#artefato sultai
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Cristal de Zagoth/ Zagoth Crystal
Artefato gerador de mana
Custo de mana: 3 incolores e/ou de quaisquer cores
Por que ela é interessante? Virando esse artefato você terá uma mana preta, verde ou azul, na combinação Sultai para seu uso. Lembrando que pedrinhas de mana são SEMPRE bem vindas e pode colaborar muito no decorrer da partida, essa ainda gera mana colorida. Ela tem também o reciclar, caso não seja mais útil, pode pagar 2 manas e descartá-la para comprar uma outra cartinha em seu lugar.
Preço da carta: em torno de 0,05 até 2,00
Disponível em Português
Link: https://www.ligamagic.com.br/?view=cards%2Fsearch&card=Zagoth+crystal&tipo=1
Até a próxima postagem, Ulli e Thiago
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REVIEW IXALAN. Parte Final.
(por Rodrigo S. Pereira)
(cards animados via @theblogeternities)
Hoje encerraremos o Review Ixalan, com um pequeno, mas significativo atraso, conforme comunicamos no Facebook da Geek Pit. Como não há mais urgência pelo Pré Release, antes de nos debruçarmos sobre as raras míticas, multicoloridas, artefatos e terrenos da coleção, podemos falar um pouquinho da própria série?
Primeiramente, os artigos inspiravam muitos assuntos legais direta ou indiretamente relacionados aos cards analisados, mas podemos admitir que os textos são quilométricos. De uma próxima vez, caso haja interesse de vocês numa nova tentativa com o próximo lançamento, priorizaremos a objetividade.
Repetição também foi um problema: em retrospecto, até mesmo a ordem em que falamos dos arquétipos poderia ter sido mais eficiente (seria preferível BW e GW, UW e UG, UB e BR, UR e RW, RG e BG). Estamos abertos a mais críticas e comentários, sintam-se à vontade para entrar em contato!
Retomamos abaixo a análise conforme estava planejada anteriormente, mas já reescrita para o Pós Pré Release.
Estas duas raras míticas representam um pouco da dualidade de Ixalan. Há um balanço curioso entre apelos Vorthos e Mel. Estes são perfis do público de Magic: o primeiro é o de pessoas que apreciam a beleza do jogo pela imersão, através de personagens marcantes, histórias interessantes, cards e jogadas evocativas; já o segundo engloba aquelas que apreciam tecnicamente o design do jogo, gostam do funcionamento mecânico dos cards, como são escritos, diagramados, e todo o trabalho conjunto necessário para criar Magic entre desenvolvimento, design, arte e até mesmo marketing.
Estrela da Extinção é admitidamente um color bend (pequeno desvio das capacidades de sua cor), porque Vermelho supostamente deveria ter dificuldades para lidar com criaturas grandes; Ato Blasfemo (C16) já foi chamado de erro, ao menos para o formato Padrão. Mas o flavor de um meteoro em Ixalan, “coleção dos Dinossauros”, certamente era irresistível! 20 de dano é um bocado, mas a infrequência e custo alto devem manter o card fora de qualquer metagame competitivo.
Não é o mesmo caso de Devastador da Frota Macabra, card fortíssimo em uma das tribos destaque de Ixalan, além de interagir positivamente com o produto suplementar de lançamento muito próximo à coleção, o Commander 2017, cujo enfoque tribal inclui um deck pré construído dedicado aos Magos. Mortal em cada milímetro do card, o Orc ainda evoca ligeiramente a clássica Varíola (IA), detalhe que faz a alegria de quem se importa.
Jace, Náufrago Astuto é um dos protagonistas da coleção, e é também o arauto de uma significativa mudança no Magic: a partir de Ixalan, Planeswalkers têm o super tipo Lendário. Assim, estão sob a regra de lendárias, extinguindo a regra exclusiva que restringia sua presença no campo conforme seu tipo (como este é do tipo “Jace”).
