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Esta terça-feira é de agenda fraca nos mercados no exterior e no Brasil. A reunião de líderes do Senado com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prevista para esta manhã, é destaque interno, bem como a primeira prévia do IGP-M de janeiro. No exterior, agenda tem a divulgação da balança comercial americana relativa a novembro. Exterior tem agenda fraca e mercados em queda Em dia de agenda esvaziada, os índices futuros de ações de Nova York e a maioria das bolsas europeias cedem, após ganhos da véspera, em meio à confiança de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar juros em março. Ontem, a diretora do Fed, Michelle Bowman, foi na direção oposta ao que o mercado espera, ao dizer que a política monetária do BC dos EUA já é restritiva o suficiente para trazer a inflação de volta à meta de 2%, caso mantida no nível atual pelo tempo necessário. Na Europa, há novos sinais de esfriamento econômico, após a produção industrial da Alemanha cair, contrariando previsão de estabilidade. O indicador veio um dia após o fraco desempenho das encomendas à indústria alemã. Já as bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Por lá, há relatos de que o banco central chinês poderá adotar medidas de relaxamento monetário, inclusive corte de compulsórios, para impulsionar a concessão de crédito. O petróleo sobe quase 2%, após perdas de mais de 4% de ontem. O dólar opera perto da estabilidade ante a maioria das moedas e os retornos dos Treasuries longos estão em leve alta. Leia também Ontem, na França, a primeira-ministra Élisabeth Borne renunciou nesta segunda-feira, em meio a rumores de uma remodelação do governo, uma tentativa de dar gás ao segundo mandato do presidente, Emmanuel Macron. Nesta terça-feira, o ministro da Educação, Gabriel Attal, de 34 anos, foi nomeado ao cargo. Por aqui, atenções se voltam à Brasília A despeito do recuo das bolsas, a valorização do petróleo pode instigar alguma valorização do Ibovespa, que ontem subiu moderadamente, defendendo o nível dos 132 mil pontos. Contudo, a variação pode ser contida no Índice Bovespa, assim como no câmbio e nos juros futuros, seguindo a toada externa. Os investidores ficarão atentos a um encontro previsto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com líderes do Senado para debater a MP da compensação pela desoneração da folha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentará argumentar nas negociações que a melhor forma de o Congresso ter protagonismo político no debate da desoneração da folha é o tema ser tratado por meio de Medida Provisória, que foi a forma como o governo encaminhou a discussão. Gostou desse conteúdo e quer saber mais sobre investimentos? Faça os cursos gratuitos no Hub de Educação Financeira da B3! Link da matéria
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Parlamento chumba medidas para ultrapassar falta de medicamentos em Portugal
A maioria dos partidos defendeu hoje medidas para ultrapassar a falta de medicamentos em Portugal e o acesso a fármacos e a dispositivos médicos, bem como a sua comparticipação, mas os projetos foram rejeitadas no parlamento.
Na sua intervenção num debate de discussão de projetos de lei e de resolução em sessão plenária, Paula Santos, do PCP, defendeu a importância de garantir meios, equipamentos, trabalhadores ao Laboratório Nacional do Medicamento para o país ter “mais produção e para que os custos dos medicamentos sejam mais baixos para os utentes e para os Estados”.
“Sabemos bem que para outros partidos aquilo que mais preocupa são os interesses e os lucros, neste caso concreto, da indústria farmacêutica”, mas, frisou, não se está a “discutir mercado”, mas “a discutir saúde e acesso aos medicamentos”.
Rui Tavares, do Livre, também realçou a importância do Laboratório Nacional do Medicamento em períodos como o que se está “a viver, de guerra, de inflação e de perturbação nas cadeias de abastecimento”.
“É absolutamente essencial que o Estado tenha uma salvaguarda e que tenha uma capacidade própria, industrial, de produzir medicamentos”, defendeu.
A deputada Inês Sousa Real, do PAN, também defendeu que o Laboratório seja “parte ativa na solução de casos de rotura de ‘stock’ a nível nacional ou em que há a necessidade de assegurar o acesso a medicamentos excessivamente onerosos como os necessários nas doenças raras e raríssimas”, mas ressalvou que “não se pretende que esta seja a regra, mas sim a exceção”.
“Não queremos que o Laboratório Nacional do Medicamento entre em concorrência com a indústria farmacêutica, mas queremos sim, que seja a sua retaguarda e complemento sempre que se mostre incapaz de dar resposta às necessidades do mercado e do SNS e, acima de tudo, quem sofre com estas doenças”, sustentou.
Já Pedro Frazão, do Chega, advogou ser fundamental promover “a reindustrialização farmacêutica nacional” e, por isso, disse que o seu grupo parlamentar acompanha algumas das iniciativas debatidas.
No entanto, disse que “isso demorará anos” a ser cumprido e, como tal, a falta de medicamentos tem que ser resolvida com a proposta que apresentaram de “um modelo de importação emergencial de medicamentos”, que segue o exemplo de muitos países europeus que já implementaram com sucesso este sistema, nomeadamente a Alemanha, a Irlanda, os Países Baixos, o Chipre ou a Lituânia.
Fernanda Velez, do PSD, reconheceu que a falta de medicamentos “é um problema que prejudica milhões de portugueses”, sobretudo doentes crónicos, mas considerou que “não é através de medidas demagógicas, não fundamentadas ou simplesmente voluntaristas e impensadas, que se resolvem efetivamente os problemas de acesso dos portugueses aos medicamentos e demais produtos de saúde”.
“A defesa da qualidade de vida dos portugueses é, sem dúvida, uma prioridade para o PSD, mas, ao contrário de outros partidos, guiamo-nos por parâmetros que não incluem políticas populistas, pelo que não acompanharemos algumas das iniciativas hoje aqui em discussão”, disse Fernanda Velez.
A deputada socialista Ana Isabel Santos realçou, por seu turno, que o Ministério da Saúde avançou com um conjunto de medidas para facilitar o acesso aos medicamentos e evitar situações de rutura, respondendo às preocupações dos utentes, profissionais de saúde e setor do medicamento.
Pela Iniciativa Liberal, a deputada Joana Carneiro disse não ser aceitável que “alguém, em particular, os mais vulneráveis, por falta de dinheiro ou por inércia do Estado, tenha o seu acesso à saúde dificultado”.
No seu entender, “as farmácias comunitárias, pelo sua natureza e capilaridade, assumem uma função determinante e, por esse motivo, devem ter o seu papel reforçado” e, por outro lado, “é preciso aumentar a competitividade do mercado”, garantindo ao mesmo tempo, que os custos para as pessoas não aumentam.
No final do debate, Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, afirmou que, ao contrário do que foi dito no debate, “este [falta de medicamentos] não é um problema nacional e tem uma razão fundamental chama-se capitalismo.
“É por isso que acontece rutura de medicamentos em Portugal, acontece no paraíso do Chega que é a Hungria, que está neste momento com uma grave falha de medicamentos (…) e acontece no paraíso liberal da Iniciativa Liberal chamada Estados Unidos da América que está com uma grave falha no acesso a medicamentos”, criticou, sublinhando que isto acontece porque “quem mandou no desenvolvimento dos países ao longo das últimas décadas foi o mercado e não a defesa da soberania dos Estados”.
Então, questionou, “quem é que tem medo da produção do Laboratório Nacional do Medicamento”.
Em discussão estiveram dois projetos de lei do Bloco de Esquerda, dois do PCP, três do PAN e um projeto de resolução (recomendação ao Governo) do Chega, PCP e dois da Iniciativa Liberal, que foram todos rejeitados.
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A INESQUECÍVEL FIGURAÇA DAS “QUINAS CANGELADAS”
Sabemos que lembranças (adjetivadas a gosto) são mesmo imperdíveis oportunidades de resgate (quase sempre no frio e distante passado) de profundas emoções ou de intensos sentimentos, a maioria arranca da memória pessoas, fatos e coisas que estavam “perdidas” sabe-se lá onde, umas trazem com elas lágrimas despencando no rosto, outras abrem sorrisos abundantes de morder orelha: é o que se dá comigo, certamente parecido a outros mortais, todos por aqui de passagem.
É verdade que para uns chegados escrevi curtas loas tentando render ao menos umas modestas homenagens (no rodapé há indicações de acesso a elas), mas confesso que raras vezes me encorajei a remexer minhas rasas e leves arcas para debruçar nelas olhos tão alegres como os de hoje, paradoxalmente na missa de trigésimo dia do muitíssimo querido Agenorzinho, assim escrito para distingui-lo doutros de igual nome, do mitológico rei de Tiro ao patriarca dos Cabral.
Tirante saber na Amaro Coutinho que era do fisco estadual, das épocas em que morei em João Pessoa e em Natuba (antes de ir estudar no Rio), pouco recolhi, mas da Cidade Maravilhosa há tanto que não caberia num disco rígido de capacidade normal: a escolha impositiva foi garimpar na cuca o que estava disponível fácil, logo, à bateia, nada perfunctório, contudo.
Começo à porta de apartamento em Laranjeiras onde ele morou, aberta na maior parte quando minha sogra Nailde estava por lá com Margareth: quem poderia esquecer a acolhida sempre afetuosa naquela selva de concreto quente que já era infernal nos Anos 70 até num recanto arborizado? Como não cotejar os banquetes de sofisticados pratos com as léguas de distância do Bandejão da PUC?
