#acho que não fui muito útil na minha resposta desculpa!!
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jé, tem outros brasileiros/latinos que recomenda seguir por aqui? vc já sentiu q seguir bastante gente de fora faz um pouquinho mal pra cabeça? sei lá me pego comparando nossa vida com a deles..
oie! :) admito que sim, já tive momentos em que fiquei um pouco atordoada com as comparações que fazia aqui e ali... mas faz um tempo que não me sinto assim vendo minha dashboard, e acho que aqui tenho uma liberdade muito maior para dar unfollow ou bloquear pessoas e conteúdos que não quero ver
apesar disso, acho que uma das coisas que mais gosto no tumblr é que aqui é meio que um grande 'break' das minhas outras redes sociais... poder ver vidas tão diferentes e distantes da minha é algo de que preciso de vez em quando. também sou meio chata para seguir pessoas novas, mantenho a mesma lista de mutuals faz uns anos já :p são pessoas que me fazem muito bem acompanhar
alguns mutuals meus são latinos! diria que grande parte das pessoas que sigo tem o inglês como segundo idioma também, o que acho bem legal...
acho que, aos pouquinhos, você vai construindo seu cantinho aqui e conhecendo pessoas com quem você se identifica!!! mas entendo completamente o que você está dizendo
#mail 💌#acho que não fui muito útil na minha resposta desculpa!!#eu só não marco os urls pois são contas mais pessoais e tal#bom final de semana <3#ah eu não sei se somos mutuals já por conta do anon mas se não formos me manda uma msg :)
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Diário pessoal de Elunaera | Entrada I
Foi a semana mais agitada de minha vida! Pensei que nem fosse arrumar tempo para escrever, mas cá estamos. Estou longe de casa agora, com um grupo que nunca vi na vida e mais perguntas do que respostas, mas me sinto tranquila. O futuro é incerto, mas eu estou caminhando.
Supus que Evar apenas ignoraria minha partida, mas ele estava lá, recostado sob a grande porta de entrada de nosso casarão, me encarando com um sorriso leve.
“Volta bem, filhote de elfo” Ele disse enquanto bagunçava meus cabelos. Ele sempre ironizou o fato de eu ser mais baixa, mesmo que fosse a única ali com sangue de elfo. Evar tinha quase dois metros de altura, assim como nosso avô paterno, cabelos loiros e olhos castanhos e difíceis de decifrar. Eu ainda enxergava o mesmo garoto alto e desengonçado quando olhava para ele, mesmo que ele já não fosse mais a criança que me olhara feio desde que entendi por viva. Nossa relação havia melhorado muito, mas ainda era esquisito que ele me retornasse algum afeto.
Na noite anterior, ele havia falado muito. Sobre Dearno, sobre nossos pais, até mesmo pedido desculpas pela forma como me tratou na infância. Prometemos um ao outro que encontraríamos nosso outro irmão e retornaríamos como se isso nunca houvesse ocorrido.
Ele ria, mas não exatamente com escárnio. Era mais como se nossas pequenas vidas o divertissem de alguma maneira, ele ria, ironizava, mas, ao mesmo tempo, não conseguia parar de olhar e tecer comentários. Já havia passado o meu tempo de questionar os motivos pelos quais ele gostava tanto de observar os mortais como se assistisse um formigueiro.
“Você não tem mais o que fazer?” Perguntava, e isso só arrancava mais risadas da criatura que, embora desconhecida para mim, era estranhamente familiar. Nossos embates verbais seguiam por muito tempo, mas ele nunca se aproveitava se sua posição de poder para vencê-los, pelo contrário, às vezes eu tinha a impressão de que ele me deixava falar demais. Não que ele me tratasse bem, mas eu também não o tratava bem. Nunca houve cortesias, jamais o chamei de Mestre. Não sei bem se era mais uma de suas estratégias de manipulação, mas eu me sentia menos como sua subordinada e mais como uma curiosidade que ele gostava de colecionar; nunca soube se havia outros além de mim, mas decerto eles não recebiam tanta atenção a julgar pelo fato de que ele surgia e observava momentos tão banais.
Sem resposta, obviamente, mas ele recebeu o insulto. Ouvi um suspiro seguido de passos e ele então se foi. Desocupado. Me perguntava o que ele fazia o dia todo, se é que entendia o tempo da mesma forma, já que antes imaginei que ele tivesse mais responsabilidades como o ser poderoso que era.
A viagem foi tranquila até quase o final, exceto pelos gnomos que não paravam de tagarelar. Ao menos fiquei sabendo sobre várias coisas, como rotas, cidades e cerveja.
E aí chegamos ao final. Eu nem conseguiria descrever tudo que aconteceu, mas bandidos surgiram e eu fui obrigada a agir. No meio disso tudo, recebi ajuda e, no momento em que escrevo, estou em acampamento com esse mesmo grupo.
Minhas memórias do encontro são um borrão marcado pela euforia de finalmente usar magia, o medo e uma quantidade enorme de perguntas.
Havia duas duplas viajando pelo mesmo caminho, que notaram quando os bandidos cercaram a carruagem. Como agradecimento, pegaram carona conosco e até me sentei com todos numa taverna. Pode-se dizer que isso é uma evolução, já que nunca costumei fazer amigos por aí, sobretudo tão longe de casa.
São quatro. Ajah, uma mulher alta e forte, provavelmente tão alta quanto Evar. Parece meio avoada, mas uma boa pessoa, será bastante útil andar com alguém que possua um escudo. Ela estava acompanhada de Fúria, uma Tabaxi, penso eu que a primeira que vejo de tão perto, que parecia bastante alerta e detesta magia. Pretendo tomar cuidado com relação ao meu uso indiscriminado perto dela, porque não quero que ela se irrite e resolva rasgar meu rosto.
Apesar de estarem juntas, elas são muito diferentes, não sei bem como teriam se conhecido, mas era uma visão engraçada. Elas formam uma boa equipe, apesar de tudo.
Havia então a outra dupla, que vinha da floresta. Aryan e Soren. Não sei bem como duas criaturas que conheciam tão pouco sobre a região conseguiram sequer chegar até aqui, mas chegaram.
Soren é muito alto, acho que nunca vi criatura tão grande. Apesar de tudo, é muito tímido e parece jovem. Acho que, de todos, foi o que me pareceu mais curioso porque trajava roupas élficas como as de minha mãe (e minhas, às vezes), mas não falou sobre suas origens. Já tive que convencê-lo a matar outros seres vivos mais de uma vez, o que me faz pensar que eu sou uma pessoa terrível, mas qual a outra alternativa? Sair por aí sem se defender?
Ele era acompanhado de Aryan, uma criatura significativamente menor, mas ainda assim mais alta do que eu. Bastante tímida, ela certamente não é rica como ele, mas é tão inexperiente quanto. Não deve ser daqui, certamente, então temo que encontre pessoas ruins que tentem se aproveitar disso. Seus cabelos são muito bonitos.
Eu me preocupo com eles, são as primeiras pessoas que encontrei longe de casa e da proteção de meus pais, então não quero que nada trágico ocorra.
Ele não apareceu muito, apenas para dizer que eu tinha finalmente encontrado o verão e outono, nada mais. Maldito imbecil congelado.
Era bastante óbvio que se tratava de Aryan e Soren, mas eles pareciam tão ignorantes sobre o assunto quanto eu, e não parecem ter nenhuma ligação muito especial com corte alguma, pelo menos não a ponto de terem um contrato. A magia que usam é proveniente de outros meios que não um pacto.
Certamente são pessoas mais justas, íntegras e honrosas do que eu, o que me faz pensar que talvez estariam melhores com seus feitiços brilhantes e motivos nobres, mas eu não fui expulsa e recebi um tratamento bem melhor do que o que costumava receber de certos humanos.
Acompanharei o verão e o outono até que ele resolva me dizer o que ele quer realmente. Dearno estaria orgulhoso se me visse fazendo amigos e buscando fazer as coisas sozinha, tenho certeza.
Talvez ele não gostasse muito do fato de eu ser um mero fantoche de feérico.
Mas o poder é bom. Sentir que consigo dominar grupos inteiros e que lâminas não mais me assustam é uma sensação viciante. Pensei que fosse me sentir terrível após assistir aquele bandido cair sem vida e cercado pela energia negra que ainda pulsava em minhas mãos, mas não. Não senti nada sobre ter tirado sua vida, nem satisfação e nem arrependimento. No entanto, a ideia de ser capaz de fazer isso é absolutamente incrível. Não sou mais inofensiva e nem vulnerável.
Espero que consigamos suceder em nossa emboscada amanhã e que eu consiga mais informações sobre Dearno em nossas andanças. Sinto saudades.
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Jovens Vingadores : Guerra Infinita — Capitulo 1.
Então, como eu disse ontem, a partir de agora os contos vão ser um pouquinho diferentes, pois eles vão ser todos em primeira pessoa ( porque eu estava com saudades de escrever assim ). E já aviso que ser o narrador não é garantia de que o personagem não vá desaparecer no final :)
Outro pequeno aviso é que apesar de eu já saber qual vai ser o próximo, eu ainda não comecei a escrever por isso, pode ser que eu só poste de novo na segunda ou terça, vamos ver !! Se sair antes, eu posto antes, mas acho um pouquinho improvável.
Recadinhos dados, espero que apreciem esse conto !! Não esqueçam de me dizer o que acharam depois !!
ESPECIAL GUERRA INFINITA
CAPÍTULO 1 - HENRY PYM
Wakanda, laboratório da princesa Shuri.
—Droga, aquele bicho feioso danificou meu traje. — Resmungo para mim mesmo ao perceber que a asa esquerda do meu traje está quebrada. Quando um dos filhos de Thanos entrou aqui no laboratório, eu só tive tempo de mudar de tamanho, mas mesmo assim, fui atingido no meio da briga. — Não tenho como ir atrás do Visão.
— É melhor ficar aqui, eu preciso da sua ajuda. — Hazel diz, fazendo com que eu desvie minha atenção da enorme janela, onde eu tentava observar alguma coisa da luta que se desenrolava lá em baixo, para prestar total atenção nela. — Os outros vão cuidar dele.
Ao contrário de mim, Hazel não parece muito machucada. Só está com um pequeno corte em seu supercílio, coisa superficial. Tão superficial que ela nem parecia ligar, sua preocupação estava toda voltada para a princesa Shuri, que estava desacordada no chão.
— Onde posso ajudar?
— Veja se ela está bem. — Hazel maneia a cabeça para uma das dora Milaje que também estava desacordada depois do pequeno confronto que tivemos com aquele monstrengo. — Estou tentando acordar a princesa. E de uma olhada por ai, veja se tem alguém precisando de ajuda, traga todos para cá. Posso fazer os primeiros socorros, temos que nos manter alertas. Podemos ser atacados de novo.
— O visão vazou, apostou que não vão mas nos incomodar.
— Mas a princesa está aqui, Henry.
Decido não fazer mais nenhum comentário, apenas faço o que Hazel me instruiu. Primeiro vou até a Dora Milaje. Apesar da pancada, ela parece bem. Ajudo-a a se sentar e então subo para o andar superior, em busca de mais feridos no ataque. Encontro um dos guardas, ele está ferido no ombro, um ferimento bem feio, mas teve mais sorte que seu colega do lado.
— Tivemos uma baixa. — Relato para Hazel, que já terminava um pequeno curativo na guerreira antes de se apressar para me ajudar com o guarda ferido no ombro. — A Shuri?
— Ainda desacordada. — Hazel não perde tempo, começa a examinar o guarda, que não reclama de dor nem uma vez. — Tente contato com os outros. Vê como está se saindo.
— É pra já chefe. — Brinco para tentar aliviar o clima, ativando meu comunicador. — Vespa para a equipe. Alguém na escuta?
— Garota aranha na escuta. — Mayday é a primeira a responder, o que me faz sorrir. — Parabéns por perder o visão, Vespa.
— Cala a boca. Um monstrengo entrou aqui nos atacando.
— Um só? — Connor debocha. — Que tal se juntar a nós aqui embaixo, junior? Estamos cercados de bichos feiosos aqui, cara. E eles não param de aparecer.
— Aposto que você tá adorando matar todos eles, Connor.
Asgardiano apenas ri.
— Tá sendo o melhor dia da vida dele. — Logan é quem responde, posso ouvir explosões atrás dele. — Mas acho que não tá se divertindo tanto quanto os gêmeos. Estão esmagando tudo que veem pela frente. Uma cena linda de se ver.
— Desculpa cortar a conversa mas, precisamos de quem estiver mais perto aqui. Venham para minha localização. O Sam e eu já estamos com o Steve. O visão tá com problemas, e parece que tem alguém chegando.
Perco o fôlego por um momento.
— Eu não consigo chegar ai a tempo. Meu traje foi danificado,
— Fique com a Hazel e a Shuri. — Scarlett praticamente ordena. — Proteja as duas caso algo dê errado. Nós podemos lidar com as coisas aqui em baixo. Quando terminarmos por aqui, nos encontramos.
— Entendido.
E assim acaba nossa comunicação.
— Estão bem?
— Estão no meio de uma guerra, mas estão todos vivos, se é o que quer saber. — Me aproximo de Hazel outra vez, esperando poder ser útil em alguma coisa. — Mas parece que… nosso cara chegou.
Hazel suspira.
— Isso é insano. — Ela resmunga, tentando não entrar em pânico. Parece que todos nós estávamos assim, tentando não entrar em pânico.
— Nem me fale. Quem diria que iríamos nos envolver em uma guerra como essa?
— Bom, nós meio que assinamos para isso, não foi?
— É por isso que dizem que você precisa ler todo o contrato antes. Do contrário, você acha que só vai criar um grupinho com seus amigos para lidar com idiotas fantasiados e ajudar pessoas comuns, mas no fim, vai ter que lutar contra um exército de aliens doidões também— Tento mais uma vez quebrar o clima tenso, e finalmente arrancou um pequeno sorriso de Hazel. — Melhor recebermos um aumento depois de hoje.
— Você e eu ainda estamos em vantagem. Não estamos de fato na briga principal.
— Nah, isso não é melhor. Só quer dizer que fomos reduzidos a seguranças pessoais. — Solto uma pequena risada. Não estou reclamando de estar aqui. Esse deve ser, sem sombra de dúvidas, o melhor lugar em toda Wakanda. — Quando isso terminar, a princesa precisa me deixar brincar com os brinquedos por aqui. Cara, tem tanta coisa pra ver! Isso aqui é o paraíso! Porque ninguém me trouxe aqui antes?
