Tumgik
#aripuanã
ffsamina · 1 year
Text
Candidatos devem possuir idade igual ou superior a 21 anos, residir no município há mais de dois anos e comprovação de, no mínimo, conclusão de ensino médio/superior ou equivalente Concursos › Notícias › Norte EDITAL DE ABERTURA N° 001/2023 PROVAS RELACIONADAS PCI Concursos
0 notes
Text
Round 1
Tumblr media
3 notes · View notes
Text
Corpo é encontrado no Balneário Oasis em Aripuanã(MT); Vídeo
O corpo de um homem de 40 anos de idade foi encontrado submerso por banhistas na tarde deste domingo, dia 22, no balneário Oásis no município de Aripuanã, Mato Grosso. O fato foi comunicado as autoridades locais. O corpo do homem foi levado para as margens do rio Aripuanã a pedido da polícia por populares, e durante o exame de local de crime realizado por investigadores a vítima não possuia…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Text
Unicef issues air quality alert amid Amazon fires
Tumblr media
The United Nations Children’s Fund (Unicef) on Monday issued an air quality warning to residents of cities in Amazonas state, amid a wave of fires in the Amazon region.
According to figures from the National Institute of Space Research (Inpe), the Amazon biome as a whole has recorded more than 13,000 fires in the past two weeks alone — 34 percent in the state of Amazonas, concentrated in the municipalities of Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã, and Manicoré, all south of state capital Manaus.
As measured by IQAir, the air quality index in Manaus is currently classified as “unhealthy,” with the concentration of smoke particles in the air 12.3 times higher than the annual air quality guidelines laid down by the World Health Organization.
At this level of air quality, experts recommend that people keep windows closed, wear masks whenever outdoors, and avoid any form of physical exercise outside. 
Continue reading.
5 notes · View notes
ocombatenterondonia · 1 month
Text
PF inutiliza 223 balsas de garimpo ilegal no Amazonas, veja as imagens
A Operação Prensa percorre o Rio Madeira e Aripuanã para combater danos ao meio ambiente e à saúde pública em locais de difícil acesso A Polícia Federal, em ação conjunta com a FUNAI e o IBAMA, deflagrou nesta segunda-feira (20/8), a Operação Prensa, e, com somente  três dias de operação, já inutilizou, até o momento, 223 balsas de garimpo que estavam atuando de forma ilegal no Rio Madeira e…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
empregosnobrasil · 2 months
Link
Descrição da vaga:
Vagas de emprego Engenheira(o) Sênior – HME
Desenvolvemos novas formas de pensar, não só na mineração, mas no mundo e estamos sempre em busca de inovação e tecnologia. Com os olhos voltados para o futuro, temos orgulho da maneira como fazemos as coisas. Nós somos diferentes! Nós somos a Nexa! Do mundo da mineração ao mundo das pessoas.
Procuramos um(a) Engenheira(o) Sênior – HME com abertura e confiança; agilidade e performance; autonomia e responsabilidade que nos impulsionem rumo à transformação para atuar na área de Manutenção em Aripuanã – MT.
Juntos vamos construir a mineração do futuro!
E aí, quer fazer parte da mudança? #VemPraNexa #pluralidade
Responsabilidades y atribuciones
Melhorar e dar suporte à gestão da manutenção da engenharia de confiabilidade da area de HME.
Aperfeiçoar e padronizar as técnicas de organização, métodos e procedimentos, tornando-os mais adequados e permitindo o seu desenvolvimento e aplicação de novas idéias, métodos de trabalho e aumento de produtividade.
Definir os ativos ou subconjuntos de maior criticidade aos quais serão desenvolvidos os estudos e cálculos de confiabilidade.
Elaborar procedimentos para a realização dos estudos de confiabilidade nos ativos definidos no item a.
Analisar projetos com foco em manutenabilidade e operabilidade, utilizando técnicas de confiabilidade.
Utilizar ferramentas de confiabilidade (FMEA, FMECA, Diagrama Ishikawa, MASP, RCM, Weibull, Hazop, etc.).
Analisar, criar e corrigir planos de manutenção
Requisitos y calificaciones
Requerido:
Formação superior em Engenharia Mecânica;
Experiência na área de engenharia de equipamentos da linha amarela e de uso em minas subterrânea;
Experiência como engenheiro na área de confiabilidade de engenharia de campo para os equipamentos da linha amarela;
Informaciones adicionales
A Nexa acredita na promoção de um ambiente plural para que todos se sintam à vontade e confortáveis para serem do jeito que são.
Somos uma das maiores produtoras de zinco do mundo!
Temos mais de 60 anos de experiência operando e desenvolvendo ativos de mineração e metalurgia. Nosso propósito é integrar a mineração a um mundo em constante mudança como uma oportunidade para o desenvolvimento sustentável.
Contamos com 8 operações distribuídas entre Brasil e Peru – sendo 3 refinarias e 6 minas -, incluindo a maior mina subterrânea de zinco no Peru (Cerro Lindo) e a maior refinaria de zinco das Américas (Cajamarquilla). Com isso, respondemos por 4% da produção mundial de zinco e somos a única produtora de zinco metálico da América Latina, excluindo o México. Também produzimos cobre, chumbo, prata e ouro como coprodutos.
Nexa, mineração que muda com o mundo.