Por cerca de quatro anos de andanças entre a Marquês de São Vicente e os lugares onde dormi pela Zona Sul, ouvi ele falar de Denasa, de agropecuárias no Centro-Oeste, de ligações com JK: no fundo, era de política que se tratava, do velho PSD, de uma turma de paraibanos talentosos (com um Cunha Lima no bolo), deduzi das conversas tidas em fortuitas aparições minhas em visita a ele. Soube que trabalhou também nos escritórios das Docas do Rio, concursado, suponho eu.
Na Barata Ribeiro, ele nos hospedou às vésperas do embarque para a Alemanha e foi apresentado a Catarina Emília, nascida poucos meses antes em Aracaju: era uma terça-feira de carnaval, o voo partia tarde da noite e tomamos num daqueles botecos típicos de frequência contumaz uns chopes regados a petiscos, risadas e um incrível relato dos “sobreviventes” (um de muleta, outro com braço na tipoia) duma briga feia havida de madrugada na arquibancada do desfile das escolas de samba.
Década e meia mais tarde e milhares de quilômetros rodados desde o Nordeste atravessando curvas, montanhas e águas marinhas de remanso da deslumbrante Rio-Santos e passando em Angra dos Reis, chegamos eu, Margareth, Biu Nogueira e Raquel à Ilha do Governador e – de cara – fomos batizados no caótico trânsito em batida do nosso Fiat Tipo na traseira doutro carro qualquer.
Foi susto pequeno, dano besta, prejuízo nenhum e – ao contrário – tudo acabou no lucro, porque o episódio ampliou o prazeroso desfrute da generosa hospitalidade dele, deu chance à partilha de mais chopes.
A Constituição Cidadã era recente, morávamos em Recife, tivemos o privilégio da contagiante visita dele e vimos quanto tudo passara rápido: Bertha Carolina (que ele conheceu na volta de Bremen e se apaixonou empurrando ela umas horas no carrinho de bebê pelo aeroporto) crescera e Andreas Cauê (o abençoado segundo presente sergipano da família) já aprontava das suas.
Sim, as areias de Boa Viagem distavam poucas quadras da Hélio Falcão, mas, ao invés de mera sunga de praia, ele preferia sandália, bermuda e uma camisa qualquer, que servia só para compor provisoriamente o figurino na suposta arrumação, porque na hora de sair de casa era automático nele tirar a camisa, dobrar enrolando ao comprido e jogar por cima de um dos ombros: o hábito vinha de longe, lembro dele anos depois agindo igual e vejo no despojado gesto uma atitude de desapego, símbolo da pouca importância que dava a bens materiais, acho.
Duma semana e meia da estadia pernambucana, há uma estória que jamais será apagada. Falo do magistral porre que terminou com nós dois arrastados um de cada lado de Margareth da Conveniência do Posto Shell da Ernesto de Paula Santos (metros à esquerda, pertinho, na esquina) até em casa: foi o saldo do histórico desafio de só parar as talagadas quando a torre de bolachas de chope passasse da altura dos olhos e um não mais visse o outro, parâmetro surreal, passível de explicação só como mania clássica de bêbado.
Voamos num piscar a Brasília, a partir de onde desde 1990 São Paulo e Campinas viraram na prática “caminhos-de-rato” em férias escolares de meio do ano da galera, uma delas estendida à então “oculta”, bucólica e meio “rural” Sepetiba para visitá-lo num saltinho de pressa por uns dias, com esticadinha a Pedra de Guaratiba num domingo de sol.
Claro, uma hora a Praia do Poço e o Bar de Quebé entrariam em destaque neste maravilhoso enredo, justo naquele pedaço que chamamos de paraíso onde ele revia o velho amigo dos tempos pessoenses de juventude: ousaria comentar que sonhou em morar por ali na aposentadoria, pelo brilhar do olhar dele que vi repetido nuns verões.
Da casinha da Monsenhor Renato Pires Ferreira, escolhi a imagem do brinde que fazia à primeira ou qualquer cerveja oportuna: “não sou maior, não sou menor, somos iguais”, dizia ele medindo (de modo alternado, beira com fundo, em cima e embaixo) o que na hora estivesse usando como recipiente, copo, taça ou tulipa, tocando ao final a dele na do parceiro da vez no mesmo nível, de frente, com ênfase. Impossível não concluir que a sequência era uma espécie de ritual declaratório de amizade, de reverência à cumplicidade e companheirismo, de prova maior de ausência de preconceito do vascaíno, que os de agora e os que vierem têm o simples compromisso de honrar adiante no democrático território que sempre abrigou, equidistante, à sombra do eclético cajueiro, botafoguense (Marcelo), torcedor pó-de-arroz (Zé Boquinha) e flamenguista (Zé Cabra).
Pois é: infelizmente, não deu para cumprir a promessa do ano passado combinada com Suzana (que esteve com ele meses atrás), um rolê em setembro para matar a saudade do Rio e abraçar o Oitentão no aniversário dele a compensar nossa ausência na última data redonda festejada.
A pandemia nos impediu de estarmos com Marcone, Serginho, Carlito, Larissa, Zezita e Marilene para dar adeus a ele, mas o faço agora – tranquilo, tristeza contida e algo conformado – finalizando estes selecionados instantes de relevo compartilhados com ele, as melhores cenas vindas à tona comigo de espectador ou coadjuvante, ele de protagonista.
Realmente, num momento enternecido, gravoso e pesado por tradição, não me ocorreu no mês todo mínima dúvida nem surpresa qualquer de aflorarem somente referências positivas, inspiradoras e leves. Nada de diferente seria de esperar, até porque os depoimentos de todas as irmãs corroboram a excelência humana do caráter fraternal, elas que jamais ouviram dele uma grosseria menor que fosse.
É assim o tempo, o mundo e a vida, trocam as estações, endereços mudam, segue em curso a dinâmica redonda da terra: o cardápio de alcunhas é variado, pode ser destino, sorte, acaso, o que cada um quiser adotar de descritivo.
A quem até aqui viajou este fascinante percurso, digo: mandem daí os “pingos-de-is” que faltaram, sem acanhamento de acrescer o que vier na telha .
Quedo em silêncio orando a Deus que receba e com Ele guarde bem direitinho Agenor Cabral de Lira Filho. Amém.
Postagens relacionadas: 1) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2016/04/23/catarina-emilia-a-autentica-primogenita/; 2) Renato (https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/26/renato-simples-assim/); 3) (https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2016/06/07/dorinha-um-ser-maiusculo-de-nome-dominutivo/; 4) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/11/30/moleque-ian-seis-anos-de-vida-e-felicidade/; 5) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/23/ao-avesso-do-gorducho-lapao/; 6) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/jean-1-ano/; 7) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/montreal-2013/; 8) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/caue-1-ano/; 9) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2019/05/23/parabens-para-mim-18/; 10) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2019/07/21/celebracao-da-vida-da-familia-e-da-amizade-10/
PS: há lacunas a preencher, sei que estou em dívida e espero em breve pagar outras promissórias: nada me vão custar, são recortes já prontos da minha própria colchas de retalhos. Basta só que o Senhor de Todos Nós oportunize a inspiração.
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O PCP não gostou do Twitter que Rui Rio publicou no sábado, então hoje Domingo veio responder ao líder do PSD, também no Twitter. "Rui Rio, para atacar o PCP e a sua luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo, recorre agora à comparação de um Estádio em Leipzig na Alemanha com o espaço da @festaavante que é cerca de oito vezes maior e ao ar livre. O ridículo não tem limites". "Há afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo".
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Banco Central se aproxima dos Bancos Centrais de Países Desenvolvidos em Atuações
Estevão Taiar (Valor, 13/04/2020) informa: a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus deve levar o Banco Central (BC) a ter atuação mais próxima a de seus pares nos países desenvolvidos. As mudanças, em diferentes fases de implantação, estão ligadas em parte às regras macroprudenciais, que cuidam da solidez e do bom funcionamento do sistema financeiro. Além disso, são vistas por economistas como positivas para a autoridade monetária e a economia brasileira como um todo.
“O BC está caminhando para ficar mais parecido com os bancos centrais lá de fora”, diz José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Quatro medidas apresentadas recentemente pelo órgão se assemelham a regras adotadas no exterior. A aquisição pelo BC de títulos públicos ou privados diretamente no mercado, durante a crise atual, é considerada uma das principais. O objetivo principal da medida é prover liquidez ao mercado de maneira mais ágil em meio à recessão causada pela pandemia.
A compra dos papéis, no entanto, também pode diminuir a inclinação da curva de juros e consequentemente dar algum impulso à atividade econômica. A atuação sobre a curva de juros é semelhante à expansão quantitativa (QE, na sigla em inglês), uma das principais estratégias adotadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e pelo Banco Central Europeu (BCE) em diferentes momentos desde a crise financeira de 2008. A proposta de emenda à Constituição que trata do assunto está em tramitação no Senado, já que o artigo 164 do texto constitucional veda empréstimos do BC, sejam diretos ou indiretos, ao Tesouro ou a qualquer órgão que não seja uma instituição financeira.
Além do QE, há uma opção mais radical que não consta na PEC, mas que bancos centrais podem adotar em teoria: simplesmente financiar a dívida pública por meio da emissão monetária. De maneira simplificada, os títulos públicos comprados pelo banco central não seriam revendidos posteriormente ao mercado. O Japão, em alguns momentos, implantou medidas que iam nessa direção.
