#areia branca
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waltertatim · 4 months ago
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blogoslibertarios · 1 day ago
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Ao lado de Vicente Holanda, Souza tem reunião com representantes do turismo
Neste sábado (21), o prefeito eleito de Areia Branca/RN, Manoel Cunha Neto, o ‘Souza’ (União Brasil) reuniu o seu nomeado para a Secretaria de Turismo, Vincente Holanda, mas representantes do setor a convite da Associação Costa Branca de Turismo (ACBT). “Já estamos trabalhando para fazer o turismo de Areia Branca dar um salto de desenvolvimento”, escreve Souza em suas redes sociais. “Nesse…
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ultra-luigi-world · 1 year ago
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sunshyni · 2 months ago
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tá faltando ó - Lee Haechan
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Haechan × Fem!Reader | amizade colorida | br!auzinho de lei | sugestivo | wc: 0.7k
notinha da Sun: não tenho muito a declarar, só queria ele e ponto final 😞
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— Ih, tá nervosinha por quê? — Haechan perguntou enquanto se abaixava um pouco para entrar debaixo do guarda-sol e te dava um beijo manhoso na bochecha. Você segurou o rosto dele, impedindo-o de se afastar logo após o beijo barulhento. — Não gosto dessa cara amarrada, neném.
— É coisa do trabalho. Não devia me estressar, mas você sabe como sou perfeccionista — você respondeu, empurrando a aba do boné dele para baixo. Haechan tirou o boné, colocou-o sobre o cooler e se abaixou ao seu lado, na areia fresca protegida pela sombra.
— Tá maluca, bebê? A gente tá de férias, sabia? — Você se ajeitou na cadeira, sentando-se na ponta para apertar o rosto dele entre suas mãos até ele soltar um xingamento. Amava a amizade cheia de benefícios que tinham, sabendo que, no fim da noite, poderia estar na casa dele vestindo apenas a camiseta com a estampa do garoto que gostava de invisibilidade, embora ele adorasse atenção. E principalmente a sua — fosse através dos seus olhos, das suas mãos ou daquele toque gostoso que sempre o fazia revirar os olhos e tombar a cabeça para trás.
— Eu sei... Mas não consigo evitar... — você começou, mas parou quando ele se levantou de repente, te pegando no colo como se você não pesasse nada. Subestimava a força dele e nunca imaginou que ele fosse te carregar até o mar daquele jeito, mas lá estava ele, te surpreendendo.
— Haechan, eu tô de roupa! — você reclamou, mas ele nem ligou, balançando você algumas vezes antes de te jogar na água calma da tarde. Você engoliu um pouco de água, se levantou, piscando para limpar os olhos ardendo de sal, e começou a socá-lo com os punhos fechados, um sorriso já moldando seus lábios.
— Eu te detesto.
— Para, princesa. Você tava com aquele olhar de quem quer me devorar. Te trouxe aqui pra dar uma esfriada — ele provocou. Você lançou um olhar ofendido, mas logo começou a jogar água nele, molhando a camiseta floral ridícula. O senso de moda dele lembrava o do Agostinho Carrara, mas você adorava esse traço único da personalidade dele.
Em algum momento, ele te puxou para um abraço, tocando seu nariz com o indicador, o que te fez franzir o rosto. Ele não resistiu e te beijou, um beijo lento e gostoso, encaixando a boca na sua com a fome característica que sempre existia entre vocês. As mãos grandes dele seguraram sua nuca enquanto os corpos se tocavam sem cerimônia, mesmo com uma criança em uma boia de tartaruga não muito distante.
— Na verdade, eu tava mesmo pensando em te tocar... Você sabe — você murmurou e ele gemeu, puxando de leve o tecido molhado da sua saída de banho branca. Você sorriu, já sem dar a mínima para o problema no trabalho que teria que resolver na semana seguinte.
— Você fica toda coradinha quando fala besteira, e isso me deixa louco — ele provocou, afastando uma mecha do seu cabelo para trás da orelha antes de te beijar novamente, agora com mordidinhas e chupões que te deixavam completamente entregue, molhada não só pela água do mar.
— Não consigo raciocinar quando você me beija assim — você admitiu, abraçando-o pela cintura e apreciando a textura da camisa encharcada, que destacava o corpo dele. Haechan não costumava exibir o físico dessa forma, reservando isso apenas para você, na privacidade da sua casa ou da dele, seja no quarto ou no chuveiro.
— Tá faltando isso aqui pra você — ele disse com um gesto sugestivo, mostrando o dedo médio e o indicador, enquanto colocava a língua para fora, a mesma que há segundos estava na sua boca. Você riu, porque era impossível não rir quando seu melhor amigo era um cafajeste irresistível.
Depois de recuperar o fôlego, com ele distribuindo beijos pelo seu pescoço, você não conseguiu se segurar.
— Me ajuda com essa falta, então.
Haechan te olhou intensamente. A mão que estava na sua cintura subiu para sua nuca, massageando com firmeza e carinho.
— Melhor se hidratar, neném. Não vou tirar os dedos de você hoje.
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imninahchan · 3 months ago
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⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀⠀ ˖˙ ᰋ ── part I. Ποσειδῶν ˚
⌜ Você sempre teve a mais forte das conexões com o mar. ⌝
﹙ ʚɞ˚ ﹚ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: mitologia grega (wagner moura!poseidon), leve pitada de angst, literatura erótica (dirty talk, sexo sem proteção, breeding, manhandling).
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ .⸙
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𝐏𝐎𝐃𝐄 𝐎𝐔𝐕𝐈𝐑 𝐎 𝐌𝐀𝐑; o ricochete das ondas sobre as ondas. Jura, os ouvidos focam e captam os sussurros que chegam a cada remessa que se choca com a sua pele. Embora escute, não compreende cem por cento o que lhe é dito. São murmúrios suaves demais, possivelmente não feitos para serem decodificados pelos mortais. Mas você escuta — desde de criança. Pode descansar a cabeça no travesseiro e a maré vai trazer seus burburinhos. Pode estar a quilômetros da costa e vai sentir o sopro do vento gélido, salgado, lhe beijando a face e sussurrando palavras que não consegue interpretar.
Cresceu à beira do oceano. Enquanto o seu pai trabalhava na areia instruindo os turistas que procuravam se aventurar nas águas, o resto da família cuidava dos clientes no quiosque. Aprendeu a nadar com facilidade, a surfar também. Não te era nenhum pouco angustiante encarar o horizonte vazio sem registro de terra à vista. Por horas e horas, sentada sobre a prancha. Tinha, de alguma maneira, a segurança de que, mesmo que desaparecesse mar adentro, ainda seria resguardada por algo ou alguém.
Durante muito tempo o único respaldo pra essa certeza foi os barquinhos entregues a vida toda a cada virada de ano. As flores brancas, o arroz-doce, o manjar, aquele aroma doce da essência de alfazema misturada aos acessórios e o espelho entre os seus pedidos pra mais doze meses de prosperidade. Que as oferendas chegaram à Senhora das Águas, não duvida, mas que possam ter alcançado outra deidade também não é impossível.
Ele diz que o nome é ‘Wagner’, apesar de que você duvida. Pelo menos, é o nome que escolheu pra ouvir da sua boca. Nunca se esquece do som, o dentes frontais pressionando nos lábios pra ecoar a primeira consoante. Deve ser isso que as ondas tanto te cochicham — o nome d’Ele.
Começa a fazer duas oferendas. Já que não sabe ao certo qual divindade também te abençoa, apenas mentaliza. Pensa nos pés afundando na areia, a caminho de ti. Nos ombros largos, nos pelinhos do peitoral. Aquele sorriso em linha, miudinho, ao te ver de longe. Pede por prosperidade e alcança sem demora. Sempre. Ele já te garantiu isso, não?
Segura o canto do seu rosto, o peso do corpo por cima do seu, enquanto deitados na cama. Te olha no olho, quer passar seriedade. “Tudo que você quiser”, diz, sem sussurrar. O indicador passeia da pontinha do seu nariz até o lábio inferior, “Tudo que você quiser, eu vou te dar.”
Tudo?, você ainda repete, só pra ter certeza da oferta, e ele afirma novamente, tudo.
“Então, me dá um bebê.”
Wagner deixa a frase no ar, solta, por um tempinho. Busca as melhores palavras assim como busca no seu rosto algum vestígio de chiste tolo. Porque não encontra, ergue o torso, sentado-se sobre o colchão. “Sabe que não vai me prender assim.”
Você se senta também, “mas teria que vir mais vezes.” O nariz resvala na nuca alheia, aspira o aroma da maresia.
O homem ri, soprado, encarando a janela ampla à frente. “Eu já pensei em te engravidar mesmo”. Lá fora, quase fim da tarde, o vento sopra a brisa pra dentro do chalé. “Seria bacana ficar aqui contigo”, te olha, quando o seu braço se estica sobre o ombro masculino, ele pega na sua mão, “ter um filho, ter uma vida calminha...”, a outra mão espalma na sua coxa. Encara a sua pele esprimida entre os dedos dele, e depois te oferece mais um olhar. “Você me ama?”
O seu rostinho se escora no ombro dele antes que pudesse deixá-lo ver o sorriso bobo. “Você sabe a resposta.” E, de verdade, ele sabe. Conhece as suas vontades, as suas certezas, as incertezas. Está contigo em todos os lugares e a qualquer momento. Então, sim, ele sabe muito bem que está fortemente apaixonada por ele.
