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#aquitânia
historiamedieval · 2 years
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Berengária de Navarra nasceu por volta de 1165, a filha mais velha de Sancho VI 'o Sábio' Rei de Navarra e Sancha de Castela. Ela tinha 3 irmãos, Sancho (futuro rei Sancho VII de Navarra), Fernando e Ramiro, bispo de Pamplona e duas irmãs Constança e Branca de Navarra, que se casaram com o conde Teobaldo III de Champagne. Berengária foi descrita como tendo cabelos e olhos escuros, "pequena e uma excelente musicista... em todas as coisas, uma consorte adequada para um rei". Ambroise, um menestrel normando contemporâneo, a descreveu como "elegante e prudente". Ricardo I da Inglaterra, 'o Coração de Leão', estava noivo desde a infância de Alys da França, irmã do rei Filipe Augusto. No entanto, o pai de Ricardo, o rei Henrique II, fez de Alys sua amante e, portanto, Ricardo relutou em se casar com ela. A fofoca afirmava que Alys até deu à luz o filho do falecido rei. A mãe de Ricardo, Eleanor da Aquitânia, a rainha viúva da Inglaterra, escolheu Berengária como futura esposa para seu filho. Um casamento com Berengária era desejável, pois traria um dote que ajudaria Ricardo a financiar a Terceira Cruzada e forneceria proteção para as fronteiras do sul da Aquitânia. Ricardo era um grande amigo de seu irmão, Sancho, Berengária conheceu Ricardo apenas uma vez antes de seu casamento, em um torneio em Pamplona realizado por seu pai. A indomável Eleanor da Aquitânia, então com 70 anos, viajou pelos Pirineus para coletar Berengária e escoltá-la até a Sicília, onde deveriam se encontrar com Ricardo. Ao chegar à Sicília, eles se juntaram à irmã de Ricardo, Joana, a rainha viúva da Sicília. Eles esperavam encontrar Ricardo em Messina, mas ele já havia continuado sua jornada para a Terra Santa. Berengaria e Eleanor chegaram à Sicília durante a Quaresma e, portanto, o casamento só poderia ocorrer depois da Páscoa. Continua dos comentários _______ 📸Efígie de Bérengária de Navarra, Abadia de Epau _______ Fonte - Hilton, Lisa (2008). Queens Consort, England's Medieval Queens. Berengaria of Navarre (https://www.englishmonarchs.co.uk/plantagenet) #idademedia #medieval #middleages #historia #historiamedieval #england #inglaterra #barengaria https://www.instagram.com/p/CmjVcnFuS2Q/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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josefaleiro-41 · 2 days
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*Eventos Históricos - Dia 20 de Setembro*📜✒️
*331 a.C.* — Alexandre, o Grande inicia sua travessia ao rio Tigre para enfrentar o Império Aquemênida.
*537* — Transladados para o Vaticano, os restos mortais do Papa Agapito I, também conhecido como Santo Agapito.
*1058* — Inês da Aquitânia e André I da Hungria se reúnem para negociar sobre a zona de fronteira na atual Burgenland.
*1066* — Na Batalha de Fulford, Haroldo III da Noruega derrota os condes Morcar e Eduíno.
*1187* — Saladino inicia o Cerco de Jerusalém.
*1276* — Eleição do Papa João XXI. Único papa português da história.
*1378* — Eleição do Antipapa Clemente VII em oposição a Urbano VI: início do Grande Cisma do Ocidente.
*1519* — Fernão de Magalhães inicia, a partir de Espanha, aquela que seria a primeira viagem de circum-navegação do mundo.
*1697* — O Tratado de Rijswijk é assinado pela França, Inglaterra, Espanha, Sacro Império Romano e República Holandesa, encerrando a Guerra dos Nove Anos.
*1792* — Guerras revolucionárias francesas: tropas francesas impedem uma invasão aliada da França na Batalha de Valmy.
*1835* — Entrada, em Porto Alegre, pelos Farroupilhas, vencendo o Combate da Ponte da Azenha (início da Revolução Farroupilha).
*1854* — Guerra da Crimeia: tropas britânicas e francesas derrotam os russos na Batalha de Alma.
*1857* — A Rebelião Indiana termina com a retomada de Deli por tropas leais à Companhia Britânica das Índias Orientais.
*1870* — O corpo de Bersaglieri entra em Roma através da Porta Pia e completa a unificação da Itália.
*1898* — Santos Dumont realiza primeiro voo de um balão com propulsão própria.
*1906* — O RMS Mauretania, da Cunard Line, é lançado em Newcastle upon Tyne, Inglaterra.
*1910* — É lançado o transatlântico SS France, mais tarde conhecido como "Versalhes do Atlântico".
*1911* — O RMS Olympic, da White Star Line, colide com o navio de guerra britânico HMS Hawke.
*1946* — O primeiro Festival de Cinema de Cannes é realizado, tendo sido adiado sete anos devido à Segunda Guerra Mundial.
*1960*
Inaugurada a TV Cultura, uma rede de televisão pública brasileira sediada em São Paulo.
Benim, Burkina Faso, Camarões, Chipre, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Madagascar, Nigéria, República Centro-Africana, Somália, Chade e Togo são admitidos como Estados-Membro da ONU.
*1966* — Guiana é admitida como Estado-Membro da ONU.
*1967* — Lançamento do Queen Elizabeth 2 em Clydebank, Escócia.
*1977* — Djibouti e Vietnã são admitidos como Estados-Membro da ONU.
*1979* — Um golpe de Estado apoiado pela França no Império Centro-Africano depõe o imperador Bokassa I.
*1982* — Os jogadores de futebol americano começam uma greve de 57 dias durante a temporada da NFL de 1982.
*1990* — A Ossétia do Sul declara independência da Geórgia.
*1999* — Libertação de Timor-Leste pelas forças da ONU.
*2001* — Em um discurso em uma sessão conjunta do Congresso americano, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declara "Guerra ao Terror".
*2011* — As forças armadas dos Estados Unidos encerram sua política de "não pergunte, não conte", permitindo que homens e mulheres abertamente homossexuais ou bissexuais ingressem no serviço militar.
*2017* — O Furacão Maria chega a Porto Rico como um poderoso furacão de categoria 4, resultando em 2 975 mortes, 90 bilhões de dólares em danos e uma grande crise humanitária.
*2018* — Balsa tanzaniana naufraga no Lago Vitória, matando ao menos 227 pessoas.
*2019* — Início das greves globais contra as mudanças climáticas em 150 países como parte dos protestos da iniciativa Fridays for Future.
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🙏✝️25 DE SETEMBRO✝️🙏
🙏✝️São Firmino de Amiens, o bispo espanhol decapitado✝️🙏
✝️Origens✝️
São Firmino de Amiens era originário de uma família nobre de Pamplona na Espanha. Seus pais Fermo e Eugenia eram pagãos, mas, depois, se converteram na época do episcopado de seu filho. Firmino, que era o filho mais velho, foi confiado aos cuidados do padre Onesto, que o batizou e o instruiu na fé cristã.
✝️O primeiro bispo✝️
Mais tarde, foi ordenado sacerdote pelo bispo de Toulouse Onorato e, depois de alguns anos, bispo. São Firmino permaneceu em sua cidade natal de Pamplona, onde uma tradição local o considera o primeiro bispo da cidade. Depois, passou a evangelizar algumas regiões da França como Aquitânia, Auvergne, Anjou e outras no nordeste. Apesar da oposição dos sacerdotes pagãos, os resultados de seu trabalho foram sensacionais.
