#afrobrasilidades
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alexandremacieira · 2 years ago
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Tem mais arte no MUHCAB! Sábado passado, o @muhcab.rio colocou em exposição uma linda homenagem do artista @kobrastreetart à eterna estrela brasileira Glória Maria, que segura o mundo em suas mãos no mural de 4 metros de altura e 3 de largura. O ingresso ao equipamento é gratuito e pode ser feito normalmente de quarta-feira a sábado, das 10h às 17h. Neste carnaval, ele permanece fechado até o dia 23. Se você está visitando a cidade, não perca a oportunidade de conhecer nossas origens culturais visitando a Pequena África e seus tesouros históricos. 👉 Você pode acessar e baixar o nosso roteiro "Pequena África" através do site riotur.rio 📍 Rua Pedro Ernesto, 80 - Gamboa 🚌 Como chegar: saltar na estação de metrô Central, pegar uma Bike Itaú até o AQWA Corporate e de lá caminhar 500m até o museu 📸 @alexandremacieira / Riotur . . . There's more art now at MUHCAB! Last Saturday, @muhcab.rio put on display a beautiful tribute made by the artist @kobrastreetart to the eternal Brazilian star Glória Maria, who holds the world in her hands on the 4-metre high and 3-metre wide mural. Admission to the equipment is free and can be done normally from Wednesday to Saturday, from 10am to 5pm. This carnaval, it’ll remain closed until the 23rd. If you're visiting the city, don't miss the opportunity to get to know our cultural origins by visiting Little Africa and its historical treasures. #muhcab #museus #cultura #historia #pequenaafrica #afrobrasilidades #gloriamaria #riodejaneiro #carnaval Reposted from @riotur.rio https://www.instagram.com/p/Coxkjd7upYT/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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otimoestar · 2 years ago
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Conheça Goma-Laca, Afrobrasilidades em 78 RPM! http://dlvr.it/SmqY20
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sandrazayres · 2 years ago
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Artista da Zona Oeste do Rio traz figurino especial para blocos de rua Proposta é resgatar a importância da cultura popular no Carnaval 2023 Inspirada nos gorilas feitos com saco plástico que saem nos blocos pelas ruas da Zona Oeste carioca, a artista Luzé o figurino intitulado "Gorila de Caboclo", cuja produção poderá ser conferida pelos foliões neste Carnaval nos seguintes blocos: "Amigos da Onça", no Aterro do Flamengo, já neste sábado, dia 18, às 7h; no "Raízes Africanas", que desfila domingo, dia 19, às 14h, em Copacabana; e no "Quizomba", que sai no sábado, dia 25, às 11h, na Lapa. A intenção da artista é desdobrar essa experiência na construção de um cortejo que enfatize histórias e personagens pouco conhecidos do público, com significados populares e ritualísticos como um elemento central. "A minha proposta artística com esse trabalho é fortalecer os laços da cultura popular dos bairros suburbanos cariocas para assim recriar elementos do imaginário das ruas. É resgatar o território, a favela, o subúrbio e a afrobrasilidade dos territórios periféricos", explica Luzé, nascida na comunidade da Vila Vintém. Além de ser dramaturga formada pela Escola de Teatro Martins Pena e atualmente cursando Artes Cênicas na PUC- Rio. "Gorila de Caboclo" foi desenvolvida pelo figurinista Vinícius Pitô e do aderecista Luciano Santos e a cor vermelha também faz referência ao Manto Tupinambá. O figurino tem origem no mais recente trabalho autoral da artista, o livro "Império Nacionalista". Vale destacar que a indumentária já foi capa do livro que leva o mesmo nome da peça teatral já encenada por Luzé e dessa materializa inúmeras referências da infância da artista no carnaval da Zona Oeste carioca. Mas é por nascer principalmente das lembranças de carnavais na favela onde nasceu, que Luzé põe em prática o desejo de tirar o figurino dos palcos e levá-lo para os blocos de rua, que acolheram a proposta. Dessa forma, a roupa ganhará vida nas manifestações populares onde moram as lembranças idealizadas pela artista e que servem de preparação para o projeto de criação de uma futura Folia de Reis na comunidade de origem. Foto: Brigiti Angélica Zago Diretora Executiv https://www.instagram.com/p/Cov5wGAtGJyoVhmk0d1h_XnKKzv0S22bdWn6Gg0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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gastronominho · 2 years ago
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Cervejaria Nacional cria Odoyá Witbier
Uma cerveja para a rainha do Mar
Uma cerveja para a rainha do Mar Foi como ocorreu na Cervejaria Nacional no dia da Rainha do Mar, graças à curadoria de Lourence Alves, cozinheira e amante de cerveja, filha de Iemanjá e ativista das afrobrasilidades. Assim, nasceu Odoyá witbier, cerveja nada clássica, que ao invés de trigo na composição leva milho branco. De coloração amarelo claro e leve turbidez, mostra no aroma notas…
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gazeta24br · 2 years ago
