#Virgílio Almeida
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Nome, Sana Na N'Hada (2023)
#Sana Na N'Hada#Virgílio Almeida#Olivier Marboeuf#Marcelino António Ingira#Binete Undonque#João Ribeiro#2023
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UAE to donate for renovation of Brasília university library
At an event at the University of Brasília featuring UAE International Cooperation minister of state Reem Al Hashimy and COP28 director-general Majid Al Suwaidi, the signing of the donation letter of intent was announced.
The United Arab Emirates will donate for the renovation of the Central Library of the University of Brasília (UnB). The announcement was made Wednesday (14) by UnB Foreign Affairs secretary Virgílio Almeida during an event at the university featuring UAE International Cooperation minister of state Reem Al Hashimy, who’s visiting various countries in South American together with COP28 director-general Majid Al Suwaidi. They have appointments in Brasília through Thursday (15).
Almeida said UAE ambassador Saleh AlSuwaidi signed the letter of intent on the donation of the money to be used for the renovation of the UnB’s library, which serves both the academic body and the residents of Distrito Federal. “This will be its largest renovation work since its foundation in 1973,” said Almeida, thanking the ambassador for the partnership.
Reem Al Hashimy spoke for approximately five minutes and then answered to questions from UnB students of International Relations and other courses. The minister said she’s proud of Brazil-UAE ties and a reflection of them is that over 10,000 Brazilians live in the Arab country. “And we get more than 100,000 Brazilian visitors every year,” she said.
On the donation for renovating the UnB’s library, Reem said it isn’t about financial support but about an act of friendship and collaboration between two friendly nations. “Our friendship is authentic and consistent, we’ve always been friends, and we want more cooperation,” she said.
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#brazil#politics#united arab emirates#brazilian politics#emirati politics#international politics#mod nise da silveira#image description in alt
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Memorial das vítimas da Covid-19 em Manaus é esquecido
Anunciados pelo ex-prefeito Arthur Virgílio e o atual David Almeida, o memorial para as vítimas da tragédia da pandemia da Covid-19 em Manaus nunca passou de uma promessa
No dia 28 de junho de 2021, o recém empossado prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), anunciou uma ação integrada das secretarias municipais de Limpeza Urbana (Semulsp) e de Infraestrutura (Seminf), para construir um memorial em homenagem às vítimas da Covid-19 na capital amazonense. Mais de dois anos depois, a obra caiu no esquecimento. A promessa é de que o monumento seria construído no…
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Amor Perfeito: Orlando desiste de falar sobre seu passado com Marê
No primeiro capítulo de Amor Perfeito, no leito de morte, o personagem de Christovam Neto desabafou com o filho, falando mal de Leonel (Paulo Gorgulho), pai de Marê (Camila Queiroz). Porém, Orlando (Diogo Almeida) não sabe se vinga a memória do pai ou se realmente Virgílio Lopes não era o “santo” que dizia ser na trama escrita por Julio Fischer e Duca Rachid. Enquanto isso, ele não consegue…
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O prefeito de Manaus David Almeida vai corrigir uma barbaridade imperdoável que só socialistas e comunistas tem índole e caráter para cometer. Durante a pandemia o ex prefeito Artur Virgílio Neto, com sangue nos olhos, enterrou pessoas em valas comuns nos cemitérios de Manaus. O atual prefeito vai exumar todos os corpos e num ato de solidariedade humana vai realizar enterros dignos com a presença dos familiares e amigos dos falecidos. Parabéns Prefeito. O Brasil precisa saber disso. (Jose Czovny- Manaus-Am) https://www.instagram.com/p/CV0xIL3PnP4/?utm_medium=tumblr
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Auditing Radicalization Pathways on YouTube
Manoel Horta Ribeiro, Raphael Ottoni, Robert West, Virgílio A. F. Almeida, Wagner Meira
Non-profits, as well as the media, have hypothesized the existence of a radicalization pipeline on YouTube, claiming that users systematically progress towards more extreme content on the platform. Yet, there is to date no substantial quantitative evidence of this alleged pipeline. To close this gap, we conduct a large-scale audit of user radicalization on YouTube. We analyze 330,925 videos posted on 349 channels, which we broadly classified into four types: Media, the Alt-lite, the Intellectual Dark Web (I.D.W.), and the Alt-right. According to the aforementioned radicalization hypothesis, channels in the I.D.W. and the Alt-lite serve as gateways to fringe far-right ideology, here represented by Alt-right channels. Processing 72M+ comments, we show that the three channel types indeed increasingly share the same user base; that users consistently migrate from milder to more extreme content; and that a large percentage of users who consume Alt-right content now consumed Alt-lite and I.D.W. content in the past. We also probe YouTube's recommendation algorithm, looking at more than 2M video and channel recommendations between May/July 2019. We find that Alt-lite content is easily reachable from I.D.W. channels, while Alt-right videos are reachable only through channel recommendations. Overall, we paint a comprehensive picture of user radicalization on YouTube.
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Pacientes do Badim morreram por asfixia de fumaça tóxica
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IML divulga nomes das vítimas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Os pacientes que morreram em decorrência do incêndio no Hospital Badim, zona norte do Rio, estavam internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), no 3° andar do prédio mais antigo do hospital. A principal causa das mortes foi asfixia por ingestão da fumaça tóxica que se desprendeu, após um curto circuito no gerador instalado no subsolo do prédio. O incêndio começou no final da tarde de ontem (12).
O Instituto Médico-Legal (IML) divulgou os nomes dos dez corpos que deram entrada na unidade. Todos foram identificados e necropsiados e estão liberados para os familiares.
As vítimas são:
Alayde Henrique Barbieri, 96 anos Ana Almeida do Nascimento, 95 anos; Berta Gonçalves Berreiros Sousa, 93 anos; Darcy da Rocha Dias, 88 anos; Irene Freitas, de 83 anos; José Costa Andrade,79 anos Luzia dos Santos Melo, 88 anos; Maria Alice Teixeira da Costa, 75 anos; Marlene Menezes Fraga, 85 anos; Virgílio Claudino da Silva, 66 anos.
A décima primeira vítima, Ivone Cardoso Natarelli, 75 anos, confirmada pelo diretor técnico do Hospital Badim, Fábio Santoro, morreu no Hospital Israelita Albert Sabin, no bairro do Maracanã, para onde foi transferida, logo após o incêndio.
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decom -junino! 50 horas de forró no São João da Bahia _ evento contou com atrações como Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Solange Almeida, Virgílio, Estakazero e Trio Nordestino…
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MPAM investiga salto de 745% na dívida da prefeitura de Manaus
Ministério Público do Amazonas instaurou procedimento para investigar como a dívida da prefeitura de Manaus saltou de R$ 378,4 milhões para R$ 3,2 bilhões entre os anos de 2013 e 2020, durante a gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB)
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou nesta terça-feira (04/04/2023) procedimento para investigar um salto de mais de 745% na dívida da prefeitura de Manaus entre os anos de 2013 e 2020. O alvo do procedimento será o ex-prefeito da capital durante esse período, Arthur Virgílio Neto (PSDB). Em entrevista no início do ano, o atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), revelou ter…
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Oficina Literatura de Paisagem na Fora da Asa - inscrições abertas
Tu já te pegaste imaginando um lugar enquanto lia um romance, quase podendo sentir o vento de uma tarde sonolenta no sertão? Chegaste a te perceber quase enxergando a cena evocada, e, mais que os personagens - o próprio lugar em que eles estariam? Já te deparaste durante as leituras de algumas obras literárias com a sensação de estar imaginando uma paisagem? Sabia que a ideia de paisagem tem uma história?