“Mas não dá para comparar o Brasil com o Japão”, diz Solange Srour, economista- chefe da ARX Investimentos, destacando características estruturais da economia japonesa, como demanda mais fraca, inflação baixa e um arcabouço consolidado que separa o financiamento público da atuação do banco central.
Na última segunda-feira, o BC também regulamentou linha de empréstimos com garantias de debêntures para instituições financeiras. Nos cálculos da autoridade monetária, a Linha Temporária Especial de Liquidez (LTEL) libera R$ 91 bilhões em liquidez para os bancos. “Isso é uma versão do que já foi feito na Europa com a LTRO”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao anunciar a medida, referindo-se a operações de financiamento de longo prazo.
A redução dos compulsórios, por sua vez, faz parte de um processo estrutural, anterior à crise. O volume elevado desses recursos no Brasil é considerado uma exceção entre a maioria dos países. “Isso é histórico”, diz o economista Roberto Luis Troster.
No início de fevereiro, por exemplo, eles somavam aproximadamente R$ 450 bilhões. Antes da pandemia, no entanto, o BC já havia anunciado em menos de um ano duas reduções dos depósitos. Em fevereiro, na última rodada anterior à crise, liberou o equivalente a R$ 135 bilhões. Em março, foram liberados mais R$ 68 bilhões.
Por fim, entrou em vigor o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese), nome da linha temporária que financia a folha salarial de pequenas e médias empresas. O BC será fiscalizador do programa de R$ 40 bilhões, com recursos vindos do Tesouro Nacional e das próprias instituições financeiras. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por sua vez, atuará como operador. Entre os países que ofereceram empréstimos para folha de pagamento, estão Alemanha, França e Estados Unidos.
O vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), apresentou no dia seguinte a essa entrevista (14 de abril de 2020) um substitutivo para a proposta de emenda constitucional (PEC) do “Orçamento de Guerra”, que cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações. O novo texto restringe os tipos de ativos privados que podem ser comprados e vendidos pelo Banco Central durante a vigência do estado de calamidade pública, além de estabelecer diversas outras regras e critérios. Com todas essas mudanças, a medida será votada somente na quarta-feira e terá de retornar para uma nova análise da Câmara dos Deputados.
A ampliação dos poderes do BC tem sido o principal obstáculo para uma votação rápida da proposta. Isso porque os deputados deram aval para que o órgão possa, de maneira abrangente, adquirir “direito creditório” e “títulos privados de crédito em mercados secundários, no âmbito de mercados financeiros, de capitais e de pagamentos”, concedendo crédito para as empresas sem necessitar da intermediação dos bancos. Essas operações privadas dependeriam do aval do Tesouro Nacional, que teria de bancar 25% do valor.
Foi esse conjunto de propostas que não agradou aos senadores. Eles decidiram que é preciso “ajustar” essas regras e colocar limites “mais objetivos” ao Banco Central. Por conta disso, na versão do texto apresentado pelo senador Anastasia, ficou estabelecido que o BC somente poderá atuar na compra de debêntures cujos papéis não forem conversíveis em ações, ao contrário do primeiro texto, que falava em debêntures de maneira geral.
As debêntures conversíveis, vetadas agora, são um tipo de dívida de longo prazo emitida por uma empresa que pode ser convertida em ações da mesma companhia. O receio dos senadores era que, caso não houvesse o pagamento desse tipo de dívida, o BC tivesse que assumir parte da companhia, o que é visto como algo descabido.
Para não abrir esse tipo de interpretação, o relator foi ainda mais específico e determinou que os ativos adquiridos pelo BC sejam restritos às seguintes classes: debêntures não conversíveis em ações, cédulas de crédito imobiliário, certificados de recebíveis imobiliários, certificados de recebíveis do agronegócio, notas comerciais, e cédulas de crédito bancário.
Além disso, esses ativos precisam ter, necessariamente, “avaliação de qualidade de crédito realizada por pelo menos uma das três maiores agências internacionais de classificação” e também “preço de referência publicado por entidade do mercado financeiro acreditada pelo Banco Central”. Anastasia ainda suprimiu o artigo que tornava necessário o aporte do Tesouro Nacional nas operações.
Há ainda uma outra obrigatoriedade criada pelo relator. O parecer exige que as operações de compra e venda sejam publicadas diariamente, “com todas as respectivas informações”, e que o presidente do Banco Central preste contas a cada 30 dias, e não mais a cada 45 dias. Todas essas mudanças amenizaram a resistência de boa parte dos senadores ao texto, exatamente como pretendia o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Com intuito de melhorar a boa vontade dos colegas para votar o Orçamento de guerra, o presidente do Senado anunciou que essa será a única PEC votada durante a calamidade pública, já que este era outro motivo que gerava focos de oposição à proposta.
Por outro lado, o fato de terem sido feitas tantas alterações é justamente o que inviabiliza a possibilidade de Alcolumbre promulgar apenas uma parte do texto. Na semana passada, os senadores avaliavam devolver para os deputados apenas os dispositivos referentes à atuação do BC no mercado de capitais. Caso isso acontecesse, o presidente do Congresso ficaria livre para promulgar, por exemplo, os demais artigos da proposta que tratam da criação de um regime extraordinário fiscal. Agora todo o conteúdo da proposta precisará ser apreciado novamente pelos deputados.
Banco Central se aproxima dos Bancos Centrais de Países Desenvolvidos em Atuações publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Conexão Política INÍCIOÚLTIMASBRASILMUNDOCOLUNISTASEQUIPE EDITORIALCONTATOAPOIE O CP REDES SOCIAIS PESQUISAR Conexão Política Conexão Política Sergio Moro manda fechar fronteira entre Brasil e Paraguai após fuga de 75 presos no país vizinho INÍCIO ÚLTIMAS Sergio Moro manda fechar fronteira entre Brasil e Paraguai após fuga de 75 presos no país vizinhoMais 11 lotes de cerveja Backer estão contaminados, informa ministérioCom a brincadeira ‘Corda do Satã’, Sikêra Júnior lidera no Ibope e derrota Globo por mais de uma horaFilme cristão na lista dos indicados ao Oscar 2020Embaixada de Israel divulga nota oficial sobre demissão de Roberto Alvim; leia a íntegra BRASIL Polícias mudam rotina para se adequarem à Lei de Abuso de AutoridadeReceita recupera R$ 5,2 bilhões em dívidas de empresas com o SimplesConstruída pela empresa estatal chinesa CEIEC, nova base do Brasil de US $ 100 milhões é inaugurada na AntárticaDataprev é incluída no Programa Nacional de DesestatizaçãoApós incêndio, base de pesquisa do Brasil na Antártica será reinaugurada hoje MUNDO Hong Kong tem novos protestos e manifestantes pedem reforma políticaEm discurso raro, líder supremo do Irã elogia ataques à base americana. “A América é pequena demais para deixar a nação iraniana de joelhos”Novo relatório diz que ataques antissemitas caíram 27% em 2019 na UcrâniaAtaque de mísseis iranianos no Iraque deixou 11 soldados americanos feridos“Acho que será muito rápido”, comenta Trump sobre processo de impeachment que será votado no Senado COLUNISTAS EQUIPE EDITORIAL CONTATO APOIE O CP ÚLTIMASSergio Moro manda fechar fronteira entre Brasil e Paraguai após fuga de 75 presos no país vizinho Fuga aconteceu na madrugada deste domingo (19), em Pedro Juan Caballero. Marcos RochaPublicado 5 horas atrás em 19.01.2020Por Marcos Rocha Sergio Moro manda fechar fronteira entre Brasil e Paraguai após fuga de 75 presos no país vizinho 14Adriano Machado | REUTERS O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, determinou neste domingo (19) o fechamento da fronteira entre Brasil e Paraguai no trecho que corresponde ao Estado de Mato Grosso do Sul. A decisão vem após a fuga de 75 integrantes de uma facção que estavam na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na madrugada de hoje (19). Segundo o governo paraguaio, há criminosos dos dois países entre os fugitivos. Antes de decidir pelo fechamento da fronteira, Moro já havia declarado que o governo do presidente Jair Bolsonaro estava trabalhando junto com os estados para impedir a entrada de detentos no Brasil. Ainda não sabemos que a fronteira será fechada também no Paraná, o que só deve acontecer se houver um pedido do governador do Estado, Ratinho Júnior (PSD) – a exemplo do que fez Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul. Ajude-nos a mantermos um jornalismo LIVRE, sem amarras e sem dinheiro público. 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Gosto por negócios excêntricos
RIO DE JANEIRO. Com a derrocada do império “X”, Eike Batista perdeu boa parte de seu patrimônio e o status de homem mais rico do Brasil. O potencial de sua imaginação, no entanto, cresceu na proporção inversa. Foram muitos os projetos mirabolantes que o empresário passou a avaliar para retornar ao cenário econômico nacional: da produção de um genérico do Viagra a clones de gado e até pasta de dente.
A produção da pasta de dente foi o projeto que mais avançou. A pasta será à base de um mineral chamado hidroxiapatita, que promete regenerar o esmalte dos dentes e torná-los mais brancos. Em análise na Anvisa, foi batizada de Elysium. No Japão, há um produto semelhante, vendido ao equivalente a U$ 30. Aqui, Eike quer vender o tubo da Elysium a R$ 1.
