#anarco comunismo
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blackcat-brazil · 1 year ago
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considerandos · 6 months ago
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Revisionismo Espanhol
O texto anterior poderá suscitar a curiosidade do leitor, acerca das razões que me levam, não sendo historiador mas jurista, a refletir sobre o revisionismo histórico.
A razão geral é que, pese embora não seja historiador, sempre fui um apaixonado pela história e, por isso, leio bastante sobre o assunto, com especial incidência sobre três períodos, Roma Antiga, sobretudo as guerras civis e a transição da República para o Império, a baixa Idade Média e a lenta transição para o Renascimento (desde as cruzadas até aos descobrimentos) e a primeira metade do século XX, até à segunda guerra mundial. Não me perguntem porquê estas três fases da história e não outras. Questões de afinidade. Talvez por serem todas elas fases de transição, de mudanças sociais e de mentalidade profundas, embora não sejam seguramente as únicas, na história da humanidade.
A razão particular foi a leitura de um livro sobre a segunda república espanhola, do historiador norte americano Stanley G. Payne, El Colapso de la República, numa edição espanhola da editora La Esfera de los Libros, o qual, ao final de algumas escassas dezenas de páginas, se revelou diferente de tudo o que tinha lido anteriormente sobre a Guerra de Espanha. Isso levou-me a investigar mais sobre o autor e a obra, para concluir, após uma breve consulta na internet (que maravilha é ter o mundo à distância de um clique), que se trata de um livro e autor integrados na denominada corrente revisionista do conflito espanhol, o que, na prática, significa apenas que não alinha na teoria esquerdista de que a guerra se deveu exclusivamente aos fascistas, antes defendendo que a maior responsabilidade para a queda da República esteve do lado das esquerdas revolucionárias, que nunca quiseram a República e tudo fizeram para a destruir, durante os escassos cinco anos de duração que teve.
Não sou historiador e não vou tomar partido nesse jogo de culpas, até porque ninguém pode acreditar que um conflito tão terrível, duradouro e sangrento, como a guerra de Espanha, possa ter um único responsável ou sequer que se possam atribuir culpas exclusivas a um dos lados em conflito. Ninguém faz uma guerra civil de ânimo leve e sem achar que tem motivos especialmente fortes para essa decisão, o que implica necessariamente uma repartição de culpas, na proporção que entenderem mais conveniente.
Mas há dados importantes que ajudam a compreender o colapso da república, e que são inegáveis.
Desde logo pareceu-me evidente, após a leitura da obra (e que, de certa forma, também já decorria de leituras mais tradicionais e tendencialmente republicanas), que a segunda república espanhola nunca poderia funcionar porque, em rigor, ninguém a queria. Nesse sentido, o surpreendente foi que tivesse durado cinco penosos anos, durante os quais sofreu nada menos do que seis tentativas de derrube pelas armas, duas da direita militar e quatro da esquerda revolucionária.
A primeira foi a insurreição anarquista do Alto Llobregat, a 18 de Janeiro de 1932, levada a cabo pelos mineiros da CNT, a confederação sindical anarco-sindicalista, que tentaram derrubar a República e proclamar o comunismo libertário, curiosamente quando estava no poder uma coligação de esquerda, liderada por Azana e que juntava republicanos e socialistas revolucionários. Mas os anarco-sindicalistas da CNT não aceitavam a república liberal e não tinham a menor consideração por socialistas ou comunistas que cooperassem com republicanos burgueses. Razão pela qual a CNT nunca apoiou nenhum partido político ou coligação partidária (nem sequer a frente popular) ou aceitou um cargo de governo, até quase ao final da guerra civil. O seu único objetivo era a instauração de uma democracia libertária, pela via da insurreição armada e derrube do estado capitalista burguês.
A segunda foi a chamada Sanjurjada, uma tentativa de golpe militar de direita, chefiado pelo general Sanjurjo, em 10 de Agosto de 1932, também durante o governo de Azana. Após o falhanço do golpe, Sanjurjo refugiou-se em Portugal, sob proteção do regime militar e de Salazar, até à sua morte em 20 de Julho de 1936, poucos dias após o levantamento militar que deu início à guerra civil, num acidente de avião no Estoril, precisamente quando se preparava para regressar a Espanha e juntar-se aos militares revoltosos.
Depois vieram mais duas insurreições armadas, desencadeadas pelos anarco-sindicalistas, uma foi a Revolução de 1 de Janeiro de 1933, que se prolongou por quase duas semanas e na qual ocorreu o famoso assalto ao quartel da guarda civil de Casas Viejas, província de Cádiz, no qual morreram 28 camponeses e três guardas. A outra foi a insurreição armada de 8 de Dezembro de 1933, iniciada em Saragoça, em reação à vitória eleitoral da direita nas eleições de Novembro, que alastrou a muitas províncias, durou uma semana, e causou 75 mortos e mais de cem feridos.
