#Seu de Capitania
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Eternamente Minha
Oioii estrelinhas, a quanto tempo!! Bem vindes a mais um imagine!
Essa com certeza foi a one shot mais longa que já escrevi, 3k de palavras, da pra acreditar??
Quero fazer um agradecimento muito mais que especial para as divas @daylighthts e @caahdelevingne que foram as duas mentes de titânio que me inspiraram a escrever essa one maravilhosa. Amo vcs, muito obrigadaaaa ❤️❤️
Avisos: Enzo!Vampiro, sexo sem proteção (já sabe né??), age gap, spit kink, nipple play, oral sex (fem. receiving), acho que um pouco de dark romance e angst se encaixam aqui também!
Vocabulário: Cisplatina: Antiga capitania brasileira que hoje em dia é o país Uruguai.
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Mudar de cidade pode significar muitas coisas, se abrir para algo novo, iniciar uma nova fase, deixar o que passou para trás, para Hanna foi tudo isso e mais um pouco. Sair de sua cidade natal por mais que tenha doído como mil facadas foi ao mesmo tempo um despertar para novas manhãs com mais brilho e liberdade.
Não estava em seus planos sair do seio familiar assim que estreou seus dezoito anos, mas como tudo na vida pode virar de cabeça para baixo, e a famosa Lei de Murphy parece nunca falhar para a jovem, se viu expulsa de casa após revelar sua sexualidade aos seus genitores, como se a bissexualidade fosse um bicho de sete cabeças que destruiria a honra da família.
Hanna decidiu deixar para sempre o passado, saiu da pequena cidade de interior, saiu da Paraíba, saiu do Nordeste, saiu do Brasil. Carregou consigo apenas uma mala com suas coisas e a alegria que costumava irradiar em seus tempos de infância, uma criança conhecendo o mundo pela princesa vez, sem traumas, sem remorso, mas também sem perdão. Montevidéu nunca foi sua primeira opção, mas com certeza a mais rápida e barata para sair de seus demônios do passado.
Depois de meses morando em albergues e procurando por emprego, conquistou sua segurança financeira e alugou um apartamento, pouco a pouco sendo transformado em seu mundo, da cor da parede até a colcha de cama. Voltou a estudar, passou no vestibular, foi promovida em seu emprego e pode finalmente dizer que estava livre.
Mas havia algo que desde o dia em que havia se mudado a incomodava, seu vizinho.
Ao lado do prédio em que morava, havia um casarão que com certeza havia sido construído no século passado, não lhe transmitia medo, mas emanava um silêncio descomunal. Durante todo o dia, portas e janelas sempre fechadas, durante a noite, apenas uma janela aberta, um quarto iluminado apenas por uma fraca luz amarelada, coincidentemente sendo a janela frente a frente com a janela do quarto da garota. Hanna podia jurar que ja chegara a ouvir a melodia de um violino tocar durante a madrugada, calmo e sereno, tocando musicas que pareciam ser apenas para ela.
Seu espírito curioso e explorador não a iria deixar apenas ao suspense do casarão, por isso, a brasileira buscou sua vizinha mais querida e também a primeira moradora do prédio, a Sra. Gonzalez, puxando o assunto do lugar sombrio com a idosa em uma das diversas tardes de chá que elas tinham.
"Esse casarão aí?" A idosa ri "É da família Vogrincic, uma das mais ricas do país, eles são ricos desde os tempos da Cisplatina*, esse casarão já foi residência deles por séculos, mas agora eles o largaram as traças depois que um dos filhos do Conde morreu, lá pelos anos cinquenta" A grisalha então faz uma pequena pausa dramática e se aproxima da jovem sussurrando "Dizem que ele é mal assombrado, e que o coitado do filho do Conde nunca morreu e na verdade virou um vampiro, que anda pela cidade como uma pessoa normal de manhã, e de noite procura sua próxima vitima que vai ceder seu sangue".
Um arrepio percorre na espinha de Hanna, que ri de nervoso com a revelação da senhora e bebe uma boa quantidade de chá, tentando aliviar a tensão que sentia.
"É brincadeira, bobinha, o herdeiro dos Vogrincic realmente mora lá mas ele é muito reservado, nunca vi a cara daquele sujeitinho, mas nunca se sabe né?"
Por mais que acreditasse fielmente que tudo aquilo era apenas uma historinha boba da Sra. Gonzalez, afinal, ela nunca teve medo de histórias de terror, a jovem passou a prestar mais atenção na mansão solitária, e com isso passou a perceber coisas novas.
A janela que sempre se abria à noite agora estava aberta em pleno meio dia, não conseguia ver o tal Vogrincic em momento algum, mas podia ver um pouco do que se havia no cômodo.
Um piso de azulejos centenários, uma cama que exibia um belo enxoval completamente preto, o violino que tanto ouvia preso na parede como um item de decoração.
Hanna imaginava que o Vogrincic poderia ser um herdeiro idoso milionário sem descendentes e destinado a viver os últimos anos de sua vida sozinho no casarão. Mesmo pensando que poderia estar totalmente enganada, seu coração bondoso e espírito comunicativo a levou a agir impulsivamente.
Preparou então uma torta de maracujá com brigadeiro, especialidade de sua vó, a única familiar que a brasileira sentia falta, a única com qual ela guardava apenas boas lembranças, tirando o fato da sua morte, é claro.
Decidiu que levaria a sobremesa para o homem solitário como forma de apresentação, atitude de boa vizinhança, assim como a Sra. Gonzalez fez com a mesma meses atrás. Poderia ser rejeitada, ignorada, ou nem mesmo ser atendida, mas precisava arriscar pois necessitava mais do que tudo descobrir quem era o homem.
Usando seu vestido preferido, um par de tênis brancos e uma tiara de florzinhas na cabeça, Hanna vai até o casarão, as mãos tremem enquanto segura a travessa com a sobremesa e o coração bate aceleradamente em um ritmo anormal.
Quando ela se aproxima do casarão, a jovem passa a perceber os detalhes que nunca havia visto, por mais que a residência parecesse velha e abandonada de longe, de perto se apresentava bem mais polida e arrumada, pequenos canteiros de flores perfeitamente podados guiavam o caminho até o grande portão de madeira maciça, com detalhes talhados adornando o brasão da família Vogrincic, também talhado na madeira.
Um pouco surpresa, percebe que havia uma campainha ao lado do portão, que ela logo aperta, sem excitação.
Um minuto, dois, três minutos, Hanna até cogita tocar a campainha mais uma vez quando repentinamente o portão se abre, revelando a imagem de um homem extremamente belo. Não aparentava ter mais de trinta anos, cabelos negros um pouco longos jogados para trás dando destaque para seu rosto de traços marcantes, nariz alongado, sobrancelhas grossas, boca perfeitamente delineada, a garota pisca incontáveis vezes em poucos segundos apenas processando a imagem divina que se materializou em sua frente.
"Bom dia, no que posso ajudar?" Pergunta o homem, com uma voz que certamente poderia desestabilizar qualquer um.
Hanna gagueja, se esforçando ao máximo para recuperar sua sanidade e agir normalmente.
"Bom dia, eu me chamo Hanna, sou nova na vizinhança, gostaria de falar com o senhor Vogrincic, por favor"
O rapaz sorri de lado, coçando a nuca "bem... eu sou o senhor Vogrincic, o que deseja"
Abençoados sejam os músculos da brasileira que não permitiram que a mesma derrubasse a travessa da sobremesa de tão surpresa que ela ficou ao ouvir tais palavras. Nunca em hipótese alguma conseguiria imaginar que o tal herdeiro solitário fosse um homem tão jovem e tão... Ridiculamente lindo.
"Ah, é que eu cheguei aqui na vizinhança tem alguns meses e eu não sabia que você morava aqui, então eu pensei em trazer essa torta como uma forma de me apresentar como sua nova vizinha"
A jovem libera de uma vez tudo o que queria dizer e estendo a travessa para o homem, que hesita um pouco antes de a tomar de suas mãos.
"Obrigado, tenha um bom dia, senhorita" Subitamente a porta se fecha, deixando Hanna parada em choque por alguns minutos, muita coisa aconteceu em pouco tempo para que fosse devidamente processado em sua mente.
Sem conseguir fazer mais nada pelo resto do dia, a garota se deita em sua cama mais cedo do que o habitual, mas nem dormir foi capaz ja que todos os seus pensamentos se voltavam ao homem, sua beleza estonteante e o mistério envolto de sua existência.
Meia noite e meia em ponto, e a melodia do violino ecoa da janela do casarão, o som saia baixo, como se fosse tocado para que apenas ela pudesse ouvir, tocando o fundo de seu corpo e sua alma, fazendo seu sangue congelar.
O dia seguinte foi ainda pior em seus pensamentos, acordou com uma carta sobre sua escrivaninha, desconhecendo completamente a sua origem. A folha de papel amarelada era selada com um carimbo de cera nos tons de vermelho e... Com o brasão da família Vogrincic marcada sobre ele.
Com as mãos tremulas e o coração palpitando, Hanna abre a carta que continha apenas uma frase.
"A torta estava deliciosa, obrigado.
E. Vogrincic.”
Não podia ser, como aquela carta havia parado ali? Sorte da jovem por estar de ferias do trabalho e da faculdade, pois ela não tinha ideia de como sobreviveria em seus afazeres quando seu apartamento foi possivelmente invadido.
Sem se importar muito com as vestes que usava, caminhou a passos largos até seu vizinho, tocando sua campainha freneticamente a medida que sentia seu coração se aproximar de sua boca, mas dessa vez, sem repostas, nem sinal de vida do bonitão sinistrão.
Voltou pra casa derrotada, preparou um café e tentou relaxar, colocando em sua mente que tudo não passava de uma simples loucura de sua cabeça e que logo logo iria acordar tranquila de seu pesadelo. Caminhou até seu quarto com a caneca em mãos, sentou na cadeira de sua escrivaninha e logo sentiu seus músculos enfraquecerem, deixando a caneca com o líquido quente cair e se dividir em diversos pedaços pelo chão.
Era outra carta, idêntica a anterior, deixada exatamente no mesmo lugar.
"Sei que está assustada, não se preocupe, venha em minha casa hoje as 20hrs e te explicarei tudo.
E. Vogrincic"
Passadas horas e horas agonizantes e torturantes finalmente o momento chega, não sabendo o que a esperava na casa ao lado, Hanna pôs seu vestido preto de alças finas que descia até a metade de suas coxas, um par de sandálias da mesma cor e arrumou seus cabelos em um meio rabo de cavalo.
Poucos segundos após o tocar da campainha, o Vogrincic abre o portão de madeira trajando as roupas mais elegantes e incrivelmente pretas que a jovem ja viu, diferentemente dela, o homem estava calmo e com um sorriso terno em seu rosto.
(hora de dar play nessa perfeição aqui!!)
"Seja bem vinda a residência dos Vogrincic, senhorita" Ele abre passagem e a garota entra, se deparando com uma sala de entrada altamente luxuosa, detalhes dourados do chão ao teto que com certeza são de ouro maciço, castiçais e lustres iluminado cada lugar da casa que sempre se mostrou tão sombria.
Não sabia o que esperar daquela noite, dando conta de que poderia muito bem ser sequestrada e morta a qualquer momento, xingando mentalmente por ter aceitado entrar no mausoléu do estranho que conheceu no dia anterior e que supostamente invadiu sua casa duas vezes.
Caminharam pela propriedade até chegarem a sala de jantares, totalmente iluminada por castiçais de velas espalhados por toda a mesa, diversas opções de pratos salgados e doces incluindo a sobremesa feita pela própria Hanna, porém em uma travessa prateada e sendo o único prato que ja estava comido pela metade, pelo visto ele havia realmente gostado.
"Peço perdão por ter sido tão evasivo e não ter sequer me apresentado devidamente, sou Enzo Vogrincic, senhorita, mas pode me chamar apenas de Enzo, é um prazer em te conhecer"
Enzo estende sua mão e Hanna a aperta em cumprimento, sentindo o toque extremamente gélido da pele dele contra a sua.
Depois das apresentações feitas, o homem puxa a cadeira para que a jovem se sentasse, se sentando em frente a ela logo após.
"Como forma de retribuir sua sobremesa maravilhosa, decidi te proporcionar esse jantar, espero que seja do seu agrado"
Estranho como o homem parecia estar... preso no século passado, ou seria apenas polidez ao extremo?
