#apenas deixando aqui para nao perder uahssuah
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Se Dmitri precisasse esperar tantos anos quanto a quantidade de estrelas no céu, ele o faria. Se precisasse deixa-la, se ela não o quisesse, ele também aceitaria . Alguns dias depois de ter visto Lyra pela primeira vez, o illyrian já havia identificado o laço que eles compartilhavam —- mas a morena não parecia te-lo feito também. Aehorn ainda costumava divagar sobre as possibilidades de encontrar o matebond, sobre romances inexistentes e contos que, na opinião de Dmitri, serviam mais para implantar ideais de relacionamentos irreais na cabeça de garotas com pouca experiência do que entreter de fato. Contudo, naquela noite, Lyra tomara a iniciativa de beija-lo —- e claro que Dmitri retribuiu. Isso seria um sinal de que o laço estava começando a ficar claro para Lyra? Não sabia. Todavia, de nada adiantava ela descobrir o mate com Dmitri antes de descobrir que, antes de amar outro, ela precisava amar a si mesma. Ver que os contos não são de todo real, ver que uma pessoa de verdade é mil vezes melhor que um príncipe idealizado, e ver que um relacionamento amoroso funciona, principalmente, na base da amizade, parceria, colaboração e compreensão. Naquela noite, Donndubhán não sabia dizer se ele e Aehorn estavam num encontro. O que ele sentia por ela era claro há anos, mas a própria Lyra parecia mais confusa sobre seus sentimentos. Estava recostado preguiçosamente numa pilastra, as orbes esverdeadas repousadas nas estrelas e os pensamentos divagando, quando ouviu ao longe o aproximar de passos conhecidos. E quando a sentiu próxima, desviou os olhos para a figura da morena, e o sorriso felino brotou em seus lábios enquanto a voz ronronava: “ —- Ah, sunshine.”
❝ ✧ Dizer que a mente de Lyra estava confusa era talvez o maior dos eufemismos. Esta se assemelhava mais ao caos deixado por um maremoto e, verdade fosse dita, ela já se encontrava assim há algum tempo. No entanto, naquele instante, não era o casamento que lhe fora arranjado ou os eventos decorrentes da invasão que lhe deixavam assim — oh, não, o motivo tinha nome, sobrenome e o par de olhos mais expressivo que a Aehorn já havia visto na vida: Dmitri Donndubhán. Quer lhe perguntassem alguns meses atrás, a luminosa sequer piscaria ao afirmar que o illyrian era um dos seus melhores amigos. Claro que eles tinham suas diferenças (talvez até mais do que ela poderia contar), mas não importava o que acontecia, Lyra sempre se sentia a vontade ao lado de Mitya — e tal sentimento não havia desaparecido, todavia, parecia tão mais complicado agora. Desde que ele se oferecera para dormir com ela, os dois estabeleceram uma convivência que os aproximou ainda mais; suas noites terminavam com o som da voz desafinada do moreno e seus dias se iniciavam com o resquício de seu perfume que se prendia ao seu travesseiro. E, no meio disso, ele também estava lá, senão ao seu lado, então no fundo de seus pensamentos, como o trecho de uma canção que ela não conseguia esquecer. Pouco a pouco, de maneira sutil e gradativa, seus sentimentos pelo rapaz iam se desenvolvendo ao ponto que ela sequer sabia como descrevê-lo no momento. Apenas um amigo, sua mente insistia, mas seu coração já não estava mais tão certo; e por mais que ela tentasse fingir que não, essa distinção se tornava cada vez mais difícil de ignorar. E então chegou aquela noite, onde Lyra, por um impulso, o beijou. Por Asgard inteira, ela nem sabia dizer o que a tinha feito fazer aquilo, contudo, foi só senti-lo corresponder para que uma felicidade se instalasse em seu peito, calando as dúvidas que tinha, ainda que apenas momentaneamente. Isso queria dizer que ele também gostava dela?, mesmo algumas horas depois, a protegida de Thor não podia deixar se se perguntar, esperançosa, conforme seguia ao encontro do Donndubhán. Nem mesmo ela sabia se aquilo era mesmo um encontro ou o que poderia significar para o relacionamento deles, mas tinha confiança que eles achariam um jeito, juntos. ❝ — Boa noite, Mitya ❞, ela o saudou, num misto de animação e nervosismo, ao parar diante dele. Precisou mudar o peso de uma perna para a outra, ligeiramente desconfortável com a forma descompassada com a qual seu coração batia. Todavia, o sorriso tímido que estampava suas feições agora coradas permanecia intacto. ❝ — Hmn, como você vai? ❞, ela perguntou, incerta de como deveria iniciar a conversa sem parecer tão nervosa quanto se sentia.