Mas também os socialistas e a UGT, central sindical do PSOE, tiveram a sua insurreição armada e ainda mais sangrenta que as dos anarquistas, a Revolução de 1934, que se iniciou a 5 de Outubro, em reação à entrada no governo de três ministros da CEDA (o partido corporativista católico, que tinha ganho as eleições de 1933, mas tinha sido deixado de fora do governo Radical de Lerroux, pelo presidente Alcalá Zamora) e se prolongou por duas semanas de combates, sobretudo nas Astúrias, onde o exército foi obrigado a intervir, na defesa da República, causando perto de dois mil mortos, sobretudo entre os mineiros revoltosos, e mais de vinte mil detidos, entre eles o líder da UGT, Largo Caballero, o presidente da Generalidad de Cataluña, Lluís Companys, líder da Esquerra Catalana, e o ex-Primeiro Ministro Republicano (e futuro presidente), Manuel Azana. O líder socialista, Indalecio Prieto, só não foi preso porque conseguiu fugir para França, onde permaneceu exilado até à vitória da frente popular, em 1936, e a libertação dos presos políticos envolvidos na Revolução.
Curiosamente alguns desses presos políticos libertados, membros da guarda civil e da guarda de assalto e implicados em crimes de sangue, durante a Revolução de 1934, juntamente com milicianos socialistas, adstritos às esquadras pelo governo, como comissários políticos, e até um guarda costas do líder socialista, Indalecio Prieto, foram os executores do sequestro e assassinato do deputado Calvo Sotelo, líder do partido monárquico, episódio que funcionaria como catalisador para o desencadear do sexto e derradeiro golpe contra a república, o levantamento militar, liderado pelo general Mola, de 17 de Julho de 1936, que desencadearia a guerra civil.
Para além de todas estas mortes, contam-se ainda mais de 300 assassinatos políticos, ocorridos em Espanha, durante a segunda república, sobretudo em incidentes envolvendo as esquerdas revolucionárias e os falangistas e carlistas, de extrema direita, além do incêndio de centenas de igrejas, colégios, conventos e outras propriedades da Igreja, de casas particulares e também a ocupação ou expropriação de milhares de propriedades privadas, incluindo cerca de 5% das terras agrícolas de todo o país.
Esta era, seguramente, uma República que ninguém queria.
Com tal historial sangrento e de total anarquia, o golpe militar, que, a final, quase todos previam e até desejavam, embora por razões diferentes, parece totalmente lógico e inevitável.
Já o meio milhão de mortes, causadas pela guerra, a que se seguiu a repressão do regime franquista sobre os esquerdistas, até 1945, o chamado terror branco, que causou mais duzentos mil mortos, ninguém previu.
Mas foi, infelizmente, o resultado de cinco anos de uma República que nunca foi democrática, pois todos irresponsavelmente atropelaram reiteradamente a constituição, até os republicanos que a aprovaram, e que nunca foi desejada pela maioria dos partidos e eleitores.
Sintomaticamente, não foi possível constituir um único governo republicano maioritário, nos cinco anos da segunda república espanhola, pela simples razão que as forças que queriam derrubar a república sempre foram maioritárias no parlamento, isto sem contabilizar os anarco-sindicalistas, que nunca concorreram às eleições, por serem contra o parlamentarismo burguês, apesar de terem mais de 500 mil membros, durante o periodo republicano, número que cresceu até quase dois milhões de filiados, durante a guerra civil.
Mesmo a Frente Popular espanhola, que venceu as eleições de 1936, foi uma mera coligação eleitoral, para derrubar a direita do poder. Os socialistas e comunistas, que integraram a coligação, nunca quiseram participar no governo de Azana e depois de Casares Quiroga, quando a maioria de esquerda conseguiu afastar o presidente Alcalá Zamora e colocar Azana na presidência.
O seu propósito, assumido desde cedo pelo líder da UGT, Largo Caballero, era derrubar a República e instaurar uma ditadura do proletariado e um regime comunista de tipo soviético, de inspiração leninista.
Por isso, tudo fizeram para empurrar a direita para um golpe militar. Para eles, era a oportunidade esperada para mobilizar e armar as massas, contra o fascismo golpista, e desencadear a revolução comunista, que falharam em 1934. A guerra civil, que tinham a certeza de vencer, era o meio de mobilizar o povo contra as forças da direita e derrubar o regime capitalista.
Mesmo Azana e Casares Quiroga, que quiseram domar a esquerda revolucionária, mas acabaram dominados por ela, não pareciam temer o golpe militar. Tinham a arrogância dos políticos liberais do século dezanove. Achavam-se donos da república e demonstraram um profundo desprezo pelos militares, que achavam apenas capazes de desencadear outra Sanjurjada.
Também eles, pela sua passividade, oportunismo e falta de visão políticos, além de uma sede insaciável de poder, foram responsáveis pelo colapso da república.