A oficina Literatura de Paisagem propõe que se conheça a história da paisagem na arte ocidental. Os encontros são divididos entre momentos expositivos sobre a história da arte; leituras orientadas de obras literárias em que a paisagem é um elemento marcante; e exercícios de escrita direcionados para a contemplação de espaços e elaboração de pequenas narrativas.
Neste primeiro semestre de 2019 a oficina está sendo oferecida em dois módulos de dois meses cada. O primeiro módulo, Literatura de Paisagem: dos jardins da antiguidade à pintura de paisagem do século XIX prima por um percurso cronológico pela história das representações da paisagem na pintura e na literatura. O segundo módulo, Literatura de Paisagem: atravessando a cidade e os dias se detém em estratégias de vivências poéticas dos espaços cotidianos e aborda trabalhos artísticos e literários do início do século XX até a contemporaneidade.
Quando: A oficina se realizará nas segundas-feiras à tarde, das 14h à 17h. Há 18 vagas.
Onde: Fora da Asa - experiências plurais. Na Rua José do Patrocínio, 642, lado b. Cidade Baixa, Porto Alegre.
Investimento: Sugerimos o valor de 50 reais mensais por participante, bem como valores com desconto para quem realizar o pagamento adiantado do módulo de dois meses ou do curso todo. Correspondendo então a 80 reais para dois meses adiantados e 180 para os quatro meses pagos no ato de inscrição. Sobre a ministrante: Ana Carla de Brito é mestre em Artes Visuais (concentração em História, Teoria e Crítica) pelo PPGAV-UFRGS, bacharel em Artes Plásticas pela UDESC e doutoranda em Artes Visuais (concentração em História, Teoria e Crítica) pelo PPGAV/UFRGS. Pesquisa noções de paisagem nas Artes Plásticas desde 2011. Mais recentemente vem investigando confluências entre a paisagem na arte e na literatura, com foco na arte brasileira do século XIX. Este é um dos temas que discute e aprofunda em seus estudos atuais, no curso de doutorado. A oficina “Literatura de Paisagem” foi idealizada por ela, e ministrada pela primeira vez no segundo semestre de 2018 no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Para realizar a inscrição escreva para [email protected] manifestando o interesse. Ou faça uma aula experimental. É só aparecer na Fora da Asa! Tu só te inscreves se desejares continuar!
Cuirosa/o para ver o que vai rolar nas aulas? Segue aí um sumário da oficina:
PROGRAMA DO CURSO Primeiro módulo: Literatura de Paisagem: dos jardins da antiguidade à pintura de paisagem do século XIX. {fim de março a meados de maio} Mês 1 > Encontro 1 – 25/3/19 (1a. aula) - A invenção do olhar na distância. Introdução à noção de paisagem, sua invenção na arte e na cultura ocidental. Aula expositiva: O gênero pictórico insuspeito e o consenso do belo > Encontro 2 – 01/4/19 (2a. aula) - Os jardins da antiguidade. Introdução à noção de paisagem, sua invenção na arte e na cultura ocidental. Momento teórico expositivo: O início da paisagem na pintura Os jardins do ócio A Arcádia de Virgílio – introdução à primeira leitura orientada O início da representação da paisagem no ocidente, passando por exemplos da pintura, do cultivo de jardins e de narrativas de lugares aprazíveis descritos na literatura, como nos versos de Teócrito e Virgílio, cujas Éclogas contribuiriam para originar uma tradição de representações da Arcádia como lugar paradisíaco. > Encontro 3 – 8/4/19 (3a. aula) - Os jardins da antiguidade. Momento teórico expositivo: Os vínculos da noção de Arcádia com a história da pintura ocidental; A idade do ouro. Leitura e discussão de algumas Éclogas de Virgílio > Encontro 4 – 15/4/19 (4a. aula) A paisagem vista: a invenção do turismo. Momento teórico expositivo: A viagem clássica à Itália no século XVIII Mês 2 > Encontro 1 – 22/4/19 (5a. Aula) - A paisagem vista: a invenção do turismo. Os vínculos da noção de paisagem com a tradição do Grand Tour – a viagem clássica do século XVIII empreendida por aristocratas com o objetivo de conhecer a natureza e a cultura italiana. A prática do diário de viagem mantida por esses viajantes setecentistas que dá origem a uma tradição literária. Exercício de escrita: sobre um lugar visto pela primeira vez. A partir da leitura de Irene – As cidades e o nome 5, uma das Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino. Começamos a escrever: IV A cidade que você vê pela primeira vez. > Encontro 2 – 29/4/19 – (6a. Aula) - A paisagem vista: a invenção do turismo. A invenção da paisagem na pintura: retomar elos históricos e teóricos: do Renascimento ao século XVIII Momento teórico expositivo: Da Viagem à Itália de Goethe à ascensão do romance literário Leituras em conjunto: Viagem ao redor do meu quarto (de Maistre) Introdução a Espécies de Espaços de Perec. > Encontro 3 – 6/5/19 – (7a. aula) - Romantismo e Literatura Oitocentista. Exposição sobre o romantismo na pintura e na literatura, a pintura de paisagem no século XIX Leitura em conjunto: trechos de Viagem à minha terra de Almeida Garret e Inocência do Visconde de Taunay > Encontro 4 – 13/5/19 – (8a. aula) - Romantismo e Literatura Brasileira Oitocentista. Leitura em conjunto: Inocência do Visconde de Taunay Exercício de escrita a partir de descrições Segundo módulo: Literatura de Paisagem: atravessando a cidade e os dias. {fim de maio a meados de julho} Mês 3 >Encontro 1 – 20/5/19 – (9a. aula) - A viagem na própria cidade – abrindo os olhos para o familiar. A experiência dos Flâneurs no final do século XIX e dos surrealistas e situacionistas no século XX. Introdução a Espécies de Espaços de Perec > Encontro 2 – 27/5/19 – (10a. aula) - A viagem na própria cidade – abrindo os olhos para o familiar. Leitura em conjunto: Espécies de Espaços de Perec Estratégias modernas e contemporâneas para deambulação no espaço e as partitura-eventos de Yoko Ono, Grupo Fluxus e Raquel Stolf. > Encontro 3 – 3/6/19 – (11a. aula) - A viagem na própria cidade – abrindo os olhos para o familiar. Vivência ou exercício externo: percurso nas imediações do Fora da Asa (ruas da cidade baixa), seguido de exercício de escrita. > Encontro 4 – 10/6/19 – (12a. aula) - Algumas luzes e impressões: atmosferas e paisagens interiores. Da paisagem vista para a paisagem vivida – como a impressão do que vejo passou a ser mais importante do que a definição naturalista do que é visto. A pintura impressionista e Cézanne. Leitura orientada: alguns contos de Virgínia Woolf Mês 4 > Encontro 1 – 17/6/19 – (13a. aula) - Algumas luzes e impressões: atmosferas e paisagens interiores. Leitura em conjunto e discussão de alguns contos de Virginia Woolf Vivemos mais dentro ou fora de nós? Mais na paisagem imaginada ou na atravessada cotidianamente? > Encontro 2 – 24/6/19 – (14a. aula) - Algumas luzes e impressões: atmosferas e paisagens interiores. Retomamos e discutimos os exercícios realizados na semana anterior, e analisamos os exercícios do olhar feitos em casa. Exercício de escrita a partir das imagens fotografadas. Leitura em conjunto: alguns trechos de O Ateneu de Raul Pompéia. > Encontro 3 - 1/7/18 – (15a. aula) - O texto e a imagem na página. A possibilidade de juntar texto e imagem a partir de exercícios de deambulação Exemplos: Não foram poucas as vezes de Ana Carla de Brito, Suíte Veneziana de Sophie Calle e Ficções Polaróides de Joana Amarante (viagens, diários, memória e ficções) Exercícios