Tem facilidade pra te dominar mais uma vez sobre a cama. Te coloca deitada, com o corpo dele pairando o teu. Acaricia a sua bochecha, com um sorriso doce, “eu gosto tanto de estar com você, minha linda”. Cerra os olhos, e parece que nesse instante somente o físico dele fala, pois a psiquê está voando longe, num mundo platônico onde pode, sem empecilho nenhum, ficar ao seu lado pela eternidade. Encaixa os corpos nus, separando-te as pernas. “Você é e sempre vai ser a minha preferida”, vai falando, jogando as palavras ao pé do seu ouvido, “Eu te preciso tanto, tanto, que parece que eu não vou conseguir viver sem você... Se sente assim também, hm?”
A sua resposta é um aceno positivo, igualmente de olhos fechados. A ansiedade de sentir o cume da ereção roçando antes de se introduzir é de se roubar o fôlego, ou as palavras. Wagner distribui beijos pelo seu pescoço, se afunda no vale do seios, tomando ambos entre as palmas das mãos. Tamanha fome e necessidade que não parece que se alimentou de ti há poucos minutos, repetidas vezes. Mas para, de repente, abandonando os biquinhos babados e doloridos.
Pega na sua garganta, com delicadeza. Funga, os olhos escuros brilham ao te observar boquiaberta. Um sorrisinho pequeno ameaça crescer, porém ele amedece os lábios antes de falar. “Vou te dar um filho”, soa, aliás, feito uma promessa, “Um menino”, especifica, “Pra ele continuar o meu legado e te proteger quando eu, por qualquer motivo, não estiver aqui.” Finalmente, o sorriso toma conta da face, “Combinado, vida?”
Você sorri de volta, combinado.
Como pode uma sensação que já tanto sentiu ainda ser suficiente pra te abarrotar dessa forma? Ele te completa a cada centímetro, farta. Envolve o seu corpo entre os lençóis amarrotados, a voz reverberando rouca na curva do seu pescoço, quero deixar um pedacinho de mim aqui dentro, ou seja lá as coisas de amor que ele murmura com charme. As suas unhas arranham as costas dele, os dentes também não controlam a selvageria: mordisca o ombro do homem, a língua toca e capta o gosto salgadinho da pele quente. Se pudesse, guardaria-o no íntimo assim pela vida toda, só pra não abrir mão do vício. Mas Wagner quer alterar a posição. Enrola a mão nos seus cabelos, te ajeita como deseja, “vira, fica de quatro”, embora também oriente com as palavras.
Você empina o quadril no ar, o rosto descansa na cama. Sente o toque se espalhando nas suas costas, apalpando a sua bunda. Suspira. Quando ele retorna, o ângulo presenteia à conexão profundidade ainda maior. É erótico — os sons são eróticos —, é delirante. O corpo chacoalha, os olhos reviram, porém conseguem assimilar a paisagem à frente.
A onda alta se colide por cima da outra. Sequenciais, o ritmo aumentando ao passo que a força também. Se engolem, se penetram. Mais próximas da porta do chalé, você não tem certeza se está alucinando de tesão. O choque, por fim, é tão intenso que a ressaca d’água vem parar pra dentro do cômodo. A própria pele está úmida, espumando entre as pernas. Recheada.
Mal respira, mas serve de apoio para que ele possa resvalar a testa suada na altura da sua omoplata. E, depois de um beijo na região, Wagner traz o rosto pra perto do seu ouvido. “Eu te amo também, minha garota”, esfrega o nariz por trás da sua orelha. O ar sai quente dos lábios enquanto continua cobtando: “Quero mudar a sua vida, mas tenho medo de quando tiver que me despedir de novo. Queria ser um pouco como você: apaixonada, simples, mortal.” Sobre o seu ombro, vê de relance, o pingente de tridente dourado esfriando na sua pele.
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lacharapita · 8 months ago
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ᴇɴᴢᴏ ᴠᴏɢʀɪɴᴄɪᴄ
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Inspirado em
Miranda Kassin & Andre Frateschi
(Link da música tá ali em "dê" lindas)
{Mas confesso que escrevi mais pelo vídeo do Vladimir Brichta recitando essa no ouvido da Adriana Esteves [cliquem aqui porque vocês não vão se arrepender]}
Smut / confort - Enzo Vogrincic x female OC! Lucía Scarone
Sex, oral [F! Receiving], comfortable
relationship, love love love!
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
"𝐃𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐃𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚𝐨"
— Os corpos enrolados um no outro, as cobertas floridas espalhadas sobre o colchão que sustentava os dois. Enzo e Lúcia dormiam tranquilamente naquele nascer de manhã de outono. A temperatura agradável o suficiente para permitir que os dois continuassem agarrados como se fossem um. Enzo abriu os olhos suavemente quando sentiu um feixe de luz iluminando o quarto pintado em azul. Lúcia ainda dormia um sono gostoso em seus braços, sua respiração fraca e quente chegava em seu peito, fazendo com que Enzo se arrepiasse por inteiro. Ele não se atreveria a acordar ela. Não agora. O olhar dele demonstrando amor, demonstrando paixão. Demonstrando tudo, tudo que ele sentiu, sentia e sentiria por ela.
"𝐃𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚
𝐃𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐚"
— Lucía chorou baixo quando as investidas dele dentro dela ficaram demais. Pediu por favor, com desespero em sua voz, para que ele deixasse ela atravessar aquela enorme onda de prazer. Suas mãos seguraram a parte de trás da cabeça de Enzo, onde os cabelos levemente molhados com o suor estavam, puxando-o até que os lábios úmidos dela chegassem perto, até demais, do ouvido dele. Sussurrando, implorando, a voz fraca e dengosa fez Enzo vacilar em seus movimentos. "Dentro de mim." Ele choramingou. Os olhos escureceram. O quarto ficou mais quente. As mãos adornadas com anéis de Lucía acariciaram os cabelos dele enquanto as mãos dele buscaram segurar o corpo dela ainda mais firme. Com uma última investida profunda, ele lhe deu o que ela havia pedido. "Dentro de você."
"𝐃𝐞 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫
𝐃𝐞 𝐟𝐨𝐠𝐨"
— A lixa de unhas que ela usava foi jogada no chão do banheiro. Talvez estivesse debaixo da pia, talvez perto do chuveiro, não importava. Enzo, vestindo apenas uma toalha branca enrolada em seus quadris, se mantinha ajoelhado entre as pernas de Lucía. A morena de cabelos rebeldes gemia, o prazer oral que lhe estava sendo proporcionado era demais. As mãos seguravam os cabelos escuros de Enzo, pedindo de forma silenciosa para que ele nunca saísse daquele lugar. Enzo era a chama que derretia a tinta da pintura extraordinária que ela era. O calor do banheiro tornava a pele de Lúcia levemente úmida e avermelhada. As mãos grandes de Enzo deslizavam pelas coxas torneadas dela, puxando-a o mais perto que ele conseguia. E parecia que ele sempre conseguia deixar mais perto. Os olhos dele estavam sempre no rosto dela, observando cada detalhe do que ele estava fazendo ela sentir. Os lábios entre abertos, olhos fechados, pele tintada em um vermelho suave, respiração pesada e um leve tremor em suas pernas.
"𝐃𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐧𝐞𝐥𝐚
𝐃𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨"
— A luz fraca do sol de fim da tarde iluminava os dois. Sobre a canga colorida, Enzo e Lúcia, deitados olhando para o céu, ouviam o barulho das ondas. Os silêncio não era constrangedor, era confortável e tranquilo. Para Lucía, tudo com Enzo era confortável e tranquilo. A brisa suave fazia com que pequenos e milhares de grãos de areia se juntassem com seus fios de cabelos. Enzo preferiu olhar para sua visão favorita: Lucía. A moça parecia encantada com a cor que o céu ficava, um amarelo alaranjado de final de tarde. Logo o olhar dela encontrou o de Enzo. Um sorriso bobo surgiu nos lábios dos dois e de repente eles estavam sozinhos no mundo.
"𝐃𝐞 𝐬𝐚𝐜𝐚𝐧𝐚𝐠𝐞𝐦
𝐃𝐞 𝐬𝐚𝐫𝐫𝐨
𝐃𝐞 𝐟𝐚𝐭𝐨"
— Lucía tinha as maçãs do rosto vermelhas. Os risos que escapavam dela eram incontroláveis e únicos, e faziam Enzo rir ainda mais. Ele continuava a contar a história hilária de sua infância, mas se desconcentrava em algumas partes porque seu olhar se perdia em Lucía. - "Mas sabe, apesar da desgraça, foi nessa história que conheci o amor da minha vida."- O sorriso bobo que surgiu nos lábios da moça fez os olhos de Enzo brilharem. Fran olhava para eles com carinho. - "Ai babaca, tão lindos juntos!"- Fran diz, o tom de deboche carinhoso em sua voz faz Lucía rir ainda mais e acaba fazendo com que Enzo a admire ainda mais.