— Não é? Mesmo com tudo o que está acontecendo, eu ainda estou maravilhada. Se sobrevivermos até o fim dessa…
— Ei! Para com isso! — Faço Hazel me olhar. — Corta esse papo pessimista, Hazie! É claro que vamos ficar bem. Todos nós. Pode confiar em mim. Até o fim do dia, todos nós vamos estar reunidos, aproveitando o melhor que Wakanda tem a oferecer.
Hazel sorri, olhando para baixo rapidamente.
— Me desculpe. Você tem razão. Nós vamos ficar bem. E depois que essa crise passar, vamos tirar umas férias por aqui.
Dou uns tapinhas no ombro dela.
— É assim que se fala! Agora, me diz, onde posso ajudar?
Hazel olha para o guerreiro que está tratando, voltando a terminar seu curativo.
— No momento, em nada. Pode descansar um pouco. Só fique alerta.
Apenas balanço a cabeça, me afastando para lhe dar espaço para trabalhar. Volto para a janela, agora quebrada, e me esforço para ver o campo de batalha mais uma vez. Não tenho uma boa visão daqui, mas consigo ver tiros azulados e um grande número de naves e inimigos vindos de fora da redoma protetora de Wakanda. Há explosões e fumaça e então, uma grande onda de energia ressoa, fazendo o chão dar uma leve tremida.
— O que foi isso? — A pergunta me escapa, mesmo sabendo que Hazel não será capaz de me responder. Toco meu comunicador outra vez. — Gente? Aconteceu alguma coisa? — Não obtenho resposta. Isso me deixa aflito.
— Ai. — O resmungo de Shuri me distrai por um momento.
— Shuri! Que bom que você está acordada! — Hazel exclama, mas continua focada em seu paciente. — Eu já estou terminando aqui, e vou ver como você está.
— O que aconteceu? Onde está o visão?
Ela tenta se levantar rapidamente, mas eu a impeço.
— Você levou uma bela pancada, melhor ficar sentada um pouco, hã… vossa majestade.
Ela revira os olhos, me lançando um olhar engraçado.
— Onde está o visão? — Ela repete.
— Perdemos ele. — Digo sem rodeios. — Quer dizer, aquele cara que nos atacou, tentamos deter ele, mas o Visão acabou tomando controle da situação e os dois caíram da janela. Mas não se preocupe, os Vingadores e minha equipe já acharam ele e acho que ele está bem.
Shuri ainda parece zonza demais para fazer mais perguntas.
— Hazel, será que você pode vir dar uma olhadinha nela agora? — Chamo minha amiga médica, mas estranhamente, não obtenho resposta. — Parece que ela não está tão bem assim. Hazie?
Me viro para onde Hazel está e fico confuso. Ela não estava mais ali. Nem Hazel, nem o guarda de quem ela tratava e nem a Dora Milaje. Franzo a testa, olhando para todos os lados. Me levanto, ainda procurando-os com o olhar.
— Eu não estou entendendo, ela estava… — Me viro para Shuri,e novamente, sou pego se surpresa. Ela também não estava mais lá. Em seu lugar, há um pequeno montinho recém formado do que parecem ser cinzas. — Princesa?
Solto uma risada. Meu primeiro pensamento, é se que eles se juntaram pra me dar um susto. Levo alguns segundos para compreender que não é o caso.
É nesse momento que sinto meu coração bater tão rápido que parece que vai sair do meu peito. Posso ouvir a pulsação em meus ouvidos, tão alto que até me incomoda. Eu percebo que estou em pânico.
— Hazel?! Shuri?! — Olho freneticamente para todos os cantos, corro para todos os lados, checo cada centímetro daquele laboratório, só para constatar que de fato, eu estava absolutamente sozinho ali. — Cadê todo mundo? Pessoal?— Onde os outros deveriam estar? Há mais montinhos de cinzas.
E então, sinto como se tivesse levado um soco na boca do estômago.
Teriam eles….sumido? Será que algo deu errado e Thanos…
— Não! — Grito para mim mesmo. — Não! Para, Henry. Você está ficando maluco. — Levo a mão até meu ouvido, sentindo uma tremenda dificuldade de respirar. — Alguém na escuta? Gente? Alguém na escuta? É uma emergência! É a porra de uma emergência!
— Henry.
— Mayday! — Sinto uma onda de alívio ao ouvir sua voz, que passa instantaneamente quando ela me responde.
— Henry, não quero te assustar, mas tem alguma coisa… tem alguma coisa acontecendo. — Posso sentir o desespero em sua voz. — Eu não… escuta, tem alguma coisa acontecendo comigo, com as pessoas aqui. Eu- eu não estou me sentindo muito bem, eu acho que eu estou...
— Mayday, clama! Do que você está…
— Eu só queria saber se você estava bem antes de eu….— E então, ela se cala de repente.
— May? — Chamo por minha melhor amiga. — Mayday? Mayday, não me deixa falando sozinho! Alguém na escuta? — Tento falar com qualquer um da minha equipe. Meu desespero só cresce. Me aproximo da janela. Não consigo ver mais nada, as lágrimas em meus olhos estão me atrapalhando. Quero sair correndo para o campo de batalha, mas meus pés parecem fincados no chão pelo medo. — A Mayday precisa de ajuda, urgente! Acho que ela pode estar ferida! Tem alguém perto dela? Logan…Connor? Banners? Alguém me responde!
Mas não obtenho resposta alguma, Apenas uma estática assustadora.
— Pym. — Mesmo com a estática, consigo ouvir uma voz. Parece ser de Scarlett. — Vocês…. bem?
— Eu não estou conseguindo te ouvir. Scar, é você? — Tento respirar fundo, mas ainda sinto dificuldade para trazer ar aos meu pulmões. Estou tremendo, e suando frio. A estática melhora um pouco. Eu estava falando com Scar, para meu terror, sua voz não me passa conforto algum. — Scar… eu não sei que aconteceu. A Hazel… e a Shuri…. eu estava protegendo elas como me pediu mas…. elas sumiram! Desapareceram do nada! Todos os outros aqui também! Scar, eu estou sozinho aqui, o que aconteceu?
Scarlett fica em silêncio por um momento. Um silêncio que me apunhala como uma facada no coração.
Uma facada que só piora quando eu a ouço começar a chorar. Por que diabos Scarlett Romanoff, a garota mais durona que eu conheço nessa vida está chorando?
A resposta vem logo em seguida, para minha infelicidade.
— Nós perdemos, Henry. — Posso sentir toda a dor em sua voz. — Nós perdemos e… deus… Henry, perdemos tanta gente. Visão, Wanda, Bucky… eles estão todos mortos. E eu não encontro o...
Como uma criança mimada, eu me recuso a ouvir.
Ela está errada, nós não perdemos. Somos os vingadores! Nós nunca perdemos!
Jogo meu comunicador na parede o mais forte que consigo e grito, até cair de joelhos no chão, próximo onde Hazel estava há momentos atrás, e começo a chorar, de raiva. Como é que tudo pode ter mudado tão rápido? Há dez minutos atrás estava tudo bem, eu estava conversando com Hazel, e do nada, em um piscar de olhos, tudo havia mudado para pior? Eu prometi para ela que tudo ficaria bem. Tudo tinha que ficar bem.
Por que diabos não podia ter sido eu no lugar da Hazel?
Eu já perdi minha mãe. Eu não quero perder mais ninguém. Não quero perder meus amigos, minha família. Isso não está certo. Não sei se vou aguentar perder mais pessoas em minha vida.
É por isso que torço para que Scarlett esteja errada.
E repito para mim mesmo, na tentativa de me acalmar:
Nós somos os heróis.
Nós nunca perdemos.
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Crescimento nas vendas do e-commerce durante Black Friday impulsiona Startups de diferentes setores
Qual é a história que você está se contando?
Esta é uma pergunta que tenho me feito com frequência.
O tempo inteiro estamos contando histórias. Principalmente para nós mesmos, dentro da nossa cabeça.
Quando as coisas vão bem, qual é a sua história?
Quando as coisas vão mal, qual é a sua história?
Temos uma história para cada situação importante da nossa vida.
No que acreditamos, em quem votamos, em quem não votamos, porque fazemos as coisas de um jeito e não de outro, de quem gostamos e de quem não gostamos, porque temos este corpo, porque estamos nesta situação, porque temos dinheiro/saúde/amor/XXX (preencha livremente com o que quiser) ou não temos, porque os outros têm dinheiro/saúde/amor/XXX ou não tem, que tipo de lugar frequentamos, que lugares não frequentamos, que bebidas tomamos (e quanto), que comidas comemos (e quanto), o que é certo, o que é errado, o que é certo mas a gente não faz, o que é errado e mesmo assim a gente faz.
Temos uma história para nosso relacionamento com pai/mãe/família, com relacionamentos, com pessoas importantes da nossa vida.
Qual é a função ou importância de “X” na sua vida? (Substitua X por dinheiro, saúde mental, física, espiritualidade, amor, dinheiro, lazer, sexo e vai ter conversas muito mais interessantes e relevantes do que o normal).
E todas as respostas serão HISTÓRIAS – não no sentido de coisas que aconteceram, mas no sentido de que foram criadas como narrativa organizada (mais ou menos…) para tentar explicar (mais ou menos…) alguns de nossos sentimentos, comportamentos, atitudes e reações.
Muitas dessas histórias você nem questiona mais – estão com você desde criança e fazem parte de quem você é. Mesmo tendo acontecido anos atrás. Mesmo você sendo uma criança, com o entendimento e visão de mundo que uma criança tem. (Não é que está errado – se você era criança obviamente sua lembrança será infantil. Entretanto, precisamos entender isso e colocar na perspectiva correta, com um olhar mais maduro e equilibrado agora que o tempo passou).
Surge para mim sempre uma dúvida, e daí a reflexão de hoje… e se não essas histórias não forem exatamente assim? E se você só tinha uma parte da história?
“Eu sou assim porque…. XYZ” é uma posição muito familiar no mundo. Note que XYZ é uma história.
Meus problemas não são meus de verdade, são apenas a resposta a forças externas incontroláveis.
E criamos uma história para nos justificar.
Como liderança isso é muito forte também.
Temos uma história como líderes sobre sobre porque nossa equipe é assim, porque temos estes resultados, o que temos de positivo, o que está faltando, o que precisa melhorar.
Quando vamos contratar alguém, estamos contando uma história.
O candidato ou candidata também está contando uma história.
Quando tentamos vender para alguém estamos contando uma história.
Quando o cliente compra contamos para nós mesmos e para os outros um tipo de história.
Quando ele não compra, quando ele reclama, quando ele nos troca pela concorrência, também criamos e contamos histórias.
Quando batemos a meta contamos uma história. Quando não batemos contamos outra.
Vale sempre a pena parar para refletir, nestes momentos, em quais são as histórias sendo contadas.
Qual é exatamente a narrativa, o roteiro?
Toda história reforça algo. Ou não seria uma história.
Somos, no final das contas, a soma das histórias que contamos e que nos contamos.
E contamos estas histórias porque acreditamos que sejam verdade. Porque, no fundo, nos dão segurança e uma justificativa.
E se elas não fossem 100% verdades? E se alguma das histórias que você criou não está correta ou não é verdade?
Essa é a pergunta que eu tenho me feito.
Qual é a história que estou contando? O que ela reforça, o que ela está me dizendo, para onde está me levando, que tipo de energia cria, que tipo de emoção estimula, que tipo de comportamento direciona?
Ao entender que você é quem controla a narrativa, o roteiro da história, ao entender que é você quem escolhe o vilão ou vilã, o herói ou a heroína mas, principalmente, a moral da história – o que aprendemos, o que ficou, o que levamos como bagagem, o que é útil e o que não é… você entende que tem muito mais controle da sua vida e dos seus resultados.
A frase de Maquiavel que diz “diga-me com quem andas e te direi quem és” acho que pode ser facilmente adaptada para “conte-me as histórias que contas a ti mesmo e te direi quem és”.
Outro dia perdi um jogo de tênis que estava praticamente ganho.
Saí pensando que era o vento, a quadra, minha raquete, a química com meu parceiro, o fato de não ter dormido bem na noite anterior.
Todas histórias corretas, mas falsas. Poderia facilmente me justificar e enganar contando para mim mesmo e para quem quisesse ouvir todas as desculpinhas esfarrapadas que eu tinha.
Mas a verdade é que faltou coragem num ponto decisivo. Fui conservador demais, fugi das minhas características, encolhi o braço. E perdemos.
Sim, estava ventando, a quadra era diferente, a raquete é nova, o parceiro complicado. Mas nada disso é a causa real. Só desculpas, que poderiam facilmente virar histórias.
Quando saí da quadra, fiquei pensando, como sempre tenho feito: “Ok, qual é a história?”.
Note como a lição muda e o ajuste/crescimento fica claro quando você muda a história. Deixa de ser o mundo para ser como e o que EU posso fazer.
Uma coisa é eu contar para mim mesmo que perdi por causa do vento.
A outra é eu assumir que a história real é que encolhi o braço.
Esta é uma das reflexões finais que devo fazer no último dia da ExpoVM, que acontece dias 15 e 16 de Outubro, semana que vem, em SP.
Devo apresentar uma série de perguntas/questionamentos mais filosóficos, sobre como lidar com o que vem pela frente nos próximos anos e essa é uma delas.
Não acho que exista liderança correta e efetiva sem fazer as perguntas certas e sem contar as histórias que precisam ser contadas.
Inscrições impreterivelmente até 6ª feira, 11/10. www.expovendamais.com.br
Enquanto isso, fica a pergunta e a reflexão: quais são as histórias que você está contando?
Seja honesto/a e autocrítico quando se pegar contando mais uma história da próxima vez que o fizer. Pode ser que descubra algo profundo e importante.
Abraços reflexivos, boas vendas,
Raul Candeloro Diretor
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Imagine - Niall Horan
Bom, a dona do pedido pediu se eu poderia fazer uma continuação, porque ela ama uma uma intriga! hahaha E, pra mim, o pedido de vocês é uma ordem! É continuação que você quer @? hahahaha Toma continuação então! Espero que gostem! Beijos
(anterior)
- (S/A), eu sei que você já tomou a sua decisão e que raramente volta atrás na sua palavra. Mas pensa comigo: isso faria muito bem pra sua carreira. Ele é um cantor de nível mundial. Todo o mundo sabe quem é Maluma. Esse clipe vai alavancar a sua carreira, vai te levar para outro nível. Pensa comigo, os fãs enlouquecem com cada coisa que ele faz. Cada vídeo dele bate 1 bilhão de visualizações, no mínimo. E os fãs amam você dois juntos. Você já é uma dançarina conhecida e renomada. Isso somaria à sua carreira. Seria unir o útil ao agradável.