O poster boy da WotC está mais uma vez desmemoriado, mas manifestando uma personalidade muito diferente da que demonstrava nos últimos anos. Mark Rosewater já declarou em seu Blogatog que flavor texts provocativos ou desdenhosos em mágicas azuis não deveriam ter sido associados a Jace, pois o personagem nunca foi pretendido como esnobe ou malicioso.
Não parece ser por acaso que este tenha sido o momento para Jace receber um novo card de custo 3, tal como seu card de estreia em Lorwyn. Como Jace Beleren (M11) era antes de Jace, o Escultor de Mentes (WWK) “a síntese do Azul”, Jace, Náufrago Astuto encabeça em Ixalan um formato Padrão em que a cor é muito mais proativa e agressiva.
Planeswalkers são declaradamente o tipo de card mais difícil de criar, pela complexidade que sua jogabilidade prevê, e o fato de estarem ligados a personagens queridos do público. Vraska, Caçadora de Relíquias representa um pouco esse conflito, sendo tão marcante e poderosa quanto seus fãs poderiam querer, mas com um custo que a torna pouco atraente a ambientes competitivos de Construído Padrão. Planeswalkers de alto custo já viram jogo no Padrão, mas ainda é muito cedo para afirmar se Vraska está mais para Elspeth, Campeã do Sol (THS) ou para Sorin, Nêmesis Implacável (SOI).
Pelo mesmo custo, as listas competitivas de curva alta com Verde devem tender ao poderoso Tirano da Carnificina, máquina mortífera que é muito mais que um sideboard contra controle. O Dinossauro não compartilha da complexidade da maioria das raras míticas recentes, o que não o torna menos perigoso. Um topo de curva digno para qualquer Midrange, ele está certamente entre as criaturas mais respeitáveis e temíveis do Padrão Ixalan.
Já Negociação no Ossário é da vertente de Estrela da Extinção, um card bastante imersivo que mergulha na fantasia de Ixalan, desta vez referenciando a parola (parley), negociação característica dos piratas. Sua imensa complexidade testa as habilidades de ambos os jogadores, como uma Fato ou Ficção (EMA) de reanimação Preta, mas quem já usou o card Azul sabe que a escolha dada ao oponente é meramente cerimonial. A princípio não será visada em listas competitivas, mas Sultai Reanimator tem tentado subir no metagame Padrão, e o ramp fornecido pelos Tesouros de Ixalan pode facilitar para que este card substitua Para Sempre (SOI).
Curiosamente, o atraso nesta última parte de nossa série apresenta algumas vantagens. Uma delas é de que nossa última parte coincidiu com a publicação de um novo artigo de Mark Rosewater em sua coluna Making Magic, em que ele comenta a história do design de uma seleção de cards.
Nem sempre um card parte originalmente de uma grande inspiração artística ou de game design. Há casos de tentativa e erro ao insistir em um conceito até que ele funcione. Este é o caso de Campo da Ruína. Toda a história de terrenos que destroem outros terrenos foi recontada desde Mina de Superfície (4e), rebalanceando seu efeito até que finalmente se chegou a uma proposta que não minava a diversão, nem pedia banimento: Quarteirão Fantasma (CMA2). Campo da Ruína é mais um experimento com o conceito, oferecendo a oportunidade de manter seu total de terrenos disponíveis, ao custo de 2 de mana sobre o efeito do poderoso terreno de Innistrad, uma troca razoável.
Para as criaturas míticas Gishath, Avatar do Sol e Almirante Beckett Bronze, havia uma função a ser cumprida: foram criadas especificamente para jogadores que teimariam em usar simultaneamente as três cores das referentes tribos, e também para quem precisaria de um general em todas as cores da tribo para o formato Commander. Os cards precisavam ser raras míticas para que usar mais de 2 cores não fosse especialmente estimulado no Limitado de Ixalan, e seus efeitos foram desenhados para representar liderança na tribo de uma forma evocativa, flavorful. A intenção não é que joguem Construído Padrão competitivo, mas eles são poderosos o suficiente para haver uma mínima tentação!