de composição a partir de imagens das pessoas participantes e outras que a ministrante trouxer. > Encontro 4 – 8/7/19 – (16a. aula) - A paisagem na Arte Contemporânea. Exposição sobre artistas e suas produções: Paulo Gaiad, Nara Milioli, Thiago Rocha Pitta, Cristian Segura, Sebastien Chou, e outros. Exercício de escrita: escrever a partir de um dos trabalhos dos artistas apresentados. Ao invés de retirarmos estratégias a partir da observação das obras, elas serão vistas como as paisagens a serem representadas ou abordadas pelos textos. > Encontro 5 – 15/7/19 – (17a. aula) - A paisagem que vivemos ou a que vive em nós. Dos imaginários edênicos aos espaços cotidianos da grande Porto Alegre. Que paisagem vivemos? Conversa sobre as mudanças de sentido da noção de paisagem e sobre os percursos do próprio olhar durante o curso. Bibliografia Teoria e história da Arte ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. BESSE, Jean-Marc. Ver a terra: seis ensaios sobre a paisagem e a geografia. São Paulo: Perspectiva, 2006. CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: movimentos decisivos 1750-1880. 14. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2013. CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins fontes, 2007. CLARK, Kenneth. Paisagem na arte. Lisboa: Ulisseia, 1960. GOMES JÚNIOR, G. S. Arte da paisagem e viagem pitoresca: romantismos entre academia e mercado. Revista Brasileira de Ciências Sociais (Impresso), v. 27, p. 107-123, 2012. MADERUELO, Javier (org.). El jardín como arte. Madri: Huesca, 1997. MAGALHÃES, Roberto Carvalho de. A pintura na literatura. In: Revista Literatura e Sociedade. USP. n.2, 1997, p. 69-88. SALGUEIRO, Valéria. Grand Tour: uma contribuição à história do viajar por prazer e por amor à cultura. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, n.44, p. 289-310, 2002. SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996 SQUEFF, Letícia. O Brasil nas letras de um pintor: Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879). Campinas, SP: ed. Da UNICAMP, 2004. TUAN, Yi-fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Tradução de Lívia de Oliveira. São Paulo: DIFEL, 1980. Obras literárias GARRET, Almeida. Viagens na minha terra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. GOETHE, J. W. Viagem à Itália: 1776-1788. Sérgio Tellaroli (trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 1999. MAISTRE, Xavier de. Viagem à roda do meu quarto; e, Expedição noturna à roda de meu quarto. Trad. Marques Rebelo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989. PEREC, Georges. Especies de espacios. Trad. Jesús Camarero. 2a. ed. Barcelona: Montesinos, 2001. POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Porto Alegre: L&PM, 2016. TAUNAY, Alfredo d'Escragnolle Taunay, Inocência. São Paulo: Moderna, 1994 VIRGÍLIO. Bucólicas. Manuel Odorico Mendes (trad.) Edição anotada e comentada pelo Grupo de Trabalho Odorico Mendes. Cotia, SP; Ateliê Editorial; Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2008.
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Montes Claros - Baterista de Montes Claros morre em acidente na Av. João Luiz de Almeida
Acesse https://jornalmontesclaros.com.br/2017/12/01/montes-claros-baterista-de-montes-claros-morre-em-acidente-na-av-joao-luiz-de-almeida/
Montes Claros - Baterista de Montes Claros morre em acidente na Av. João Luiz de Almeida
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Constituída nova reitoria a norte da cidade
Na presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, a Diocese de Coimbra celebrou durante o fim de semana a criação da nova comunidade cristã no norte da cidade de Coimbra. A formalização aconteceu durante uma eucaristia realizada ontem de manhã, no terreno onde será edificada a futura Igreja do Loreto, junto ao Centro Pastoral Irmã L��cia. Presidida pelo bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, a cerimónia, contemplou ainda Crisma, ato de constituição da (Quase-Paróquia) Reitoria do Coração Imaculado de Maria, tomada de posse do novo pároco Francisco Prior Claro e consagração da Reitoria a Nossa Senhora de Fátima. Na cerimónia, e considerando a autonomia da zona norte da cidade, foi destacada a necessidade de “fomentar o crescimento da vida cristã e da presença da Igreja no território constituído por vários bairros residenciais densamente povoados e conveniente constituir uma unidade pastoral”. A nova comunidade será constituída pelas capelanias do Monte Formoso, Bairro do Brinca, Loreto e Centro Pastoral Irmã Lúcia, que são relacionadas territorialmente com o Monte Formoso, Arco Pintado, Urbanização Panorama, Jardins da Casa do Sal, rua do Padrão, Estação Coimbra-B, Alto da Estação, início da Estrada de Eiras, Gorgolão, rua Manuel Almeida e Sousa, Urbanização e Bairro do Loreto, Loreto, Alto da Relvinha, Bairro da Polícia, Relvinha, Bairro do Brinca e Bairro de São Miguel. A nova comunidade tem confrontações com a reitoria da Pedrulha e paróquia de Eiras (norte), reitoria de Coselhas (nascente), paróquia de Santa Cruz, jardins da Casa do Sal (sul), Mata do Choupal e reitoria da Pedrulha, Campos do Bolão (poente). A Reitoria do Coração Imaculado de Maria terá por missão, entre outras, a promoção de uma cultura de nova evangelização, proporcionar meios para o crescimento espiritual dos cristãos, nomeadamente, com a celebração de eucaristia e outros sacramentos. Edificar uma igreja no terreno já cedido para tal é também missão da nova comunidade, indo ao encontro de aspiração antiga das populações, foi ainda anunciado.
Notícia completa na edição impressa de hoje
Constituída nova reitoria a norte da cidade
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11 pessoas falecem em Piracicaba e região nesta quinta-feira (06/08/2020); confira a necrologia
ANÉSIA RODRIGUES TEIXEIRA Faleceu anteontem na cidade de Iracemápolis, aos 90 anos de idade e era viúva do Sr. Benedito Cândido Teixeira. Era filha do Sr. Pedro Benedicto Rodrigues e da Sra. Maria José da Silva, ambos falecidos. Deixa os filhos: Benedito Rodrigues Teixeira casado com Ilse Carvalho Teixeira, Ivo Rodrigues Teixeira casado com Nelci Carvalho Teixeira, Osvaldo Cândido Teixeira, Maria de Fátima Teixeira casada com José Gomes Correia e Carmen Teixeira da Silva casada com José Antônio da Silva. Deixa também netos, bisnetos e demais parentes. O sepultamento deu-se ontem ás 13:30 hs, saindo a urna mortuária do velório do Cemitério de Vila Rezende – sala 01, seguindo para a referida necrópole, onde será inumada em jazigo da família.
Maria Aparecida Pires Leitão Faleceu anteontem, na cidade de São Pedro/SP, contava 84 anos, filha dos finados Sr. Jose Pires de Oliveira e da Sra. Maria Jacinta da Silva, era viúva do Sr. Geraldo de Moraes Leitão; deixa os filhos: Nilva de Moraes Marchi, casada com o Sr. Luiz Antonio Marchi; Diva de Moraes Rodrigues, casada com o Sr. Jose Rodrigues; Sonia Moraes do Nascimento, casada com o Sr. Waldemar Evangelista do Nascimento; Jair de Moraes; Vera de Moraes de Arruda Leme; Jocelino de Moraes Leitão, casado com a Sra. Claudia Nobre Leitão; Adalto de Moraes Leitão e Zila, já falecida. Deixa netos, bisnetos, demais parentes e amigos. Seu sepultamento foi realizado ontem, às 09h00 no Cemitério Municipal da Saudade de São Pedro/SP, em jazigo da família.