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Nas quartas e quintas o restaurante de Fortaleza mantém o "couvert trans free" No dia 29 de janeiro de 2004 foi organizado, em Brasília, um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. O ato foi um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos e a data foi escolhida como o Dia Nacional da Visibilidade Trans.  A data tem o objetivo promover reflexões sobre a cidadania das pessoas travestis, transexuais (homens e mulheres trans) e não-binárias (que não se reconhecem nem como homens nem como mulheres). O restaurante Culinária da Van sempre teve em sua programação a diversidade como foco, chamando artistas e DJs de diversos gêneros. Não seria diferente em janeiro. Dj Viúva Negra é atração desta quinta, 26. Viúva Negra (Lohr Mesquita), é artista soundmedia, DJ, e produtor. Seu trabalho se perpetua na produção de espaços e vivências sonoras negrodescendentes, afroameríndias, ameafricanas, afrolatinas e LGBTQIAP+. Atua como cyber ogan na @coletivanegrada, dj da @charmedoismil e @festacrioula e diretor da @eproibidomassequiserpode e seus selos. É também dj do cantor @mateusfazenorock e já tocou em selos como o Matraca Bass em SLZ-MA. Dj Viúva Negra anima o happy hour a partir das 19h30. "Acho que é importante sempre contratar pessoas trans/nb porque não temos as mesmas oportunidades que pessoas cis. Te desafio a pegar hoje as atrações da semana de algum bar da semana e ver quantas pessoas trans tem. Fico triste porque nem no Mês da Visibilidade isso se torna possível", afirma Viúva Negra. "Na Culinária da Van tenho procurado tocar afrobrasilidades diversas, que vão desde o r&b, mangue beat, MPB e samba. E também costumo misturar com beats afro-ameríndios e afrodescendentes. Fico muito feliz de tocar na casa. Sou muito bem tratado pelos funcionários, é uma casa que tem o público diverso mas ao mesmo tempo fiel. Fico feliz de o restaurante ter em sua line up pessoas negras, lgbts e principalmente pessoas trans. E isso não é só sobre visibilidade e sim oportunidade!", completou. Informação importante: as quartas e quintas a Culinária da Van mantém o couvert gratuito para pessoas trans.   PRÉ CARNAVAL DA VAN E a folia de Pré Carnaval da Van continua neste sábado no restaurante do bairro Benfica, em Fortaleza. Esta semana, Gabriela Mendes volta com seu Bloco Frevo Mulher. O repertório é tipicamente carnavalesco, com as canções clássicas que embalam os carnavais. O grande diferencial do projeto é que as canções ganham versões em forró, xote, baiao e arrasta pé. Além disso, a formação da banda permanece a tradicional do forró, contendo sanfona como um dos instrumentos principais.   HAPPY HOUR, RODÍZIO E MENU ARRETADO A Culinária da Van conta com diversos horários que oferece formatos diferenciados e menus promocionais. Durante os dias da semana, quarta no almoço e jantar, e quinta e sexta apenas no almoço, o Menu Arretado continua oferecendo pratos com refeições completas com preço imperdível: entrada mais prato principal e cafezinho por apenas R$39,90. O Rodízio da Van continua como opção nas quintas e sextas do restaurante, no horário noturno, com o valor de R$ 49,90 por pessoa. Estão inclusos no rodízio: Mini baião cremoso com crispy de carne de sol Mini arroz suíno Mini caldinho de peixe Mini feijão verde Mini risoto de peixe no leite coco Mini risoto de frango com açafrão e tempero caipira Croquete de linguiça picante Croquete de pernil Croquete de peixe Croquete de carne Dadinho de tapioca Macaxeira frita Chips de batata   SERVIÇO Restaurante Culinária da Van Endereço: Rua Waldery Uchôa, 260 – Benfica - Fortaleza, Ceará. Horários de Funcionamento: Quarta e quinta, das 11h às 15h e das 18h às 00h; sexta, das 11h às 00h; sábado, das 11h às 00h; domingo, das 11h às 18h. Contato: (85) 3046-8600. Instagram: @culinaria.davan
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jbgravereaux · 5 years ago
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Goma-Laca - Afrobrasilidades em 78 RPM (Ao Vivo no Sesc Vila Mariana, 2014)      Goma-Laca                                                                                                                                                                                                                            Sesc Vila Mariana, 8 de fevereiro de 2014. Com Juçara Marçal, Russo Passapusso, Karina Buhr, Lucas Santtana, Letieres Leite, Gabi Guedes, Hercules Gomes, Marcos Paiva, Sergio Machado.                                                                                                                                                                            00:00 Ogum                                                                                                        06:58 Babaô Miloquê                                                                                        12:56 Guriatan                                                                                                    18:47 Não Tenho Medo Não                                                                                                                                                                                                                Vídeo por Estúdio Varanda                                                                              Imagens: Eugênio Vieira e Pedro Palhares                                                Montagem: Eugênio Vieira                                                                                                                                                                                                                Goma-Laca é Biancamaria Binazzi e Ronaldo Evangelista                      http://goma-laca.com                                                                                                                                                                                                                           De 78 à 320 : l’Afro-Brésil de Goma-Laca         Goma-Laca, le film                       Afro-Sambas.fr | Au Coeur des Musiques du Brésil                                                                                                                                 OLIVIER CATHUS , “De 78 à 320 : l’Afro-Brésil de Goma-Laca”, publié le 8 octobre 2014 : Passer des tours à la minute (78 rpm) aux kilobits à la seconde (mp3 320 kbps) n’est rien de plus qu’une façon d’envisager l’évolution technologique des moyens de reproduction sonore. Mais c’est aussi une façon de souligner combien le projet Goma-Laca s’inscrit dans une perspective historique de défense du patrimoine musical afro-brésilien.                                                                                                                                                            