Huatli, Poetisa Guerreira também foi criada “cumprindo tabela”, atendendo demandas pendentes listadas pelos criadores. Huatli é mulher, e a WotC vem tentando equalizar seu elenco de Planeswalkers; como havia mais personagens masculinos anteriormente, isso implica uma maior incidência de mulheres entre as estreias. Ela também atende a um grupo demográfico que não tinha representação anterior (ascendência das culturas nativas mesoamericanas), uma vez que precisava ser nativa do plano como contraponto aos protagonistas estrangeiros. Por fim, ela completa o espectro da color pie para os três planeswalkers da coleção, e foi a partir daí que suas habilidades foram escolhidas, sendo a parte mais branca, seu +2, a última a ser implementada.
É importante notar que criações que visam necessidades “práticas” não são necessariamente menores que aquelas que partiram de outras inspirações. Essas histórias são apenas muito significativas para esclarecer um tópico em que Mark Rosewater insiste regularmente: Magic é um jogo com um público diverso ao extremo, e cada expansão tem a responsabilidade de atender uma variedade de demandas muito maior que ambientes competitivos— com isso em mente, talvez tenhamos mais cuidado e/ou tato ao avaliar nossos cards.
“Se um card não te parece legal, talvez ele não tenha sido criado para você”.
Outra vantagem inesperadamente interessante no atraso do final de nossa série é a de poder analisar as multicoloridas após o Pré Release. Acontece que multicoloridas incolores são frequentemente inseridas para direcionar a jogabilidade daquela combinação de cores em seu ambiente Limitado, principalmente em coleções com menor incidência delas, como Ixalan.
Talvez a combinação que tenha se mostrado mais poderosa no Limitado da coleção, ao menos até agora, seja a de BR Aggro, representada pela Capitã da Frota Macabra. Apesar do bônus tribal do card, o Aggro é um dos arquétipos menos dependentes de sinergias, precisando apenas curvar agressores eficientes nos primeiros turnos e ter uma ou duas remoções que lhe ajudem a encerrar o jogo. Qualquer bônus sobre um 2/2 por 2 mana é um lucro precioso para o deck, e não há falta de boas criaturas de curva baixa na coleção, especialmente nessa combinação.
O arquétipo UR não costuma ser muito popular entre o público menos experiente em Magic, especialmente em formatos Limitados, e estas pessoas são muito frequentes em Pré Releases. Saqueador Errante não é das multicoloridas mais fortes ou atraentes da coleção, e a dificuldade de construir e jogar com seu arquétipo o direciona mais para o Draft.
Saqueadores da Olho Morto sofre do mesmo problema: apesar de serem poderosos no vácuo, o enfoque em equipamentos e veículos da combinação Preta e Azul dos Piratas é difícil de alcançar no Selado, e por isso mesmo quem pôde jogar de UB provavelmente tinha maior interesse em mágicas de interação com o oponente, tendendo ao Tempo ou Controle, estratégia em que a rara Tomadora de Reféns se encaixa perfeitamente. Contudo, sua raridade implica que ela inspira o arquétipo com menor frequência nesse tipo de evento.
Dinossauros foram tão ou mais populares que Piratas nesse primeiro contato com Ixalan, e seu principal arquétipo, o RG Midrange, sequer depende das multicoloridas para ser visado. Regissauro Alfa é um card poderoso o suficiente tanto para ganhar jogos Limitados sozinho como para inspirar tentativas tribais com Dinossauros no ambiente competitivo, junto à mítica Tirano da Carnificina e outras feras poderosas, mas não vê-lo entre as raras disponíveis dificilmente desestimulou que se tentasse jogar com Verde e Vermelho combinados.
O mesmo vale para Gladiodonte Enfurecido, que é um excelente card, especialmente eficiente contra fichas de Vampiro e Tritões evasivos. Sua interação com Enfurecer é interessante, mas suas cores já compõem o melhor Midrange disponível, por ser mais rápido e proativo que outras opções. Certamente a aparição de qualquer um desses cards torna o arquétipo prioridade máxima, mas provavelmente não fizeram tanta falta no Selado.