Jose Luis Capeletti Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 65 anos, filho do Sr. Victorino Capeletti e da Sra. Teresa de Siqueira Capeletti, já falecida; deixa os filhos: Lia Maria Cardoso Capeletti e Danilo Cardoso Capeletti, casado com a Sra. Lilian Lorenzetti Righeto Capeletti. Deixa neta, demais parentes e amigos. Sua Cerimônia de Cremação foi realizada ontem, às 10h00 no Crematório Unidas de Piracicaba/SP.
Geraldo de Freitas Faleceu ontem, nesta cidade, contava 82 anos, filho dos finados Sr. Alfredo de Freitas e da Sra. Carolina Tranquelin, era casado com a Sra. Therezinha Anastacio de Freitas; deixa os filhos: Edenilson Antonio de Freitas; Ciomar Geraldo de Freitas e Carlos Alfredo de Freitas. Deixa netos, demais parentes e amigos. Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro às 10h30 do Velório da Saudade, sala 07 para o Cemitério Municipal da Saudade, em jazigo da família.
Jorge Vieira Machado Faleceu ontem, na cidade de São Pedro/SP, contava 56 anos, filho da Sra. Carmelita Vieira Machado. Deixa irmãos, sobrinhos, demais parentes e amigos. Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro às 10h00 do Velório do Cemitério Municipal de Charqueada/SP, para a referida necrópole, em jazigo da família.
Alfredo Sebastião Antonio Faleceu ontem, nesta cidade, contava 81 anos, filho dos finados Sr. Alfredo Antonio e da Sra. Maria Roza, era casado com a Sra. Maria Aparecida, deixa os filhos: Neusa Antonio; Salete Antonio; Alfredo Antonio; Eliseu Antonio; Paulo Antonio; Marcio Antonio; Carlos Antonio; Eduardo Antonio; Silvio Antonio; Silvia Antonio; Erica Antonio e Celia Antonio, já falecida. Deixa netos, bisnetos, demais parentes e amigos. Seu sepultamento foi realizado ontem às 15h00 no Cemitério Municipal da Vila Rezende, em jazigo da família.
Hilda Martins Muniz Faleceu ontem, nesta cidade, contava 87 anos, filha dos finados Sr. Jose Reina Martins e da Sra. Anna Poli Martins, era viúva do Sr. João Muniz; deixa os filhos: Jose Carlos Muniz; Maria Aparecida de Souza; Benedito Muniz; Sueli Muniz; Roseli Muniz; Osvaldir Muniz e Osvaldo Muniz, já falecido. Deixa netos, bisnetos, tataranetos, demais parentes e amigos. Seu sepultamento foi realizado ontem, às 15h30 no Cemitério Municipal da Vila Rezende, em jazigo da família.
Oswaldo Marcelino Alves Faleceu ontem, nesta cidade, contava 85 anos, filho dos finados Sr. Joaquim Marcelino Alves e da Sra. Anézia Cândida de Jesus, era casado com a Sra. Marta Xavier Marcelino, deixa os filhos: Gerson Marcelino, casado com a Sra. Jane Reis Marcelino e Erika Marcelino Zen, casada com o Sr. Anderson Gilberto Zen. Deixa netos, demais parentes e amigos. Seu corpo foi transladado para a cidade de São Caetano do Sul – SP e seu sepultamento realizado hoje às 13h00 no Cemitério Cerâmica em jazigo da família.
CORNELIA TEIXEIRA ANDREZA Faleceu ontem na cidade de Piracicaba aos 92 anos de idade e era casada com o Sr. Virgílio Andreza. Era filha do Sr. Izaltino Teixeira da Cruz e da Sra. Maria Luiza Paes, ambos falecidos. Deixa os filhos: Antônio Donizeti Andreza, Aparecida de Fatima Andreza de Almeida, João Luiz Andreza, Maria Antônia Andreza Bueno, Luiza Teixeira Andreza. Deixa também netos, bisnetos, tataranetos, demais parentes e amigos. O sepultamento deu-se ontem ás 16:00 hs, saindo a urna mortuária do Velório Municipal da Vila Rezende – Sala 02, para a referida necrópole, onde foi inumada em jazigo da família.
VALMIR GILBERTO DA SILVA Faleceu ontem na cidade de Rio Claro, aos 59 anos de idade e era filho do Sr. Liraucio da Silva e da Sra. Maria de Lourdes Conceição Dante da Silva, falecidos. O seu corpo foi transladado em auto fúnebre para a cidade de São Pedro e o seu sepultamento deu-se ontem às 16:30 hs saindo a urna mortuária do Velório Municipal de São Pedro seguindo para o Cemitério Municipal naquela localidade, onde foi inumado em jazigo da família.
HILDA GERAGE IBANES Faleceu ontem na cidade de Piracicaba, aos 84 anos de idade e era viúva em 1ª núpcias do Sr. Agenor Ibanes e casada em 2ª núpcias com o Sr. Joaquim Antônio da Costa. Era filha do Sr. Jose Gerage e da Sra. Engracia Notar Giacomo, falecidos. Deixa o filho: Sr. Antônio Ibanes Neto viúvo da Sra. Edna Cristina Limonge Ibanes. Deixa netos e bisnetas. O seu sepultamento dar-se-á hoje às 09:00 hs no Cemitério da Saudade, onde será inumada em jazigo da família.
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Hey Cib, how are you? Who do you think could work as parents for Sara Sampaio?
Hello dear, I’m fine and you? I hope you’re okay!
M:
Cláudia Vieira
Catarina Furtado
Fernanda Serrano
Rita Blanco
Galatea Ranzi
Helen McCrory
Janet McTeer
Juliette Binoche
Kate Beckinsale
F:
Joaquim de Almeida
Paulo Pires
Pêpê Rapazote
Virgílio Castelo
Tony Correia
Diogo Infante
Colin Firth
Daniel Craig
Gary Oldman
(cib)
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Paulo Rónai, a história do judeu húngaro que a cultura e o Brasil salvaram do nazismo
O judeu Pál Rónai nasceu na Hungria, em de abril de 1907, e renasceu Paulo Rónai no Brasil em 1941. Pál e Paulo são a mesma pessoa — o húngaro que se tornou brasileiro. “O Homem Que Aprendeu o Brasil — A Vida de Paulo Rónai” (Todavia, 379 páginas), de Ana Cecilia Impellizieri Martins, é um livro notável sobre um indivíduo que deve ser tratado como um homem-civilização. A obra resulta de uma tese de doutorado, com uma pesquisa rigorosa, mas sem o típico jargão acadêmico. É tão bem escrita que, se estivesse vivo, o filólogo, tradutor e crítico literária decerto aprovaria de imediato. Modesto, talvez sugerisse escoimar as loas (mais dos amigos e menos da autora da biografia). Ana Cecilia prova a excelência da universidade brasileira — hoje atacada, de maneira vil e mesquinha, pelo ministro da Educação.