Uma república, afinal, que ninguém quis salvar, nem sequer os republicanos que a lideraram.
Talvez por isso, ainda hoje, apesar da maioria dos espanhóis ser provavelmente republicana, ninguém ousa referendar a monarquia. Esta trouxe a democracia estável a Espanha, apesar da violência da ETA e do separatismo catalão.
Quem ousaria voltar à República de má memória? Como reagiriam os monárquicos a uma nova República? E quem refrearia os ímpetos independentistas de bascos e catalães, após o derrube da monarquia?
A república ficou definitivamente manchada pelo sangue da guerra civil, em Espanha.
Se em 1936 ninguém a quis salvar, agora, os espanhóis têm medo dela.
25 de Junho de 2024
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fabioperes · 9 months ago
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Explicando Todas as Ideologias Políticas em 7 Minutos Todas as ideologias famosas explicadas em 7 minutos. Se você gostou se inscreve no canal, que vamos postar mais vídeos como esse e dá uma olhada nos vídeos que a gente já postou. Servidor do Discord: discord.gg/erQYjrVu pra quem quiser se aprofundar nas discussões e conhecer outras pessoas com os mesmos interesses! Capítulos: 0:00 Liberalismo 0:30 Conservadorismo 0:47 Centrismo 1:02 Progressismo 1:23 Ambientalismo 1:42 Socialismo 2:01 Comunismo 2:44 Sindicalismo 3:06 Corporativismo 3:32 Fascismo 3:56 N**ismo 4:16 Populismo 4:36 Bolivarianismo 4:54 Pan-Africanismo 5:13 Pan-Arabismo 5:24 Terceiro-Mundismo 5:42 Imperialismo 5:57 Anarquismo 6:14 Anarco-Capitalismo 6:37 Monarquismo Para propostas de negócios, por favor envie para [email protected] via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=Cdgs0Xxkni0
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babyheroeclipseweasel · 11 months ago
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Pensando en jornalismo y fotografía, video, filosofía, la ley, el Senado  y la cámara de Diputados me ha hecho pensar en el diputado Fernando Belauzarán, contemporáneo de su servidor en la Facultad de la Facultad de Filosofía y Letras en CU (Ciudad Universitaria.), UNAM (Universidad Nacional Auttónoma de México), CDMX (Ciudad de México.) en los 90's. En esos años Fernando era representante estudiantil y estudiaba Filosofía mientras que yo estaba en la carrera de Estudios Latinoamericanos.
Prendí la radio. El diputado Belauzarán hablaba de la resistencia que opusimos en aquellos años, tomando rectoría  para que la UNAM no elevara sus cuotas de inscripción, exámenes y de más. Casi me da UN PARO cuando vi que el DERECHO para tomar el examen de ADMISIÓN cuesta casi $500 actualmente. También luchamos para que la UNAM admitiera a un puñado de estudiantes elegibles ya que sabíamos que había algunos pupitres vacíos como en algunos otros años.
Félix y algunos otros pintaron un mural dentro del edificio con el comandante Marcos prominente y el EZLN (Ejercito Zapatista de Liberación Nacional.) agazapados en la selva. Recibimos y enviamos acopio. Boteábamos y vendíamos un periódico de izquierda de vez en cuando para ayudar al movimiento, al proletariat. Una especie de Street Wise (Chicago) en blanco y negro. El periódico se imprimía en un local  “tomado” por el pueblo en el zócalo.
El radio me hizo recordar mi tiempo de filosofar, fumar e ingerir filosofía y literatura en Las Islas de CU. Economía en las palabras de mi amigo Óscar, las bromas de Félix egresado de la ENAP (Escuela Nacional de Artes Plásticas. UNAM.) Vivíamos una vida plena y llena de conferencias, coloquios, presentaciones, arte, películas de arte, auditorios, muestras, filosofía, galerías, ayuno, vino, quesos, maestros y escritores de renombre tales como Jorge López Páez, Luis Villoro, Juan Villoro y muchos más; alumnos activos en la política becados con laptop, Martin, de Suecia, dibujando hermosos cristos ensangrentados durante las clases, piso elevado para sala de conferencias-estudio en el edificio de FFYL (Facultad de Filosofía y Letras.) Universidad y Coyoacán, Emilio Fernández y su casa, el valor y la actitud excelsa de Sergio, quién también era chef,  fumar, inhalar y hacer lo que sea en dónde sea y sin hacer panchos. Tras tantos años de hacer mi voluntad, esto se ha convertido en quien soy ahora. En Cancún a Gabriel un saxofón, a Manuel quién vive de literatura y exhala poemas franceses con una monotonía Cortazariana, una nano-raqueta.
Entre nuestras filas contábamos con un yogi, probablemente en situación de calle, parado de cabeza junto a un potencial Unabomber sucio y maltrecho, empolvado. Todos nosotros aunados en Las Islas. Mi mejor chilena.