- Espera ai, Gui. Então você acha que eu devo fazer o clipe? – perguntei apreensiva.
- Sim; mas eu acho isso. – enfatizou o “eu”. – Como seu produtor, consultor de imagem e amigo, eu me senti na obrigação de te orientar e te falar isso. É claro que eu me preocupo com a sua carreira, e quero que você cresça cada vez mais; esse é o meu papel. Mas eu sou, acima de tudo, seu amigo. E como seu amigo, eu não quero que você faça algo obrigada e que não queria fazer. Mas eu precisava te alertar.
- Eu não sei…
- Olha, eu sei que você levou Niall em conta para tomar sua decisão de não gravar com ele. – assenti. – Mas é o seu trabalho, sua vida profissional. O clipe é sensual, sim. Mas é apenas um clipe. Querendo ou não, ele tem que entender. Eu sei que ele sente ciúmes, e isso é natural. Mas isso não pode atrapalhar sua carreira, (S/A).
- Eu sei, Gui. Mas eu não queria brigar com Niall por isso. Não de novo. – suspirei.
- Eu já disse e repito: eu não quero te forçar a nada, e nem que você se sinta obrigada a fazer isso. Eu só queria conversar isso com você. Não podia fazer vistas grossas! – ri fraquinho. – Pensa com carinho, coloca tudo em uma balança. E se você quiser fazer, ótimo; se não quiser fazer, ótimo também. Mas pensa melhor nisso tudo. Quando você tiver a sua resposta definitiva, você me conta o que decidiu; e eu falo com a assessoria dele. �� assenti. – Tchau, (S/A)! – beijou minha testa e saiu, me deixando sozinha no escritório.
Por mais difícil que seria admitir, ele tem total razão em tudo que ele disse. Em absolutamente tudo.
Peguei meu celular e disquei um número que já era conhecido por mim, e esperei que atendessem…
*
- Três, dois, um… gravando! – o diretor geral do clipe gritou e a música começou a tocar alto.
O set de gravações estava cheio. Maquiadores, figurinistas, pessoal de apoio, diretor geral, produtores…. Todos ali olhavam atentamente cada passo nosso. Mas eu me sentia confortável. E eu me diverti gravando o clipe com ele. Foi bem diferente do que eu imaginei que seria.
Estávamos todos na frente do computador, vendo as últimas cenas que tínhamos gravado e rindo dos erros de gravação que cometemos. Olhei para frente e vi Niall vermelho de raiva, bufando. Quando ele me viu, saiu andando em disparada e eu fui atrás dele.
- Niall! – corri atrás dele. – Espera ai! Vamos conversar. – ele parou num rompante e se virou pra mim.
- Não tinha nada de mais no clipe, não é?! – ele estava espumando pela boca. – Você estava nua lá dentro, junto com aquele cara.
- Niall, não foi nada de mais. Ele nem olhou pra mim… Estava cheio de gente lá dentro.
- Eu não queria que você fizesse esse clipe com esse imbecil. Eu não gosto dele, não gosto do jeito que ele te olha, do jeito que ele fala com você e de você. Mas você me diz que não teria nada de mais nas cenas. Eu acreditei em você.
- Me desculpa! Eu sei que eu deveria ter te falado a verdade; mas eu sabia que você iria ficar exatamente desse jeito. E esse clipe vai fazer muito bem pra mim. – ele negou com a cabeça. – Olha, eu sabia que fazer esse clipe poderia significar comprar uma briga com você. E não era isso que eu queria. Por isso eu sempre negava quando ele vinha me convidar. Mas ai o Gui conversou comigo e disse o quão importante seria para minha carreira fazer esse clipe. Eu sei que eu deveria ter te falado a verdade, eu errei e admito. Mas, por favor, não fica bravo comigo. Isso era tudo que eu queria evitar.
- Ver você fazendo um clipe sensual, ficando nua na frente desse cara era tudo que eu queria evitar. Então não exija que eu não fique bravo ou chateado com você. – suspirei. – Eu fiquei furioso quando eu descobri.
- Eu sei. Me desculpe. – falei baixinho. – Eu não vou exigir isso de você. Eu estaria me sentindo exatamente assim se fosse ao contrário.
- A minha vontade é de voltar lá, socar a cara daquele imbecil e ir embora. Mas eu não vou dar esse gostinho pra ele. – olhou para ele, e o vi esboçar um pequeno sorriso. – Eu te desculpe, mas só se você me prometer que nunca mais vai esconder qualquer coisa de mim. Qualquer coisa.
- Eu prometo! Nunca mais! – sorri e o abracei.
- Eu sei que ele gostaria de ter você, de estar no meu lugar. Mas você é minha, só minha! – ri.
- Só sua! – disse no seu ouvido e mordi o nódulo da sua orelha. – Vamos lá pra dentro? Vem ver como está ficando, você vai amar!
- Você só pode estar brincando comigo! – gargalhei alto da cara que ele fez e o arrastei para dentro do set; e ele ficou lá, acompanhando tudo de perto e vendo as gravações das cenas que tivemos que refazer. Mas agora sem inseguranças e sem esconder nada dele.
#imagine 1d#imagine niall horan#ela vai fazer um clipe com o maluma e ele fica com ciúme#ela vai fazer um clipe com o maluma e ele fica com ciúme parte 2
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(Não) vá um jantar de negócios
1 de maio de 2016
Rir pra não chorar.
12:30
Não sei o que me deixa mais puto: O Hugo tentando tirar foto da minha bunda e reclamando que não achou ela, ou acordar cedo no fim de semana.
Eu estava nervoso, no sentido de ansiedade, porque hoje seria o dia em que eu me assumiria para os meus pais, e é por isso que eu dormi mal a noite passada, e passei uns bons minutos na cama, numa tentativa tosca de voltar a dormir e aproveitar o tempo restante de paz que eu tinha até dar hora do trabalho. Só que eu só fiquei rolando mesmo, de um lado pro outro, até comecei a me comparar com aqueles rolos de alisar massa de pão. São pensamentos de um idiota que acabou de acordar, não enche o saco.
Mas o problema era que não fazia a mínima ideia de como contar para eles, na verdade, eu nem queria me dar ao trabalho de pensar, então eu fiz o que todo ser humano adulto e maduro faz quando não consegue resolver um problema sozinho: chamei o Namjoon.
É, depois de eu ter voltado do trabalho e ter passado a manhã inteira encarando um Hoseok mais assustado que bandido quando vê o carro da polícia, eu decidi chamar o Namjoon, meu detestável melhor amigo e o único capaz de me ajudar nesse momento.
Ele estava online e demorando para me responder, provavelmente estava falando com aquele embuste que chamam de Seokjin. Enquanto ele não me respondia, senti meu estômago roncar, mas eu não ia descer para pegar comida já que havia prometido a mim mesmo que a próxima vez que visse meus pais seria para falar que eu sou gay. Aí eu lembrei que tinha uma batata chips na minha mochila, já que eu comprei uma e tive que guardar quando Seokjin chegou perto, só não sei desde quando ela está lá.
Comi as batatas e cliquei na foto de perfil do Namjoon para me distrair enquanto a sarna ainda não respondia, e surgiu ali uma alavanca para fazer mais uma das minhas listas de comparações entre babacas e objetos. Batata não é bem um objeto, mas eu acho ela do que eu quiser.
Namjoon e a batata
A batata é dura, a cabeça do Namjoon também, talvez até mais.
Tanto Namjoon quanto a batata são feios, mas um dá para comer.
Se bem que ele dá para comer também… Ah, meu Deus, que nojo.
Bom, vamos parar por aqui?
Depois de 20 minutos o idiota me respondeu falando que estava lendo mangá e perguntando o que eu queria. E quando expliquei para ele a situação ainda tive que implorar por mais cinco minutos para ele vir até aqui me dar um apoio moral, de início ele falou “problema seu” e um “não me faz pisar na mesma merda que você”, mas por fim ele concordou.
Marcamos uma e meia da tarde, ele chegou às três.
15:12
Bom, talvez pedir ajuda para uma pedra seja mais útil que pedir ajuda para o Namjoon. Pelo menos com a pedra eu não ia precisar ficar escutando desculpa fajuta.
— Foi mal aí o atraso, estava ajudando meu pai a lavar a moto. — Ele entrou no meu quarto sem bater e eu olhei para ele com a pior cara possível.
— E desde quando teu pai tem moto? — Mentiroso.
— Ah, moto e carro é tudo a mesma coisa. Que diferença faz? — Imbecil
Contei a ele o meu plano de me assumir para os meus pais, já que ele tinha feito isso há pouco tempo. Mas existe uma grande diferença entre os pais de Namjoon e os meus, a começar por eles acharem normal comer abacate com sal quando todo mundo come com açúcar. Deve ser por isso que Namjoon é todo ferrado das ideias, deve ter hipertensão.
Tentamos criar alguns planos e até procuramos na internet como fazer isso, mas nada parecia que ia funcionar. Eu já estava frustrado, principalmente porque Hoseok ficou de contar aos pais também e não deu sinal de vida até agora. O celular dele estava desligado e a gente estava realmente temendo que ele tivesse sido assassinado pelos pais.
— Olha, você sabe como a sua mãe é, se você falar do nada ela vai ter um infarto. — Namjoon ainda estava procurando maneiras de se assumir no Google. — Não fala nada sobre isso quando ela estiver cozinhando ou com uma faca afiada na mão. Nem quando estiver dirigindo ou descendo a escada.
— Não é o fim do mundo também, eles não são tão tradicionais assim, capaz de eu contar e eles falarem que o problema é meu — Eu quase quebrei meu dedo na quinta tentativa de estralar ele.
— Verdade, o problema é seu mesmo, não sei nem porque eu estou aqui.
Para que inimigos né?
Me joguei na cama frustrado e mais preocupado do que nunca com toda essa situação. Primeiro, quem é que tenha sido o babaca que tirou essa foto eu quero que tenha dor de barriga quando estiver em um encontro. Segundo: por que eu inventei de ir naquela festa? E terceiro: quais estão sendo as vantagens de ter ficado popular nessa hora? Isso acabou é se virando contra mim.
— Achei uma boa — Namjoon arrumou a tela do computador e começou a ler — Diz que você tem uma doença terminal muito rara e que vai morrer em menos de 20 dias. Aí quando ela estiver aos prantos você diz que é zoeira e que está saudável, só é gay.
— E se ela não ficar aos prantos? Talvez ela agradeça a Deus que não vai ter mais que lavar minhas camisetas sujas de molho.
— Ah, sei lá. Leva ela no mercado e dá um perdido nela. — Lá vem mais uma das ideias mirabolantes de Kim Namjoon — Aí você vai lá no caixa e pede pra anunciar no microfone “Atenção, Dona Min, o seu filho é gay e encontra-se no setor de frutas. Repito, ele encontra-se no setor de frutas”.
— Namjoon, vai embora.
E ele foi mesmo. É claro, não antes de me mandar ir a merda.
Oh, querido Namjoon, não tinha necessidade, eu já estou me afogando nela.
17:30
Estou no fundo do poço cheio de bosta.
Ainda não consegui falar para meus pais e eles até perceberam que tinha algo de errado comigo, mas ficaram achando que eu tinha tomado o leite vencido que tinha na geladeira que meu pai tinha esquecido de jogar fora. E Hoseok não deu mais sinal de vida desde que eu saí do trabalho.
Para completar isso, eu ainda estou sentado na varanda da frente da minha casa vendo mais uma vez a cena desagradável de um Hugo montado em uma bicicletinha rosa e acenando para mim.
— Você conhece ele? — Minha mãe pergunta, ela tinha que resolver vir para varanda logo agora?
— Não, nunca vi mais doido...
— Bicicleta maneira a dele — ela diz isso enquanto arruma algumas mechas bagunçadas do meu cabelo e me olha profundamente com uma cara tipo “como meu menininho cresceu”.
— É da irmã dele — respondi e ela riu.
— Achei que você não conhecesse ele... — ah, é verdade. Antes mesmo que eu consiga inventar uma desculpa, ela diz para eu avisar caso eu invente de sair e entrou de volta.
É nesse momento que meu dia começa a virar um desastre total. Hoseok está vindo na minha direção com cara de quem acabou de ir no velório de um pobrezinho de um hamster fofinho.
Ele se senta do meu lado e funga.
— E aí, está com essa cara de bunda por que? Já contou para os seus pais? — Por incrível que pareça quem fez essa pergunta foi ele.
— Não, e você?
— Então... — quando ele diz isso já sei que vem tragédia por aí — Eu disse para os meus pais que eu estava namorando uma pessoa e minha mãe falou que hoje vai ter um jantar de negócios lá em casa, e aí me pediu para levar essa pessoa lá.
Como eu disse.
— Legal... — tento não demonstrar interesse para deixar claro que eu estou fora.
— Você vai ter que ir lá, Yoongi — ele diz.
Estou prestes a responder não quando a senhora intrometida, mais conhecida como minha mãezinha, aparece outra vez na varanda.
— Ir aonde? — Ela pergunta, os olhos do Hoseok parecem brilhar.
— Vai ter um jantar lá em casa e meus pais sugeriram que eu chamasse o Yoongi — ele explica vitorioso.
— Então, Yoongi, trate de se comportar, falar obrigado e cumprimentar as pessoas — ela diz.
— Mas eu nem disse... — tento argumentar mais uma vez só que Hoseok me interrompe.
— Passo aqui às sete em ponto para te buscar, esteja arrumado — ele se levanta e se despede da gente sem me dar direito a resposta.
Talvez falar para minha mãe que eu bebi o leite estragado seja uma boa ideia. Quem sabe até beber ele de verdade.
19:07
Eu ainda estou esperando Hoseok vir me buscar e isso é porque ele falou que passava aqui às sete em ponto, talvez na família dele passar as sete em ponto tenha outro significado ainda não conhecido.
Mas já consigo ver uma pessoa vindo da direção onde fica a casa dele e provavelmente essa pessoa se trata do próprio Hoseok, pelo jeito meio idiota e feliz de andar. Juro que uma hora eu vi ele dar um pulinho como se estivesse em um clipe musical ou algum comercial.
Quando ele se aproximou de mim, tentei fazer o máximo de esforço possível para não sorrir, o que foi uma tentativa inútil porque ele já estava rindo antes de mim.