"Você fez tudo isso?" Hanna pergunta
"Em partes, sim"
"Então recebeu ajuda? Possui empregadas então? Nunca vi ninguém nessa casa"
"São muitas perguntas, vamos com calma"
"Quem é você, Enzo Vogrincic, ou melhor, o que você é?"
Enzo respira fundo.
"Um vampiro, satisfeita? Venho notando sua curiosidade ao extremo por minha propriedade e por minha pessoa, coisa que ja havia tomado todos os cuidados para que ninguém fizesse, mas você, garota, desde o dia que se mudou para aquele apartamento que sinto que não tenho mais paz, sinto seus olhares mesmo quando não pode me ver, sabia que cedo ou tarde chegaríamos a esse ponto"
Hanna entra em choque, de todas as possibilidades que passavam por sua mente nunca imaginaria que seu vizinho fosse ser um vampiro.
"E o que vai fazer então? Me matar e beber meu sangue?"
Enzo ri, gelando o sangue de Hanna mais uma vez quando expõe seus dentes caninos extremamente afiados. Puta que pariu.
"Nunca te mataria, seria um desperdício para o mundo perder uma mulher tão linda, mas beber seu sangue não seria uma má ideia"
Isso foi um flerte? Jesus Cristo a jovem havia acabado de receber uma cantada de um vampiro!
"Você não está ajudando, Sr. Vogrincic"
"Te ajudaria se eu dissesse a verdade?"
"Com toda certeza"
"Então tá, te conto a verdade. Tudo que aquela sua vizinha te contou sobre mim e minha família é verdade, exceto a parte que eu procuro vitimas pra tomar o sangue delas, isso foi hilário" Ele bebe um gole do seu vinho, uma taça que magicamente havia surgido em sua mão "Minha família morou aqui por muitos anos, mas depois que eu "morri" de um mal súbito, nos anos cinquenta, deixaram a propriedade abandonada, mas eu não morri, fui atacado por vampiros que me transformaram em um deles, e fiquei aqui, sozinho, até que não é tão ruim, admito, me acostumei com minha vida e sei muito bem como me disfarçar por entre as pessoas por todos esses longos anos, mas o sentimento de solidão vem me atingindo mais que o normal, e foi desde sua chegada, Hanna, desde quando te vi pela primeira vez da janela de meu quarto venho sendo perturbado por você, venho desejando que me conheça e que me faça companhia, toco violino apenas para você, apareço apenas para você, e sinto muito por ter usado de meus poderes para entrar em seu quarto mas quando tocou minha campainha pela primeira vez não soube como reagir e tive que usar disso para que me buscasse novamente, eu quero você Hanna, quero que seja minha"
As palavras do vampiro tiram de Hanna todo o ar existente em seus pulmões, e por mais que ela tente, é incapaz de esboçar qualquer reação verbal.
"Não precisa dizer nada, se quiser sair as portas estarão abertas, pode ir e prometo que lhe deixarei em paz por toda minha eternidade"
Mais uma vez, o silêncio.
Hanna não sabia como explicar que uma onda de desejo pelo homem havia a atingido depois daquelas palavras, como um fogo subia de seus pés a cabeça.
"Acho que ja sei sua resposta"
Sorrindo de lado, num piscar de olhos Vogincic surge por trás da jovem, pondo seus cabelos de lado expondo a lateral de seu pescoço, ele cheira a pele e a beija com seus lábios gélidos, causando arrepios na mais nova.
"Me diz que me quer também, nena"
"Eu... Eu quero você Enzo"
Como um salto, Hanna sente suas costas colidirem com um colchão macio, percebendo que acabara de ser teletransportada magicamente para o quarto de Enzo.
"Enzo, mas que porra..."
"Shhh... Quietinha, vai ser a única vez que usei meus poderes, prometo"
O indicador do homem tocava os lábios dela, rapidamente substituídos pelos lábios dele, sem pressa, apenas desejos sendo aliviados.
O corpo do vampiro se deita completamente sobre o de Hanna, a prendendo entre ele e a cama, as mãos livres da jovem vão de encontro a camisa dele, sendo retirada de seu corpo expondo o abdômen dele que vai perdendo sua palidez a medida que vai recebendo arranhões da mulher.
Após beijos que se tornavam gradativamente mais ferozes, Enzo passa a descer seus beijos para o pescoço da brasileira, trilhando por sobre os ombros até chegar nas alças do vestido, que são retirados delicadamente por ele, ate que ela fique apenas com sua calcinha de renda.
"Sem sutiã, gatinha? Por essa eu não esperava"
Sem hesitar, Vogrincic passa a estimular os seios dela, utilizando de suas mãos e boca para a proporcionar um prazer humanamente impossível. Hanna sentia sua calcinha encharcar a medida que os estímulos passaram a ser mais intensos, Enzo sabia o que fazia, e fazia muito bem.
Sem aguentar mais, o vampiro continua sua trilha de beijos até a virilha da moça, e sem pedir autorização rasga a calcinha da mesma, arrancando dela um gritinho de surpresa. Vogrincic observa o quão molhada Hanna estava, sinal de que qualquer toque deixado ali seria motivo de seu delírio.
"Enzo... Por favor...”
Foram as primeiras palavras proferidas pela garota após longos minutos apenas de gemidos, tudo soando como musica para os ouvidos de Enzo, que não tarda em começar a chupar aquela buceta tão necessitada. Sua língua deslizava sobre todos os pontos sensíveis, enquanto ele controlava seus caninos que ameaçavam tocar a carne da garota.
Enzo interrompe quando percebe que Hanna se aproxima de gozar, o que a leva a soltar um gemido de reprovação.
"Tenha calma, querida, queria apenas te deixar preparada, o melhor ainda está por vir"
Ele levanta, apenas para retirar o resto de suas roupas e deixar a mostra seu membro enrijecido e vazando o pré semen, deixando a jovem salivando para ter pelo menos um pouco dele em si.
Como se lesse sua mente, Enzo fala.
"Gostou do que viu, nena? É todo seu, e você terá o quanto que quiser, ou aguentar"
Magicamente, a taça de vinho surge na mão do vampiro, que bebe um gole lentamente, com movimentos sensuais feitos de propósito para excitar ainda mais a mulher. Da mesma forma como o recipiente surgiu, ele some, quebrando sutilmente a promessa feita por Vogrincic.
Se encaixando entre as pernas de Hanna novamente, Vogrincic passa a estimular o clítoris inchado da mulher usando da cabeça de seu pau, aos poucos deslizando até a entrada apertada. Enzo penetra aos poucos, para que a jovem aguente toda a extensão entrando em si e alargando suas paredes internas.
“Caralho, tão apertadinha”
O quarto de infesta com o barulho sexual ecoado pelo casal, os gemidos de Hanna se uniam com os grunhidos roucos de Enzo e com o colidir de seus quadris. A mão direita do vampiro vai até o rosto da jovem, apertando levemente suas bochechas mantendo a boca da mais nova aberta, embriagado de prazer, ele cospe, sua saliva caindo sobre a língua dela, a obrigando a engolir o líquido que continha um leve gosto metálico.
Acho que Hanna já deveria imaginar que o que continha naquela taça não era vinho.
Era sangue.
A medida que as estocadas se tornavam mais rápidas e violentas, o orgasmo de ambos se aproximava, a jovem puxa Enzo pela nuca o pedindo por mais um beijo, que é aceito de bom grado pelo vampiro.
“Enzo… eu tô quase…”
“Eu sei, princesa, goza para mim como a putinha que você é”
As palavras sujas são o estímulo final para que Hanna goze, levando Vogrincic ao seu ápice logo depois, despejando seu esperma quente dentro da mesma.
O vampiro da um tempo para que a mulher se recupere, deitando-se na cama e a puxando para se deitar em seu lado com a cabeça em seu peitoral enquanto acariciava seu cabelo.
“O jantar, esquecemos completamente” Hanna fala rindo.
“Relaxa, meu amor, teremos todo tempo do mundo para comermos tudo o que quisermos”
“Bem, eu acho que todo tempo do mundo já é um exagero, preciso voltar pra casa, amanhã terei compromis-”
A fala da jovem é interrompida quando o homem fica sobre o corpo dela novamente, selando seu pescoço e sussurrando em seu ouvido.
“Nada disso, você é minha agora, bebita, por toda a eternidade”
E, finalmente, Enzo Vogrincic finca seus caninos afiados na pele macia do pescoço de Hanna, fadando seu destino a ser eterna, eternamente dele.
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Você já parou para pensar que o brasileiro médio, aquele que você conhece no seu dia a dia, provavelmente não consegue diferenciar uma laranja de um abacaxi? E não é que ele seja burro, não, mas tem algo muito mais sinistro por trás disso. Existe um esquema muito maior, um plano arquitetado com maestria que faz as capitanias hereditárias parecerem brincadeira de criança. Porque, vamos ser sinceros, há muita gente interessada em manter as coisas exatamente como estão.Enquanto isso, o Brasil debate freneticamente a taxa de importação de blusinhas asiáticas, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. "Taxa sobre blusinhas" vira pauta nacional, enquanto ignoramos solenemente o avanço galopante da inteligência artificial. Estamos tão ocupados discutindo minúcias que não conseguimos enxergar o quadro maior: o nosso país não tem a menor ideia de onde se posiciona nesse tabuleiro global.A legislação parece mais interessada em facilitar a instalação da embaixada da Coreia do Norte do que em enfrentar os desafios reais que o mundo nos apresenta. E não se engane, os jornalistas, que deveriam ser os guardiões da verdade, tornaram-se vassalos de um sistema que vai muito além de seus próprios egos. Eles aplaudem a saída e o bloqueio de uma rede social como se isso fosse uma vitória para a democracia. Mas a verdade é que não entendem que estão jogando o jogo de outros — um jogo no qual o Brasil é apenas um peão, nem de longe um jogador.Em meio a tudo isso, o brasileiro médio continua sem conseguir diferenciar uma laranja de um abacaxi. E isso, meus amigos, não é culpa dele. É o resultado de um sistema que o mantém desinformado, que o distrai com bobagens enquanto o mundo avança sem ele. E enquanto não percebermos isso, continuaremos presos na mesma velha armadilha, discutindo o preço das blusinhas enquanto o resto do mundo nos ultrapassa.
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Curiosidades sobre as capitais do Brasil:
1 - A maior capital em extensão territorial é Porto Velho sendo a única a fazer fronteira com um país (Bolívia)
2 - A capital mais populosa é São Paulo
3 - Todas as capitais com exceção de Vitória e Florianópolis são as cidades mais populosas de seus respectivos estados
4 - A capital mais velha é Recife
5 - A capital mais nova é Palmas
6 - A capital mais quente é Cuiabá
7 - A capital mais fria é Curitiba
8 - As capitais de Belém, Vitória, São Luis e Florianópolis são localizadas em ilhas
9 - Das 27 capitais, 6 possuem menos de 500 mil habitantes
10 - 17 das 27 capitais foram fundadas ainda no período colonial (antes de 1822)
11 - Campo Grande, Porto Velho e Macapá são mais velhas que os próprio estados que elas são capital
12 - Uma vez por ano Cuiabá, Maceió, Florianópolis, Belo Horizonte e Goiânia deixam de ser as capitais estaduais e Salvador deixa de ser duas vezes por ano em comemoração ao aniversário das primeiras capitais dos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais e pelas lutas da independência do estado da Bahia, chegada dos portugueses, fundação da capitania de Santa Catarina e aniversário de Deodoro da Fonseca
13 - Com exceção das capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, todas tem o maior IDH de cada estado
14 - Goiânia e Curitiba são consideradas as capitais mais arborizadas do Brasil
15 - Campo Grande e Rio Branco são as únicas capitais sem uma região metropolitana
16 - Cuiabá, Curitiba, Natal, Maceió, João Pessoa, Belo Horizonte e São Paulo são as únicas capitais que não possuem um aeroporto de grande porte nos limites municipais
17 - Macapá está em dois hemisférios sendo dividida ao meio pela linha do Equador
18 - Cuiabá está no centro geodésico da América do Sul
19 - Teresina é a única capital nordestina sem saída para o mar
20 - Manaus era a cidade de passeio da família imperial nas viagens para a região amazônica
21 - Salvador foi a primeira capital administrativa do Brasil
22 - Palmas é a capital com a menor população
23 - Boa Vista, Porto Alegre, Rio Branco e João Pessoa são as capitais em localizações mais extremas do Brasil sendo Norte, Sul, Oeste e Leste respectivamente
24 - Palmas foi a última cidade planejada do século XX
25 - São Luis e Vitória fazem aniversário no mesmo dia, 8 de setembro
26 - São Luis é a única capital fundada por franceses enquanto Recife a única por holandeses
27 - Curitiba tem a segunda maior colônia japonesa do Brasil, só atrás de São Paulo
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Ouro Preto é uma cidade brasileira situada no estado de Minas Gerais. Foi fundada em 1698, por bandeirantes, e recebeu o nome de "Vila Rica" em 1711, quando foi elevada à categoria de vila. Em 1720, tornou-se a capital da capitania de Minas Gerais.