✝️Desafios apostólicos✝️
Os “Atos” dizem que ele também foi preso por ordem do governador romano Valério, açoitado e, depois, libertado. Em seus itinerários, acabou parando em Amiens (a antiga Samobriva Ambianorum) onde foi bispo com grande sucesso por muitos anos. Sabe-se que ele converteu muitos nobres incluindo o senador Faustiniano, de cujos descendentes o outro bispo confessor São Firmino de Amiens (celebrado em outra data).
✝️Páscoa✝️
Pelos diligentes magistrados Longulo e Sebastiano, foi novamente preso no início do século IV e convidado a abjurar, mas São Firmino de Amiens recusou, mantendo-se firme em sua fé. Então, os magistrados, para evitar uma reação popular, mandaram decapitá-lo na prisão em 25 de setembro de um ano não especificado entre 290 e 303.
✝️Suas relíquias✝️
No século VII, não se sabia onde estava o túmulo do santo bispo e mártir, mas, por uma visão milagrosa, o bispo de Amiens São Salvio o encontrou. Suas relíquias estão espalhadas em várias igrejas da França, pois o culto a São Firmino de Amiens teve uma ampla difusão, tanto na França como na Espanha. Em Pamplona, em particular, é muito solene, documentado pela primeira vez em 1186, quando o bispo da cidade Pedro II recebeu algumas relíquias de São Firmino Amiens. Em 1217, na catedral havia um altar dedicado a ele e a festa foi celebrada com uma oitava.
✝️Devoção atual✝️
Atualmente, na cidade de origem, existem duas capelas dedicadas a ele, uma na catedral e outra na igreja de São Lorenzo, construídas segundo a tradição no local da casa natal de São Firmino de Amiens. A festa em Pamplona ficou muito conhecida no mundo, pela corrida de touros, o famoso “encierro”, que acontece nas ruas da cidade por cerca de 850 metros, com touros livres correndo junto com homens bastante ousados, com a participação de uma grande multidão e numerosos turistas, e terminando na arena. Em Amiens, na França, o nome de São Firmino foi incluído nas ladainhas medievais dos santos, e, na antiguidade, havia cinco celebrações em sua homenagem durante o ano, incluindo 25 de setembro, dia do martírio e data em que ele é inserido no ‘Martyrologium Romanum’.
✝️Padroeiro e representações artísticas✝️
Na Idade Média foi invocado como protetor dos tanoeiros, mercadores de vinho, padeiros e contra as doenças. Na arte figurativa, as obras confundem-se em Amiens, precisamente pelos dois bispos homónimos da mesma diocese, mas os de Firmino bispo e mártir são mais facilmente identificáveis, ​​devido ao seu martírio, que o tornou mais famoso; de fato, tendo sido decapitado, em algumas obras ele é retratado com a cabeça na mão ou olhando para a cabeça decepada no chão. Os ‘Atos’ que falam dele datam do século V ou VI, tendo motivos de decorações escultóricas na própria catedral de Amiens.
🙏✝️Minha oração✝️🙏
“Pelo teu sangue, fizeste frutificar a fé do povo, intercedei por aqueles que lhe rogam e pelo povo no qual viveu o seu bispado. Que teu exemplo seja fortaleza e consolo para os europeus, assim como para nós. Amém!”
🙏✝️São Firmino, rogai por nós!✝️🙏
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pacosemnoticias · 1 year
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112 Transfronteiriço está a ser articulado entre INEM e congénere espanhola
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) revelou que o projeto do 112 transfronteiriço está "em articulação com as entidades operacionais dos dois lados" da fronteira entre Portugal e Galiza, Espanha.
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“O projeto está em articulação entre as entidades operacionais dos dois lados [o Instituto Nacional de Emergência Médica — INEM e a congénere espanhola AXEGA]. Vamos pressionando, vamos interagindo com essas entidades. Há questões e vontades, e a necessidades de ter meios financeiros para isso”, observou António Cunha, em Vigo, em Espanha, em declarações aos jornalistas à margem da participação na cerimónia de abertura do II Encontro de Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial (AECT) ibéricos.
O também presidente de turno da Eurorregião Galiza — Norte de Portugal sinalizou que o programa POCTEP da União Europeia, direcionado à cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha, “acabou de aprovar um projeto nesse domínio, pelo que as coisas estarão mais facilitadas” no sentido de uma progressão.
Em novembro, durante a cimeira ibérica que decorreu em Viana do Castelo, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, anunciou que o 112 Transfronteiriço deverá estar a funcionar em toda a fronteira entre Portugal e Espanha em 2023.
O objetivo é replicar este protocolo e o projeto em todas as outras regiões de Portugal e de Espanha, país onde as competências de saúde são das regiões autónomas.
Em relação ao estatuto de trabalhador transfronteiriço, António Cunha disse que “ainda não aconteceu”, mas estão a ser dados passos na sua direção e “os governos centrais [de Portugal e Espanha] estão a trabalhar neles”.
“É um processo que tem naturais dificuldades. É um conceito difuso e, desde logo, o conceito precisa de ser clarificado. Há pessoas que atravessam todos os dias a fronteira, outros que passam a semana do outro lado, há trabalhadores que são parcialmente transfronteiriços”, notou.
O presidente da CCDR-N admitiu que as regiões transfronteiriças queriam “andar mais depressa”, mas salientou que o processo “está a andar e o importante é caminhar nesse sentido”.
“Para nós que estamos na fronteira é um tema que reportamos de muito necessário, mas entendemos a dificuldade, nomeadamente a associada à definição de conceitos e a forma como pode ser enquadrado nas duas legislações”, afirmou.
António Cunha apontou ainda os “passos positivos” já dados, como “a criação de um roteiro que é um documento orientador” para os trabalhadores transfronteiriços e o facto de o grupo de trabalho já ter emitido legislação na área do teletrabalho.
Eurorregiões de Portugal, Espanha e França reúnem-se hoje e na terça-feira para promover e aprofundar a cooperação e reivindicar o estatuto do trabalhador transfronteiriço.
“A Europa tem 1,3 milhões de trabalhadores transfronteiriços, e a Galiza e o Norte de Portugal concentram mais de metade desses trabalhadores”, disse à Lusa Nuno Almeida, diretor do AECT Galiza — Norte de Portugal.
O AECT da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal é constituído pela Junta de Galiza e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O II Encontro de Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial (AECT) ibéricos realiza-se em Vigo até terça-feira e conta com a participação do AECT Aquitânia/Euskadi/Navarra, do AECT Pirenéus Mediterrâneo, do AECT Rio Minho, do AECT GNP, do AECT Chaves-Verín e do AECT Duero-Douro.
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ludusschola · 1 year
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História - Império Angevino ou Plantageneta
Este conglomerado de entidades territoriais fez parte dos domínios feudais da casa inglesa dos Plantagenet desde meados do século XII até o início do século XIII.
A área do seu domínio abrangia a Inglaterra, algumas partes do País de Gales e da Irlanda e uma área aproximada de metade da França.
O Império começou com Henrique Plantagenet, que sucedeu ao seu pai Geoffrey Conde de Anjou em 1151. De sua mãe Matilde, rainha da Inglaterra desde 1135, obteve esse país e a Normandia, que lhe foi dada em 1150.
Henrique Plantagenet casou-se em 1152 com Leonor da Aquitânia, a mais rica herdeira da Europa e que tinha sido casada com Filipe II da França.
A sede dos Plantagenet esteve em Angers e Chinon, apesar do seu título de maior patente ser o da Inglaterra.