— Vamos? — ele levantou o braço para mim igual aqueles nobres dos séculos passados faziam para levar uma donzela para o meio do salão a fim de dançar com elas.
É claro que eu deixei ele no vácuo e comecei a andar na direção da casa dele.
— Tem muita gente lá? — perguntei.
— O suficiente para fazer minha mãe cair pra trás quando ver que a pessoa que eu estou namorando é um garoto.
— Há chances do seus pais cometerem alguns homicídios quando me virem entrando lá? — era bom eu já estar preparado.
— Sim, e as chances são altas.
Nunca me senti tão amedrontado.
Bom, quando chegamos lá, as coisas não aconteceram como a gente tinha planejado, que era os pais dele sacarem na hora que ele era gay e eu era o namorado dele, na verdade, eles passaram longe de se dar conta disso.
A mãe dele ainda estava no hall de entrada recebendo os últimos convidados quando nós chegamos lá, a ideia era ela perceber de cara que a pessoa que o Hoseok estava namorando era um garoto, mas ela interpretou isso totalmente diferente do que era pra ser.
— Ué, sua namorada não quis vir não? E oi, Yoongi… Como esta seus pais? — ela me cumprimentou com um beijo na bochecha.
— Oi, bem — fui interrompido pelo próprio Hoseok.
— Então mãe, sabe essa pessoa….— E Hoseok foi interrompido por uma senhora gorducha vestida de um jeito bizarro que logo se identificou como tia Rose do Hoseok ao beijar os dois lado do rosto dele e deixar marca de batom.
Hoseok tentou explicar mais uma vez que eu era o namorado dele, mas essa tia dele começou a falar sem parar puxando a mãe dele para o interior da casa, isso deixou a gente responsável por receber os últimos convidados, que assim como Hoseok, também não entendiam o que é sete em ponto.
— O que você acha da gente se assumir bem no meio do jantar? Tipo bater a colher na taça e chamar atenção de todo mundo e falar? — Hoseok deu ideia.
Ia ser legal, mas suicida.
— “Agradeço pela atenção de todos, tenho um comunicado importante para fazer agora, mãe e pai, obrigado por todo amor do mundo, mas o Yoongi não é meu amigo, amigos não se beijam na boca” — eu encenei e ele começou a rir.
Bem nessa hora entrou um senhor de cara amarrada que nos cumprimentou com um boa noite frio, tossiu quando viu que a gente estava rindo e ficou esperando a gente indicar a direção para ele ir.
— Foi bom te ver, Senhor Nicholas — Hoseok diz e a gente começa a rir de novo.
20:12
Demorou quase uma hora para eles se reunirem à mesa do jantar que agora está repleta de comida exalando um cheiro delicioso e tem em torno de umas 20 cadeiras rodeando ela, o que me faz pensar que eu jamais iria querer ter uma mesa tão grande assim para não ter que receber a família toda aos fim de ano para ceia do natal.
Deus me livre ter que receber parente chato.
Já tem algumas pessoas bebericando um pouco de vinho e se servindo de alguns pedaços de queijo, eles parecem bem entretidos com essas conversas sobre ações e bolsa de valores, enquanto eu e o Hoseok, os únicos adolescentes nesse jantar, estamos cortando algumas fatias de queijo em forma de cachorro.
Eu vi o pai de Hoseok duas vezes e o jeito do pai dele só me fez ter mais medo ainda do que pode acontecer quando a gente contar a verdade.
Então, a mãe do Hoseok aparece na sala e pede para que todos fiquem a vontade e se sirvam.
Hoseok começa a pegar algumas coisas para mim e para ele, mas não é como se a gente fosse dar conta de comer isso tudo levando em conta que a gente tá quase tremendo de tanto medo pelo que teremos que fazer mais tarde quando as visitas forem embora, já que Hoseok não conseguia falar a verdade.
Uma parte de mim quer que essa hora não chegue nunca, outra parte quer que o tempo passe logo e tire esse peso das nossas costas, não sei qual das partes está sendo mais forte, só que o meu medo é tão grande que não vou me admirar se eu começar chorar no meio dessa janta.
Vi Hoseok tentando pegar um pouco de vinho para gente, mas o pai dele olhou com cara feia e apontou para o suco, então ele teve que nos servir um suco de laranja que estava aguado e quente.
A comida estava boa pelo menos, mas a gente se encheu rápido por causa do nervosismo então ficamos brincando de bater nossos joelhos e nossas canelas por baixo da mesa, quem risse ou desse algum sorriso primeiro perdia e levava um beliscão na coxa, ganhei quatro vezes e Hoseok só duas.
E foi enquanto a mãe do Hoseok falava sobre como investir franquias de fast food em cidades acadêmicas era uma boa ideia que tudo deu merda de vez.
Aquela tia Rose do Hoseok tinha acabado de levantar com um saleiro e foi até uma garrafa térmica que provavelmente tinha café, pegou uma xícara, deu uma bebericada, e colocou sal, sim, ela colocou sal no café, usou uma colherzinha para mexer e bebeu mais uma vez, até fez um som de “hum que delicia”.
Eu não consegui me segurar, eu comecei a sentir minhas bochechas ficarem quentes, meu corpo se eletrizar, até meus batimentos cardíacos mudarem de frequência, eu estava fazendo um grande esforço para não ter uma crise de riso bem no meio de jantar de negócios dos pais dele.
E para piorar tudo Hoseok me viu naquela situação e achou que estava tendo uma crise alérgica e só quando percebi que estava começando a chamar muita atenção que eu lembrei que tinha um banheiro no corredor que interliga a sala de jantar, a cozinha e a sala.
Não consegui nem pedir licença só comecei a ir para lá, escutei Hoseok pedindo desculpa e falando que eu tinha alergia a pimenta e a mãe dele falando que não tinha pimenta em nenhuma das comidas.
Antes mesmo de alcançar o banheiro eu já estava chorando de rir, e Hoseok quando me viu rindo começou a rir junto comigo sem saber o que estava acontecendo, ele me puxou para dentro do banheiro enquanto eu colocava a mão no meu estômago e tentava parar de rir.
— Por que você está rindo? — ele perguntou com dificuldade e tão vermelho quanto eu.
— A sua tia colocou sal no café — expliquei.
— Ah, eu não acredito que a titia Rose está fazendo isso de novo…
Como assim? Então quer dizer que ela sempre faz isso? Esse pensamento me fez rir mais ainda a ponto de eu quase perder meu equilíbrio tentando me apoiar na quina pia e derrubar alguns produtos que estavam lá em cima, o barulho que fez assustou a gente o que acabou fazendo eu e Hoseok xingar bem alto.
Podia ficar pior?
Claro que sim.
A gente tinha plateia do lado de fora do banheiro.
Eu não sei em que momento as pessoas resolveram sair da sala de jantar e irem lá para o corredor e bem no lugar mais próximo a porta onde claramente dava para escutar essa bagunça que eu e o Hoseok estávamos aprontando, mas o negocio é que lá estavam elas, todas elas, com os olhos grudado na direção da porta.
Eu fiquei sem reação, a mãe do Hoseok ficou paralisada e com a boca semi aberta enquanto a expressão do pai do Hoseok demonstrava dúvida, talvez ele estivesse pensando qual forma ele usaria para acabar com a gente. Com certeza ele deve ter pensado em uma bem dolorosa.
Hoseok fez a única coisa que ele poderia fazer nesse momento.
Ele passou o braço pelo meu ombro e olhou para os convidados.
— Me desculpem pela bagunça, meu namorado acabou prendendo o amiguinho dele no zíper… — ele falou sorrindo, aposto que por dentro ele tava com o cu trancado — agora licença, vamos ir jogar videogame lá em cima.
Ele começou a me arrastar para a escada.
— A comida estava uma delícia — eu não sei da onde eu tirei essa coragem, mas eu tive que falar pelo menos isso.
— Obrigada… — escutei a mãe dele falar com a voz falha.
21:10
Enquanto Hoseok está preso nos pensamentos dele pensando em como vai sair vivo dessa quando todos os convidados forem embora, eu só consigo pensar no porquê da tia dele colocar sal no café. Será que ela tem um paladar diferente dos demais? Ou ela simplesmente não sabe diferenciar sal de açúcar? Só sei que essa é uma história que o Namjoon precisa saber.
— Cara, a tua tia bebe café com sal… — murmurei pensativo.
— Cala boca, Yoongi — Hoseok resmungou — Eu estou mesmo com medo…
Ele estava deitado na cama dele igual eu quando Namjoon foi me visitar hoje mais cedo, e eu agora estou no lugar do Namjoon, sentado na escrivaninha dele, que tem um computador bem mais turbinado com o meu e posso ver vários ícones de jogos que sempre quis jogar, mas não consigo porque meu computador não dá conta.
O quarto dele é bem arrumado, totalmente diferente do meu que é um bagunça e é capaz de você encontrar até um tijolo nele. Hoseok é um completo maníaco por limpeza e ordem, juro para vocês que quando eu estava vendo os mangás dele estavam todos organizados por ordem alfabética, algo que eu invejei muito, porque eu até curto isso de deixar organizado, mas a minha preguiça é mais forte.
Tentei descobrir onde ele escondia o mangas hentais e yaoi dele, porém, se Hoseok tem esses mangas devem estar muito bem escondidos.
Ah, ele também tem um gato chamado Harry, que, segundo ele, é um gato que ele divide com a vizinha dele.
E bem, a temida hora chegou.
A mãe do Hoseok bateu no porta perguntando se podia entrar.
— Você vai me bater? — ele perguntou se enrolando no cobertor dele — Se for então você não pode entrar.
— Hoseok! Eu nunca te bati — ela abriu uma brechinha na porta espiou por alguns segundos até ter confiança de que não era perigoso entrar, atrás dela estava o pai dele.
A mãe dele se sentou na beira da cama dele e o encarou, depois deu um olhar e um sorriso meio reconfortante só que também decepcionado, o pai de Hoseok por outro lado estava tão rígido que poderia ser facilmente confundido com uma estátua.
— Isso que você fez não foi bonito, Hoseok! — a mãe dele falou e a sessão de sermões começou — Eu esperei muito por esse jantar, dei o meu máximo, você deveria ter se comportado e não ter ficado com essas brincadeiras bobas…
— Mãe, você entendeu que eu sou gay? Eu não tava brincando! — eu não conseguia ver a expressão no rosto de Hoseok, mas eu sabia que ele estava chorando.
O pai dele suspirou e acho que esse foi o único barulho que escutamos durante uns bons segundos.
— E ele é o seu namorado de verdade? — ela perguntou juntando as peças.
— É, mãe… Desde ontem eu estou tentando falar isso para vocês antes que aquela maldita foto onde eu e o Yoongi estamos nos beijando chegue até vocês, eu preferi que vocês soubessem por mim isso…
— Eu te falei — o pai do Hoseok pela primeira vez resolveu se pronunciar — eu sempre soube que ele era gay… Bom, ta aí a verdade.
Ele pareceu indiferente a isso, olhou para Hoseok e depois para mim e saiu do quarto. A mãe de Hoseok por outro lado ainda estava em choque, levou alguns minutos para ela conseguir se pronunciar.
— Você não podia ter nos falado isso sem ter feito essa cena toda, não? Ainda estou chateada com isso, acho melhor a gente ter essa conversa amanhã e é bom você ir levar o Yoongi até a casa dele — ela se levantou da cama e por fim nos deixou sozinho — Boa noite, meninos.
Hoseok secou algumas lágrimas dele com a barra da camiseta dele e se desenrolou do cobertor.
— Vamos? — ele se levantou da cama.
— Não precisa me deixar em casa não, eu sei o caminho até lá… — murmurei e isso fez ele rir um pouco.
— Não é por você, é por mim que eu estou indo até lá, preciso andar — ele saiu do quarto.
Durante metade do caminho ele ficou calado, só que eu conseguia sentir que ele estava melhorando e se aliviando disso tudo. Depois da metade do caminho, ele começou a falar como sempre, porém, não quis tocar no assunto ainda e só quando estávamos chegando perto da minha casa que ele revelou que se sentia aliviado, apesar de tudo.
— Boa sorte com seus pais, também — ele falou depois que deixou um beijo na minha bochecha — acho que pior do que foi lá em casa não tem como ser.
— Valeu. Boa noite Hoseok — me despedi.
Me virei para entrar em casa, mas ele se meteu na frente, não me dando nem chance de protestar e me beijando.
E, bem, agora começa as tentativas de Min Yoongi contar para os pais que ele gosta de rapazes.
22:00
Tentativa número oito, começar.
Meu pai estava preparando o jantar e só para aproveitar o clima de jantares fracassados, eu vi nisso uma ótima oportunidade para assumir, acontece que eu não sou o Hoseok e não tenho tanta coragem com ele, então tentei do meu jeito, e não foi lá muito bom.
Ele serviu a mesa e eu ainda não sabia como fazer. Assim que nos reunimos na mesa de jantar para comer o macarrão com salsicha, eu me esforcei ao máximo pra não manchar minha camisa de molho, eu pensei em um jeito muito brilhante.
O problema de tudo é que eles começaram a falar sobre a família do meu pai e sobre o meu primo que tinha engravidado a namorada em dois meses de namoro. Quase que eu usei de pretexto pra dizer que nunca faria uma coisa daquelas até porque sou gay, mas deixei passar e optei por contar como se aquilo fosse uma notícia normal.
Mas no meu cú não passava uma partícula.
O jantar foi rendendo e eles não calavam a boca pra eu poder falar. Eles já estavam terminando de comer e eu continuava nervoso como se tivesse indo tomar vacina. Até que eu tomei coragem e falei tudo de uma vez.
— Nossa, a comida tá ótima. Eu sou gay, pai, passa o sal. — Eu disse tão rápido que acho que nem entenderam.
— Toma. — Ele me entregou o sal e continuou a conversar com a minha mãe. — O que a família vai fazer com eles? Rafael não terminou a faculdade ainda.
Novamente eu me senti um meme, aqueles de pokerface. Eu tinha acabado de me revelar para os meus pais e eles não disseram nada. Comecei a cogitar se eles tivessem realmente escutado.
Decidi que tentaria mais tarde.
23:55
Nona e última tentativa, começar.
Eu tava com os meus pais na sala vendo jornal. Eu nunca fico com eles na sala, até porque eu detesto jornal, mas eu precisava encontrar um jeito de falar para eles, dessa semana não podia passar. Aí eu lembrei da ideia de Namjoon.