A cidade teve um papel importante na história do Brasil, pois foi um dos principais centros do ciclo do ouro. A riqueza produzida pelo ouro atraiu para a cidade pessoas de todo o mundo, o que contribuiu para o seu desenvolvimento cultural e arquitetônico.
Em 1823, Ouro Preto foi elevada à categoria de cidade e passou a se chamar "Ouro Preto". Em 1897, perdeu o status de capital de Minas Gerais, que foi transferida para Belo Horizonte.
Atualmente, Ouro Preto é um importante destino turístico, devido ao seu patrimônio histórico e cultural. A cidade é tombada pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO.
Aqui estão alguns dos principais marcos históricos de Ouro Preto:
O Museu da Inconfidência, que abriga um acervo dedicado à Inconfidência Mineira, um movimento de independência do Brasil que teve início em Ouro Preto.
A Igreja de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais importantes igrejas barrocas do Brasil.
A Casa dos Contos, sede do governo da capitania de Minas Gerais.
A Igreja de São Francisco de Assis, uma das obras-primas do barroco mineiro.
O Museu de Arte Sacra, que abriga um acervo de arte sacra de Minas Gerais.
Ouro Preto é uma cidade rica em história e cultura. A sua arquitetura, sua arte e seu patrimônio cultural fazem dela um destino imperdível para quem visita o Brasil.
Ouro Preto é uma cidade conhecida por suas belas igrejas barrocas, que foram construídas no século XVIII, durante o período do ciclo do ouro. Essas igrejas são obras-primas da arte sacra brasileira, e são consideradas um dos principais atrativos turísticos da cidade.
Algumas das igrejas mais importantes de Ouro Preto são:
Igreja de Nossa Senhora do Pilar: a mais importante igreja de Ouro Preto, e uma das mais importantes igrejas barrocas do Brasil. Foi construída no século XVIII, e seu interior é ricamente ornamentado com ouro e pedras preciosas.
Igreja de São Francisco de Assis: uma das obras-primas do barroco mineiro. Foi construída no século XVIII, e seu interior é repleto de esculturas de Aleijadinho.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo: uma igreja de arquitetura barroca, com uma bela fachada ornamentada. Foi construída no século XVIII, e seu interior abriga um altar-mor de autoria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição: uma igreja de arquitetura neoclássica, com uma bela fachada ornamentada. Foi construída no século XVIII, e seu interior abriga um altar-mor de autoria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário: uma igreja de arquitetura barroca, com uma bela fachada ornamentada. Foi construída no século XVIII, e seu interior abriga um altar-mor de autoria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Além dessas igrejas, Ouro Preto abriga outras igrejas barrocas, como a Igreja de Santa Efigênia, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, a Igreja de São José, e a Igreja de São Francisco de Paula.
As igrejas de Ouro Preto são um testemunho da riqueza e da cultura da cidade. Elas são um importante atrativo turístico, e atraem visitantes de todo o mundo.
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Perseguição a homossexuais e transexuais veio com europeus durante a colonização do Brasil
"Índias há que não conhecem homem algum de nenhuma qualidade, nem o consentirão ainda que por isso as matem. Estas deixam todo o exercício de mulheres e imitam os homens e seguem seus ofícios, como se não fossem fêmeas. Trazem os cabelos cortados da mesma maneira que os machos e vão à guerra e à caça com seus arcos e flechas, perseverando sempre na companhia dos homens, e cada uma tem mulher que a serve, com quem diz que é casada, e assim se comunicam e conversam como marido e mulher". O relato do português Pero de Magalhães Gândavo, de 1576, é um dos mais eloquentes registros da diversidade de gênero que havia nas terras que hoje são o Brasil, e também do choque cultural imposto pela colonização europeia e católica. Os portugueses também trouxeram em suas caravelas as normas de gênero e sexualidade vigentes na Europa, inclusive por meio do Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição, que previa pena de morte para o "pecado da sodomia", equiparado aos mais graves crimes contra a Coroa. Em entrevista à Agência Brasil para marcar o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, celebrado nesta quarta-feira (17), pesquisadores apontam raízes coloniais nos crimes cometidos ainda hoje contra essa parcela da população brasileira. O trecho de Gândavo é destacado do livro histórico Tratado da Terra do Brasil pelo antropólogo Luiz Mott, no artigo História Cronológica da Homofobia no Brasil: Das Capitanias Hereditárias ao fim da Inquisição (1532-1821). Mott é pesquisador e ativista, professor da Universidade Federal da Bahia, fundador do Grupo Gay da Bahia, pioneiro na contabilização de crimes homofóbicos no Brasil e também responsável pelo resgate da história do indígena “Tibira do Maranhão", classificado pelo antropólogo como a primeira vítima de LGBTfobia de que se tem registro no Brasil.
Rio de Janeitro (RJ) - LGBTfobia que chegou nas caravelas se enraizou com colonização. - Desenho de indígena tupinambá feito pelo francês Jean de Léry. Os tupinambás foram considerados luxuriosos por franceses e portugueses. Gravura de livro de Jean de Léry/Biblioteca Nacional "Tão generalizada era a homossexualidade na Terra Brasilis, que os Tupinambá tinham nomes específicos para designar e identificar osas praticantes dessa performance homoerótica: aos homossexuais masculinos chamavam de Tibira e às lésbicas de Çacoaimbeguira. Condutas radicalmente opostas ao ensinamento oficial da cristandade", escreve Mott em seu estudo.
Raiz violenta
O antropólogo descreve que o cenário demográfico da colônia, em que os homens brancos são minoria absoluta se comparados aos indígenas e, depois, aos africanos escravizados, fez com que o controle social, incluídas aí as normas de gênero e sexualidade, precisasse ser ainda mais violento do que na Europa. O resultado disso foi uma “hipervirilidade”, que via qualquer atitude considerada não masculina partindo de um homem como ameaça odiosa a uma sociedade dominada por poucos homens brancos e cristãos. Para Mott, essa é a raiz das formas brasileiras que tomaram o machismo e a homofobia. "Um grupo tão diminuto, para manter subjugados todas as mulheres e todos os machos não brancos, tinha que ser muito violento, muito truculento. Tinha que saber usar o chicote, a bengala, a espingarda, para se defender dos oprimidos. O machismo aqui foi muito mais forte do que nas metrópoles, e a homofobia era um elemento fundamental da hegemonia do macho branco. O machismo, a misoginia e a homofobia são irmãs trigêmeas nessa sociedade marcada pela escravidão". A violência dos europeus contra os nativos da América do Sul fica bem marcada no assassinato do indígena Tibira do Maranhão pelos franceses em 1614, ano em que ainda ocupavam uma parte do Norte e Nordeste do Brasil. Tibira era a forma como esse indígena era chamado pelos outros tupinambás, por seus trejeitos vistos como efeminados e por se relacionar com outros homens. Esse comportamento era normalizado entre os tupinambás, como narra de forma preconceituosa o empresário Gabriel Soares de Souza, em 1587, em Tratado descriptivo do Brasil: “são muito afeiçoados ao pecado nefando , entre os quais não se tem por afronta; e o que se serve de macho, se tem por valente, e contam esta bestialidade por proeza; e nas suas aldeias pelo sertão há alguns que têm tenda pública a quantos os querem como mulheres públicas”.
Rio de Janeitro (RJ) - LGBTfobia que chegou nas caravelas se enraizou com colonização. - Em 1637, padre solicita o envio de portuguesas ao Pará, para evitar que nascesse "um grande mal" entre 200 soldados sem mulheres. Crédito: Memorial sobre as terras e gentes do Maranhão e Grão-Pará e rio das Amazonas/IHGB Já os capuchinhos franceses viram esses “pecados” como extrema ameaça, diz Mott, porque a missão francesa era composta apenas por homens. "Os capuchinhos eram os grandes líderes dessa expedição com 400 homens, e a tentação da sodomia era muito forte. E eles tinham a ideia de que a sodomia era um pecado tão forte que Deus mandaria castigos, e, por isso, queriam limpar a terra da sujeira da sodomia. Eles chamam o Tibira de cavalo, de lodo. E essa foi uma forma de evitar que a sodomia se alastrasse por uma sociedade que não tinha mulheres brancas". A história da execução foi narrada pelo frei capuchinho Yves D’Évreux, que escreve: "levaram-no para junto da peça montada na muralha do forte de São Luís, junto ao mar, amarraram-no pela cintura à boca da peça, e o Cardo Vermelho lançou fogo à escova, em presença de todos os principais, dos selvagens e dos franceses, e imediatamente a bala dividiu o corpo em duas porções, caindo uma ao pé da muralha, e outra no mar, onde nunca mais foi encontrada".
Inquisição
Luiz Mott explica que o método brutal e a execução pública tinham função de expurgar o pecado e avisar aos demais pecadores do destino que poderiam ter. Outro episódio catálogado pelo antropólogo, em Sergipe, se deu contra um jovem negro escravizado, açoitado até a morte, em 1678, pela suposição de que havia se relacionado com um homem conhecido como sodomita, que havia lhe presenteado com ceroulas. A execução foi determinada por seu “dono”. “A vergonha e a honra eram valores fundamentais no antigo regime. E um escravizado que apareceu em casa com uma ceroula, que foi presente de um sodomita escandaloso, era uma afronta ao proprietário e à família. Era como se tivesse maculado gravemente a honra da família. Ele preferiu perder o capital de um escravizado jovem do que carregar a desonra de ter uma propriedade sua suja pelo abominável pecado da sodomia”.
Rio de Janeitro (RJ) - LGBTfobia que chegou nas caravelas se enraizou com colonização. - Desenho do missionário capuchinho francês Claude Abbeville, que participou da invasão à colônia portuguesa que executou Tibira do Maranhão. Crédito: Gravura de livro de Claude Abbeville/Biblioteca Nacional O papel da Igreja Católica na linha do tempo traçada pelo antropólogo vai além de disseminar o julgamento de que a homossexualidade e a transexualidade eram pecados - inclui a averiguação de denúncias, a detenção de suspeitos e a determinação das punições, seja por meio de visitas periódicas realizadas pela inquisição portuguesa à colônia, seja pelo envio de denunciados para serem julgados em Portugal. Ao todo, ele contabiliza em sua pesquisa que a inquisição portuguesa julgou 4 mil denunciados de sodomia na metrópole e em suas colônias, determinando 400 prisões e levando 30 pessoas à pena máxima - a fogueira. Entre os 30 acusados de sodomia executados pela inquisição portuguesa, nenhum era brasileiro ou vivia no Brasil. As 20 vítimas brasileiras do Tribunal do Santo Ofício responderam por heresia, afirma Mott, e 18 eram judias. O antropólogo considera que, apesar do rigor moral, a inquisição não levou a punição máxima a mais casos, porque essa era reservada apenas aos que provocavam maior escândalo ou envolviam o conhecimento de múltiplos parceiros, por exemplo. Mesmo assim, o antropólogo descreve que havia uma pedagogia do medo contra os LGBTQIA+, em que os padres cobravam a confissão da sodomia, e os fiéis eram compelidos também a denunciar casos conhecidos. "Quando Luiz Delgado, o sodomita que era mais famoso na Bahia, foi preso para ser mandado para Lisboa com seu companheiro, que era bem efeminado, o bispo comunica seu envio à inquisição e escreve que não poderia mantê-los presos na cadeia da Câmara de Salvador porque seriam apedrejados”.