L’album Afrobrasilidades em 78rpm sorti récemment sous la direction de Letieres Leite, vient donner chair au projet Goma-Laca. Mais, pour garder la métaphore végétale souvent utilisée pour parler des musiques brésiliennes, il n’est que le fruit qui permet de valoriser la force des racines, à savoir les premiers enregistrements de musiques afro-brésiliennes pendant la première moitié du XXe siècle.                                                                                                                                                                                                                            Avant qu’elle soit remplacée par le bakélite et la vinylite, les premiers disques en 78 Tours étaient gravés sur une rondelle à base de gomme-laque, laquelle est une résine sécrétée par une variété de cochenilles élevées à ces fins. D’où le nom Goma-Laca car, à l’origine de ce projet initié par les journalistes Biancamaria Binazzi et Ronaldo Evangelista, on trouve deux formidables sources de documentation, les collections de disques de Mário de Andrade et d’Almirante : des milliers de 78 Tours en gomme-laque.                                                                                                                                                                      C’est en 1935 que l’écrivain Mário de Andrade, l’auteur notamment de Macunaima, développe en véritable ethnomusicologue son projet de discothèque afin que les musiciens brésiliens découvrent et aient accès aux folklores du pays. Rattachée au Centre Cultural São Paulo, elle prendra par la suite le nom de sa directrice : Discoteca Oneyda Alvarenga. Outre les enregistrements, Biancamaria Binazzi et Ronaldo Evangelista ont également pu consulter les commentaires que notait, pour chacun d’entre eux, l’écrivain sur une fiche cartonnée.                                                                                                                                                                                                                                La collection d’Almirante est également impressionnante, enrichie de nombreuses photos d’enregistrement et de témoignages. S’il a connu le succès dans les années trente comme chanteur, c’est comme en tant qu’homme de radio qu’il fait carrière. Son émission Curiosidades Musicais sur la Rádio Nacional a été la première, en 1938, à faire entendre au pays entier le son du berimbau en l’accompagnant d’un commentaire encore empreint des préjugés de l’époque puisqu’il le décrit comme un « rudimentaire et barbare instrument afro-brésilien » !                                                                                                                                                                                                                                      Ce sont justement ces préjugés qui ont incité les curateurs du projet à limiter leur quête aux musiques noires du Brésil, celles qui encore aujourd’hui sont trop souvent ostracisées. Et encore ont-ils laissé de côté les sambas et marchinhas pour privilégier, parmi les archives, des témoignages plus roots : les pontos de candomblé, chants de travail et autres toques de capoeira. Non pas tant pour la valeur ethnographique de ces documents sonores mais bel et bien pour en révéler la richesse et la modernité.                                                                                                                                                                                          Devenu un véritable centre de recherches, Goma-Laca s’est d’abord donné pour mission de faire découvrir ces trésors cachés et permettre de les écouter, par le biais d’émissions de radio ou directement sur le site. L’étape suivante a été de solliciter des musiciens pour interpréter ce répertoire. Avant l’album Afrobrasilidades em 78 rpm sorti cette année, il y eut, en 2011, un Volume 1 même si celui-ci ne s’est pas traduit par un album mais seulement par un concert (dont on peut voir les vidéos sur le site). La direction musicale en avait été confiée à Thiago França, accompagné de sa formation Sambanzo. Les morceaux sélectionnés étaient interprétés par, entre autres : Juçara Marçal, Bruno Morais, Emicida.                                                                                                                                                                                                                      Cette fois-ci, c’est Letieres Leite, le maestro bahianais fondateur de l’Orkestra Rumpilezz, qui dirige les sessions organisées autour d’une formation resserrée : Hercules Gomes au Fender Rhodes, Sérgio Machado à la batterie, Marcos Paiva à la contrebasse et Gabi Guedes aux percussions et atabaques, pour accompagner, à tour de rôle : Juçara Marçal, Russo Passapusso, Karina Buhr et Lucas Santtana. Rien que des habitués de ce blog !                                                                                                                                                                          