— Mãe, você quer ir no mercado amanhã? — o que vale é a tentativa, afinal. Eu poderia falar amanhã e caso ela desmaiasse no corredor do mercado pelo menos ia ter gente pra ajudar.
— Você vai pagar?
— Eu não, tá doida? — ri.
— Mas só tem desgraça nessa TV — Meu pai reclamou. — Esse mundo tá uma desgraça, eu não me surpreendo com mais nada.
Era essa a minha chance.
— Certeza? Eu sou gay.
— Então. — Ele disse com indiferença e minha mãe deu de ombros.
— Como assim? Vocês sabiam? — Perguntei meio desesperado.
— Filho, eu sou sua mãe, eu sei até o que você esconde embaixo do colchão.
Eu já sou um otário, mas me senti ainda mais quando vi que soei de nervosismo atoa. Sorri para eles, mas na verdade queria ir na cozinha e pegar a faca de carne da minha mãe e passar ela na minha garganta. Mas, sério, sabe quando você tá ressecado por uns bons dias e não consegue fazer coco e finalmente consegue? Foi assim que eu me senti.
— Vocês não estão decepcionados ou chateados? — perguntei só para ter certeza, isso era bom demais para ser verdade.
— Se fosse para a gente ficar decepcionado, a gente ia ficar pelo fato de você ser um preguiçoso que não faz nada aqui em casa e não por você ser gay, que é algo que a gente já sabe desde que você tentou beijar o Namjoon na segunda série — meu pai sabia ser esclarecedor, muito esclarecedor — não vendendo droga ou matando alguém já é o suficiente para nós.
Dei alguns minutos pra disfarçar e não parecer que eu só tava na sala com eles por causa disso e subi para o meu quarto depois. Eu sentia como se um peso tivesse saído de mim, parece até que eu emagreci.
— Eu não acredito que ela andou vendo meus mangás. — Corri para perto da cama e tirei meus mangás lemon debaixo do colchão.
Arranjei outro lugar para guardar eles, atrás da porta, dentro da bolsa do meu violão. E sim, eu tenho um violão desde os meus 12 anos e não, eu não sei tocar.
Peguei meu celular e mandei mais uma mensagem para Hoseok contando que tinha dado tudo certo e mandei uma foto do dedo do meio fazendo um gesto obsceno para o Namjoon.
Ok, as coisas tinham dado tudo certo para mim, de alguma forma eu estava aliviado também, mas preocupado com Hoseok, comparado aos meus pais a reação dos pais dele não foram das melhores.
E enquanto eu começava a sentir um pouco de pena e criar empatia pelo Hoseok, me lembrei de uma coisa: amanhã tinha aula.
Todo meu alívio passou em dois segundos, como iria ser entrar na escola depois disso tudo? Claro que as pessoas agora iriam nos olhar de outro jeito e ainda tem o Taehyung que não deve estar nada feliz com isso, aliás, nem eu estaria. Decidi que ia ficar acordado até mais tarde hoje aproveitando meus minutos de paz.
Ou não.
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amor de outras vidas-capitulo 19
Clara e eu ficamos um bom tempo, ouvindo a musica e em um clima romântico, mas resolvemos parar, pois não queria apressar as coisas, e vocês tenham paciência u.u. A deixei em casa e fui para o meu ap, para minha sorte, Thais não estava acordada, explicações ficariam pro dia seguinte. Clara: Bom dia..(entrando no quarto) hora de levantar dorminhocos. Max: Ah não! Sata! (irritado) Lu: Isso ai Max, briga com ela.(bocejando) Clara: Segunda feira minha gente, vocês acharam que o final de semana seria eterno. Lu: Me surpreende vocês, dormiu fora e ta tão ligada.(rindo) Clara: Mas eu não dormi fora.(o.O) Lu: Não???(surpresa)chegou que horas? Clara: 01:30...por ai.(dando de ombros) Lu: Ta zoando? Gente eu jurava que vocês iam pros vamos ver.(rindo) (No ap de Van) Thais: Mas vocês ficaram só nisso? Van: Sim...(incomodada) Thais: Mas gente...(fazendo careta) broxante. Van: Não acho!(pensativa)tem hora certa pra isso, estamos só nos conhecendo. Thais: Ué, tem jeito melhor de ser conhecer?(rindo) Van: Tem, e ainda esta cedo pra ser desse jeito...(sorrindo) Thais: Você ta gostando dela né?(sorrindo) Van: Não sei...(pensativa) Thais: Gosta sim, amanha ama, casam, tem filhos e eu terei sobrinhos e...(animada) Van: Uau..(rindo) ta animada hein. Thais: Ainda é novidade saber que alguém enfim quebrou o seu coração de pedra.(rindo) o que impede agora de vocês darem certo? Van: Gostando eu to...(sorrindo) mas é preciso saber dela o que ela sente ou ao menos o que pensa. (No ap de May) Lu: Mas isso são coisas que é possível descobrir ué, se a atitude de te beijar foi dela, garanto que não te odeia(rindo) Clara: Mas não significa nada.(pensativa) pessoas ficam, e nem sempre uma ficada termina em namoro. Lu: É....(pensativa) nisso você tem razão, mas eu nunca levei uma ficante pra um jantar romântico. Clara: Isso é...(sorrindo) mas é melhor manter os pés no chão. Lu: Se ela ta gostando ou não eu não sei, mas você ta caidinha...(sorrindo) Clara: Estou sim, mas como disse, melhor manter os pés no chão.(sorrindo) dessa forma eu não me iludo. Fui para a faculdade e pra variar a aula estava extremamente insuportável, o professor falava de algo de alguém que viria dar aula no lugar dele, e pensando bem, qualquer pessoa seria melhor. Dormi praticamente a aula toda. (Na lanchonete) Clara: Me da um suco por favor..(suspirando) Alejandro: Clara!(sorrindo) Clara: Oi sr.Alejandro...(o cumprimentado) tudo bem? Alejandro: Tirando o "sr"tudo sim.(sorrindo) Clara: Costume...(sorrindo) servido? Alejandro: Não, obrigada.(puxando a cadeira) posso me sentar aqui? Clara: Claro, a vontade.(simpática) Alejandro: Não tem aula? Clara: Tenho sim, mas não está muito agradável...(desanimada) Alejandro: Sei bem como é isso, mas saiba, que sem essas aulas chatas, não nos tornamos bons profissionais. Clara: Depois eu recompenso com uma noite de estudo.(divertida) Alejandro: Minha filha veio hoje? Clara: Veio sim, já deve ta pra sair.(sorrindo) veio vê-la? Alejandro: Não, quero dizer, não vim com essa intenção, mas já que estou aqui. Clara: Não querendo ofender o senhor..quero dizer, você!(sorrindo) acha que ela irá gostar disso? Alejandro: Quase certeza que não.(suspirando) Clara: Não entendo...(pensativa) Alejandro: Eu amo as minha filhas Clara...(tristonho) por mais que tenha errado muito com a mãe delas, eu as amo e tenho muito orgulho das mulheres que elas se tornaram. Clara: Imagino...(sorrindo) as duas são pessoas incríveis, Lu conheço a pouco tempo, mas sei o suficiente para saber que ela é igualzinha a irmã. Alejandro: Mayra é a minha primogênita...(sorrindo)muito apegada a mim...já a Lu é a minha garotinha, mas acho que ela não se sente assim, não sei como posso trazê-la para perto de mim. Clara: Olha, você é uma pessoa muito legal, aposto que é um paizão,e... Lu: O que você ta fazendo aqui?(batendo na mesa) Clara: Que isso Lu..?(assustada) Lu: Quero saber o que ele veio fazer aqui.(impaciente)agora vai dar em cima das minhas amigas também? Hein? Alejandro: Eu não... Clara: Luana que isso?(assustada) Lu: Clara eu conheço a índole dele, espero conhecer a sua também!(saindo) Clara:Lu...(se levantando) Alejandro: Eu vou atrás dela...(se levantando) Clara: Não! Será pior, eu falo com ela.(saindo) Lu havia saído disparado e fazia o caminho para casa, ela andava mais rapido que eu, por isso sai chamando seu nome como uma doida, de inicio ela ignorou mas acho que se envergonhou e resolveu parar. Lu: Quer parar...(olhando em volta) o que foi? Clara: Vim esclarecer...(ofegante)aquilo que você viu, não tem nada haver com o que está pensando. Lu: Olha Clarinha...(suspirando) desculpa ta! É que quando vi vocês dois cheios de sorrisos, meu sangue subiu. Clara: Mas porque Lu? Lu: Porque eu percebi o jeito que ele te olhou ontem, e percebi como te olhava hoje, ele ta dando em cima de você. Clara: Lu...(rindo) nada haver, a gente tava conversando sobre a faculdade, nos encontramos ali por acaso. Lu: Não sei não...(desconfiada)ele sabia muito bem que estudo aqui e você também. Clara: Sim, mas você esta confundindo as coisas e julgando seu pai sem provas. Lu: Clara, eu posso até ter exagerado, mas eu conheço muito o tipo dele.(irritada) agora vamos para casa que esse assunto morre aqui! (Na empresa) Fernanda: Junior...(simpática) tudo bem? Junior: Eu?(estranhando) estou...e você? Fernanda: Estou ótima...(sorrindo) fiquei sabendo que agora você se tornou um executivo. Junior: Nossa...(rindo) quem te contou isso? Fernanda: Queria te dizer que eu torço muito nessa sua nova fase.(o abraçando) Junior: Ér...muito obrigado! Fernanda: Agora vou lá, qualquer coisa que precisar, basta me procurar na sala.(saindo) Fui para empresa para terminar algumas coisas mas logo sairia pois teria mais uma sessão com Eli, liguei para providenciar um horário e não ter problemas futuros mais tarde. Clara havia sumido a manhã inteira, resolvi lhe dar um certo espaço, mas confesso que esperei ao menos um bom dia seu. Thais: Tem certeza que quer fazer isso? Van: Porque não? Thais: Ah sei la né Van, você não tem medo de confundir o presente com o passado? Van: Não é por isso que vou voltar la Thata, procuro saber se esses sonhos querem dizer algo. Thais: Achei que essa resposta você já tinha. Van: Ah Thais...(suspirando) agora eu sei, eu quero terminar de saber, o que aconteceu com nós duas nesse passado. Thais: Bom, eu não acho que é muito saudável voltar, acho que isso sim precisa ficar no passado, o que você precisava saber já sabe. Van: Você acha mesmo? Thais: Claro Van...(pensativa)melhor não saber do passado! Se for pra errar novamente, erre, mas não queira viver um teatro. L Van: Acho que você tem razão...(pensativa) Thais: Pense com carinho, se realmente mexer nisso vale a pena. Cheguei na empresa em ponto, hoje, começaria o meu treinamento no novo cargo, não falei com Vanessa o dia inteiro, e isso me incomodava um pouco, não que ela era obrigada, mas sim pelo fato de a mesma colocar duvidas em minha cabeça. Dani: Bom gente, eu vou ajudar vocês em tudo o que vocês precisarem saber, e aos poucos vocês irão se adaptando a nossa forma de trabalho.... Clara: O que você tem?(sussurrando) Junior: Não posso fazer isso!(nervoso) Clara: Você ainda esta nervoso por isso? Junior: Clara, não tenho capacidade, é muita responsabilidade e... Clara: Ju, fica calmo está bem!(o acalmando) Paula: Com licença Dani.(batendo na porta) boa tarde pessoal. Todos: Boa tarde! Paula: Clara, a Vanessa pediu para você ir a sala dela assim que puder. Clara: Tudo bem, obrigada Paulinha.(sorrindo) Terminei de escutar todas as explicações da Dani, ela realmente estava disposta a nos ajudar e suas explicações eram de suma importância, principalmente pro Junior que parecia estar mais perdido que cego. Clara: Com licença Van.(entrando) boa tarde. Van: Boa tarde Clarinha.(sorrindo) está tudo bem? Clara: Está sim e com você? Van: Tudo ótimo.(se levantando) Clara: Mandou chamar? Van: Sim...então, já escolheu quem irá com você da sua equipe para São Paulo? Clara: Acho que sim, mas não sei se será uma boa visto que a Thais irá. Van: Junior?(suspirando) Clara: Era a minha primeira opção, mas eu posso mudar de idéia. Van: Apenas se você estiver confortável com isso, afinal o profissionalismo é tudo. Clara: Tudo bem, vejo o que posso fazer. Van: A gente viaja na quinta tudo bem? Clara: Sem problemas.(pensativa) Van: Então...(a puxando pela cintura) Clara: Ér...Van, melhor não.(sem jeito) aqui não! Van: Fica tranquila...(sorrindo) ninguém vai entrar aqui. Clara: O pessoal já gosta de implicar comigo...(temerosa) Van: Não precisa ficar com medo, não vou te agarrar aqui.(rindo) Clara: Não?(arqueando as sobrancelhas) Van: A menos que você queira.(se aproximando) Fernanda: Vanessa eu...(entrando) desculpa. Clara: Ér...eu vou indo.(se afastando) era só isso? Van: Na ver.... Clara: Tudo bem! Com licença!(saindo) Fernanda: Pelo visto o negocio entre vocês é sério hein?(chateada)até aqui na empresa, coisa que você sempre abominou. Van: Não estávamos fazendo nada.(suspirando) Fernanda: Vanessa não tente me fazer de idiota!(irritada) Van:Abaixa o tom Fernanda!(impaciente) afinal o que você quer? Fernanda: Deixa pra la.(saindo) Longe do Rio... Edu: Então May, já esta tudo pronto? May: Prontíssimo Edu, amanhã mesmo, estaremos indo pro Riio.(animada) Edu: Nem acredito...(animada)que enfim vou sair desse lugar. Desde que Clara foi embora, a minha vontade de voltar para o Rio cresceu ainda mais, acabei me aproximando de Edu, eu estava com saudades da minha cidade maravilhosa, e ele com saudades de Clara, e apesar de ninguém saber o real motivo de eu ter deixado tudo para trás, estava na hora de voltar, então juntamos o útil ao agradável. May: Não contou nada pra Clara, certo? Edu: Nadinha de nada! May: Ótimo, será uma surpresa.(animada) Edu: Não vejo a hora!(animado)
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Imagine com Zayn Malik: Repost
Parte 1 (xx)
Parte 2...
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Depois que fiquei sabendo sobre a traição de Zayn, prometi que iria me vingar. Tenho as duas últimas aulas com Zayn e pretendo começar minha vingança agora.
– Bom dia classe. - Zayn disse entrando na sala.
– Bom dia professor. - algumas pessoas responderam em seguida.
