava sobre o que poderia ser restaurado e refletia sobre como melhorar a segurança dos campistas, de seu chalé e dos demais. Seu olhar melancólico percorria o local, capturando cada detalhe durante um momento solitário de contemplação. Nada era como antes.
⠀ I found a version of l o v e , and just like that ⠀ I was left to live without it
A janela que outrora emoldurava o brinde com James, uma celebração carregada de promessas de uma noite inesquecível repleta de música e alegria, agora não passava de estilhaços espalhados pelo chão. Sua destruição, como havia testemunhado, resultara do esforço desesperado de Dionísio para resgatar os mais jovens das chamas vorazes que consumiam o pavilhão. Ao olhar naquela direção, seus olhos agora vislumbravam apenas dezenas de campistas correndo e lutando por suas vidas, desesperados para escapar das garras maléficas de um inimigo ainda sem forma. O cenário, antes repleto de beleza e expectativa, havia se transformado em um panorama de caos e desespero.
A mesa de doces partida ao meio e ostentando diversas cicatrizes de fuligem manchando sua superfície de madeira, tornava-se um testemunho silencioso do ataque feroz das chamas, mas outrora fora cenário de um gesto afetuoso quando pegara um pequeno bombom para presentear Maeve, que estava estonteante como sempre. Agora, esse mesmo móvel evocava a intensa lembrança do apoio que prestara durante uma batalha ao lado de um autômato contra um animal de pelúcia que ameaçava uma jovem campista. Utilizando sua Névoa do Oblívio, conseguiu atordoar o inimigo, permitindo que o mecanismo humanóide, controlado pelo filho de Hefesto, atacasse. Embora tivessem sido bem-sucedidos no resgate, o olhar aterrorizado e os gritos desesperados por socorro da menina estavam gravados a ferro quente em sua memória, conjurando uma dor que jamais imaginara sentir.
Por fim, a pista, que testemunhara sua primeira dança da noite ao lado de Archibald, onde confissões e juras se entrelaçaram, materializando suas fantasias mais íntimas de romantismo e promessa de um futuro repleto de amor, agora parecia tingida de sangue e banhada pela luz alaranjada das chamas. O terror voltava aos seus olhos ao recordar a visão do corpo inerte de Flynn durante o pronunciamento de Dionísio sobre sua morte, desencadeando um tumulto instantâneo e angustiante que se espalhou pelo acampamento, perfurando cada campista como uma lâmina afiada no peito. Buscou desviar o olhar dos vestígios de destruição, cobrindo-os com as mãos para conter o aperto que se formava em sua garganta. Sentia-se submersa na própria tristeza, um sentimento que agora se entrelaçava permanentemente com as lembranças que ali havia criado.
⠀ I had a version of h o m e , and just like that ⠀ I was left to live without it
Enquanto se afastava do pavilhão, permitindo que as lágrimas rolassem livremente pelo rosto e aliviassem a angústia que pesava em seu peito, tudo em que conseguia pensar era na sensação avassaladora de perder rapidamente seu lar. Era como se sua ideia de mundo e refúgio desabasse repentinamente sob seus pés, deixando-a em queda livre em direção à desilusão. A perspectiva de mudar-se para Nova Roma não era mais apenas uma possibilidade distante; tornava-se uma necessidade iminente. Envolta por tantos espectros do passado, não sabia se conseguiria resistir ou se sucumbiria ao peso das derrotas. Estava agindo com covardia e egoísmo? Ainda havia uma infinidade de missões e objetivos a serem cumpridos ali. Abandonar seus irmãos, amigos e os demais semideuses, que dependiam exclusivamente dela, não estava nos seus planos. Daria o melhor de si para protegê-los enquanto juntos buscavam uma saída daquele intricado labirinto de ameaças. Contudo, de forma abrupta, percebeu que o curso de sua vida estava prestes a tomar um rumo incerto e totalmente inesperado. O acampamento meio-sangue já não mais a acolhia como um lar.