Dès l’origine du projet Goma-Laca, ses initiateurs sont convaincus de la contemporanéité intacte de ces musiques. Ils pensent également que la meilleure façon de la révéler est d’en proposer une relecture moderne. À l’écoute de ce formidable album, on attribuera une partie de la réussite du projet à Letieres Leite. Point n’est besoin d’artifices technologiques, son parti-pris organique souligne d’autant mieux la force intemporelle de ces musiques.                                                                        ��                                                   Goma-Laca semble aussi s’amuser à relier les générations, ainsi imagine-t-on la reprise de « Cala Boca Menino » en duo par Juçara Marçal et Russo Passapusso, comme un clin d’œil et un hommage à João Donato : c’est lui qui a donné ses lettres de noblesse brésiliennes à ce piano Fender Rhodes qui donne sa couleur si particulière à l’album et lui encore qui a repris le morceau qu’il tenait lui-même de Dorival Caymmi, en l’occurrence un thème de capoeira.                                                                                                                                                                                                                                                  Si les musiciens donnent une cohérence instrumentale aux enregistrements, l’inspiration des interprètes, tous excellents, fait le reste. Si Juçara Marçal est ici en terrain connu tant l’étude des musiques religieuses afro-brésilienne a été au cœur de sa carrière depuis de longues années, on sera, par contre, surpris par un Lucas Santtana versatile et léger, à l’aise jusque dans l’embolada « proto-rap » (dixit le livret). Quant à Russo Passapusso, il impulse sa fougue de MC aux morceaux qu’il vient chanter ici.                                                                                                                                                                                        Puisque Goma-Laca plonge un pied dans le passé pour mieux planter l’autre dans son époque, il est intéressant de comparer les versions.                                                                                                                                                              Ici, « Batuque », interprété en 1929 par Stefana de Macedo, aujourd’hui par Russo Passapusso avec une intro au Rhodes d’Hercules Gomes qui évoquerait presque les beats en furie d’un morceau de drum’n’bass !                                                                                                                                                                    Le disque est en téléchargement gratuit sur le site Goma-Laca. On y trouve même bien plus que ça : les enregistrements originaux en 78 Tours, des articles, de nombreuses vidéos. Une véritable mine d’or… Que demander de plus ?                                                                                                                                                                                                                                                  Goma-Laca – Afrobrasilidades em 78 RPM (2014) mp3 320 kbps                                                                                                                                                        01. Juçara Marçal, « Exu » 02. Russo Passapusso, « Batuque » 03. Karina Buhr, « Minervina » 04. Karina Burh, « Do Pilá » 05. Lucas Santtana, « Passarinho Bateu Aza » 06. Lucas Santtana, « Vou Vender Meu Barco » 07. Juçara Marçal, « Ogum » 08. Russo Passapusso, « Babaô Miloquê » 09. Karina Buhr, « Guriatã » 10. Lucas Santtana, « Não Tenho Medo Não » 11 Juçara Marçal & Russo Passapusso, « Cala Boca Menino »
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pequenozumbi-blog1 · 6 years ago
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                Sobrevivendo ao Inferno - Racionais MC’s
O álbum, lançado em 1997 pelos Racionais MC’s é um dos mais importantes da história da música brasileira, e com certeza o mais importante do rap nacional.
Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e Kl Jay transformaram um álbum musical em uma aula. O disco retrata o cotidiano do jovem negro na periferia, o sentimento de revolta e a luta para sobreviver num Estado que tira violentamente a vida de milhares de jovens por ano. As faixas escancaram o dia-a-dia emocional e social do negro periférico, dissecando a exclusão racial que existe no país.
O título “Sobrevivendo ao Inferno” já nos dá uma pista do que seria abordado nas letras dos Racionais: A Vida na Periferia… e porque não como sobreviver à ela.
Logo de início, na primeira faixa do disco, “Jorge da Capadócia”, os Racionais musicalizam uma oração à São Jorge, um dos santos mais populares tanto no catolicismo, quanto em religiões afro-brasileiras e até no espiritismo. É homenagem e conta com a participação de Jorge Ben Jor, que tem uma música lançada com o mesmo nome, em 1975.
A letra, implicita que os integrantes dos Racionais estariam se vestindo com as roupas de São Jorge para que pudessem transmitir a sua mensagem com proteção:
“Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge // Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem // Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal.”
E é em “Gênesis” em que ocorre a introdução ao álbum. Nessa faixa, Mano Brown resume que Deus criou tudo que há de melhor no mundo, mas o homem, graças à sua ganância, cai em tentação e visa apenas a vantagem própria. E que através de orações, e/ou da força da violência, Brown e todos os moradores da periferia tentam sobreviver ao cotidiano selvagem que é a realidade para todos eles.
“Eu? Eu tenho uma bíblia véia, uma pistola automática e um sentimento de revolta.
Eu tô tentando sobreviver no inferno".