Cidade: Aripuanã
0 notes
ocombatente · 3 months
Text
Nove territórios indígenas, incluindo isolados, são impactados por projeto de hidrelétrica em Rondônia
O projeto da Usina Hidrelétrica (UHE) Tabajara prevê um reservatório de 97 km² em Machadinho d’Oeste Entre decisões judiciais e denúncias, o projeto da Usina Hidrelétrica (UHE) Tabajara segue de pé. A previsão de um reservatório de 97 km² sobre o rio Machado, em Machadinho d’Oeste, Rondônia, irá afetar, segundo análise exclusiva da InfoAmazonia em parceria com o Brasil de Fato, sete áreas com registros de presença de grupos indígenas isolados. São eles: - isolados Piripkura, da Terra Indígena (TI) Piripkura; - isolados Kaidjuwa, da TI Tenharim Marmelos; - isolados da Cachoeira do Remo; - isolados do Igarapé Preto, com registro de presença na TI Tenharim do Igarapé Preto; - isolados da Serra da Providência, na TI Igarapé Lourdes; - isolados do Rio Maici, na TI Pirahã; - isolados do Manicorezinho, na Unidade de Conservação (UC) Floresta Nacional do Aripuanã. Dentre esses, apenas os Piripkura tiveram o registro confirmado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e, por isso, sua área de circulação é hoje protegida pela restrição de uso. A TI Piripkura está localizada em uma área com forte atividade do agronegócio, entre os municípios de Colniza e Rondolândia (MT), e é habitada por dois indígenas em isolamento voluntário, considerados os últimos representantes do povo Piripkura. Por ser um território ainda não demarcado, a restrição de uso aplicada em março de 2023 pela Funai é um instrumento para resguardar os Piripkura do contato com não indígenas. Já os Kaidjuwa estão em fase de estudo pela Funai e seguem sem a confirmação de registro, mesmo sendo os principais impactados pela construção da hidrelétrica pela proximidade da TI Tenharim Marmelos com o empreendimento (cerca de 200 metros), de acordo com a análise da reportagem. Os demais cinco registros de presença de indígenas isolados estão em fase de informação pela Funai, etapa inicial do processo de reconhecimento. Processo de reconhecimento de isolados pela Funai A Funai contabiliza oficialmente 114 registros da presença de grupos indígenas isolados no país. 28 destes tiveram o registro confirmado e os demais estão em processo de investigação pela Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) por meio da atuação de 11 Frentes de Proteção Etnoambiental (FPE), com 29 bases espalhadas pelo país. Unidades descentralizadas da CGIIRC, as FPEs são responsáveis pelas ações de localização, monitoramento, proteção e vigilância e, em contextos excepcionais, contatos com os povos isolados. Os estudos necessários para a confirmação de presença de um registro podem se estender por décadas, para a produção de conhecimento sobre as dinâmicas de mobilidade e territorialidade, modos de vida, história recente e pertencimento étnico-linguístico desses povos. A confirmação mais recente de um registro de isolados aconteceu em setembro de 2021, no município de Lábrea (AM). Desde o início, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da UHE Tabajara já previa a TI Tenharim Marmelos dentro da área de influência do empreendimento. No entanto, a região também é próxima de outras TIs e dominada por vestígios de indígenas isolados. Para mostrar se a usina atingiria esses grupos, a reportagem cruzou a base de dados do Observatório dos Povos Indígenas Isolados (OPI) – que monitora informações sobre ameaças e pressões sobre os povos indígenas isolados – com as delimitações de impacto de acordo com medidas impostas pela Justiça. Para as referências de indígenas isolados que estão dentro de TIs e UCs, o OPI adota um limite de 40 km ao redor do território, o mesmo previsto pela Portaria Interministerial 60/2015, que estabelece a área de influência de hidrelétricas e rodovias na Amazônia Legal. É com base nessa medida que a Funai deve sinalizar ao Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quais são as terras indígenas que serão impactadas e precisam ser estudadas. Já para os grupos isolados fora de áreas protegidas, como o caso da Cachoeira do Remo, com limites territoriais formais não definidos, o limite é de 50 km a partir do registro de referência, para fins exclusivos de monitoramento. Após uma série de relatórios, laudos e denúncias sobre a usina (leia mais em 'Estudo de impacto rejeitado'), duas decisões judiciais são base para a análise: Em 2022: o MPF e o MPE-RO abriram uma ação civil pública e, com base nela, a Justiça Federal determinou que sete terras indígenas fossem incluídas nos estudos de impacto da hidrelétrica, além da Tenharim Marmelos. São as seguintes TIs: Jiahui e Pirahã (ambos povos de recente contato); Tenharim Rio Sepoti; Tenharim do Igarapé Preto; e Ipixuna e Nove de Janeiro, onde vivem os Parintintim; e a Igarapé Lourdes, onde vivem os Arara e Gavião. Em 2023: a Justiça Federal voltou ao assunto e determinou a realização de novos estudos de impacto ambiental contemplando os 8 territórios (a Tenharim Marmelos + os 7 novos exigidos na decisão de 2022), e com uma avaliação integrada de impactos por parte da Funai na porção sul da TI Tenharim Marmelos, devido aos indícios da presença de povos isolados, sendo que essa região está a cerca de 200 metros do reservatório. Enquanto o licenciamento não tem novos "capítulos", a reportagem investigou a localização desses territórios em relação aos impactos já previstos, tanto pelas decisões judiciais, como pela OPI. Além de oito terras indígenas já identificadas na decisão de 2022 e em pedido para inclusão nos estudos em 2023, com destaque para o forte impacto na TI Tenharim Marmelos e grupos Kaidjuwa, a análise também aponta impacto na TI Piripkura, que não foi considerada nem nos estudos do projeto, nem nas decisões judiciais. A população indígena estimada nas nove TIs identificadas na área de influência do empreendimento é de aproximadamente 3 mil pessoas dos povos Tenharim, Jiahui, Arara, Gavião, Parintintim, Pirahã e Piripkura, de acordo com a base de dados Povos Indígenas do Brasil, do Instituto Socioambiental (ISA).   Vista aérea de aldeia na TI Tenharim Marmelos, no Amazonas / Eduardo Passaro/IIEB Os isolados na região A partir das decisões judiciais e também do avanço do projeto da usina, Marcela Menezes, da coordenação do Programa Povos Indígenas do Instituto Internacional de Estudos do Brasil (IIEB), destaca a importância da retomada dos estudos da Funai sobre a presença de isolados Kaidjuwa, na TI Tenharim Marmelos. "Os Tenharim relatam a presença deles e a gente sabe que um empreendimento como uma hidrelétrica é de grande magnitude para um povo indígena isolado, podendo causar até a sua extinção por conta do descontrole gerado pela ocupação desordenada dessa região", disse Menezes. O bloco de terras dos Kagwahiva, próximo a unidades de conservação, forma um mosaico de proteção no sul do Amazonas em relação ao avanço da fronteira agrícola que chega de Rondônia, assim como garimpo e a extração de madeira em áreas protegidas. Karen Shitatori, antropóloga, aponta que essas atividades ilegais dificultam a presença e a segurança dos indígenas isolados. “Eles estão sendo expulsos. É uma vida de fuga nessa área e, por isso, a angústia dos Tenharim, o medo de não saber se essas pessoas vão ter um futuro”. “A gente não sabe quantos povos estão em perigo. Como estão esses povos? Não sabemos se estão vivos ou mortos, se foram expulsos mais para dentro”, alerta Ivaneide Bandeira Cardoso, conhecida como Neidinha Suruí, fundadora da associação Kanindé de defesa etnoambiental, sediada em Porto Velho (RO). Devido à descontinuidade no programa de proteção a essas populações durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela considera que o levantamento sobre a situação dos povos isolados