#⸙ ─ pinned under. ﹙ development ﹚#⸙ ─ pinned under. ﹙ point of view ﹚#ficou marromenos mas a ideia ta aí kkkkk
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A Cruz dos Afogados
A poucos metros da costa, em frente ao areal branco da praia, existia um pequeno ilhéu escarpado. Nada de surpreendente, pois ilhéus como aquele, proliferavam na longa costa de arribas, que por quilómetros se prolongava naquela região, enfrentando o oceano furioso e perdendo, ano após ano, a batalha, fosse engrossando os areais costeiros, fosse ainda largando pedaços de rocha agreste, por entre as ondas do mar, baluartes resistentes, por mais alguns séculos, numa guerra, aparentemente, perdida.
Este era mais um escolho, destroço de antigas pelejas entre a terra e o mar, troféu capturado pelo oceano à rocha, refém dos infindáveis combates.
Mas tinha uma particularidade, que o distinguia de todos os outros. Uma singela cruz de ferro, postava-se no topo, de aspecto vetusto e origem incerta, que o povo apelidava, ominosamente, de cruz dos afogados, sem que ninguém tivesse memória de quem estes fossem, ou sequer o autor daquela singela homenagem.
Amaro passava férias ali, desde que nasceu. A família tinha uma velha casa na encosta, que passou de geração em geração, até chegar à sua. Em pequeno, veraneava naquela casa, na companhia dos pais e irmãos e ainda dos avós e dos tios, que também por lá andavam frequentemente, com os primos, com quem Amaro tantas vezes brincou, naquele areal. Após a morte dos avós, a casa ficou, em partilhas, para o pai e depois para Amaro, por morte daquele, pelo que o edifício estava indelevelmente associado às mais antigas memórias da sua vida, que associava invariavelmente à infância e aos seus antepassados, reunindo nela, ainda hoje, ocasionalmente, a sua parentela contemporânea, em almoços evocativos das memórias comuns da família.
Mas também Amaro, apesar da sua antiga e profunda ligação à freguesia, desconhecia a história da funesta cruz dos afogados, que, tão lugubremente, pairava sobre o belo areal da praia, no topo daquele ilhéu, recortado ao sol veranil.
Curioso e apaixonado pelo local, decidiu investigar as origens da cruz, consciente, contudo, das dificuldades da missão assumida.
Começou por contactar o município, em busca de escritos antigos, sobre a povoação e a cruz. Disseram-lhe o que ele já sabia, que a mesma seria homenagem a alguém que se teria afogado, naquele local, há séculos atrás, mas de quem não conheciam a identificação, podendo mesmo tratar-se de uma simples lenda. Era uma história ocultada pelo mistério do tempo. Não satisfeito, Amaro fez buscas na biblioteca municipal, sem que daí tenha resultado esclarecimento adicional, ao pouco que já conhecia.
Um dia, numa taberna da aldeia, um velho pescador meteu conversa com ele, sobre a cruz dos afogados, pois toda a gente conhecia já, nessa altura, as pesquisas de Amaro junto das autoridades municipais, sobre o Ilhéu sinistro.
Era um velho desdentado, há muito ultrapassado dos oitenta anos de idade, que ali vivia desde que nasceu e se chamava Albertino, por todos apelidado, carinhosamente, por Ti Tino.
Pois Ti Tino lembrava-se, em criança, de ter ouvido alguém comentar, entre os velhos de então, que a cruz dos afogados era uma homenagem a um padre, que ali teria morrido, há muitos anos atrás.
Com esta nova pista em mente, Amaro foi conversar com o pároco local, que, de tão jovem que era, nunca tinha ouvido falar nessa história do padre afogado. Mas disponibilizou-lhe a consulta dos registos paroquiais e, melhor do que isso, deu-lhe os contactos do arquivista da diocese, onde poderia encontrar, não só muito mais informação para a pesquisa, como também um auxiliar precioso, conhecedor profundo da história da diocese e das várias paróquias que a compõem. Foi então que Amaro conheceu o cónego Faustino, historiador e arquivista da diocese, a quem expôs longamente a sua história e os objetivos da pesquisa.
O clérigo tinha conhecimento da existência da cruz e de uma velha história de um padre afogado naquela praia, oriundo, segundo ele, de um seminário local, entretanto encerrado. Mas não tinha os pormenores de memória. Ficou de recolher documentação sobre o facto e reunir com Amaro, passados alguns dias.