A Faixa “Capítulo 4, Versículo 3” começa com Primo Preto dando estatísticas sobre a população negra e de periferia:
“Sessenta por cento dos jovens de periferia sem antecedentes criminais // Já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela polícia, três são negras
Nas universidades brasileiras // Apenas dois por cento dos alunos são negros
A cada quatro horas, um jovem negro morre violentamente Em São Paulo //
Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente”
Mano Brown então começa a música da forma mais “Racionais” possível: de modo agressivo e pesado. Como os Racionais sempre abordaram seus temas. E mostra como é o ambiente hostil em que vivem e como às vezes é necessário ser herói, e às vezes vilão.
Brown começa:
“Minha intenção é ruim esvazia o lugar // Eu tô em cima, eu tô afim um dois pra atirar
Eu sou bem pior do que você tá vendo // O preto aqui não tem dó é 100 por cento veneno”
E depois vem assim:
“Na queda ou na ascensão, minha atitude vai além // E tem disposição pro mal e pro bem
Talvez eu seja um sádico, um anjo, um mágico // Juiz ou réu, um bandido do céu
Malandro ou otário, quase sanguinário // Franco atirador se for necessário”
Fazendo o uso de muitas antíteses, para mostrar que não existem 0’s e 1’s e que às vezes é necessário virar até um franco atirador. É o bom e o mau vivendo em conjunto.
Mais adiante, Brown fala como o trabalhador na periferia rala, soa a camisa e mesmo assim vive quase miserável, ainda com contas à pagar e dívidas para quitar e assim é criado um monstro. Monstro esse que nasce da frustração de ser pobre, de viver sempre endividado, com a corda no pescoço, trabalhando para enriquecer os outros.
“Quatro minutos se passaram e ninguém viu // O monstro que nasceu em algum lugar do Brasil
Talvez o mano que trampa debaixo do carro sujo de óleo // Que enquadra o carro forte na febre com o sangue nos olhos
O mano que entrega envelope o dia inteiro no sol // Ou o que vende chocolate de farol em farol
Talvez o cara que defende o pobre no tribunal”
Para muitos, empunhar uma arma de fogo é um jeito mais rápido de prosperar e, além disso, se vingar daqueles que sempre tiveram tudo em mãos.
“Se eu fosse aquele cara que se humilha no sinal // Por menos de um real, minha chance era pouca”
E nesse trecho brown fala que não há como levar uma vida honesta morando na rua, e que caso se humilhasse no sinal em trocas de uns trocados certamente estaria morto.
“Diário De Um Detento” é uma composição inspirada no diário de Jocenir, ex-detento do presídio do Carandiru. Jocenir costumava escrever sobre sua rotina e devaneios em papeis que circulavam pelo presídio. É um relato forte, mas importante, por retratar como pensavam os presos, vítimas do massacre (mortos, feridos ou não, todos sofreram com o massacre que matou 111 presos).
“Rátátátá, Fleury e sua gangue // vão nadar numa piscina de sangue.
Mas quem vai acreditar no meu depoimento? // Dia 3 de outubro, diário de um detento."
• (Fleury era o Governador de SP na época do massacre à Carandiru e há quem diga que o Governador já sabia o que estava para ocorrer antes do massacre mas não interveio já que seria uma “limpeza” na sociedade. Transformando presos e pretos em estatística.)
Como é possível de ver, cada música do álbum tem muito à dizer e são muito ricas em sentidos, relatos, protestos e desabafos. Se eu for destacar todos os pontos importantes de cada faixa, eu escreveria um livro completo, de tão complexo e denso que é esse álbum. Não é a toa que é considerado o mais importante do rap nacional, e um dos mais importantes da nossa história musical, que é riquíssima.
Mas eu queria destacar alguns trechos que exemplificam bem, que desde criança o morador preto, da periferia é colocado em situações em que SOBREVIVER AO INFERNO é algo quase impossível (e as vezes, realmente é), levando-os à caminhos em que suas mães não se orgulhariam.
Edi Rock compôs a 10ª faixa do álbum: “Mágico de Oz” - uma referência ao personagem dos livros do escritor norte-americano L. Frank Baum. O título, remete á história “Mundo Fantástico de Oz” uma história que a maioria de nós leu enquanto crianças.
A música começa com uma intro de Pulga do ABC, um MC que na época ainda era criança:
"Comecei usar pra esquecer dos problemas  // Fugi de Casa.
Meu pai chegava bêbado e me batia muito. // Eu queria sair desta vida.
O meu sonho?  // Estudar, ter uma casa, uma família.
Se eu fosse mágico?
Não existia droga, nem fome e nem polícia."
E mostra como os problemas familiares, o abandono e a violência doméstica acabam resultando na fuga de casa e à procura pela vida da droga pelos menores.
E isso resulta em um outro verso de Edi Rock:
“Aquele moleque sobrevive como manda o dia a dia // tá na correria, como vive a maioria”
E para se aquecer na noite fria e para esquecer da sua realidade:
“A noite chega, e o frio também,  // sem demora e a pedra o consumo a cada hora,
pra aquecer ou pra esquecer, viciar,  // Deve ser pra se adormecer, pra sonhar”
Mostrando que o menor dá seu jeito para sobreviver ao dia a dia nas ruas de acordo com suas necessidades. “Na correria” (na esperteza, malandragem) como a maioria. O que muitas vezes pode resultar em cometer alguns delitos.