A produção de um medicamento que se dissolve embaixo da língua para combater a impotência sexual também foi uma forte aposta de Eike. Um acordo de desenvolvimento teria sido firmado com uma empresa farmacêutica sul-coreana, mas o negócio não vingou, segundo pessoas próximas ao empresário.
Na Coreia do Sul, Eike também encontrou uma equipe de cientistas dispostas a clonar animais. Segundo a agência de notícias Bloomberg, o empresário teria interesse em clonar gado no Brasil. Uma parceria com uma empresa brasileira de biomassa, que cultiva cana-de-açúcar, também chegou a ser discutida. A ideia seria exportar a biomassa para o Reino Unido, com o objetivo de ser usada em usinas para gerar eletricidade.
A opção pelos negócios “exóticos” de Eike se dá em um momento em que a credibilidade do empresário foi fortemente abalada não apenas pelas investigações da Polícia Federal como também pela derrocada de seu império.
Seus principais negócios tinham foco em infraestrutura com cinco áreas de atuação: óleo e gás (OGX, atual OGPAR), construção naval (OSX), logística (LLX), mineração (MMX) e energia (MPX). E eram integrados de tal forma que o sucesso de um impulsionaria o desempenho do outro. Da mesma forma, o fracasso de um comprometeria os demais. Foi o que aconteceu.
No auge, as cinco principais empresas do grupo eram avaliadas em mais de R$ 100 bilhões. Mas a crise da OGX, em 2013, contaminou os demais braços do grupo. Hoje, pouco resta a Eike.
Internet
Memes. A internet reagiu com surpresa e memes após Eike Batista ter a prisão decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de janeiro, em ação da operação Eficiência.
Sem diploma
Eike ficará com presos comuns
RIO DE JANEIRO. O empresário Eike Batista disse em sua autobiografia “O X da questão” que não possui diploma de curso superior. Sem o diploma, o empresário pode dividir espaço com presos comuns, caso sua prisão seja realizada. “Estudei engenharia metalúrgica na Universidade de Aachen, na Alemanha. Rodei o mundo. Falo cinco idiomas. Sou engenheiro por formação, ainda que não tenha completado a graduação. Fui vendedor de seguros”, escreveu Eike, no primeiro parágrafo da introdução do livro publicado em 2011.
A decisão sobre qual presídio o empresário ocupará cabe à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). “Todas as prisões são iguais, mas há unidades para presos com ensino superior e presos sem ensino superior. Se ele não tem ensino superior, ele será encaminhado para uma unidade para presos sem ensino superior”, informou a assessoria da Seap.
Presídio. A assessoria, no entanto, não soube informar especificamente em qual presídio o empresário seria alocado nem qual a média de presos nas unidades estaduais – agente penitenciários ouvidos pelo portal UOL afirmam que é recorrente haver entre 80 e 100 detentos por cela nas unidades do Estado, que sofre com a superlotação. O sistema, hoje com 51.113 detentos, conta com apenas 27.242 vagas.
Há apenas uma unidade para presos com ensino superior – a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8 –, onde o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) está preso desde novembro do ano passado.
Esportista
Vitórias. No jornal “O Globo”, a história de Eike começou nas páginas de Esportes. Ele colecionou vitórias em competições náuticas de Offshore, ainda no início dos anos 1990. Depois, como “marido de Luma” (de Oliveira, ex-modelo), como ele gostava de se apresentar.
Patrimônio
‘Prodígio’ vê império ruir em dez anos
RIO DE JANEIRO. Menos de dez anos antes, era difícil prever que o empresário tido como um prodígio nos negócios – que construiu companhias em áreas como energia, indústria naval, mineração, turismo e gastronomia – fosse ver seu império ruir.
Em junho de 2008, foi destaque em reportagem “Gás na Bolsa e R$ 24 bi no bolso”, que noticiava a estreia da OGX, petroleira de Eike, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em junho de 2008. Na maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) realizada no país até então, a empresa captou R$ 6,7 bilhões.
Era a coroação de uma trajetória de pesados investimentos capitaneados por Eike. Em novembro de 2007, a OGX foi responsável por 74% do total arrecadado pelo governo na nona rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), arrematando 21 blocos. Agora, ele é alvo de mandado de prisão preventiva.
Campanhas
Doações eleitorais atingiram 13 partidos
BRASÍLIA. As doações eleitorais de Eike Batista mostram o trânsito dele por diversos partidos. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eike destinou, entre 2006 e 2012, R$ 12,6 milhões a políticos e diretórios regionais de 13 partidos em oito Estados.
As doações abrangem as campanhas presidenciais de 2006 e 2010. Eike doou R$ 1 milhão para o comitê financeiro do então presidente Lula em 2006 e R$ 100 mil para o senador Cristovam Buarque (então no PDT, hoje no PPS).
Quatro anos depois, Eike fez transferências de R$ 1 milhão para os comitês de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) e de R$ 500 mil para o de Marina Silva (então no PV, hoje na Rede).
Os partidos que receberam recursos foram PT, PMDB, PSDB, PP, PSD, PSB, DEM, PR, PDT, PV, PCdoB, PTB e PTC. Os Estados dos políticos são Rio, Minas Gerais, Santa Catarina, Maranhão, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amapá e o Distrito Federal. A maior parte das doações (R$ 12,1 milhões) foram feitas por Eike como pessoa física. Somente em 2012, ele se valeu de uma das empresas, MMX Mineração, para fazer repasses de R$ 500 mil.
Algumas doações foram feitas diretamente para candidatos. A maior parte dos repasses, porém, foi feita por meio de diretórios e comitês.
Supersticioso, considera que X era sinônimo de multiplicar riqueza
RIO DE JANEIRO. Supersticioso, Eike Batista conferia ao uso do “X” no nome de suas empresas a capacidade de multiplicar riqueza. Em dezembro de 2011, disse em entrevista: “Deus pôs o item ‘saber fazer dinheiro’ no meu pote”.
Ele chegou a figurar como maior fortuna do Brasil e sétima maior no mundo, segundo ranking da revista americana “Forbes”.
Nos tempos de bonança, Eike Batista costumava dizer: “Meu objetivo é passar Bill Gates”, então considerado o homem mais rico do mundo.
Gosto por negócios excêntricos
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Poupança conseguida este ano com genéricos já ultrapassa os 111 milhões
A poupança conseguida este ano pelos medicamentos genéricos já ultrapassa os 111 milhões de euros, revelou a presidente da associação de medicamentos genéricos, garantindo que o utente tem confiança e que é preciso trabalhar com os farmacêuticos e médicos.
Apresidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN), hoje ouvida na Comissão Parlamentar de Saúde, a pedido do PSD, por causa da falta de medicamentos, sublinhou a importância de aumentar as quotas dos genéricos, frisando que estes não chegam aos 50% e que Portugal tem "uma diferença de entrada no mercado" de cerca de 30 anos relativamente aos países nórdicos e à Alemanha.
"Temos feito um caminho grande, mas não temos conseguido (...) e os motivos estão bem claros: o cidadão usa o medicamento genérico, adota-o, tem eficácia, tem segurança e tem uma redução de custos. Temos agora os farmacêuticos e os médicos prescritores para trabalhar com eles, para conseguirmos ultrapassar a falta de confiança que eles ainda têm", afirmou Maria do Carmo Neves.
A responsável disse ainda que a ambição da APOGEN é chegar aos 60% de quota do mercado nos próximos dois a três anos e, quanto a poupanças conseguidas com os genéricos, lembrou que, nos últimos anos, ultrapassou os 5.000 milhões.
"Isto dá para dois anos de fatura de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde, quer em ambulatório quer em ambiente hospitalar", disse a responsável, lembrando que a poupança conseguida no ano passado (509 milhões de euros) "dava para construir dois hospitais Lisboa Oriental".
Quanto às roturas de medicamentos, Maria do Carmo Neves admitiu que sempre houve, mas alertou que os motivos têm crescido e por situações que tornam a realidade "mais dramática".
E exemplificou: "Há 30 anos, estas roturas eram por problemas de qualidade (...) que eram resolvidos em três ou quatro meses. Se nessa fase faltava o medicamento que tinha exclusividade no mercado, outra molécula o substituiria".
"Hoje já não é bem assim", explicou a presidente da APOGEN, aludindo à transferência da produção da Europa para a Ásia, designadamente para a Índia e a China, e concluindo: "Nestes 30 anos a Europa ficou sem uma única fábrica de síntese química. Não é fábricas de produto acabado, o problema passa-se a montante, na origem, nas matérias-primas que entram na constituição dos medicamentos".
A responsável classificou esta dependência da Europa como "um problema assustador" e apontou igualmente as revisões de preço dos medicamentos "sempre em baixa" para lembrar que muitas empresas perdem o interesse comercial e deixam de produzir.
Reconhecendo que as roturas não de verificam apenas nos medicamentos genéricos, mas são transversais, lembrou que estas têm "um denominador comum": "Preços à volta dos cinco euros".
"Se a formação do preço não tem um item em que absorva o custo que vamos progressivamente ter (...) o produto torna-se inviável comercialmente", insistiu a presidente da APOGEN.
Disse ainda aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde que apenas há duas roturas nos medicamentos mais caros: "Os semaglutidos e os liraglutidos, que as pessoas usam para irem para a praia", afirmou, referindo-se aos antidiabéticos que têm sido também usados igualmente para emagrecer.