Paulo Rónai morava na Hungria com os pais — Miksa Rónai e Gisela Lövi Rónai, e cinco irmãos, Clara, Jorge, Eva, Catarina e Francisco. Aos 20 anos, com 1,64m, era apaixonado por poesia e idiomas. Na escola, traduzia o poeta alemão Heinrich Heine. Estudou filologia e línguas neolatinas na Faculdade de Filosofia da Universidade Pázmany Péter.
Aos 19 anos, Paulo Rónai começou a traduzir poesia latina. Virgílio, Horácio, Catulo chegaram à revista “Új Idök”, da Hungria, pelas mãos seguras do mestre. “O deslumbramento veio com Virgílio no dia em que logrei escandir sozinho um hexâmetro. Comecei a encontrar prazer quase sensual naqueles versos que, aparentemente iguais, eram de extrema variedade musical”, disse o filólogo, ás no latim.
Infatigável, lia com atenção os escritores húngaros Endre Ady, Ferenc Molnár, Gyula Krúdy, Dezsö Szabó, Desnö Kosztolányi. Um deles era sua grande paixão: “Ady se convertera na mais absoluta, íntima e definidora referência de Paulo Rónai: ‘Nenhuma obra literária exerceu sobre mim influência igual’”.
Endre Ady busca construir uma ponte — via poesia, a palavra — entre a Europa, a Hungria e a modernidade. Paulo Rónai e seu ídolo literário trabalhavam para evitar o isolamento húngaro e eram apaixonados pela cultura da França.
Professor de francês, Paulo Rónai leu Balzac e ficou, de cara, mesmerizado. Tornou-se seu escritor predileto. Tanto pela linguagem quanto pelo fato de o escritor francês ter construído, mais do que uma catedral, uma civilização com seus vários livros (Marx sugeria que o autor de “Ilusões Perdidas”, romance corrosivo sobre a imprensa, fez mais pela história da França do que certos historiadores).
Na França, em busca tanto da língua escrita quanto da falada, Paulo Rónai estudou francês na Aliança Francesa e na Sorbonne. Ao voltar, fez traduções — Ovídio e Salústio — para revistas e editoras. Ele colaborava com a revista “Nouvelle Revue de Hongrie”.
No diário, onde anotava os avanços de seus estudos, passou a assinar, no lugar de Pál, Paul. Em 1930, aos 23 anos, apresentou a tese “À Margem dos Romances de Mocidade de Honoré de Balzac”. Tornava-se doutor em filologia e línguas neolatinas — gramática e literatura francesa, latina e italiana.
Para sobreviver, dava aulas e fazia traduções. “Escritor nas horas vagas, sou professor por vocação e destino”, disse.
Machado de Assis e Dom Casmurro
Havia uma carreira auspiciosa para Paulo Rónai, mas no meio do caminho, como uma montanha, havia o nazista Adolf Hitler, da Alemanha, e a extrema direita da Hungria.
Ana Cecilia registra que, “em maio de 1938”, entrou “em vigor a primeira lei antijudaica na Hungria, que restringia a 20% o número de judeus aptos a participar de negócios e a ocupar determinados cargos”.
Preocupado, Paulo Rónai começou a agir para escapar da Hungria. Tentou ir para o Uruguai, Chile, Austrália, Colômbia e Islândia. O irmão Jorge mudou-se para a Turquia.
O primeiro registro à Língua Portuguesa foi feito por Paulo Rónai no seu diário, em 5 de abril de 1938. “Li poetas brasileiros: trad. ‘As 4 Amigas do Poeta Triste’”. Pouco depois, escreveu: “À noite traduzi uma poesia brasileira”.
A leitura de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis — lido em francês —, “despertou o interesse do tradutor”. Era a primeira obra de literatura brasileira lida por Paulo Rónai. “Uma literatura que tinha romancistas daquele porte não podia deixar de interessar-me.”
Em maio de 1938, Paulo Rónai publica, na revista “Új Idök”, “sua primeira tradução de um poeta em português — “Sonho oriental”, de Antero de Quental, autor de Portugal. Ele leu “As Cem Melhores Poesias da Língua Portuguesa”, organizada pela lexicógrafa e pesquisadora Carolina Michaëlis de Vasconcelos.
O Brasil foi descoberto por Paulo Rónai por intermédio de sua literatura. “Parecia-lhe estranho na Língua Portuguesa a pouca incidência de consoantes, o que o fazia pensar que o português era uma versão do latim ‘falado por crianças ou velhos; de qualquer maneira por gente que não tinha dentes’”, assinala Ana Cecilia. O amigo Dezsö Kosztolányi disse que o português era “uma língua alegre e doce como um idioma de passarinhos”.
Insaciável (e competente), Paulo Rónai traduziu “Os Cinco Sentidos”, de Almeida Garrett, quadras populares e poemas, como “Cariátide”, de Manuel Carlos. Usava um dicionário alemão-português e uma gramática portuguesa e fazia as versões com certa dificuldade.
Pediu e recebeu de uma livraria de São Paulo o livro “Antologia de Poetas Paulistas”. Havia trabalhos de 30 poetas. O poema “As quatro amigas do poeta triste”, de Corrêa Júnior, contém o verso “rede onde descansava e aguardava os sonhos”. Como não sabia o que era uma rede, Paulo Rónai traduziu assim, de maneira equivocada: “A rede dos sonhos torcida pela imaginação”. O que era mesmo “paulista”? O dicionário disponível não informava.
No consulado do Brasil em Budapeste, Paulo Rónai “conseguiu uma edição de Olavo Bilac, outra de Vicente de Carvalho e três números antigos do ‘Correio da Manhã’. Rápido, traduziu uma poesia — “a primeira poesia brasileira vertida para o húngaro” (não especifica qual). Jorge de Lima encantou-o. “Sentiu um frêmito interior” ao ler a poesia do bardo alagoano.
O poema “Acalanto do seringueiro”, de Mário de Andrade, deixou Paulo Rónai encafifado. O ritmo deixou-o impressionado. Mas como traduzir “Seringueiro, eu não sei nada!” quando não se sabia o que era seringueiro nem “o contexto que o cercava”. O que significa uirapuru? Ah, um pássaro. Mas o que é mesmo “cabra resistente”. Claro, tratava-se de um homem resistente, não de uma cabra.
Mesmo com dificuldade com a linguagem enviesada, com seus múltiplos sentidos, Paulo Rónai não desistiu. Passou a conversar com o cônsul brasileiro Mário Moreira da Silva, para quem deu aulas de francês. Ao mesmo tempo, trabalhava com o objetivo de vir para o Brasil. Informava à Academia Brasileira de Letras de Ciências de São Paulo “de seu interesse pela língua e literatura do país”.
Para tristeza de Paulo Rónai, Mário Moreira (antissemita) lhe informa que sua demanda sobre a possibilidade de emigração não havia sido bem-sucedida.
As forças nazistas iam apertando o cerco sobre os judeus. A família Rónai se reunia e discutia a possibilidade de se refugiar no Paraguai. Paulo Rónai preferia o Brasil, e por isso continuava estudando a língua e sua literatura. Traduziu os poemas “O pé de açucenas”, de Pedro Saturnino, e “A moça da estaçãozinha pobre”, de Ribeiro Couto. Gostou mais do segundo.
O escritor Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto era secretário da Legação do Brasil em Haia. Paulo Rónai escreveu-lhe uma carta e pediu novas obras em português. Porque queria fazer outras traduções, quiçá uma antologia. O diplomata respondeu e enviou livros. A resposta do húngaro continha uma avaliação da poesia do brasileiro, que foi comparado a Kosztolányi.