E além disso, expõe como esses moleques não tem nem as mesmas condições e oportunidades que uma criança da classe média, e que a sociedade vira as costas para ela. E só se lembram delas na hora do preconceito, na hora de pedirem para “limparem aqueles cracudos dali” E que talvez não exista salvação para eles:
“Ninguém liga pro moleque tendo um ataque,  // Foda-se quem morrer dessa porra de crack!”
“Hey mano, será que ele terá uma chance? // Quem vive nesta porra, merece uma revanche”
“É preciso eu morrer pra Deus ouvir minha voz // Ou transformar isso aqui no mundo mágico de Oz” - sem droga, sem fome… e sem polícia, como pedia Pulga do ABC
Edi Rock ainda termina tendo empatia por todos esses moleques:
“Porque meu povo já sofreu demais, e continua sofrendo até hoje! // Só quero ver os moleque nos farol, na rua, muito louco de cola, de pedra,  // e eu penso que poderia ser um filho meu, morô?
Eu tenho fé…”
• Todo o álbum dos Racionais nos obriga a parar e refletir. Suas músicas são um exercício de reflexão, pois ao ouvi-las experimentamos um assombro: é um negro contando a sua história “de lágrima, sangue, vidas e glórias, abandono, miséria, ódio, sofrimento, desprezo, desilusão” - “Diário de um Detento”. Não é como nos livros didáticos, que na maioria das vezes traz a versão de um branco contando a história de um negro ou do povo negro, mas a narrativa da condição do negro narrada por um negro. O álbum faz uma crônica da violência, exclusão, discriminação, racismo e falta de oportunidades à juventude negra.
Deixo aqui um trecho da faixa ‘Salve”, a última do álbum em que Brown realmente manda um “salve” para todas as quebradas e todos aqueles que fazem música nas periferias:
“Todos os DJs, todos os MCs, que fazem do rap a trilha sonora do gueto
E pros filha da puta que querem jogar minha cabeça pros porcos, aí, tenta a sorte mano
Eu acredito na palavra de um homem de pele escura, de cabelo crespo, que andava entre mendigos e leprosos pregando a igualdade
Um homem chamado Jesus
Só ele sabe a minha hora
Aí ladrão, to saindo fora
Paz”
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bourbonstreet · 6 years ago
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05/06 • 4ª • Buskers Night com : Vasco Faé e Carolina Zingler & Nuvens ​​Noite regada com 2 dos melhores artistas de rua, no Jazz, Blues e Folk, da capital paulista. ​​ ​​Abrindo a noite, #VascoFaé @manoblues1971 , conhecido como o “ #homembanda ”, é uma das maiores referências no que diz respeito a voz e #gaita no cenário de #BluesBrasileiro; já tendo dividido o palco com #CaetanoVeloso, #HerbertVianna, #NandoReis, entre outros. ​​ ​​@CarolinaZingler & Nuvens apresentam seu novo trabalho “Mantras da Mata in Jazz” : Conhecida no movimento de #artistasderua paulistano por sua descontração, carisma e #talento, criou a “ #EsquinadoJazz ”, projeto pessoal que mistura #jazz, #folk, #lirismo, leveza e #afrobrasilidades, e a colocou em destaque no #ProgramadoJô e #RonnieVon ​​ ​​Em #únicaapresentação ​​ ​​05/06 • Quarta-Feira ​​ ​​Couvert Artístico Antecipado ( por pessoa ): R$ 35,00 ​​ ​​Reservas: 11.5095.6100 (audio) • +5511.9.70.600.113 (texto) ​​( 2ª a Sábado das 13h00 as 20h30 ) ​​ ​​Reservas online: http://bit.ly/FAEeZINGLER ​​( até 1h antes da abertura da casa ) ​​ ​​Abertura: 20h00 ​​ShowTime: 22h00 ​​ ​​Bourbon Street Music Club ​​R. dos Chanés 127, Moema, São Paulo ​​​Ⓜ️​ Metrô Eucaliptos ​Ⓜ️​ ​​www.bourbonstreet.com.br ​​ ​​#BourbonStreetMusicClub #ClubedaMusica #Musica #Moema #Ibirapuera #VidaNoturna #SãoPaulo #ViagemSP #AgendaCultural #AoVivo #Role #Shows #Buskers (em Bourbon Street Music Club) https://www.instagram.com/p/ByRFM03BK4O/?igshid=18z8iad2qck60
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guiadasurbanas · 4 years ago