Las batallas/campañas eran conjuntas pero como en todo siempre hubo bloques de razonamiento apenas convergentes. En nuestro clan, casi todos nos identificábamos como anarquistas (Se entendía como Anarco-Comunismo. (Tal vez una oligarquía para un pueblo estudiado.)) debido al liderazgo de Óscar en la materia. Óscar hizo un cambio abandonando la carrera de economía para mudarse a la filosofía. Ahora me considero Anarco-Socialista y soy presidente de mi propio partido el Partido Anarco-Socialista, ya que el comunismo está vedado en los Estados Unidos y también soy Anericano.
Fernando y yo teníamos una amiga en común de mote Ángela. Ambos tenían fuertes lazos con el PRD. Otros con otros partidos. Para Óscar, los políticos “inteligentes” mandaban a sus hijos a la FFYL para preparar a sus hijos a heredar cargos políticos en el mismo partido, mientras que para mí y muchos otros no era claro lo que podíamos hacer con una licenciatura de esa naturaleza. Es una carrera bastante larga la del CELA (Colegio de Estudios Latinoamericanos.)
Entre nosotros, en FFYL y en las Islas la revolución y la anarquía se discutían. La anarquía contiene mucho naturalismo, deseo y apunta a la responsabilidad y la tolerancia.
También conocí amigos en Ciudad Universitaria que como yo tomarían la ruta del cine, tales como los cineastas Emiliano Tamayo y Pepé Valle.
Luis Sánchez Ramírez. 2024.
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otakusocialista · 4 years ago
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Pikachu come back to Chile; Party Pikachu Dance 
In October 18 of 2019 star the uprising en Chile 
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otakusocialista · 4 years ago
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si puedes imaginar un mundo sin trabajo asalariado donde acceder a los instrumentos de producción son un derecho humano para que todos se asocien libremente e instalen su empresa social ...ya sabes que pasaría: Todos podrían comprar su casa,
Los falsos comunistas nunca han podido entender lo que escribrió obre este tema.
Si se reparten medios de producción; la gente ya no tendra necesidad de migrar a las ciudades industriales; la industria se esparcirá por todo el territorio.....En el capitalismo como solo el 1% de la población tiene medios de producción; eso ocaciona las grandes migraciones que empeoran el acceso a la vivienda y colapsan las ciudades.
If you can imagine a world without wage labor where access to production instruments is a human right for everyone to associate freely and set up their social enterprise ... you know what would happen: Everyone could buy their house,The false communists have never been able to understand what he wrote on this subject. If means of production are distributed; people will no longer need to migrate to industrial cities; the industry will spread throughout the territory ..... In capitalism as only 1% of the population has means of production; this causes large migrations that worsen access to housing and collapse cities
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This fanart was inspired by underrated (?) book from Friedrich Engels, titled "The Housing Question".
Basically, that's book just a reprint of 3 articles which he wrote for Leipzig Volksstaat.
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joseantoniolugo · 3 years ago
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Los mártires de Chicago.
La Revuelta de Haymarket: la historia sangrienta detrás del Día del Trabajador
Gran parte del mundo celebra este sábado, 1° de mayo, el Día del Trabajador. Para muchos, es apenas un día descanso. Pero esta fecha recuerda una protesta teñida de sangre y enfrentamientos, que marcó un hito en la historia y se conmemora desde hace 135 años.
Lo que se recuerda cada 1° de mayo es la llamada "revuelta de Haymarket". Así se llamaba la plaza, en Chicago, Estados Unidos, donde se inició el movimiento.El 4 de mayo de 1886 fue el punto más álgido de una serie de protestas que se sucedían desde el primer día de ese mes.
Las marchas se dieron en respaldo de la huelga de obreros que luchaban por reivindicar lajornada laboral de ocho horas.
Pero durante una de las manifestaciones, una persona que no pudo ser identificada y pasó a la historia en el completo anonimato, lanzó una bomba a la policía que intentaba dispersar a los obreros.
Protestas en Chicago, en mayo de 1886.
Un juicio histórico
Esta acción derivó en un juicio a ocho trabajadores que fueron apresados. Cinco de estos obreros anarquistas y comunistas fueron condenados a muerte, aunque uno de ellos se suicidó. Los otros tres fueron recluidos.
A estos ocho hombres se los conoció como “Los Mártires de Chicago”.
Con los años, este hecho dio lugar a la conmemoración del Día Internacional de los Trabajadores, originalmente establecido por el movimiento obrero, pero rápidamente adoptado por toda la sociedad en decenas de países.
Aunque hay dos importantes excepciones: Estados Unidos y Canadá no celebran este día. En cambio, fijaron lo que ellos conocen como el “Labour Day” para el primer lunes de septiembre de cada año.
El trasfondo de la Revolución Industrial
Nos situamos en una época teñida por la revolución industrial y por supuesto, Estados Unidos estaba a la cabeza en ese proceso. A fines del siglo XIX, Chicago era la segunda ciudad en importancia en ese país.