Ribeiro Couto e Paulo Rónai se tornaram amigos. Seu “primeiro amigo brasileiro”. O húngaro avisou-lhe que queria entrar em contato com Menotti del Picchia e Carlos Drummond de Andrade. Aos poucos, o diplomata começou a ajudá-lo com as filigranas da Língua Portuguesa — o português brasileiro, quiçá mais malemolente e musical.
Enquanto traduzia os poetas brasileiros — a imprensa húngara começou a publicá-los —, Paulo Rónai dialogava com Ribeiro Couto e o diplomata Otávio Fialho sobre a possibilidade de mudar-se para o Brasil.
O escritor Dominique Braga informou, por carta, que um artigo de Paulo Rónai sobre “Dom Casmurro” havia sido publicado na revista da Academia Brasileira de Letras.
Depois de ler “O Mandarim”, de Eça de Queirós, escreveu um artigo sobre Camões e traduziu poemas de Osório Dutra e de Ronald de Carvalho.
Ao traduzir poesias, Paulo Rónai contava com notas enviadas por Ribeiro Couto. Explicava que “morro” podia ser, eventualmente, favela e que “Nordeste” era uma região do país. O tradutor estabeleceu contato com vários escritores brasileiros, em sua maioria poetas, e foi entendendo as poéticas do país.
Para a antologia de poetas brasileiros em húngaro incluiu, entre outros, Olavo Bilac, Cruz e Sousa, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meirelles, Cassiano Ricardo, Adalgisa Nery, Jorge de Lima, Menotti del Picchia. A antologia de 33 poemas, de 21 poetas, saiu com o título de “Mensagem do Brasil: Os Poetas Brasileiros da Atualidade”, em setembro de 1939, com o mundo já em guerra. Era a primeira vez que se lia a poesia brasileira em tradução na Hungria.
Rapidamente, Paulo Rónai distinguiu Carlos Drummond de Andrade como um grande poeta — antes mesmo de sua consagração.
Menotti del Picchia, diretor da seção paulista do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), avisou Paulo Rónai que falaria com o presidente Getúlio Vargas sobre uma possível mudança para o Brasil. O tradutor escreveu cartas para Getúlio Vargas, Gustavo Capanema e Oswaldo Aranha.
Getúlio Vargas escreveu uma carta para Paulo Rónai (transcrita no livro), mas ainda sem fazer o convite para o tradutor morar no Brasil. Mas sua esperança agora era o Brasil e o disse claramente a Ribeiro Couto. Ele esperava receber uma bolsa de estudos do governo patropi.
Em 1940, mesmo acossado pelo antissemitismo húngaro e alemão, Paulo Rónai continuou lendo a poesia brasileira (Cecília Meirelles, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo, Ribeiro Couto). A descoberta da lírica de Alphonsus de Guimaraens o agradou. “Grande artista que me arrependo de não ter conhecido antes”, anotou.
Ao amigo Ribeiro Couto, perguntava o significado de “brincar de pipa”, “bater bola” e “cantar de roda”. Publicou “Versos de Santos”, seleta de poesias de Ribeiro Couto traduzida para o húngaro.
A Ribeiro Couto, Paulo Rónai pede empenho para levá-lo para o Brasil, já que seu visto brasileiro havia sido aceito. “Eu devo partir o mais rápido possível, ou correria o risco de não poder partir”, explicou.
Condoído, Ribeiro Couto, assim como Otávio Fialho, se empenharam ainda mais para salvar o amigo.
No diário, Paulo Rónai escreve: “Estado de ânimo: à espera de um milagre”. Entretanto, seu ânimo melhorou ao conhecer a judia Magda Péter, de quem, de cara, gostou. Logo depois, lhe propôs casamento.
Paulo Rónai é preso pelos nazistas da Hungria
Em 1940, o nazismo finalmente o pega. Paulo Rónai é levado para um campo de trabalho. No primeiro dia da prisão, ainda pôde ler “Eneida”, de Virgílio. Ele viveu seis meses no campo de prisioneiros. “Fui convocado como trabalhador escravo.”
Durante uma licença do campo, Paulo Rónai conversou com Otávio Fialho e recebeu a notícia de que o governo brasileiro o convidaria “para emigrar”. Ao voltar à prisão, lia a poesia de Endre Ady para os detentos. Escondido, fazia traduções.
Na prisão, chegou a pensar em suicídio. Continuava lendo a poesia de Endre Ady e estudando português. “Ady era seu refúgio e o português a esperança de um futuro.” Lia poemas do português Guerra Junqueiro.
A carta-convite da Legação do Brasil chegou em outubro de 1940 e Paulo Rónai finalmente obteve o visto.
Otávio Fialho e Ribeiro Couto foram decisivos para a retirada de Paulo Rónai da Hungria. Mas, assinala Ana Cecilia, “é preciso não esquecer que o principal personagem dessa história foi o próprio Paulo Rónai, que, com uma persistência inabalável, construiu aos poucos e de forma sólida uma ponte com o Brasil por meio da literatura”.
Em 29 de dezembro de 1940, Paulo Rónai deixa a Hungria, com destino à Áustria e, depois, Portugal, de onde viria para o Brasil. Levava duas malas. O passaporte tinha o carimbo: “Sem validade para retorno”. Era uma viagem sem volta. Em Lisboa, em janeiro, falava português e frequentava o Café A Brasileira e o Café Chiado. “Foi em Portugal que, pela primeira vez, vestiu a pele do exilado.” No diário, anotou: “Um dos dias mais tristes da minha vida”. Lia Eça de Queirós, com interesse. Lia em português com facilidade. Mas, “nas ruas, Paulo tinha dificuldades para entender o idioma falado na dicção local”. “Passei seis semanas em Lisboa sem que conseguisse entender patavina da língua falada”, lembraria.
De Lisboa seguiu para o Rio de Janeiro, no navio Cabo de Hornos, na terceira classe. Chegou ao Brasil em 3 de março de 1941.
No Brasil, procurou Ribeiro Couto, mas seu protetor estava na Argentina. No Hotel Elite, colocou a foto da noiva Magda na mesinha de cabeceira. Logo buscou saber como faria para receber a bolsa e a ocupação propostas pelo Serviço de Cooperação Intelectual. “Bebeu água de coco pela primeira vez” e concedeu uma entrevista ao jornal “Correio da Manhã”.
Em 13 de março de 1941, Paulo Rónai encontra-se pela primeira com Ribeiro Couto e apreciou a “extraordinária vitalidade e o primeiro abraço de brasileiro”. Conheceu Aurélio Buarque de Holanda, que era secretário da “Revista do Brasil” e logo se tornou seu melhor amigo.
“Aurélio Buarque de Holanda seria o principal articulador do movimento de integração de Paulo Rónai na língua, nas letras e no meio intelectual do país”, conta Ana Cecilia.
De cara, Paulo Rónai se tornou amigo de Cecília Meirelles. “Paulo teve a impressão de que ela vivia ‘au-dessus de la mêlée’, expressão que usou para descrever a postura de Cecília como a de alguém acima da confusão”, registra Ana Cecilia. Ele fez questão de conhecer Jorge de Lima. Apreciava sua poesia.
Carlos Drummond de Andrade contribuiu para a adaptação de Paulo Rónai no Brasil. Sobre o filólogo escreveu: “Exprimia-se calma e corretamente em português, entendia perfeitamente o que se lhe dizia. Ele não só aprendera na Hungria o português, como a nossa maneira de falar essa língua”.