Brontodonte Beligerante e Terror dos Céus são muito representativos de seus próprios arquétipos, mas não são cards individualmente tão poderosos como as multicoloridas RG, e por isso dificilmente inspirariam por si um investimento em suas combinações, a menos que haja muito suporte disponível. O GW é um Midrange mais lento e defensivo que o RG, mas não decepciona no poder de encerrar a partida uma vez que tenha estabilizado o campo de batalha.
Terror dos Céus sinaliza como o RW é um Aggro que prefere evitar o atrito, o que se deve à combinação ter o menor acesso a card advantage de todas; portanto é preciso extrair o máximo de cada uma de suas criaturas, dependendo mais de reatividade e sinergias. Como a parte Branca dos Dinossauros é mais defensiva e a parte mais eficientemente agressiva da cor Vermelha é Pirata, o arquétipo prevê certa dificuldade de se sintonizar no Selado, mas Terror dos Céus pode torná-lo prioritário no Draft.
A combinação BW se configura em um Midrange que tende mais ao Controle, e por isso pede a presença de bombas. Vona, Açougueira de Magan é poderosa o suficiente para ganhar um jogo sozinha, mas é infrequente demais para garantir o destaque do arquétipo. Cards como Chamado ao Banquete têm mais valor dentro de sinergias tribais ou estratégias bem articuladas de pressão horizontal, ambos fatores de baixa incidência no Selado de Ixalan.
Enquanto Moldadores da Natureza é uma boa incomum que não depende de interações tribais em si, sua combinação não é das de construção mais fácil, pois pede muita atenção à disponibilidade de cards para se definir um plano de jogo. A tribo é intencionalmente maleável e engenhosa, podendo facilmente transitar do Aggro ao Controle, e versatilidade vem ao custo de baixo poder individual, ao menos poder evidente, de modo que Tritões ficam desfavorecidos no Limitado ante as outras tribos, e o arquétipo UG sem eles fica mais direcionado ao Controle dependente de bombas.
Tishana, Voz do Trovão é bem poderosa, e não pede interação especificamente tribal, mas sua jogabilidade frágil também tende a ser mais relevante em formatos Construídos, em que ter uma mão ilimitada é muito mais atraente que em formatos com decks de 40 cards, e sua raridade encerra a questão.
O balanço das interações tribais em Ixalan tornou as sinergias tão sutis e incrementais que é mais provável que encontrem relevância em formatos Construídos. Estandarte do Vitorioso é tanto suporte quanto pay off por se dedicar a uma tribo, mas dificilmente é relevante para um jogo Limitado, ainda mais quando não se consegue uma massa crítica de criaturas de uma única tribo. Cutelo do Pirata vai na direção contrária, sendo um card interessante para Limitado independente do bônus tribal, mas esse pode torná-lo especialmente atraente, ainda que jamais prioritário.
Território Não Reivindicado é um card muito mais interessante para Construído, onde é mais frequente se precisar de correção de cor, mas não oferece riscos em sua inclusão em um deck Limitado. Já Pilar das Origens visa cumprir a mesma função de correção de cor no viés tribal, mas não são todos os arquétipos Limitados que precisarão ou podem se dar ao luxo de incluir o artefato. É esperado que os cards que não sejam terrenos sejam mais decisivos, por isso o artefato só será usado quando se precisa muito de ramp e a restrição tribal não é problema, como o GW focado em Dinossauros.
A estreia dos Veículos em Kaladesh ensinou à WotC algumas lições. Primeiramente, a mecânica de Tripular é de jogabilidade mais complexa do que o desejável para cards comuns, e assim, artefatos do tipo são no mínimo incomuns. Outra lição foi a de que os primeiros experimentos com Veículos subestimaram seu poder. Assim, em Ixalan, as embarcações da Legião do Crepúsculo e da Coalizão Brônzea empalidecem em comparação com alguns outros Veículos disponíveis no Padrão, pois já foram criados visando um nível de poder mais apropriado.