Vi seu olhar me procurando pela sala inteira e assim que me viu deu um sorrisinho rápido continuo me encarando esperando uma resposta, mas não obteve.
– Bom, como hoje é aula dupla irei passar uma pesquisa, vocês poderão olhar no livro de história. - alguns alunos resmungaram que fez Zayn dar uma risadinha e logo sentou em sua cadeira. - Ah pessoal, vai ser em dupla e vale 10, se organizem.
– Hey, Alex. - virei para trás dando de cara com o menino moreno de olhos escuros. - Você quer fazer dupla comigo?
– Claro babe. - sorriu e juntou-se comigo.
Eu e Alex já ficamos algumas vezes, mas nada muito sério e Zayn sabe disso. Vi Zayn encarar Alex com uma cara nada boa, isso não vai prestar. Zayn é bem possessivo quando quer, ele deixou bem claro que não gosta de Alex e que era pra eu ficar longe dele. Ops!
– Então, am.. Podemos sair, o que você acha? - Alex perguntou coçando a nuca.
– Ah desculpa Alex, tenho compromisso hoje, mas quem sabe amanhã. - disse tentando dar um sorriso fofo.
– Vão continuar com a conversa? - Zayn disse em um tom bravo.
– Desculpa professor. - Alex deu um sorriso amarelo.
Preciso fazer alguma coisa contra Zayn, preciso me vingar. Fazer o desgraçado sofrer tudo o que eu estou sofrendo, isso não vai ficar assim.
Payne! Claro, como eu não pensei nisso antes? Liam sempre foi amigo do Zayn, mas nunca soube de nada. Ele era o professor de Química, mas teve que sair por problemas familiares. Liam as vezes me dava aulas particulares, Zayn sabia e confiava 100% em nós.Vou colocar meu plano em ação hoje mesmo!
Mensagem on.
"Hey Payne! Lembra de mim?" - S/n
"Olá senhorita, tudo bem?" - Liam
"Estou ótima e você?" - S/n
"Melhor impossível, no que eu posso ser útil? Haha" - Liam
"Eu estou precisando de uma ajudinha em uma lição de química, está livre hoje de noite?" - S/n
"Estou sim, se quiser pode vir 19hrs" - Liam
"Estarei ai 😉" - S/n
Mensagem off.
(...)
Me joguei na cama bloqueando o celular, nada melhor que pegar o melhor amigo do futuro ex namorado, dando o troco na mesma moeda. Meu celular apitou avisando sobre uma nova notificação.
Era uma mensagem do Zayn.
Mensagem on.
"Hey baby, o que aconteceu? Não conversou comigo, tentei falar contigo na hora da saída mas você não deixou. Fiz alguma coisa?" - Zaddy
"Oi Zayn, está tudo bem, só estou ansiosa para hoje à noite. Estou com saudades" - S/n
"Ohh okay, estou com saudades de você babygirl. Te vejo mais tarde. Amo você" - Zaddy
"Amo você :x" - S/n
Mensagem off.
19hrs
Estava quase chegando na casa de Liam, combinei de encontrar Zayn no restaurante 20hrs, acho que dá tempo suficiente. Toquei a campainha e depois de alguns segundo Liam abriu e logo vi um sorriso em seu rosto.
– Boa noite Mr. Payne - disse sorrindo.
– Por favor S/n, me chame de Liam. - disse dando passagem para eu entrar em sua casa. - Bem vinda.
– Obrigada Liam.– Quer começar agora? - Liam disse se sentando no sofá.– Sim pode ser. - falei sentando ao lado dele.
(...)
– Acho que deu por hoje. - falei jogando um dos livros em cima da mesinha de centro.
Olhei no meu celular era 19hrs e 45min. Ótimo, daqui a pouco minha vingança começa.
– Estudamos só 45 minutos. - Liam disse rindo.
– É muito professor. - respondi manhosa.
– Então... O que você quer fazer agora? - Liam perguntou chegando mais perto.
– Hm... Não sei. Posso te mostrar uma coisa? - perguntei e dei um sorriso malicioso ele assentiu desconfiado. - Eu estou com um probleminha. - levantei do sofá e senti ele me olhando de cima a baixo.
Fui me aproximando mais e sento no colo dele colocando minhas pernas em cada lado da sua cintura, Liam me olha sem entender nada e eu apenas dou um sorriso safado e começo beijar o pescoço dele.
– Eu sempre desejei você senhor Liam. -menti.
Liam é um homem gostoso pra caralho, mas nunca senti desejo nenhum por ele, desde quando Zayn apareceu na escola me apaixonei loucamente por ele.
Liam continuou sem reação apenas ficou olhando tudo o que eu fazia, soltei um risinho e continuei beijando e as vezes chupando o pescoço dele. Me atrevi e sentei no membro dele coberto pela cueca e a calca jeans que ele usava, Liam deu um gemido curto e baixo, senti o membro dele endurecer. Vamos começar!
– O senhor me deixa tão molhada. - sussurrei em seu ouvido e deixei uma mordida no lóbulo de sua orelha. Liam finalmente tomou coragem e colocou suas mãos em minha bunda, apertando com força e sorriu safado.
– Então eu deixo minha ex aluna gostosa molhada? - Liam subiu meu vestido colocando suas mãos em minhas coxas.
Tirei o meu vestido jogando-o em qualquer lugar da sala, fiquei apenas com a lingerie preta com alguns detalhes vermelhos. Vi Liam morder o lábio inferior e suas mãos foram direito para meus seios, apertando logo em seguida.
Comecei rebolar no colo de Liam, o deixando cada vez mais duro. Liam tirou meu sutiã começou chupar meus seios gemi jogando a cabeça pra trás. Enquanto sua língua estava ocupada chupando meus seios, uma de suas mão desceu para minha intimidade, colocou a minha calcinha para o lado e enfiou dois dedos em mim.
– Oh meu Deus. - Liam continuou metendo seus dedos em mim, mas parou de chupar meus seios. - Acho que estou em desvantagem. - falei entre gemidos.
Liam tirou seus dedos de mim e rapidamente tirou sua camiseta. Comecei beijar o tronco de Liam e fui descendo até sua barriga, segurei no cós da calça e abaixei bem devagar, enquanto eu me abaixava na sua frente. Vi seu membro completamente duro coberto pela box branca. Sorri e apertei de leve seu membro por cima da cueca, Liam soltou um gemido alto. Abaixei a cueca e seu membro grosso pulou para fora.
– O que você quer que eu faço agora? - perguntei sorrindo safada enquanto passava a mão pelo seu pau.
– Quero ver sua boquinha no meu pau. - ele responde afobado.
Sorri e passei a língua na cabeça do seu pau. Liam deu um gemido longo. Comecei a chupar Liam rapidamente, Liam começou gemer alto e segurou no meu cabelo, me fazendo enfiar mais o seu pau na minha boca.
Ouvi meu celular apitar, não liguei, sabia que era Zayn.
Liam jogou sua cabeça para trás, apoiando-a no sofá enquanto suas mãos forçavam minha cabeça contra seu membro. Parei de chupar seu pau e comecei a masturba-lo. Com uma mão livre eu peguei meu celular na mesa de centro e tirei uma foto do pau duro de Liam com o pré-gozo na cabecinha.Voltei a chupar o pau do Liam até que ele gozou na minha boca.
(...)
– Puta que pariu, você é gostosa. Não sei por que eu não tentei nada contigo antes. - Liam disse ofegante jogado no sofá.Sorri e levantei, coloquei minhas roupas intimas e meu vestido.
– Até mais Liam. - falei pegando minhas coisas. - Você me ajudou muito. Mas espero que tudo fique bem entre você e o Zayn.
Liam me olhou e fez cara de desentendido. Não respondi nada apenas sai da casa dele. Consegui!
Peguei meu celular e vi que era 21hrs, tinha varias ligações perdidas e milhares de mensagens de Zayn.
Separei algumas fotos do Liam e a do pau dele e enviei.
Mensagem on.
Fotos enviadas.
"Ele ama o gosto da minha buceta. 😘♥" - S/n
Mensagem visualizada.
Escrevendo...
Desliguei meu celular com um sorriso no rosto. E fui pra casa.
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Voltei! (só para deixar algo registrado)
Acabei de escrever esse texto porcaria aí de baixo e me lembrei de algo! Neste último dia 10 (julho), foi meu aniversário. Sim, tô nessa merda há 27 já! Nunca cheguei a comentar aqui, mas se tem um dia no ano que meu humor tá pior do que o normal, esse é sem sombras de dúvidas, no meu maldito aniversário. PUTA MERDA Como odeio este dia desgraçado, haha... Quer me dar um presente? NÃO ME LIGUE DIZENDO “PARABÉNS”. Mas tive algo muito inesperado que provavelmente ficará marcado em minha memória pelo resto de meus dias. Minha mãe veio até mim, me abraçou e disse a seguinte frase: “Desculpa... Se eu soubesse que iria ser assim, não teria te tido... Eu tinha esperança.” - CA RA LHO! Sério... Foi o primeiro consolo em toda minha vida que me pareceu útil! Foi a PRIMEIRA vez que um familiar demonstrou entender a merda e desgosto que sinto em relação a minha vida. Hahahaha... MELHOR PRESENTE EVER! CARALHO! E a minha resposta foi a seguinte, rindo e muito surpreso: “É, mãe... Acho que agora é tarde demais!” Caralho, nunca me senti tão bem com uma frase alheia! Estou grato que tenha reconhecido o “erro”, mãe. Mas realmente, acho que foi tarde demais, rs. Enfim, era só isso. Foi um momento histórico pra mim, mesmo que provavelmente possa parecer patético ou doentio para quem estiver lendo. Mas na real, tô pouco me fodendo pra tua opinião < 3 hauhauahua Agora eu fui, See ya’ folks
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Diego.
Hoje eu pensei em nem escrever nada sobre você. Diego, acho até engraçado o quanto eu demorei pra descobrir teu nome. Até que finalmente os novatos do cursinho entraram naquele grupo chato de whatsapp. Até que me foi útil. Descobri o nome e vi uma das suas fotos belíssimas daquelas que eu sinto vontade de baixar e guardar pra admirar. Logo fui procurar teu facebook e adivinha só? Fiz meu bom trabalho de fbi e já sabia muito sobre ti, e adivinha? O garoto do meu sonho. Ainda lembro quando te vi pela primeira vez, olhei pra trás normalmente quando meu olhar encontra o garoto do black. O garoto mais lindo que eu lembro de ter visto pessoalmente. Adivinha? O garoto do meu sonho. Encontrar o teu olhar ficou sendo minha coisa favorita por uns dias. Foi crush imediato. Fiquei empenhada em saber mais sobre ti. Tinha sede de ti. E medo de ti. Alguém tão bonito sempre me dá receio de ser babaca. Brinquei por um tempo de detetive pra saber bem mais sobre ti, descobri a louca que mandou tu se foder e tudo. Mas uma chama em mim ardeu e eu precisava fazer algo. A solicitação. Aquela maldita solicitação que me deixou triste. Passaram-se três semanas e nada de resposta, pode acreditar, eu conferia. Pensei que vc era babaca a partir daí. Ignorei sua existência por um tempo depois disso (pura birra) Falei de você pro meu amigo, ele prometeu me ajudar, chamar você que não falava com ninguém pra jogar. Fiquei tão animada porque ele poderia ajudar. Mal sabia eu. Você ficou amiguinho dele, e aquele dia lindo aconteceu. Amém aula de inglês chata. Eu não queria ver e subi pra fazer nada com meu amigo. Daí eu vi vc subindo e logo arquitetei meu plano, ele ia te chamar. Você veio e começamos uma conversa, quando percebi a gente tava só e a aula já tinha acabado. A minha felicidade foi enorme. Não era um babaca, e sim um homão. Meu crush certeza. A vida só podia tá brincando quando mandou o homem dos meus sonhos pra mim. A gente fez uma amizadezinha legal. Nunca vou esquecer quando te vi naquela festa, no meio de mil pessoas, logo quem me aparece? Você mesmo. Não fui atrás por insegurança, talvez não fosse o momento, mas seria um assunto com certeza, e foi. A amizade tava bem legal, até ônibus pegamos junto. Por falar nisso muito obrigada por te me dado o “terminal do amor”, “bairro do amor”, “bandinhas do amor”, “shopping do amor”, “cidade natal do amor” vai ser impossível não ligar eles a você. Vendo que tava se tornando uma amizade eu comecei a ousar. E o pedido foi com uma ajudinha de uma amiga. A resposta veio rápido, “eu não quero”. Que baque. Eu já esperava que o máximo que eu ia ganhar era um não. Ficamos na amizade. Amizade essa que esfriou por conta dela. Mal sabia eu que o jogo traria ela. Que simplesmente pregou em você, usando o jogo como desculpa. Ela que foi o motivo de uma crise ansiosa por saber que ela tava indo pro mesmo show que vc, poderia ter acontecido, alivio meu ao saber que vc não tinha ido. Mal sabia eu que só foi adiado.Talvez eu queira chamar ela de vadia, mas no fundo eu sei que qualquer garota sã ia perceber o quão lindo tu é, por dentro e por fora, certa tava ela. E se eu fosse homem também não negaria ela, tipo mulher já, estilosa, tem estilo. certo tava você. Ela pregou em você. E eu não quis atrapalhar, desculpa se nem pra amiga prestei, mas é que com ela colada em você todo instante eu não via espaço pra mim. Desculpa também por vc não saber dessa explicação. Eu segui em frente, tinha que aceitar tudo, rezando pra tudo acabar logo. O dia que eu te vi beijando ela bem na minha frente foi um baque. Eu já sabia, mas não precisava ver aquilo. O que não te mata te fortalece. Acho que agora I hate u do Gnash faz todo o sentido pq “You want her, you need her, but I wil never be her” parece ter sido escrita por mim. O fim chegou, era hora de dar tchal, o que não aconteceu. E por mim nem vai acontecer porque é como eu já tinha concluído: a gente ainda vai se encontrar por ai. Em algum momento. A calourada de ontem, onde aleatoriamente no meio de tanta gente vc me apareceu falou oi e deu o sorriso mais lindo que eu já vi, eu tive a confirmação. A gente se vê por ai garoto do meu sonho. Não foi a toa que a vida me mostrou você. Por que eu gostei de você, não só aparentemente mas por completo. Pelo joguinho que vc gosta online, pelo jeito que você sorri (aquele fucking sorriso), pelo seu gosto musical que me fez conhecer melhor uma das melhores bandas que já conheci e me fez descobrir um gosto que eu reprimia pelo rap, e pelos seus sonhos também (pelos quais eu já rezei bastante pra que dê tudo certo pq são grandiosos e eu sei que vc merece). Você é um cara que eu tenho orgulho de ter gostado. De ter sonhado, porque não foram poucos os sonhos realistas (daqueles que te fazem duvidar da realidade) que eu tive com você. Eu rezo muito por você, sempre que lembro, peço que Deus te dê tudo que vc merece. E peço também pra que ele nos proporcione reencontros. E eu sinto que vai acontecer. Eu pensei bastante em como escrever sobre ti. Como marcar você em mim. Adiei o máximo. Conclui que não iria escrever porque não teve um fim. Mas depois conclui que queria marcar também os detalhes caso eu esqueça. E então é isso. Não é um tchal garoto dos meu sonhos! A gente ainda vai se ver por aí ❤❤
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Querido Deus, não sei se você ta ai mesmo mas se estiver, espero que esteja lendo isso.
