❝— Hit the L I G H T S let the (( music move you )) lose yourself TONIGHT Come alive, let the moment take you [ lose control tonight ] —❞
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◞ ♡ ━ ✩ i do. ido. 𝓲 𝓭𝓸𝓸! ❜
❝ ✧ A festa se estendia madrugada a dentro sem qualquer sinal de se aproximar do fim — pelo menos não se dependesse de Nicolás, que, já bêbado, havia decretado por cima da mesa dos illyrians que ela duraria por mais uma semana. Em um salão aberto criado entre as areias e a água do mar quintista, feéricos de diferentes cortes e status sociais celebravam com animação e harmonia, senão por compartilharem a felicidade do casal, então pela enorme quantidade de vinho que já haviam consumido. O céu estrelado de Hela poderia ser reconhecido como o mais bonito, mas o da quinta corte também não ficava para trás, e parecia que Thor havia caprichado naquela noite como um presente aos recém casados. Quem quer que estivesse vendo de fora poderia até pensar que se tratava de uma festa para algum deus, e não um casamento, no entanto, era fácil de se entender o motivo pelo qual tamanha alegria preenchia o ambiente quando se olhava para os noivos.
Lyra e Dmitri eram o retrato perfeito de um casal apaixonado. Mesmo no meio de tantas pessoas agitadas e barulhentas, era como se o mundo ao redor tivesse deixado de existir e apenas restasse eles dois naquela pista de dança; ambos também já levemente embriagados com o vinho e dançando de maneira desajeitada e preguiçosa ao ritmo de alguma música romântica enquanto enquanto trocavam beijos que mais pareciam risadas sendo sopradas contra a boca do outro do que qualquer outra coisa e conversas silenciosas que eram feitas inteiramente por meio de seus olhares. Ou então pelo laço de parceria que os unia. Meu parceiro, Lyra repetia para si mesma, quase como se não acreditasse naquilo. Não que tivesse chegado a duvidar que um dia o encontraria, mas, ainda que tivesse passado a maior parte da sua vida imaginando como seria aquele encontro, aquela pessoa ou até mesmo aquela noite, nenhuma fantasia conseguia se comparar a realidade. Dmitri estava longe de ser o príncipe encantado de suas histórias. Verdade fosse dita, ele era implicante e sarcástico, não sabia quando manter a boca fechada — ou melhor, ele não queria — e não possuía nenhuma peça de tonalidade alegre em seu guarda roupa, um de seus livros favoritos tentava defender a ideia de assassinatos justificáveis — e isso sem mencionar o fato dele tê-la jogado aos naga uma vez ou então omitido o laço por anos. Se Lyra preferia evitar confrontos, o illyrian não parecia ter a mesma preocupação; ele era, afinal de contas, um guerreiro em todos os sentidos da palavra; forte, confiante, destemido, orgulhoso e jamais se dava por vencido. Por todos os deuses de Asgard, eles dois não poderiam ser mais diferentes, no entanto, aquela raposa gótica ainda era tudo o que ela queria — tudo o que ela precisava. Chegava a ser cômico como a protegida de Thor havia buscado tão incessantemente pelo seu parceiro durante toda a sua vida e, no final, o laço não teve importância alguma. Ela havia se apaixonado por Dmitri antes mesmo de descobrir que ele era seu parceiro, por todas as suas qualidades e defeitos. Claro que ela reclamava do jeito implicante do rapaz, mas, de certa forma, ela também admirava a forma como ele dizia o que pensava sem se preocupar com a opinião alheia e como ele se recusava a abaixar a cabeça. Mitya poderia ser um pé no saco para qualquer um que ele não gostasse — às vezes até mesmo para quem ele gostava… —, só que ele era também uma das pessoas mais engraçadas, inteligentes e leais que ela conhecia. Não havia nada que ele não faria pelo bem de seus amigos, de sua família; desde concordar a fingir que era o parceiro de Gustavia para ajudá-la a se livrar de um casamento arranjado infeliz — mesmo sabendo que as coisas poderiam acabar muito mal para ambos se alguém descobrisse aquilo — à passar meses se esgueirando pelas janelas do quarto de Lyra no meio da noite porque sabia que ela não conseguia dormir sozinha por causa de seus pesadelos; e o que mais qualquer um deles precisasse ele faria sem pensar. Era uma pena que ele não recebia crédito o suficiente pelo coração gentil que se escondia por trás da resting bitch face; porque ele realmente estava ali, mas apenas aparecia por meio de pequenos gestos — como por exemplo, mesmo após repetir várias e várias vezes um que não cantava, ainda a aninhou embaixo de suas asas e braços uma noite e cantou para espantar seus medos. Dmitri não era um príncipe encantado pronto para salvá-la de qualquer problema, todavia estava longe de ser algum tipo de vilão — ainda que seu bichinho de pelúcia favorito fosse aquele dragão que a lembrava dele (o mesmo que ela havia dado de presente de aniversário para ele e que acabou roubando o para si). Claro, ele a protegeria se fosse necessário, mas não se cansava de insistir que ela não era nenhuma donzela em perigo e muito menos uma criança indefesa que precisava de alguém para guiá-la. Ele verdadeiramente acreditava que ela era inteligente e forte e capaz de resolver todos os seus problemas sem a ajuda de ninguém e sempre a incentivava — tudo bem que alguns dos seus métodos eram um tanto questionáveis, só que, bem, pouco a pouco, não havia como negar que a própria Lyra começou a ficar mais confiante em si mesma e parou de buscar a aprovação de todos — o suficiente para tê-la feito afirmar para o próprio Dmitri, após descobrir que ele já sabia do laço há anos, que ela não precisava de ninguém para ser feliz, nem mesmo do parceiro. Essa lembrança devia ter escapado pelo laço, porque logo a risada do moreno chegou aos seus ouvidos, carregando tanto humor quanto a que ele tinha dado ao observar Nick tentando arrastar Thomas a todo custo para a pista de dança. “ — Você sabe o que eu pensei quando você disse aquilo, sunshine? ”, ele ronronou, os orbes esverdeados jamais deixando os azuis dela. “ — Hmm, eu espero que algo como ‘é isso, ela vai me matar e eu vou merecer’ ”, sugeriu, brincalhona, o que arrancou outra risada do seu agora marido. Seu sorriso apenas aumentou com aquilo, seu marido. “ — Quase, sunshine, quase ”, o Donndubhán disse com aquele jeito que a dizia que ele não falava realmente sério, e, seguindo o ritmo da música, a girou uma vez antes de trazê-la para seus braços mais uma vez e continuar, “ — Eu apenas olhei pra você, tão decidida e adoravelmente irritada, e pensei: that’s my girl! ”,e acrescentou após senti-la lhe cutucar as costelas, “ — É verdade, sunshine. Eu quis te colocar num palco e falar para todo mundo: 'é assim que se faz, queridos, tomem notas’ ”. Foi então a vez de Lyra rir com aquela declaração. Ela ainda podia se lembrar como tinha ficado tão feliz ao perceber que Dmitri era o seu parceiro, que o laço tinha estado ali o tempo todo, e também como machucara descobrir que ele sabia desde o início; não sabia dizer se se sentia mais desnorteada com aquela informação ou irritada com a idéia de ter sido enganada todo aquele tempo, porém a pior parte sem dúvidas fora a dor em seu peito, que apenas piorava conforme suas inseguranças voltavam para lhe dizer “não é que ele nunca quis uma parceira, ele apenas não queria você”. Só que ela se recusava a ser aquela menina indefesa mais uma vez, por isso usou toda a força que tinha para dizer aquilo e apenas permitiu que as lágrimas caíssem livremente quando chegou ao quarto de sua prima. Mas, agora que tudo havia passado, ela podia entender o motivo dele ter feito aquilo. Se fosse honesta, ele tinha razão, havia sido mesmo melhor daquela maneira — não que ela pretendesse admitir isso tão cedo, afinal, o ego dele certamente não precisava daquilo. Quer a luminosa tivesse descoberto do laço antes de compreender seus sentimentos por ele, a relação deles não teria aquela fundação solidificada pelos anos de amizade e, quem sabe onde eles estariam naquele momento ou sequer se aquilo teria dado certo? Ela não teria a sorte de se apaixonar pelo seu melhor amigo, pelo cara que sempre a incentivava a ser a melhor versão de si (e a mais sombria também, mas isso era outra história). Não, mesmo se ela pudesse, não teria mudado nada na história deles. “ — Aquilo ainda é verdade ”, Lyra afirmou com convicção e um pequeno franzir do nariz, porém este último logo se desfez em um sorriso que mal cabia em sua face conforme ela acariciou o rosto de Mitya com ambas as mãos, “ — Mas eu realmente fico feliz que nós conseguimos nos acertar! ” Em resposta, o illyrian inclinou a cabeça até que sua testa tocasse a dela, como se concordasse com o que ela tinha dito. Porém não foi isso o que ele disse quando abriu a boca: “ — My life’s gonn be fine cause sunshine is in it ”, Dmitri cantou por cima da música, da mesma maneira suave e levemente desafinada com a qual ele cantava para espantar seus pesadelos; tão casual, mas que ainda assim fez seu coração bater tão rápido em seu peito que ela quase podia ouvi-lo. Ele certamente conseguia, porque tinha aquele sorriso que misturava provocação e carinho e que ela não sabia dizer se queria socá-lo ou beijá-lo. Por via das dúvidas, acabou indo com a segunda opção. Ao invés de tentar usar palavras, Lyra Donndubhan usou o laço para transmitir todas as emoções que cresciam em seu peito, confiando que elas fariam um trabalho melhor em em expressá-la do que qualquer resposta que pudesse dar. Ainda assim foi impossível segurar os eu te amo, que escapavam de vez em quando.