La inmigración en busca de trabajo llegaba de todos los puntos de Estados Unidos a esta ciudad, además de extranjeros que fueron formando las primeras villas humildes de trabajadores en los suburbios de Chicago.
El lema que dio pie a la protesta fue el de hacer prevalecer la máxima de “ocho horas para el trabajo, ocho horas para el sueño y ocho horas para la casa”.
Y comenzaron a emerger varios movimientos obreros que buscaban hacer respetar sus pedidos reclamos.
Antes de esto, las jornadas laborales podían llegar a durar hasta 18 horas. Y si algún patrón obligaba a sus obreros a trabajar más de ese tiempo, solo era multado con 25 dólares por las autoridades.
El juicio a los trabajdores de Chicago, en una ilustración de la época.
Para mediados de la década de 1880, la mayoría de los obreros en Estados Unidos estaban afiliados a la Orden de los Caballeros del Trabajo, con una importante influencia anarquista y también a la Federación Americana de Trabajo (AFL por sus siglas en inglés).
Fue durante su cuarto congreso, realizado en octubre de 1884, que se resolvió que a partir del 1° de mayo de 1886 la duración legal de la jornada de trabajo debía ser de ocho horas y en caso de no hacerse respetar este reclamo, los obreros tendrían derecho a ir a huelga.
Esto incluso fomentaba más la posibilidad de trabajo para aquellos que estaban desempleados, cubriendo los turnos de los obreros que antes ocupaban toda la jornada laboral.
La ley y las trampas
Los postulados de la nueva ley parecían ser prometedores para la clase obrera. Pero en 1886 el presidente estadounidense Andrew Johnson promulgó la llamada Ley Ingersoll, que establecía las ocho horas diarias, pero también con jornadas máximas que podían llegar a las 10 horas y con cláusulas que permitían hacer trabajar a las personas entre 14 y 18 horas si la labor lo ameritaba.
En definitiva, las condiciones de trabajo no habían cambiado demasiado y la situación se tornaba ya insoportable.
Al poco tiempo las organizaciones laborales comenzaron a manifestarse, a pesar de una marcada crítica por parte de la prensa que calificaba al movimiento como “indignante e irrespetuoso”, “delirio de lunáticos poco patriotas” y que “era lo mismo que pedir que se pague un salario sin cumplir ninguna hora de trabajo”. Las cartas estaban echadas.
El inicio de la huelga
Ante la creciente tensión que ya se percibía en el ambiente, The New York Times escribió: “Las huelgas para obligar al cumplimiento de las ocho horas pueden hacer mucho para paralizar nuestra industria, disminuir el comercio y frenar la renaciente prosperidad de nuestra nación, pero no lograrán su objetivo”.
La prensa en general llegó a expresarse diciendo que además de las ocho horas, los trabajadores empezarían a exigir todo lo que podían sugerir “los más locos anarquistas”.
El 1° de mayo de 1886, entonces, cerca de 200 mil trabajadores se declararon en huelga para hacer respetar sus derechos. La ciudad de Chicago fue el epicentro de la batalla, por ser uno de los peores lugares de Estados Unidos en cuanto a condiciones laborales.
La violencia se apoderó de las calles. Las movilizaciones obreras continuaron día tras día, a pesar de que el 2 de mayo la policía había dispersado a la multitud de más de 50 mil personas con gran brutalidad.
Durante la jornada del 3 de mayo, y ante la insistencia de los obreros, la policía comenzó a reprimir más violentamente y un grupo de agentes, sin aviso alguno, disparó contra la multitud. Mataron a seis personas y dejaron decenas de heridos como saldo.
El 4 de mayo la situación ya era incontenible. Para ese día estaba previsto un acto de protesta a las 19.30.
Fuera de control
El acto realizó, pero llegadas las 21.30, la multitud (unas 20 mil personas) seguía reunida en Haymarket Square.
El inspector de la policía entonces decidió arremeter contra ellos porque consideraba que el acto ya debía darse por terminado y la zona debía estar despejada. Así avanzó junto a 180 policías uniformados y comenzó la represión.
En ese instante estalló un artefacto explosivo que mató a un oficial (algunas crónicas hablan de seis policías muertos) y dejó a varios más heridos. El descontrol ganó las calles y la policía abrió fuego contra los obreros. El número de muertos se desconoce hasta hoy.
Se declaró el estado de sitio y el toque de queda y en los días siguientes se buscó y detuvo a centenares de obreros, con torturas de por medio, acusándolos del asesinato del policía (o de los policías).
La Corte Suprema pronto inició un juicio a ocho obreros anarquistas, y a cinco de ellos los condenó a muerte.
Así pasaron a conocerse estos condenados como “los ocho de Chicago”.
Años más tarde, para 1893, el gobernador de Illinois indultó a tres de los obreros que ya habían sido ejecutados, haciendo notar que nunca se pudo probar quién tiró la bomba y menos aún la conexión con los tres condenados.