Eu não pedi pra vir a esse mundo, nem pedi a família que tenho e talvez eu também possa te culpar pela vida que eu tenho.
Não parece certo te culpar pelo jeito que minha vida anda agora, mas você poderia mudar ela, porem não faz isso, logo eu posso te culpar sim.
Eu não sei se devo acreditar em você, já tem um tempo que não “te escuto” e pra mim se alguém vem falar de você é só o acaso do momento. Tenho muitas duvidas que os seus livros não me falam as respostas e não sei aprender com a dor, você foi quem me fez e deveria ter me ensinado a lidar com isso.
Falando na dor, querido Senhor, eu não sei se ela passou ou se me acostumei com ela, as vezes me da um aperto muito grande no peito e uma vontade de chorar por me sentir inútil nesse mundo, eu posso dizer que fui útil raras vezes mas essas vezes não foram o suficiente pra evitar que a minha vida fosse pro chão de novo.
Agora a minha vida não esta no chão mas parece que eu vivo deitada no chão da minha vida. Eu gosto de arrancar sorrisos das pessoas que eu amo, mas ja não faço mais ninguém sorrir. Eu perdi a graça ou o meu tempo aqui esta acabado? Eu queria saber quanto tempo tenho, as vezes torço para ser um minuto, as vezes 80 anos, e as vezes eu mesma quero colocar um fim nela.
Eu não quero culpar ninguém por um suicídio, alias se eu me matar vai ser um favor pra mim mesma. Acho que esse mundo não é pra mim, você viu como as coisas andam terríveis por aqui, Deus? Pois então, já tem um mês que o cara que me assediou não me liga, mas estou com medo de ir nos encontros de família e esbarrar com ele. Deus por que você deixou que isso acontecesse comigo? Eu não preciso ir na igreja, preciso que denunciem esse cara. Por que ninguém me ajuda Deus?
Deus, agora que lembrei disso me deu vontade de morrer, se estiver lendo isso, pode me levar? Eu não vou perdoar alguém assim e nem você deveria perdoa-lo, ele machucou uma de suas pequeninas, alias fui abusada desde os 9 anos de idade. Então Deus, 10 anos e ninguém interviu, nem o Senhor, será que você ta mesmo ai?! Não gosto mais de viver no meu corpo, nunca vou me achar perfeita o suficiente para ser merecedora da sua ajuda.
Bem Deus, acho que vou dar um fim nisso, gostaria que você me recebesse bem quando eu chegasse ai, nos seus livros parece ser um lugar legal. Por que fez todo mundo descer? Você poderia ter perdoado a moça e o moço que comeram do fruto da arvore proibida. Minha mãe sempre me perdoava quando eu comia biscoitos fora da hora.
Ainda não sei porque te escrevo, Deus. Poderia estar falando com o meu namorado agora e pedindo desculpa pelas inúmeras vezes que fui idiota com ele, mas preferi vir falar com o Senhor. Eu estou parecendo uma louca falando com alguém imaginário, né? Talvez devesse procurar ajuda de verdade, de um psicologo que só ficaria me ouvindo e tentando me fazer parecer normal perante a sociedade.
Deus, eu só tenho alguns analgésicos, não acho que isso possa me matar, mas no quarto ao lado existe tarja preta, remédio pra pressão e relaxante muscular, será que da? Ou só vou ir pro hospital? A Deus, queria que a minha vida tivesse um manual, para que eu pudesse saber onde não mexer, não andar, não olhar, n��o cheirar, não usar, não falar.
Lembre-se de colocar um manual ou editar algumas coisas no seu livro da próxima vez, tem muita gente perdida aqui, igual eu.
Ass. Ms.Vixenish
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Quando eu era mais novo, escrevia porque era a única maneira que eu encontrava de aliviar um pouco a carga das coisas que aconteciam comigo e eu não sabia administrar. Então, acredito que em uma hora como essa, onde isso se faz necessário novamente, anos mais tarde, talvez meu antigo hobbie seja útil e me ajude da mesma maneira.
Há dois dias atrás eu percebi a diferença. A sutil diferença entre ele comigo e ele comigo e os amigos dele. Não quero que me entendam mal nem soar egoísta, mas me sinto estranho com a mudança repentina que há na forma de ele me tratar quando está com os amigos. Não espero que me trate melhor do que eles nem que fique o tempo todo me dando atenção. Só não suporto a indiferença, a ausência de troca de olhares, a frieza. Ele deixa de pensar em mim ou em como eu poderia estar me sentindo no momento em que não é mais só nós dois. Se a bebida é pouca, eu sou o último a ser servido. Se eu não me sinto bem, ir embora não é uma opção, mas "ver com o pessoal o que fazer " é. Com essa situação se repetindo inúmeras vezes, acabou tornando-se cansativo me sentir desconfortável com a presença de pessoas que supõe-se que eu deveria gostar. Eu realmente deveria? Hoje fui embora, dei um basta no desconforto, expliquei o motivo e ele disse que voltaria cedo, não demoraria muito e cá estou eu, sete horas depois de ele ter dito isso, deitado no sofá, enquanto ele dorme na minha cama recém chegado, e minha cabeça martela o pedido de desculpa que não veio, ou a consideração em avisar que a noite se prolongaria e que eu não precisava esperar que nem um idiota como fiz, mesmo estando chateado. É frustrante. Toda e qualquer opção é viável quando permite que ele se afaste ou me jogue para escanteio. Como quando tive uma sessão de terapia e combinamos de ver série juntos depois. Chamaram ele para sair, fui convidado e quando disse que não estava bem e gostaria de ficar em casa, a resposta foi "ok, então depois eu passo aqui". Pedi para ele ficar. Quase implorei. Eu precisava de alguém, precisava que ficasse. Precisava dele. Mas não acho que deveria ter pedido por algo tão óbvio. Ou como amanhã, que mesmo sem condições de levantar, a única coisa que conseguiu me dizer hoje quando chegou foi para ajudar ele a acordar, já que precisa assistir à apresentação de uma amiga cedo. Ele não é uma pessoa da manhã. E aposto que nunca acordaria cedo para ver qualquer coisa relacionada a mim, muito menos insistiria tanto por isso como fez. Acho que é isso o que querem dizer quando falam que as pessoas se acomodam em seus relacionamentos. Elas esquecem que para alguém permanecer, o cuidado e o zelo por essa pessoa com quem se está dividindo um sentimento são sempre fundamentais.
Também, mal vamos nos ver nos próximos dias. O compromisso de visitar a família no fim de semana existe, e tudo bem. Mas nos poucos momentos em que podíamos e ainda poderíamos depois dessa noite ficar juntos, ele se mantém distante. Conversar não adianta, eu já disse tudo o que tinha para falar sobre isso e tantas outras coisas antes. Acho que, afinal, a psicóloga tinha razão. Eu preciso fazer as minhas coisas, porque claramente eu não faço parte das coisas dele. Eu sou apenas algo temporário que não merece tanto empenho, muito menos grandes doses de consideração.
Um amigo me perguntou por quê eu me submeto a isso, e a resposta é que não sei se consigo suportar e aceitar o fim de um laço que eu já quis tanto e hoje já não me quer tanto assim.
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Como os recomeços acontecem
Eu ainda acredito que tenho muito a aprender, por exemplo agora, a esperar, preciso me acalmar e crer que as pessoas não vão desistir de mim se eu colocar uma palavra no lugar errado ou se escreve-la de outra forma e que ta tudo bem errar uma virgula vez ou outra, preciso compreender que nem todos desistem das pessoas tão rápido e vão embora por besteira, já perdi tanto por achar que se eu não agisse como queriam que eu fosse eles iriam deixar de me amar, por hora ainda penso assim, tenho medo de me expressar com as pessoas que prezo e elas mudarem a forma de me ver e agir comigo.
O ser humano é um ser inesperado, pode-se esperar tudo deles e nada ao mesmo tempo, eu espero ambos juntos, vivo em excesso, um turbilhão, é sempre tudo e sempre nada, gosto dessas duas palavras e da forma que elas habitam, são imensas, quando era mais nova lembro que escrevi em um dos meus cadernos algo que terminava assim "onde o tudo é nada e o nada é tudo" gosto do jeito que essas palavras dançam umas com as outras.
Te confesso que esses dias me peguei lendo novamente tudo o que lhe escrevi, o tempo passou um pouquinho e eu senti um leve arrependimento, mas vendo tudo novamente eu me acalmei, estou gostando da forma que as palavras me fogem pelos dedos ultimamente, não estou mais com medo de me de me culparem pelo que sinto escrevendo, ainda não tenho coragem de dizer a minha família todas aquelas coisas, mas sinto vontade de mostrar aos meus amigos com orgulho de mim mesma, orgulho bom sabe, não me acho, nunca me achei, sempre encontrava defeito em tudo que tocava, aprendi a procurar por erros a vida toda que quando me mandam ver um lado bom, positivo, bonito das coisas, eu me interesso mais pelo oposto. Gosto da forma que evolui com o tempo, ainda tenho muito a aprender e estou em busca por melhorias, mas fico contente quando não me pego mais pensando que meus rabiscos estão ruins.
Gosto da cautela que você tem ao tratar comigo, gosto desse jeito mãe, do cuidado que transmite, me apego cada vez mais em você, agradeço pelo seu esforço, esforço por dispor do seu tempo pra ler tudo aquilo que escrevi, peço desculpas por jogar tudo em você, seu empenho ao me escrever de volta me mostra a cada vez, mais ainda o valor da sua amizade, fico contente, saber que tenho você aí do outro lado me abraça, digo isso porque não sei como explicar o que sinto, mas ao ler suas "cartas" sinto a sensação que um abraço transmite.
Eu nunca acreditei que alguém ficaria comigo apenas por que quer, sempre achei que eles permaneceriam enquanto eu lhes proporcionasse algo, pelo que tenho ou tivesse a oferecer, estava sempre a dar-lhes, fui ensinada a demonstrar meu amor com presentes, eu quero ser útil pras pessoas, acredito que se for útil elas irão me manter por perto, confesso que percebi e aprendi que existem pessoas que não são assim, pessoas que não se importam com coisas materiais, aprendi a abraçar os outros, a distribuir amor, carinho, afeto, aprendi a amar diferente, por mais que isso tenha me tornado frágil muitas vezes, isso me fez mais forte também.
Só que eu ainda quero conhecer alguém que precise que eu cozinhe pra ele, então eu irei cozinhar porque gosto disso e porque quando fazemos algo pra alguém é especial, alguém que me peça pra arrumar a gravata, que me deixe ajeitar o cabelo, quero levar e buscar de carro, estar lá quando precisar, alguém que eu possa ligar só pra ouvir a voz, andar de mãos dadas, quero encontrar velhos amigos na rua e poder dizer que eu encontrei esse alguém, porque isso é amor pra mim, nos detalhes, momentos que vistos de pressa são irrelevantes, mas que pra mim tem grande significado. Isso me faz sentir especial, isso é especial, amar alguém é especial, me faz plena, sei que leio e sempre escuto que devo ser inteira sozinha e que ninguém precisa de ninguém pra isso e não existe essa história de metades de uma laranja, mas o engraçado é que eu sou a metade de uma laranja e se eu não devo aceitar metades, porque alguém me aceitaria? Eu não sei ser inteira sozinha, preciso de alguém por quem ser melhor.
Gosto da forma que você tem de me dizer que sou grande pois por muito tempo me fizeram menor e eu acho que por descuido, fragilidade e convivência me fiz menor também, alguns hábitos são difíceis de se perder, já busquei por diversas vezes, em diversos lugares, as respostas das minhas dúvidas, me dediquei aos estudos, me dediquei a igreja, me dediquei a família, ao trabalho, aos amigos, aos amores impossíveis, em cada momento fui 100% a algo, mas nunca consegui ser boa em tudo ao mesmo tempo, eu não dou conta, em nenhum momento encontrei as respostas que procurava, mas como encontrar respostas se eu não sabia o que perguntar, quando não se sabe onde quer chegar qualquer caminho serve, o meu erro em todas as tentativas foi ter construído a estrutura da minha casa em outras pessoas, as colunas desmoronaram, as fiz fracas demais, moradas feitas em areia são levadas pelo vento, por isso não confio mais nos outros, tenho dificuldades, tenho dificuldade em confiar em mim também, não consigo me ver grande ou sentir-me forte, porque passei a vida toda com o rotulo "não é bom o suficiente", as pessoas ainda tentam me fazer sentir pequena, mas eu aprendi a me defender, elas não fazem por mal, elas não sabem que estão sendo más.
A minha maior preocupação de graduando é ter dinheiro pra passagem, acredita!? Minha prima comentou sobre ter achado que eu cursava Letras, achando que eu tenho grana pra pagar faculdade de Letras, quando eu mal to pagando a passagem do ônibus, serio, como isso pode ser o que mais me preocupa??
O resto a gente leva com a barriga, queria que o problema fosse tirar notas boas ou apresentar os trabalhos, mas infelizmente estamos em uma sociedade capitalista e eu devo me preocupar se vou ter grana pra ir pra faculdade todos os dias ao invés das coisas que eu tenho que fazer lá...
(longa curta história)
Sei lá, sabe, acho que eu deveria ter arrumado um emprego no começo do ano e ter levado a vida ao invés de entrar no Casd e fazer Casd e perder minha cabeça, meus amigos, a sanidade... mas a pressão da sociedade me fez sentir obrigada a tomar um rumo e escolher algo que eu nem queria só porque outra coisa pra eles não era suficiente, não era inteligente ou digno, mas, de verdade, qual o problema em não saber o que quer ou em não conseguir, em não ter nada, afinal, porque a gente tenta tanto se é tudo sobre isso, apenas isso, nada mais, eu ainda, serio, ainda não consigo ver a razão, o sentido, a resposta que explica, não acho que exista luz no fim do túnel, porque eu não entrei nele ainda.