Punição às famílias
A escritora, pesquisadora e ativista transexual Amara Moira foi curadora de uma exposição no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo, sobre a dissidência de gênero e sexualidade no período colonial da história do Brasil. Ela ressalta que as ordenações que tratavam desses crimes/pecados desde o início da colonização incluiam punições contra o indivíduo e sua família, com confisco dos bens do denunciado e perda de direitos para filhos e netos. “Quando você começa a punir a família do indivíduo, você vai criando toda uma tradição cultural de repulsa e aversão dentro do seio familiar. Hoje, uma fala muito comum é preferir ter um filho morto a um filho homossexual, e é uma fala que tem a ver com essa história toda, com esse momento em que, se você tivesse alguém na família que fosse LGBT, a família toda pagaria por isso. É um sentimento que vai sendo construído. Não se deve apenas à legislação, mas é um ponto para fortalecer esse sentimento, que permanece, passando de geração em geração”. Para a pesquisadora, a crueldade prevista pelas legislações contra a sodomia indicava que aquele era um pecado grave, entendido como erro que mancharia não somente a vida dessa figura condenada, mas de toda a localidade se ela não fosse punida com rigor. “A gente vê isso acontecendo hoje em dia também. Sou de Campinas e me lembro do caso de uma travesti da cidade que foi assassinada por um homem que dormiu com ela, teve um surto durante a noite e arrancou o coração dela. E, quando ele é preso, vai rindo para a delegacia e dizendo que ela era o demônio. A gente percebe ainda hoje um monte de discursos muito fortes na sociedade que recuperam essa associação entre o demônio e a pessoa LGBTQIA+, criando terreno para que a violência continue a ser perpetrada com requintes de crueldade. Se essa pessoa é o demônio, cabe a quem é contra o demônio eliminar os vestígios dessa pessoa”. Apesar dos relatos de maior diversidade de gênero entre indígenas como os tupinambás e entre africanos escravizados, a dominação colonial e a própria catequização fazem com que esses preconceitos também se entranhem naqueles que não eram descendentes dos europeus, explica Amara. Ela cita o exemplo do Tibira do Maranhão, em que quem acende o canhão para a execução é outro membro de sua aldeia. “Essa é uma morte brutal produzida pelos franceses. E, se a gente vai ver, quem pede para fazer o disparo do canhão é uma liderança indígena do local que está querendo mostrar serviço para os franceses, está querendo mostrar para os franceses que estão comprometidos com esses valores sendo trazidos da Europa. Isso não era visto como um problema pelas tradições locais, e passa a ser visto a partir do momento em que os europeus chegam para impor suas culturas. E acontece um momento em que essas culturas tentam assumir a perspectiva europeia”, afirma ela. “Hoje, vemos ativistas e lideranças indígenas que se identificam como LGBT, denunciando essa perseguição nas culturas em que vivem, nos espaços em que vivem. Quando a gente recua para antes da imposição da moralidade cristã, havia outra forma de definição do que era válido ou não”.
Sodomia e transfobia
A escritora defende que o que era chamado de sodomia não era apenas a relação homossexual, mas a dissidência de gênero e sexualidade de forma geral, incluindo a transexualidade. Ao discursar antes de executar seu conterrâneo, o indígena que acende o canhão diz que Tupã poderia fazer com que o tibira renascesse no céu como mulher, porque era o que ele queria. “A gente vê essa confusão entre gênero e sexualidade. Não se fala de sexualidade nesse relato, mas há menção explícita de que talvez esse indivíduo condenado gostaria de existir como pessoa de outro gênero”, diz Amara Moira, que explica que desde o século 16 também passam a existir dispositivos legais que se aplicavam às colônias portuguesas, que puniam quem se vestisse com roupas consideradas do sexo oposto, e isso também era tratado como sodomia. Amara Moira cita uma carta de 1551, do jesuíta português Pero Correa, que descreve haver entre os indígenas "mulheres que, assim nas armas como em todas as outras coisas, seguem ofício de homens e têm outras mulheres com quem são casadas. A maior injúria que lhes podem fazer é chamá-las mulheres”, escreve ele, que buscava receber mais detalhes dos “sodomitas mouros”, para saber como lidar com essas indígenas. “Existe uma questão de gênero muito marcada aí. O jesuíta está chamando essas pessoas de mulheres, mas elas não se identificam por essa palavra. A gente não sabe, nessa cultura, como elas se identificam, como eram entendidas. Mas está sendo percebido como sodomia”.
Herança colonial
O pesquisador da história LGBTQIA+ Luiz Morando vê a marginalização dessa população como um valor disseminado por metrópoles coloniais cristãs e culturas monoteístas não cristãs e patriarcais, como a islâmica. Assim como as ordenações portuguesas que interferiram no Brasil, nas colônias espanholas a base foi a Lei de Las Siete Partidas, que introduziu o crime de sodomia. Para a maior parte dessas ex-colônias, esses dispositivos foram derrubados conforme os países estabeleceram os próprios códigos penais. Já para as colônias da Inglaterra, que só descriminalizaram a homossexualidade na década de 60, há leis antissodomia que chegaram ao século 21. No Belize, por exemplo, ela só foi julgada inconstitucional em 2016. Uma parte considerável dos mais de 60 países que criminalizam relações sexuais até hoje tem penas fundamentadas na Lei Islâmica Sharia. A Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais (ILGA) argumenta que muitas dessas leis funcionavam apenas como códigos morais antes da colonização, mas foram fortalecidas por legislações coloniais de metrópoles como a Inglaterra, ganhando interpretações literais. Luiz Morando ressalta que os colonizadores britânicos estenderam a legislação homofóbica até o século 20 e deixaram uma herança LGBTfóbica para suas colônias. Por outro lado, na América do Norte, em grande parte colonizada pela Inglaterra, já havia registros de culturas indígenas que reconheciam gênero neutro e transexualidade antes da chegada dos europeus. “Dependendo do país que colonizou, tanto nas Américas quanto na África, a tendência é essa herança permanecer”, afirma. “Com a chegada dos ingleses, na América do Norte, e dos portugueses e espanhóis, nas Américas do Sul e Central, a tendência é de criminalizar, marginalizar e reprimir. Tanto o anglicanismo quanto o catolicismo vão trazer uma visão conflituosa contra essas dissidências que já eram percebidas nessas populações indígenas nas Américas. À medida que a catequização foi ocorrendo, a tendência era não aceitar mais essas formas divergentes”, descreve ele, que fala em dissidência e divergência porque não existiam os termos homossexualidade e transexualidade na época. Com o fim das legislações que previam penas mais severas contra dissidências de gênero e sexualidade no Brasil e em grande parte do Ocidente, outras pressões sociais se mantiveram como fonte dessa marginalização. Especialmente nas culturas ocidentais, ele aponta uma aliança entre discurso religioso, discurso policial, discurso jurídico e discurso médico para defender um único conceito de família. “Isso vai se tornar tão forte que, quando se elege, no século 19, o conceito de família como união entre homem e mulher heterossexuais para a procriação, esses quatro discursos fecham o cerco em uma espécie de parceria para perseguir e condenar formas de sexualidade dissidentes”.
Acúmulo de exclusões
Morando é autor do livro Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte, que biografa a travesti cearense Cintura Fina, figura icônica da boemia de Belo Horizonte entre as décadas de 50 e 80. Empurrada para a prostituição pela exclusão social, a travesti teve passagens frequentes pela delegacia por episódios em que reagiu a agressões físicas e verbais, lidando com uma sociedade conservadora e violenta.
Rio de Janeitro (RJ) - LGBTfobia que chegou nas caravelas se enraizou com colonização. - Em vermelho, países que criminalizavam a homossexualidade em 2020. Arte:Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA)/ Divulgação Para o autor, o acúmulo de exclusões de raça, classe e gênero une o tibira do Maranhão e Cintura Fina, dois personagens vistos como indesejados pelas forças dominantes das sociedades em que viveram. "A gente pode traçar pelo menos uma linha de permanência da discriminação por meio da exclusão, repressão e censura àqueles que portam determinado desvio a partir de uma conduta padrão, uma diretriz padrão e de valores morais", afirma. Morando descreve que, do ponto de vista dos colonizadores europeus do século 16, o tibira era uma pessoa indígena, não branca, não civilizada nessa perspectiva e um ser considerado primitivo, além de um sodomita. Já Cintura Fina foi uma pessoa negra, pobre, parcialmente alfabetizada, trabalhadora do sexo e travesti. "A gente pode perceber o quanto de discriminação tem entre cintura fina e tibira se pensar na linha de tempo em que esses elementos são usados para identificar pessoas que não correspondem a um ideal de civilização e cidadania". No Dia dos Povos Indígenas, em 19 de abril, as deputadas federais Célia Xakriabá e Erika Hilton protocolaram um projeto de lei para incluir Tibira no livro de Heróis da Pátria. Para as parlamentares, se faz necessário reconhecer o heroísmo de Tibira do Maranhão, ao ousar ser quem ele era e por defender seu território contra os invasores franceses. Fonte: Agência Brasil Read the full article
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Do banderantismo ao troperismo: das divisa ao porguesso
P'ra se buscá o intendimento sôbre o que foi o troperismo i suas ispecificação, se precisa remetê a períodos anterior i a processos que pur sua vêiz cuntribuiu p'ra que o troperismo se tornasse um sistema de istrema importância durante os século XVIII (dezóito) i XIX (dezanóve). A colonização purtuguêsa nessas terra que hoje cunhecemo como Brasí se deu primeramente im isprorá as riqueza naturá, posteriormente se instaurô, o cicro da cana de çucre adonde o prantio i o manejo dessa curtura foi vortano p'ra isportação sob o controle da metrópole oropéia, só que, sabemo que iniciarmente essa curtura foi ristrita a argu’as capitania.
Nêsse cuntesto se pode inserí, São Paulo, que nêsse momento tava passano pur um aumento im sua população, divido a u’a grande migração dos habitante de São Vicente, fato êsse que se deu pela decadência de seus canaviar levano muntos fazendêro a ruína, nêsses tempo num hai São Paulo inda como um grande cêntro cumerciá i agrícola, nos morde de isportação cumparado as capitania do Nordeste, hai inda fator que dificurtô a comunicação de São Paulo c’os principar cêntro mercantir, São Paulo era separada do litorá pela istênsa Serra do Mar, antonce c’o creçumento demográfico, seus habitante percisô buscá formas de subsistí, apesá dessas dificurdade geográfica de comunicação imposta a São Paulo, pur sua vêiz i geografia num le dificurtô apenas, mai le deu tamem vantage, apois São Paulo era vortada p'ro interior i essa penetração foi facilitada pelo rio Tietê i seus afruênte que comunicava os paulista c’o interior, essas condição propiciô p'ra que surgisse os banderante, ô simpresmente como era cunhecido na época os paulista, homes que im sua maioria era mestiço fii de purtuguêis cum nativa, ô inté mêmo já era a segunda ô tercêra geração dessa miscigenação cabôcra.
Esses home se imbrenhava na mata pur mêis i inté anos im busca de riquezas minerar, êles deu sua cuntribuição a corôa [purtuguêsa] na ispansão do território que era dividido c’a Ispanha midiante ao Tratado de Tordesi’a de 1494, cuntribuiu tamem na discuberta das riqueza minerar, só que sua atuação tamem truxe malifício, seno sua principar cunseqüência o istermínio das população indígena, seje pelas bataia i iscravidão ô pelo simpres contato levano duença que os índio num tinha defesas biológica. Os paulista banderante percorria os sertão aprisionano os índio i escravizano êles — êsse fato era comumente cunhecido como "preação dos índio" — o cativêro de índio se tornô um mêi de subsistência p'ros banderante, nessas impreitada pelas mata i pelo interior inóspito da colônia êles cuntribuiu tamem p'ra discoberta do ouro.
Era do "cicro do ouro"
Se inicia antonce o cicro do ouro i cum êle a febre do ouro, que infruenciô u’a migração p'ro interior das Gerais, provocano um grande despovuamento nos primêro núcreo coloniar i principarmente nas capitá das provinça do sertão nordestino [brasilêro] i do litorá çucrerêro, im poucos ano região desertas se transformô na área mai densamente povuada das América, concentrano cêrca de 300 mir habitante pur vorta de 1750.
Cum essa maior muvimentação i c’a retirada do ouro, inté mêmo p'ro abastecimento dessas região era perciso um mêi de transporte, sabemo antonce que nêsse período os mêo de transporte num fazia parte da pauta dos colonizador, apois, os primêro núcreo cumerciá i istraviaste tava concentrados im lugá de fácir acesso, gerarmente perto ao litorá i aos porto de isportação, iniciarmente p'ra arresorvê o pobrema no transporte foi impregado o uso da mão-de-obra iscrava tanto de negro como de índio, valorizano ansim o custo dêsses iscravo i inriqueceno tanto os negrêro conto os paulista que fazia o tráfico dos criôlo, ô seje os índio, i os iscravo era obrigado a carregá de tudo derde donzelas inriquecida inté lingotes de ferro entre ôtros materiar. C’o creçumento da atividade mineradora, o elemento humano (índio i negro), num cunsiguiu mai atendê a demanda de transporte imposta pela inconomia de isportação, u’a vêiz que p'ra êsse fim precisava sê dispensado um delúvio de iscravo, uns p'ro trabaio nas mina i ôtros p'ro transporte, isso se tornô inviáve divido ao arto preço do iscravo no mercado. P'ra tróca do iscravo no transporte, se deu artenativa do imprêgo dos muar, que era incontrado nos campo do Sur i que durante munto tempo havia sido inorada, a cumercialização do muar antonce se intensifica i agora intra nêsse cenário a figura dos tropêro, que foi se tornano os negociante que atraiu na região i gradativamente substituiu os banderante.