Este enorme poder confrontou-os com a casa real francesa dos Capeto, que deviam ser vassalados sob as suas posses continentais.
O Império foi enfraquecido pela luta dos filhos de Henrique II contra ele, instigados pela sua mãe Leonor, irritada por saber notícias da amante do seu marido.
O expoente mais famoso desta dinastia foi Ricardo Coração de León, rei de 1189 a 1199, terceiro filho de Henrique II, que teve uma importante participação na Terceira Cruzada e que só pisou duas vezes na Inglaterra.
Filipe II da França, rei entre 1180 e 1223 foi um monarca preocupado com o fortalecimento do seu domínio, então todo o seu reinado foi um contínuo confronto com a nobreza para reforçar o poder real. Foi bem-sucedido no seu confronto contra os Plantagenet que confiscou em várias vezes os seus territórios e foi progressivamente dominando-o.
Na guerra anglo-francesa de 1213-1214, derrotou o rei João Plantageneta (1199-1216), que perdeu quase todos os seus bens continentais.
No final do reinado de Filipe II da França, as posses dos Plantagenet em França tinham sido reduzidas a Gasconha, no sudoeste da França, mas a partir daí foram lançadas as bases para a Guerra dos Cem Anos, que explodiria cerca de cem anos depois.
#imperio#historia#historiaonlina#historiaenem#history#imperioangevino#imperioplantageneta#guerradoscemanos#CemAnos
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filmes-online-facil · 2 years
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Natal de 1183 - Um envelhecido Rei Henrique II planeja uma reunião onde ele espera escolherr seu sucessor. Ele convoca as seguintes pessoas para o Natal: suas ardilosa mas aprisionada esposa, Rainha Eleanor de Aquitânia; sua amante, a Princesa Alais, com quem ele deseja se casar; seus três filhos (Richard, Geoffrey, e João), todos os quais desejam o trono; e o jovem mas astuto Rei Filipe da França (que também é irmão de Alais). Com o destino do império de Henrique em jogo, todo mundo inicia sua própria luta de mentiras e traição para garantir sua reivindicação. Natal de 1183 - Todos os três filhos do rei Henrique II querem herdar o trono, mas ele não vai se comprometer com uma escolha. Então eles e sua ardilosa esposa tramam para forçá-lo.
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considerandos · 1 year
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Entre espanhóis e castelhanos
Acho francamente curiosa a facilidade com que os meus compatriotas designam por espanhóis os nuestros hermanos, sem se preocuparem minimamente com a sua origem. Tudo o que venha do outro lado da fronteira e fale castelhano é espanhol e pronto. É quanto basta para um português, até porque de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento, como diz o povo.
Eu, no entanto, tenho um enorme pudor em usar o adjetivo espanhol. Faço questão de chamar os castelhanos e a sua língua pelo nome que têm, tal como os catalães, os bascos, os galegos e os outros povos peninsulares, mesmo quando falam a mesma língua dos castelhanos.
É que espanhol, em rigor, também eu sou, apesar de ser português.
A Hispânia era uma antiga província romana que chegou a incluir, durante alguns séculos, a totalidade da península Ibérica. E muitos eram os povos que a habitavam. Havia os Iberos, os celtiberos, os vascões, os lusitanos, os galaicos, os ástures, os cântabros, os váceos, os ilergetas, os lacetanos, os edetanos, os contestanos, os bastetanos, os turdetanos, os cónios, os célticos, os vetões, os túrdulos, os oretanos, os carpetanos e os vetões, entre muitos outros que foram desaparecendo, sem contar com os Ilhéus das baleares e com as colónias fenícias, cartaginesas e romanas, que por cá se estabeleceram.
Os gregos deram à península o nome de Ibéria, que ainda hoje conserva, mas o romanos chamaram-lhe Hispânia, por influência do nome Ispânia, como era designada entre os conterrâneos dos Barcas, a quem Roma conquistou as primeiras províncias ibéricas, durante as guerras púnicas.
Mas se a Hispânia foi das primeiras províncias romanas a ser conquistada, no início das segundas guerras púnicas, em 219 A C., durou quase duzentos anos a ser totalmente dominada, o que sucedeu já com Augusto, em 29 A.C., data em que foi verdadeiramente instaurada a Pax romana em terras hispânicas.
Mas essa conquista não ditou o fim da identidade cultural dos vários povos ibéricos, reconhecidos como povos distintos pelos romanos, que dividiram a península em várias províncias. Os povos da Península falavam línguas diferentes uns dos outros, assim como na escrita usavam alfabetos diversos. Os Turdetanos por exemplo, eram conhecidos por escreverem a sua história, leis e poemas em verso.
Este domínio imperial romano gerou uma ideia de uma Hispânia una, que nunca existiu verdadeiramente, pois mesmo durante o domínio imperial e no período áureo da romanização, continuaram a existir, primeiro três províncias, a Tarraconense, a Bética e a Lusitânia, e mais tarde, com a divisão provincial de Diocleciano, cinco províncias, juntando-se a Cartaginense e a Galécia às três anteriores.
Mais tarde, pressionados pelo avanço dos hunos, em 405, três tribos germânicas, os vândalos, os búrios e os suevos, juntamente com os alanos, de origem sármata, atravessaram o Reno em direcção à Gália e instalaram-se na Península, onde os visigodos já esboçavam a quebra das ligações da Hispânia romana com o restante império.
Com grande parte da Península já fora do seu controlo, o Imperador Romano do Ocidente, Honório (r. 395-423), encarregou a sua irmã, Gala Placídia, e o seu marido, Ataulfo, o rei visigodo, de restaurar a ordem, concedendo-lhes o direito de se instalarem na Península desde que cooperassem na defesa e manutenção da região.
Os visigodos conseguiram assim subjugar os suevos e expulsar os vândalos, que migraram para o Norte de África. Em 484, estabeleceram Toledo como capital.
Contudo este reino visigótico, que durou de 418 a 711, nunca foi uma verdadeira Hispânia, mas sim uma tentativa fracassada de reconstruir o império romano do ocidente, sob a égide dos reis visigodos, convertidos ao cristianismo e à língua latina. Ocupou o sudoeste da Gália (atual França) e a Península Ibérica dos séculos V-VIII.
Sucessor do Império Romano do Ocidente, foi criado quando os romanos assentaram os visigodos sob Vália (r. 415–419) na província da Aquitânia, e estes começaram a se expandir em direção à Península Ibérica, resistindo às tentativas de reconquista bizantina.
Em 711 iniciou-se a conquista muçulmana da península pelo Califado Omíada, estendendo-se em grande parte de 711 a 788. A conquista resultou na destruição do Reino visigótico e no estabelecimento do Emirado independente de Córdova; foi Abderramão I quem completou a unificação da Ibéria governada por muçulmanos, ou al-Andalus (711-1492).
Mas também o al-Andaluz não uniu a Hispânia, restou o reino cristão das Astúrias, de onde se iniciou o longo período de reconquista, que duraria quase 800 anos. Mas mesmo na parte andaluza, a fragmentação sempre foi grande.
Era inicialmente um emirado integrado na província norte-africana do Califado Omíada, tendo sido também Califado de Córdova, diversas Taifas, província Almorávida, Califado Almóada e na sua última fase, Reino Nacérida de Granada.
Até à queda de Granada perante os exércitos dos reis católicos.
Foi precisamente esse facto que levou os Reis Católicos, no entusiasmo da vitória, após oito séculos de presença muçulmana na Ibéria, a aspirar ao domínio integral da velha Hispânia, não hesitando em chamar Reino Católico de Espanha ao novo estado, resultante da união, por matrimónio de Castela e de Aragão, a que se juntou a conquista pelas armas do último reino mouro peninsular de Granada.