Maria do Carmo Neves disse igualmente que cerca de 30% das AIM [Autorizações de Introdução no Mercado] foram retiradas por falta de interesse comercial e sublinhou que se tem falado muito nos problemas de falta de medicamentos nas farmácias comunitárias, mas pouco na área hospitalar.
"Só temos falado no ambulatório, mas a parte hospitalar é mais dramática ainda", frisou.
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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira
Os mercados globais iniciam a semana em terreno positivo, apoiados na expectativa de uma nova temporada de balanço e dos sinais em relação a uma recuperação da atividade econômica. O sentimento de otimismo tem se mostrado maior que a preocupação com o avanço dos casos de coronavírus em alguns países.
No Brasil, o governo precisa encontrar soluções para o reequilíbrio financeiro de concessões atuais de logística e, ao mesmo tempo, aceitar outorgas menores nas previstas para 2020 e 2021.
Entre as notícias corporativas, a Even contratou bancos para avaliar oferta de ações de uma de suas subsidiárias e os bancos públicos mostram maior apetite para a concessão de crédito a pequenas empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Confira os destaques:
1.Bolsas mundiais
Os mercados globais iniciam a semana em terreno positivo, apoiados na expectativa de uma nova temporada de balanço e dos sinais em relação a uma recuperação da atividade econômica. O sentimento de otimismo tem se mostrado maior que a preocupação com o avanço dos casos de coronavírus em alguns países.
O DAX, de Frankfurt, sobe 0,97%.
A temporada de balanços tem início nessa semana, com os grandes bancos americanos reportando seus resultados nos próximos dias.
“Vemos um potencial ainda maior nas ações globais e achamos que há alguns pontos positivos nos segmentos do mercado que tiveram um desempenho inferior durante a crise”.
Além disso, os investidores aguardam por indicadores na China, que podem trazer mais evidências sobre a retomada da economia no segundo trimestre.
Os investidores também se apoiam nas medidas de estímulo fiscal e monetário, que têm estimulado a busca por ativos de risco, como ações, contribuindo para a recuperação dos principais índices.
Os futuros do Dow Jones sobem 0,52% e os do S&P 500 registram valorização de 0,41%.
Essa valorização ocorre mesmo com o avanço dos casos de coronavírus em alguns países. Na Flórida (EUA), o domingo foi marcado pelo registro do maior número de casos em um só dia: 15.300 novas infecções. O risco é que regiões que mostrem forte avanço nos casos tenham que voltam a fechar a economia.
No mercado de commodities, a expectativa de que a China continue com uma demanda forte pelo minério de ferro faz o preço da commodity avançar. Já o petróleo cai com expectativa de redução dos cortes de produção em reunião da Opep.
Veja o desempenho dos mercados, às 7h36 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,41%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,50%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,52%
Europa
*Dax (Alemanha), +0,97%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,95%
*CAC 40 (França), +0,82%
*FTSE MIB (Itália), +0,38%
Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +2,22% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,17% (fechado)
*Shanghai SE (China), +1,77% (fechado)
*Petróleo WTI, -1,78%, a US$ 39,83 o barril
*Petróleo Brent, -1,46%, a US$ 42,61 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 4,80%, cotados a 829.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 118,39 (nas últimas 24 horas). USD/CNY = 7,0024 (+0,04%)
*Bitcoin, US$ 9.252, -0,20%
2. Agenda
No Brasil, o Banco Central (BC) irá publicar às 8h25 o boletim Focus, que compila as projeções econômicas feitas por uma série de instituições. Às 15h, será a vez da Secretaria de Comércio Exterior divulgar a balança comercial semanal.
Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, o bc americano) de Nova York, John Williams, faz pronunciamento às 12h30 (horário de Brasília). No mesmo horário, será divulgado o balanço do orçamento do governo americano.
No Reino Unido, Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, faz pronunciamento às 12h30.
Na agenda do InfoMoney, hoje às 11h o Zero ao Topo especial realiza live com Betânia Tanure, sócia fundadora da consultoria BTA, e Jean Carlos Alves Nogueira, diretor executivo de gente e cultura da companhia aérea Gol. A entrevista acontecerá nesta segunda-feira (13) às 11h no Youtube do portal. e debaterá como as empresas podem construir e fortalecer seus valores na era do trabalho remoto.
3. Infraestrutura
A reação do governo será importante para encontrar soluções para o reequilíbrio financeiro de concessões atuais de logística e terá que aceitar outorgas menores nas previstas para 2020 e 2021, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.
A reação do governo a desdobramentos da crise pode ajudar a determinar se e quantos competidores disputarão concessões de rodovias, portos, ferrovias e até aeroportos, vital para o plano do governo de levantar cerca de R$ 250 bilhões em investimentos nos próximos anos.
O problema mais visível é o reequilíbrio financeiro das concessões atuais, especialmente de rodovias e aeroportos, os mais atingidos pelas medidas de isolamento social. A busca por reequilíbrio, no entanto, deve encontrar resistência de órgãos de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União).
Com isso, alguns concessionários poderiam ficar de fora de novos leilões, uma vez que reúnem esforços para dar sustentação às concessões atuais.
4. Cenário político
Em destaque no noticiário político, a Folha destaca que, há quase um ano e meio no cargo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), consolida-se para o Palácio do Planalto como o fiel da balança na relação entre governo e Congresso, evitando reagir e criticar Jair Bolsonaro (sem partido) quando o presidente da República é alvo da artilharia dos parlamentares. Segundo aliados, a estratégia é a reeleição à presidência da Casa.
Contudo, há quem já esteja incomodado com as articulações de Alcolumbre: alas de PSD, PSDB e MDB lideram as insatisfações, uma vez que teriam nomes para colocar na disputa.
5. Panorama corporativo
Os bancos públicos estão com apetite maior para dar suporte às pequenas e médias empresas que precisam de recursos para manter as atividades.
O Banco do Brasil passou novamente a Caixa na concessão de crédito do Pronampe, voltado a pequenas empresas na pandemia. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo, o BB emprestou todo o novo limite de R$ 1,24 bilhão aberto pelo governo, chegando quase a R$ 5 bilhões. A Caixa liberou R$ 3,7 bilhões.
Entre os bancos privados, a atividade é muito menor. O Itaú, segundo o governo, começou a operar a linha na quarta e o Bradesco ainda testa sistemas. O Pronampe tem R$ 18 bilhões para oferecer a empresários, com a garantia do Tesouro, e já há defensores na Economia para que seja encorpado.
Já a Petrobras iniciou a fase vinculante do processo de venda da totalidade de sua participação de 51% na subsidiária Gaspetro, segundo comunicado enviado à CVM na sexta-feira à noite. informou a empresa em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Segundo a estatal, os potenciais compradores classificados para a nova etapa do desinvestimento receberão agora carta-convite com detalhes do processo, incluindo orientação para “due diligence” e envio das ofertas vinculantes. Além da Petrobras, a Gaspetro tem como acionista a japonesa Mitsui, com participação de 49%.
Ainda entre as ofertas de ações, a construtora Even contratou bancos para avaliar uma potencial oferta de uma de suas subsidiárias.
BTG Pactual, Itaú BBA, XP Investimentos e Banco Safra irão avaliar a potencial oferta da para potencial oferta de ações da subsidiária Melnick Even Desenvolvimento Imobiliário (Medi), segundo comunicado.
O passo a passo para trabalhar no mercado financeiro foi revelado: assista nesta série gratuita do InfoMoney.