na região tem que ser “prioridade zero” dentro do processo de licenciamento da Tabajara e cobra o compromisso assumido pelo atual governo com a agenda indígena e a crise climática. “Não se cumpre nada disso com a hidrelétrica de Tabajara. Construir a hidrelétrica é promover o genocídio dos povos indígenas isolados daquela região. Para mim, isso é muito claro”. História antiga e indefinida Neste ano, organizações indígenas e ribeirinhas retomaram a mobilização em oposição à hidrelétrica. Em março, o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) pediu o indeferimento do pedido de licenciamento do projeto por parte do Ibama. Já o Instituto Madeira Vivo, que acompanha os projetos de hidrelétricas na bacia do rio Madeira (onde deságua o rio Machado), realizou em janeiro, junto a outras entidades, uma reunião com Ministério de Minas e Energia pedindo o arquivamento da usina: “ainda há a intenção da classe política, que vem fazendo pressão no Ibama para retomar essa discussão”, afirma Iremar Antonio Ferreira, membro e fundador do instituto. A tal discussão a ser retomada existe há 17 anos. Em 2007, no segundo governo do presidente Lula (PT), nasceu o projeto da UHE Tabajara. As seguintes empresas são responsáveis: Construtora Queiroz Galvão S.A., Furnas, Eletronorte, PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda e JPG Consultoria e Participações Ltda. Em 2008, o licenciamento foi interrompido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) devido aos impactos no Parque Nacional dos Campos Amazônicos (AM e RO), na Reserva de Biodiversidade Jaru (RO) e na TI Tenharim Marmelos. Em 2010, Lula incluiu a Tabajara entre as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em 2011, como forma de viabilizar o empreendimento, o governo Dilma Rousseff (PT) apresentou a medida provisória MPV 542/2011, que alterou os limites do Parque Nacional dos Campos Amazônicos — em 2012, a MP foi convertida na Lei 12.678/2012. Assim, o licenciamento foi retomado pelo Ibama. Vista aérea das aldeias Tenharim ao lado da rodovia Transamazônica (BR-230) no trecho em que ela cruza o Rio Marmelos / Eduardo Passaro/IIEB À época, a medida foi alvo de protestos dos indígenas Tenharim e dos Arara e Gavião, da TI Igarapé Lourdes, que lançaram juntos uma carta de repúdio. Além de alertar para o impacto iminente em seus territórios, o documento já dizia que “outra grande preocupação” era em relação “aos povos indígenas isolados que vivem entre as cabeceiras do rio Marmelos e do rio Preto”. Também em 2012, a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), um dos braços da Funai, enviou um memorando às empresas responsáveis pelo projeto sobre a necessidade de concluir os estudos sobre os povos isolados. O órgão manifestou “grande preocupação” diante dos impactos ambientais que “afetam diretamente as condições necessárias para reprodução física e cultural destes indígenas isolados”. Apesar disso, no termo de referência enviado ao Ibama, a Funai indicou a TI Tenharim Marmelos como a única afetada, mas fez a seguinte ressalva: “caso seja confirmada a existência de índios isolados nesta área de referência, deverão ser adotadas as medidas cabíveis para garantir a estes povos a plena utilização de seus territórios”. No rastro dos isolados A InfoAmazonia e o Brasil de Fato estiveram na TI Tenharim Marmelos em dezembro de 2023. Há uma preocupação dos especialistas entrevistados em relação à fragilidade dos isolados na região, sem a confirmação oficial do registro por parte da Funai. Durante a visita da reportagem, ocorreu a validação do Protocolo de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), elaborado pela Associação do Povo Indígena Tenharim Morõguitá (Apitem) em parceria com o IIEB, que discutiram a segurança e também os direitos dessas populações. A reunião levou à criação de um documento. Indígenas Tenharim durante o processo de validação do PGTA na TI Tenharim Marmelos / Eduardo Passaro/IIEB Um dos pontos abordados no documento é a abertura de uma Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) em Humaitá, como um órgão de monitoramento e proteção de povos isolados ligado à Coordenação Regional (CR) da Funai que seja dedicada a grupos isolados e de recente contato. “Queremos que isso seja levado em consideração não apenas pela questão da hidrelétrica, mas porque a gente sabe que eles existem”, ressalta a coordenadora da Apitem, Daiane Tenharim. Por abranger uma vasta extensão territorial, a área de monitoramento da FPE Purus/Madeira, que abrange 7 municípios do Amazonas e três de Rondônia, torna inviável a efetiva proteção desses indígenas na avaliação da antropóloga Karen Shiratori, que defende a criação de uma nova frente da Funai com atuação na região sul do Amazonas. “É impossível fazer o monitoramento, localizar esses grupos e tratar de garantir a proteção desses territórios, direitos territoriais e integridade desses grupos. Essa região ficou muito marginalizada e recentemente são poucas as pesquisas e trabalhos de localização”. A partir da perspectiva de que os isolados são “grupos indígenas refugiados, sobreviventes de processos históricos de genocídios”, o indigenista Daniel Cangussu aponta que a construção da hidrelétrica no Rio Machado “é um tiro de misericórdia” em sua existência. Cangussu é servidor da FPE Purus/Madeira, órgão de monitoramento e proteção de povos isolados ligado à Coordenação Regional (CR) de Lábrea (AM) e avalia que o empreendimento “talvez finalize qualquer possibilidade de localização e de resistência desses grupos”. Em 2016, a FPE Madeira/Purus realizou uma expedição ao longo do curso do rio Preto na TI Tenharim Marmelos. A reportagem teve acesso exclusivo a relatórios gerados entre 2013 e 2016 que indicam a presença de indígenas isolados no território. O documento de 2016 aponta que os vestígios encontrados até aquele momento indicam a presença de um grupo de indígenas isolados com circulação no território e recomenda novas incursões na parte sul, onde parte dos Tenharim habitava antes do contato com não indígenas. “Faz-se necessário, certamente, a continuação desse processo investigativo através da realização de novas expedições terrestres”, conclui o relatório. Cangussu participou das expedições da Funai na TI Tenharim Marmelos para identificação de vestígios desses grupos de isolados. Ele estava junto do cacique Manoel Duca Tenharim, que aprendeu com o pai a andar na mata e se orgulha de percorrer a pé toda a extensão do território. “Sou mateiro. Eu me criei no mato”, disse em vários momentos à reportagem. “Nós andamos lá e acompanhamos onde o parente isolado está. De lá para cá, é o perigo, que vem dessa rede hidrelétrica, que vai atingir eles e vai atingir o nosso rio”, aponta. Manoel Duca demonstra como os indígenas pescam com o uso de arco e flecha em expedição da Funai em 2013 / Acervo/Funai Manoel Duca mostra 'quebrada', vestígio de circulação de isolados pelo território / Acervo/Funai O conhecimento da floresta e os contatos que teve com os grupos de isolados durante suas andanças fez com que Duca fosse convidado a participar das expedições da Funai na TI Tenharim Marmelos. A primeira ocorreu em 2013, quando a equipe percorreu o rio Marmelos no sentido de sua cabeceira. “Nós vimos tudinho onde os parente andava, onde matava peixe, vimos onde eles tiravam mel, queimavam o pau pra tirar mel. Tudo identificou que existia nossos parentes”, conta o indígena.   Ramos de galhos quebrados registrados pela equipe da Funai em 2013 como vestígios da circulação de isolados no território - Créditos: Acervo/Funai Técnica indígena para tirar mel da árvore; vestígio de povos isolados feito pela Funai em 2013 no território - Créditos: Acervo/Funai GPSCelular utilizado pela Funai em expedições mostra localização de galhos quebrados possivelmente por indígenas isolados - Créditos: Acervo/Funai   Estudo de impacto rejeitado Um ano após o fim dessas expedições da Funai, em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a primeira versão do EIA da Tabajara foi concluída e apresentada ao Ibama. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2026, publicado naquele ano pelo Ministério de Minas e Energia, estimava que a hidrelétrica pudesse iniciar sua operação neste ano, em 2024. Servidores da Funai percorrem o rio Preto na TI Tenharim Marmelos em busca de vestígios de isolados / Funai/Reprodução O EIA foi rejeitado pelo Ibama devido a uma série de itens que não foram contemplados. Reapresentado ainda naquele ano, foi novamente devolvido devido à projeção incorreta do reservatório. A partir da apresentação dessa primeira versão do documento, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de Rondônia (MPE-RO) iniciaram uma análise dos impactos da Tabajara com laudos periciais e passaram a emitir recomendações para adequações nos estudos sobre a usina — assim, em 2018, os dois órgãos recomendaram ao Ibama e à Funai a não expedição da licença prévia devido ao “risco de genocídio” dos grupos de indígenas isolados que circulam na TI Tenharim Marmelos. “Os índios isolados são grupos que precisam que seu território de perambulação seja ecologicamente equilibrado e protegido de fatores externos para garantir o autossustento e evitar, inclusive, doenças exógenas ao seu sistema imunológico. Os órgãos apontam risco de genocídio se esses índios isolados não tiverem a proteção necessária de seu território”, diz trecho do documento enviado pelo MPF e pelo MPE-RO. A recomendação foi embasada por um laudo pericial de 2017 assinado por Rebecca de Campos Ferreira, perita em antropologia do MPF que atua em processos relacionados aos direitos dos povos tradicionais. No documento, ela aponta que não há critérios técnicos ou científicos que justifiquem a fixação da delimitação padrão de 40 quilômetros para redução dos impactos, mas “motivações políticas relacionadas”. O limite estava previsto no EIA da UHE Tabajara, que considerou a TI Tenharim Marmelos como a única afetada, mas ignorou a circulação de isolados naquele território. O laudo antropológico de Ferreira aponta como “evidente” que a UHE Tabajara atingirá todas as TIs da região — não apenas a Tenharim Marmelos — e, “de modo ainda mais cruel, os indígenas isolados”. “Há a possibilidade de impactos diretos e indiretos mesmo com centenas de quilômetros de distância, sobretudo quando se considera grupos em situação de extrema vulnerabilidade, como indígenas que não fizeram contato com a sociedade envolvente”. A conclusão do EIA ocorreu em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. O ICMBio emitiu a autorização para o licenciamento ambiental do empreendimento em 2020, mas o estudo foi rejeitado novamente em 2021 por análise técnica da Coordenação de Licenciamento Ambiental de Hidrelétricas (Cohid), vinculada ao Ibama. O parecer aponta que “as fragilidades, inconsistências, informalidade científica e ausência de informações” observadas no EIA e, também, nas complementações ao estudo solicitadas pelo Ibama “não sustentam uma decisão favorável de viabilidade do empreendimento”. Por fim, em abril de 2021, com o relatório da Cohid, o MPF e o MPE-RO abriram a ação civil pública que levou à primeira decisão da Justiça Federal no ano seguinte, com o pedido de inclusão das outras sete terras indígenas nos estudos de impacto da hidrelétrica. Já a segunda determinação, assinada pelo juiz Dimis da Costa Braga, reafirma que os impactos socioambientais da usina hidrelétrica não se restringem à bacia hidrográfica, nem a um limite de 40 km. Segundo Braga, devido ao contexto da migração de trabalhadores e de especuladores sobre a área, as circunstâncias “aumentam os riscos de conflitos agrários, estimulam o desmatamento e a invasão às terras indígenas”. A relação dos Tenharim com os isolados Mais do que uma memória da condição de viver sem o contato com os não indígenas, o povo Tenharim mantém a memória de quando alguns grupos Kagwahiva se dispersaram e passaram a viver em isolamento. “A gente não se refere a eles nem como povos, mas como parentes. Quando a gente teve esse contato com não indígenas, parte do nosso grupo foi para longe, se desmembrou. A gente ficou de um lado e esse grupo seguiu outro rumo”, explica Daiane Tenharim. Read the full article
0 notes
abraaocostaof · 3 months
Text
Bombeiros maranhenses são enviados para ajudar no combate aos incêndios florestais na Amazônia
Os agentes foram escalados para oferecer suporte nas operações em curso na Amazônia, nos municípios Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Novo Aripuanã e Lábrea, reforçando as linhas de frente no combate às chamas. O efetivo deve permanecer 120 dias na região. Source link
0 notes
capitalflutuante · 10 months
Text
O governo federal iniciará, a partir desta quarta-feira (6), o pagamento do auxílio extraordinário para pescadores artesanais afetados pela estiagem (foto) na Região Norte. Este direito é válido para quem tem seguro defeso concedido até 1º de novembro, referente ao ciclo passado (setembro de 2022) e ao atual. O crédito será depositado em parcela única de R$ 2.640 na conta bancária do beneficiado. A primeira leva, a ser depositada nesta quarta-feira, será paga para quem tem Cadastro de Pessoa Física (CPF) terminado em 0, 1, 2 e 3. Na quinta-feira (7), serão feitos os depósitos para beneficiados cujo CPF termina com os números 4, 5 e 6; e na sexta-feira (8), serão contemplados os pescadores com CPFs terminados em 7, 8 e 9. O benefício está previsto na Medida Provisória 1.192, e contempla pescadores que moram nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. A seca pela qual passa a Região Amazônica é considerada “a pior dos últimos 43 anos”, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Lista de municípios atendidos Acre: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Senador Guiomard, Tarauacá e Xapuri. Amazonas: Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Borba, Carauari, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Eirunepé, Envira, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba, Itacoatiara, Itamarati, Japurá, Juruá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Maraã, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Uarini, Urucará e Urucurituba. Amapá: Amapá, Tartarugalzinho Pará: Alenquer, Almeirim, Aveiro, Belterra, Bom Jesus do Tocantins, Curuá, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Pacajá, Porto de Moz, Prainha, Rurópolis, Santarém e Terra Santa. Com informações da Agência Brasil
0 notes
nuadox · 1 year
Text
Biofungicide based on essential oils developed to combat soybean disease
Tumblr media
- By Rodrigo de Oliveira Andrade , Agência FAPESP -
Researchers at Linax, a company based in Votuporanga, São Paulo state, Brazil, have developed a fungicide made of essential oils, with low environmental impact and high economic potential, for use against soybean disease.
The solution was developed via a project supported by the FAPESP Innovative Research in Small Business Program (PIPE). It consists of a blend of oils extracted from different plants and encapsulated by natural polymers which release the substance slowly and gradually, extending its period of action and reducing the risk of fungal resistance development. 
Prototypes of the technology were tested against Phakopsora pachyrhizi, the fungus that causes Asian soybean rust, one of the worst diseases affecting this crop in Brazil. It attacks the leaves, undermining their ability to perform photosynthesis and form healthy grains. If it is not properly controlled, it can ruin up to 90% of a plantation and cause massive financial losses.