"𝐃𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐃𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚"
— O olhar desesperado de Lucía assustou Enzo. Elevadores, o maior medo da moça uruguaia. E naquele momento era a única opção para subir todos aqueles andares. – "Nena, tudo bem?"– Enzo perguntou. A apreensão em sua voz enquanto Lucía encarava as portas do elevador. Ela acenou com a cabeça e entrou no elevador o mais rápido que pode, com Enzo seguindo-a. – "Vem aqui. Vou te proteger, te prometo."– Os braços esticados indicaram o caminho que Lucía deveria seguir. Segurando os corpos com firmeza, o rosto de Lúcia estava colado no peito coberto do namorado. Os olhos fecharam com força e a respiração ficou pesada quando o elevador começou a subir. Enzo segurava o corpo menor com força enquanto sussurrava as palavras mais carinhosas que poderiam sair de sua boca, querendo demonstrar segurança para Lucía. Quando as portas do elevador se abriram Enzo deixou um beijo no topo da cabeça dela, indicando que o medo tinha chegado ao fim.
– "Te amo, nena."–
– "Te amo mais."–
"𝐃𝐞 𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐚
𝐄 𝐚𝐦𝐚𝐧𝐡𝐞𝐜𝐚
𝐃𝐞 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜𝐚
𝐃𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐚"
— Enzo agarrou os quadris de Lucía com força. A mão descendo a curva da cintura até o quadril repetidamente. A respiração dele abaixo do ouvido dela tornava o sono da moça mais leve. Enzo, ainda meio dormindo, podia ouvir os murmurinhos suaves de Lucía, aqueles que formam palavras, especificamente o nome dele. Os olhos da uruguaia se abriram tranquilamente, sentindo-se cheia de Enzo, como se ele estivesse dentro dela. Foram poucas horas de sono, menos que duas com certeza, então ela ainda estava com a mente meio lesa, talvez de tesão, talvez de sono, talvez de Enzo. O uruguaio abriu os olhos devagar, sentindo a movimentação leve de Lucía. – "Bom dia, nena."– O sussurro foi acompanhado de beijinhos doces sendo deixados na lateral do pescoço dela.
– "Bom dia, meu amor."– Lucía diz baixo. O corpo cor de bronze se vira suavemente na cama, fazendo os rostos de ambos ficarem próximos. Lucía pensava que a qualquer momento ela podia morrer de Enzo Vogrincic. Sabe? "Ai, morreu de quê?" "De Enzo." Acompanhado de uma carinha triste. Nos pensamentos bobos do cérebro recém ligado ela pensava sobre como ele havia amanhecido dentro da cabeça dela. Como pode um homem ser o primeiro pensamento matinal de uma mulher? Lucía riu boba com seus próprios pensamentos, mas logo foi tirada de seus devaneios, sentindo o peso corporal de Enzo sobre ela. O sorriso no rosto dele juntado com o feixe de luz deixa a cena fantasiosa para ela. Nem ela conseguia acreditar o quão lindo ele era. Os fios de cabelos pretos e rebeldes adornavam o rosto dele enquanto ele olhava para Lucía, fazendo a moça levar os dedos quentinhos para colocar aqueles cabelos atrás da orelha de Enzo. Os lábios dele se aproximavam do rosto dela para deixar beijos por lá, em seguida descendo para o pescoço e colo do peito. A risada abafada dele fez cócegas em Lucía, fazendo-a rir leve. De repente Enzo se levanta da cama. Puxando as pernas nuas da morena uruguaia até que ela estivesse na beirada da cama, ele a pegou no colo rindo e olhando em seus olhos azuis. As risadas bobas dos dois foram seguindo por muitos minutos, talvez até horas. Quem liga?
Nada mais importava.
Tudo que Enzo precisava era Lucía.
Tudo que Lucía precisava era Enzo.
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
Nós mulheres lobas que temos um medo do caralho de elevador🙋‍♀️🙋‍♀️
Quase chorei escrevendo esse pq eu daria muita coisa pra ter um relacionamento assim, tipo, confortável sabe?
@imninahchan loba, lembrei de você quando escrevi esse😭😭
Sejam solidários comigo e me digam o que vocês acham da minha escrita pq sou muito insegura com ela, beijos manas💋💋
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inutilidadeaflorada · 4 months ago
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Midas
Pois na encruzilhada, velas tem seu apreço E a vida que se forma ao redor do padecer Expiará a constante réplica de futuros Nunca um ideal pareceu tão meu como este
Os fios de civilidades tem um preço Conquistado por quantas vitórias Um olhar é capaz de assegurar Seja qual for a hipótese
Entre este acumulo de arcos e ferrugem Surgirá impactos indevidos, limites cairão Os absurdos são abandonados por Personagens polidos de inveja
Tais entrelinhas enchidas de volumes A tolice ou não de crer Não poderá ser mais angustiante Do que sentir um membro fantasma
Ocupa as ausências com ambiguidades Um talvez tão reluzente e tão potente Capaz de inflar ou findar heróis Essa é a materialidade do ouro
Nunca exigira a tangibilidade A viabilidade do acontecido já depôs Em favor do cenário Agora, basta esperar
Bordear um céu povoado de sonhos
Aguardar cada gota de chuva Encontrar-me e insistir Para que não me entregue
Um grande moinho que faz sombra, cessa Apenas a areia branca trilha nas mãos Uma veste quando intuo meu amor Decido resgatar meus restos do naufrágio
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fadubella · 8 months ago
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Nas barras do seu vestido azul. De uma celestial sublimidade Com rendas brancas que se arrastam no mar. São espumas da mais pura divindade. Mãe da água Me torne sereia. Liberta me das correntes que me prende. Molha meus pés e afasta de mim todo mal Banha-me nas suas lágrimas, banho de sal. Me leve para a areia. E cante comigo os pontos das ondas.
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ursulawhosoever · 7 months ago
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A paixão
Puro afã
Místico clã de sereia
Castelo de areia
Ira de tubarão
Ilusão
O sol brilha por si
Açaí
Guardiã
Zum de besouro
Um imã
Branca é a tez da manhã🎶🎶
🧜🏾‍♀️🌅
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blogoslibertarios · 3 days ago
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Souza recebe diploma de prefeito em Areia Branca
Na tarde desta quinta-feira (19), Manoel Cunha Neto, o ‘Souza’ (União Brasil) recebeu o diploma para ocupar a Prefeitura Municipal de Areia Branca a partir do dia 1° de janeiro de 2025. Além de ele, os vereadores eleitos da chapa de Souza, Renan de Djalma, Sandro Gois, Dácio Filho e Eilson Tavares, do União Brasil, André de Dedé, do PC do B e Valdinho do Pipa, do PV receberam seus diplomas…
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renjunplanet · 1 year ago
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| Vícios e Virtudes Lee Haechan II
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— Que lindo... — você diz encarando as ondas cristalinas do mar, totalmente vidrada no ritmo e no brilho que o reflexo do sol fazia ao pousar delicadamente nas águas claras.
— Concordo. — Donghyuck responde, organizando a leve bagunça que você fez quando largou as sacolinhas do supermercado no chão assim que se encantou pela vista.
Depois daquela madrugada serena, no dia seguinte o Lee teve a cara de pau de ir a sua casa te buscar para o tal encontro que haviam comentado enquanto se resolviam. Você claramente não estava esperando que ele fosse agir tão rápido para que tivessem este encontro a sós. Quando ele apareceu na porta de sua casa às 14:30 da tarde — com a costumeira mochila surrada, uma bermuda de banho e uma regata branca —, você o encarou indignada.
"O que você está fazendo aqui, peste?"
"Vim buscar você para sair, ué. Você sabe, sentar na areia da praia e fazer um piquenique, uns treco brega desse tipo..."
E a partir daí suas palavras se tornaram realidade.
— A gente teve sorte de não ter quase ninguém na praia hoje. — a voz doce ressoa próxima ao seu ouvido.
Você sai de seu transe ao sentir o corpo quente perto do seu. Ele apoia uma das mãos em seu ombro, com o intuito de convidá-la para se sentar com ele na toalhinha quadriculada que acabara de estender sobre a areia fofinha. Você sorri para ele e se senta junto com o rapaz de pele dourada.
— Sua mãe sabe que você roubou a toalha de mesa dela, Lee Haechan?
— Ei, 'pera ai. — ele resmunga, balançando o indicador tal qual uma mãe dando bronca em seu filho — Primeiro que eu não roubei, ela me emprestou. — ele diz retirando os lanchinhos da mochila, ainda te encarando — Segundo, eu fiz questão dela me emprestar essa toalha em especifico porque eu sei que você vai querer ficar batendo foto pra por nos storys do instagram. — ele termina de tirar as guloseimas, colocando a mochila para o lado.
— Então você fez questão de pedir a toalha mais bonita da sua mãe só para aparecer nos meus storys? Que fofo. — você ri, zombando divertida do rapaz.
Ele apenas a encara de cenho franzido, enquanto mexe na pontinha da toalha inquieto.
— Vai continuar me zoando ou vai me ajudar aqui, ein? — ele pergunta com um biquinho chateado nos lábios.
Você sorri para ele mais uma vez, ajudando a organizar os lanches. Depois de um tempinho, com os lanches bem organizados e posicionados, vocês se preparam para comer.
— Deus, eu pedi uma refeição não um banquete! — Donghyuck exclama esfregando as mãos e com a boca salivando.
— Deixa de ser idiota, menino. — diz entre risadas, dando um tapinha de leve em seu braço.
Como podia ser tão bobo?