Mas quando, em 1512, nasce a monarquia espanhola, existiam mais dois reinos independentes na península, Portugal e Navarra.
É certo que Navarra perde os seus territórios a sul dos Pirenéus, precisamente em 1512, o que mais terá convencido os reis católicos da sua predestinação à unificação peninsular. Subsiste ainda, como reino independente, até 1620, quando Henrique de Bourbon, rei de Navarra, se torna também rei de França, como Henrique IV, unificando os dois reinos.
Mas continuou sempre a existir Portugal.
Filipe II, bisneto dos reis católicos, conseguiu ser Rei de Portugal em 1580, iniciando a dinastia filipina que duraria até ao seu neto, Filipe IV, em 1640. Mas nunca Portugal foi unificado com Espanha, ao contrário do que sucedeu com Navarra e França.
Depois da subida ao poder dos Habsburgos em Espanha, com Carlos I, filho de Joana a Louca de Castela e Filipe o Belo de Habsburgo, as aspirações da dinastia vão muito além do domínio peninsular.
Fruto da união destas duas poderosas casas reais europeias, Carlos foi Sacro Imperador Romano e Arquiduque da Áustria a partir de 1519, Rei da Espanha a partir de 1516 e Senhor dos Países Baixos, como Duque da Borgonha a partir de 1506. Como chefe da crescente Casa de Habsburgo, durante a primeira metade do século XVI, os seus domínios na Europa incluíam o Sacro Império Romano, estendendo-se da Alemanha ao norte da Itália, com domínio direto sobre as terras hereditárias austríacas e os Países Baixos da Borgonha, tendo também unificado a Espanha, com seus reinos do sul da Itália de Nápoles, Sicília e Sardenha. Além disso, no seu reinado ocorreu a intensificação e consolidação da Colonização espanhola da América.
O seu filho e sucessor, como rei de Espanha, Filipe II, não lhe ficou atrás. É certo que perdeu o Império alemão e austríaco mas, em contrapartida foi rei de Espanha (1556-1598), rei de Portugal (1580-1598), rei de Nápoles e Sicília (ambos de 1554) e jure uxoris rei da Inglaterra e Irlanda (durante o seu casamento com a Maria I, de 1554 a 1558). Ele também foi duque de Milão e a partir de 1555, senhor das dezessete províncias dos Países Baixos Espanhóis, além de senhor das Filipinas, nomeadas em sua honra, e das muitas províncias americanas.
Talvez por isso tenha dado pouca importância à unificação peninsular. Preferiu colecionar mais um título e uma coroa, do que persistir nessa velha quimera da união hispânica. O sol nunca se punha nos reinos de Filipe, desde as Filipinas à Califórnia. Porque se haveria de importar com a união Ibérica? Aliás, ele próprio era a personificação da diversidade ibérica, filho e neto de belgas e portugueses, neto e bisneto de castelhanos e aragoneses, foi criado em Espanha, por portugueses e espanhóis, para ser rei de meia Europa e de imensas possessões ultramarinas. A Ibéria era demasiado pequena para os Habsburgos.
Mas também pode ter sido o seu sangue português a impedir a unificação. Filho de Isabel de Portugal, nascido no palácio de Pimentel, em Valladolid, do Marquês de Távara, criado na corte real de Castela, mas sob os cuidados de sua mãe e de uma de suas damas portuguesas, Dona Leonor de Mascarenhas, a quem ele era devotadamente ligado, Filipe viveu perto de suas duas irmãs, Maria e Joana, e de seus dois pajens, o nobre português Rui Gomes da Silva e Luis de Requesens, filho de seu governador Juan de Zúñiga. Era fluente em várias línguas, entre elas o português materno.
Mas as revoltas acumularam-se, com os seus sucessores, mostrando assim que à união dinástica estava longe de corresponder uma verdadeira Espanha unida.
A Catalunha teve um breve período de independência, como República, entre 1640 e 1652, antes de ser derrotada e ver o seu território dividido entre a Espanha e a França.
Portugal revolta-se no mesmo ano de 1640 e consegue, com grande esforço e abnegação, manter a independência, após os 28 anos da Guerra da Restauração, com Espanha.
Os domínios da Coroa de Aragão mantiveram-se soberanos, com fronteiras estabelecidas e instituições de autogoverno próprias até 1707, quando Felipe IV integrou definitivamente Aragão no Reino de Espanha, depois da Guerra da Sucessão.
Por tudo isto, fica bem evidente que a Espanha, enquanto união política e nacional de toda a península Ibérica é um mito, alimentado sucessivamente por romanos, visigodos e castelhanos. Nunca existiu e não se vislumbra no horizonte do futuro próximo.
Pelo contrário, assistimos outrossim ao crescimento dos sentimentos autonómicos e independentistas de várias regiões do atual reino de Espanha, como a recente crise separatista da Catalunha deixou bem evidente, ou a luta armada da ETA pela independência do Euskadi, a antiga terra dos Vascões.
Não admira assim que eu resista a chamar espanhol à língua castelhana ou a rotular de pretensiosa a existência de um reino de Espanha. É que eu também me sinto espanhol, mas sem abdicar da minha identidade portuguesa.
Não sou nacionalista, não me oponho a processos de união política, sejam eles peninsulares ou europeus, desde que democráticos e preservadores da autonomia e identidade próprias de cada povo e nação.
Mas não tolero imperialismos. A unificação sob a hegemonia de uma nação dominante, seja ela a castelhana ou outra qualquer, é o oposto da união. É o domínio, a imposição da língua, da história, dos costumes e da cultura dos vencedores sobre os vencidos.
O reino de Espanha, por muito reformado pela democracia e a autonomia regional, continua a ser uma expressão de domínio de Madrid e de Castela sobre os territórios sucessivamente conquistados. À excepção de Portugal, o único resistente peninsular à hegemonia castelhana.
Por isso não gosto de chamar Espanha a Castela ou espanhol ao castelhano.
Sou espanhol, mas não sou castelhano, tal como os muitos outros povos peninsulares que preservaram as suas línguas, culturas, tradições e história.
A minha Espanha não fala castelhano nem tem um governo em Madrid. Fala todas as línguas ibéricas e tem tantos governos quantas as nações que a compõem e quiserem preservar a sua autonomia.
Da mesma maneira que sou europeu sem prescindir da independência do meu país, seria espanhol, numa Espanha republicana e confederada, onde cada nação fosse independente e livremente governada pelos seus próprios governos, democraticamente eleitos.
A minha utopia é assim tudo menos nacionalista. Aspiro à união, mas no respeito pela identidade e liberdade próprias de cada povo.
A uma união que acrescente, por oposição à existente, que reduz.
16 de Junho de 2023
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angelanatel · 1 year
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A conversão da chaturanga hindu ao xatrandj árabe-islâmico, e posteriormente ao xadrez europeu cristão, foi um processo de mudanças que refletia as sociedades onde o jogo de estratégia era jogado, e isso se mostrou principalmente no câmbio simbólico das peças de uma civilização para a outra.
Trazido pelos muçulmanos à Espanha moura por volta do século VIII, as centúrias seguintes viram a peça do vizir, principal figura das cortes islâmicas após o sultão, califa, emir ou xá, ser substituído pela versátil rainha, que emulava o papel estratégico das monarcas na Europa cristã medieval, à la Eleonor da Aquitânia. O elefante, animal afro-asiático que a imensa maioria dos europeus medievais sequer sabiam do que se tratava, foi substituído pelo poderoso e mais familiar bispo, muito mais condizente com um continente fortemente católico onde a Igreja era fundamental na política, emulando figuras como o Papa Inocêncio III.