Não eram necessários sentidos aguçados para saber que o coração de Lyra batia mais forte e rápido que o normal. Mas graças a audição minuciosa de Dmitri, ele ouvia as batidas altas e claras, assim como o fazia com o sangue correndo mais rápido do que de costume nas veias da luminosa. De qualquer forma, era possível dizer que todo mundo sabia dos sentimentos de Lyra, menos ela mesma. Ouvia a luminosa tropeçar nas próprias palavras, e enquanto o fazia, os olhos de Dmitri se apertaram, engatinhando-se na forma provocativa e irônica que o illyrian gostava de usar quando flertava —- e Lyra provavelmente vira vez ou outra, quando Donndubhán tinha a intenção de deixar tudo o que eles eram mais claro. Um sorriso felino, apenas com os lábios e tão provocativo — por mais que sutil — quanto o olhar desenhou-se em seus lábios, enquanto o illyrian deixava seu corpo deslocar-se de onde se encontrava e seguir na direção da luminosa em passos silenciosos. Como ele ia? Bem, Dmitri tinha que dar créditos a uma Aehorn nervosa; não que ele mesmo estivesse tranquilo. Aquele era seu primeiro encontro com sua matebond — não tinha como ser normal. “ —- Melhor agora, sunshine.” Ronronou, oferecendo o braço a Lyra para que ela o segurasse com o seu. Por mais que o salário de Donndubhán fosse limitado, ele tinha dinheiro o suficiente para pagar um jantar para ambos. Sabia que Lyra não ligava; sabia que ele poderia leva-la num palácio ou em um chalé, e ela ficaria feliz da mesma forma, mas, não sabia dizer com tanta exatidão porquê, ele queria fazer um esforço para leva-la num ambiente melhor do que a taberna dos illyrians (algo dentro dele dizia que Lyra faria-os cantar). “ —- Eu pensei bem onde poderia leva-la hoje, e pensei que gostaria de um lugar habitado por aqueles naga que foram super seus amigos no dia em que nos conhecemos.” Ironizou, a brincadeira sutil em sua vez quando se referiu aos naga, mas quando citou ‘dia em que nos conhecemos’, seu tom de voz indicou uma pontada de lembranças a mais —- boas lembranças, quase nostálgicas, sutilmente afetuosas. “ —- Mas infelizmente, eles estavam ocupados e não puderam nos encontrar. Então parti para o Plano B.” Dmitri seguia caminho em passos ritmados, as mãos bronzeadas se recusando a soltar o braço de Aehorn do gesto carinhoso, enquanto os pés direcionava-os a um lugar indicado por Vlad. Não queria leva-la a um restaurante —- muitas pessoas, pouca privacidade, e tão clichê que Dmitri passaria direto pela ideia e fingiria que ela não existe. Na verdade, o illyrian escolhera um ambiente tão grande quanto o salão principal de Fimbulvert. Quando abriu a porta de madeira escura, revelou-se um caminho de pedras claras em meio a um vasto gramado verde límpido e cuidadosamente cortado. Ao final do caminho, encontrava-se uma mesa grande o suficiente para dois, decorada com um jogo de louça simples, mas gracioso. Acima deles, o céu era preenchido por tantas estrelas, tantas constelações que mais um pouco delas, seria confundido com um céu diurno. Eles seriam servidos por um dos garçons de Vlad; a grama cuidada, era certamente culpa de Natasha, que informara Dmitri que também havia obrigado Rodion a limpar a mesa na qual eles jantariam. “ —- Bem vinda, sunshine.”