No dia marcado, Faustino surgiu com dois velhos volumes, manchados pelo tempo e a humidade, e uma longa história para contar, que Amaro ouviu avidamente. Parece que, no século XVIII, existia um pequeno seminário naquela praia, dedicado a Nossa Senhora do Carmo. Na verdade, era uma mera dependência do seminário maior, instalado na sede episcopal, onde os jovens seminaristas iam veranear. Uma espécie de colónia de férias, onde se deslocavam durante a canícula, juntamente com os professores, para prosseguirem os estudos em ambiente mais saudável, que por vezes incluíam exercício físico e banhos de mar, na praia.
O local terá ainda sido usado, em tempos pestilentos, para afastar os seminaristas dos eflúvios deletérios da cidade e permitir-lhes continuar os estudos em local arejado, junto ao mar, onde o ambiente era muito mais saudável.
Sucedeu contudo, no Verão de 1782, um grupo de jovens seminaristas mais irrequietos, a banhos na praia, lembrar-se de trepar ao ilhéu, para daí mergulharem no mar, provavelmente numa prática recorrente, que nunca tinha dado problemas anteriormente.
No entanto, dessa vez, um deles ficou ferido na queda. Um dos professores, douto mestre em latim e bom nadador, tentou salvá-lo, enquanto o jovem se debatia, provavelmente com dores, incapaz de nadar.
O resultado foi funesto, porque não só o professor não conseguiu resgatar o enfermo, como se deixou envolver pela força da desesperação do rapaz, sendo ambos engolidos pelo mar. Os corpos só terão sido recuperados vários dias volvidos, a muitas léguas dali.
O episódio foi tão marcante que, não só foi mandada erigir aquela cruz, no ilhéu maldito, abençoando a alma dos falecidos e relembrando, aos vivos, os perigos daquele rochedo, como o próprio seminário foi abandonado, vendido entretanto a leigos.
Amaro ficou curioso com o nome do seminário, pois a velha casa da sua família chamava-se Casal do Carmo, e pediu ao cónego se era possível determinar a localização do velho seminário. Este abriu um dos velhos volumes e mostrou-lhe desenhos do edifício e a descrição da localização do mesmo, junto a uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, nas arribas perto da aldeia.
Era precisamente o local onde estava instalada a sua velha casa de família. A capela ainda existia, embora estivesse fora dos limites da propriedade. Mas não era por acaso que a habitação se chamava Casal do Carmo, porque terá tido, na origem, o edifício do antigo Seminário, junto à capela do mesmo nome.
Entusiasmado com a descoberta, Amaro recolheu toda a informação que pôde, sobre o seminário e o triste evento relatado, decidido a escrever um livro, contando a história da sua casa, do seminário que a precedeu e das funestas circunstâncias que levaram ao seu abandono e venda à família, sendo ele o atual proprietário de tão antigo edifício, carregado de tradição, e fazendo assim renascer a memória da velha cruz dos afogados e dos nomes das vítimas, reassociadas ao local e à história da freguesia.
15 de Março de 2023
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ㅤㅤㅤ❛ㅤ𝗢𝘃𝗲𝗿𝗱𝗼𝘀𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗱𝗿𝗲𝗻𝗮𝗹𝗶𝗻𝗮
𝗗𝗮𝘁𝗮: 18 de agosto de 2012
𝗛𝗼𝗿𝗮: 00h36
𝗟𝗼𝗰𝗮𝗹: Pista de pouso abandonada nos arredores de Boston.
ㅤㅤㅤA multidão era um ser vivo, respirante, uma massa de corpos que avançava para envolver Arabelle no momento em que ela saiu do carro. Seu pulso ainda estava acelerado, sua pele úmida com a mistura intoxicante de adrenalina e triunfo. Ela era a estrela da noite, a azarona que roubou a vitória de pilotos experientes com o dobro de sua idade. O ar estava denso com o cheiro de suor, gasolina e o gosto inconfundível da vitória. Ela se deleitava com isso, absorvendo os aplausos, os gritos de comemoração, a energia selvagem e feroz que carregava a noite.