[•••]
Depois de tanta comilança, conversas soltas, fotos, brigas e brincadeiras, ambos se deitaram sobre o pano, apreciando o céu que mudava de cor lentamente. Um silêncio confortável e confuso pairava sobre ti, com a dúvida dançando junto do som das ondas.
Ficou se perguntando a tarde toda se aquele cenário todo que Donghyuck construiu finalmente chegaria no ponto clímax ou se o rapaz continuaria naquele chove e não molha.
Passaram a tarde toda juntos e não houve nenhuma investida direta do rapaz e, quando você era quem tentava tomar o próximo passo com algum flerte disfarçado de piada, o Lee simplesmente se fazia de sonso.
Será que ele havia mudado de ideia? Perdido o interesse?
— Ei...
— Hã? — você responde ao chamado do rapaz, que brincava com os dedos meio incerto.
— Você... Você gostou de hoje? — ele te olha com os olhinhos brilhando, esperançoso.
— Óbvio que eu gostei. — uma risada fraca sai de sua boca — O dia bonito, as besteiras que a gente comeu e a sua companhia, tudo isso tornou hoje um dia especial.
Ele vira o corpo de lado e você o acompanha. Sente a mão dele se aproximando, sente o homem de pele dourada tatear suas curvas com os dedos, observar seus lábios e depois voltar a te olhar diretamente, como se admirasse uma arte delicada.
— Eu sei que cê deve tá mó frustrada comigo porque eu fiquei de cu doce a tarde inteira. Mas poxa. Eu queria algo mais romântico para nós dois, queria ir um pouquinho devagar.
Donghyuck puxa seu corpo ainda mais para perto do dele, segurando com firmeza sua cintura e apoiando sua cabe��a em seu braço.
Os dedos que antes te agarravam com força, agora te fazem um leve carinho na pele de seu rosto. Consegue sentir o toque deslizar pela pele macia e os dedos ásperos de Donghyuck tocarem seus lábios.
Hipnotizante, assim como as águas cristalinas do mar e os raios de sol contra as ondas.
Ele segura seu queixo, toca uma última vez sua boca com o polegar e se conecta a você através de um beijo.
Sente alguns de seus sentidos indo embora. O som agressivo das ondas some, o frio que sentia antes desaparece, os olhos fechados apreciando o contato apaixonado do Lee.
Agora você apenas se permitia sentir o sabor do refrigerante que antes beberam e os lábios carnudos deslizando contra os seus.
Sente ele ofegar por um instante, não estava cansado de beijar-te, mas estava tenso de tanta felicidade que corria nas veias dele. Donghyuck interrompe o ósculo aos poucos, deixando leves selares.
— Tá ficando tarde, prometi pra sua mãe que ia te levar pra casa cedo. — ele diz sorrindo, deixando mais um beijinho em você.
— Então tá na hora de levantar acampamento? — você brinca, vendo ele se levantar e tentando tirar a areia do corpo.
Se levanta junto dele, fazendo o mesmo.
— Hyuck... — o tom preocupado em sua voz faz o menino juntar as sobrancelhas.
— Que foi?
— O meu celular, você viu ele? — você toca os bolsos do short numa tentativa falha de encontrar o aparelho.
— Pera aí, vou ligar.
Donghyuck liga e se ouve o som do celular saindo da mochila dele.
— Ta aqui, oh. — ele puxa o eletrônico para interromper a ligação.
Você suspira aliviada.
— "donghyuck 103 b"? — ele franze o cenho desgostoso — Sério que você salvou meu contato assim?
— Oxe, que que tem? Eu tenho seu número há anos, deu preguiça de mudar o contato.
— Hum. — ele fica emburrado.
— Que foi? Quer que eu mude?
— É óbvio!
Você revira os olhos.
— Tá bom, princeso. Quer que eu salve como então? — você tenta puxar o celular da mão dele.
— Deixa que esse B.O. eu que vou resolver. — ele ergue o celular no alto te impedindo de pegar o aparelho de volta. Você apenas suspira em derrota.
Depois de um tempo digitando ele te devolve o telefone e volta a arrumar as coisas.
— "meu namorado minha vida"? — você olha para ele com uma expressão indecifrável enquanto Donghyuck apenas ri.
Realmente era um idiota. Um idiota que fazia seu coração chacoalhar e errar a batida a cada idiotice dele.
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sunshyni · 4 months ago
Note
vc está aceitando pedidos, sun? Se sim, pode fazer um sobre flamin hot lemon com o jae
Doce feito melancia
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Jaehyun × Fem!Reader | Fluff | Meio Br!au acredito!
Notinha da Sun: é a minha fav do álbum 😔
Resumo: Jaehyun é maluquinho por você, mas você não tem certeza se ele realmente gosta de você. Como pode ele dizer o contrário sendo que já sabe que você é docinha feito melancia?
Palavras: 0.6k
Boa leitura, docinhos!! 🐚
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As pessoas ao redor passavam confusas, sem entender muito bem o que acontecia entre você e Jaehyun. Em algum momento que você não sabia dizer exatamente, ele se ajoelhou diante de você, suas mãos buscando as suas, como se estivesse implorando por piedade e misericórdia, e, se olhasse de uma perspectiva dramática, poderia ser isso mesmo.
— Não sai com mais ninguém, fica comigo, para de fazer doce — ele pediu, e você desviou o olhar, mas, sem perceber, entrelaçou seus dedos com os dele. Vocês se conheciam há apenas um mês, mas ele já estava completamente obcecado por você, e você o adorava. Ele trabalhava em um dos quiosques da orla, sempre muito bonito com uma camisa branca, o colarinho de conchas característico e um sorriso bem receptivo. Você amava encontrá-lo nos períodos mais tranquilos, momentos em que ele aproveitava para revisar suas anotações da faculdade ou conversar com o pessoal do vôlei próximo dali.
A verdade é que, no último mês, vocês trocavam olhares e mais olhares. Acabaram se beijando ao entardecer, e Jaehyun te levou para o seu apartamento, próximo ao calçadão. Ele se despediu com pesar, desejando muito poder ficar e te conhecer um pouco mais, mas isso não demorou a acontecer. Dois dias depois, lá estava Jaehyun, no seu coração e na sua cama.
Jaehyun era charmoso demais, e ele mal tinha consciência disso. Era o jeito dele. Mas talvez você fosse um pouco paranoica e enxergasse flerte na maneira como ele cumprimentava as clientes. Pensando que o que vocês tinham não precisava de um rótulo, você aceitou sair para um encontro com Jeno, um dos garotos do vôlei, e Jaehyun quase chorou ao saber da notícia.
— Jaehyun, para de ser dramático, pelo amor de Deus — você disse, ajudando-o a se levantar, embora soubesse que não era necessário. Jaehyun fez um biquinho, parecendo uma criança birrenta, e você riu, achando a situação hilária. — Aceitei porque achei que o que a gente tinha era... casual?
— A gente nunca tocou nesse assunto, como você pôde ser tão precipitada, boba? — Ele admitiu, te puxando pela cintura e mantendo você próxima ao corpo dele. Beijou seu pescoço suavemente, inalando o doce perfume, meio inebriado por você. — E aquele babaca do Jeno não percebeu que a gente tá ficando?
— Talvez porque você pareça estar ficando com o mundo todo — você respondeu, agora era você quem estava com a carinha emburrada. Jaehyun sorriu e tocou seu queixo quando você desviou o olhar, fixando seus olhos nos dele.
— Ah, então você aceitou porque tá com ciúmes? E como pode me dizer que o que a gente tem é casual? — Ele questionou. Droga, ele ficava muito bonito à luz do sol... e à luz da noite também. Você não conseguia resistir a ele nem de dia, nem de manhã. Se tivesse que distinguir a parte cronológica através da sua atração por ele, não saberia separar um período do outro, jamais.
— Achei que você estivesse me enrolando — você sussurrou, e Jaehyun te beijou na boca sem aviso, rapidamente, um beijinho estalado só para trazer sua atenção de volta para os olhos dele.
— Você é muita areia pro meu caminhãozinho — aquilo te surpreendeu. Não esperava ouvir isso dele. Não que você fosse insegura, talvez em alguns pontos sim, mas tinha uma boa relação consigo mesma, com sua personalidade e aparência. Ainda assim, ouvir do cara que te fascinava que ele achava que você era muito pra ele te deixou meio derretida.
— Ah, para com isso — você uniu seus lábios aos dele. Jaehyun te abraçou forte, tanto que você precisou ficar nas pontas dos pés para acompanhá-lo. Envolveu o pescoço dele com os braços e só interrompeu o ósculo quando um dos colegas de Jaehyun o alertou sobre a presença de um cliente.
Ele cobriu seu rosto com uma infinidade de beijos, inspirou o cheiro da sua bochecha, que cheirava a protetor solar, e a beijou também. Você sorriu, quase cambaleante com tanto carinho.
Pertinho de você, Jaehyun não perdeu a oportunidade de sussurrar baixinho:
— A gente não pode viver num casinho — você concordou enquanto brincava com as conchinhas do colar. — Não agora que eu sei que você é doce feito melancia.
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ohaishwarya · 2 months ago
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﹒ ✴︎ ﹒ 𝑯 𝐎 𝐔 𝐒 𝐄   𝐒 𝐔 𝐑 𝐘 𝐀 𝐕 𝐀 𝐍 𝐒 𝐇 𝐈  :  encurvável é o sol, diziam os antigos, e nós somos seus filhos.