The solution developed by Linax is as effective as the fungicides most used to combat the disease in Brazil. “Application of a half-dose of our solution in conjunction with a half-dose of conventional fungicide is more effective than application of conventional fungicide alone,” says Nilson Borlina Maia, an agricultural engineer and a partner in Linax. “So adding a dose of our solution based on essential oils reduces the volume of conventional fungicides in use, which is positive because they’re harmful to human and animal health and to the environment.”
The technology is the result of a partnership between Linax and Santa Clara Group, an agricultural input supplier in Ribeirão Preto, São Paulo state. The group recently announced it was acquiring Linax, which would become part of Santa Clara Agrociência, its biopesticide division.
Linax’s fungicide will be launched this year. According to Maia, the same strategy will be used against fungi that cause disease in other crops, and environmentally sustainable solutions are under development to boost the effectiveness of biological pesticides. “We’re conducting a project with UNESP [São Paulo State University] to encapsulate fungi and bacteria that can be used against crop pests and diseases, thus protecting them against ultraviolet radiation and enhancing their viability and effectiveness,” he said.
Innovation track record
Linax has a track record of innovations involving essential oils and natural polymers, many of which were developed with the support of PIPE and the Business Research Support Program (PAPPE) run by FAPESP in partnership with the Brazilian Innovation Agency (FINEP), an arm of the Ministry of Science, Technology and Innovation (MCTI).
Linax itself was born from a project supported by PIPE, starting in 2004, to extract linalool oil from basil (Ocimum basilicum). Linalool is widely used by the perfume industry and is a key ingredient of Chanel No. 5. It has long been extracted from Aniba rosaeodora, a severely endangered tree native to the Amazon, leading to its near-extinction. According to a 2002 estimate, 2 million of these trees had been felled for linalool harvesting up until then. The species is now found only in a few parts of Amazonas state, including the municipalities of Parintins, Maués, Presidente Figueiredo and Novo Aripuanã.
The research that gave rise to the project and the firm began years earlier, in 1998, when Maia set out to screen 18 plants for linalool, including coriander, bay laurel (Laurus nobilis), cinnamon and orange, as well as basil. “I was looking for an alternative to the destruction of A. rosaeodora,” he said.
He soon ruled out bay laurel. “The tree contains a lot of linalool but takes a long time to reach adulthood, making its cultivation for commercial extraction unviable. Coriander and cinnamon don’t contain linalool. Orange trees contain very little,” he recalled.
Although he failed to find a plant with as much linalool as A. rosaeodora, where it can reach 90% of the plant’s essential oil, Maia found basil to be an economically viable source of natural oil that can substitute for linalool in many cosmetics, perfumes and other hygiene and beauty products.
The project was supported at the time by the Campinas Institute of Agronomy (IAC, an arm of the São Paulo State Department of Agriculture and Supply). Large numbers of basil seedlings were produced and commercial plantations were quickly established. To facilitate extraction of essential oil in the laboratory. Maia developed a stainless steel mini-distiller that does not release toxic residues and produces high-quality output. “In conventional glass distillers, which are hard to handle, loading and unloading the plant material takes about an hour on average. With the mini-distiller we created, it takes about a minute and the distilling is controlled by an automated electrical system,” he said.
Linax presented the mini-distiller at the 3rd Brazilian Symposium on Essential Oils in Campinas in November 2005, which opened up new business opportunities for the firm. “We began to produce and market essential oil distillers for scientific laboratories, perfumeries and small, medium and large farmers. We’ve sold more than 200 units since then,” Maia said.
In 2020, Linax was awarded funding by FAPESP and FINEP via the PIPE-PAPPE Grant Program to develop an automated control system for its distillers based on artificial intelligence software. “The system controls and monitors the entire essential oil distilling process, while also enhancing its efficiency,” he said.
Linax has now fully mastered all stages of linalool production. It helps clients produce seedlings and grow the varieties they need. It can also assist harvesting and distilling of essential oil with 95% purity, assuring environmental, economic and social sustainability. “Linax also helps clients produce other essential oils, which can be used to develop new products that don’t yet exist on the market,” Maia said.
The strategy offers family farmers in the Votuporanga area an opportunity for extra income and helps strengthen the production of essential oils as a new agribusiness segment.
This text was originally published by FAPESP Agency according to Creative Commons license CC-BY-NC-ND. Read the original here.
--
Read Also
Pesticide seed coatings are common yet underreported
0 notes
Text
Cenas fortes: Garimpeiro morador de Juína é assassinado a tiros em Aripuanã
Mataram o Leandro garimpeiro Um garimpeiro e morador da cidade de Juína, foi assassinado a tiros na tarde desta terça-feira na Avenida Osmar Demeneck, na cidade de Aripuanã – MT. O crime aconteceu por volta das 17 horas. A Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local, os profissionais do Serviço De Atendimento Móvel De Urgência (SAMU) já havia constatado que a vítima Leandro Ribeiro…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Text
Nine Indigenous territories, including areas of uncontacted people, are impacted by a dam project in Brazil's Rondônia state
The Tabajara Hydroelectric Power Plant (HPP) project will create a 60-square-mile reservoir in Machadinho d’Oeste
Tumblr media
In spite of court decisions and reports of violations, the Tabajara Hydroelectric Power Plant (HPP) project still stands. It includes a 60-square-mile reservoir on the Machado River, in Machadinho d’Oeste, Rondônia, which, according to exclusive joint analysis by InfoAmazonia and Brasil de Fato, will affect seven areas where evidence of uncontacted Indigenous groups has been found.
These uncontacted Indigenous people are:
- The Piripkura from the Piripkura Indigenous Territory (IT); - The Kaidjuwa from the Tenharim Marmelos IT; - Indigenous people from Cachoeira do Remo; - Indigenous people from Igarapé Preto – evidence was found at the Tenharim do Igarapé Preto IT; - Indigenous people from Serra da Providência in the Igarapé Lourdes IT; - Indigenous people from the Maici River in the Pirahã IT; - Indigenous people from Manicorezinho in the Aripuanã National Forest Conservation Unit (CU).
Of these, only the Piripkura had the evidence of their presence confirmed by the National Indigenous People Foundation (FUNAI) and, therefore, their circulation area is now protected by land use restrictions. The Piripkura IT is located in an area of agribusiness activity, between the municipalities of Colniza and Rondolândia, Mato Grosso state, and is inhabited by two Indigenous people in voluntary isolation, considered the last representatives of the Piripkura. Since the territory has not been officially demarcated yet, the land use restriction order established in March 2023 by FUNAI is an instrument to protect the Piripkura from contact with non-Indigenous people.
FUNAI is conducting studies about the Kaidjuwa, and the evidence of their presence remains unconfirmed even though they will suffer most of the impacts of the construction of the dam due to the project’s proximity – around 650 feet – to the Tenharim Marmelos IT, according to this analysis. There is evidence of the presence of the other five uncontacted groups.
Continue reading.