Dadas as amizades — Carlos Drummond de Andrade na linha de frente, como chefe de gabinete do ministro da Educação, Gustavo Capanema —, o governo do Estado Novo concedeu uma bolsa para Paulo Rónai. Mas o Serviço de Registros de Estrangeiros exigiu uma mudança no prenome: Pál deveria ser substituído por Paulo. E assim foi.
O dinheiro era curto, mas Paulo Rónai estava vivo. Seu objetivo agora era trazer a família para o Brasil.
Para sobreviver, Paulo Rónai escrevia em jornais — começou a apresentar a literatura húngara para os brasileiros — e dava aulas de latim. Seu primeiro aluno foi Aurélio Buarque de Holanda (primo de Sérgio Buarque de Holanda) e o brasileiro o ajudava a ampliar seu conhecimento da Língua Portuguesa.
No diário, Paulo Rónai escreveu: “Decidi começar uma vida nova”. Publicou um anúncio no “Jornal do Brasil” se oferecendo para dar aulas de francês e italiano. “Foi como professor particular que Paulo sobreviveu nesses meses iniciais no Brasil”, informa Ana Cecilia.
Graças a Carlos Drummond de Andrade, Thiers Martins e Abgar Renault, Paulo Rónai conseguiu o registro de professor pelo Ministério da Educação, em 7 de maio de 1941. Começou a dar aulas no Liceu Francês, de latim, e no Liceu Metropolitano, de francês. E continuou ministrando aulas particulares e traduzindo contos de Alexandre Hunyady, Ferenc Molnár, Zsolt Harsányi e Kosztolányi. Traduziu “O Romance das Vitaminas”, de Estevão Fazekas, pela Companhia Editora Nacional. Era “a primeira obra traduzida diretamente do húngaro para o português”, sublinhou Paulo Rónai.
Com o objetivo de trazer a amada Magda Péter, Paulo Rónai decidiu casar-se por correspondência. O poeta Augusto Frederico Schmidt prometeu ajudá-lo, mas não o fez. “A Schmidt, nunca mais daria a mão.” Getúlio Vargas acabou indeferindo o pedido de visto para a jovem húngara.
O escritor Stefan Zweig matou-se no Brasil, em 1942, certamente acreditando que o nazista Adolf Hitler se tornaria senhor da Europa e, a seguir, do mundo. Diferentemente de Paulo Rónai, vivia isolado no Brasil. O húngaro, frisa Ana Cecilia, optara “por assumir a vida no Brasil como uma possibilidade de reconstrução. (…) Fez de sua produção e da própria vida um atestado de sua abertura às possibilidades que o Brasil lhe oferecia”.
Quando estava desesperado, por causa de sua família, Carlos Drummond de Andrade era o amigo que mais o acolhia. O vate mineiro deu-lhe para ler o poema “Depois que Barcelona cair”.
Carlos Drummond de Andrade, por sinal, foi quem informou-o que, finalmente, o presidente Getúlio Vargas havia concedido o visto brasileiro a Magda Peter Rónai.
As notícias da família não eram boas. O pai do tradutor morreu e seu irmão Francisco desapareceu em um campo da Sibéria.
O crítico literário e ensaísta Otto Maria Carpeaux, austríaco que também se adaptara ao Brasil, se tornou amigo e companheiro de jornada cultural de Paulo Rónai. O filólogo conheceu também Mário de Andrade e Oswald de Andrade, as pilastras da Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1943, Paulo Rónai e Aurélio Buarque de Holanda decidiram traduzir contos para publicar uma antologia universal. O resultado é a excelente coleção Mar de Histórias, que saiu em 1945. “O título era inspirado em uma antiga coletânea hindu, ‘Kathasaritsagara’, que” significa “‘mar formado pelos rios da história”. Paulo traduziu os contos em latim, grego, italiano, alemão, inglês, russo e húngaro. Aurélio vertia os contos em francês e espanhol e cuidava da precisão das traduções em português.
Latinista de primeira, Paulo Rónai publica “Gradus Primus: Curso Básico de Latim I”.
Em março de 1943, Paulo Rónai começou a coordenar a tradução da obra completa do escritor francês Honoré de Balzac. O editor era Mauricio Rosenblatt. Vinte tradutores (entre eles Drummond, Brito Broca, Waldemar Cavalcanti, Mario Quintana, convocados por Paulo Rónai) começam a transpor para o português “A Comédia Humana”. São 17 volumes, 12 mil páginas e 7 mil notas de rodapé. Um trabalho de Hércules, notadamente de Paulo Rónai, que leu e revisou tudo, além de apresentar as históricas. O primeiro volume saiu em 1946. A obra era “o maior afresco do século 19”, pontuou o balzacólogo. Por fim, ainda escreveu o livro “Balzac e ‘A Comédia Humana’”.
Falando sobre tradução, Paulo Rónai disse: “A tradução é o melhor e, talvez, o único exercício realmente eficaz para nos fazer penetrar na intimidade [de] um grande espírito”. O argentino Salas Subirat, tradutor do romance “Ulysses”, de James Joyce, escreveu: “Traduzir é a melhor forma de ler”.
Morte de Magda Péter e a prosa de Guimarães Rosa
Em março de 1944, o nazista Adolf Hoffmann chegou a Budapeste e mais de 400 mil judeus são assassinados, a maioria nas câmaras de gás do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia. A família de Paulo Rónai escondeu-se em armários da Legação da Suécia. Magda Péter e sua mãe ficaram na Legação de Portugal.
Em julho de 1945, Paulo Rónai se torna cidadão brasileiro. Magda Péter Rónai e sua mãe, denunciadas, foram presas e assassinadas pela Gestapo, em janeiro de 1945. “Paulo jamais saberia o que exatamente aconteceu com Magda”, informa Ana Cecilia. Ela tinha 23 anos. Aos 38 anos, Paulo Rónai ficou desesperado.
Com a ajuda do indefectível Ribeiro Couto e do diplomata João Guimarães Rosa — chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, João Neves da Fontoura —, saíram vistos para Gisela, Catarina, Eva, Américo Gárdos (cunhado), Clara e Estevão Soltész (cunhado). Paulo Rónai economizou e enviou dinheiro para pagar a vinda de sua família para o Brasil. Parte do dinheiro saiu de um empréstimo da Associação Beneficente Israelita.
Em 1946, Guimarães Rosa deu um exemplar de “Sagarana”, livros de contos, a Paulo Rónai. “De imediato, Paulo reconheceu, no imaginário fértil, na força dos textos curtos e em uma certa subversão do regionalismo (“[Guimarães Rosa], apresenta-se como o autor regionalista de uma obra sujo conteúdo é universal”) uma obra de extremo vigor literário”. O autor mineiro era o “inventor de abismos”, segundo o crítico.
Paulo Rónai percebe o vigor narrativo de “Sagarana”: “O leitor vindo de fora, por mais integrado que se sinta no ambiente brasileiro, não pode estar suficientemente familiarizado com o rico cabedal linguístico e etnográfico do país para analisar o aspecto regionalista dessa obra; deve aproximar-se dela de um lado para penetrar-lhe a importância literária”. Guimarães Rosa postulou: “Só o Paulo Rónai e o Antonio Candido foram os que penetraram nas primeiras camadas do derma; o resto, flutuou sem molhar as penas”. Observe-se que, na época, não havia fortuna crítica para ser consultada e citada. Paulo Rónai, como Antonio Candido, escreveu no calor da hora.