  𝐀 Casa Suryanvashi é uma antiga linhagem nobre situada no limite sul do Império, nas cercanias de desertos de areia vermelha e branca, em Powys, no território da Costa do Sal. Erguendo-se imponente junto ao oceano, sob o calor de um clima ensolarado que define a região, está sua sede, o castelo de Arcosol, refletido em construções com cúpulas majestosas, pátios internos repletos de mosaicos e jardins perfumados. A arquitetura é ornamentada, porém prática, utilizando cores terrosas e formas geométricas, resplandecendo sob o brilho constante do pôr do sol. Os seus senhores são comumente alcunhados como as "Víboras das Dunas Rubras", e seus filhos ou filhas, como “descendentes de beira-mar” e "serpentes de areia".
É prestigiosa na produção de perfumes delicados e tecidos leves e finos, de maciez tão acentuada que rivaliza com os de Luguya, ideais para o clima quente e agradáveis ao toque. Tingem a maior parte de suas sedas com matizes vibrantes, e em vez de adorná-las com brasões tradicionais, costumam pintá-las a mão.
Apesar de leais aos Essaex, no começo da fundação de Aldanrae demoraram a curvar suas cabeças, e a aliança somente veio após o crescimento de khajols e posteriormente de dragões em suas posses. Ainda assim, cultivam uma postura de dignidade distante e mais fechada em seus próprios vínculos familiares, evitando embalar-se em intrigas e conflitos políticos de terceiros, pois se há de haver perdas aos seus, que mantenham-se nas tocas arenosas; se houver vislumbre de ganhos no horizonte, que seja com cuidado devido antes de erguer as presas nos pescoços de seus inimigos.
Em relação aos changelings, com exceção da esposa do Marquês e alguns de seus filhos, adotam quase sempre uma postura pragmática e indiferente, não havendo hostilidade fervorosa, mas tampouco simpatia. Enxergam-nos como peças na estrutura social, úteis, diria que possível clientela e aparato no jogo político do Império, porém indignas de vínculo mais profundo com um de seus membros. Essa convicção reflete o valor que atribuem à pureza de sua linhagem com nada além do que lhes acrescenta.
  𝑻 𝑯 𝑬   𝑳 𝑰 𝑵 𝑬 𝑨 𝑮 𝑬
  𝐎 marquês, homem de temperamento reservado e palavras cuidadosamente calculadas, vela pelo nome da família com rigor e é notoriamente mais afeiçoado às filhas que aos filhos, delegando boa parte das responsabilidades destes para Yunet, que é uma khajol oriunda de Luguya. Trouxe consigo costumes estrangeiros, sutilmente fundidos aos hábitos locais, conferindo à linhagem familiar um traço de distinção frente às gerações passadas.
O primogênito, Tariq, o Benfeitor, é tido como a mente lúcida destinada a guiar a família, tão calmo quanto a superfície serena da água de um oásis. O segundo filho, Sete, o Infame, é conhecido pela inclinação para crueldade, com rumores de que, em ocasiões obscuras, usou de sua posição para forçar criados a se autoflagelarem enquanto escandalosamente ria. Fora a avó, falecida há alguns anos e única a repreendê-lo, nem o pai nem a mãe demonstram interesse em conter suas ações. Kanope, a Calamidade, possui um temperamento volúvel e é intenso como o sol a pino, sendo a força vital da casa. Guerreiro letal e devotado às irmãs, nutre especial afeto pela quarta filha, Aishwarya. Esta, chamada pelo povo de sua região de Coração Solar de Powys, é reverenciada por sua bondade e beleza, admirada em suas raras aparições públicas na juventude. Mais tarde, seus dons no canto e na dança lhe valeram o título de Rouxinol do Império. A última filha, Ankita, carrega o espírito da matriarca em sua determinação e uma autossuficiência que flerta com a ambição, embora compartilhe dos valores familiares em proteger e honrar seu sangue.
À exceção das filhas que frequentam Hexwood, os demais encontram-se casados ou noivos.
Todos ao atingirem a idade de maturidade foram agraciados com uma joia singular, adornada com serpentes. Tariq ostenta um anel de prata antiga, onde duas cobras se entrelaçam, formando um nó que circunda o dedo; seus olhos incrustados de ônix parecem observá-lo atentamente. Sete carrega um colar em ouro envelhecido, cujo pingente de serpente exibe escamas minuciosamente esculpidas, realçadas por pequenas safiras que cintilam sob a luz. Kanope possui uma pulseira de bronze polido, com duas cobras que se encontram em um aperto firme, as cabeças voltadas para fora, adornadas com pedras de jade verde, simbolizando o olhar vigilante sobre o caminho. Ankita, a mais jovem, usa um bracelete de prata com entalhes de serpentes espiraladas, cujas caudas se entrelaçam até formar o fecho, e suas escamas foram finamente cravejadas com minúsculos rubis. Aishwarya, por sua vez, traz uma tornozeleira de ouro brilhante, onde uma serpente única envolve a corrente, cada escama finamente detalhada e polida; ao pisar com força, a joia emite um som seco e delicado, como o sibilo discreto de uma serpente à espreita.
  𝑻 𝑯 𝑬   𝑪 𝑼 𝑹 𝑺 𝑬,   𝑻 𝑯 𝑬   𝑷 𝑹 𝑶 𝑷 𝑯 𝑬 𝑪 𝒀 
  𝐍as terras de areia há uma regra instaurada pela Lady Suryavanshi e punível com pagamento de sangue: nunca comentar a respeito dos acontecimentos que cercaram o nascimento de Aishwarya. Contudo, embora a boca se torça e feche, as lembranças nítidas que os guardas, a parteira e algumas servas guardam daquela noite abundante de tormenta não explicitada nunca se apaga;
A ardência da primeira respiração queimou por dentro, logo avisando: a vida não é fácil; e todo o castelo vibrou e reverberou com o eco do choro da vida. Uma bênção, exprime uma criada emocionada. A graça dos deuses finalmente tocou seu ventre, diz a parteira, é uma menina saudável e perfeita como a Senhora.
Louvados sejam, louvados sejam.
A mãe, contudo, não sorriu. Talvez o árduo parto a tivesse exaurido, mas seus braços e pernas, ainda débeis, pareciam hesitantes, como se temessem envolver o bebê embrulhado no manto dourado que lhe fora entregue. Ainda assim, tomou-o nos braços e pediu à criada que trouxesse a caixa que, durante anos, repousara inerte sobre seu altar sagrado. O objeto, de uma leveza curiosa, trazia inscrições indecifráveis para os olhos atentos ao redor, e de seu interior a mãe retirou uma ampulheta, cujos grãos de areia bastavam para não mais que uma ou duas horas.
Em seguida, recostou-se no leito, oferecendo o seio à criança recém-nascida, sem, porém, afastar o olhar da areia que lentamente escapava, uma partícula de cada vez.
Quando o último grão repousou no fundo, a criada foi mais uma vez convocada aos aposentos. Yunet, que habitualmente mantinha uma postura imperturbável, agora exibia uma inquietude incomum, com dedos trêmulos roçando os lábios, enquanto observava a criança como se ela representasse algo que escapava à sua compreensão. Seria culpa sua? Por que nada se concretizara até então? Deveria ela mesma intervir? Não — acolhera de peito aberto aquele destino no exato momento em que encontrou o olhar da menina. Não fora assim? Não tinha sido exatamente assim?
 “Leve-a daqui, entregue à ama de leite”, murmurou finalmente. Assim que a criança deixou o quarto, Yunet ajoelhou-se sob o brilho intransigente das velas e a claridade fria de seu próprio seon, buscando respostas em um silêncio que pesava mais que qualquer palavra.
Como se escapa do próprio destino? Como se esquiva do que está cravado na alma?
Como?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀Como?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Como?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​⠀⠀​​​​Pagando o preço. . .
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​𝖠 𝗀𝗋𝖾𝖺𝗍𝖾𝗋 𝗐𝗈𝗆𝖺𝗇  𝗐𝗈𝗎𝗅𝖽𝗇'𝗍 𝖻𝖾𝗀,
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝖻𝗎𝗍 𝖨  𝗅𝗈𝗈𝗄𝖾𝖽 𝗍𝗈 𝗍𝗁𝖾 𝗌𝗄𝗒 𝖺𝗇𝖽 𝗌𝖺𝗂𝖽 
⠀⠀⠀⠀⠀⠀​​​​​​​⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝗉𝗅𝖾𝖺𝗌𝖾,  𝖨'𝗏𝖾  𝖻𝖾𝖾𝗇  𝗈𝗇  𝗆𝗒 𝗄𝗇𝖾𝖾𝗌
⠀⠀⠀𝖼 𝗁 𝖺 𝗇 𝗀 𝖾   𝗍 𝗁 𝖾   𝗉 𝗋 𝗈 𝗉 𝗁 𝖾 𝖼 𝗒
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twistedcrumbs · 1 month ago
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Sob o mesmo céu
Era uma vez um garoto estúpido que se apaixonou por uma garota. Uma garota que tem tudo; beleza de dentro e de fora, inteligência e riqueza... tudo. As coisas não podiam dar mais errado a partir daí.