12 notes · View notes
parintinsnoticias · 1 year
Text
0 notes
ocombatenterondonia · 8 months
Text
PF deflagra operação para combater crimes ambientais em reservas indígenas
Durante o trabalho foram inutilizados veículos, maquinários, pontes e acampamentos utilizados para a prática criminosa. Prejuízo estimado em R$ 1 milhão A Polícia Federal, com apoio do Ibama, deflagrou, nos dias 14, 15 e 16/2, a Operação Robert Jordan, em combate à extração ilegal de diamantes e madeiras, nas Terras Indígenas Roosevelt, Parque Aripuanã, Uru Eu Wau Wau, Zoró e Sete de Setembro, em…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
petrosolgas · 1 year
Text
Nexa Mineração está contratando Técnico de Enfermagem, Mantenedor e outros profissionais para preencher as vagas de emprego disponíveis
A Nexa Mineração, empresa líder no setor de mineração, está com vagas de emprego abertas para profissionais técnicos com e sem experiência anterior. Com foco na excelência operacional e valorização de seus colaboradores, a empresa busca profissionais qualificados para integrar sua equipe em Aripuanã, Mato Grosso. Entre as oportunidades disponíveis, destacam-se as vagas para Técnico Especializado…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
ocombatente · 3 months
Text
Nove territórios indígenas, incluindo isolados, são impactados por projeto de hidrelétrica em Rondônia
O projeto da Usina Hidrelétrica (UHE) Tabajara prevê um reservatório de 97 km² em Machadinho d’Oeste Entre decisões judiciais e denúncias, o projeto da Usina Hidrelétrica (UHE) Tabajara segue de pé. A previsão de um reservatório de 97 km² sobre o rio Machado, em Machadinho d’Oeste, Rondônia, irá afetar, segundo análise exclusiva da InfoAmazonia em parceria com o Brasil de Fato, sete áreas com registros de presença de grupos indígenas isolados. São eles: - isolados Piripkura, da Terra Indígena (TI) Piripkura; - isolados Kaidjuwa, da TI Tenharim Marmelos; - isolados da Cachoeira do Remo; - isolados do Igarapé Preto, com registro de presença na TI Tenharim do Igarapé Preto; - isolados da Serra da Providência, na TI Igarapé Lourdes; - isolados do Rio Maici, na TI Pirahã; - isolados do Manicorezinho, na Unidade de Conservação (UC) Floresta Nacional do Aripuanã. Dentre esses, apenas os Piripkura tiveram o registro confirmado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e, por isso, sua área de circulação é hoje protegida pela restrição de uso. A TI Piripkura está localizada em uma área com forte atividade do agronegócio, entre os municípios de Colniza e Rondolândia (MT), e é habitada por dois indígenas em isolamento voluntário, considerados os últimos representantes do povo Piripkura. Por ser um território ainda não demarcado, a restrição de uso aplicada em março de 2023 pela Funai é um instrumento para resguardar os Piripkura do contato com não indígenas. Já os Kaidjuwa estão em fase de estudo pela Funai e seguem sem a confirmação de registro, mesmo sendo os principais impactados pela construção da hidrelétrica pela proximidade da TI Tenharim Marmelos com o empreendimento (cerca de 200 metros), de acordo com a análise da reportagem. Os demais cinco registros de presença de indígenas isolados estão em fase de informação pela Funai, etapa inicial do processo de reconhecimento. Processo de reconhecimento de isolados pela Funai A Funai contabiliza oficialmente 114 registros da presença de grupos indígenas isolados no país. 28 destes tiveram o registro confirmado e os demais estão em processo de investigação pela Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) por meio da atuação de 11 Frentes de Proteção Etnoambiental (FPE), com 29 bases espalhadas pelo país. Unidades descentralizadas da CGIIRC, as FPEs são responsáveis pelas ações de localização, monitoramento, proteção e vigilância e, em contextos excepcionais, contatos com os povos isolados. Os estudos necessários para a confirmação de presença de um registro podem se estender por décadas, para a produção de conhecimento sobre as dinâmicas de mobilidade e territorialidade, modos de vida, história recente e pertencimento étnico-linguístico desses povos. A confirmação mais recente de um registro de isolados aconteceu em setembro de 2021, no município de Lábrea (AM). Desde o início, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da UHE Tabajara já previa a TI Tenharim Marmelos dentro da área de influência do empreendimento. No entanto, a região também é próxima de outras TIs e dominada por vestígios de indígenas isolados. Para mostrar se a usina atingiria esses grupos, a reportagem cruzou a base de dados do Observatório dos Povos Indígenas Isolados (OPI) – que monitora informações sobre ameaças e pressões sobre os povos indígenas isolados – com as delimitações de impacto de acordo com medidas impostas pela Justiça. Para as referências de indígenas isolados que estão dentro de TIs e UCs, o OPI adota um limite de 40 km ao redor do território, o mesmo previsto pela Portaria Interministerial 60/2015, que estabelece a área de influência de hidrelétricas e rodovias na Amazônia Legal. É com base nessa medida que a Funai deve sinalizar ao Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quais são as terras indígenas que serão impactadas e precisam ser estudadas. Já para os grupos isolados fora de áreas protegidas, como o caso da Cachoeira do Remo, com limites territoriais formais não definidos, o limite é de 50 km a partir do registro de referência, para fins exclusivos de monitoramento. Após uma série de relatórios, laudos e denúncias sobre a usina (leia mais em 'Estudo de impacto rejeitado'), duas decisões judiciais são base para a análise: Em 2022: o MPF e o MPE-RO abriram uma ação civil pública e, com base nela, a Justiça Federal determinou que sete terras indígenas fossem incluídas nos estudos de impacto da hidrelétrica, além da Tenharim Marmelos. São as seguintes TIs: Jiahui e Pirahã (ambos povos de recente contato); Tenharim Rio Sepoti; Tenharim do Igarapé Preto; e Ipixuna e Nove de Janeiro, onde vivem os Parintintim; e a Igarapé Lourdes, onde vivem os Arara e Gavião. Em 2023: a Justiça Federal voltou ao assunto e determinou a realização de novos estudos de impacto ambiental contemplando os 8 territórios (a Tenharim Marmelos + os 7 novos exigidos na decisão de 2022), e com uma avaliação integrada de impactos por parte da Funai na porção sul da TI Tenharim Marmelos, devido aos indícios da presença de povos isolados, sendo que essa região está a cerca de 200 metros do reservatório. Enquanto o licenciamento não tem novos "capítulos", a reportagem investigou a localização desses territórios em relação aos impactos já previstos, tanto pelas decisões judiciais, como pela OPI. Além de oito terras indígenas já identificadas na decisão de 2022 e em pedido para inclusão nos estudos em 2023, com destaque para o forte impacto na TI Tenharim Marmelos e grupos Kaidjuwa, a análise também aponta impacto na TI Piripkura, que não foi considerada nem nos estudos do projeto, nem nas decisões judiciais. A população indígena estimada nas nove TIs identificadas na área de influência do empreendimento é de aproximadamente 3 mil pessoas dos povos Tenharim, Jiahui, Arara, Gavião, Parintintim, Pirahã e Piripkura, de acordo com a base de dados Povos Indígenas do Brasil, do Instituto Socioambiental (ISA).   