Pero ya era tarde. Muy tarde. Los tres obreros que fueron indultados no pudieron jamás enterarse de que su pena había sido revocada.
Días más tarde, finalmente, varios sectores de la patronal accedieron a reconocer esa jornada laboral de ocho horas.
Así, en 1889, el Congreso Obrero Socialista de la Segunda Internacional celebrado en París estableció el 1° de mayo como el “Día Internacional de los Trabajadores” para rendir homenaje a "los mártires de Haymarket".
Nota de:
https://www.clarin.com/mundo/revuelta-haymarket-historia-sangrienta-detras-dia-trabajador_0_qsHNoyYif.amp.html
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motomaniasblog · 3 years ago
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There is nothing quite as stupid as the proud intelligence of itself. Religion is collective dementia. People go to church for the same reasons they go to the tavern: to be amazed, to forget their misery, to imagine themselves somehow free and happy.
:Mikhail Bakunin
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beyond-mogai-pride-flags · 6 years ago
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Ancom Transfeminist Pride Flag
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Transfeminism (transgender feminism): A branch of feminism concerned with transgender issues, also a movement by and for trans women who view their liberation to be intrinsically linked to the liberation of all women and beyond.
Anarcho-communism (free/stateless/libertarian communism): a form of anarchy advocating the abolition of the state and capitalism in favor of a horizontal network of voluntary associations through which people would satisfy their needs.
Anarcha-feminism (anarchist feminism): a political and philosophical theory combining anarchism and feminism, which typically views the state as patriarchal and oppressive.
Mixing anarcha-feminist flag with transcommunist symbol. This flag could be also labeled as anfem trans leftcom, not only identifying as anarchocommunist transfem.
-Ap
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lady-ktana · 6 years ago
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blackcat-brazil · 2 years ago
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Oi, me ensina sobre o anarquismo?
O anarquismo é uma filosofia política que defende a abolição do Estado e outras formas de autoridade coercitiva, buscando uma sociedade baseada na cooperação voluntária, liberdade individual e igualdade. Os anarquistas acreditam que o poder e a hierarquia são intrinsecamente opressivos e que as pessoas devem ter o direito de governar suas próprias vidas.
Princípios fundamentais do anarquismo incluem:
Autonomia individual: Os anarquistas enfatizam a liberdade individual e a autonomia, acreditando que cada pessoa deve ter controle sobre suas próprias escolhas e ações.
Anti-autoritarismo: O anarquismo é contra todas as formas de autoridade coercitiva, incluindo o Estado, hierarquias sociais, instituições opressivas e sistemas de dominação.
Auto-organização e autogestão: Os anarquistas propõem a organização horizontal da sociedade, onde as pessoas se organizam em comunidades autônomas e tomam decisões de forma descentralizada, através de processos de tomada de decisão participativos.
Mutualismo e cooperação: O anarquismo valoriza a cooperação voluntária entre indivíduos e grupos, enfatizando a solidariedade, a ajuda mútua e a construção de relações baseadas no benefício mútuo.
Propriedade comum ou coletiva: Os anarquistas, em sua maioria, defendem formas de propriedade comum ou coletiva, onde os recursos e os meios de produção são controlados diretamente pelas comunidades e pelos trabalhadores.
É importante destacar que existem diferentes correntes dentro do anarquismo, cada uma com suas ênfases e abordagens específicas. Algumas das principais correntes incluem o anarco-comunismo, o anarco-sindicalismo, o mutualismo e o anarcofeminismo.
É interessante estudar as obras de teóricos anarquistas proeminentes, como Mikhail Bakunin, Piotr Kropotkin, Emma Goldman e Murray Bookchin, para compreender melhor as diferentes perspectivas dentro do anarquismo. Algumas das maiores obras anarquistas são:
"O Príncipe", de Piotr Kropotkin.
"A Conquista do Pão", de Piotr Kropotkin.
"Desobediência Civil", de Henry David Thoreau.
"A Sociedade contra o Estado", de Pierre Clastres.
"A Política do Obedecer", de Étienne de La Boétie.
"A Condição Humana", de Hannah Arendt.
"A Desobediência Civil e Outros Escritos", de John Rawls.
"Ação Direta", de Voltairine de Cleyre.
"O Anarquismo: Da Teoria à Prática", de Daniel Guérin.
"O Que É a Propriedade?", de Pierre-Joseph Proudhon.
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fiuzagaspar-blog · 6 years ago
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IMAGENS DA INTERNET
EDIÇÃO E FOTOSHOP: FIÚZA GASPAR
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radicalgraff · 8 years ago
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Murals painted by members of the Anarchist Communist Federation of Argentina
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damianacpi · 4 years ago
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“Somos utopistas, tanto que llegamos a creer que la revolución puede y debe garantizar a todos alojamiento, vestido y pan”
- Piotr Kropotkin
Hace un siglo, la fría madrugada del 8 de febrero de 1921 un día como Hoy moría Piotr Alexevich Kropotkin en la ciudad de Dmitrov, geógrafo, revolucionario, y el principal teórico del apoyo mutuo y uno de los autores más influyentes y actuales del anarquismo.
