#a premissa deste filme de terror promete...
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#Desbloqueie seus medos...#Céus#a premissa deste filme de terror promete...#> Uma jovem lutando contra o vício se apossa de uma antiga caixa de quebra-cabeça#sem saber que seu objetivo é convocar os Cenobitas#um grupo de seres sobrenaturais sádicos de outra dimensão <.#Uau#com essa sinopse...#Vamos de play cinema em casa que amo.! 🤩#Filme: Hellraiser: Renascido do Inferno (2022) 😳🎬😬
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Crítica - Filme Nós
O mais novo filme do diretor Jordan Peele, Nós (Us, 2019) chamou atenção desde sua divulgação por supostamente apresentar um clássico do gênero terror. Aqui, somos apresentados a um casal, seus dois filhos e a partida destes em uma viagem que ganha reviravoltas um tanto peculiares: o encontro da família com seus “doppelgangers”, personalidades fisicamente idênticas a eles.
A premissa, aparentemente simples, ganha destaque nas mãos do diretor. Quem já está familiarizado com sua trajetória sabe que Peele, apesar de já ter feito grandes trabalhos na comédia, ganhou maior destaque e reconhecimento do público logo em seu filme de estreia, Corra (Get Out, 2017), ironicamente pertencente ao gênero de terror. O longa repercutiu elogios de crítica e público por apresentar um toque inovador ao gênero: a presença de uma abordagem cômica e de fortes críticas sociais, já identificando o que viria a se tornar a assinatura autoral do diretor.
Em “Nós” temos novamente a presença desses elementos, que ao invés de se tornarem repetitivos, ganham forma na inteligente e pontual maneira com que Peele conduz sua obra, com absoluto controle do estilo que desenvolveu.
Somos apresentados a um roteiro competente, digno de elogios ao que se refere à forma como mescla elementos de drama, terror e comédia de forma fluida e coerente. Os personagens são bem desenvolvidos através de suas relações pessoais e histórias de background, possuindo cada um seu devido papel na trama. O destaque aqui vai para a personagem principal, Aledaide, interpretada pela incrível Lupita Nyong’o, que possui uma trajetória inteligentemente traçada e atinge seu ápice na conclusão que promete maravilhar o espectador. O show de atuação da atriz também vale ser elucidado. Seu trabalho no desenvolvimento de duas personagens aparentemente idênticas mas com vivências, personalidades e propósitos completamente distintos foi elementar, proporcionando ao público a verdadeira experiência de observar duas pessoas na tela, ao invés de uma.
A direção e a fotografia conversam diretamente com o propósito do roteiro. A escolha de ângulos, cores, iluminação e recursos visuais no geral são utilizados de forma a criar a atmosfera que o filme precisa. Apesar de abusar do clichê em alguns momentos, ainda é capaz de trazer construções originais, não afetando o resultado final.
Por fim, precisa-se enaltecer o viés crítico tão apreciado pelo diretor. Desde a cena inicial, temos uma prévia das inúmeras metáforas presentes no longa. Enquanto os créditos são exibidos, a câmera vagarosamente vai se afastando e dando lugar a uma sala repleta de coelhos engaiolados, em conjunto a uma trilha marcante ao fundo. O significado, à uma primeira vista, torna-se difuso, ganhando real importância nos minutos finais do longa. Desde tesouras, uniformes, túneis subterrâneos e os próprios “sósias” dos personagens, tudo carrega um significado amplamente interpretativo, cabendo ao público montar o quebra-cabeça que lhe é oferecido.
Dessa forma, “Nós” prova ser muito mais que apenas um filme do saturado gênero terror. Apesar de trazer alguns elementos clássicos, mas que ainda funcionam, abusa de sua versatilidade artística para abrir espaço à discussões e a uma verdadeira aula de metáforas visuais. Quem assiste, sente-se desafiado a perceber todas as nuances e significados espalhados ao longa da trama, tornando cada sessão uma experiência única, onde o debate transcende as salas de cinema e perpetua junto ao espectador.
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