Em um mundo onde alianças são moldadas por convenções e compromissos, o encontro inesperado entre uma sereia e um homem fera desafia preconceitos, deveres e a busca pela liberdade. Sob as luzes opulentas e os olhares vigilantes da elite, um vínculo silencioso floresce, trazendo à tona desejos que jamais imaginariam sentir e impossíveis de se esconder.
Mas em um ambiente onde tudo é observado, será possível escapar disso tudo enquanto o tempo corre contra eles?
Um imagine, para Ruggie Bucchi 🍩
Capítulo 1,
Céu Cinza, Céu Azul
Esta história até o momento aborda temas como: objetificação feminina, violência, situações de confinamento físico e emocional, bem como faz referência a racismo e suicídio e machismo.
O sol ainda nem tinha nascido completamente, mas o Afterglow Savannah já estava acordado. O cheiro de areia quente, poeira e fumaça tomava conta das ruelas apertadas e entrava nas casas que se apertavam, amontoadas umas por cima das outras.
A manhã começava cedo naquelas bandas, especialmente para aqueles que viviam nos bairros mais pobres. O sol gostava de ser mais do que pontual, abençoando todos daquelas terras áridas com seu calor quase opressor. Contudo, antes mesmo do sol nascer, Ruggie já estava de pé, esfregando os olhos com preguiça enquanto, arrumando os lençóis finos do colchão gasto que dividia espaço com as poucas coisas que possuía no quarto diminuto. No teto, um fio improvisado pendurava a única lâmpada do quarto, que piscava como se já estivesse no fim de sua vida útil.
— Bom dia, vovó. O que tem pro café?— Ruggie apareceu por detrás da senhora, na cozinha colocando as mãos sobre os ombros dela e espiando faminto o café da manhã do dia.
Na cozinha apertada, sua avó mexia uma panela de mingau no pequeno fogão enferrujado, impecavelmente limpo, apesar de sua aparência desgastada. Ela comia devagar o que restava de um pão do dia anterior que Ruggie havia trazido, engolindo-o junto de um café preto.
A velha sorriu para ele, as rugas em seu rosto formando um mapa de histórias e batalhas vividas. Rígida, ela deu um leve tapa na cabeça do menino com o cabo da colher por espiar a comida, mandando que fosse se aprontar.
A hiena mais nova rindo, saiu em um pulo e correu para lavar o rosto na pia do lado de fora. A velha sorriu para ele, com aquele sorriso cansado, cheio de rugas, mas ainda assim radiante, que Ruggie conhecia tão bem. Sua avó era a melhor.
— Tá bonito hoje. — a senhora comentou em um tom orgulhoso, observando o neto ajeitar os cabelos loiros no espelho rachado pendurado na parede.
— Ah, vó, nem começa. — Ruggie respondeu, sorrindo de canto, exibindo a camisa branca engomada que havia preparado especialmente. — É só mais um dia de trabalho... Mas esse é especial! Vou trabalhar o mês inteiro naquele hotel chique, ajudando na cozinha. Parece que vai ser o casamento de uns figurões. Pagam por hora e têm três refeições garantidas. — Seu sorriso se alargou com orgulho. — E sabe o que isso significa, né? Mais comida pra senhora e pras crianças. ─ Ruggie sorriu orgulhoso. Contando mais uma vez para a avó sobre o último emprego de férias. Ele estava animado.
Era a terceira vez que escutava aquilo desde a noite passada, feliz, ela deu um tapinha afetuoso nas costas dele quando o neto, entregando a ele um prato fundo de vidro.
A avó o encarou com carinho, mas um peso se refletia em seu olhar. Orgulhosa do neto, mas preocupada com o fardo que ele carregava.
Ruggie encheu a tigela com o mingau, um pedaço de carne amanhecido requentado, seguido de um café preto amargo para acordar de fato. Ele não reclamava, mas cada colherada era um lembrete de que precisava trabalhar mais. Precisava tirá-los dali. Sua avó já tinha feito demais por eles e agora era sua vez de retribuir.
Antes de sair, ele beijou o topo da cabeça da velha senhora. Bem entre suas orelhas redondas e desbotadas, semelhantes às dele. Jogou a mochila de segunda mão nas costas, um pagamento que havia ganhado limpando o dormitório de um colega, e deu uma última olhada na casa enquanto saia: um barraco de tábuas remendadas, cheio de buracos nas paredes. Ele conhecia cada rachadura, cada fresta. Sabia que um dia deixaria aquele lugar para trás. Para sempre.
Do lado de fora, as ruas eram uma mistura de poeira e lama pelo esgoto a céu aberto.
As ruelas estreitas serpentavam entre as casas construídas de maneira improvisada, com paredes de barro, pedras irregulares e telhados feitos de madeira ou placas de metal enferrujado. Elas pareciam lutar por espaço, amontoadas umas sobre as outras, criando um labirinto desordenado e caótico.
Nos becos, apenas algumas horas mais tarde, crianças brincariam descalças e correriam atrás de bolas improvisadas, enquanto os primeiros vendedores ambulantes que já estavam se preparando para armar suas bancas, estariam oferecendo frutas secas, artesanato e tecidos vibrantes. O Afterglow Savannah tinha uma energia única, pulsante, uma espécie de caos organizado que refletia a resiliência e criatividade de seus moradores, mesmo ali nos cantos mais afastados.
Ainda era muito cedo, mas aa ruas, pouco a pouco, ganhavam vida. Homens voltavam para as camas de suas esposas antes que elas percebessem que eles tinham saído, e prostitutas deixavam as esquinas para descansar.
Algumas hienas circulavam pelas ruas, vigiando as estradas e becos da favela com seus rádios e olhos atentos. Era difícil para o reino controlar as atividades ilegais que ocorriam nas favelas pela separação geográfica dos amontoados de cidade, a longa distância da capital que tornava muito fácil que o caos se instaurasse naqueles lugares, onde as pessoas mais fortes decidiam simplesmente mandar.
Mas ao menos desde que o príncipe Farena assumiu o lugar do antigo rei, ele tem feito vista grossa para as organizações das pequenas comunidades. Ruggie não sabia dizer se isso era bom ou ruim. A entrada das autoridades da capital incitava ainda mais a violência desenfreada entre os dois lados e a morte de hienas segregadas. Mas a esperança de não ter que ficar à mercê dos preços exorbitantes que os grupos estipulavam para coisas básicas como alimentação e gás era animadora.
Além disso, o investimento, mesmo que mínimo, em políticas públicas educacionais para que as crianças pudessem pelo menos aprender a ler e ter a garantia de uma refeição semidecente no dia mostrava que o governo atual estava olhando um pouco mais além do centro brilhante e turístico de Sunrise City. Isso fazia com que o reinado de Farena fosse, em realidade, muito melhor do que Leona fazia parecer sempre que abria a boca para falar brevemente das políticas irmão.
No entanto, Ruggie nunca gostou de entrar nesse mérito com o príncipe. E as migalhas, mesmo que fossem alguma coisa comparado ao nada, ainda eram migalhas.
Já no ponto de ônibus, esperando para pegar a primeira condução do dia, a hiena suspirou, acenando para um dos poucos amigos de infância que havia chegado até aquela idade com vida e que não havia sido preso ainda; relembrando como brincava quando mais novo, correndo pelas cidades dos adultos maldosos, ocasionalmente roubando frutas meio podres que restavam nas feiras. Agora ele andava armado.
Ruggie não tinha muito, mas sabia o que era viver sem nada. Crescer em Afterglow Savannah ensinava lições duras: o que é fome, o que é cansaço e, acima de tudo, o que é sentir o peso da falta de oportunidades. Ele entendia bem como a ausência de perspectivas corroía qualquer traço de inocência, deixando um vazio que muitas vezes era preenchido pela sedução do dinheiro fácil ou pela promessa ilusória de uma vida melhor. Afinal, tudo o que vem fácil, vai muito fácil também.
Ele não era hipócrita — reconhecia seus próprios desvios. Pequenos furtos ocasionais e artimanhas bem calculadas eram parte da sua sobrevivência, mas Ruggie sempre acreditou que eram praticamente inofensivos. Tirar um pouco de quem tinha em excesso para suprir o próprio prato vazio não parecia um crime, mas ele também sabia que nem todos os atalhos eram válidos.
Apesar das dificuldades, ele preferia manter um equilíbrio. Sua esperteza e seu instinto de sobrevivência sempre foram suas maiores armas, mas ele aprendia a usá-las com cuidado. Viver ali era andar sobre uma corda bamba, onde um passo em falso podia significar perder tudo, inclusive a dignidade que ele ainda se esforçava para preservar.
Ele entendia que o mundo não oferecia garantias, especialmente para aqueles como ele. Ainda assim, Ruggie tinha um senso inabalável de que poderia ser mais, fazer mais. Afinal, mesmo no meio da poeira e do calor opressivo da savana, ele sabia que havia algo mais esperando por ele — algo que ainda precisava ser conquistado com suas próprias garras.
Com isso em mente, despediu-se da cidade subindo no ônibus, o primeiro dos três ônibus que pegaria no dia para chegar até o grande hotel em que estaria trabalhando naquelas férias.
O transporte estava cheio de trabalhadores sonolentos da região que iam e voltavam da capital todos os dias. No meio deles, Ruggie sentiu um pequeno orgulho ao ver que sua camisa estava limpa e bem passada. Ele tinha grandes sonhos, mas sabia que, para alcançá-los, precisava passar por muitos dias longos como aquele.