E quanto à biga, herança clássica do exército indiano preservada no xadrez trazido pelos muçulmanos, foi substituída por um símbolo militar mais europeu, a torre, como as dos muitos castelos que coroavam aquelas terras distantes da Índia, onde o xadrez havia passado por mais uma conversão religiosa e cultural. Porém, a expressão pérsico-arábica que define o jogo, šāh mata, ou ‘’o xá (rei) morreu’’, continuou, como xeque mate.
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mmlcc08032021sss · 2 years
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Santo Hilário
Hilário nasceu em Poitiers (França) no princípio do século IV. Eleito bispo da sua cidade natal, por volta do ano 350, combateu valorosamente a heresia dos arianos. Na Aquitânia, região da atual França, defendeu energicamente a fé nicena sobre a Trindade e sobre a divindade de Cristo. Para defender a fé católica e interpretar a Sagrada Escritura escreveu várias obras cheias de sabedoria e doutrina, e alguns hinos. São célebres os seus comentários aos Salmos e ao Evangelho de são Mateus. Morreu no ano 367. A sua «deposição», a 13 de janeiro, é lembrada no martirológio jeronimiano do século VI.
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historiamedieval · 2 years
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Na viagem de regresso, Ricardo naufragou na costa croata, decidindo assim retornar a pé até a Saxônia, mesmo sabendo que o caminho de volta passaria pelas terras de Leopoldo V da Áustria, agora seu inimigo, que não lhe havia perdoado os insultos recebidos em Acre - Israel. Utilizando roupas discretas e um número reduzido de cavaleiros como companhia, ainda assim foi descoberto, e na cidade de Erdberg foi encontrado numa hospedaria, e feito prisioneiro por Leopoldo da Áustria, sendo mais tarde vendido ao imperador Henrique VI do Sacro Império, que o libertou em troca de resgate em dinheiro. O seu cativeiro em Dürnstein, na Áustria, não foi severo e durante os quatorze meses em que foi mantido prisioneiro (dezembro de 1192 a 4 de fevereiro 1194) Ricardo continuou a ter acesso aos privilégios que a sua condição de rei determinava. O seu resgate custou 150.000 marcos ao tesouro de Inglaterra, soma equivalente ao dobro da renda anual da coroa, o que colocou o país na absoluta bancarrota e obrigou a muitos impostos adicionais nos anos seguintes. Como prova de agradecimento a Deus pela sua libertação, Ricardo arrependeu-se publicamente dos seus pecados e foi coroado uma segunda vez. Apesar do esforço do país para o libertar, Ricardo abandonou a Inglaterra de novo ainda no mesmo ano de 1194 para lidar com os problemas fronteiriços com a França nos territórios do continente. Desta vez para não mais regressar. Ricardo morreu como consequência de ferimentos provocados por uma flecha que o atingiu no ombro em abril de 1199. O próprio facto de ter sido atingido naquela zona do corpo é revelador da sua personalidade. Se tivesse usado uma armadura nesse dia, não teria morrido. O seu corpo está sepultado na Abadia de Fontevraud, junto de Henrique II de Inglaterra e de Leonor da Aquitânia, seus pais. O rei Ricardo morreu sem deixar descendentes e foi sucedido pelo seu irmão João Sem Terra. _______ Fonte - Flori, Jean (1999), Richard the Lionheart: Knight and King #Curitiba #idademedia #medieval #historia #saopaulo #cwb #history #lionheart #middleages (em Curitiba, Paraná) https://www.instagram.com/p/CmYykX6MhxU/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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aloneinstitute · 2 years
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Leonor de Aquitânia
Foi rainha da França, depois da Inglaterra, mãe de dez filhos, entre os quais três reis, política arguta e mulher de caráter; desrespeitou a ordem estabelecida duas vezes, ao pedir e obter o divórcio do primeiro marido e ao se livrar da tutela do segundo. Com mais de 70 anos, tinha ainda forças para lutar pela libertação do filho Ricardo Coração de Leão, e então aposentou-se em Fontevraud, no vale do Loire, onde faleceu aos 82 anos.
Leonor era fluente em cerca de oito línguas, aprendeu matemática e astronomia, e discutia leis e filosofia a par com os doutores da Igreja. Esta educação, excepcional por ser mulher e em uma época em que a maior parte dos governantes eram analfabetos, permitiu-lhe desenvolver espírito crítico e sagacidade política.
Sua lápide, em Fontevraud onde morreu em 1204, a representa com um livro aberto nas mãos para lembrar que fora, durante a vida inteira, protetora dos poetas e trovadores e das artes.
A lápide de Leonor de Aquitânia é uma das primeiras representações de uma mulher lendo.
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ssscarreira · 2 years
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São Vicente de Paulo
Vicente de Paulo nasceu na Aquitânia, França, em 1581. Completados os estudos e ordenado presbítero, exerceu o ministério paroquial em Paris, na França. Dedicou-se à evangelização das populações rurais, foi capelão das galeras e apóstolo da caridade no meio dos pobres, dos doentes e dos sofredores. A sua voz fez-se intérprete dos direitos dos humildes diante dos poderosos. Fundou a Congregação da Missão, destinada à formação do clero e ao serviço dos pobres. Com a ajuda de Santa Luísa de Marillac fundou também a Congregação das Filhas da Caridade. Morreu em Paris, no ano 1660.
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lorirwritesfanfic · 3 years
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Eu gosto desse nome desde que li um livro sobre a Eleanor da Aquitânia. E sim, Ellie é o apelido padrão. 😊
Eu particularmente sou indiferente a esse nome mesmo nas versões em outras línguas. Acho que é a sonoridade do nome que não me atrai... Sei lá... 👀
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vinhonosso · 5 years
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No dia do meu aniversário, o post tinha que ser especial: este é o belíssimo “Malbec Argentino 2015” da @CatenaWines que tive o prazer de beber recentemente. . O rótulo é um show à parte, e conta a história da uva Malbec através de 4 figuras femininas: Eleanor da Aquitânia (representando a França, o berço da Malbec), a Imigrante (a vinda da uva para o Novo Mundo), a Phylloxera (praga que extinguiu a Malbec na Europa) e Adrianna Catena (responsável pelo ressurgimento da uva na Argentina). . O vinho é um blend de Malbec provenientes de vinhas muito velhas dos vinhedos “Angelica” (em Lulunta) e “Nicasia” (em Altamira, no Vale do Uco), ambos em Mendoza, colhidas manualmente. . As uvas são fermentadas em barricas de carvalho francês por leveduras selvagens, e o vinho envelhece 18 meses em barricas também de carvalho francês. . Na taça, tem coloração rubi média. Os aromas, fragrantes, são de frutas vermelhas maduras, especiarias (como canela e pimenta-do-reino) e madeira nova. Na boca, tem corpo médio, acidez média-alta e taninos moderados (com muita qualidade). Sabores de fruta e madeira, com longa persistência. . Um vinho imponente, com boa estrutura, equilibrado e elegante. A madeira ainda um pouco evidente, mas bem integrada ao conjunto... Deve ganhar complexidade com a guarda e, certamente, tem mais de uma década pela frente. 94 pontos! . . Um clássico argentino trazido pela @MistralVinhos. . . #vinhonosso #catenawines #catenazapata #malbecargentino #malbec #argentinianwine #winesofargentina #redwine #vinhotinto #instawine #winestagram #winetime #winetasting #tastingnotes #wineporn #wineoclock #wineglass #winebottle #winelabel #vino #wine #vinho #vin #wein #vinho🍷 #winelovers #winelover #wineblog #degustação #wineoftheday (em D'autore Restaurante) https://www.instagram.com/p/B58rxI7jwbQ/?igshid=1cjywyy0ytizk
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filmes-online-facil · 2 years
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Em meados do século XVIII, as mulheres são fáceis e os homens dedicam-se ao seu esporte predilecto: a guerra. Fanfan (Vincent Perez) é um belo rapaz, ingênuo e sensível, que se engaja no exército de Luís XV. Adelle (Penélope Cruz), filha de um sargento, prediz que o futuro de Fanfan será glorioso. Durante as batalhas na Aquitânia, Fanfan salva uma carruagem real do ataque de uma horda: nela estão Madame Pompadour e Henriette, filha do soberano. Tem início o cumprimento da profecia de Adelle...