Atividade tropêra
O troperismo foi um sistema sociá de istrema importância p'ra ocupação de fato das frontêra aberta anteriormente pelos banderante, os tropêro cruzava o interior do Brasí criano rotas i trias im busca de burro i mula p'ra utilização dêsses como mêi de transporte, no lombo dêsses alimá foi transportado de tudo um pôco. Nêsse sistema sociá inzistia tamem u’a divisão do trabaio tropêro, que tava em, criá, negociá, vendê i tangê esses alimá, essas divisão num se dava apenas no trabaio im si, mai tamem na hierarquia dêsses home, inzistia o dono da trópa que levô boa parte do dinhêro, adespois tinha os condutor, camarada, cuzinhêro i aprendiz, essa divisão tamem se dava no campo territoriar apois cabia aos gaúcho a criação dos alimá, aos paranaense o aluguer dos campo p'ras invernada i aos paulista cabia a tarefa de cumercializá nas fêra realizada im Sorocaba, apois, era a partí daí que os alimá era distribuído p'ra ôtras região, a atividade tropêra i as fêra proporcionô ansim o surgimento de inúmeras vila que mai tarde istabeleceu como cidade, inconto argu’as região, seguia os modelo mercantilista imposto pela metrópole como as região auríferas i çucrerêra, u’a grande porção do território coloniar seguia a lógica da atividade tropêra, toda a cumercialização do muar incontrado no Sur destinada a região centrar da colônia i a Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janêro, Ispirito Santo, São Paulo i a ôtras capitania adonde era utilizada como mêi de transporte, seno elas trópa arriada ô trópa de carga, mai ao longo dessas rotas adversa i muntas vêiz estreita i repletas de perigo, é que se refretia a vida do tropêro, as rôpa que êles usava, i seus curtume alimentá, divido a distância i a dificurdade de transportá alimento seu cardápio se constituía basicamente de, carne seca, feijão, angu de mio, farinha de mandioca i torresmo. O arto preço do sar impedia a sua utilização, cum isso se dava o preparo do feijão tropêro que inté hoje é um prato freqüente na alimentação de muntas cidade da Paulistânia.
Ôtro fator importânte a sê istudado no troperismo são seus ponto de parada p'ro discanso, os pouso divido a grande distância percorrida pelos tropêro, ao finar de cada dia vencido havia a necessidade de pará p'ra discançá, essas parada p'ra pernoite foi se tornano antonce cada vêiz mai fixa i definitiva, inziste várias tipíficação dos lugá de pouso tropêro, podia sê rancho, venda, estalage ô fazenda, cada quá cum suas característica própria, a partí dêsse cenário foi pussíve incontrá o compréxo fazenda-rancho-venda (cumércio), esses compréxo combinava de manêra rudimentar i imidiata, a isproração da terra i a colocação de seus produto, a fazenda miúda fornece a mercadoria que nela se produzia o rancho mai a venda atraía o provave comprador i pussibilitava as transação, pode se colocá que êsse isquema foi fundamentar p'ra cuntinuidade do troperismo, apois, o morador locá se istabelecia próximo aos pouso, curtivava curturas de subsistência i as colocava nas venda p'ra cumercialização, esses produto era basicamente feijão, farinha, carne seca, mio i mandioca, outros produto necessário p'ro cotidiano dos tropêro era inserido na venda, i ansim im torno dessa atividade lentamente se formava as praça ao seu redor, hovesse porguesso, o número de casa ia aumentâno gradativamente, ganhâno autonomia política i se elevano p'ra condição de vila i inté mêmo cidade, se pode concruí antonce que o povuamento quage sempre se dava ao redor dos pouso i aos istabelecimento cumerciá deixano ansim nítida a impressão de transformação posta pelo troperismo, não só transformação mai tamem forma de arrecadação que se montô im torno da atividade tropêra, como se pode citá as vila que detinha pontes, c'o avar da corôa se torna inconstitucionalizada a cobrança de pedágio ao fruxo que pur elas passava, cobrano u’a taxa pur muar que ali passasse, criano antonce a pussibilidade de arrecadação de imposto.
Decrínio da atividade tropêra
Durante mai de 150 (cento i cinqüenta) anos a atividade tropêra foi a principar fonte de transporte i ligação entre as provinça, porêm c’o surgimento da inconomia cafeêra im miados do século XIX, cum novas forma im seu processo de produção inzigia maior velocidade i capacidade na circulação i distribuição das mercadoria, muntos estoriador têm a data de 1875 como marco finar da atividade tropêra, c’o advento da ferrovia, colocano êsse fato como gorpe de misericórdia no troperismo, só que inziste registros da úrtima fêra de venda de muar im Sorocaba im 1897 que ôtros estoriador data como um marco finar do troperismo, entretanto a ispansão dos triio p'ro Oeste Paulista i a istrada de ferro que ligava o Rio de Janêro a São Paulo, superô munto a capacidade de transporte p'ro porto de Santos tornano o muar ineficiênte p'ra essa atividade. Hai a ferrovia como um ponto cruciar p'ro decrínio da atividade tropêra, só que não p'ro seu fim de imidiato, apois a istrada de ferro cum todo seu dinamismo inda num atingia todas as frente de disinvorvimento i sua abrangência se dava apenas narguns introncamento, as mula cuntinuô seno utilizada im trabaio interno nos cafezar i canaviar, na preparação de terra i im ôtros sirviço de transporte, inté os introcamento i as istação de imbarque, levano o troperismo a adentrá o século XX, apois im 1935 inda inzistia cêrca de 30 a 50 tropêro que trazia p'ra São Paulo im torno de 30.000 cabeças de muar.
Num se pode negá que a ferrovia produziu um tepo mai velóiz p'ra arguns lugá, privilegiano inconomicamente aquêles que ajudô im sua instalação, ô seje, grandes fazendêro i cafeicurtor nas região de maior produção, i aos pequeno produtor só restava inda os muar como mêi de acesso aos principar tronco ferroviário, a ferrovia conviveu inté as primêra década do século XX cum um têmpo mai lento conduzido pela velocidade do muar, só que, um elemento determinante, foi o aparecimento das máquina de tração i dos veículo automotor preparados p'ro transporte de carga i arado, como camião i trator proporcionava velocidade i circulação aos produto, a partí daí o muar num era mai necessário p'ra transportá a mercadoria da fazenda inté a istação de trem, nem p'ra ará o campo ô sungá o bonde nas cidade, a máquina definitivamente substituiu o muar. Im 1950 os tropêro deixô de conduzí trópas de muar do Sur i cum a era do presidente Juscelino Kubitschek, vigora o Brasí do automóve, colocano um fim no troperismo.
Resumo
Inda sob essa perspectiva, se pode concruí que inzistiu trêis cicro importânte inconomicamente p'ra metrópole purtuguêsa i posteriormente p'ro império brasilêro, foi êles: da cana-de-çucre, do ouro i do café, só que num se pode disprezá o troperismo, apois êsse foi de inguá magnitude, importante não apenas p'ros interesse istérno, mai vitar p'ro disinvorvimento interno, se pode colocá sua importância istérna na manutenção dêsses cicro, tão importante p'ras metrópole i para o surgimento i fortalecimento do mercantilismo i capitalismo oropeu, o troperismo pur sua vêiz, foi tão mai importante internamente pussibilitô a ocupação de todo o Sur, ispandino i fixano frontêras, pussibilitô tamem o surgimento de cidades tão importante que im sua superô inconomicamente argu’as capitá de provinça, cidades essa que inté os dias de hoje são fundamentar no cuntesto istaduá i federá.
Autoria
Andre Benitez
Referênça mencionada
STRAFORINI, Rafael. No Caminho das Tropas. Sorocaba. 2001
#tropeiro#bandeirante#estória#história#caipira#São Paulo#Paraná#Santa Catarina#Rio Grande do Sul#Minas Gerais#Rio de Janeiro#Espírito Santo#Paulistânia#Brasil#portugal#império brasileiro
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Aparentemente, anos após a primeira queda de Lord Voldemort, o Profeta Diário ainda escreve matérias sobre James Potter. Pertencente à Ordem da Fênix, o bruxo era sangue-puro e, quando em Hogwarts, pertenceu à casa de Godric Gryffindor. Alguns criticavam seu jeito exibido, outros ressaltavam seu coração gigante.
background.
O casal Potter já havia encerrado suas esperanças de terem um filho quando receberam a chocante surpresa da gestação de Euphemia. O tão aguardado herdeiro veio ao mundo tão amado e paparicado que não era surpresa nenhuma que acabasse por se tornar uma criança tremendamente arteira pela grande liberdade que sempre teve. Seus pais já eram mais velhos quando James nasceu, com o negócio da família próspero e lucrativo, e embora não tivessem mais tanta energia para acompanhar o garoto espoleta, buscavam compensar este fato com atenção e mimos materiais praticamente irrestritos, dignos da imensa fortuna da família.
Durante seus anos em Hogwarts, cultivou para si uma reputação bastante singular. Era tido por muitos como um garoto arrogante e sem limites, que não via fim em brincadeiras e pegadinhas que por vezes eram engraçadas somente para um dos lados. Parte disso é verdade, é claro, mas também é impossível para qualquer um próximo a ele negar que James possui um coração imenso, que não poupa esforços por aqueles que ama. Felizmente, a idade trouxe importante maturidade para Potter, que passou a ser mais comedido nos últimos anos conforme seu foco começou a mudar para assuntos mais centrados. O ar brincalhão era parte integral de si e sempre seria, mas a responsabilidade de ser nomeado monitor-chefe, juntamente com a capitania do time de Quadribol e o desejo de ir um pouco além foram moldando o rapaz de forma mais concreta.
A amizade com os Marotos é uma porção fundamental da vida de James. De afinidade praticamente instantânea logo no primeiro ano dos quatro, não demoraram a formar o tão notório grupo cuja reputação já os precedia em toda escola. Ainda que fossem conhecidos como um organismo de quase pura baderna, a lealdade entre eles chegava a um nível quase desproporcional para meros garotos tão jovens. A transformação de James, Sirius e Peter em animagos para poderem melhor auxiliar Remus nas luas cheias cementou de uma vez por todas o comprometimento completo que tinham com a amizade dos quatro.
Quanto à personalidade, James é extremamente leal, ao ponto de torná-lo quase irracional às vezes quando se trata das pessoas com quem se importa. Também cultiva um traço bem clichê e marcante de sua Casa e é estupidamente corajoso, até mesmo passional. Brincalhão, piadista, sempre tem um comentário esperto na ponta da língua. Apesar de ser um bruxo brilhante, é tão acostumado a falar bobagens que muitas vezes brinca que se esquece como é ser inteligente – algo que somente ele e os mais próximos a si podem mencionar, afinal também é muito orgulhoso e pode ser cabeça-quente diante de tópicos que considera absurdos, além de ser propenso a manter rivalidades quando não vai com a cara de alguém.
headcanons.
Gosta muito de música e sabe tocar guitarra. Sempre diz que esse é um tópico em que trouxas possuem muito mais sucesso do que bruxos. Sua banda favorita é The Rolling Stones.
É aficcionado por Quadribol, um verdadeiro nerd de todos os fundamentos do esporte. Tem uma cópia de Quadribol Através dos Séculos autografada pelo autor, Kennilworthy Whisp, e é uma de suas posses favoritas. Torce para o Wimbourne Wasps.
Sua mãe, Euphemia, é uma Oclumente talentosa e tentou ensinar a habilidade a James. Embora ele tenha conhecimento básico sobre essa área da magia, sempre costumava dizer que é algo que não poderia ser mais oposto a ele, afinal James Potter é “um livro aberto”.
informações extras.
Bicho-papão: James vê seus amigos e família mortos diante de si.
Espelho de ojesed: Seu maior desejo é representado por sua imagem junto das pessoas que ama, felizes e em paz. Em sua visão, sabe que se tornou um auror e contribuiu para a vitória sobre as Trevas.