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#Ubuntu . Estamos participando dessa campanha potente e linda de promoção ao #afroturismo e por um mundo #antirracista. . Você sabe o que é #AFROTURISMO? . Dentro do Turismo Cultural temos uma infinidade de experiências de acordo com a história e a cultura vivida de um determinado grupo étnico. Sendo assim, o afroturismo é o ramo que valoriza o patrimônio material e imaterial afrobrasileiro. . Guiadas Urbanas nasce, há quase 8 anos atrás, de um idéia de trazer visibilidade e valorização a espaços urbanos do subúrbio e da periferia através do turismo apresentando as memórias, as vivências e os patrimônios locais e afetivos. . Nosso primeiro freetour suburbano foi apresentando a História do Bairro do Méier e terminando em uma roda cultural de jongo do grupo #Afrolaje. . A idéia era essa! Mergulhar, se permitir e conhecer sem nenhum compromisso. Experimentar as nossas vivências para mostrar o quão rico ele é. . O único compromisso que temos é te apresentar um Rio além dos cartões postais! . Quando começamos a validar nosso serviço o turismo ainda estava focado no eixo Centro-Zona Sul e a Barra da Tijuca ainda querendo se achar um espaço em exceção a Zona Oeste (risos). . Imaginar passeios turísticos pelo bairro do subúrbio da Penha, de Madureira, Méier, Marechal, Cascadura, Irajá, Bangu, Realengo, Quintino, Vaz Lobo, Campo Grande, Santa Cruz, Engenho de Dentro, Vila Isabel, Grajaú e demais subúrbios tem sido uma caminhada linda. . Quantas potências estão surgindo e potencializando o território onde vivem. . Tem espaço pra todo mundo, mas é preciso respeitar o protagonismo e o lugar de fala de cada grupo engajado nessa valorização. . Se liga nessa palavra, porque hoje vai ter chuva de #afrobrasilidade no seu feed com muit@s colegas aqui potencializando o que fazem de melhor dentro do afroturismo. . Quer apoiar voluntariamente o Afroturismo com uma imagem e um post semelhante a este? Envie e-mail para [email protected] e se aquilombe com a gente em prol de um #turismoantirracista. ✊🏼✊🏽✊🏾✊🏿 🤎🖤🤎🖤🤎🖤🤎 #afrotourism #antirracismo #tourmadureira #tourculturalsuburbano #aquilombamento #subúrbiocarioca #culturaafrosileira #jongo #sambaderoda #capoeira https://www.instagram.com/p/CGX7UmNJmgs/?igshid=hevunyvna34i
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srtaambrosina · 7 years ago
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O álbum Goma-Laca – Afrobrasilidades em 78 rpm apresenta reinvenções a partir de temas do candomblé, capoeira, jongos, maracatus, emboladas e choro gravados originalmente entre as décadas de 1920 a 1950. Com direção musical e arranjos de Letieres Leite, participam do disco Karina Buhr, Lucas Santtana, Russo Passapusso e Juçara Marçal, acompanhados pelo contrabaixista Marcos Paiva, Hercules Gomes ao piano, Sergio Machado na bateria e o mestre de percussão Gabi Guedes. Sob a regência de Letieres, o grupo criou com os cantores arranjos de tons jazzísticos sobre ritmos afrobaianos, e tudo foi registrado ao vivo no Estúdio Traquitana, em São Paulo.
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caicodequeiroz · 2 years ago
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Nossa atriz Samira Carvalho (@samiracarvalho ) nasceu em Piracicaba, interior de São Paulo e veio para a capital com 14 anos para trabalhar como modelo, tendo uma carreira internacional de sucesso. Estreou no cinema como protagonista do filme 'Tungstênio', de Heitor Dhalia, em 2018. No longa 'Ana', também de Heitor Dhalia, Samira foi uma das três bruxas de MacBeth, de Shakespeare. Em 2019 interpretou Claudina Gama, esposa do abolicionista Luís Gama, no longa 'O prisioneiro da Liberdade', de Jefferson De. Fez Oficinas, cursos e preparações Na Globo, participou de três importantes oficinas: a concebida por Francisco Accioly, "Quando acende a câmera", do diretor Eduardo Milewicz, 'Afrobrasilidade', série de oficinas para atores e atrizes negras idealizada por Lázaro Ramos. Vem conhecer o portfolio da atriz no link do nosso Story ___________________ #samiracarvalho #caicodequeiroz #cinemanacional #cqempresariamento #cinema #audiovisual #produtoresdeelenco #audiovisualbrasileiro #novela #atrizeseatoresexclusivoscq #ator #artistas #tv #seriesnacionais #series #peça #musical #divisãodeatrizesatorescq #actress #actors #cinemabrasileiro #atores #atrizes #criadoresdeconteudocq #cq17anos ▪️▫️
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chansonsinternationales · 3 years ago
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eugeniovieira · 6 years ago
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Goma-Laca: Filme
Filmado no Estúdio Traquitana, o filme revela o processo de criação e gravação do disco, Goma-Laca - Afrobrasilidades em 78 Rotações. Com arranjos do maestro Letieres Leite, os músicos Marcos Paiva, Hercules Gomes, Gabi Guedes, Sérgio Machado, e as vozes de Juçara Marçal, Russo Passapusso, Karina Buhr e Lucas Santtana.