Caravela Ensombrecida é um dos três cards que visam diretamente a mecânica de Explorar, se somando aos viabilizadores do arquétipo BG. Tal como esse Midrange pretende funcionar, o Veículo é lento e visa o valor incremental. Capitânia Vil já oferece um impacto imediato maior no campo de batalha, mas certamente é o menor dos incentivos para se jogar com Piratas. As embarcações incomuns, por outro lado, são pura e simplesmente boas criaturas extra, com custos de Tripular agressivos e corpos coerentes com os principais arquétipos das tribos às quais estão tematicamente vinculadas.
O enfoque em Limitado da WotC para Magic sempre representará a entrada de cards que atendem uma necessidade, mesmo que não sejam necessariamente as melhores opções para tal. Litorais Desconhecidos não é ideal para correção de mana, mas se sua construção de Limitado é muito dependente de acessar cores específicas, ele pode dar conta do recado, se comportando melhor em decks de curva baixa onde o mana extra empregado no terreno não fará tanta falta. O mesmo vale para a Sentinela Dourada, o Hill Giant mais literal de Ixalan. Para jogos de Limitado, 4 mana não é um custo terrível para uma 3/3 se o deck precisa de uma 3/3 e não tem outras disponíveis.
Cálice do Hierofante é um ramp de mana incolor, o que tende a ser relevante apenas em decks de curva alta. O custo 3 é o normativo há anos para o Padrão, sempre havendo algum upside, o que aqui é uma representação de uma conexão temática com os Vampiros. Pode parecer inofensivo, mas se um deck precisa de ramp, o artefato naturalmente será utilizado.
Existem ainda cards que vão no viés contrário e não têm aplicação óbvia. Canhão de Fogo Sofisticado parece complexo demais para surtir efeito no jogo, mas dano com repetição raramente é ruim, e em certos contextos, nem mesmo o descarte é uma desvantagem. Pode ser poderoso o suficiente para controlar Aggros de curva baixa, ao mesmo tempo que pode ajudar a colocar cards no cemitério para uma Busca por Azcanta. Em um deck agressivo, pode causar os 2-4 de dano finais em oponentes que consigam estabilizar o campo de batalha. Descobrir o contexto ideal para um card é sempre tarefa do jogador, e a WotC gosta de valorizar esse elemento oferecendo pistas em diversas direções.
A maioria dos cards de uma coleção têm maior probabilidade de serem jogadores no Limitado, o que cria espaço para efeitos específicos como viabilizadores de evasão do nível de Asas Remendadas, que pode ser relevante em qualquer deck que tenha criaturas para serem equipadas. Lâmina de Alavanca, por sua vez, oferece um efeito ramp que pede evasão da criatura equipada para funcionar melhor, contudo ele oferece um mínimo upside para que tenha utilidade mesmo fora desse contexto.
O mínimo upside tem também sido recorrente nos cards de sideboard, normalmente mais relevantes em formatos Construídos. Totem Sentinela pode ser decisivo para parar decks de recursão de cemitério que abusem de Barragem de Repetição ou Ancião Sem-Morte, e Luneta Enfeitiçada oferece informação, mesmo que já se tenha intenção de nomear Tripulação Cativante ou Moldadores da Natureza.
Os artefatos entre as DFC de Ixalan criam uma interessante tensão entre uma maior relevância para o Limitado ou Construído. Enquanto Cabeça de Ponte do Conquistador e Vale Perdido são terrenos poderosíssimos, um deck Limitado dificilmente tem capacidade de capitalizar verdadeiramente seus efeitos. A dificuldade de encontrá-los, ou seja, de alcançar a condição de transformação de Galeão do Conquistador e Adaga de Radioestesia, os afasta no mínimo de ambientes de Selado.