Clubes e atividades extracurriculares: Faz parte do Clube de Duelos, da extracurricular de Música Trouxa e é capitão do time de Quadribol da Grifinória.
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Povos Krenaks
Introdução
Os Krenaks são os últimos Botocudos do Leste, vítimas de constantes massacres decretados como “guerras justas” pelo m governo colonial. Hoje vivem numa área reduzida reconquistada com grandes dificuldades nos Estados de São Paulo (SP); Espírito Santo (ES); Minas Gerais (MG) e parte de Mato Grosso (MT).
Os indígenas desse grupo tribal receberam a denominação de Krenaks pelos bandeirantes portugueses no século XVIII em decorrência dos adornos utilizados pelos mesmos e do nome do líder tribal.
Os Krenaks falam um idioma do grupo lingüístico Macro-Jê, também denominada de Borun. A língua já é quase tida com extinta, já que, apenas mulheres com mais de quarenta anos falam o idioma fluentemente, todavia ainda existe a tentativa de educar os curumins para que aprendam o idioma nativo das tribos.
Religião
Antes da colonização europeia da pátria, os Krenacks eram politeístas animistas, com crenças na reencarnação espiritual, no espírito invisível, nas forças da natureza, bem como na existência de seis almas, adquirindo a primeira alma aos quatro anos de idade, e por isso também ganhando seus primeiros botoques.
Os krenaks também foram acusados de antropofagia pelos portugueses, por isso surgiriam guerras entre ambos. A primeira Carta Régea determinava a guerra ofensiva aos Botocus de MG por considerar que os mesmos eram irredutíveis à civilização e que a guerra defensiva não estava surtindo efeitos desejados para que, a capitania pudesse conquistar a região.
Nele, Krenak fala sobre a luta pelo reconhecimento de terras indígenas em Minas Gerais, a política dos "brancos" para o Brasil, e ataques aos direitos dos índios. Foi assessor especial do Governo de Minas Gerais para assuntos indígenas de 2003 a 2010.
Ailton Krenak, que pertence à tribo crenaque de Minas Gerais, é ambientalista, escritor e líder indígena reconhecido nacional e internacionalmente.
Aos dezessete anos de idade, mudou-se com sua família para o estado do Paraná, onde se alfabetizou e se tornou produtor gráfico e jornalista.
Na década de 1980, passou a dedicar-se exclusivamente ao movimento indígena. Em 1985, fundou a organização não-governamental Núcleo de Cultura Indígena. Através de emenda popular, garantiu sua participação na Assembleia Nacional que elaborou a Constituição Brasileira de 1988. Foi em discurso na tribuna que pintou o rosto com a tradicional tinta preta do jenipapo para protestar contra o retrocesso na luta pelos direitos dos índios brasileiros.
Neste ano ainda, participou da fundação da União dos Povos Indígenas, de alcance nacional.
Em 1989, participou da Aliança dos Povos da Floresta, cujo objetivo era o estabelecimento de reservas naturais na Amazônia onde fosse possível a subsistência econômica através da extração do látex da seringueira e de outros produtos naturais.
Desde 1998, a UPI realiza, na região da Serra do Cipó (MG), o Festival de Dança e Cultura, que integra as tribos indígenas brasileiras que resistiram aos massacres que começaram com a colonização e estendem-se até hoje.
Em 2016, a Universidade Federal de Juiz de Fora concedeu a Krenak o título de Professor Doutor Honoris Causa em reconhecimento às muitas lutas políticas que abraçou. É na UFJF professor de Cultura e História dos Povos Indígenas e Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais.
Foi assessor especial do Governo de Minas Gerais para assuntos indígenas de 2003 a 2010.
Participou das coletâneas Tempo e história e A outra margem do Ocidente.
Bibliografia
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COMO E ONDE SURGIU O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS | Globalizando Conhecimento A história das Capitanias Hereditárias teve início antes do seu estabelecimento no território brasileiro, ao contrário do que muitos acreditam. Apesar de ter ganhado mais notoriedade após a sua implantação na Colônia do Brasil, o sistema de Capitanias Hereditárias teve início muitos anos antes, quando Portugal nem se quer sabia da existência do território brasileiro. O sistema de Capitanias Hereditárias foi instituído na primeira metade do século XV, logo após o início da chamada Era dos Descobrimentos, quando os navegadores e exploradores portugueses começaram a incorporar os primeiros territórios ultramarinos ao que se tornaria o Império Português. Nesse vídeo, você vai entender quando e como surgiu o sistema de Capitanias Hereditárias e como ele se desenvolveu ao longo da história, até ser implantado na Colônia do Brasil. Clique aqui e se torne um apoiador do canal: ➡ https://www.youtube.com/channel/UCJyuZPAE92yhRluQCnIoSqQ/join Quer contribuir com o canal? Pix: [email protected] Me encontre também no Instagram: https://ift.tt/8Jic9Gj VÍDEOS PARA ASSISTIR A SEGUIR ⤵️ COMO SURGIU CADA ESTADO BRASILEIRO | A EVOLUÇÃO DO MAPA DO BRASIL EM DETALHES https://youtu.be/P_kFS3jhJ80 COLÔNIA DO SACRAMENTO | A incansável disputa entre Espanha e Portugal na América do Sul https://youtu.be/w4kSV8RoiVs Como se Formou a Maior Floresta Tropical do Mundo? https://youtu.be/hyQ5uvUZ5Nc #brasil #historiadobrasil #estadosbrasileiros via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=zq5qS4Bs7Dk
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Programa “Adote uma Praça” tem seu primeiro espaço revitalizado
Na última sexta-feira (1º), a Protec Assessoria em Segurança e Medicina do Trabalho se tornou a primeira empresa a adotar uma praça ao lado da Capitania dos Portos por meio do programa “Adote uma Praça” de São Francisco do Sul. A iniciativa, prevista pela Lei Municipal nº 2.838/2024, visa promover melhorias urbanísticas e paisagísticas em espaços públicos, contando com a parceria de empresas e…
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Mariana Minas Gerais
Mariana Minas Gerais: Descubra os Encantos Históricos e Naturais
Mariana, localizada em Minas Gerais, é uma joia escondida no sudeste do Brasil que muitos viajantes podem deixar escapar. Conhecida por suas ruas históricas e arquitetura colonial, Mariana oferece uma experiência autêntica do Brasil colonial. Com igrejas majestosas e uma rica história, essa cidade cativa visitantes que buscam explorar mais do que apenas as capitais conhecidas.
Na cidade, os turistas podem admirar belas construções de época e sentir como se tivessem voltado no tempo. Além das belezas arquitetônicas, Mariana está inserida no famoso Circuito do Ouro, uma rota que revela histórias e tradições do Brasil do século XVIII. Um passeio por aqui não só agrada os olhos, mas também oferece um mergulho cultural em uma época que moldou a identidade mineira.
A atmosfera tranquila da cidade contrasta com histórias de eventos marcantes que ocorreram durante o período colonial. Para aqueles que desejam fugir da correria moderna, Mariana proporciona uma viagem relaxante e reveladora. Vale a pena adicionar essa cidade ao roteiro, para viver uma experiência singular em Minas Gerais.
História e Patrimônio Cultural
Mariana, localizada em Minas Gerais, é uma cidade rica em história e cultura, famosa por sua arquitetura colonial e suas igrejas históricas que atraem visitantes interessados no legado cultural do Brasil.
Origens e Fundação
Mariana, a primeira cidade planejada de Minas Gerais, foi estabelecida no século XVIII durante o auge da mineração de ouro. Fundada a mando de Dom João V, a cidade desempenhou um papel central no ciclo do ouro. Com suas ruas retas e praças retangulares, Mariana refletia os preceitos urbanísticos modernos da época, planejados pelo arquiteto português José Fernandes Pinto Alpoim.
Seu planejamento a diferenciava de outras cidades coloniais mineiras. À medida que prosperava, Mariana tornou-se um importante centro administrativo e cultural. Além disso, foi capital da Capitania de Minas Gerais antes de transferir essa função para Ouro Preto.
Arquitetura Colonial
A cidade de Mariana é um verdadeiro museu a céu aberto, cheia de edifícios coloniais que ainda permanecem bem conservados. O traçado urbano cuidadosamente planejado inclui ruas largas e retilíneas, raro para as cidades de mineração.
Os casarões, muitos deles presentes no Centro Histórico, são testemunhas dos anos dourados do lugar. Entre as construções notáveis, vale destacar a Catedral da Sé e o Museu de Mariana, que refletem o poder e a riqueza acumulados na era do ouro. A riqueza arquitetônica de Mariana contribui para o seu reconhecimento como patrimônio cultural significativo pelo IPHAN.
Igrejas Históricas e Religião
Mariana é um tesouro de igrejas barrocas que refletem a religiosidade e o talento artístico do Brasil colonial. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, com sua fachada grandiosa, exibe riqueza de detalhes artísticos. A Igreja de São Francisco de Assis é outra maravilha, conhecida por suas esculturas e pinturas.
Além dessas, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja de São Pedro dos Clérigos são icônicas, com interiores ricamente decorados. Mais do que locais de culto, essas igrejas são símbolos vivos da história e da cultura de Mariana. A espiritualidade e o valor artístico destas igrejas continuam a atrair fiéis e turistas.
Vida Urbana e Atrações
Mariana, uma cidade com rica herança cultural, encanta visitantes com suas fascinantes praças e museus. A vida urbana pulsante é marcada por ruas históricas e atrações que refletem a tradição e a história local.
Praças e Vida Pública
Mariana é famosa por suas encantadoras praças, sendo a Praça Gomes Freire uma das mais conhecidas. Este espaço verde, repleto de árvores e jardins bem cuidados, é um ponto de encontro popular para moradores e turistas. Aqui, é comum ver pessoas passeando, relaxando ou apreciando a arquitetura ao redor. A praça é cercada por edifícios coloniais que refletem a rica história da cidade.
O Centro Histórico é outro destaque, com suas ruas de paralelepípedos e construções antigas. A Rua Direita, por exemplo, oferece uma vista espetacular da arquitetura colonial que caracteriza Mariana. Esses espaços públicos servem como cenários para eventos culturais e feiras, proporcionando uma experiência autêntica e vibrante da vida urbana local.
Museus e Educação
O Museu da Música de Mariana se destaca na cena cultural da cidade. Localizado em um edifício histórico, o museu abriga um impressionante acervo de partituras e instrumentos musicais antigos. Este local é ideal para quem deseja compreender a evolução da música na região.
Outro ponto de interesse é a Estação Ferroviária de Mariana. Embora não funcione mais como uma estação ativa, oferece um vislumbre do papel crucial que a ferrovia desempenhou no desenvolvimento da cidade. O local é frequentemente usado para exposições e eventos educativos, atraindo tanto residentes quanto visitantes interessados na história ferroviária de Minas Gerais.
Economia e Recursos Naturais
A economia de Mariana, em Minas Gerais, está fortemente ligada à mineração e agricultura. A Mina de Ouro da Passagem é um marco histórico, e a culinária local é rica e variada, influenciada principalmente por ingredientes regionais.
Mineração e Desenvolvimento
Mariana tem uma tradição robusta na mineração, especialmente de ferro e ouro. A Mina de Ouro da Passagem é uma das atrações locais, sendo a maior mina de ouro aberta à visitação no mundo. Ela não só alimentou a economia local por séculos, mas também atrai turismo.
Minas da Passagem também inclui um passeio subterrâneo, permitindo que os visitantes vejam de perto a antiga infraestrutura de mineração. Esse tipo de atividade econômica moldou a cidade e continua a ser uma das principais fontes de emprego.
Agricultura e Culinária Local
A culinária de Mariana reflete a riqueza natural da região. Ingredientes como arroz, feijão e mandioca são comuns nos pratos típicos. A produção agrícola local é valorizada em feiras e mercados, trazendo frescor à mesa.
Próxima a Cachoeira do Brumado, a região é adequada para o cultivo de diversos produtos agrícolas, que abastecem tanto o consumo local quanto áreas adjacentes. Os mercados destacam produtos frescos, e a mistura de influências culturais faz da culinária local uma atração por si só.
Turismo e Lazer
Mariana é uma cidade repleta de charme histórico e belezas naturais. Além das igrejas barrocas e a arquitetura colonial, a cidade oferece trilhas e passeios que conectam o visitante à rica herança mineira.