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Ibovespa em leve alta; TELB3 anuncia subscrição de novas ações
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira (23/04), após declarações do presidente Xi Jinping sobre medidas para impulsionar economia da China. A bolsa da Coreia do Sul (Kospi) subiu +1,16%. Na China (Hang Seng) a valorização foi de +0,45% e no Japão (Nikkei), fechou em +1,86%. Na China, presidente Xi Jinping afirma que governo adotará medidas para impulsionar a economia, investindo em vários setores, como 5G, inteligência artificial, transporte e energia, e incentivando o emprego. Na Austrália (S&P/ASX 200) chegou a -1,53%. As bolsas europeias abriram em situação equilibrada. Na Alemanha, o índice DAX caia -0,38% pouco antes das 9 horas, e na Espanha (IBEX 35) subia +0,74%. Na França (CAC 40), a valorização era de +0,34% e no Reino Unido (FTSE 100), de -0,12%. Índice PMI da zona do euro cai para 13,5 pontos em abril, o menor valor desde que começou a ser compilado, em 1998. Segundo consultoria Markit, número indica "deterioração sem precedentes" na economia e pode se traduzir em contração de -7,5% no PIB do trimestre. Os índices futuros de Nova York estão no terreno neutro agora de manhã. Pouco antes das 9 horas, o índice futuro de Dow Jones caia -0,14%, S&P 500 +0,06% e Nasdaq +0,07%. O índice do medo (VIX), que calcula a volatilidade das principais ações do mercado financeiro americano, chegou aos 39,52 pontos, com baixa de -0,26%. Nos EUA, presidente Donald Trump assina decreto interrompendo, por 60 dias prorrogáveis, emissão de vistos de residência permanente. Medida tem objetivo de proteger o mercado de trabalho, reduzindo concorrência aos norte-americanos pelos empregos. Já no Brasil, o índice futuro do Ibovespa, sobe +0,18%, mostrando um otimismo no mercado financeiro hoje. O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) tem alta de +0,69%. No mercado financeiro, S&P revisa classificação de CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) para negativa, em razão da desaceleração de atividades nos setores industrial e de construção civil, que deve reduzir a demanda pelo aço. E a Telebras (TELB3, TELB4) subscreveu 10,1 milhões de novas ações ordinárias, ao preço de R$ 117,59 e 8 milhões de ações preferenciais, ao preço de R$ 39,02. Acionistas poderão comercializar na bolsa a partir de 30 de abril. No mundo corporativo, planos de reestruturação para 12 subsidiárias da Odebrecht são aprovados pelos credores. Planos de outras 8 subsidiárias serão votados entre maio e junho. Bradesco (BBDC3, BBDC4), Itaú (ITUB3, ITUB4) e Santander (SANB3, SANB4) estão entre maiores credores. E a privatização da Eletrobras (ELET3, ELET6) será adiada para 2021, frente à pandemia de Coronavírus. Segundo Salim Mattar, secretário de Desestatização, não há "clima" para vender ativos neste ano. Mesmo assim, Mattar acredita que PL autorizando venda será aprovado pelo Congresso ainda em 2020. Dia 24/04/2020 inicia a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2020 com a Hypera (HYPE3), fechando no dia 25/06/2020 com a Equatorial Energia (EQTL3). Veja aqui a agenda de divulgação de resultados das empresas listadas na bolsa, confira aqui as datas de todas as empresas. Na política, presidente Jair Bolsonaro realiza aproximação com partidos do Centrão para fazer negociações sobre a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados. O atual presidente, Rodrigo Maia, é considerado por Bolsonaro um dos principais adversários políticos do momento. Governo aposta no deputado Marcus Pereira para a sucessão. Nas últimas semanas, integrantes do Planalto dialogaram com lideranças do PL, PSD, Progressistas e Republicanos. O dólar comercial hoje (23/04) operou em baixa, com variação negativa de -0,12%.
Indicadores Econômicos
Confira os principais indicadores econômicos hoje: IndicadorValorDólarR$ 5,4512 Bitcoin +2,12%IPCA +3,04%IGP-M +1,24%CDI+0,324096%Selic +3,75%Poupança +0,2162%
Commodities
Confira os números das principais commodities hoje: CommodityValorOscilaçãoOuro 1.753,40 +0,87%Prata 15,568 +1,52%Cobre 2,300 +0,44%Petróleo WTI 15,62 +13,35%Petróleo Brent 21,93 +7,66% Não deixe de acompanhar diariamente o Morning Call TheCap no seu celular, baixe o aplicativo do mercado financeiro gratuitamente agora! Assim fechamos mais um Morning Call, bons investimentos a todos! Read the full article
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Opinião: “A reflexão deve começar aqui!”
Em política quem não toma a dianteira e não tem capacidade de antecipar cenários, acaba por ser empurrado. Nas últimas legislativas, o povo português que foi votar , quis trazer novos partidos para a Assembleia da República, percebeu que o PS andou a entreter durante 4 anos, arrasou a vacuidade do CDS e demonstrou ao PSD que apesar de grande partido do sistema nacional, o que fez nos últimos anos, é demasiado fraco para merecer confiança.
Na noite eleitoral estava fora de Portugal. Lá longe, na Alemanha, assisti estupefacto ao discurso de Rui Rio. Não sei se repararam, mas além das palavras de circunstância, malhou em todos porque afinal o resultado apesar de péssimo tinha sido melhor do que algumas sondagens. Não teve uma palavra sobre Portugal e sobre o futuro dos portugueses, num tom que não disfarçava o mau perder. Se , por um lado, o resultado foi mau, por outro lado, o PSD provou ser realmente um partido resiliente e suficientemente implantado na sociedade para resistir a tanta incompetência política. A este líder nunca se ouviu uma palavra de defesa e de solidariedade para com as políticas que foram prosseguidas entre 2011 e 2015 quando o País foi salvo da bancarrota e o crescimento económico regressou, tal como Mário Centeno admitiu, pela mão de um governo do PSD liderado por Passos Coelho.
Nunca o fez porque realmente se trata de alguém que é muito mais talhado para uma sociedade cheia de “Estado” do que uma sociedade que dá espaço à capacidade dos cidadãos, apesar do Estado. Uma sociedade que não se desenvolverá com “centrões” políticos, algo que parecia ser a sua única ambição. Quando nos últimos dias de campanha “mudou a agulha”, ajudado, é certo , pelo caso de Tancos, as sondagens lá subiram meia dúzia de pontos. Ainda bem.
O PSD existiu e existirá para além dos seus líderes de cada momento. Espero que em Janeiro, o atual líder se sujeite a votos , se sentir que tem um projeto. Eu penso que não tem, nem nunca teve, para além de uma ideia de ambicionar ser Primeiro-Ministro, mas essa é só uma opinião. Se assim for, continuará a ser curto e o povo que já percebeu isso, não mudará nada no modo como olha para o PSD. Também me espantei com a posição da atual nomenclatura distrital que, em menos de 24 horas após o dia das eleições, veio pedir a cabeça e a demissão de Rui Rio, apesar deste lhe ter deixado concretizar o sonho , outrora impensável, de ser deputado. Aprendi que o exercício de cargos políticos só faz sentido se houver força política, pelo que coerente será, com os resultados desastrosos no nível distrital, mostrar desprendimento e, por uma vez, coragem, para convocar eleições e reforçar a sua posição política ou sair, se for essa a vontade dos militantes.
Apesar do líder do PSD, as estruturas em Coimbra não existem politicamente. A política só cumpre o seu desígnio com desprendimento e com visão. As estruturas distritais do PSD precisam de recuperar esse idealismo e força, desde logo, porque existem muitas pessoas com capacidade e competência para o fazer. Por isso, pegando na rapidez de raciocínio político nacional do líder distrital, os maus resultados podem ser a causa de reflexão profunda e de viragem. Se não for desta, perder-se-ão mais dez anos. No patamar nacional haverá, com certeza, a necessária renovação que permitirá dar nova energia a uma enorme organização que muito já deu a Portugal, apesar de todos os erros.
No nível distrital, se houver dignidade e consistência, convocar-se-ão eleições, desta vez com tempo, para que os militantes do distrito possam ser ouvidos sem condicionalismos e concluam sobre a liderança que pretendem ter nos próximos anos para, sem populismos, dar honra e voz a cada um dos 17 concelhos que compõem o território. Dar espaço a um novo projeto de desenvolvimento da região, cortando com vícios do passado e que saiba interpretar o que as pessoas pretendem, para além das espúrias conversas nas sedes partidárias. Apesar de todas as agendas individuais e de tudo o que se possa passar no patamar nacional por uma única razão – Batemos no fundo.
Opinião: “A reflexão deve começar aqui!”
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A INESQUECÍVEL FIGURAÇA DAS “QUINAS CANGELADAS”
Sabemos que lembranças (adjetivadas a gosto) são mesmo imperdíveis oportunidades de resgate (quase sempre no frio e distante passado) de profundas emoções ou de intensos sentimentos, a maioria arranca da memória pessoas, fatos e coisas que estavam “perdidas” sabe-se lá onde, umas trazem com elas lágrimas despencando no rosto, outras abrem sorrisos abundantes de morder orelha: é o que se dá comigo, certamente parecido a outros mortais, todos por aqui de passagem.
É verdade que para uns chegados escrevi curtas loas tentando render ao menos umas modestas homenagens (no rodapé há indicações de acesso a elas), mas confesso que raras vezes me encorajei a remexer minhas rasas e leves arcas para debruçar nelas olhos tão alegres como os de hoje, paradoxalmente na missa de trigésimo dia do muitíssimo querido Agenorzinho, assim escrito para distingui-lo doutros de igual nome, do mitológico rei de Tiro ao patriarca dos Cabral.
Tirante saber na Amaro Coutinho que era do fisco estadual, das épocas em que morei em João Pessoa e em Natuba (antes de ir estudar no Rio), pouco recolhi, mas da Cidade Maravilhosa há tanto que não caberia num disco rígido de capacidade normal: a escolha impositiva foi garimpar na cuca o que estava disponível fácil, logo, à bateia, nada perfunctório, contudo.
Começo à porta de apartamento em Laranjeiras onde ele morou, aberta na maior parte quando minha sogra Nailde estava por lá com Margareth: quem poderia esquecer a acolhida sempre afetuosa naquela selva de concreto quente que já era infernal nos Anos 70 até num recanto arborizado? Como não cotejar os banquetes de sofisticados pratos com as léguas de distância do Bandejão da PUC?
Por cerca de quatro anos de andanças entre a Marquês de São Vicente e os lugares onde dormi pela Zona Sul, ouvi ele falar de Denasa, de agropecuárias no Centro-Oeste, de ligações com JK: no fundo, era de política que se tratava, do velho PSD, de uma turma de paraibanos talentosos (com um Cunha Lima no bolo), deduzi das conversas tidas em fortuitas aparições minhas em visita a ele. Soube que trabalhou também nos escritórios das Docas do Rio, concursado, suponho eu.
Na Barata Ribeiro, ele nos hospedou às vésperas do embarque para a Alemanha e foi apresentado a Catarina Emília, nascida poucos meses antes em Aracaju: era uma terça-feira de carnaval, o voo partia tarde da noite e tomamos num daqueles botecos típicos de frequência contumaz uns chopes regados a petiscos, risadas e um incrível relato dos “sobreviventes” (um de muleta, outro com braço na tipoia) duma briga feia havida de madrugada na arquibancada do desfile das escolas de samba.