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Sunshine começando a reparar que darling é especial AKA sos a Lyra está deixando de ser uma porta, parte 1
tudo começou depois que eles passaram a dormir juntos (e o laço começou a ir despertando nela)
no início ele é tipo a rocha dela;; os pesadelos não pararam instantaneamente, mas cada vez que ela acordava e o via ali, o medo desaparecia na hora
tbh, ter alguém ali já ajudaria, só que, por alguma razão, era apenas com Dmitri que tinha aquela reação
ela acha que é porque foi ele que a salvou na noite da invasão
e also ajuda bastante que toda vez que ela acorda num sobressalto, o protegido de Hela a aninha nele e começa a cantar ou falar sobre livros
se antes, tudo o que ela queria era dormir uma boa noite de sono, quando enfim conseguiu isso, voltou logo a ser a mesma bola de energia de costume
sério, Dmitri, dormir é chato, por que nao conversamos?? Você acha que formigas tem sentimentos? Quando venenos passam da validade eles se tornam mais ou menos eficazes? Por que bolhas de sabão são redondas? E o que você acha da relação entre lagostas e escorpioes???
ela só para de falar e contrariada quando darling ameaça ir catar um lugar mais tranquilo pra dormir já que ele acorda cedo para treinar
isso não impede que algumas noites eles conversem até bem tarde
e Lyra fala sobre tudo com ele, sem medo algum de dizer o que vem em sua mente --- seja sobre seus pesadelos; o fato dela não querer se casar com Kerr, mas se ver sem saída por causa de seus pais e Gweyr; até mesmo sobre a história com o Link; e como ela apenas beijou o Rag porque ele foi o primeiro cara que a beijou por vontade, sem estar bêbado ou algo do tipo, e como claro ela se arrependia por causa da repercussão que isso teve em sua relação com a prima
outras noites eles só falavam mesmo sobre livros ou brincavam
tbh, apesar deles se verem também durante as manhas e tardes, as noites acabaram se tornando a parte favorita do dia da Aehorn
eventualmente ela e Laena fizeram as pazes, mas Lyra decidiu permanecer no novo quarto porque não sabia se darling ainda dormiria com ela se voltasse a dividir o quarto com a prima
os pesadelos param com o tempo, mas acabam sendo substituidos por uma certa angustia e dor que aparecem do nada e a acordam no meio da noite;; a pior parte é que sempre que isso acontece Mitya já não está mais lá
nesses momentos o que resta a ela fazer é abraçar a pelúcia do toothless que ela deu pra ele e que acabou roubando descaradamente e fingir que é o illyrian
O primeiro beijo deles AKA sos Lyra está deixando de ser uma porta, parte 2
e numa bela noite isso aconteceu
veja, se ele a fez ler Dostô, ela com certeza o faria ler algum de seus livros de romance
os dois estavam deitados de lado, virados um para o outro conforme debatiam sobre ele, cada um com uma visão bem diferente da história
Meu santo Mjolnr, Dmitri, era uma historia de amor! De que buraco você tirou que o cara estava fugindo de uma máfia???
e não importava o que ela dissesse, o Donndubhán ainda estava muito certo de sua loucura, então não sobrou nada para se fazer além de acertá-lo com um travesseiro
o que gerou uma verdadeira guerra e, como apenas mitya tinha treinamento militar, não demorou nada para que ele a dominasse
eles ainda riam como duas crianças que tentavam ser o mais silenciosas possiveis, claro quando seus olhares se cruzaram
Lyra não saberia explicar, mas havia algo diferente ali, como se pela primeira vez eles estivessem se vendo de verdade ou algo assim
talvez ele tenha se movido primeiro, talvez tenha sido ela;; essa parte foi um pequeno borrão sir
mas quando a protegida de Thor se deu conta, os lábios dele estavam nos dela, ditando um ritmo que ela seguia instintivamente, sem precisar pensar duas vezes o que era bom, porque sua mente parecia ter sido desligada naquele momento
depois que eles se separaram e a garota se deu conta do que havia acontecido, pôde apenas fitar o outro sem saber o que fazer ou dizer, o nervorsismo crescendo dentro de si junto com um outro sentimento que ela não sabia nomear
por sorte ou por azar, ela não precisou fazer nada, porque logo o illyrian saiu de cima dela, dizendo alguma coisa que ela não ouviu antes de sair pela janela, apressado
alguns momentos depois, aquelas sensações pesadas e ligeiramente dolorosas apareceram em seu peito e costas mais uma vez, contudo, Lyra atribuiu a confusão que se instalava em sua mente
quer ela olhasse para o relogio, perceberia que eles jamais tinham ficado acordados tão tarde
eles jamais falaram daquele beijo, como se nunca tivesse acontecido
Quando sunshine percebeu que gostava de darling AKA sos Lyra está deixando de ser uma porta, parte 3
algumas noites depois daquilo, ela acordou após ter um sonho confuso com o Donndubhán
não chegava a se lembrar com exatidão o que tinha acontecido, apenas sentia uma pequena inquietação em seu estômago algo que já estava ficando quase acostumada, se fosse sincera
ainda assim ficou muito feliz ao ver que ele ainda estava ali, dormindo tranquilamente debaixo dela
pq de alguma forma, nao importa em que posição eles dormissem, ela sempre acabava indo parar em cima dele
como era uma noite quente, a janela tinha permanecido aberta, o que permitia que a luz da lua adentrasse por ela e iluminasse o rosto de Dmitri
naquele momento não havia sorrisos irônicos ou aquele olhar apertado de quem observava tudo e nem pensamentos demais em sua mente;; apenas uma expressão calma e suave
a morena sabia que ele poderia acordar a qualquer momento e falar o quão assustadora e esquisita ela estava sendo por fitá-lo enquanto ele dormia, mas ela não conseguia evitar
e, quando ela notou, já traçava delicadamente as feições do illyrian com as pontas dos dedos
aquele pequeno carinho não pareceu muita coisa na hora, afinal não era incomum que eles estivessem se tocando
mas entao um sorriso inocente cresceu nos lábios dele, provocado por aquele toque e foi o suficiente para que o coração dela fizesse BOOM (/u see wat i did?? hahsuahs
Como sunshine age quando está apaixonada AKA sos Lyra está deixando de ser uma porta, parte 4
primeiramente, a mente dela se tornou uma confusão ainda maior, obg
Lyra bem que tentou agir como de costume, mas era difícil já que ela estava bastante ciente que gostava daquele illyrian implicante ainda que ela estivesse negando aquele fato
seu olhar sempre procurava pelo Donndubhán, as vezes o fitando a distância distraidamente
e ela corava ALL THE FUCKING TIME
a simples menção do nome dele era o suficiente para fazê-la abrir um sorriso ainda maior
fora que estava sempre cantarolando e dançando pelos cantos --- basicamente, nesse caso, ela virou uma versão piorada de si mesma
pelo menos até se lembrar que ainda estava noiva do irmão de sua melhor amiga e acabar com aquilo não era uma opção
não que iniciar um relacionamento com Dmitri fosse
os dois era muito diferentes para aquilo dar certo
e ele não poderia ser seu parceiro
sem falar que ele nem deveria vê-la mais do que uma amiga, apesar do beijo (talvez justamente pelo beijo)
os flertes de brincadeira que eles trocavam antes??? Não aconteciam com a mesma naturalidade porque Lyra honestamente não sabia como responder, então só desconversava e rezava pra que aquela maldita audição apurada dele não conseguisse pegar os batimentos descompassados de seu coração
e por mais que ela quisesse falar para Mitya sobre aquilo, tinha medo de estragar tudo com seus sentimentos
afinal, ela poderia sobreviver com um amor platônico, mas não ter o seu melhor amigo seria doloroso demais
uma coisa que Aehorn sabia é que deveria parar de dormir com ele já que pela primeira vez na vida ela não o enxergava mais como seu melhor amigo/ basicamente um irmão --- e com isso finalmente entendeu o que ele quis dizer quando falou que aquilo poderia ser ruim para a sua reputação, ainda que eles não fizessem nada além de dormir
o pior e o mais confuso de tudo é que algumas vezes ela se pegava pensando em como seria se eles fizessem algo;; tbh ela já ficaria contente se pudesse apenas beijá-lo de novo
mas cadê que ela fez isso???
tudo bem que ela meio que acabava se ocupando de tudo quanto era jeito durante o dia para tentar evitar esses pensamentos e, consequentemente, ele também, mas ficava contando ansiosa os segundos até ele aparecer pela sua janela
conversar ainda era tão facil quanto antes, bastava se esforçar para ignorar aquelas borboletas que cismavam em aparecer em seu estômago
Nós somos amigos. Apenas amigos, ela repetia para si como um mantra --- como se fosse o suficiente para fazer aqueles sentimentos irem embora.