Do mar de rostos, surgiu a garota de cabelo rosa brilhante, cortando a multidão com uma graça felina que imediatamente chamou a atenção de Arabelle. Ela era a que havia iniciado a corrida, a que segurava o megafone com um sorriso travesso. Seus olhos eram de um azul chocante, brilhando sob o brilho forte dos faróis como fragmentos de gelo, mas seu sorriso era todo calor. Sem dizer uma palavra, ela se aproximou, seus dedos traçando uma linha de fogo ao longo do braço de Arabelle.
— Você tem coragem, princesa, — ronronou a garota, sua voz baixa o suficiente para quase ser engolida pelo barulho ao redor. Seu hálito roçou o ouvido de Arabelle, enviando um arrepio pela espinha dela. — Não achei que você fosse capaz.
Arabelle se virou, encontrando o olhar da garota com um sorriso cheio de desafio. — Eu sou cheia de surpresas, — respondeu, sua voz carregada com a confiança que vem ao provar o gosto da liberdade pela primeira vez. Sem hesitar, ela puxou a garota pela frente da jaqueta de couro e a beijou intensamente, daquele jeito que não deixava dúvidas sobre quem estava no controle.
A garota de cabelo rosa derreteu em seus braços, ofegando contra os lábios de Arabelle, suas mãos deslizando até se enroscar no cabelo escuro e selvagem dela. O mundo ao redor parecia desaparecer, os aplausos e assobios se tornando um murmúrio distante enquanto Arabelle pressionava a garota contra o lado do carro. Ela era toda ângulos e toques ousados, suas mãos explorando com a ânsia de quem finalmente prova o poder que tanto desejava.
Elas se beijavam como se fosse uma batalha, tudo dentes e língua, o aperto de Arabelle deixando marcas enquanto segurava a garota no lugar, adorando a maneira como ela respondia, arqueando o corpo como uma mariposa atraída pela chama. Havia um prazer em saber que podia comandar aquilo, que podia tomar o que quisesse sem pedir permissão, sem ser a boa garotinha que sua família esperava. Pela primeira vez, ela estava no controle, e se embriagou disso como se fosse oxigênio, algo vital de que havia sido privada a vida inteira.
Arabelle não disse uma palavra. Ela apenas agarrou o pulso da garota e a puxou em direção ao carro. Elas tropeçaram no banco de trás, a respiração de Arabelle quente e urgente contra o ouvido da garota. A porta bateu atrás delas. Estava escuro, a única luz vazando do brilho neon dos carros próximos, lançando sombras selvagens e tremeluzentes dentro do espaço apertado.
Seus lábios colidiram em um beijo bagunçado e febril, todos dentes e línguas, como se estivessem se devorando. Arabelle não hesitou, não pensou - ela foi movida puramente pelo coquetel inebriante de vitória e desejo. Ela era quem estava no controle, empurrando a garota de cabelo rosa contra o assento de couro, suas mãos deslizando sob a camisa da garota para sentir o calor de sua pele. Havia uma satisfação feroz na maneira como a garota respondeu, um suspiro ofegante contra seus lábios, a inspiração aguda quando os dentes de Arabelle roçaram sua clavícula.
— Mais, — a garota murmurou, a voz baixa e rouca, seus dedos se enredando no cabelo preto como um corvo de Arabelle, puxando com força suficiente para arder. Arabelle obedeceu, pressionando seus lábios contra o pescoço da garota, deixando um rastro de beijos machucados que floresceriam em marcas escuras pela manhã. O gosto de sal e suor, a emoção do domínio - era tudo tão novo, tão estimulante. Arabelle saboreou a maneira como a garota tremia sob ela, como um acorde tocado no lugar certo.
Acabou cedo demais. Com um último beijo machucado, Arabelle se afastou, deixando a garota sem fôlego e desgrenhada. O batom de Arabelle estava borrado em seus próprios lábios, assim como nos da garota. Ela não se importou em consertar. Sem olhar para trás, Arabelle saiu do carro, sem se preocupar em perguntar o nome da garota, nem ofereceu o seu. Não importava. A garota de cabelo rosa não era nada mais do que uma emoção passageira, uma conquista sem nome no escuro.ㅤ
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