Década e meia mais tarde e milhares de quilômetros rodados desde o Nordeste atravessando curvas, montanhas e águas marinhas de remanso da deslumbrante Rio-Santos e passando em Angra dos Reis, chegamos eu, Margareth, Biu Nogueira e Raquel à Ilha do Governador e – de cara – fomos batizados no caótico trânsito em batida do nosso Fiat Tipo na traseira doutro carro qualquer.
Foi susto pequeno, dano besta, prejuízo nenhum e – ao contrário – tudo acabou no lucro, porque o episódio ampliou o prazeroso desfrute da generosa hospitalidade dele, deu chance à partilha de mais chopes.
A Constituição Cidadã era recente, morávamos em Recife, tivemos o privilégio da contagiante visita dele e vimos quanto tudo passara rápido: Bertha Carolina (que ele conheceu na volta de Bremen e se apaixonou empurrando ela umas horas no carrinho de bebê pelo aeroporto) crescera e Andreas Cauê (o abençoado segundo presente sergipano da família) já aprontava das suas.
Sim, as areias de Boa Viagem distavam poucas quadras da Hélio Falcão, mas, ao invés de mera sunga de praia, ele preferia sandália, bermuda e uma camisa qualquer, que servia só para compor provisoriamente o figurino na suposta arrumação, porque na hora de sair de casa era automático nele tirar a camisa, dobrar enrolando ao comprido e jogar por cima de um dos ombros: o hábito vinha de longe, lembro dele anos depois agindo igual e vejo no despojado gesto uma atitude de desapego, símbolo da pouca importância que dava a bens materiais, acho.
Duma semana e meia da estadia pernambucana, há uma estória que jamais será apagada. Falo do magistral porre que terminou com nós dois arrastados um de cada lado de Margareth da Conveniência do Posto Shell da Ernesto de Paula Santos (metros à esquerda, pertinho, na esquina) até em casa: foi o saldo do histórico desafio de só parar as talagadas quando a torre de bolachas de chope passasse da altura dos olhos e um não mais visse o outro, parâmetro surreal, passível de explicação só como mania clássica de bêbado.
Voamos num piscar a Brasília, a partir de onde desde 1990 São Paulo e Campinas viraram na prática “caminhos-de-rato” em férias escolares de meio do ano da galera, uma delas estendida à então “oculta”, bucólica e meio “rural” Sepetiba para visitá-lo num saltinho de pressa por uns dias, com esticadinha a Pedra de Guaratiba num domingo de sol.
Claro, uma hora a Praia do Poço e o Bar de Quebé entrariam em destaque neste maravilhoso enredo, justo naquele pedaço que chamamos de paraíso onde ele revia o velho amigo dos tempos pessoenses de juventude: ousaria comentar que sonhou em morar por ali na aposentadoria, pelo brilhar do olhar dele que vi repetido nuns verões.
Da casinha da Monsenhor Renato Pires Ferreira, escolhi a imagem do brinde que fazia à primeira ou qualquer cerveja oportuna: “não sou maior, não sou menor, somos iguais”, dizia ele medindo (de modo alternado, beira com fundo, em cima e embaixo) o que na hora estivesse usando como recipiente, copo, taça ou tulipa, tocando ao final a dele na do parceiro da vez no mesmo nível, de frente, com ênfase. Impossível não concluir que a sequência era uma espécie de ritual declaratório de amizade, de reverência à cumplicidade e companheirismo, de prova maior de ausência de preconceito do vascaíno, que os de agora e os que vierem têm o simples compromisso de honrar adiante no democrático território que sempre abrigou, equidistante, à sombra do eclético cajueiro, botafoguense (Marcelo), torcedor pó-de-arroz (Zé Boquinha) e flamenguista (Zé Cabra).
Pois é: infelizmente, não deu para cumprir a promessa do ano passado combinada com Suzana (que esteve com ele meses atrás), um rolê em setembro para matar a saudade do Rio e abraçar o Oitentão no aniversário dele a compensar nossa ausência na última data redonda festejada.
A pandemia nos impediu de estarmos com Marcone, Serginho, Carlito, Larissa, Zezita e Marilene para dar adeus a ele, mas o faço agora – tranquilo, tristeza contida e algo conformado – finalizando estes selecionados instantes de relevo compartilhados com ele, as melhores cenas vindas à tona comigo de espectador ou coadjuvante, ele de protagonista.
Realmente, num momento enternecido, gravoso e pesado por tradição, não me ocorreu no mês todo mínima dúvida nem surpresa qualquer de aflorarem somente referências positivas, inspiradoras e leves. Nada de diferente seria de esperar, até porque os depoimentos de todas as irmãs corroboram a excelência humana do caráter fraternal, elas que jamais ouviram dele uma grosseria menor que fosse.
É assim o tempo, o mundo e a vida, trocam as estações, endereços mudam, segue em curso a dinâmica redonda da terra: o cardápio de alcunhas é variado, pode ser destino, sorte, acaso, o que cada um quiser adotar de descritivo.
A quem até aqui viajou este fascinante percurso, digo: mandem daí os “pingos-de-is” que faltaram, sem acanhamento de acrescer o que vier na telha .
Quedo em silêncio orando a Deus que receba e com Ele guarde bem direitinho Agenor Cabral de Lira Filho. Amém.
Postagens relacionadas: 1) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2016/04/23/catarina-emilia-a-autentica-primogenita/; 2) Renato (https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/26/renato-simples-assim/); 3) (https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2016/06/07/dorinha-um-ser-maiusculo-de-nome-dominutivo/; 4) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/11/30/moleque-ian-seis-anos-de-vida-e-felicidade/; 5) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/23/ao-avesso-do-gorducho-lapao/; 6) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/jean-1-ano/; 7) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/montreal-2013/; 8) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2013/12/28/caue-1-ano/; 9) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2019/05/23/parabens-para-mim-18/; 10) https://jbmagalhaesneto.wordpress.com/2019/07/21/celebracao-da-vida-da-familia-e-da-amizade-10/
PS: há lacunas a preencher, sei que estou em dívida e espero em breve pagar outras promissórias: nada me vão custar, são recortes já prontos da minha própria colchas de retalhos. Basta só que o Senhor de Todos Nós oportunize a inspiração.
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Senado fará sessão em homenagem à imigração italiana
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Senado fará sessão em homenagem à imigração italiana
O Senado Federal faz na próxima quinta-feira (14), às 15h, uma sessão especial destinada a homenagear o Dia do Imigrante Italiano, que foi comemorado em 21 de fevereiro. O pedido foi apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e contou com o apoio dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Rose de Freitas (Pode-ES), Jorge Kajuru (PSB-GO), Eliziane Gama (PPS-MA) e Nelsinho Trad (PSD-MS).
O Brasil é um dos países que mais receberam imigrantes italianos, principalmente entre os períodos de 1860 e 1960. Segundo pesquisa do sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE, aproximadamente 10% da população brasileira é de origem italiana. A embaixada italiana no Brasil declarou em 2013 que existiriam aproximadamente 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil. Estima-se que mais de 1,5 milhão de italianos vieram para o país.
A Itália foi um dos últimos países europeus a se formar, na segunda metade do século 19. As guerras da Unificação Italiana, principalmente contra a Áustria, e a 1ª e a 2ª Guerra Mundial levaram quase 24 milhões de italianos a saírem da Itália para diversos países.
Origens da imigração
Com a proibição da importação de escravos para o Brasil (Lei Euzébio de Queirós, 1850), a liberdade aos filhos de escravos nascidos no Brasil (Lei do Ventre Livre, 1871), a libertação dos escravos com mais de 60 anos (Lei dos Sexagenários, 1885) e a Abolição da Escravatura (Lei Áurea, 1888), os fazendeiros brasileiros buscaram uma mão de obra para substituir os escravos em suas plantações.
Grandes campanhas foram realizadas incentivando a vinda, para as lavouras, de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e japoneses. Mas em vários casos as condições de trabalho eram tão ruins que o governo da Itália, em 1902, emitiu o Decreto Prinetti, proibindo a emigração de italianos que, tendo a viagem paga pelo empregador, contraíssem dívida com ele.
A partir daí, o fluxo de imigrantes, que chegou a mais de 1 milhão de pessoas entre 1884 a 1903, reduziu-se gradativamente. Entretanto, as condições de vida na Itália eram tão ruins que o fluxo migratório nunca se interrompia. O processo de industrialização na capital paulista empregou milhares de italianos.
Além do Brasil, os países que mais receberam imigrantes italianos no período de 1870 a 1970 foram os Estados Unidos (5,6 milhões), a França (4,1 milhões), a Suíça (3 milhões), a Argentina (2,9 milhões) e a Alemanha (2,4 milhões).
A presença italiana no Brasil é percebida até hoje nos sotaques dos paulistanos e dos sulistas, além da pronúncia das palavras sem o uso do plural, já que no italiano não se usa o “s” para o plural.
Fonte: Senado fará sessão em homenagem à imigração italiana
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Frente Ampla Progressista
No artigo “O que é ser de esquerda hoje?”, postado no site da Carta Maior, lancei a clássica pergunta: “O que fazer aqui-e-agora?”. Respondi: “uma Frente Ampla da Esquerda à la Uruguai e Portugal”. Neste artigo aprofundo o exame da questão.