mas algo dentro de si parecia retrucar: eu não quero ser apenas sua amiga
O momento em que sunshine finalmente percebeu que estava apaixonada por darling AKA sos Lyra está deixando de ser uma porta, parte 5
quando lidar com isso sozinha não deu certo, Lyra acabou indo confessar para Hellaena que gostava de Dmitri, meio que esperando que a prima repetisse todos os motivos pelos quais aquilo não daria certo e que ela já sabia
mas ao invés disso Laena perguntou como ela se sentia quando imaginava um futuro sem ele e foi o suficiente para abrir os olhos de Lyra
chegaria um dia em que Mitya voltaria definitivamente para os acampamentos illyrianos enquanto ela iria para uma corte desconhecida, para se casar com outro homem
não existiriam mais conversas sobre os assuntos mais aleatórios possíveis, nem debates sobre obras humanas que ela nem queria ler em primeiro lugar ou implicâncias bobas que terminavam em risadas
não teriam mais os braços dele para aninhá-la após um pesadelo e nem aquela voz desafinada para espantar seus medos
ela não veria mais aqueles olhos engatinhados, que continham a sua cor favorita de verde, ou aquele sorriso largo que escapava algumas vezes quando ele a chamava de sunshine
não teria mais ninguém para incentivá-la a ser mais independente, confiante em si mesma, decisìva e talvez mais em contato com o seu "lado da sexta corte" ou também chata, sarcastica e implicante
não haveria mais Dmitri em sua vida
e seu coração nunca doeu tanto
Parabéns Lyra, você é oficialmente uma das ultimas a perceber isso
O momento em que a Lyra finalmente percebeu que eles eram parceiros AKA A LYRA DEIXOU DE SER UMA PORTA!!!!!!!!
sem poder aguentar até de noite, Lyra acabou indo procurar por Mitya tão logo que deixou o quarto da prima
este estava treinando com alguns outros alados, mas parou assim que a notou se aproximar e a acompanhou até o jardim do colégio quando ela disse que tinha algo para falar
claro que ela acabou se enrolando em alguns momentos devido ao nervosismo e empolgação, mas Lyra foi tão direta quanto conseguiu ao confessar tudo o que sentia, confiando que tudo daria certo no final
porque se ele sentisse o mesmo, com certeza eles dariam um jeito em tudo e fariam aquilo dar certo
Hm, será que você pode.. digo, nós no caso, é claro... repetir aquilo...
ela não terminou a frase, mas também não foi preciso
o Donndubhán tinha aquele sorriso de canto que dizia que ele já havia entendido o que ela queria dizer e só a estava provocando
dessa vez não houve dúvidas que foi Lyra quem iniciou aquele beijo (após subir em uma das pedras e esmagar a boca dela na dele, diga se de passagem)
quando eles se separaram, foi apenas o suficiente para que a morena pudesse descansar a testa na dele, mantendos os olhos fechados por alguns segundos a mais enquanto sentia o corpo todo ser invadido por uma felicidade sem tamanho
e então foi aí que algo dentro dela clicou
É você, foi tudo o que que ela conseguiu dizer, meio sem acreditar, mas tão (tãão) feliz
eles eram parceiros
Dmitri, seu melhor amigo e o cara por quem ela estava apaixonada, era o seu parceiro
ela finalmente havia encontrado o parceiro dela
#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ and if you need a little sunshine you can borrow some of mine ❞ ﹝dmitri.﹞#headcannons.#again tava aqui a tanto tempo;; postanto só pra poder ler depois pse uashuash qq
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1. Who takes longer showers?
Separados, eu acho que a Lyra, porque ela leva no minimo 3 músicas por banho. Juntos, eles dois costumam ficar uma música a mais sim.. uahuahs qq
2. How do they make up after a fight?
Lyra tem uma política muito seria onde ela não aceita que eles durmam brigados, então não importa a hora, se eles tem um problema, eles vão conversar sobre isso até que algum deles vai fazer um comentário que vai arrancar uma risada do outro e logo eles estarão deitados, felizes e rindo mais uma vez pq é assim que o meu otp funciona, obg q
3. Who prefers rain e who prefers sun?
Entre os dois, Dmitri Drummond de Andrade com certeza prefere qualquer coisa que não seja o sol. Sunshine claro que adora o sol, mas também não reclama de uma chuva. Ainda mais no início da manhã ou no final da tarde, e quando os dois não tem nada pra fazer, porque ai eles ficam deitados, juntos, apenas jogando tempo fora entre conversas aleatórias, brincadeiras, ou apenas compartilhando a companhia um do outro no silêncio, cada um lendo seu livro ou se pegando que é o que eles fazem mesmo ne
4. What's their favorite place to go together?
Obviamente que o Bella's, o restaurante do Vlad, onde a comida é maravilhosa e a atmosfera é super alegre e romântica. E com certeza tem um karaoke ali pro Dmitri, quando ele exagera no vinho, uahsuah.
5. Who's more likely to be voted prom king/ queen?
Lyra, mas também não duvido nada de Dmitri. Para rei e rainha, uahsuahzh, muito diva esse darling sim qq
6. Do they celebrate anniversaries, etc. ?
Com a Lyra?? Mas é ÓBVIO que eles celebram! Primeiro beijo, primeiro encontro, primeira vez que se encontraram e todos esses eventos simmm u.u Eles não tem nenhum grande ritual, alguns anos vão em lugares conhecidos, outros em lugares novos; só que sempre terminam como eles de volta em casa, dançando na varanda e rindo até altas horas da madrugada. Algumas vezes a Lyra passa semanas tentando planejar uma surpresa, mas é claro que o Dmitri saca logo de cara o que vai acontecer a menos quando ela propositalmente deixa pistas falsas e quando chega lá, é surpresa em dobro uahsuahs;; e vou falar que a Lyra fica se sentindo por meses por ter conseguido enganar o Grande e Chato Dmitri uahsuahs
7. Who'd pressure the other into singing karaoke?
Alguma dúvida? Lyra não precisa de pressão nenhuma pra subir e cantar, arrasta Dmitri pra duetos SIM e, quando ele ta bêbado e fazendo seu show, ela grava e fica entre morrer de vergonha/ risada e falando pra pessoa ao lado "tá vendo aquele cara? É o meu mate!" uahsuahs
8. What's their nightly routine?
No colégio: Lyra aproveita o tempo depois do jantar para se preparar para dormir (tomar banho, arrumar o cabelo e tudo mais) e também costuma terminar/ adiantar algumas tarefas até o momento em que o Dmitri finalmente conseguisse se esgueirar até o quarto dela sem ser visto por ninguém. Então espera ele fazer o que tiver que fazer, mas logo os dois estão deitados na cama dela (que é mais espaçosa e confortável que a dele), e, dependendo do grau de sono da Lyra, ou eles dormem ou ficam por mais algumas horas conversando sobre os mais diversos assuntos bizarros que passam pela cabeça dela (tipo as lagostas e os escorpiões uahsuahs). Mas até a hora que a maldição dele ativa, ela já deve estar dormindo feito uma pedra, e só percebe que ele já foi quando acorda de manhã, mas pensa que ele só foi antes que alguém desse falta dele (pq se ela acordar na hora, vai tentar fazer ele ficar sim) Já casados eu imagino que seja a mesma coisa, com a diferença que darling não precisa mais entrar escondido e nem tem mais a maldição, obg.
9. Who's more likely to burn dinner?
Se eu tenho que escolher um, vou dizer Dmitri. Mas a Lyra também não tá muito melhor não (/e é por isso que o restaurante do Vlad se tornou o lugar favorito deles uahsushs;; alias, deixa eu só falar que to me lembrando daquela mensagem q eu disse que era bem a relação que a lyra queria e to imaginando como eles simm, uahsuahs
#deixa eu postar isso aqui pq tá há anos no meus drafts aaa#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ and if you need a little sunshine you can borrow some of mine ❞ ﹝dmitri.﹞
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@rhysanddetaubate
#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ hand in my hand and we promised to never let go ❞ ﹝dmitri.﹞#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ and if you need a little sunshine you can borrow some of mine ❞ ﹝dmitri.﹞
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❝ ✧ [...] Lyra apenas notou o quão perto estava de @rhysanddetaubate quando sentiu a respiração quente dele bater em sua face, mas, ao invés de se afastar, ela apenas esticou suas mãos até que pudesse afagar o rosto bronzeado, num toque tímido e carinho conforme seu coração iniciava aquela dança descompassada. A morena não sabia explicar como, só que, de alguma forma, conseguia sentir que aquela aproximação o afetava da mesma maneira que fazia com ela. Instintivamente, seu olhar caiu sobre os lábios de Dmitri — a lembrança do beijo deles ainda estava bem fresca em seu memória e, naquele instante, cada pequena parte de seu corpo parecia implorar por outro. E Lyra nem tentou lutar contra aquilo. Já não restava mais dúvidas em sua mente: ela estava completamente apaixonada por aquele illyrian teimoso e irritante e estava pronta admitir. E, após aquela noite, tinha certeza que tudo daria certo. — ou era o que pensava, pois, quando seus lábios estavam quase tocando os dele, a realidade a atingiu da pior forma possível:
❝ — O que significa isso?! ❞, uma voz grave e conhecida chegou aos seus ouvidos como um trovão, lhe fazendo se afastar do Donndubhán em um pulo antes de se virar. A poucos metros de distância, era possível ver a figura grandiosa e severa de Slythaeryn Aehorn, vestido uma das ricas túnicas de seda característica da terra de Thor. Os cabelos castanhos estavam jogados para trás e os olhos azuis pareciam duas pedras de gelo conforme fitavam o jovem casal. ❝ — Papai... o que... o que você está fazendo aqui? ❞, ela tentou perguntar, ainda pega de surpresa pela presençade seu pai. Não conseguia se recordava da ultima vez que seu pai precisou ir ao instituto e uma pequena parte de si nao podia evitar se perguntar por que então justamente naquele momento? ❝ — A pergunta certa é o que você está fazendo com esse moleque? ❞, questionou, num tom gélido que que foi o suficiente para tirar o chão da luminosa. Ele jamais havia falado daquela forma com ela. ❝ — Sabe o quão preocupado eu fiquei quando passei no seu quarto e não a encontrei? E agora te acho a esta hora quase se agarrando com esse lixo? Por Thor, Lyra, você quer jogar o seu nome na lama? ❞ A morena pôde apenas observar o pai enquanto este falava aquelas barbaridades, chocada demais para conseguir esboçar alguma reação além do olhar arregalado. Não conseguia entender como seu próprio pai podia estar falando aquele tipo de coisa para alguém que ele nem conhecia. Que razão poderia ter para olhar com tanto desprezo para Dmitri quando esse havia lhe ajudado tanto? As lágrimas se acumulavam no canto de seus olhos, contudo, a protegida de Thor as segurou — e faria uso da própria hidrocinese para isso se fosse preciso. Aquele era o típico momento onde Lyra abaixaria a cabeça, julgando acreditar que seu pai saberia o que era melhor para ela ou até mesmo por medo de decepcioná-lo, mas não daquela vez. Se havia algo que ela aprendeu nas últimas semanas com as aulas com Kaspar e os treinos com Elora e Dmitri, era que ela era capaz de fazer qualquer coisa — até mesmo enfrentar seus pais. ❝ — Pare! ❞, a Aehorn mais nova ordenou, surpreendendo o mais velho. Ela também jamais havia falado com ele daquela maneira: com o queixo erguido e a voz firme, olhando o diretamente nos olhos. Inconscientemente, os dedos se apertaram contra a fina linha clara que cruzava a sua palma esquerda — a cicatriz que a acompanhava desde a invasão. ❝ — Dmitri não é um lixo! Ele é meu amigo e você não pode falar com ele dessa maneira! ❞ ❝ — E o que o seu noivo acha dessa amizade? ❞ ❝ — Kerr não tem que achar nada! ❞, ela exclamou sem hesitar, a voz se elevando em algumas oitavas enquanto apertava os punhos com força de cada lado do seu corpo, ❝ — Ele não quer se casar comigo e o mais importante: EU não quero me casar com ele. Os únicos que desejam essa união são vocês e os pais dele, o que já é o suficiente para torná-la um erro. Minha mão e meu coração não são prêmios que podem ser negociados pelo acordo mais benéfico, eles são meus para dá-los a quem EU achar que irá me fazer feliz! ❞ ❝ — E você acha que conseguirá ser feliz ao lado desse brutamontes? ❞, uma risada de escárnio escapou dos lábios do luminoso, as palavras ressoando diretamente os ossos de Lyra, ❝ — Você não pode ser tão ingênua a ponto de achar que isso realmente vai dar certo. Ele não faz parte do nosso mundo, Lyra ❞ Quer a garota não estivesse tão abalada com o que ouvia, poderia até rir dele chamando logo Dmitri de brutamonte. No entanto, as lágrimas agora escorriam livremente por sua face e, mais uma vez, tudo o que ela podia fazer era observar Slythaeryn e se perguntar se aquele era mesmo o seu pai. Não era apenas o amor que ele tinha por sua mãe ou o laço deles que a Aehorn tinha como referência em sua vida, mas também a forma justa e bondosa com a qual ele tratava a todos a sua volta, com o que ela acreditava ser o verdadeiro espírito da quinta corte. O homem sempre fora o seu herói e, naquele momento, era como se ela estivesse obserservando todas as suas crenças se ruirem. Por Thor, aquilo chegava a doer em um nível físico. ❝ — Se nosso mundo é assim, então eu não quero fazer parte dele ❞, as palavras foram ditas quase em um sussurro, como se após aquilo tudo, ela já não tivesse mais força. Não estava tentando ser firme ou provar que podia ser forte, dizia apenas a verdade. Slythaeryn parecia chocado com o que havia acabado de ouvir, contudo, antes que pudesse responder, foi impedido pela aproximação de um quarto feérico. ❝ — Senhorita Aehorn, é bom ver que você está bem ❞, Idreadell Forbeak se aproximou do grupo com a sua habitual postura impecável. Se ele havia ouvido o que tinha acontecido não deixou transparecer, oferecendo até um sorriso amistoso, ❝ — Eu disse a seu pai que você deveria estar apenas passeando, afinal, está uma noite linda, e vendo que Donndubhán lhe acompanhava, parece que eu estava certo sobre você estar sã e salva. Agora, Slythaeryn, que tal você parar de incomodar a menina para que possamos terminar de tratar dos assuntos que o trouxeram aqui? ❞ A protegida de Thor pôde ver a mandíbula de seu pai se contrair, mas ele não disse uma palavra — ninguém ousaria desafiar o diretor de Fimbulvert, ainda mais no próprio instituto. E sem lhe direcionar nenhum outro olhar, o Aehorn mais velho apenas se virou e desapareceu pelo corredor, deixando Lyra e Dmitri sozinhos mais uma vez. Ela não havia ousado a olhar para o rapaz até então, envergonhada demais com o que havia acabado de acontecer. Na verdade, sequer sabia explicar como se sentia naquele momento — não havia mais sinais da felicidade que exibia poucos minutos atrás, apenas dor, decepção, vergonha e um medo. Estes iam crescendo ao ponto de se tornarem insuportáveis quando a ficha do que aconteceu finalmente pareceu cair. ❝ — E-eu peço perdão por isso, eu não queria.. Você não merecia ter que ver ou ouvir nada isso, eu sinto muito ❞, disse, tentando conter os soluços que se formavam em sua garganta — tentando e falhando. Seus olhos evitavam os dele a todo custo, apavorada com o que poderia encontrar ali na floresta que se escondia por trás das íris alheias. Se fosse sincera, tudo o que queria fazer era buscar abrigo nos braços do moreno, no entanto, quando pensou tê-lo visto se mexer em sua direção — se bem que com as lágrimas que enchiam seus olhos, ela não poderia ter certeza — a primeira reação de seu corpo foi dar um passo para trás; as palavras de seu pai ainda atormentando sua mente, ❝ — Me de-desculp-pe, eu... ❞ Ela só queria — precisava — fugir dali. Correr para o mais longe possível, onde ninguém a acharia — onde aquela dor toda não conseguisse lhe alcançar. Então foi o que ela fez.
#pela santa implicancia de tyr vc prfv diminua isso!!!!#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ and if you need a little sunshine you can borrow some of mine ❞ ﹝dmitri.﹞#tacando no rm pq isso é praticamente um pov uahsus qq
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Se Dmitri precisasse esperar tantos anos quanto a quantidade de estrelas no céu, ele o faria. Se precisasse deixa-la, se ela não o quisesse, ele também aceitaria . Alguns dias depois de ter visto Lyra pela primeira vez, o illyrian já havia identificado o laço que eles compartilhavam —- mas a morena não parecia te-lo feito também. Aehorn ainda costumava divagar sobre as possibilidades de encontrar o matebond, sobre romances inexistentes e contos que, na opinião de Dmitri, serviam mais para implantar ideais de relacionamentos irreais na cabeça de garotas com pouca experiência do que entreter de fato. Contudo, naquela noite, Lyra tomara a iniciativa de beija-lo —- e claro que Dmitri retribuiu. Isso seria um sinal de que o laço estava começando a ficar claro para Lyra? Não sabia. Todavia, de nada adiantava ela descobrir o mate com Dmitri antes de descobrir que, antes de amar outro, ela precisava amar a si mesma. Ver que os contos não são de todo real, ver que uma pessoa de verdade é mil vezes melhor que um príncipe idealizado, e ver que um relacionamento amoroso funciona, principalmente, na base da amizade, parceria, colaboração e compreensão. Naquela noite, Donndubhán não sabia dizer se ele e Aehorn estavam num encontro. O que ele sentia por ela era claro há anos, mas a própria Lyra parecia mais confusa sobre seus sentimentos. Estava recostado preguiçosamente numa pilastra, as orbes esverdeadas repousadas nas estrelas e os pensamentos divagando, quando ouviu ao longe o aproximar de passos conhecidos. E quando a sentiu próxima, desviou os olhos para a figura da morena, e o sorriso felino brotou em seus lábios enquanto a voz ronronava: “ —- Ah, sunshine.”
❝ ✧ Dizer que a mente de Lyra estava confusa era talvez o maior dos eufemismos. Esta se assemelhava mais ao caos deixado por um maremoto e, verdade fosse dita, ela já se encontrava assim há algum tempo. No entanto, naquele instante, não era o casamento que lhe fora arranjado ou os eventos decorrentes da invasão que lhe deixavam assim — oh, não, o motivo tinha nome, sobrenome e o par de olhos mais expressivo que a Aehorn já havia visto na vida: Dmitri Donndubhán. Quer lhe perguntassem alguns meses atrás, a luminosa sequer piscaria ao afirmar que o illyrian era um dos seus melhores amigos. Claro que eles tinham suas diferenças (talvez até mais do que ela poderia contar), mas não importava o que acontecia, Lyra sempre se sentia a vontade ao lado de Mitya — e tal sentimento não havia desaparecido, todavia, parecia tão mais complicado agora. Desde que ele se oferecera para dormir com ela, os dois estabeleceram uma convivência que os aproximou ainda mais; suas noites terminavam com o som da voz desafinada do moreno e seus dias se iniciavam com o resquício de seu perfume que se prendia ao seu travesseiro. E, no meio disso, ele também estava lá, senão ao seu lado, então no fundo de seus pensamentos, como o trecho de uma canção que ela não conseguia esquecer. Pouco a pouco, de maneira sutil e gradativa, seus sentimentos pelo rapaz iam se desenvolvendo ao ponto que ela sequer sabia como descrevê-lo no momento. Apenas um amigo, sua mente insistia, mas seu coração já não estava mais tão certo; e por mais que ela tentasse fingir que não, essa distinção se tornava cada vez mais difícil de ignorar. E então chegou aquela noite, onde Lyra, por um impulso, o beijou. Por Asgard inteira, ela nem sabia dizer o que a tinha feito fazer aquilo, contudo, foi só senti-lo corresponder para que uma felicidade se instalasse em seu peito, calando as dúvidas que tinha, ainda que apenas momentaneamente. Isso queria dizer que ele também gostava dela?, mesmo algumas horas depois, a protegida de Thor não podia deixar se se perguntar, esperançosa, conforme seguia ao encontro do Donndubhán. Nem mesmo ela sabia se aquilo era mesmo um encontro ou o que poderia significar para o relacionamento deles, mas tinha confiança que eles achariam um jeito, juntos. ❝ — Boa noite, Mitya ❞, ela o saudou, num misto de animação e nervosismo, ao parar diante dele. Precisou mudar o peso de uma perna para a outra, ligeiramente desconfortável com a forma descompassada com a qual seu coração batia. Todavia, o sorriso tímido que estampava suas feições agora coradas permanecia intacto. ❝ — Hmn, como você vai? ❞, ela perguntou, incerta de como deveria iniciar a conversa sem parecer tão nervosa quanto se sentia.