A sensação é de que eu estou sentada olhando minha vida, vendo ela passar pelos meus olhos, sem reagir, como se eu não estivesse vivendo ela, como se eu não quisesse vive-la, eu me sinto incapaz de viver minha própria vida, sem parar um segundo sequer de pensar e de vê-la por fora, figurante da minha própria história. Porque as pessoas aceitam esse papel? Eu vejo como estou e o que estou fazendo e meus amigos e como eles estão, é tão triste sabe, é triste saber que minha vida vai ser assim, então eu fico tentando entender porque... Devia ser tudo bonito, devia ser legal e maravilhoso, a gente tem tanto sonho, tantas vontades, mas se for parar pra pensar olha como a gente ta, ainda não conseguimos realizar nada e já se foi um ano dês da formatura e ainda acreditamos nos nossos sonhos, mas a cada dia eles parecem mais sonhos do que realidade...
Isso é triste.
Porque a gente ainda tenta viver uma vida bosta dessas?
Estava passando por uma fase difícil e ás vezes só da vontade de desistir de tudo e deixar o tempo passar, me afastar dos amigos, trancar a faculdade, parar de esperar pela oportunidade perfeita, não ir as reuniões de família, sair de casa sem avisar e só voltar quando bem entender, não fazer nada, parar de me preocupar, parar de me importar, pensei realmente em fazer tudo isso...
me peguei fazendo o oposto...
Fui a formatura do meu primo e vi nossos amigos se formarem junto com ele, percebi também que pra ele apenas eu estava lá, ele só tinha a mim, mais ninguém foi, fiquei triste por isso, ainda estou pensando nisso, a vida pode ser tão triste ás vezes né.
Eu me encontrei com meus amigos vez ou outra também, fui diversas vezes pra casa da minha mãe (longa curta história), onde eu não estava indo a muito tempo... e confesso que não foi tão ruim e tão difícil como era das outras vezes.. fui ao parque, sai muito com meu irmão, arrumei meu cabelo, passei maquiagem só por diversão e nem ia a lugar algum, troquei tudo no meu quarto de lugar e já quero trocar de novo, tentei conversar com minha família e ir mais na casa dos parentes e amigos da igreja dos meus pais, tudo o que eu não queria mais fazer eu fiz.
Eu fui aquela irmã mais velha que topou jogar bola na rua descalça, de maquiagem, e estando naqueles dias, mesmo com a bola murcha e o sol quente.
Aprendi muitas coisas nessa segunda metade do ano...
"O conhecimento só é válido quando lhe proporciona saber"
Meu tempo na faculdade me ensinou muito, absorvi conhecimentos muito bons e cresci, posso dizer que amadureci, firmei meus valores em saberes concretos e encontrei sábios ricos em ensinamentos nos quais acredito, me senti mais leve sabe, não senti mais o peso inteiro do mundo nas minhas costas, o desespero, a agonia que eu sentia no começo do ano quando estava fazendo cursinho, fiquei tão mais leve, minha vida se tornou um mar de possibilidades, e eu aceitei sabe, aceitei onde estava e aceitei estar ali e fazer isso, eu aprendi de verdade algo, coisa que antes não estava conseguindo, não estou dizendo que o Casd não era bom, confesso que percebi que tinha professores ótimos e que o ambiente escolar lá era completamente diferente do da faculdade, aqui eles levam tudo como bem entendem e eu não gosto disso e lá eles se esforçavam de verdade, aprecio isso, mas lá não era o meu lugar, não apenas por eu não saber o que queria e não ter um foco, uma direção para eu me agarrar a ela e segui-la até atingir minha meta, mas também porque passei por um tempo muito difícil e minhas lembranças de lá são frias e amargas.
Eu nunca me senti bem no Casd, eu não gostava de lá, eu tinha uma velha amiga e a gente tava na mesma sala e ela amava aquele lugar, eu não sabia como conversar com ela sobre o fato de que eu não gostava de estar lá, tudo aquilo era demais pra mim, acho que se eu tivesse conversado com ela, não sei, se eu tivesse desabafado, talvez eu teria conseguido lidar com tudo melhor... se eu tivesse deixado ela se aproximar, se não tivesse me afastado tanto... em um determinado momento eu senti como se tivesse estragado a nossa amizade, eu me senti tão estúpida por ter perdido a conexão que tinha com ela e ainda mais por ter me deixado me afastar mais ainda de novo, eu só não conseguia me ligar novamente, sentia como se estivéssemos em sintonias diferentes... eu não conseguia falar com ela, criei um medo de falar com ela que eu nunca soube de onde veio, eu me afastei, me afastei porque estava com medo de ser eu com ela e ainda não entendo o porquê, nunca foi difícil ser verdadeira com ela, mas eu acho que fiz muitas coisas idiotas, eu sei que fui muito idiota, fui muito infantil e percebo isso.
Estava passando por dificuldades pra me comunicar, eu não conseguia mais conversar e o problema é que não era só com ela, eu não conseguia conversar com mais ninguém, eu tentava, juro que tentava, eu só não consegui mais fazer isso.
Não sei como a gente ta agora... eu não quero perde-la, mas eu também não consigo lidar com isso, não consigo trocar mensagens com ela vez ou outra, não consigo tentar ficar procurando algum motivo pra poder falar com ela, pra ter o que falar com ela, não consigo levar isso sem saber se estamos bem ou se não estamos, eu só não quero chegar no dia em que a nossa amizade tenha acabado e a gente nem se lembre o porquê, não sei se consigo lidar com o distanciamento... não se ver mais, um dia ir parando com as mensagens pouco a pouco e depois não se falar até não restar nada, eu não consigo perder nossa amizade assim e é como se eu já tivesse perdido.
Queria saber se ela ainda quer a nossa amizade, se acha que vamos ser amigas ainda daqui a alguns anos... Porque as vezes eu sinto como se estive forçando alguma coisa e eu nunca sei o que ela ta pensando ou como se sente... eu só sei como eu me sinto ou nem isso e eu espero que ela entenda como eu estou confusa, mas é que ela não fala nada, ela nunca toca no assunto, eu não sei o que pensar, ou falar, eu não sei se é só coisa da minha cabeça, ou se eu to certa quando percebo que parece que a gente só é amiga ainda por consideração, por causa de todos esses anos, ou sei lá. O que aconteceu com a gente?
Eu preciso ter uma certeza, se um dia ela achar que a nossa amizade acabou, eu quero que ela me diga, eu prefiro ter certeza de que acabou do que não saber o que ta acontecendo.
Queria me desculpar por ter afastado ela.
É engraçado como as coisas funcionam, a gente perde o contato com uns, mas outras pessoas se aproximaram de uma maneira tão forte que por mais que perder alguém seja triste, fortalecer outras amizades é muito bom.
Tem essa pessoa que eu gosto muito sabe, mas ela me faz esperar, eu não fico feliz com isso, queria apenas que ela fosse sincera e direta comigo, se não quiser conversar apenas me falasse, porque eu não sei mais lidar com o desprezo.
Eu sou muito apaixonada por ela sabe, odeio saber que ela ta mal e não poder fazer nada pra ajudar e/ou mudar isso, eu sei que não é de mim que ela precisa, mas eu também sei que eu quero muito abraçar ela e protege-la com todas as minha forças e eu não posso fazer isso, o problema é que não dá pra conversar com ela, eu mando mensagem ela não responde ou quando responde demora dias e não dá pra conversar assim, passo na casa dela ela nunca ta, raramente a gente se vê com a turma, mas com todo mundo junto mal trocamos algumas palavras... eu me preocupo muito com ela sabe, se eu sinto que ela não ta bem ou se fico sabendo de algo eu sempre fico mal porque ela ta sempre tão distante, eu não consigo ajudar, ou conversar ou sei lá, parece que ela não precisa de mim por mais que eu queira estar presente, e eu to tentando manter a nossa amizade, mas não quero meio que perseguir ela sabe, então se ela não tenta eu também não posso ficar correndo atrás...
O sentimento de incapacidade é horrível.
"Meus pais me alertaram sobre as drogas da rua, mas nunca daquelas com olhos marrons e um batimento cardíaco"
Às vezes eu acho que essa coisa de amor não é pra mim.
Eu sinto como se não soubesse como ser de alguém, porque passei tantos anos aprendendo a ser só minha que uma parte de mim esqueceu como é se sentir parte de algo.
Tenho me sentido diferente a uns dias, em paz comigo mesma, com a vida e tudo mais, não sinto toda aquela tristeza que costumava habitar em mim, não é mais o fim do mundo, me sinto feliz, leve, animada e disposta, tenho criado sonhos, me dado esperança, acreditado mais nas coisas, esperado coisas boas, estou vendo a vida de forma mais positiva, não sinto mais medo do futuro, o desespero que a uns meses tinha em relação ao ano que vem já não existe mais, estou confiante e ansiosa, tenho planos e vontades, me sinto uma nova pessoa, não me sinto eu e isso é ótimo porque ainda sou eu mesma, mas sinto que algo esta diferente e não sei o que aconteceu, mas espero que dure, a tempos não me lembrava como era se sentir contente com a vida que tenho, é confuso, as coisas em casa não estão mil maravilhas, estamos passando por uma fase, vivendo como da, ainda não sou a filha perfeita, tenho muito que mudar, mas me sinto bem, eu estou bem, a quanto tempo venho distribuindo essa mentira e enfim me sinto realmente bem, mas me sinto um pouco culpada por me sentir bem mesmo com as coisas em casa complicadas, é meio egoísta sabe, me sinto mal porque minha mãe chora todo dia por isso e eu queria que ela estivesse bem também, porque eu sei como é se sentir mal o tempo todo, queria que eles ficassem contentes também, queria que soubessem que estou bem, que finalmente me sinto bem, eles não sabem.
A dias venho procurando o que fazer, qualquer coisa, ir na farmácia, buscar água na bica, andar na rua com alguém, aceito qualquer coisa só pra não ficar sozinha comigo mesma.
Assisti o mesmo filme 4 vezes seguidas, não apenas porque ele é um amorzinho e eu adorei, mas também porque sinto essa necessidade de fazer algo, não quero ficar sozinha, não quero me trancar no meu mundo novamente... eu tenho medo de ficar sozinha em casa, tenho medo de ficar sozinha, mas não esse medo que todo mundo deve estar pensando, eu tenho medo de me afogar, de ficar tao imersa nesse meu mundo deprimente e não ser capaz de conseguir sair dele novamente, eu sinto que vou cair de novo e não vou conseguir me levantar, sinto que vou deixar que eu me perca, eu tenho medo de não me sentir mais bem, tenho medo de que esse sentimento não dure.
Por mais que eu esteja bem eu estou desesperada, desesperada por manter isso, na minha cabeça se eu me esforçar pra conviver com as pessoas tudo vai continuar bem, mas se eu ficar sozinha muito tempo as coisas vão piorar, eu mergulho fundo na minha tristeza quando não tenho alguém pra me lembrar de respirar, eu me afogo, por isso me lembro todos os dias agora, preciso respirar, e então busco por ar, mesmo que pouco, me ajuda a manter a sanidade, eu preciso me comunicar e preciso ser ouvida, se estou conversando com minha melhor amiga e ela não quiser falar agora eu preciso que ela seja sincera comigo e diga que não da pra conversar e que a gente se fala depois, eu não quero que ela me deixe falando sozinha, não quero ficar na espera de uma resposta que pode não vir, não quero esperar, esperar me da desespero, agonia, me deixa infeliz, esperar tem sido o meu maior problema.
Eu estava lidando bem até, pela primeira vez eu realmente me senti bem, só que minha família é doente, é difícil ficar bem perto deles, a gente se destrói aos poucos, mas estou tentando me manter bem, de verdade.
"As famílias felizes são todas iguais; mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
(vou repetir a palavra bem milhares de vezes até acreditar que isso realmente está acontecendo...)
Eu planejava que essa fosse uma carta feliz, mas acho que falei de tantas coisas tristes, mas é que muito tem acontecido e eu senti tudo isso e mais um pouco e não falar sobre é como contar apenas o final da história, não tem valor sem todo o contexto.
Vou tentar ser mais alegre na próxima, prometo escrever algo pra você, quero escrever algo pra você que não envolva relatos da minha vida... apenas uma carta, feliz.
Me perdoa pela desorganização e das mudanças de ideias no texto...
Pra finalizar, talvez um pedido, um desejo ou apenas um comentário...
Sinto essa vontade de te contar tudo o que tenho feito e de ouvir tudo de você também, mas essas conversas não cabem em um tweet, então me politizo pra não fugir do controle, mas realmente queria saber de ti, queria receber aquelas mensagens inesperadas de madrugada, falando como foi seu dia, ou o que fez que a deixou contente, baixar alguma foto que você tirou e gostou muito e receber só pra ver mesmo, sem mais nem menos, essas coisas me deixam feliz... queria te mandar mensagem contando que fui no circo e que tinha palhaço, que tomei sorvete e gostei ou apenas enviar todas as fotos que tiro e que fico pensando "nossa, gostei muito dessa" ela precisa ver... venho pensando nisso a dias já, mas me contenho, quero falar de trivialidades, sinto todas essas cartas tão pesadas, não sou só isso, não sou só meu lado danificado, sou ele concertado.
Tenho feito vários planos pro próximo ano, se tudo der certo vai ser o melhor ano, realmente espero que dê certo, porque estou super animada, planejando viagens, ir acampar, conhecer pessoas, estudar, trabalhar, guardar dinheiro, fazer diversas coisas, quero que você faça parte também, quero que faça parte da minha alegria assim como fez da minha tristeza, tenho uma lista sabe, sempre tenho listas, faço listas pra diversas coisas, tinha até uma que era uma playlist com diversas músicas que carregam mensagens na letra para colocar em um CD e dar de presente pra uma pessoa, gosto tanto dessas coisas sabe, esses presentes, cartas, playlists especiais que você monta exclusivamente pra alguém, fotos, desenhos, moletons, eu gosto de folhas menina, essas coisas clichês mesmo...
Agora monto uma lista de tudo o que quero fazer ano que vem, pois estou confiante de que vou conseguir.
Acho que a vida é isso afinal, todas as coisas que não vemos e deixamos passar,
(UM BRINDE)
De coração,
Uma admiradora.
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