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angelanatel · 1 year
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Em meados do século I AEC., as tribos de língua celta da Gália haviam se consolidado em várias coalizões importantes. De acordo com Júlio César, a Gália estava dividida em três partes: Aquitania, no sudoeste (de onde vem o nome Aquitânia), Belgica, no norte (a origem do nome Bélgica), e Celtica, que era essencialmente o que hoje é o centro e o sudeste da França. Os principais eventos que levaram à conquista aconteceram na região da Céltica.
De muitas maneiras, a conquista romana da Gália foi um acidente e envolveu sérias rivalidades políticas entre as elites governantes de Roma e da Gália. Dois dos grupos tribais mais importantes da Céltica eram os Sequani, que viviam na margem ocidental do Reno, e os Aedui, que viviam a oeste deles, no que hoje é a França central. Em 71 AEC., os Sequani e os Aedui se envolveram em uma briga. Os Sequani precisavam de ajuda. Eles decidiram chamar seus vizinhos da margem oriental do Reno, uma tribo germânica chamada Suebi, liderada por um chefe chamado Ariovistus. No entanto, depois de derrotarem os edui, os suevos germânicos permaneceram no local e começaram a cobrar tributos das tribos celtas da região. Isso fez com que os Aedui procurassem seus próprios aliados, e as pessoas mais poderosas que eles puderam pensar em chamar eram os romanos. Assim, em 60 AEC., o chefe dos Aedui, um homem chamado Divitiacos, pediu ajuda a Roma contra os germânicos.
Quando Divitiacos visitou Roma, ele foi hóspede do irmão mais novo de Cícero, e o próprio Cícero menciona Divitiacos em suas cartas. Divitiacos dirigiu-se ao Senado romano para pedir uma aliança. Ele retornou à Gália com uma vaga promessa de ajuda romana, e Cícero certamente apoiou a ideia de uma aliança com os Aedui. Mas a política romana não foi interrompida de forma a favorecer os gauleses. O adversário político mais perigoso de Cícero era Júlio César, uma estrela em ascensão que se tornou cônsul em 59 AEC. Ele decidiu que, em vez de apoiar uma aliança com os Aedui sob o comando de Divitiacos, Roma deveria fazer uma aliança com os germânicos sob o comando de Ariovistus. O fato de Júlio César estar do lado dos germânicos apenas tornou os suevos ainda mais ousados e eles fizeram ainda mais incursões no território celta.
A essa altura, as várias tribos da Gália estavam divididas internamente sobre se fazia sentido se acomodar à dominação externa, seja pelos romanos ou pelos alemães. Muitos líderes tribais, como Divitiacos, dos Aedui, achavam que essa era a melhor opção que tinham. Mas o irmão mais novo de Divitiacos, um homem chamado Dumnorix, achava que se aconchegar aos romanos não os levaria a lugar algum. Ele procurou seu sogro Orgetorix, o chefe dos Helvetii, uma grande tribo celta que ocupava o território hoje conhecido como Suíça. Orgetorix também fez uma aliança com o filho descontente do chefe dos Sequani, um homem chamado Casticos. A ideia dessa aliança era reunir todos os celtas em uma federação unida para resistir à invasão dos alemães ou dos romanos. No entanto, a aliança fracassou.
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De volta a Roma, em 60 AEC., Júlio César fez um pacto com duas outras figuras políticas romanas poderosas, Pompeu, o Grande, e Crasso. Essa aliança foi chamada de Primeiro Triunvirato. No entanto, a aliança não se baseava no respeito mútuo, mas no reconhecimento de que nenhum dos três era - ainda - poderoso o suficiente para dominar os outros. Os três homens dividiram o império da República em esferas de influência. César ficou com as províncias de Illyricum, Gália Cisalpina e Gallia Narbonensis, que era outro nome para a Província ou Provença. Essas não eram as partes mais ricas do império, pois Pompeu e Crasso, mais bem-sucedidos, ficaram com elas. Portanto, se César quisesse obter lucro, tanto econômica quanto politicamente, precisaria expandir o território sob seu comando. Isso significava expandir-se para a Gália.
Em 58 AEC., César teve a desculpa perfeita para fazer exatamente isso, quando o mundo celta de repente se tornou ainda mais instável do que o normal. Várias tribos germânicas começaram a se deslocar para o território dos helvécios a partir do norte e do nordeste, e os helvécios decidiram se deslocar para o oeste para sair do caminho deles. Isso significava atravessar os territórios dos Aedui e dos Sequani. Apesar do fato de Júlio César não ter se interessado por uma aliança romana com os edui alguns anos antes, agora Divitiacos estava disposto a tentar novamente. Ele mandou avisar a César que os Helvetii estavam se movendo. César estava ansioso para demonstrar aos outros dois membros do Triunvirato, bem como à população romana em geral, que era totalmente capaz de proteger sua província de Gallia Narbonensis contra esses gauleses migrantes. Ele prontamente marchou para o norte para se encontrar com os Helvetii. Eles viraram para noroeste em direção ao território dos Aedui, e César os seguiu.
A chegada de César fez explodir as tensões entre os edui, entre facções pró-romanas e anti-romanas. Muitos dos eduítas estavam ajudando os helvécios. César exigiu que eles parassem e desistissem, e provavelmente pediu a captura e a eliminação do irmão antirromano de Divitiacos, Dumnorix. Mas Divitiacos não entregou seu irmão. Apesar de Divitiacos não ter cooperado, César foi atrás dos Helvetii e os capturou. Em uma série de batalhas, ele massacrou um grande número de pessoas. Dos 400.000 membros dos Helvetii que começaram sua migração, apenas um quarto sobreviveu, e esses sobreviventes foram forçados a voltar para sua terra natal. As tribos germânicas que se aproximavam acabaram por dominá-los, e seu idioma desapareceu.
A demonstração de crueldade de César fez com que algumas das outras tribos da Gália decidissem que fazer as pazes com os romanos era, de longe, a melhor opção, e eles imaginaram que, se fizessem isso, César poderia ajudá-los contra os germânicos. Ele fez exatamente isso, decidindo que agora era o momento de desafiar o líder germânico Ariovistus, que o havia desafiado - de acordo com o relato de César. Ariovisto começou a reunir suas forças no território dos Sequani, que eram celtas antirromanos. César foi atrás dele e destruiu seu exército. Ariovisto fugiu e desapareceu das páginas da história.