Não eram necessários sentidos aguçados para saber que o coração de Lyra batia mais forte e rápido que o normal. Mas graças a audição minuciosa de Dmitri, ele ouvia as batidas altas e claras, assim como o fazia com o sangue correndo mais rápido do que de costume nas veias da luminosa. De qualquer forma, era possível dizer que todo mundo sabia dos sentimentos de Lyra, menos ela mesma. Ouvia a luminosa tropeçar nas próprias palavras, e enquanto o fazia, os olhos de Dmitri se apertaram, engatinhando-se na forma provocativa e irônica que o illyrian gostava de usar quando flertava —- e Lyra provavelmente vira vez ou outra, quando Donndubhán tinha a intenção de deixar tudo o que eles eram mais claro. Um sorriso felino, apenas com os lábios e tão provocativo — por mais que sutil — quanto o olhar desenhou-se em seus lábios, enquanto o illyrian deixava seu corpo deslocar-se de onde se encontrava e seguir na direção da luminosa em passos silenciosos. Como ele ia? Bem, Dmitri tinha que dar créditos a uma Aehorn nervosa; não que ele mesmo estivesse tranquilo. Aquele era seu primeiro encontro com sua matebond — não tinha como ser normal. “ —- Melhor agora, sunshine.” Ronronou, oferecendo o braço a Lyra para que ela o segurasse com o seu. Por mais que o salário de Donndubhán fosse limitado, ele tinha dinheiro o suficiente para pagar um jantar para ambos. Sabia que Lyra não ligava; sabia que ele poderia leva-la num palácio ou em um chalé, e ela ficaria feliz da mesma forma, mas, não sabia dizer com tanta exatidão porquê, ele queria fazer um esforço para leva-la num ambiente melhor do que a taberna dos illyrians (algo dentro dele dizia que Lyra faria-os cantar). “ —- Eu pensei bem onde poderia leva-la hoje, e pensei que gostaria de um lugar habitado por aqueles naga que foram super seus amigos no dia em que nos conhecemos.” Ironizou, a brincadeira sutil em sua vez quando se referiu aos naga, mas quando citou ‘dia em que nos conhecemos’, seu tom de voz indicou uma pontada de lembranças a mais —- boas lembranças, quase nostálgicas, sutilmente afetuosas. “ —- Mas infelizmente, eles estavam ocupados e não puderam nos encontrar. Então parti para o Plano B.” Dmitri seguia caminho em passos ritmados, as mãos bronzeadas se recusando a soltar o braço de Aehorn do gesto carinhoso, enquanto os pés direcionava-os a um lugar indicado por Vlad. Não queria leva-la a um restaurante —- muitas pessoas, pouca privacidade, e tão clichê que Dmitri passaria direto pela ideia e fingiria que ela não existe. Na verdade, o illyrian escolhera um ambiente tão grande quanto o salão principal de Fimbulvert. Quando abriu a porta de madeira escura, revelou-se um caminho de pedras claras em meio a um vasto gramado verde límpido e cuidadosamente cortado. Ao final do caminho, encontrava-se uma mesa grande o suficiente para dois, decorada com um jogo de louça simples, mas gracioso. Acima deles, o céu era preenchido por tantas estrelas, tantas constelações que mais um pouco delas, seria confundido com um céu diurno. Eles seriam servidos por um dos garçons de Vlad; a grama cuidada, era certamente culpa de Natasha, que informara Dmitri que também havia obrigado Rodion a limpar a mesa na qual eles jantariam. “ —- Bem vinda, sunshine.”
❝ ✧ Desde quando a visão de Dmitri era o suficiente para despertar um verdadeiro bando de borboletas em seu estômago? A morena não saberia dizer com exatidão, mas lá estavam elas, agitando se mais e mais conforme ele se aproximava. Seus olhos azuis permaneceram presos nas orbes esverdeadas do rapaz — talvez por medo de que se não se focasse em algo, acabariam descendo até os lábios masculinos e as lembranças do beijo mais cedo voltassem com força total — no entanto, este contato visual foi quebrado no segundo em que a voz do rapaz chegou aos seus ouvidos. Quer fosse alguns meses atrás, Lyra certamente acabaria rindo com aquela resposta ou então rebateria com algum flerte brincalhão, mas, naquele momento, ela pôde apenas desviar o olhar, timidamente, já sentindo o rosto ficar mais quente e as tais borboletas se duplicarem, assim como o pequeno sorriso que adornava seus lábios. A luminosa não sabia como explicar direito — aquela era uma sensação completamente nova e um pouco assoberbante, contudo, não chegava a ser incômoda. Para desconversar, ela preferiu perguntar sobre o que eles fariam aquela noite enquanto aceitava o braço que lhe era oferecido de maneira delicada, deixando que seus dedos descansassem sobre o antebraço do guerreiro enquanto este a guiava. A morena não deixou de reparar que as mãos de Mitya se demoravam sobre si e, poderia até ser estranho já que eles vinham dividindo a cama há algumas semanas, porém aquela era a primeira vez que realmente notava o quão quentes e firmes elas eram, ainda que tivessem uma certa suavidade. Eram agradáveis — bastante agradáveis, se fosse sincera. As orbes azuladas se ergueram para fitar as esverdeadas dele mais uma vez conforme o ouvia falar e foi impossível conter a risada melodiosa que se formou no fundo de sua garganta. Aquela era a magia de estar ao lado de Dmitri: não importava o quão nervosa ou tímida ela se sentisse — mesmo que por causa dele —, o moreno nunca falhava em falar algo que a fazia esquecer todas as suas preocupações. Independente do que quer que passasse em seu coração, ele era o seu melhor amigo. ❝ — Se esse era o caso, você devera ter me avisado, darling, aí eu teria vindo com um sapato mais pesado para jogar em você ❞, Lyra rebateu a ironia com outra risada baixa, empurrando o de leve com o ombro. Seu peito se enchia com o mesmo sentimento nostálgico ao passo em que as memórias do dia em questão voltavam a sua mente — certamente o dia mais louco de sua vida, mas ela precisava admitir: era talvez o início de amizade que melhor combinava com eles. ❝ — Tsc, uma pena ❞, seus olhos se reviraram de maneira bem humorada antes de se apertarem ao caírem sobre a figura do illyrian, o censo levemente franzido, ❝ — Eu deveria ter medo desse plano B? ❞, questionou quando estavam diante daquela porta, mais por provocação do que por dúvida. Dmitri poderia ter um senso de humor questionável, só que jamais a colocaria em perigo e a protegida de Thor sabia disso. O humor, no entanto, desapareceu de sua face quando pôs seus olhos no cenário que havia sido preparado. ❝ — Por Thor, isso é... Wow ❞, foi tudo o que a morena conseguiu dizer, completamente extasiada com a beleza do local. Verdade fosse dita, a Aehorn já ficaria contente com qualquer coisa que eles fizessem, mas aquilo era... ela não tinha palavras para descrever, ❝ — Você organizou isso? Para mim...? ❞, as perguntas escaparam de seus lábios quando enfim se virou para o Donndubhán, seus olhos brilhando como duas enormes esferas de luz feérica.
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@rhysanddetaubate:
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❝ ✧ Aquele era certamente um dia bonito, Lyra pensou, mantendo seus olhos fechados a fim de aproveitar a brisa do vento que parecia acariciar a sua face e cabelos e carregava o perfume das flores do belo jardim de Fimbulvetr. O sol brilhava alegre e vibrante pelo céu, tão azul e escasso de nuvens que até a lembrava dos céus que costumava observar na Corte de Thor. Em um dia como aquele, a morena não pensaria duas vezes antes de procurar alguém para acompanhá-la em um banho de piscina, contudo, lá estava ela: usando um par de calças de couro e prestes a ter a sua primeira aula de auto defesa. Se fosse sincera, nem ela mesma saberia dizer qual das duas informações era a mais surpreendente — se bem que, naquele momento ao menos, talvez estivesse mais inclinada a escolher as calças, visto que jamais havia usado algo parecido antes. Não que a mobilidade que tinha com elas fosse de todo mal, precisava admitir; e inconscientemente, seus dedos alisavam o material sobre suas coxas ao passo em que o peso de seu corpo era alternado de uma perna para outra em um misto de impaciência e nervosismo conforme esperava por seu "professor". No entanto, quando este finalmente chegou, foi quase impossivel ignorar a forma como tais sentimentos logo foram substituídos por aquela estranha e familiar alegria que parecia aquecer o seu peito cada vez que seus olhos encontrava as íris esverdeadas de Dmitri. ❝ — Você está atrasado, darling ❞, cantarolou.