A muitos quilômetros dali, em uma mansão imensa no coração da savana em um condomínio abastado, o sol nascia devagar, pintando o céu de tons dourados que contrastavam com o brilho frio da opulência ao redor. De pé diante da janela de seu quarto, uma jovem, envolta em um robe de seda, observava o horizonte distante. Apesar de toda a grandiosidade ao seu redor, seus olhos refletiam um anseio quase doloroso, como se o vasto mundo lá fora fosse uma promessa inalcançável, uma liberdade que ela jamais tocaria.
O quarto era uma prisão enfeitada: uma cama de dossel com lençóis de seda impecáveis, armários abarrotados de roupas caras escolhidas a dedo, e prateleiras repletas de livros que ela raramente tinha permissão para abrir.
O silêncio era esmagador e seu companheiro habitual, preenchido apenas pelo som ocasional do vento que agitava as cortinas. Cada detalhe da mansão, desde os pisos polidos até os candelabros reluzentes, era um lembrete constante do que se esperava dela: perfeição, obediência e silêncio.
A porta se abriu abruptamente, sem sequer uma batida de aviso, revelando sua avó. A mulher, sempre elegante em seus trajes conservadores, tinha a postura ereta de alguém acostumada a impor respeito. Seus olhos eram severos, mas em algum lugar no fundo escondiam algo semelhante à melancolia.
— Está acordada. — A voz, baixa e autoritária, não admitia questionamentos. — Seu pai quer vê-la no salão em uma hora. Prepare-se.
A jovem assentiu em silêncio, como fazia todas as vezes. Protestar não era uma opção.
Na mesa do café da manhã, o ambiente era tão frio quanto o mármore que adornava as paredes. Seu pai, um homem de presença imponente e voz calculadamente calma, lia relatórios de negócios enquanto ignorava deliberadamente a filha. Ela permaneceu sentada, imóvel, esperando pelas instruções que inevitavelmente viriam.
— O casamento está confirmado para o final deste mês. — Ele finalmente falou, sem desviar os olhos dos papéis. — O jantar de hoje será o primeiro evento oficial. Quero que você se porte à altura.
Ela murmurou um "sim, pai", forçando um sorriso vazio enquanto sentia o peso de mais uma corrente invisível se fechar ao seu redor.
Depois do café, ela escapou para o jardim, o único lugar onde podia respirar. Sentou-se à beira da fonte, observando a água cristalina com os dedos levemente mergulhados na superfície acostumada com o calor e o clima árido. Ali, cercada pelas flores e árvores bem cuidadas, cultivadas a dedo, ela se permitia sonhar. Em sua mente, via-se viajando por lugares distantes, aprendendo, descobrindo um propósito que fosse além da rotina silenciosa. Mas os sonhos eram frágeis e sempre terminavam esmagados pela realidade.
Sua avó a encontrou ali, como fazia quase todas as manhãs, com passos firmes e olhar atento. Ao aproximar-se, percebeu a tensão nos ombros da neta e soltou um suspiro pesado, sentando-se ao seu lado.
— Você parece cansada, querida. — A voz estava um pouco mais suave. — Hoje é um dia importante. Deve se lembrar de manter a cabeça erguida.
Ela forçou outro sorriso, sem responder. As palavras da avó eram sempre ditas com o tom de um lembrete, um aviso de que qualquer hesitação seria vista como fraqueza.
A senhora observou o rosto da neta em silêncio por um momento antes de continuar:
— Sonhar não é pecado, menina, mas não se esqueça de onde você veio e do que é realmente importante. Sua mãe também sonhava, sabe... e veja onde isso a levou.
As palavras, embora proferidas com uma falsa gentileza, atingiram como um golpe. A jovem abaixou o olhar, os olhos ardendo com lágrimas que não ousava derramar.
— Olhe para mim. — A avó insistiu, com um sorriso solene. — Estou velha, e ainda assim tenho sorte que seu pai me tolere nesta casa. Ele é um homem generoso, e devemos ser gratas. Sua vida será incrível quando tudo isso acabar. Apenas confie. Ele sabe o que é melhor para você.
Ela assentiu mecanicamente, engolindo a dor e imitando o sorriso da avó. Queria acreditar que aquilo era verdade, mas sabia que os sonhos, mesmo sufocados, continuavam a se revolver dentro dela, incontroláveis.
O sol continuava a subir, lançando sombras longas pelo jardim, enquanto o coração da jovem permanecia dividido entre a submissão e a vontade crescente de escapar do destino que lhe haviam imposto.
Eram dois mundos, tão diferentes e igualmente implacáveis, separados por um abismo de desigualdades e expectativas. Eles seguiam em direções opostas, como marés que nunca deveriam se encontrar. Mas o destino, teimoso em sua imprevisibilidade, preparava o momento em que esses caminhos completamente opostos colidiriam, para o bem ou para o mal de ambos.
Eu estava simplesmente sedenta, já há um bom tempo, para escrever uma história dramática e clichê usando premissas de filmes românticos. A primeira "vítima" foi o Ruggie, graças à minha hiperfixação, e, se tudo der certo, a próxima será azul!
Sempre amei esses conceitos dramáticos de romance proibido ou relacionamento arranjado, onde, no final, os personagens se apaixonam e tudo termina de forma linda e feliz.
Na última vez que revi Titanic, não consegui deixar de pensar em uma premissa inspirada nele. A história é levemente baseada, mas segue um rumo completamente diferente, eu prometo (pelo menos até onde consigo controlar).
O plano inicial era postar tudo só depois de finalizar, mas não consegui me segurar e já trouxe o primeiro capítulo. Meu maior mal é postar as coisas antes de terminá-las e, depois, acabar desistindo, mas espero que isso não aconteça dessa vez! Afinal, se tudo sair como planejado, termino de escrever até o fim do fim de semana. Acho que me empolguei um pouco demais.
Sempre quis tentar uma fanfic que explorasse alguns aspectos da vida cotidiana do Ruggie fora da NRC. É algo bem difícil, já que não temos nenhuma interação com a avó dele nem muitas informações sobre o lugar onde ele vive. Temos apenas um quadro no mangá do livro 3 (pelo menos até agora, e até onde sei), mas ele já nos dá uma ideia do porquê há tão pouco material sobre isso. A Disney provavelmente nunca mostrará mais, porque seria algo muito visceral.
Confesso que está sendo complicado escrever uma fanfic fofa e romântica sobre o Ruggie fora da escola, tentando incluir mais camadas no personagem sem perder o tom ou descaracterizá-lo. Mas também está sendo uma experiência muito divertida! Se você está lendo isso, fique à vontade para interagir sobre o assunto. Adoro saber o ponto de vista de outras pessoas sobre a personalidade dos personagens.
Sem mais delongas, me despeço até o capítulo 2. 🍩
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lacharapita · 8 months ago
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ᴍᴀᴛɪᴀs ʀᴇᴄᴀʟᴛ
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[𝐀𝐌𝐎𝐑]
Romance - Matias Recalt x Female OC! Mônica Castro
Nada além de paixão.
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𝐚𝐦𝐨𝐫, 𝐚𝐦𝐨𝐫
— Ele tentava tanto. Olhava para ela andando pelo campus, parecia que sempre estava atrasada. Ele amava isso. Amava ver os passinhos apressados. Com o tempo, percebeu que os únicos tipos de sapato que ela usava eram botas ou chinelos. Reparava na pulseira de corações que sempre estava em seu pulso esquerdo. Nos brincos estranhos que ela nunca deixa de usar. Naquela camiseta preta com uma pequena manchinha branca na manga direita. Os ouvidos sempre tapados com seus fones de ouvido. Reparava em tudo.
amor, amor
— Já era tarde, pelo menos pra ela deveria ser. Matias jogou a bituca do cigarro no chão e seguiu caminho para dentro da biblioteca.
– "Amor, amor. Amor, amor."– Ele parou na porta quando ouviu a cantoria solo, mas, acidentalmente, esbarrou na lixeira, fazendo um barulho audível para qualquer um no ambiente. – "Quem 'tá aí?"– Mati apareceu na visão dela com aquela carinha de quem aprontou. – "Ay boludo, pensei que era alguém de fora."– Riu com as palavras dela. Era tão fácil rir com ela.
amor amor
– "'Tá escondendo o que, nena?"– Mônica riu, mostrando o cigarro meio fumado que estava escondido atrás de seu corpo.
– "Se me pegarem fumando aqui eu vou parar no lar de desempregados."– Os dois gargalharam. Matias observava como as bochechas dela ganhavam cor conforme o riso fugia de seus lábios.
– "Já 'tá saindo? Vem comigo, quero te levar em um lugar."– Ela fez uma cara preocupada. Apagou o cigarro e colocou dentro de uma latinha de metal na bolsa marrom café.
– "Não sei, 'tá tarde, Mati."– Matias torceu a face em uma carranca debochada, olhou para o relógio na parede e voltou seu olhar para Mônica.
– "Tarde? São nove e meia, nena."– Ele disse enquanto ela pegava as chaves da biblioteca e a bolsa, caminhando até a saída junto com Recalt.