Vista aérea de aldeia na TI Tenharim Marmelos, no Amazonas / Eduardo Passaro/IIEB Os isolados na região A partir das decisões judiciais e também do avanço do projeto da usina, Marcela Menezes, da coordenação do Programa Povos Indígenas do Instituto Internacional de Estudos do Brasil (IIEB), destaca a importância da retomada dos estudos da Funai sobre a presença de isolados Kaidjuwa, na TI Tenharim Marmelos. "Os Tenharim relatam a presença deles e a gente sabe que um empreendimento como uma hidrelétrica é de grande magnitude para um povo indígena isolado, podendo causar até a sua extinção por conta do descontrole gerado pela ocupação desordenada dessa região", disse Menezes. O bloco de terras dos Kagwahiva, próximo a unidades de conservação, forma um mosaico de proteção no sul do Amazonas em relação ao avanço da fronteira agrícola que chega de Rondônia, assim como garimpo e a extração de madeira em áreas protegidas. Karen Shitatori, antropóloga, aponta que essas atividades ilegais dificultam a presença e a segurança dos indígenas isolados. “Eles estão sendo expulsos. É uma vida de fuga nessa área e, por isso, a angústia dos Tenharim, o medo de não saber se essas pessoas vão ter um futuro”. “A gente não sabe quantos povos estão em perigo. Como estão esses povos? Não sabemos se estão vivos ou mortos, se foram expulsos mais para dentro”, alerta Ivaneide Bandeira Cardoso, conhecida como Neidinha Suruí, fundadora da associação Kanindé de defesa etnoambiental, sediada em Porto Velho (RO). Devido à descontinuidade no programa de proteção a essas populações durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela considera que o levantamento sobre a situação dos povos isolados na região tem que ser “prioridade zero” dentro do processo de licenciamento da Tabajara e cobra o compromisso assumido pelo atual governo com a agenda indígena e a crise climática. “Não se cumpre nada disso com a hidrelétrica de Tabajara. Construir a hidrelétrica é promover o genocídio dos povos indígenas isolados daquela região. Para mim, isso é muito claro”. História antiga e indefinida Neste ano, organizações indígenas e ribeirinhas retomaram a mobilização em oposição à hidrelétrica. Em março, o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) pediu o indeferimento do pedido de licenciamento do projeto por parte do Ibama. Já o Instituto Madeira Vivo, que acompanha os projetos de hidrelétricas na bacia do rio Madeira (onde deságua o rio Machado), realizou em janeiro, junto a outras entidades, uma reunião com Ministério de Minas e Energia pedindo o arquivamento da usina: “ainda há a intenção da classe política, que vem fazendo pressão no Ibama para retomar essa discussão”, afirma Iremar Antonio Ferreira, membro e fundador do instituto. A tal discussão a ser retomada existe há 17 anos. Em 2007, no segundo governo do presidente Lula (PT), nasceu o projeto da UHE Tabajara. As seguintes empresas são responsáveis: Construtora Queiroz Galvão S.A., Furnas, Eletronorte, PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda e JPG Consultoria e Participações Ltda. Em 2008, o licenciamento foi interrompido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) devido aos impactos no Parque Nacional dos Campos Amazônicos (AM e RO), na Reserva de Biodiversidade Jaru (RO) e na TI Tenharim Marmelos. Em 2010, Lula incluiu a Tabajara entre as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em 2011, como forma de viabilizar o empreendimento, o governo Dilma Rousseff (PT) apresentou a medida provisória MPV 542/2011, que alterou os limites do Parque Nacional dos Campos Amazônicos — em 2012, a MP foi convertida na Lei 12.678/2012. Assim, o licenciamento foi retomado pelo Ibama. Vista aérea das aldeias Tenharim ao lado da rodovia Transamazônica (BR-230) no trecho em que ela cruza o Rio Marmelos / Eduardo Passaro/IIEB À época, a medida foi alvo de protestos dos indígenas Tenharim e dos Arara e Gavião, da TI Igarapé Lourdes, que lançaram juntos uma carta de repúdio. Além de alertar para o impacto iminente em seus territórios, o documento já dizia que “outra grande preocupação” era em relação “aos povos indígenas isolados que vivem entre as cabeceiras do rio Marmelos e do rio Preto”. Também em 2012, a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), um dos braços da Funai, enviou um memorando às empresas responsáveis pelo projeto sobre a necessidade de concluir os estudos sobre os povos isolados. O órgão manifestou “grande preocupação” diante dos impactos ambientais que “afetam diretamente as condições necessárias para reprodução física e cultural destes indígenas isolados”. Apesar disso, no termo de referência enviado ao Ibama, a Funai indicou a TI Tenharim Marmelos como a única afetada, mas fez a seguinte ressalva: “caso seja confirmada a existência de índios isolados nesta área de referência, deverão ser adotadas as medidas cabíveis para garantir a estes povos a plena utilização de seus territórios”. No rastro dos isolados A InfoAmazonia e o Brasil de Fato estiveram na TI Tenharim Marmelos em dezembro de 2023. Há uma preocupação dos especialistas entrevistados em relação à fragilidade dos isolados na região, sem a confirmação oficial do registro por parte da Funai. Durante a visita da reportagem, ocorreu a validação do Protocolo de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), elaborado pela Associação do Povo Indígena Tenharim Morõguitá (Apitem) em parceria com o IIEB, que discutiram a segurança e também os direitos dessas populações. A reunião levou à criação de um documento. Indígenas Tenharim durante o processo de validação do PGTA na TI Tenharim Marmelos / Eduardo Passaro/IIEB Um dos pontos abordados no documento é a abertura de uma Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) em Humaitá, como um órgão de monitoramento e proteção de povos isolados ligado à Coordenação Regional (CR) da Funai que seja dedicada a grupos isolados e de recente contato. “Queremos que isso seja levado em consideração não apenas pela questão da hidrelétrica, mas porque a gente sabe que eles existem”, ressalta a coordenadora da Apitem, Daiane Tenharim. Por abranger uma vasta extensão territorial, a área de monitoramento da FPE Purus/Madeira, que abrange 7 municípios do Amazonas e três de Rondônia, torna inviável a efetiva proteção desses indígenas na avaliação da antropóloga Karen Shiratori, que defende a criação de uma nova frente da Funai com atuação na região sul do Amazonas. “É impossível fazer o monitoramento, localizar esses grupos e tratar de garantir a proteção desses territórios, direitos territoriais e integridade desses grupos. Essa região ficou muito marginalizada e recentemente são poucas as pesquisas e trabalhos de localização”. A partir da perspectiva de que os isolados são “grupos indígenas refugiados, sobreviventes de processos históricos de genocídios”, o