De início, amplio a proposta para uma Frente Ampla Progressista (FAP). A estratégia é, justamente, sair do gueto e ampliar a aliança de modo a conseguir inclusive o apoio dos liberais clássicos. Ao aceitar a economia de mercado como um motor da evolução sistêmica, a esquerda pactua com os liberais a defesa do mecanismo de mercado competitivo. Aprende a regular apenas contra o excesso de exploração, sem a travar com excesso de regulação supostamente protecionista, mas prejudicial à abertura comercial e à multiplicação de empregos pelo componente de exportações líquidas.
Para tanto, percebe a alternativa – capitalismo de compadrio – ter levado ao favorecimento corrupto. A estratégia para essa luta deixa de ser uma súbita mudança revolucionária e passa a ser o gradualismo, lento ou rápido a depender das circunstâncias, em um processo incremental de luta em defesa de ideais éticos.
Em visão holística, a realidade passa a ser vista pelos revisionistas da nova esquerda como permanente “movimento social”: a ampliação gradual de conquistas de direitos (civis, políticos, sociais, econômicos e de minoria) da cidadania. Sendo para todos os cidadãos, independentemente de classes sociais ou castas profissionais, dialeticamente, transforma quantidade em qualidade, isto é, cria um novo modo de vida e produção.
Voltando aos citados exemplos, a Frente Ampla (FA) é uma coalizão eleitoral de esquerda do Uruguai. Nela se integram vários partidos políticos e organizações da sociedade civil. Foi fundada em 5 de fevereiro de 1971 na tentativa de eleger Líber Seregni à presidência da República. Com o golpe militar de 27 de junho de 1973 foi colocada na ilegalidade e reprimida, sendo seus líderes presos.
Mais de trinta anos depois, elegeu democraticamente Tabaré Vázquez para presidente do Uruguai. Após cinco anos de um governo popular, elegeu seu sucessor, José Mujica. Em 2014, Tabaré Vázquez foi eleito presidente novamente. São 15 anos com a FA no poder executivo do Uruguai.
A Frente Amplio (https://frenteamplio.uy/) se apresenta como uma força política de mudança e justiça social de concepção progressista, democrática, popular, anti-oligárquica e anti-imperialista. Forma uma organização para ação política permanente com o caráter de coalizão e movimento social, com base no respeito recíproco pela diversidade ideológica, funcionamento democrático e unidade de ação.
No documento fundador dessa força política, a Declaração Constitutiva de 5 de fevereiro de 1971, sua origem pode ser claramente lida: “Foi concebida na luta do povo contra a filosofia fascista da força. E a união, por sua natureza e origem, tendo o povo como protagonista, permitiu o agrupamento fraternal dos colorados e blancos, democratas-cristãos e marxistas, homens e mulheres de ideologias, ideias religiosas e filosofias, trabalhadores, estudantes, professores, padres e pastores, pequenos e médios produtores, industriais e empresários, civis e militares, intelectuais e artistas, em uma palavra, todos os representantes dos trabalhadores e da cultura, os porta-vozes legítimos para o coração da nacionalidade. (…) O pilar fundamental é a construção de uma sociedade justa”.
Estas definições foram ratificadas e atualizadas nos Congressos sucessivos, instâncias máximas de direção da Frente Ampla. São ordinariamente realizadas a cada 30 meses.
“Geringonça” é o apelido dado ao governo cuja aliança assumiu o poder em Portugal em novembro de 2015. O gabinete é liderado por primeiro-ministro do Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e se sustenta em acordos com três siglas cujas ideias são em geral classificadas como de extrema-esquerda no contexto europeu: o Partido Comunista Português (PCP), o Bloco de Esquerda e o partido Os Verdes.
A Geringonça se formou de maneira improvável. Após governar Portugal por quatro anos entre 2011 e 2015, o primeiro-ministro do Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, coligado com o Partido Popular venceu as eleições legislativas de 4 de outubro de 2015 com 38,5% dos votos, cerca de seis pontos à frente do PS isoladamente.
Aquele primeiro-ministro não conseguiu, no entanto, manter a maioria no parlamento português, a Assembleia da República. Esta havia lhe permitido implantar a política de austeridade exigida pela União Europeia em meio à crise da dívida no continente. Em 10 de novembro de 2015, o gabinete provisório da centro-direita foi derrubado por uma coalizão de partidos de esquerda e extrema-esquerda. Esta aliança detinha a maioria na formação pós-eleitoral da assembleia.
A derrubada do governo de centro-direita só foi possível por conta da união das esquerdas em torno do nome do Partido Socialista. Tal acordo se deu em meio a muitas críticas. Economicamente, os críticos esperavam a coalizão esquerdista colocar o país em apuros, porque prometia “virar a página da austeridade” e reduzir o alcance de uma política econômica de agrado ao mercado financeiro, mas com grande desemprego.
Politicamente, a coalizão era criticada por ser apontada como frágil, uma vez que havia muitas diferenças entre os integrantes da união. Então, o presidente do CDS �� Partido Popular, um partido conservador, fez um duro discurso onde afirmou a coalizão não ser “um governo, mas uma geringonça”. Literalmente, geringonça significa o que é malfeito, com estrutura frágil e funcionamento precário. Mas também pode ser vista como um aparelho ou mecanismo de construção complexa como é a própria realidade.
O epíteto, então depreciativo, passou a ser adotado por comentaristas políticos e também por integrantes da “geringonça”. Hoje, com o sucesso de sua política socioeconômica, ganhou uma conotação positiva. Designa o desafio de lidar com um sistema complexo, dinâmico e emergente de interações entre múltiplos componentes. Leia mais em: https://medium.com/geringon%C3%A7a.
Entre 22 países analisados, o Brasil lidera a concentração de riqueza nas mãos do 1% mais rico da população, segundo relatório “Panorama Social da América Latina 2017”, divulgado CEPAL a partir de dados da rede internacional de pesquisadores World Wealth and Income Database. Reúne informações tributárias para estimar a desigualdade de renda nos países. O 1% mais rico da população brasileira concentra 27,8% da renda total do país, apontam dados de 2015.
O ranking mundial do Índice de Gini de distribuição da renda familiar coloca o Brasil na 19ª pior colocação. O Uruguai fica no 55º lugar e Portugal na 108ª posição. Os países nórdicos e da Europa Oriental (ex-URSS), além de Alemanha (145º) e Bélgica (150º), assim como todos os europeus com socialdemocracia estão em posições melhores entre os 158 países.
Esses dados indicam o imenso desafio de se implantar aqui uma política de igualdade de oportunidades, compensatória do “azar do berço”, e igualdade de resultados com tributação progressiva da desigualdade excessiva, gerada na economia de mercado. Isto exigirá uma reforma pronunciada na estrutura tributária brasileira hoje regressiva.
Mas, acompanhadas do combate à pobreza, essas devem ser as políticas prioritárias em uma FAP, e não a política de “escolha de vencedores” com subsídios fiscais e/ou creditícios para grandes corporações. Esta gera compadrio, favoritismo, clientelismo, etc. Já vimos esse “filme” – e ele não termina bem. O foco deve se dirigir para as políticas sociais, além das já citadas, em especial, para a educação, saúde e segurança pública.
Na área econômica, é estratégica a implantação de infraestrutura (energia, logística em transportes, mobilidade urbana), onde o Estado deve estabelecer as prioridades e incentivos. Mas só aí. De resto, impor a competição, o critério de mérito e a abertura comercial. Os consumidores não devem pagar mais em função de protecionismo e/ou reserva de mercado, mesmo através da taxa de câmbio, para a indústria. Já não é “nascente”, na verdade, aqui predomina a estrangeira. O déficit comercial da indústria de transformação tem sido compensado pelo superávit obtido pela parceria agronegócio-Embrapa-BB-BNDES. Uma indústria competitiva pela economia de escala instalada aqui se torna uma base para a exportação de manufaturados para os vizinhos.
Dani Rodrik diz haver apenas três maneiras de reduzir a incompatibilidade entre:
a estrutura dos setores produtivos exigente de maior qualificação em automação digital e
a desqualificada população em idade ativa.
A primeira estratégia é o investimento em qualificações, educação e capacitação do capital humano. São políticas importantes, mas com efeitos em longo prazo.
Uma segunda estratégia é convencer empresas bem-sucedidas a conduzir a inovação para tecnologias socialmente mais benéficas, voltadas para aumentar, em vez de substituir, o contingente de trabalhadores menos qualificados. Porém, os exigentes padrões de qualidade necessários para abastecer as cadeias de valor mundiais não podem ser atendidos facilmente pela substituição de máquinas por mão de obra manual.
Uma terceira estratégia seria impulsionar uma faixa intermediária de atividades de baixa qualificação intensivas em uso de mão de obra. O turismo e a prestação de serviços urbanos, como cuidadores de idosos, são potenciais setores absorvedores de mão de obra. O emprego público em educação, saúde e segurança pública, além da construção de habitações de interesse social, ambos também ocupam muito.
A incapacidade de gerar empregos bons tem custos sociais e políticos muito altos. A FAP pretenderá reduzir esses custos.
Publicado originalmente em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Frente-Ampla-Progressista/4/43311
Frente Ampla Progressista publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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