Um card comprado fora de seu contexto pode ser incômodo ou mesmo fatal em qualquer formato, mas no Selado, em que se tem menor controle dos cards disponíveis para a construção do deck, esse elemento se torna crítico. Dessa forma, cards que não são eficientes em suas funções primárias (de veículo ou equipamento) não são prioritários, de modo que se limitam a contextos em que haja mais oportunidades de transformá-los ou de contornar suas desvantagens, o que implica formatos Construídos ou no mínimo um Draft.
É também difícil priorizar cards que não sejam de criatura no formato Selado, mesmo que Amuleto Primal e Fonte Primal ofereçam pay offs poderosos. A naturalmente baixa card quality faz com que mesmo um plano de jogo de Controle valorize empregar seu mana em cards que afetam diretamente o campo de batalha. Já Bússola Taumática oferece garantir land drops e possivelmente corrigir a mana, além de filtrar o grimório (retirar terrenos básicos dele), recurso que é valorizado em qualquer formato e que pode ser valioso mesmo no Selado, pois aprimora a qualidade das compras de card.
A transformação pode ser difícil, mas Espigões de Orazca certamente recompensa, podendo ser decisivo para garantir o controle sobre o campo de batalha num jogo avançado. Ele referencia Maze of Ith (EMA), terreno original da obscura expansão The Dark (1994) que pode ser crucial para lidar com um Griselbrand de primeiro turno no formato Construído Legado, e também é muito valorizado no Commander.
Mapa do Tesouro conclui os DFCs sendo provavelmente o card mais tematicamente imersivo de todos. Tal como os demais, ele é mais interessante para formatos Construídos. Tanto a Vidência 1 quanto os Tesouros conseguidos pela transformação em Angra do Tesouro podem ser decisivos em arquétipos Limitados que dependam muito de cards contextuais, como estratégias Tempo e Controle, e mesmo um Aggro ou Midrange pode gostar de evitar comprar cards inúteis, como terrenos sobressalentes, mas dificilmente sobra espaço nesses decks para empregar um card e mana dessa forma.
Eixo da Mortalidade e Tripulação Barulhenta também são cards extremamente dependentes de contexto para serem mais efetivos, e é a dificuldade de construir esse contexto que os posiciona como raras míticas, não necessariamente seu poder bruto, como é para um Devastador da Frota Macabra ou Tirano da Carnificina. Eixo da Mortalidade pode ser interessante para estratégias de Controle que naturalmente dispõem de seus pontos de vida com liberdade em troca de tempo para comprar respostas adequadas, mas oferece também uma tentação àqueles que gostam de tentar construir Combos. Seu potencial político no Commander “mesão” (coletivo, não competitivo), é promessa certeira de diversão.
Já Tripulação Barulhenta é mais um color bend Vermelho, dessa vez na forma de card advantage. Uma construção de deck favorável pode aprimorar as chances da criatura ser um 5/5 Atropelar por 4 mana, mas esse contexto é improvável de se atingir num ambiente Limitado de forma atraente. Poucos decks Aggro teriam interesse em não jogar com alguma variedade de mágicas que não são criatura, por exemplo, e dificilmente haverá abundância suficiente de acesso ao cemitério para que o descarte não seja desvantajoso.
Terrenos raros que oferecem correção de mana entre duas cores são uma constante em Magic, e sua inclusão em uma coleção é normalmente decisão do setor de desenvolvimento, que é mais atento à jogabilidade dos formatos Construídos que o design. O ciclo de Ixalan é uma reimpressão de terrenos recorrentes no Padrão, e que estão disponíveis em abundância para os formatos Eternos. Eles entram substituindo dois ciclos de terrenos em cores aliadas dos blocos rotacionados Batalha por Zendikar e Sombras em Innistrad, e têm potencial de serem mais poderosos no Padrão do que estes anteriores. Os pareamentos de cores adversas ficam limitados às fast lands do bloco Kaladesh por enquanto, mas o formato não está mais tão carente de correção de mana, agora que até decks mono coloridos estão ficando em evidência, e nos distanciamos mais da era das fetch lands do bloco Khans de Tarkir.