indigenista Daniel Cangussu aponta que a construção da hidrelétrica no Rio Machado “é um tiro de misericórdia” em sua existência. Cangussu é servidor da FPE Purus/Madeira, órgão de monitoramento e proteção de povos isolados ligado à Coordenação Regional (CR) de Lábrea (AM) e avalia que o empreendimento “talvez finalize qualquer possibilidade de localização e de resistência desses grupos”. Em 2016, a FPE Madeira/Purus realizou uma expedição ao longo do curso do rio Preto na TI Tenharim Marmelos. A reportagem teve acesso exclusivo a relatórios gerados entre 2013 e 2016 que indicam a presença de indígenas isolados no território. O documento de 2016 aponta que os vestígios encontrados até aquele momento indicam a presença de um grupo de indígenas isolados com circulação no território e recomenda novas incursões na parte sul, onde parte dos Tenharim habitava antes do contato com não indígenas. “Faz-se necessário, certamente, a continuação desse processo investigativo através da realização de novas expedições terrestres”, conclui o relatório. Cangussu participou das expedições da Funai na TI Tenharim Marmelos para identificação de vestígios desses grupos de isolados. Ele estava junto do cacique Manoel Duca Tenharim, que aprendeu com o pai a andar na mata e se orgulha de percorrer a pé toda a extensão do território. “Sou mateiro. Eu me criei no mato”, disse em vários momentos à reportagem. “Nós andamos lá e acompanhamos onde o parente isolado está. De lá para cá, é o perigo, que vem dessa rede hidrelétrica, que vai atingir eles e vai atingir o nosso rio”, aponta. Manoel Duca demonstra como os indígenas pescam com o uso de arco e flecha em expedição da Funai em 2013 / Acervo/Funai Manoel Duca mostra 'quebrada', vestígio de circulação de isolados pelo território / Acervo/Funai O conhecimento da floresta e os contatos que teve com os grupos de isolados durante suas andanças fez com que Duca fosse convidado a participar das expedições da Funai na TI Tenharim Marmelos. A primeira ocorreu em 2013, quando a equipe percorreu o rio Marmelos no sentido de sua cabeceira. “Nós vimos tudinho onde os parente andava, onde matava peixe, vimos onde eles tiravam mel, queimavam o pau pra tirar mel. Tudo identificou que existia nossos parentes”, conta o indígena.   Ramos de galhos quebrados registrados pela equipe da Funai em 2013 como vestígios da circulação de isolados no território - Créditos: Acervo/Funai Técnica indígena para tirar mel da árvore; vestígio de povos isolados feito pela Funai em 2013 no território - Créditos: Acervo/Funai GPSCelular utilizado pela Funai em expedições mostra localização de galhos quebrados possivelmente por indígenas isolados - Créditos: Acervo/Funai   Estudo de impacto rejeitado Um ano após o fim dessas expedições da Funai, em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a primeira versão do EIA da Tabajara foi concluída e apresentada ao Ibama. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2026, publicado naquele ano pelo Ministério de Minas e Energia, estimava que a hidrelétrica pudesse iniciar sua operação neste ano, em 2024. Servidores da Funai percorrem o rio Preto na TI Tenharim Marmelos em busca de vestígios de isolados / Funai/Reprodução O EIA foi rejeitado pelo Ibama devido a uma série de itens que não foram contemplados. Reapresentado ainda naquele ano, foi novamente devolvido devido à projeção incorreta do reservatório. A partir da apresentação dessa primeira versão do documento, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de Rondônia (MPE-RO) iniciaram uma análise dos impactos da Tabajara com laudos periciais e passaram a emitir recomendações para adequações nos estudos sobre a usina — assim, em 2018, os dois órgãos recomendaram ao Ibama e à Funai a não expedição da licença prévia devido ao “risco de genocídio” dos grupos de indígenas isolados que circulam na TI Tenharim Marmelos. “Os índios isolados são grupos que precisam que seu território de perambulação seja ecologicamente equilibrado e protegido de fatores externos para garantir o autossustento e evitar, inclusive, doenças exógenas ao seu sistema imunológico. Os órgãos apontam risco de genocídio se esses índios isolados não tiverem a proteção necessária de seu território”, diz trecho do documento enviado pelo MPF e pelo MPE-RO. A recomendação foi embasada por um laudo pericial de 2017 assinado por Rebecca de Campos Ferreira, perita em antropologia do MPF que atua em processos relacionados aos direitos dos povos tradicionais. No documento, ela aponta que não há critérios técnicos ou científicos que justifiquem a fixação da delimitação padrão de 40 quilômetros para redução dos impactos, mas “motivações políticas relacionadas”. O limite estava previsto no EIA da UHE Tabajara, que considerou a TI Tenharim Marmelos como a única afetada, mas ignorou a circulação de isolados naquele território. O laudo antropológico de Ferreira aponta como “evidente” que a UHE Tabajara atingirá todas as TIs da região — não apenas a Tenharim Marmelos — e, “de modo ainda mais cruel, os indígenas isolados”. “Há a possibilidade de impactos diretos e indiretos mesmo com centenas de quilômetros de distância, sobretudo quando se considera grupos em situação de extrema vulnerabilidade, como indígenas que não fizeram contato com a sociedade envolvente”. A conclusão do EIA ocorreu em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. O ICMBio emitiu a autorização para o licenciamento ambiental do empreendimento em 2020, mas o estudo foi rejeitado novamente em 2021 por análise técnica da Coordenação de Licenciamento Ambiental de Hidrelétricas (Cohid), vinculada ao Ibama. O parecer aponta que “as fragilidades, inconsistências, informalidade científica e ausência de informações” observadas no EIA e, também, nas complementações ao estudo solicitadas pelo Ibama “não sustentam uma decisão favorável de viabilidade do empreendimento”. Por fim, em abril de 2021, com o relatório da Cohid, o MPF e o MPE-RO abriram a ação civil pública que levou à primeira decisão da Justiça Federal no ano seguinte, com o pedido de inclusão das outras sete terras indígenas nos estudos de impacto da hidrelétrica. Já a segunda determinação, assinada pelo juiz Dimis da Costa Braga, reafirma que os impactos socioambientais da usina hidrelétrica não se restringem à bacia hidrográfica, nem a um limite de 40 km. Segundo Braga, devido ao contexto da migração de trabalhadores e de especuladores sobre a área, as circunstâncias “aumentam os riscos de conflitos agrários, estimulam o desmatamento e a invasão às terras indígenas”. A relação dos Tenharim com os isolados Mais do que uma memória da condição de viver sem o contato com os não indígenas, o povo Tenharim mantém a memória de quando alguns grupos Kagwahiva se dispersaram e passaram a viver em isolamento. “A gente não se refere a eles nem como povos, mas como parentes. Quando a gente teve esse contato com não indígenas, parte do nosso grupo foi para longe, se desmembrou. A gente ficou de um lado e esse grupo seguiu outro rumo”, explica Daiane Tenharim. Read the full article
0 notes