De familia noble y con formación militar, la cual detestó, pasó a la historia como uno de los fundadores del anarcocomunismo. Creía en un comunismo descentralizado. Sus obras más conocidas fueron: La conquista del pan y el apoyo mutuo.
Su funeral es multitudinario, más de cien mil personas desfilan en la que habrá de ser la última gran manifestación del movimiento anarco-comunista ruso.
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carnalesferales · 4 years ago
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¿Por qué no soy comunista?
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Son tiempos raros. Si algunos viejos anarquistas, obviamente seniles (si no lo estuvieran, nunca lo harían), se atrevieran a usar la palabra “libertario” de la misma manera como fue usada hace un siglo, y que aún se usa en algunas partes del mundo, la juventud anarquista actual los miraría horrorizada, debido a que hace cuarenta y dos años algunos idiotas patéticos que estaban a favor de las drogas, el sexo y el capitalismo decidieron dar ese nombre a un partido. 
Nombraron de esa manera al más aburrido de los partidos, a un partido político. Entiendo que la juventud no quiera usar esa palabra, si no fuera por una sola cosa. Que muchos de ellos no tienen problema en denominarse comunistas. Como si no existieran partidos comunistas desde mediados del siglo XIX. Como si Stalin, Mao, Pol Pot y toda esa banda de dictadores sangrientos, habidos por causa del comunismo, nunca hubieran existido[1] ¡Sé que palabra debo evitar, por principio!
Soy consciente de que el comunismo anarquista, o comunismo libertario, tiene una historia tan antigua como el primer partido comunista. Pero estos viejos anarco-comunistas[2] tenían cuidado en consolidarse como anarquistas. Su etiqueta de comunistas nunca se comprendió fuera del seductor adorno de la elegancia anti-autoritaria. Incluso, la mayoría reconocía a la autonomía individual como uno de los objetivos principales del anarquismo, aunque a menudo olvidaban que la autonomía individual es también la principal práctica.
Algunos anarquistas que hoy en día se refieren con afecto al comunismo parecen rechazar la posibilidad de la autonomía individual… o incluso al individuo. No importa si se trata de nihilistas ingenuos atormentados por las tonterías metafísicas de Tiqqun, o de ultra-teóricos ultra-excitados por la ultra-izquierda. La mayoría de los jóvenes comunistas “insurreccionales” creen que tú y yo realmente no accionamos, sino que somos marionetas del invisible e incorpóreo actor de la sociedad. Las relaciones sociales, los movimientos, un montón de fuerzas colectivas, aparentemente surgen de nada más que de ellos mismos, ya que si tratas de devolverles a su fuente original, debes regresar al accionar individual que sucede en su mundo y se relaciona entre ellos. Para acabar con esto, debemos reconocer que no es “la comuna”, ni “la comunidad humana”, ni tampoco esa absurda mistificación del “ser” y la “especie”, sino tú mismo aquí y ahora – un individuo único capaz de desear, decidir y accionar – el centro y objetivo de tu teoría y tu práctica. Una gran parte de la teorización del comunista parece estar enfocada en evitar esto.
Me burlo de los balbuceos comunistas mientras yo mismo vacilo. Supongo que es momento de llegar al punto (en mi indirecta manera vagabunda) ¿Por qué no soy comunista? ¿No podría yo mismo crear un comunismo que sea mío? Este absurdo dadaísta, levemente excéntrico, sería un experimento atractivo, pero tengo mejores juegos que practicar. Verás, el comunismo tiene una historia, y no es para nada hermosa. Si intento cambiar la interpretación del comunismo, lo haré a mi manera, no lo haré para “recuperarlo” –no quiero esa maldita cosa- sino usarlo como arma verbal. Es tiempo que la etiqueta de “comunista” se vuelva tan ofensiva como la palabra “capitalista” entre los anarquistas que reconocen que ninguna ley significa, ninguna ley sobre mí; que ninguna autoridad significa, ninguna autoridad sobre mí, que ningún gobierno significa, ningún gobierno sobre mí. Y la práctica inmediata de estas negaciones es la autonomía individual, voluntaria, y consciente de mi propia creación en mis propios términos.