Direção, edição e fotografia: Eugênio Vieira Produção, concepção e roteiro: Ronaldo Evangelista Colorista: Ricardo Kodo Desenho de som: Tales Manfrinato Produção executiva: Goma-Laca e Estúdio Varanda
http://www.goma-laca.com play.spotify.com/album/5VMHCAr9aRfRmOWtFcVnU5
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sandrazayres · 2 years ago
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Artista da Zona Oeste do Rio traz figurino especial para blocos de rua Proposta é resgatar a importância da cultura popular no Carnaval 2023 Inspirada nos gorilas feitos com saco plástico que saem nos blocos pelas ruas da Zona Oeste carioca, a artista Luzé o figurino intitulado "Gorila de Caboclo", cuja produção poderá ser conferida pelos foliões neste Carnaval nos seguintes blocos: "Amigos da Onça", no Aterro do Flamengo, já neste sábado, dia 18, às 7h; no "Raízes Africanas", que desfila domingo, dia 19, às 14h, em Copacabana; e no "Quizomba", que sai no sábado, dia 25, às 11h, na Lapa. A intenção da artista é desdobrar essa experiência na construção de um cortejo que enfatize histórias e personagens pouco conhecidos do público, com significados populares e ritualísticos como um elemento central. "A minha proposta artística com esse trabalho é fortalecer os laços da cultura popular dos bairros suburbanos cariocas para assim recriar elementos do imaginário das ruas. É resgatar o território, a favela, o subúrbio e a afrobrasilidade dos territórios periféricos", explica Luzé, nascida na comunidade da Vila Vintém. Além de ser dramaturga formada pela Escola de Teatro Martins Pena e atualmente cursando Artes Cênicas na PUC- Rio. "Gorila de Caboclo" foi desenvolvida pelo figurinista Vinícius Pitô e do aderecista Luciano Santos e a cor vermelha também faz referência ao Manto Tupinambá. O figurino tem origem no mais recente trabalho autoral da artista, o livro "Império Nacionalista". Vale destacar que a indumentária já foi capa do livro que leva o mesmo nome da peça teatral já encenada por Luzé e dessa materializa inúmeras referências da infância da artista no carnaval da Zona Oeste carioca. Mas é por nascer principalmente das lembranças de carnavais na favela onde nasceu, que Luzé põe em prática o desejo de tirar o figurino dos palcos e levá-lo para os blocos de rua, que acolheram a proposta. Dessa forma, a roupa ganhará vida nas manifestações populares onde moram as lembranças idealizadas pela artista e que servem de preparação para o projeto de criação de uma futura Folia de Reis na comunidade de origem. Foto: Brigiti Angélica Zago Diretora Executiva
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jornalgrandeabc · 4 years ago
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Festival Felino Preta 2021 abre inscrições para artistas de diversas regiões do Brasil
Festival Felino Preta 2021 abre inscrições para artistas de diversas regiões do Brasil
O evento, que busca valorizar e fortalecer a negritude, tem seleção até o dia 31 de janeiro. O Festival Felino Preta 2021, organizado pela Associação Felino – Frente de Educação e Cultura do Litoral Norte (SP) – abriu as inscrições para projetos artísticos relacionados à negritude que estimulem aspectos como afrobrasilidade, subjetividades e emancipação que contribuam para o desenvolvimento e…
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rascunhosliquidos · 4 years ago
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Certa vez um escritor me disse que superestimavam a Conceição Evaristo e eu, que tinha lido superficialmente me dispus a ficar comprimido no meu canto observando a afetada manifestação do poder que soterra a Literatura. Naquele instante eu percebi que precisava ler meus homólogos. Eis que depois de um tempo eu mergulho nas profundas águas de Conceição Evaristo e posso dizer sem medo que sou um apaixonado pela crueza com que ela descreve o universo. “Seus olhos se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?” Em “Olhos D’agua” temos uma breve descrição da periferia na perspectiva de uma mulher negra, um livro demasiadamente direto e que fere exatamente por isso. O livro de crônicas disponível na Amazon e que tem 116 páginas, classificado em primeiro lugar em três categorias. Cada história do livro é uma emoção revelada e na mesma história o leitor é atravessado por muitas emoções que são guiadas pelas descrições de imagens e situações descrita pela autora, de tal forma que é impossível sair o mesmo, com os olhos secos. Autora Conceição Evaristo é natural de Belo Horizonte, cresceu imersa em uma favela absorvendo os conhecimentos dos mais velhos e já na juventude ela começa a trabalhar como empregada doméstica, por isso a escritora só conclui os estudos aos 25 anos. Posteriormente muda-se para o Rio de Janeiro e lá é aprovada em um concurso público para o magistério, além disso ela se gradua em Letras na UFRJ. Conceição Evarista é mestra em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro e doutora em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense. A escritora tem participações e revistas e publicações nacionais e internacionais com publicações sobre afrobrasilidade. https://www.instagram.com/p/CGUvqypjBA9/?igshid=62zaejloa31i
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