Pontos Turísticos Naturais
No cenário natural, o Rio Carmo destaca-se por seus belos rios e paisagens, ideal para quem gosta de ecoturismo. As trilhas e passeios de bicicleta ao longo de suas margens proporcionam uma experiência relaxante e revigorante.
Os turistas também podem desfrutar das áreas verdes próximas, explorando cavernas e cachoeiras da região. Para os aventureiros, essas atividades ao ar livre oferecem uma conexão genuína com a natureza e a oportunidade de explorar o coração verde de Minas Gerais.
Circuitos Turísticos Regionais
Mariana faz parte do famoso Circuito do Ouro, interligando cidades como São João del-Rei, Congonhas e Diamantina, formando um itinerário rico em história e cultura. As rotas destacam-se pelas igrejas, museus e monumentos.
Ao seguir essas rotas, é possível também cruzar a Estrada Real, ligando pontos como Belo Horizonte e até mesmo o Rio de Janeiro. Este circuito oferece um passeio cativante através das tradições mineiras, garantindo que os visitantes tenham uma visão abrangente da história e da cultura da região.
Infraestrutura e Transporte
A infraestrutura de transporte em Mariana, Minas Gerais, desempenha um papel crucial na conectividade e no desenvolvimento econômico da região. A localização estratégica próximo à capital, Belo Horizonte, reforça essa importância.
Conectividade e Acesso
Mariana é bem servida por uma rede de transporte que facilita o acesso aos principais centros urbanos. A proximidade com Belo Horizonte permite uma ligação rápida com a capital do estado. As rodovias que conectam Mariana a outras cidades importantes, como Rio de Janeiro, são essenciais para o transporte de mercadorias e pessoas.
Recentemente, houve debates sobre a concessão de um lote de rodovias entre Ouro Preto e Mariana. Isso destaca a importância contínua de melhorar a infraestrutura de transporte na região. Aumentar a eficiência das rodovias pode reduzir o tempo de deslocamento e facilitar o fluxo de bens e serviços. Esse desenvolvimento não só beneficia o cotidiano dos residentes, mas também impulsiona o turismo e o comércio local.
Importância Estratégica para Minas Gerais
Mariana, além de sua relevância histórica, desempenha um papel estratégico nas ligações entre cidades mineiras e capitais como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O transporte coletivo metropolitano em Minas Gerais, coordenado pelo governo estadual, garante que essas conexões permaneçam eficientes.
A posição de Mariana a coloca em um eixo de importância econômica, onde o transporte não apenas liga a cidade a centros urbanos maiores, mas também possibilita o escoamento de produtos locais. A manutenção e o desenvolvimento dessas infraestruturas são cruciais para sustentar não só a economia local, mas também a do estado como um todo, reforçando a interligação entre agricultura, mineração e comércio.
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𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄�� 𝐃𝐎𝐒 𝐍𝐎𝐌𝐄𝐒 𝐃𝐎𝐒 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐃𝐎𝐒
𝐀𝐜𝐫𝐞 – o nome provavelmente vem de ‘aquiri’, corruptela de ‘uwákürü’, vocábulo do dialeto Ipurinã que denominava um rio local. Conta a História que, em 1878, o colonizador João Gabriel de Carvalho Melo fez um pedido por escrito a um comerciante paraense de mercadorias destinadas à ‘boca do rio Aquiri’.
Só que o comerciante não entendeu a letra de Melo, que parecia ter escrito algo como ‘acri’ ou ‘aqri’, e as compras foram entregues ao colonizador com o destino ‘rio acre’.
𝐀𝐥𝐚𝐠𝐨𝐚𝐬 – deriva dos numerosos lagos e lagoas que banham a região. Só Maceió, a capital, possui 17 lagoas, entre mais de 30 em todo o Estado.
𝐀𝐦𝐚𝐩á – a origem desse nome é controversa.
Na língua tupi, o nome Amapá significa ‘o lugar da chuva’ – ‘ama’ (chuva) e ‘paba’ (lugar, estância, morada).
A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialeto tupi jesuítico, que significa ‘terra que acaba’, ou seja: ‘ilha’. Também pode se referir à árvore amapá (Hancornia amapa), muito comum na região. Sua seiva é usada como fortificante e estimulador do apetite.
𝐀𝐦𝐚𝐳𝐨𝐧𝐚𝐬 – o nome, que se transmitiu do rio à região e, depois, ao Estado, deve-se ao explorador espanhol Francisco de Orellana que, em 1541, ao chegar à região, teve de guerrear com uma tribo indígena.
O cronista da expedição relatou que os guerreiros eram, na verdade, bravas índias.
Elas foram comparadas às amazonas, mulheres guerreiras que, segundo lenda grega, retiravam o seio direito para melhor manejarem o arco-e-flecha.
𝐁𝐚𝐡𝐢𝐚 – deriva da Baía de Todos os Santos, região onde atracou uma esquadra portuguesa em 1º de novembro de 1501, dia dedicado a Todos os Santos.
Em 1534, quando o Brasil foi dividido em capitanias, havia uma orientação para que elas fossem batizadas com nomes dos acidentes mais notáveis nos seus territórios.
𝐂𝐞𝐚𝐫á – vem de ‘ciará’ ou ‘siará’ – ‘canto da jandaia’, em tupi, um tipo de papagaio pequeno e grasnador.
𝐄𝐬𝐩í𝐫𝐢𝐭𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐨 – o Estado originou-se de uma capitania doada a Vasco Fernandes Coutinho, que chegou à região no dia 23 de maio de 1535, um domingo do Espírito Santo (ou Pentecostes, 50 dias após a Páscoa), razão pela qual a capitania recebeu esse nome.
𝐆𝐨𝐢á𝐬 – deriva do nome dos índios guaiás, que ocupavam a região no final do século 16, quando lá chegaram os bandeirantes em busca de ouro.
𝐌𝐚𝐫𝐚𝐧𝐡ã𝐨 – outro nome com origem controversa. Uma das hipóteses é que venha do nheengatu ‘mara-nhã’, outra é que tenha origem no tupi ‘mbarã-nhana’ ou ‘pára-nhana’, que significa ‘rio que corre’.
Outra possível origem está no cajueiro, árvore típica da região conhecida como ‘marañón’ em espanhol.
𝐌𝐚𝐭𝐨 𝐆𝐫𝐨𝐬𝐬𝐨 – a denominação tem origem em meados da década de 1730 e foi dada pelos bandeirantes que chegaram a uma região onde as matas eram muito espessas.
Embora a vegetação do Estado não seja cerrada e densa em toda a sua superfície, o nome foi mantido e se tornou oficial a partir de 1748.
𝐌𝐚𝐭𝐨 𝐆𝐫𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐮𝐥 – a criação do Estado é resultado de um longo movimento separatista que teve sua origem em 1889, quando alguns políticos propuseram a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá.
Na primeira metade do século 20, com a chegada de seringueiros, criadores de gado e exploradores de erva-mate à Região Sul, ficou clara a diferença entre as duas metades do Estado. E em 1977 ele foi desmembrado.
𝐌𝐢𝐧𝐚𝐬 𝐆𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬 – a existência na região de inúmeras minas com metais preciosos, descobertas pela exploração dos bandeirantes paulistas no final do século 18, deu origem ao nome do Estado. O motivo da junção do adjetivo ‘gerais’ para ‘minas’ pode ser por conta dos vários tipos de minérios ou também para diferenciar das minas particulares.
𝐏𝐚𝐫á – vem da palavra tupi ‘pa’ra’, que significa ‘mar’. Esse foi o nome dados pelos índios para o braço direito do rio Amazonas que, ao confluir com o Rio Tocantins, se alonga muito parecendo o mar.
𝐏𝐚𝐫𝐚í𝐛𝐚 – vem da junção do tupi ‘pa’ra’ com ‘a’iba’, que significa ‘ruim, impraticável para a navegação’.
O nome foi inicialmente dado ao rio e depois ao Estado.
𝐏𝐚𝐫𝐚𝐧á – também formado pela junção de ‘pa’ra’ com ‘aña’, que significa ‘semelhante, parecido’.
A palavra serviria para designar um rio semelhante ao mar.
𝐏𝐞𝐫𝐧𝐚𝐦𝐛𝐮𝐜𝐨 – o nome vem do tupi-guarani ‘paranambuco’, junção de ‘para’nã’ (rio caudaloso) e ‘pu’ka’ (rebentar, furar) e significa ‘buraco no mar’. Os índios usavam essa palavra para os navios que furavam a barreira de recifes.
𝐏𝐢𝐚𝐮í – do tupi ‘pi’awa’ ou ‘pi(‘ra)’awa’, que significa ‘piau, peixe grande’, com ‘i’ (rio). Ou seja, rio das piabas ou dos piaus.
𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨 – em 1º de janeiro de 1502, uma expedição portuguesa sob o comando de Gaspar Lemos chegou ao que lhes parecia a foz de um grande rio, denominando o local como Rio de Janeiro, ao que é, na realidade, a entrada da barra da Baía de Guanabara.
𝐑𝐢𝐨 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐍𝐨𝐫𝐭𝐞 – recebeu esse nome por conta do tamanho do Rio Potengi.
𝐑𝐢𝐨 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐒𝐮𝐥 – primeiro chamado São Pedro do Rio Grande, por causa do canal que liga a lagoa dos Patos ao oceano.
𝐑𝐨𝐧𝐝ô𝐧𝐢𝐚 – originalmente criado como Território do Guaporé em 1943, trocou de nome em 17 de fevereiro de 1956, em homenagem ao marechal Cândido Rondon (1865-1958), que desbravou a região.
𝐑𝐨𝐫𝐚𝐢𝐦𝐚 – nome indígena local que significa serra verde ou monte verde.
A palavra é formada pela junção de ‘roro’ ou ‘rora’ (verde) com ‘imã’ (serra ou monte).
𝐒ã𝐨 𝐏𝐚𝐮𝐥𝐨 – o nome está relacionado com a data de fundação do Real Colégio de São Paulo de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, que originou a cidade de São Paulo.
Essa data é comemorada pela Igreja Católica como o dia da conversão de Paulo ao cristianismo.
𝐒𝐞𝐫𝐠𝐢𝐩𝐞 – do tupi ‘si’ri-ï-pe’, que significa ‘rio dos siris’.
𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐚𝐭𝐚𝐫𝐢𝐧𝐚 – há duas possíveis origens para o nome.
A primeira se refere a Sebastião Caboto, italiano a serviço da Espanha, que chegou à ilha por volta de 1526 e teria lhe dado esse nome em homenagem a sua mulher Catarina Medrano.
Alguns historiadores, entretanto, acreditam que se trata de um oferecimento a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela Igreja no dia 25 de novembro.
𝐓𝐨𝐜𝐚𝐧𝐭𝐢𝐧𝐬 – nome de um grupo indígena que teria habitado a região junto à foz do Rio Tocantins.
A palavra tupi significa ‘bico de tucano’.
📚Fonte: ( https://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html )
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nome: james fleamont potter
idade: 19 anos
verse: harry potter (marauders era)
looking for: lily evans!
O casal Potter já havia encerrado suas esperanças de terem um filho quando receberam a chocante surpresa da gestação de Euphemia. O tão aguardado herdeiro veio ao mundo tão amado e paparicado que não era surpresa nenhuma que acabasse por se tornar uma criança tremendamente arteira pela grande liberdade que sempre teve. Seus pais já eram mais velhos quando James nasceu, com o negócio da família próspero e lucrativo, e embora não tivessem mais tanta energia para acompanhar o garoto espoleta, buscavam compensar este fato com atenção e mimos materiais praticamente irrestritos, dignos da imensa fortuna da família.
Durante seus anos em Hogwarts, cultivou para si uma reputação bastante singular. Era tido por muitos como um garoto arrogante e sem limites, que não via fim em brincadeiras e pegadinhas que por vezes eram engraçadas somente para um dos lados. Parte disso é verdade, é claro, mas também é impossível para qualquer um próximo a ele negar que James possui um coração imenso, que não poupa esforços por aqueles que ama. Felizmente, a idade trouxe importante maturidade para Potter, que passou a ser mais comedido nos últimos anos de sua carreira escolar conforme seu foco começou a mudar para assuntos mais centrados. O ar brincalhão era parte integral de si e sempre seria, mas a responsabilidade de ser nomeado monitor-chefe, juntamente com a capitania do time de Quadribol e o desejo de ir um pouco além foram moldando o rapaz de forma mais concreta. Isso sem mencionar o relacionamento com Lily Evans, que certamente também foi fator decisivo para sua evolução como pessoa.