Dmitri ia ensinar Lyra autodefesa. Dmitri ia ensinar a Lyra auto defesa. Ainda parecia utópico demais para ser verdade, visto que em seis anos de amizade, a morena nunca fizera menção de efetivamente praticar para controlar seus poderes; e depois que Rodion havia jogado todas as possibilidades de ensinar “coisas de alados” para uma “luminosa nutella” (expressão que Dmitri vinha pesquisando o significado nos livros até hoje, mas jamais encontrara o que, em nome de Hela, significava nutella e Rodion também não parecia interessado em lhe dizer), fora a vez de Dmitri assumir o papel de tutor. Caminhava em direção ao campo, afiando a ponta de uma das suas flechas, quando os olhos esverdeados encontraram a figura dela... e mais uma vez, Dmitri se pegara pensando como Lyra ainda não percebera; era tão obvio que a Natasha já havia quase deixado-o surdo todas as vezes que falava de Lyra e a Anya perguntava incessantemente que dia ela iria fazer uma visita em sua casa; mas ela tinha que perceber por si só. “ —- Eu nunca estou atrasado, sunshine. É você que está adiantada.” Ronronou de volta, abrindo o sorriso felino e provocativo enquanto deixava as orbes esverdeadas estudar Lyra de cima para baixo. “ —- Belos trajes, sunshine.“
❝ ✧ Lyra não tentou argumentar contra aquela resposta, afinal, podia muito bem ser verdade. Havia acordado algumas horas mais cedo que o de costume naquela noite, após ser tomada por aquele estranho pesar que poderia apenas tentar creditar talvez a um pesadelo do qual não conseguia se recordar. Naquela altura Dmitri já havia ido embora e por isso ela acabou tendo que enrolar em seu quarto até que estivesse perto o suficiente do horário combinado. Pelo visto acabou chegando mais cedo mesmo, mas tal fato não impediu a revirada leve que seus olhos deram enquanto uma risada lírica escapava de seus lábios. O comentário seguinte, no entanto, trouxe uma certa agitação ao seu estômago, assim como um impulso de descer também os olhos pelo próprio corpo a fim de checar mais uma vez os trajes que usava. A calça marrom era talvez um pouco justa demais para o seu gosto, contudo, a Aehorn não poderia se queixar do quão prático ela era. ❝ — Você acha? Hm, Laenna me emprestou. Aparentemente nenhum dos meus vestidos era adequado para lutas ❞, ela respondeu com uma pequena movimentação de seus ombros, as bochechas tomando uma leve coloração avermelhada. Seus olhos então se desviaram por alguns segundos até o campo onde eles treinariam, como se estivesse reconsiderando aquela ideia. No entanto, apenas suspirou ao encontrar aos olhos dele mais uma vez. ❝ — Okay, antes de começarmos essa missão impossível, você promete ser gentil comigo, certo? Lembre se: é minha primeira vez fazendo esse tipo de coisa ❞
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@beccanxn
Clark, you’re going to flood the apartment. Mmmh-hmm.
#pq graças a vc eu agora adicionei banheiras ao aesthetic deles uashuashasuh#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ and if you need a little sunshine you can borrow some of mine ❞ ﹝dmitri.﹞#৴ ♡ ˙ ˖ ⋇ hand in my hand and we promised to never let go ❞ ﹝dmitri.﹞
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❝ ✧ Durante toda a sua vida, Lyra sempre teve a certeza que a vista da praia de Ingemar era a coisa mais bonita de todos os universos. Afinal, como algo poderia ser mais belo que o céu estrelado refletido no mar gentil e cristalino que chegava as areias, mais como uma carícia suave do que como ondas se quebrando? Claro que ela sebtia falta daquilo após passar a última década morando quase que exclusivamente na sexta corte, no entanto, mesmo parada ali, era o garotinho que caminhava ao seu lado que roubava toda a sua atenção, lhe fazendo perceber o quanto aquele primeiro pensamento estava errado. Das pequenas asinhas de morcego que cresciam em suas costas aos cabelos escuros e olhos azuis límpidos e brilhantes — os seus olhos —, que fitavam o mundo ao redor com uma curiosidade gigantesca; para a luminosa, ele sim era uma das coisas mais bonitas e perfeitas que já tinha visto em toda a sua vida (dividindo o posto apenas com dois outros morceguinhos). Até o presente momento, Misha era o caçula, com um ano e dez meses. Ainda que fosse apenas dezessete minutos mais novo que a irmã, já podia se ver o quão diferentes os dois eram, o quão mais frágil ele parecia ser em comparação aos demais. Alec e Peggy eram mais como ela mesma nesse sentido, os dois não conseguiam ficar parados, queriam sempre se aventurar pelo mundo ao seu redor para que desse modo pudessem fazer as suas próprias descobertas. Já Misha preferia ficar em seu canto e observar o que acontecia; nada escapava daqueles olhinhos atentos que tinham aquele brilho de uma mente incansável. Talvez fosse justamente por isso que ele parecia sempre saber quando algo não estava bem com ela, apesar dela ter quase certeza que estava fazendo um ótimo trabalho escondendo; sem falha, ele corria até ela e envolvia seu rosto com aquelas mãozinhas tão pequeninhas e dizia "mamaí, bem?" e a morena quase desmoronava. Lyra amava todos os seus filhos de forma igual, com um amor tão puro e forte que parecia não caber dentro dela, e poderia dizer, orgulhosamente, que não havia algo como um favorito entre os três. Ccontudo, Misha era tão pequenino e frágil que ela não podia evitar vê-lo cono o seu bebê, aquele quem realmente precisava de sua proteção. ❝ — Você consegue dizer 'lua', Misha? ❞, Lyra perguntou ao apontar para a lua cheia que brilhava no céu escuro, o olhar ainda preso no rosto feliz do mais novo. ❝ — Bóua! ❞, ele disse, como se a corrigisse, também apontando animadamente para o satélite natural. A certeza expressa naquela vozinha infantil foi o suficiente para não apenas arrancar uma risada alta de sua mãe, como também espalhar aquela felicidade em seu peito. ❝ — É, é uma espécie de bola sim, meu amor ❞, concordou, por fim, agachando se até a sua altura para que pudesse afagar sua bochecha. A aparente adoração por brinquedos esféricos era talvez uma das poucas coisas em comum que ele tinha com o irmão mais velho — além, é claro, da teimosia que parecia ser dominante na genética dos Donndubhán. E foi sabendo disso que ela usou seu poder para criar várias bolhas de água a partir do mar e fazê-las flutuarem ao redor deles. Era uma manipulação bem simples, até, mas ver a forma como aquele sorriso que ela amava tanto se alargar a fez se sentir como se tivesse feito algo extremamente complexo e mágico. ❝ — ... A-mô ❞, ele tentou repetir e, por Thor e Hela juntos, Lyra quase explodiu ali mesmo, de amor, de orgulho, de felicidade, de uma suave tristeza por já vê-lo crescer tão rápido; era uma avalanche de sentimentos que mesmo após quase cinco anos sendo mãe, ela ainda não sabia explicar direito. ❝ — Nesse passo, antes do final do ano você já estará falando mais do que o seu pai ❞, ela tocou a ponta de seu nariz com o indicador e, ainda brincando, acrescentou: ❝ — E, quando isso acontecer, por favor, tente ser mais gentil e menos sarcástico, sim? ❞ (e ela podia quase jurar que o havia visto balançar a cabeça em uma negativa risonha). Boa sorte com isso, sunshine, a voz de Dmitri soou através do laço que dividiam, em um ronronar irônico que a fez revirar os olhos, O lado negro está praticamente no sangue dele. A morena precisou apenas virar o rosto para poder encontrar as íris esverdeadas do parceiro já presas nela, exatamente no canto da festa que ela o tinha deixado quando se afastou com o mais novo. No meio dos amigos de seu primo, ele usava a sua resting bitch face tão bem quanto um de seus uniformes illyrianos, mesmo enquanto segurava uma Peggy de ponta a cabeça, e que tentava a todo custo se desvencilhar do colo do pai, e um Alec que agora parecia ligeiramente emburrado. Aparentemente eu sou o pior pai do mundo por não deixar 'tio Nick' levá-los para ver os tubarões assassinos dele, ele explicou antes mesmo que ela pudesse perguntar o que havia acontecido, já revirando os próprios olhos. Por Thor, por mais que Lyra amasse seu primo, haviam vezes que nem ela sabia o que dizer diante de suas ações. No passado, aquilo não seria um problema, contudo, agora, como mãe, foi impossível não pensar em seus filhos perto de "tubarões assassinos" e não sentir uma pontada de preocupação. Esta com certeza acabou escapando pelo laço, porque logo o parceiro se pronunciou novamente. Sério, sunshine? Você acha mesmo que eles iam se assustar?, mesmo em pensamentos, o sétimo Donndubhán estalou a língua, Eu só não deixei eles irem porque aí eu teria que acompanhar e aguentar o Nicolás por mais tempo que o necessário. Vamos combinar que foi até um favor para aqueles bichos, já que eles sim que iam acabar traumatizados depois de encontrar esses dois aqui. Eu bem deveria ficar ofendida em nome dos meus filhos, mas acho que acabaria assim mesmo, ela riu e desviou o olhar de volta para o pequeno ao seu lado, que erguia suas mãozinhas alegremente em direção das bolas que os cercavam; rindo quando algumas estouravam no ar ou esboçando curiosidade quando