– "Tá bom! Seu chato."– Ela trancou a porta e tornou a seguir o rapaz argentino.
amor, amor
— No caminho passaram por uma conveniência, encontraram amigos e matias pediu cigarro para um morador de rua, fazendo Mônica pedir desculpas para o senhor e lhe dar um de seus próprios cigarros para suprir aquele que Matias havia pedido. O caminho foi longo, foram bons metros caminhando. A praia parecia ainda mais linda de noite. A areia fofa afundava as botas que Mônica usava, fazendo-a rir e tropeçar algumas vezes.
– "Vem! Tem uma mesa ali. Trouxe um baseado pra gente."– O sorriso travesso no rosto dele foi o suficiente para fazer risos altos escaparem de Mônica. Matias tinha aquele som como seu favorito: a risada dela.
— Os dois se sentaram de frente um para o outro. Na mesa, uma carteira de cigarros, dois isqueiros, uma garrafa do vinho barato que eles compraram em alguma conveniência antes de seguir o caminho para a praia, a bolsa dela e o casaco de Matias. Recalt acendeu o baseado e entregou a honra do primeira trago a Mônica, e enquanto ela usufruía da sensação ele bebia um longo gole do vinho aberto.
amor, amor
— Os olhos estavam avermelhados e sensíveis. Os dois tinham eles quase fechados. As íris castanhas se encaravam fixamente. Nada na areia, nada no mar, nada na calçada, nada do mundo.
– "Eu me prefiro com você."– Ela olhou para Matias com confusão estampada em seu rosto, tentando compreender as palavras soltas do argentino. – "Porra, eu prefiro, não. Eu gosto mais de mim quando eu to com você. Isso!"– Ela ficou tímida. As bochechas coraram em um tom de vermelho, o sorriso suave apareceu em seus lábios e ela fez aquela coisa da cocerinha no dedo indicador esquerdo. Ele sabia tudo. Os dois ainda se encaravam. Não desgrudavam o olhar um do outro por nem um mísero segundo. – "É tão confortável."– As pupilas dilatadas eram percebidas pelos dois. Pensavam se era pelo baseado ou talvez pelo amor confuso dentro deles.
amor, amor, amor.
— Matias engoliu a respiração pesada que ia soltar. A mente dele totalmente ocupada por imagens diversas de Mônica.
– "Nena, te-"– Ele não conseguiu terminar a fala. Mônica levantou e, derrubando algumas coisa da mesa, se debruçou sobre o concreto pintado de amarelo, segurou o rosto de Matias entre suas duas mãos e selou seus lábios em um beijo úmido. Tudo isso em um espaço de tempo de menos de cinco segundos. Ao sentir os lábios macios dela sobre os dele, Matias fechou os olhos com força, como quem queria aproveitar o momento mais importante de sua vida. Ainda segurando o rosto do argentino, Mônica separou os lábios abruptamente para que pudessem respirar. Estavam tão próximos que sentiam o ar quente que soltavam pelas narinas e pela boca um do outro.
– "Matias, eu te amo."–
– "Mônica, eu te amo pra porra!"– Ela riu com o palavreado de Matias, pensando no buraco de loucura que ela estava se enfiando.
– "Que baseado do caralho!"– Matias riu alto mas logo seus lábios já estavam juntos aos dela novamente.
Ali eles tinham tudo que precisavam:
amor.
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OFICIALMENTE A ÚLTIMA ROMÂNTICA!!!!
Sempre pensando no quão gostosinho deve ser namorar o Matias pprt!!
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sunnymoonny · 1 year ago
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[10:13] - ATL
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coisas fofinhas e boiolas com o anton lee <3
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Era impossível aguentar o calor do Rio de Janeiro. Por isso, quando seus amigos lhe chamaram para ir até a praia do Recreio, não pensou duas vezes antes de aceitar, mas não sem antes tirar uma dúvida.
você [10:36]: Anton, cê vai?
brachio [10:38]: e por quê eu iria?
você [10:38]: tu é chato em
brachio [10:39]: kkkkkkkkk eu vou, cê vai?
você [10:41]: se vc vai, eu vou 😗✌🏻
brachio [10:42]: kkkkkkk quer que eu te busque?
você [10:42]: com q carro, anton? tu nem dirige
brachio [10:42]: quem disse q é com carro? eu vou passar aí na sua casa, a gente pega o busão e vai, simples.
você [10:43]: só você, garoto kkkkk
brachio [10:44]: 😎😎😎
Às 10 horas escutou batidas em seu portão, sinalizando a chegada de Anton em sua casa. Deu uma última ajeitada em sua roupa e no biquíni por baixo dela, e logo foi em direção ao portão abrindo o mesmo.
Apenas com uma bermuda preta, uma regata branca e um óculos de sol, Anton estava lá, firme e forte para uma viagem de uma hora até a praia.
"Cadê sua bolsa?" Perguntou para o menino, saindo de sua casa e fechando o portão atrás de ti.
"Não preciso de bolsa, só preciso de um óculos de sol, minha carteira e minha melhor amiga, que por uma coincidência do destino, é bem mais precavida do que eu e trás esse bolsa enorme cheia de produtinhos de praia." Apontou para sua bolsa. Você abriu a boca surpresa, cada dia que passa Anton ficava cada vez mais folgado. "Vamos, se não, a gente perde o busão e chega lá só amanhã." Segurou sua mão e te puxou, andando com a mão colada na sua, um hábito que achava fofo, claro, quando não mexia completamente com seu coração.
No ônibus, você ficou sentada, enquanto Anton ficou em pé ao seu lado, segurando a barra para o sustento do corpo. Anton às vezes brincava com seu cabelo e até mesmo deu apoio para você quando você precisou dormir durante o trajeto, colocando sua cabeça apoiada em sua barriga, fazendo carinho nos seus fios.
Quando chegou no ponto final de vocês, Anton te acordou, rindo do seu rostinho amassado e da baba que escorria em sua bochecha.
"É sério que você babou em mim?" Anton disse assim que desceram do ônibus, olhando para a regata manchada justamente na área onde sua boca estava. "Olha a situação da minha blusa."
"Cala boca, eu não babei, é suor." disse limpando o canto da boca, envergonhada pela situação. "Se você tá tão preocupado assim com a blusa, é só tirar ela e lavar no chuveirão." disse, só não esperava que Anton faria o que você disse. Desde quando aquele menino havia crescido tanto? Ele estava indo na academia?
"Que foi? Perdeu alguma coisa aqui?" Anton perguntou sínico, sabia do efeito que causava em você, e não querendo mentir, adorava aquilo.
"Para de ser tão convencido e termina logo aí, o pessoal tá no posto 12 esperando a gente."
Anton riu e fez o que você disse. Andaram até o posto 12 juntos, encontrando rapidamente seu grupo de amigos. Sua amiga, Julia, havia levado uma caixinha de som, deixando o comando dela sob Shotaro...pelo menos ele tinha um gosto musical agradável. Sungchan já havia pedido os habituais petiscos que vocês sempre pediam, e o restante do pessoal, já não se via, todos estavam na água.
"Eu vou indo pra água, quando chegar o peixe é só dar um grito que eu venho correndo." Sungchan disse, seguindo a direção do mar logo após.
"Eu também galera." Shotaro acompanhou o amigo.
Anton e você se entre olharam, já sabiam que iriam ficar sozinhos na areia.
"Pode ir lá, alguém precisa cuidar das coisas do pessoal." O garoto disse, apontando em direção ao mar.
"Não, por enquanto não, prefiro ficar por aqui e pegar uma corzinha, inclusive..." remexeu pelo interior de sua bolsa, pegando o protetor solar e o entregando na mão de Anton. "Passa pra mim."
Viu Anton contorcer o rosto, mas logo sinalizou para você retirar sua camisa. O fez e se deitou sobre a canga estendida sobre a areia, de barriga para baixo, esperando sentir o geladinho do produto sobre sua pele, quando não o sentiu, virou sua cabeça na direção do garoto, o vendo paralisado com as mãos cheias de protetor.
"Anton, o que tá fazendo?"
"Ahm?" Pareceu acordar do transe, terminando de esfregar as mãos com protetor uma na outra. "Eu só tava olhando, sabe? Você mudou"
Seu rosto começou a ficar quente. Sabia que não era culpa do sol, e sim de Anton.
"Como assim eu mudei?"
"Sei lá, parece que só agora eu fui perceber a mulher que você se tornou e simplesmente eu não tô conseguindo lidar."
"O que você tá querendo di..."
"Só... só senta na canga."
Mesmo confusa, você seguiu o pedido de Anton, se sentando sobre o pedaço de pano.
"Olha Anton, eu não tô entendendo o que tá rolando aqui eu só sei que..." Foi interrompida.
Os lábios de Anton estavam sobre os seus. Foi tudo tão rápido e intenso para você que nem percebeu quando o garoto se afastou do selar, te olhando com um sorriso divertido no rosto pela sua expressão.
"Te quebrei?" Anton perguntou, e em um ato corajoso, se aproximou ainda mais de você, colocando uma de suas mãos sobre tua cintura. "Olha, eu sei que foi muito do nada isso, mas eu tô amarradão em você tem uns meses e pra mim isso não tá sendo fácil de esconder. Deixa eu mostrar o quanto eu gosto de você, da forma certa, se quiser, te levo até naquele barzinho na esquina da tua casa que você ama. Mas deixa eu te mostrar."
Quem você seria para negar?
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