A amizade com os Marotos é uma porção fundamental da vida de James. De afinidade praticamente instantânea logo no primeiro ano dos quatro, não demoraram a formar o tão notório grupo cuja reputação já os precedia em toda escola. Ainda que fossem conhecidos como um organismo de quase pura baderna, a lealdade entre eles chegava a um nível quase desproporcional para meros garotos tão jovens. A transformação de James, Sirius e Peter em animagos para poderem melhor auxiliar Remus nas luas cheias cementou de uma vez por todas o comprometimento completo que tinham com a amizade dos quatro.
Quanto à personalidade, James é extremamente leal, ao ponto de torná-lo quase irracional às vezes quando se trata das pessoas com quem se importa. Também cultiva um traço bem clichê e marcante de sua Casa e é estupidamente corajoso, até mesmo passional. Brincalhão, piadista, sempre tem um comentário esperto na ponta da língua. Apesar de ser um bruxo brilhante, é tão acostumado a falar bobagens que muitas vezes brinca que se esquece como é ser inteligente – algo que somente ele e os mais próximos a si podem mencionar, afinal também é muito orgulhoso e pode ser cabeça quente diante de tópicos que considera absurdos, além de ser propenso a manter rivalidades quando não vai com a cara de alguém.
ideias de setting:
passado na timeline canon mesmo, com os membros da ordem da fenix vivendo na clandestinidade por conta da guerra. também é possível "atrasar" a linha do tempo original.
um AU, onde ele e lily sobrevivem ou algum outro evento importante é alterado.
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Do culto pagão aos filhos gêmeos do Deus Zeus, Castor e Pólux, para o culto aos Príncipes Sírios cristão, Acta e Passio, intitulados na universidade de medicina pelos seus mestres como, ORNAMENTO = Kozmas/ Cosme e DOMADOR = Wodamian/ Damião, como chegou as religiões de matrizes africanas?
O Candomblé criado em terras brasileiras no Sec 18, chegou aqui pelos negros JÁ ESCRAVIZADOS de fora para cá, conhecidos como MALÊS, os negros MUÇULMANOS, ou seja, da religião ISLAMICA, qual ao chegar a nova cultura, teve que adaptar seus cultos, seus Deus, Allah, para o Deus aqui já acreditado de outras tribos.
Onde no Candomblé entrou a sincretizarão Muçulmana do uso da EKETH (Pano de cabeça masculino), a bata e até o ritual de "Bater cabeça no Congá", é a reverencia SINCRETIZADA da oração para MECA (ajoelhados), assim como outros rituais do Candomblé, feitas de manhã, pela tarde, ao anoitecer, são os rituais de Fajr, Dhuhr, Asr, Maghrib e Ishaa (Islâmico).
O culto aos gêmeos mártires foi trazido para o Brasil em 1530 por Duarte Coelho Pereira, qual foi navegador, fidalgo e militar português. Foi o primeiro capitão-donatário da Capitania de Pernambuco, e fundador de Olinda, assim Cosme e Damião, trazidos de Portugal para o Brazil, quais no século XIX, os mártires ainda eram padroeiros de confrarias médicas, para obter o título de doutor em Coimbra, pagavam-se emolumentos para a Irmandade de S. Cosme, trazidos para cá, tornaram-se padroeiros de Igarassu, em Pernambuco.
Com a mescla das religiões, o Culto ao doutores Sírios, Acta e Passio, não ficou para trás, sendo celebrado também pelo candomblé, xangô do Nordeste, xambá e pelos centros de umbanda criados depois de 1908, onde são associados aos meninos de angola, onde os negros identificaram Cosme e Damião "católico" como o orixá Ibeji em um sincretismo religioso, aqueles que trazem bem estar por onde passam, possuem conhecimento de desfazer feitiços e auxiliam na cura de enfermidades, onde no nordeste brasileiro passaram a ser invocados para afastar o contágios de epidemias.
Acredita-se ainda que trazem alegria, deixando harmonia e felicidade no ambiente a sua volta, descarregando o ambiente de energias densas, trabalham na caridade, auxiliando principalmente, pessoas em situações de desamparo, fragilizadas, como crianças, idosos, enfermos. Têm a inocência das crianças consigo, gostam de doces, frutas doces e guloseimas. O nome Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".
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Pesca portuguesa está a resistir graças à mão de obra indonésia
A língua indonésia 'bahasa' é cada vez mais comum nos portos de pesca portugueses, misturando sotaques e experiências de um setor que resiste graças à mão-de-obra estrangeira. "Sei dizer melhor os palavrões que as outras palavras em português", disse, sorrindo, Ortono, uma das centenas de indonésios que servem nas embarcações pesqueiras portuguesas.
Mas se a língua portuguesa "é difícil de falar", as artes da pesca são uma linguagem universal, contou à Lusa Zeham, 24 anos, que chegou a Portugal em 2021 para trabalhar no setor, logo depois de terminar a sua formação profissional, na sua terra, Pangandaran, na ilha de Java.
"Precisei de aprender os nomes [dos objetos e utensílios]. Mas mar é mar e pescar é parecido", referiu Zeham, minimizando as dificuldades da adaptação, com elogios aos patrões e companheiros portugueses.
"Eles respeitam muito a nossa religião, não bebemos álcool. Somos bem tratados", explicou Zeham, que interrompeu o almoço que estava a fazer junto ao porto de Peniche para falar com a Lusa.
A grande maioria dos pescadores indonésios (mas também filipinos e malaios) chega a Portugal com formação profissional específica para a pesca e os empregadores suportam custos da viagem, estadia e alimentação, a que se junta pelo menos o salário mínimo.
"No mar somos todos iguais. Não há nacionalidades e eles [os imigrantes] são muitos bons", afirmou Nuno Pacheco, mestre da embarcação de pesca de cerco Avô Varela, do porto de Peniche.
Ao contrário de muitos portugueses, com os quais "não conseguimos contar", porque "estão sempre a falhar", estes "senhores vêm para aqui para trabalhar, estão aqui disponíveis para o horário que nós praticamos" e "têm muito boa formação" no seu país de origem.
Com os imigrantes "podemos contar, é gente que não falha", resumiu Nuno Pacheco.
De Zeham, Nuno Pacheco só ouve elogios, até no processo de regularização. "O patrão tratou de tudo, está tudo legal".
Mas o patrão, filho de pescador e sócio com o irmão na gestão de duas embarcações, admitiu que os problemas burocráticos são um dos principais obstáculos.
O recrutamento é feito por uma agência na Indonésia, que permite avaliar a qualidade e as qualificações dos candidatos. Contudo, "as coisas tornam-se difíceis quando chegam", explicou, dando o exemplo de um dos funcionários mais recentes que começou a trabalhar em janeiro deste ano e, mesmo "com contrato de trabalho, certificações e papeis todos em ordem", só obteve título de residência em julho, poucos meses antes de terminar o prazo sazonal de contratação.
Sem isso, não é possível registá-los na capitania e não podem ir para o mar como elemento do quadro de pessoal marítimo. "Era fundamental ajustar a legislação à nossa realidade", considerou Nuno Pacheco.
Apesar de todos estes problemas, o empresário disse que só se mantém a trabalhar porque tem estes quadros, que já representam 40% da tripulação. "Sem eles já tinha desistido, vendia os barcos e saía disto".
O trabalho da faina continua para lá do mar, nos preparativos que se fazem em terra. No cais do porto, junto ao Avô Varela, portugueses e indonésios juntam-se para preparar as cordas, coser redes, reparar danos ou limpar equipamentos, num ambiente de camaradagem e sem hierarquia.
Os indonésios "têm muito boa formação técnica, são competentes e trabalhamos lado a lado" no mar e em terra. "Respeitamo-nos muito, damos-lhes condições para estarem cá e cada um faz o seu trabalho. Eles não falam connosco, nós não falamos com eles", mas "entendemo-nos quando é preciso", resumiu, admitindo que a língua é o único problema no relacionamento "com pessoas como nós".
Apesar disso, as tripulações têm no futebol um tema universal e a convivência também se faz pela barriga.
"Há um prato particular que eu gosto muito e eles acham piada. Uma espécie de patanisca só de vegetais. Mas aquilo é mesmo bom e quando eles fazem vou sempre lá roubar um pouco", disse, sorrindo, o capitão do Avô Varela.
"No ano passado tínhamos três [indonésios] que foram à terra, mas um quis ficar cá. Não gostámos de o ver aqui sozinho e ele passou o Natal na nossa casa", recordou Nuno Pacheco.
Num tempo em que cresce o discurso anti-imigrantes, Nuno Varela constatou que a pesca portuguesa não sobreviveria sem estrangeiros.
Apesar de "poderem existir abusos nalgumas áreas" da sociedade, "tenho pena que haja quem pense assim, porque nós somos um país que fomos bem recebidos nos outros países e acho que temos uma obrigação cultural de receber bem" quem é imigrante.
Indiferente a estas questões, Zeham gosta de Portugal e confessou que não se importa de permanecer, embora o regresso à sua Pangandaran esteja sempre no horizonte.
"Tenho um contrato, vou cumprir e depois posso voltar ou ir para outro lado", explicou, em inglês rudimentar. Mas a Indonésia está sempre no seu coração. "Quero voltar claro, não sei é quando".
Ao seu lado, divertido, Ortono disse porque gosta de Portugal: "Recebemos em euros. É bom".
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Foto: Divulgação/Semae Nos dias 9 e 10 de julho, a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde de Santa Catarina realizou um encontro inovador com o objetivo de debater e definir ações prioritárias no combate à erosão costeira no estado. O 1º Seminário de Ações Estruturais e não Estruturais no Litoral Catarinense reuniu entidades envolvidas em processos de obras ligadas à erosão costeira, como Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público Federal, Secretaria do Patrimônio da União, Iphan, Capitania dos Portos, IMA, Defesa Civil do Estado, municípios costeiros e pesquisadores de universidades renomadas como UFSC e Univali que fazem pesquisas relacionadas ao tema. Durante o evento, os participantes discutiram o cenário atual da erosão costeira em Santa Catarina, compartilharam experiências sobre medidas já tomadas e se inspiraram em modelos de ações utilizados em países como Holanda, Estados Unidos e Inglaterra. O secretário do Meio Ambiente e Economia Verde, Guilherme Dallacosta, ressaltou a importância de reunir todos os envolvidos no processo de construção de obras relacionadas à erosão no litoral. “Nosso intuito foi deixar claro qual o melhor procedimento a ser tomado em cada situação e definir as responsabilidades de cada entidade envolvida, sendo ela pública ou não”, destacou. Foto: Divulgação/Semae Durante seu discurso na plenária, Guilherme Dallacosta trouxe dados alarmantes sobre os prejuízos econômicos e a necessidade de ações efetivas para mitigar os impactos da erosão em Santa Catarina. Ele lembrou que nos últimos 44 anos, foram registrados 136 desastres no estado, que geraram cerca de R$ 1.093.815.889,12 de prejuízos econômicos. Além disso, ao menos 25 dos 28 municípios catarinenses que têm frente mar já precisaram executar alguma ação de construção ou reconstrução de estruturas de orla. A gerente de Integração e Planejamento Ambiental da Secretaria, Mônica Koch, enfatizou a importância de estabelecer diretrizes que possam socorrer a população em situações de eventos extremos. “Estamos felizes em realizar o objetivo da Secretaria com este evento. Precisávamos reunir estas entidades para abrir espaço de discussão e diretrizes definidas pra socorrer a população. Estamos saindo daqui com um procedimento que já vai gerar muitos avanços”, oficializou a gerente. O Seminário foi marcado pela troca de experiências, discussões embasadas em pesquisas e o comprometimento de todas as partes envolvidas em buscar soluções efetivas para o desafio da erosão costeira em Santa Catarina. Foto: Divulgação/Semae Foram elaborados documentos com as proposições dos grupos que serão compilados pela Semae para serem disponibilizados aos participantes e público em geral. Todos os dados serão encaminhados por meio da CTGERCO – Câmara técnica de Gerenciamento Costeiro para as instituições de competência, afim de que viabilizem e apliquem o que for necessário. Os participantes focaram também em fortalecer a importância dos Planos Municipais de Redução de Riscos e Desastres e Planos Municipais de Contingência e sua integração com os demais planos existentes, como Gerenciamento Costeiro, Plano Diretor entre outros. “Se tornou uma das prioridades, após este evento, a criação de um banco de obras do estado, integrando as informações de todas as instituições envolvidas no licenciamento e monitoramento de obras costeiras”, concluiu o secretário Guilherme Dallacosta. Fonte: Governo SC
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