Enfim, concluímos nosso passeio por Ixalan! A edição parece trazer muitas novidades apetitosas ao Padrão, tanto mecanicamente quanto tematicamente. Ixalan representa um respiro de alívio junto a Kaladesh em meio a blocos mais tenebrosos: com artes vivazes e coloridas, oferecem um amplo espectro de seus respectivos mundos e incentivam a participação dos jogadores, com a inovação de artefatos ou a exploração do desconhecido.
O apelo tribal de Ixalan vem atrelado a uma redução geral na complexidade das mecânicas, oferecendo um ambiente Limitado menos tenso que os de blocos como Sombras em Innistrad ou Amonkhet, em que a minúcia das decisões intensificava os jogos, e menos frustrante e punitivo que o de blocos com mecânicas mais truncadas/contextuais, como Batalha por Zendikar.
O balanço entre Construído e Limitado aqui é interessantemente perceptível pela raridade dos cards. Quanto mais contexto em torno de si os cards pedem para serem funcionais, menos frequentes eles serão, mas as raridades mais altas não são mais as únicas a interessar ambientes competitivos, com diversos cards comuns e incomuns que oferecem interação e reatividade em custos baixos o suficiente para serem competitivos.
Ixalan pode parecer uma amálgama de loucuras, com Navegantes Vampiros invadindo um continente de Dinossauros, enquanto também (se) enfrentam saqueadores Piratas e xamãs Tritões protetores da natureza. Referência a cards poderosos do passado do Magic enchem os olhos da comunidade, e até a trama que posiciona os planeswalkers Jace e Vraska como aliados vem com alguma surpresa. Mas o todo é surpreendentemente coerente, e o convite à exploração da coleção favorece que quem se dispuser a experimentar acabe por enxergar qualidades que, à distância, desconheciam.
“Join the conversation” é parte fundamental da relação da WotC com seu público, e aqui só nos resta dar continuidade ao esforço: dê-nos sua opinião! Comente a coleção, seu Pré Release, ou mesmo esta série de artigos, se quiser. A participação da comunidade de Magic é fundamental para o progresso do jogo, e esse contato para o debate faz parte de toda a brincadeira!
#mtg#mtgxln#review#ixalan#prerelease#magic: the gathering#vampires#merfolk#dinosaurs#pirates#mythic#planeswalkers#Jace#Vraska#Huatli#Vehicles#DFC#Tribal#Hype
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Amuleto Sultai/ Sultai Charm
Instantânea de Efeitos
Custo de mana: 1 preta + 1 verde + 1 azul = 3 no total
Sairá do campo assim que for usada (característica das Instantâneas)
Por que ela é interessante? Ao conjurar essa mágica você vai escolher um dentre os seguintes efeitos para realizar: destruir a criatura alvo monocolorida, apenas criaturas com uma cor no custo de conjuração; destruir o artefato ou encantamento alvo, qualquer um; ou comprar duas cartas e depois descartar uma carta da sua escolha da sua mão. São efeitos que podem ajudar a te dar suporte.
Preço da carta: em torno de 0,05 até 3,00
Disponível em Português
"Essa carta tem algumas edições disponíveis, o preço pode variar a depender da edição que escolher adquirir"
Link: https://www.ligamagic.com.br/?view=cards%2Fsearch&card=Sultai+charm&tipo=1
Até a próxima postagem, Ulli e Thiago
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Estandarte Sultai/ Sultai Banner
Artefato de gerar mana
Custo de mana: 3 incolores e/ou de quaisquer cores
Por que ela é interessante? Virando esse artefato você adiciona uma mana preta, verde ou azul à sua reserva de mana. Então vai gerar na combinação Sultai. Pagando 3 manas (azul, verde e preta) e virando esse artefato você vai sacrificá-lo e comprar uma carta em seu lugar. Então é mais para decks que usem essas três cores para realmente se beneficiar.
Preço da carta: em torno de 0,05 até 1,30
Disponível em Português
Link: https://www.ligamagic.com.br/?view=cards%2Fsearch&card=Sultai+banner&tipo=1
Até a próxima postagem, Ulli e Thiago
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