❝ ✧ Desde quando a visão de Dmitri era o suficiente para despertar um verdadeiro bando de borboletas em seu estômago? A morena não saberia dizer com exatidão, mas lá estavam elas, agitando se mais e mais conforme ele se aproximava. Seus olhos azuis permaneceram presos nas orbes esverdeadas do rapaz — talvez por medo de que se não se focasse em algo, acabariam descendo até os lábios masculinos e as lembranças do beijo mais cedo voltassem com força total — no entanto, este contato visual foi quebrado no segundo em que a voz do rapaz chegou aos seus ouvidos. Quer fosse alguns meses atrás, Lyra certamente acabaria rindo com aquela resposta ou então rebateria com algum flerte brincalhão, mas, naquele momento, ela pôde apenas desviar o olhar, timidamente, já sentindo o rosto ficar mais quente e as tais borboletas se duplicarem, assim como o pequeno sorriso que adornava seus lábios. A luminosa não sabia como explicar direito — aquela era uma sensação completamente nova e um pouco assoberbante, contudo, não chegava a ser incômoda. Para desconversar, ela preferiu perguntar sobre o que eles fariam aquela noite enquanto aceitava o braço que lhe era oferecido de maneira delicada, deixando que seus dedos descansassem sobre o antebraço do guerreiro enquanto este a guiava. A morena não deixou de reparar que as mãos de Mitya se demoravam sobre si e, poderia até ser estranho já que eles vinham dividindo a cama há algumas semanas, porém aquela era a primeira vez que realmente notava o quão quentes e firmes elas eram, ainda que tivessem uma certa suavidade. Eram agradáveis — bastante agradáveis, se fosse sincera. As orbes azuladas se ergueram para fitar as esverdeadas dele mais uma vez conforme o ouvia falar e foi impossível conter a risada melodiosa que se formou no fundo de sua garganta. Aquela era a magia de estar ao lado de Dmitri: não importava o quão nervosa ou tímida ela se sentisse — mesmo que por causa dele —, o moreno nunca falhava em falar algo que a fazia esquecer todas as suas preocupações. Independente do que quer que passasse em seu coração, ele era o seu melhor amigo. ❝ — Se esse era o caso, você devera ter me avisado, darling, aí eu teria vindo com um sapato mais pesado para jogar em você ❞, Lyra rebateu a ironia com outra risada baixa, empurrando o de leve com o ombro. Seu peito se enchia com o mesmo sentimento nostálgico ao passo em que as memórias do dia em questão voltavam a sua mente — certamente o dia mais louco de sua vida, mas ela precisava admitir: era talvez o início de amizade que melhor combinava com eles. ❝ — Tsc, uma pena ❞, seus olhos se reviraram de maneira bem humorada antes de se apertarem ao caírem sobre a figura do illyrian, o censo levemente franzido, ❝ — Eu deveria ter medo desse plano B? ❞, questionou quando estavam diante daquela porta, mais por provocação do que por dúvida. Dmitri poderia ter um senso de humor questionável, só que jamais a colocaria em perigo e a protegida de Thor sabia disso. O humor, no entanto, desapareceu de sua face quando pôs seus olhos no cenário que havia sido preparado. ❝ — Por Thor, isso é... Wow ❞, foi tudo o que a morena conseguiu dizer, completamente extasiada com a beleza do local. Verdade fosse dita, a Aehorn já ficaria contente com qualquer coisa que eles fizessem, mas aquilo era... ela não tinha palavras para descrever, ❝ — Você organizou isso? Para mim...? ❞, as perguntas escaparam de seus lábios quando enfim se virou para o Donndubhán, seus olhos brilhando como duas enormes esferas de luz feérica.
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