outras mais consistentes apenas ricocheteavam com seu toque. Quer que eu te ensine a fazer bolhas de sabão? Parece estar funcionando para mim. ❝ — Achei que tínhamos combinado que você não tentaria 'Vladificar' nossos filhos, sunshine ❞, o comentário dessa vez chegou aos seus ouvidos, acompanhado também de duas risadas altas infantis. A mulher precisou morder lábio inferior a fim de segurar o próprio riso, mas se virou a tempo de ver o pequeno resquício de um sorriso no rosto de seu marido conforme ele se aproximava, carregando uma Peggy bem mais calma, e um pequeno vulto negro passar voando em sua direção. Pelo menos isso eles também havia puxado dela: poderiam ser teimosos como o pai, porém nenhum deles parecia ser demorar em seu descontentamento. Os caçulas rapidamente se soltaram de seus pais para tentar seguir Alec — o líder daquele pequeno grupamento —, e a antiga protegida de Thor tomou isso como sua deixa para não apenas para criar mais bolhas, como também usar a água para criar algumas criaturas que ela sabia que eles gostavam. Como, por exemplo, alguns tubarões bem grandes e inofensivos. ❝ — Engraçado, eu me lembro de ter ouvido você falar algo sobre isso, mas não de eu ter concordado ❞, ela enfim respondeu, divertida, quando Mitya parou ao lado, já envolvendo a sua cintura e aconchegando se em seu abraço. O sorriso já não cabia em sua face. Como ela tinha tanta sorte, não saberia explicar. Tudo o que sabia era que ali, sob a luz do luar, nos braços de seu parceiro, sentindo todo aquele amor que fluía por ambas as vias do laço se enlaçando enquanto observavam seus filhos brincando animadamente pelas areias da praia que aquela visão ficava realmente perfeita
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THE LYMITRI PLAYLIST —— PART I
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♈ a holiday drabble featuring our muses /Dmitri
modern!AU❝ ✧ Uma coisa que Lyra havia aprendido bem rápido é que quando se tinha quatro filhos pequenos, nenhuma manhã era calma. Agitadas, corridas e barulhentas, com certeza, mas nunca calmas. Especialmente não as manhãs de Natal. “ — Darling, eu acho que nós estamos sob ataque ”, ela comentou, com a voz ainda carregada de sono. O despertador sequer havia tocado, já dava para se ouvir uma sinfonia de passos e risadas ecoar pelo corredor. Antes mesmo que Dmitri pudesse ter a chance de responder, a porta se abriu, revelando Alec, Peggy, Misha e até mesmo a pequena Ellie (que, como sempre, já usava o tutu de bailarina favorito por cima do pijama de dragão); felicidade e empolgação estampadas claramente em suas feições infantis conforme eles anunciavam em plenos pulmões que era natal. “ — Não pisque e nem respire, sunshine, eles vão achar que nós morremos e irão embora ”, ainda sem abrir os olhos, Mitya ronronou em voz baixa, porém alto o suficiente para que todos ali pudessem ouvir, o que arrancou uma risada da esposa e uma sucessão de reclamações dos filhos. Uma coisa era certa, mesmo que aquelas crianças tivessem apenas entre 9-3 anos, todas eram cheias de personalidade (traço que com certeza estava gravado nos genes Donndubhán) e se recusavam a ser ignoradas, mesmo que de brincadeira, por isso não precisou nem de dois segundos para que todos os quatro subissem na cama e começassem a pular em cima do pai, tomando cuidado para não acertar também Lyra, que já havia sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama. “ — Não tem graça, papai, acorde!!! ”, Alec, o pequeno líder, o chamava, enquanto os gêmeos o sacudiam com toda a força que duas crianças de seis anos tinham. Já a caçula parecia bem contente em apenas rodopiar pelo colchão, como se estivesse exibindo sua fantasia de princesa dragão. “ — Veeenha, vamos ver o que Papai Noel deixou para a gente! ”, Misha o apressou, certamente louco para ver se ia conseguir ganhar o kit que pediu. “ — Queridos, vocês sabem que Papai Noel n… ” “ — Só vai aparecer mais tarde, quando estivermos na casa do tio Vlad, para receber o obrigado dele! ”, Lyra tratou logo de cortá-lo com um beliscão por debaixo das cobertas, antes que ele pudesse estragar a magia daquela data para os seus bebês. Estes por sua vez pareceram ainda mais animados ao se lembrar quem faria o almoço e começaram a comemorar entre si. A cena aqueceu o peito da mais velha. Ninguém poderia querer culpá-la por querer preservar a inocencia deles por mais um tempo — ainda mais quando ela e Natasha haviam conseguido convencer Rodion a se vestir de Papai Noel naquele ano. Misha, inteligente que só, talvez acabasse percebendo, mas ela tinha certeza que todas as crianças (incluindo Vlad, claro) iam adorar! “ — Agora, ao invés de você tentarem transformar o pai de vocês em um milkshake, por que não tentam acordá-lo que nem a princesa dragão acordou o morcego enfeitiçado? ”, a revirada de olhos do primogênito foi esperada, mas ainda assim todos os quatro exibiram sorrisos largos com a ideia. E, Mitya, bem, este se levantou tão logo que Peggy gritou que ela que faria o café — provavelmente imaginando que era bem capaz mesmo de jogarem a bebida quente nele sem dó nem piedade. O lado romântico de Lyra revirou os olhos internamente, ainda discrente que as histórias de ninar dos seus filhos continham banhos de café no lugar de beijos de amor verdadeiro, principes dourados que eram trocados pelos monstros e iam trabalhar como caixas de mercado, princesas que se rebelavam com a rainha má e tirana e decidiam lutar em revoluções, bruxas agiotas que acabavam derretendo de maneira dolorosa e a troca de todo o ouro do castelo por onix e rubis. “ — Muito bem, vamos logo antes que eu resolva tomar os presentes dos engraçadinhos ”, o Donndubhán mais velho tentou sugerir, irônico, contudo, havia resquícios de orgulho e amor que eram impossíveis de se esconder conforme ele olhava para os mais novos, que nem deram bola para sua tentativa e voltaram a comemorar enquanto tentavam arrastá-lo pelas mãos em direção a sala de estar. A morena pôde apenas olhar para aquela cena com um sorriso gigante, certa que se os filhos mantivessem aquele trabalho em grupo e parceria pelo resto das vidas, não haveria nada que eles não conseguissem. Três horas depois e Lyra se encontrava agora aninhada ao lado do marido no sofá, com as pernas jogadas por cima das dele, uma enorme caneca de chocolate quente com marshmallows em mãos e aquele mesmo sorriso ainda estampado em suas feições enquanto observava os filhos brincarem animadamente com seus presentes. Misha estava nas nuvens com o mais novo kit científico; Peggy já deveria ter acertado tudo e todos naquela sala (incluindo os pobres gatos da familia, Njord e Aaron Purr) com seu conjunto infantil de arco e flecha, menos o alvo; Alec tinha ficado ligeiramente chateado que não terem deixado ele andar de bicicleta pela casa, no entanto, tal sentimento foi logo esquecido em favor de se juntar a suas irmãs para decidirem o que poderia ser o poço dos jacarés cuspidores de fogo que envolveria a nova cabana/ castelo que Ellie havia ganhado. Talvez ela devesse ficar preocupada com a sua filha de três anos parecer bastante empolgada para ter uma masmorra também, contudo, a unica coisa que podia pensar era no quanto eles iam adorar mais ainda quando ela conseguisse convencer Dmitri que havia espaço suficiente para um piano na sala. Certamente aquela casa nunca tinha uma manhã calma, só que aquilo não importava em nada. Não quando os motivos de tanta agitação eram capazes de cativar nela um amor tão profundo e puro que mal cabia em seu peito. “ — Obrigada ”, ela murmurou, sua cabeça deitada contra o pescoço do marido, “ — Isso aqui é o melhor presente que eu já recebi ”, e não falava do que tinha acabado de desembrulhar, mas de tudo aquilo: as crianças, aquela casa, a forma como ele entrou na sua vida da maneira mais inesperada possível e não parava de melhorá-la a cada dia. Não haveria mais ninguém com quem ela quisese ter vivido tudo aquilo do que seu melhor amigo. “ — Eu acredito que há melhores formas de se referir a mim do que isso, mas não há de que, sunshine ”, Mitya respondeu com aquele seu sorriso felino habitual; claro que ele havia entendido o que ela queria dizer — afinal dava para ver em sua face que ele sentia a mesma coisa —, todavia, com certeza não seria seu marido se perdesse a chance de provocá-la. Lyra apenas revirou os olhos e riu — uma risada que foi acompanhada pelo outro assim que ele a sentiu cutucar suas costelas de leve. Sua mão então subiu até encontrar a bochecha dele, acariciando-a com carinho conforme se acomodava a fim de poder erguer o rosto poder pressionar os lábios nos dele. Foram necessários exatos três segundos para que uma sinfonia de ews tomasse conta da sala, o que os fez rir durante o beijo. “ — Feliz natal, darling ” “ — Feliz natal, sunshine ”, ele desejou, ainda contra os lábios dela conforme levava a destra para acariciar a barriga já ligeiramente inchada da esposa, “ — E feliz natal pra você, baby Ivy ”
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I'm lucky I'm in love with my best friend.