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No ano seguinte, 57 AEC., César seguiu para o norte para fazer campanha contra os belgas, que eram os menos romanizados dos gauleses. Ele realizou uma campanha brutal de cercos e massacres, perseguindo-os até as profundezas do território pantanoso e eliminando um número incontável de pessoas. No ano seguinte, César conquistou os vênetos, um povo marinheiro que vivia na península da Armórica, onde hoje é a Bretanha. Em seguida, ele derrotou outra tentativa de incursão alemã na Gália. O próprio César relata que, dos 430.000 membros da tribo, apenas alguns sobreviveram. E quando acabou com os alemães, César empreendeu duas incursões prolongadas na ilha da Grã-Bretanha, em 55 AEC. e 54 AEC.
Por mais fascinante que tivesse sido para os futuros historiadores se César tivesse permanecido e tentado conquistar a Grã-Bretanha, sua atenção foi desviada da ilha quando grandes revoltas quase anularam suas realizações no continente. Em 54 AEC., os ventos políticos mudaram em toda a Gália em favor do partido antirromano. Quase toda a Gália se rebelou, liderada por um chefe da tribo Treveri, um homem chamado Indutiomaros. A resposta de César foi colocar um preço na cabeça de Indutiomaros. Ele foi devidamente emboscado e morto por um traidor gaulês. Depois de várias outras campanhas brutais em 53 AEC., César restabeleceu o controle. Ele se retirou da Gália durante o inverno, retornando ao norte da Itália para ficar de olho no cenário político de Roma.
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Os gauleses ainda não estavam intimidados. Todas essas grandes vitórias dos romanos começaram a mudar a maneira como muitos deles conduziam suas sociedades. Eles começaram a perceber que, enquanto praticassem sua tradicional guerra interna, nunca teriam chance contra Roma. Em 53 AEC., as tribos finalmente se reuniram em torno de um único líder, Vercingetórix, chefe dos Arverni. Fazer com que as tribos se unissem em torno de um líder era uma façanha praticamente impossível, e é um tributo à personalidade e às características de liderança de Vercingetórix o fato de que dezenas de tribos e literalmente centenas de milhares de pessoas juraram lealdade a ele. Ele organizou e treinou os guerreiros gauleses como eles nunca haviam sido treinados antes e lançou seu ataque inicial contra Cenabum (Orleans) no final de 53 AEC. Ao capturar a cidade, ele matou toda a população romana e assumiu o controle do principal depósito de grãos romano na Gália. Toda a posição romana a noroeste dos Alpes estava agora em perigo.
Em janeiro de 52 AEC., César voltou da Itália para seu quartel-general em Provence. De lá, marchou com suas tropas para o norte para se juntar às suas legiões na Bélgica e depois as liderou em um ataque a Cenabum, no rio Loire. Ele capturou essa cidade, que foi a origem da rebelião atual, e depois marchou para o sul, enviando uma força considerável sob o comando de Labienus para proteger o norte da Gália.
Toda essa marcha e luta ocorreram no final do inverno, um fator que Vercingetórix usou a seu favor. Ele ordenou que todos os alimentos e forragens disponíveis ao longo do caminho assumido por César, a uma distância de um dia de marcha, fossem removidos ou destruídos. Essa negação de suprimentos para o exército romano foi uma medida brilhante, e César logo sentiu seus efeitos. Isso também afetou enormemente as populações civis sob o controle de Vercingetórix, que viram suas aldeias serem queimadas e cidades destruídas nessa estratégia de terra arrasada. Outra prova de sua liderança é o fato de quase todos terem obedecido.
Para agravar seu problema, o principal aliado de César na Gália, os Aedui, de quem ele dependia para obter alimentos, começou a hesitar em sua lealdade. Alguns líderes convenceram a tribo de que os romanos estavam devastando o campo e matando reféns Aedui. César interceptou um grupo de 10.000 homens, que havia partido originalmente para reforçar os romanos antes de ser persuadida por alguns dos líderes descontentes a se juntar a Vercingetórix. No entanto, quando César apresentou os reféns que supostamente haviam sido mortos, os rebeldes fugiram e ele absorveu o restante da força.
Em seguida, César investiu a cidade de Avaricum (Bourges) em março. Ele capturou a cidade antes que Vercingetórix pudesse chegar para aliviá-la, e isso colocou um pouco de comida nos vagões de suprimentos romanos. Em seguida, atacou Gergóvia, capital da tribo de Vercingetórix. Durante os meses de abril e maio, César fez o cerco, mas o campo ao redor da cidade havia sido despojado de suprimentos, que haviam sido estocados dentro da fortaleza. Desesperado para tomar a cidade antes que os reforços gauleses pudessem chegar para aliviar o cerco, César ordenou que ela fosse atacada. Foi um erro que lhe custou mais de 700 baixas, incluindo quase cinquenta centuriões. A derrota, agravada pela falta de suprimentos, forçou-o a recuar. Isso também fez pender a balança para a enorme tribo Aedui, que agora se juntou à rebelião.
As coisas estavam começando a ficar sombrias para César. Preso nas profundezas da Gália, com pouca comida e sem a capacidade de convocar mais tropas em Roma, ele marchou para o norte para se juntar a Labienus, que havia acabado de capturar Lutécia (Paris). Em seguida, juntos, eles se dirigiram para a Provença, onde poderiam solicitar reforços. Vercingetórix estava determinado a não alcançá-la.
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Prevendo com precisão a intenção de César, Vercingetórix colocou seu exército de 80.000 soldados de infantaria e 15.000 de cavalaria na cidade-fortaleza de Alésia, perto da nascente do rio Sena. Enquanto reunia suas tropas, ele enviou uma força de cavalaria para o norte para assediar e atrasar os romanos. A cavalaria lutou contra a cavalaria de César em Vingeanne, e os gauleses levaram a pior. Cerca de 3.000 homens foram perdidos, mas isso deu a Vercingetórix tempo para levar todo o gado da região para Alésia.
A cidade de Alésia ficava no topo de uma colina semelhante a uma mesala, o Monte Auxois. O topo plano da colina de formato oval se desdobrava em lados íngremes, que eram praticamente impossíveis de escalar. As muralhas da cidade haviam sido construídas quase como uma extensão da encosta da montanha. Os rios Ose e Oserain correm no sentido leste-oeste, acima e abaixo da cidade. Vercingetórix ordenou que fosse cavada uma trincheira em ambos os lados da colina, correndo no sentido norte-sul entre os rios. Isso tornou a aproximação à cidade quase tão difícil quanto atacá-la. Com cerca de 90.000 soldados, Vercingetórix tinha certeza de que César não poderia prejudicá-lo.
O exército de César era composto por cerca de 55.000 homens; 40.000 eram legionários romanos, cerca de 5.000 eram da cavalaria germânica e o restante era composto por tropas auxiliares de um tipo ou outro. Em vez de atacar a cidade, ele montou um cerco em julho de 52 AEC. César ordenou a escavação de uma trincheira que circundava completamente a colina. Quando terminada, a trincheira se estendia por 16 quilômetros de circunferência. O soldado romano estava acostumado a cavar porque fazia isso todas as noites em campanha enquanto estava no exército: era um procedimento padrão cavar uma trincheira e montar uma paliçada ao redor do acampamento todas as noites. Esse, entretanto, era muito mais elaborado.
A trincheira tinha de 15 a 20 pés de largura, e a sujeira escavada era usada para construir um muro de 12 pés de altura com torres de observação a cada 130 pés. E para desencorajar qualquer investida gaulesa contra suas linhas, os romanos atravessaram os rios para cavar mais trincheiras, nas quais alojaram estacas afiadas. Elas eram intercaladas com blocos de madeira de 30 centímetros de comprimento com hastes de ferro salientes, projetadas para retardar os atacantes durante o dia e interromper completamente qualquer incursão noturna.