Numa crítica posterior, Paulo Rónai compara Guimarães Rosa a James Joyce. “Submeteu o idioma a uma atomização radical, da qual só encontraríamos precedentes em Joyce”. Ana Cecilia sugere que talvez tenha sido o primeiro a fazer tal comparação. Quando saiu “Grande Sertão: Veredas”, em 1956, o filólogo escreveu, de maneira percuciente: “Que vem a ser esse título estranho, com dois pontos no meio? A linguagem condensada, elíptica, regional e individual ao mesmo tempo, embora dentro da linha dos livros anteriores, impõe ao interesse [seria interessado?] um período de adaptação. […] Mas, lembrados de ‘Sagarana’ e ‘Corpo de Baile’, confiemo-nos sem reserva ao autor, sigamo-lo por seus caminhos tortuosos”. Acrescentando: “Conjunto único e inconfundível, algo de real e de mágico sem precedentes em nossas letras e, provavelmente, em qualquer literatura”. Riobaldo era, notou, o “Fausto sertanejo”. O livro acabara de ser lançado e Paulo Rónai já apresenta uma crítica consistente e precisa. “Guimarães Rosa reconhecia em Paulo Rónai seu grande decifrador”, diz Ana Cecilia. “Pela intimidade com Guimarães Rosa e sua obra, Paulo foi designado administrador das edições do autor.” Depois da morte do escritor, em 1967.
Ana Cecilia transcreve muito bem a interpretação rigorosa de Paulo Rónai para a obra de Guimarães Rosa (percebeu, desde o início, a dança das línguas e da linguagem na prosa do escritor mineiro). Neste texto menciona-se tão-somente uma parte de seus comentários.
Chegada da família ao Brasil e o amor de Nora
Para receber a família no Brasil, Paulo Rónai aluga uma pequena casa, na Ilha do Governador.
Não para de trabalhar, para sobreviver e, mesmo, por prazer — e traduziu o belíssimo clássico húngaro “Os Meninos da Rua Paulo”, do húngaro Ferenc Molnár. Escrevia em jornais, como “O Estado de S. Paulo”.
Depois de escrever sobre Guimarães Rosa, maior prosador brasileiro, ao lado de Machado de Assis, Paulo Rónai passou a examinar a poesia de Carlos Drummond de Andrade, o maior poeta patropi. Examinando “A Rosa do Povo”, assinala: “Os temas tradicionais de toda poesia renovam-se inteiramente nos versos de Carlos Drummond de Andrade. À primeira vista, a transformação parece consistir apenas numa despoetização do assunto tradicional, que o poeta despoja de todos os atavios convencionais, reduzindo-lhe os elementos à sua nudez primitiva. Mas quando estão restabelecidos em sua simplicidade substancial, descobre-lhes um novo e inesperado conteúdo poético”.
O leitor ganhará, e muito, com a leitura do livro de Ana Cecilia, que resume bem a interpretação de Paulo Rónai para a poética modernista de Carlos Drummond de Andrade. Sem críticas anteriores “estabilizadas” e amplas, o crítico soube, examinando de perto e atentamente, explicar a poesia do bardo mineiro. Com sua prosa e sua poesia, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade tornaram o Brasil mais moderno e, por isso, integrado — mas não como epígono — à literatura mais inventiva de seu tempo. Atualizaram o país tropical e o tornaram contemporâneo de T. S. Eliot e James Joyce, por exemplo. Paulo Rónai percebeu isto desde o início — o que o torna pioneiro na interpretação do prosador e do poeta.
Em 1951, aos 44 anos, Paulo Rónai era um solteirão. Conheceu a arquiteta Nora Tausz, que chegara de Fiúme, na Itália (depois, Croácia), em 1941, dois meses após o tradutor. Aos 28 anos, falava húngaro e era inteligente e perspicaz. Os dois se casaram em 1952 e tiveram duas filhas, a jornalista Cora Rónai e a flautista e professora de música Laura Rónai. E redescobriu a felicidade.
Depois de um concurso público, Paulo Rónai passou a lecionar latim e francês no Colégio Pedro II.
Ensina-se a traduzir? Parece que sim. Paulo Rónai deu sua contribuição com livros, como “Escola de Tradutores” e “A Arte de Traduzir”, e com suas próprias traduções. Ele continuava a traduzir, por exemplo Apuleio, Gottfried Keller e Alexandre Török. Escreveu o belo “Como Aprendi o Português e Outras Aventuras”.
Na página 257 há uma referência ao “Dicionário Analógico da Língua” (o título exato é “Dicionário Analógico da Língua Portuguesa: Ideias Afins”), possivelmente do pesquisador goiano Francisco Ferreira, que não tem o nome citado.
Comentando sobre a escrita de Paulo Rónai, Ana Cecilia pontifica, com razão: “O estilo de Paulo é avesso a formalismos, impostações; seu texto estabelece um contato direto com o leitor, convida a uma conversa em que ele se coloca sempre como narrador e personagem”. Era profundo e, ao mesmo tempo, simples. Escrevia com clareza, rigor e precisão. Era, de algum modo, um prosador.
Carlos Drummond de Andrade escreveu sobre o amigo admirável: “Outra façanha dele eu vi: aprendeu a ser brasileiro”. O crítico Wilson Martins pontuou: “Paulo Rónai escolheu a liberdade e o Brasil. Eu, de minha parte, se me fosse dado escolher um compatriota, teria escolhido o sr. Paulo Rónai”.
A tradução do livro “Antologia do Conto Húngaro”, feita por Paulo Rónai, contou com apresentação de Guimarães Rosa.
Em 1964, Paulo Rónai voltou à Hungria. Ainda era seu país? Em parte, sim. Mas o país verdadeiro havia se tornado o Brasil, que o acolhera e possibilitara seu extraordinário desenvolvimento intelectual. “Paulo sabia que a Hungria não era mais o seu lugar”, escreve Ana Cecilia.
Em 1980, publicou “Não Perca Seu Latim”. No mesmo ano, traduziu “A Tragédia do Homem”, peça do húngaro Imre Madách. Depois de anos traduzindo, com o máximo de qualidade, Paulo Rónai recebeu, em 1981, o prêmio Nath Horst, o Nobel da tradução.
Aurélio Buarque de Holanda disse de Paulo Rónai: “Maestria larga e variada. Maestria em literatura, em línguas, em tudo que ficou dito — e na arte da amizade. O mestre perfeito, ‘reto, discreto, sábio’, é também, de quebra, amigo perfeitíssimo”.
A Academia Brasileira de Letras concedeu-lhe, em 1983, o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.
No sítio Pois É, em Nova Friburgo, organizou sua biblioteca — chamada de Brilhoteca (criação de sua neta Beatriz). Carlos Drummond de Andrade escreveu uma deliciosa crônica sobre a “chácara” (adquirida por Nora, que fez o projeto da casa e também levava Paulo Rónai, que não dirigia).
Paulo Rónai, o homem-civilização, morreu em 1º de dezembro de 1992, aos 85 anos. Teve câncer na garganta. Viveu 51 anos no Brasil. “Paulo se empenhou em fazer da literatura um espaço de diálogo universal. Paulo Rónai foi um homem contra Babel”, anota Ana Cecilia. “Uma tradução é saída contra Babel”, escreveu Guimarães Rosa.
Paulo Rónai foi tradutor, professor de idiomas, filólogo, dicionarista, crítico literário e antologista. “Trabalho para merecer meu destino.”
Ah, sim, terminada a leitura do belo livro de Ana Cecilia resta dizer que fica a sensação de que mais poderia ser dito sobre, digamos, um homem de cultura enciclopédica e, ao mesmo tempo, altamente especializado.
Paulo Rónai, a história do judeu húngaro que a cultura e o Brasil salvaram do nazismo publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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