Si he de crearme a mí mismo y mi vida en cada momento en mis términos, lo establecido, lo permanente, lo absoluto, es mi enemigo, así que no puedo favorecer ningún tipo de colectividad, comunidad o sociedad permanente. Cualquier permanencia que me impregne, me petrifica de modo que ya no soy capaz de crearme en mis propios términos. Solo puedo intentar adaptarme a la  permanencia que impregna. Así que, al insistir en crearme en mis propios términos, yo socavo toda la colectividad, toda la comunidad, toda la organización y toda la sociedad, incluso aquellas asociaciones temporales que elijo hacer para mis propósitos, ya que una vez que dejan de servir a mis propósitos, me retiro y permito que los eventos se desenvuelvan aceptando lo que pueda ocurrir. Esta es la razón de por qué mi elegancia egoísta prefiere dúos casuales sin planes, tríos transitorios y uniones efímeras en vez que asociaciones permanentes, fraternidades solidificadas y colectividades calcificadas.
El comunismo requiere una comunidad permanente. Si este no es su objetivo, entonces la palabra carece de sentido, sería nada más que el balbuceante murmullo de los fanfarrones luchando por su cuota de credibilidad revolucionaria[3]. Muchos de los comunistas actuales han perdido la fe en el Evangelio de Marx y su promesa de un comunismo predestinado (por supuesto, ningún anarco-comunista ha puesto su fe en esta promesa piadosa, ¿cierto?). Pero incluso aquellos que no se cansan de trillar la misma idea sentimental que concibió la “comunización” – la idea del comunismo como un movimiento continuo dirigido hacia la comunidad- no se escapan de esta meta, porque aun así supone que la comunización es un movimiento dirigido hacia esa comunidad humana universal (y por lo tanto, permanente). Y lo que es permanente y universal es anti-individual, anti-yo, mi enemigo.
El comunismo requiere esta permanencia que impregna todo, porque necesita un establecimiento, un Estado. En el Evangelio de Marx, podemos leer: “De cada cual según sus capacidades, a cada cual según sus necesidades”[4] Para Marx, ese piadoso profeta de la providencia ateísta, el modo comunista de intercambio era un resultado inevitable de la historia; para los anarco-comunistas que se tomaron esta santa escritura a pecho, se convirtió en una moral ideal a llevar a cabo. Mi corazón egoísta y arrogante no es útil ni para el despotismo de determinismos históricos, ni para gravámenes de los edictos éticos, de modo que no vacilo en preguntar qué conlleva esta regla: ¿Quién determina las habilidades y capacidades de cada uno? Solo reduciendo al individuo a lo que es más abstracto en él –su humilde e inofensiva humanidad–  puede existir una determinación “universal” de necesidades y habilidades, entonces esas necesidades y habilidades son también meras abstracciones. Sin estas determinaciones universales, yo podría afirmar que necesito un Rolls Royce o una mansión de 60 habitaciones y nadie podría contradecirme, porque no habría un estándar universal para la comparación. Por lo tanto, para establecer el estatus de las capacidades y necesidades un Estado es necesario, es decir, ciertos individuos tendrían que estar en una posición de decidir cuáles son las habilidades de cada uno y cuáles son sus necesidades.  Para ti y para mí como individuos, probablemente tenderíamos a dirigir nuestro día a día hacia una forma egoísta de intercambio que suele ser practicada entre amigos: “De cada cual, según su voluntad, a cada cual según sus deseos”. Una práctica que puede parecer exteriormente como el ideal comunista, pero éste tiene una diferencia: el ideal comunista implica que los capaces deben algo a los necesitados y por lo tanto involucra un deber; en la práctica egoísta, no existe el deber, porque no se espera que alguien haga algo o entregue algo si no es por su voluntad de hacer o entregar. Su amor por (en otras palabras, su interés en) el otro es la razón por la que entregaría. La mutualidad egoísta es el lubricante de este flujo.
En conclusión, tengo buenas y malas noticias para mis amigos comunistas. Las buenas noticias: el comunismo ya está aquí. El capitalismo es simplemente comunismo de mercado: “De cada cual [trabajador], según sus capacidades, a cada cual [capitalista] según sus necesidades.” Así, el capitalismo impone el servicio al bien común (en otras palabras, la élite dominante que representa a “todos”) a todos aquellos que están dispuestos a permanecer esclavos de un poder superior. La comunidad del capitalismo nos rodea como un sistema que impone relaciones, y como todas las comunidades permanentes, se alimenta de la sangre de vida de los individuos, siempre y cuando estos individuos sucumban. Y esto me lleva a las malas noticias para ustedes comunistas: Yo soy su enemigo… por la misma razón que soy enemigo del capitalismo. No te engañes si aparento ser impotente para ti. En mi mundo, yo soy la más importante y poderosa entidad, además de enemigo implacable del capitalismo y el comunismo.
Apio Ludd
Revista My Own: Self-Ownership and Self-Creation Against all Authority. Número 10. Octubre 201
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[1] Marx fue una figura muy desagradable, pero afortunadamente donde adquirió poder fue en la primera Internacional.
[2] Todavía existen en ciertas partes exóticas del mundo, como Europa y la zona Este de Estados Unidos.
[3] Por su puesto, muchísima teoría comunista suena justamente de esta manera.
[4] Crítica del Programa de Gotha, Parte I.
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otakusocialista · 3 years ago
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