Infelizmente para César, Vercingetórix havia enviado cavaleiros pouco antes do investimento, ordenando-lhes que reunissem o maior número possível de homens para ajudá-lo. Assim, se o cerco durasse muito tempo, os romanos poderiam facilmente se ver lutando contra os ataques de socorro dos gauleses enquanto tentavam manter o cerco. Portanto, César ordenou a preparação de uma linha de circunvalação, um segundo conjunto de trincheiras e muros, que se estendia por 14 milhas fora do primeiro conjunto. Isso seria usado como uma linha defensiva contra a força de alívio. Embora oferecesse o máximo de força defensiva, tinha o aspecto negativo de fazer com que o exército sitiante ficasse sitiado.
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Em outubro, a força de alívio gaulesa chegou, com talvez 240.000 soldados de infantaria e 8.000 de cavalaria. (Embora as fontes antigas muitas vezes exagerem a força do inimigo, os historiadores modernos aceitam esses números como bastante precisos). César havia se assegurado de que qualquer alimento que estivesse a uma distância de forrageamento tivesse sido recolhido em suas linhas, então ele continuou com o cerco. A força de alívio atacou duas vezes, usando escadas e sacos de areia para superar as trincheiras externas, enquanto Vercingetórix liderava surtidas de Alésia em apoio. Com dificuldade, os romanos conseguiram repelir todos os ataques. O terceiro e último ataque quase foi bem-sucedido. Os gauleses haviam descoberto o que consideravam ser o ponto mais fraco da posição romana, no canto noroeste da linha externa. Eles se aproximaram da posição à noite e depois se protegeram atrás de uma colina durante toda a manhã. Quando um ataque de diversão chamou a atenção dos romanos ao sul, o ataque ao norte foi lançado. Onda após onda de gauleses pressionaram o ataque, ganhando terreno e depois passando o ataque para a próxima linha de homens mais frescos. Os romanos foram pressionados até o ponto de quebrar, quando, do nada, a cavalaria germânica de César atacou a retaguarda gaulesa. Não se sabe ao certo como César intermediou essa aliança com os alemães, mas ela fez toda a diferença do mundo. Os alemães interromperam o ataque e os gauleses recuaram em desordem. Quando a luta estava no auge, César, usando uma capa vermelha brilhante para que seus homens soubessem que ele estava com eles, liderou a última reserva na luta. Isso quase lhe custou a vida.
Com a ausência da força de alívio, os suprimentos em Alésia estavam ficando perigosamente baixos. Vercingetórix havia tomado a medida desesperada de expulsar todos os civis e feridos, mas César negou-lhes acesso às suas linhas. Eles estavam na base da colina, morrendo de fome entre dois exércitos. Vercingetórix finalmente admitiu a derrota, pedindo a seus subordinados que fizessem com ele o que quisessem: matá-lo ou entregá-lo aos romanos. Toda a força se rendeu.
Embora a guarnição sitiada tenha sido feita prisioneira, a maior parte da força de resgate se dispersou e fugiu para suas casas. Os números de baixas nos combates são desconhecidos, mas foram feitos prisioneiros suficientes para que cada soldado romano recebesse um como escravo; cada oficial recebeu vários. Vercingetórix foi levado acorrentado para Roma, onde definhou em uma cela por 6 anos, depois de ter sido uma peça de destaque no desfile triunfal de César. Finalmente, ele foi executado.
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César havia passado mais de seis anos na Gália tentando estabelecer o poder romano e finalmente conseguiu. A aquisição da Gália provou ser uma das mais lucrativas para o império de Roma. Ela também ampliou os limites da civilização romana para além da península italiana. "O cerco de Alésia decidiu o destino da Gália e o caráter da civilização francesa", observou o eminente historiador do século XX Will Durant. "Acrescentou ao Império Romano um país com o dobro do tamanho da Itália e abriu as bolsas e os mercados de 5 milhões de pessoas ao comércio romano. Salvou a Itália e o mundo mediterrâneo por quatro séculos da invasão bárbara; e elevou César da beira da ruína a um novo patamar de reputação, riqueza e poder." Isso pode exagerar a ameaça à Itália, porque os gauleses, que na época haviam se organizado em torno de Vercingetórix, provavelmente não teriam mantido um esforço unido se tivessem vencido em Alésia. Havia muitas rixas tribais para que isso acontecesse. Ainda assim, isso poderia muito bem ter estendido a sociedade celta para o norte da Itália, onde ela residia menos de um século antes. Uma invasão celta, mesmo que desorganizada, poderia ter causado um imenso estrago na península italiana. Com o governo romano em um estado de fluxo, não há como prever o que poderia ter acontecido. O grande general romano Marius havia montado seu próprio exército e repelido uma invasão celta em 102 AEC.; talvez outro líder desse tipo tivesse se levantado para a ocasião. Provavelmente não teria sido Júlio César, e o curso da história romana poderia ter sido radicalmente alterado.
No entanto, César saiu vitorioso, e a notoriedade que recebeu por sua conquista da Gália provocou ciúmes no outro membro remanescente do Triunvirato, Pompeu. Ele foi nomeado ilegalmente para ser o único cônsul - normalmente eram dois - e exigiu que César retornasse a Roma sem seu exército ou seria declarado traidor da República Romana. Destemido, César marchou com suas legiões para a Itália, cruzando o rio Rubicão em janeiro de 49 AEC. Essa ação marcou o fim da República e lançou as bases para o Império.
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"As batalhas são momentos singulares na história, que produzem eventos estranhos", escreve o historiador Nic Fields. "Muito pode depender de um pequeno detalhe, os efeitos de um detalhe podem ser a vitória, e os efeitos da vitória podem ser duradouros. Alésia foi assim, pois, em um sentido muito real, simbolizou a extinção da liberdade gaulesa. As rebeliões iriam e viriam, mas nunca mais um senhor da guerra gaulês, independente de Roma, dominaria as tribos da Gália. Para conquistar a liberdade, Vercingetórix, um líder forte e popular, arriscou tudo em Alésia e perdeu".
Depois de Alésia, a cultura romana rapidamente se difundiu na Gália, pelo menos nas áreas que ficavam próximas aos assentamentos romanos e também ao longo da rede de estradas romanas. Lá, a língua latina passou a ser amplamente utilizada, e todas as armadilhas da civilização romana seguiram as legiões. Temos algumas evidências de que o idioma gaulês persistiu, mas, a longo prazo, ele desapareceu, deixando apenas vestígios no idioma francês, que descendia do latim dos romanos.
A luta foi muito dura, mas os gauleses estavam agora firmemente sob o domínio romano. Durante as guerras, um milhão de celtas foram mortos, um milhão foram escravizados e 800 cidades celtas foram destruídas. As últimas áreas remanescentes do discurso celta fora do Império Romano eram a Grã-Bretanha e a Irlanda. As Guerras Gálicas de César foram um holocausto celta.
Mapa criado por Philip Schwartzberg, Meridian Mapping, Minneapolis.
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Referências:
- “Caesar, Life of a Colossus” de Adrian Goldsworthy
- “Alesia 52 BC: The Final Struggle for Gaul” de Nic Fields
- “Caesar and Christ” de Will Durant
- “The Gallic Wars” de Julius Caesar
Podcast:
- Dan Carlin’s Hardcore History: The Celtic Holocaust (episódio 60)
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