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O que vc está fazendo? /Dmitri
modern!AU❝ ✧ “ — Darling? ”, foi assim que Lyra anunciou sua presença para o Donndubhán: um gemido rouco e cansado de quem havia acabado de acordar — o que era exatamente o seu caso, após se revirar na cama por algumas horas, em busca do corpo dele para se apoiar, e apenas encontrar o vazio. Bastou apenas uma olhada no relógio para fazê-la se levantar em busca do namorado, apenas para encontrá-lo no mesmo lugar em que havia lhe deixado horas atrás: no escritório, sentado diante da mesa do computador onde ela costumava editar seus videos. “ — O que você está fazendo? ”, perguntou, apoiando sua testa no topo da cabeça do moreno e enlaçando o seu pescoço por trás. Os olhos haviam se fechado tão logo que chegou ao cômodo, ainda desacostumados com a claridade que provinha da tela do monitor, todavia, o som das teclas sendo pressionadas de maneira ágil, teimosa e irritada foi o suficiente para lhe responder e, consequentemente, arrancar um suspiro ainda mais cansado. “ — São duas da manhã, Mitya, você realmente ainda está discutindo com algum troll de internet ”, aquilo não era uma pergunta e ela também não prestou muita atenção quando ele começou a explicar sobre o assunto e aonde o desconhecido estava errado. Ela realmente não se interessava, só queria mesmo voltar para sua cama confortável e dormir nos braços do moreno, mas o conhecia bem demais para saber que ele não pretendia sair dali antes de vencer aquela discussão, então precisou se decidir o que queria mais. E com outro suspiro, Lyra se afastou…. para pegar a manta que ficava em cima da poltrona do escritório e logo retornou, afastando a cadeira apenas o suficiente para que pudesse se aconchegar confortavelmente no colo de Dmitri — ou tanto quanto conseguia naquela posição. “ — Eu juro que se eu acordar amanhã e descobrir que isso acabou em um duelo, vou deixar Nick ou Natasha escreverem a sua história ”, foi tudo o que ela disse, com a intenção de sair como uma reclamação, no entanto um pequeno sorriso cresceu em sua face ao escutar e sentir a risada de Dmitri e então os lábios dele serem pressionados de leve no topo dos seus cabelos. Não tardou muito para que a morena voltasse para a terra dos sonos, sendo embalada pelo calor do rapaz e a sinfonia que se compunha entre as batidas de seu coração, o som das teclas e os resmungos ocasionais que ele dava.
BÔNUS:Lyra não soube dizer quanto tempo passou desde então, mas, quando abriu os olhos novamente, ela já estava mais uma vez em seu quarto. Sozinha naquela cama grande demais. Contudo qualquer resquício de decepção ou irritação logo desapareceu de sua face cansada tão logo que escutou o barulho da pia do banheiro ser aberta por alguns segundos e não tardou para que Dmitri saísse de lá, já pronto para dormir. “ — Que horas são? ”, ela não pôde evitar perguntar, enquanto esfregava um de seus olhos preguiçosamente e o via se ajeitar na cama, dizendo que ainda era bem tarde e eles ainda podiam dormir mais um pouco. Quer a Aehorn não estivesse tão cansada, com certeza iniciaria uma conversa sem pé e nem cabeça que se estenderia até o amanhecer, apenas como uma maneira de castigá-lo por ele deixá-la dormir sozinha no início da noite. Ao invés disso, apenas esperou ele se deitar para se mexer. A cama era espaçosa e confortável, mas não havia lugar onde ela dormisse melhor do que aninhada no peito do namorado — e isso já acontecia mesmo quando eles eram apenas amigos. E Mitya, como sempre, a recebeu de braços abertos, envolvendo a daquela maneira protetora e carinhosa que ela tanto amava. Mesmo sentindo tanto sono, Lyra se esforçou para continuar com os olhos abertos para que pudesse fitá-lo por mais alguns segundos. Era um daqueles momentos aleatórios em que ela se pegava percebendo o quanto ela realmente amava aquele chato e foi impossível segurar o seu sorriso — ainda mais quando ele, mesmo tão cansado quanto ela, o retribuiu. “ — Espero que você tenha feito ele chorar ”, a morena brincou e foi preciso apenas inclinar um poço o rosto para que seus lábios encontrassem os dele. Foi um beijo breve e gentil; o beijo de boa noite que ela não tinha recebido mais cedo e que se recusaria a dormir sem. E mais uma vez naquela noite, Lyra se ajeitou contra o peito do Donndubhán, e entre o sono que já sentia, o carinho que recebia em seus cabelos e costas e o som das batidas do coração de Mitya, foi apenas uma questão de segundos para que voltasse a dormir, ainda ostentando um enorme sorriso nos lábios.
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“you’re smiling because you know i’m right.” /Dmitri
As íris azuladas se reviraram tão logo que o tom presunçoso e brincalhão de Dmitri chegou aos seus ouvidos, em um movimento leve e instintivo, mas que desprovia de irritação genuína. Era difícil sentir qualquer outra coisa senão a alegria que crescia em seu peito quase sempre que os braços dele a envolviam, deixando-os tão próximos que ela mal conseguia observar o sorriso felino que se alargava nos lábios masculinos conforme o illyrian listava os pontos altos da noite ― uma lista que a protegida de Thor tinha quase certeza ser idêntica a que Thomas Altumsolis forneceria ao seu futuro psicólogo quando este o perguntasse o que enfim lhe fez buscar a terapia. E Lyra sabia que deveria estar irritada ― furiosa até ��� pelas implicâncias exageradas do parceiro terem transformado aquilo que era para ser um encontro duplo dos sonhos em um enorme desastre. Todavia, se fosse completamente honesta, ela era tão culpada quanto. Laena, Rag, Tavia e até mesmo seu irmão tentaram lhe avisar que aquilo não daria certo, no entanto, a Aehorn, sempre otimista e senhodora, estava tão empolgada achando que tudo seria fantástico que não os ouviu. Ou pior, sequer se lembrou o quão vocal Dmitri já havia sido sobre o tipo de pessoa que não gostava ― tipo esse que parecia se encaixar muito bem com Thomas e Gweyr. Claro que isso não tirava a culpa dele, mas Lyra não podia deixar se sentir um pouco mal por tê-lo forçado em uma situação que ele não queria; aquele não era o tipo de relação que eles tinham e nem era uma que ela gostaria de ter. Foi por isso acabou deixando a briga de lado, fazendo apenas uma nota mental de arrumar depois um jeito de se desculpar com a melhor amiga. O que os levava até aquele momento, com a morena exibindo um pequeno sorriso em sua face e precisando segurar a risada que se formava em sua garganta ao pensar que as expressões do protegido de Heimdall eram, de fato, um pouquinha engraçadas. “ ― Na verdade ”, ela começou com um tom igualmente brincalhão, aproveitando que o Donndubhán estava sentado ao pé da cama deles para descansar a testa na dele, “ ― Estou sorrindo porque estou pensando no tamanho do dote que poderei cobrar quando Tom bater a minha porta para pedir sua mão. Face it, darling, depois de tantos flertes exagerados, duvido que ele consiga ficar longe de você… ”
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❝ ✧ 15/02 — Lyra’s gifts for Dmitri ❞
O primeiro presente foi certamente aquele pelo qual Lyra estava mais empolgada para lhe dar e foi por isso que acabou o fazendo alguns dias antes do dia do aniversário do Donndubhán, na noite do Seidhr ( ué, não foi você mesmo que disse que não estamos celebrando apenas o romance? ). Talvez fosse um pouco bobo, contudo, ela mal podia esperar ara ver a reação dele quando visse o dragão de pelúcia que havia conseguido em um passeio pelo Porto Calder, e tal empolgação podia ser explicada logo na frase que ela disse quando o outro desembrulhou o presente: “ — Olha, Mitya, é você! ”, afinal, era exatamente o que a morena enxergava no brinquedo, com as grandes asas negras e os olhos verdes.
Era um fato conhecido que Lyra não era do tipo de pessoa que gostava de dar armas como presente para ninguém, ainda mais para alados, afinal, eles tinham mais conhecimentos daquilo do que ela, então as chances dela escolher algo mais pela aparência do que por real utilidade eram enormes. Certamente fora o que havia acontecido daquela vez, no entanto, quando viu aquele conjunto de arco e flechas negro ( *insira um sutil revirar de olhos aqui *) com detalhes dourados, a Aehorn achou tão bonito que acabou comprando para o Donndubhán.
Ela sabia que Dmitri era fã de algumas das obras da literatura humana (principalmente daqueles com nomes difíceis de pronunciar), assim como sabia também que estas eram extremamente difíceis de se conseguir fora da biblioteca de Fimbulvetr. Por sorte, um dos vários interesses de seu pai era estudar e colecionar qualquer coisa relacionada a extinta raça. Logo, foi bem fácil conseguir três exemplares daqueles que acreditava ser os favoritos do protegido de Hela.
O quarto presente era um cordão de couro mais simples que trazia um pingente cravejado com aquahall, um dos cristais mais característicos da Quinta Corte. Dmitri era o tipo de pessoa que combinava mais com as noites e foi justamente isso que a fez escolher esse presente, afinal, o cristal em questão era muito encontrado nas cavernas submarinas mais profundas e tinha uma propriedade mistica curiosa que a fazia parecer um simples mineral cinza quando exposto a luz, mas, no escuro, ela adquiria uma coloração turquesa mais vibrante — e muito bonita também — que servia para iluminar o caminho dos mergulhadores. ( bem, se você se recusa a deixar o caminho das sombras, o mínimo que eu posso fazer é garantir que vai ter alguma luz ali )
Black is a happy colour, darling — certamente uma frase que ela não concordava em nada. E ela sabia que ouviria alguma provocação de Mitya, contudo, ao pôr os olhos naquele quadro, sabia que ele iria adorar — tanto pela afirmação quanto pela clara ironia presente nela — e era isso o que importava, certo?
E é claro que se estava dando um objeto de decoração que era mais do gosto de Dmitri, se sentia quase na obrigação de acrescentar algo que era mais do dela, para balancear e dar um pouco mais de cor para o moreno. Isso, e também porque a coroa de girassóis que finalmente havia conseguido fazer (após anos de tentativas fracassadas) era quase motivo de orgulho para a protegida de Thor e, bem, não podia pensar em ninguém que gostaria de presentear (mas olha como ela é bonita!! fora que sunflower *aponta para a coroa* sunshine *aponta para si mesmo*, viu?)
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