#Saber que uma pessoa viveu tudo aquilo...
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#Deste quando o filme começou...#Eu já fiquei sufocado pelo o que viria a seguir...#Pelo o que seria a real história assistida...#Tudo é tão assustador e sombrio...#O quando o ser humano é perverso em suas atitudes...#Quando um filme é baseado em fatos reais...#Saber que uma pessoa viveu tudo aquilo...#O coração aperta...#Mesmo com toda a dor que a protagonista passa durante todo este tempo...#A mesma foi forte em seguir até o fim...#E então na sua fuga...#Uma história com muitas reflexões ao viver#a liberdade e principalmente as pessoas a sua volta...#Gostei muito.😉#Filme: 3096 Dias de Cativeiro (2013)👍🎬👍
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PRIMER CONTACTO CON LOS CAÍDOS. QUARTA-FEIRA, 04.09.2024.
se adaptar ao acampamento era difícil. nina sentia uma imensa falta da família, não sabia como era possível estar sobrevivendo sem tê-los por perto. todas as noites os sonhos eram assombrados pelas imagens de terror que viveu antes de ser resgatada por guadalupe. acordava tremendo e suando, pronta para correr até o chalé de ares em busca da única pessoa que parecia confiar dentro daquele lugar. claro, mesmo que essa vontade sempre assolasse seu interior, nunca tinha de fato seguido seus instintos.
estava no lago observando a imensidão daquelas águas quando o barulho ressoou pelo acampamento. nina correu depressa já com a lâmina pronta e as cartas em mãos. sabia o que poderia fazer com as armas? na verdade, não sabia. mas seus instintos pareciam ficar aflorados cada vez mais ao passar dos dias.
a semideusa observou atônita quando, do nada, no meio do acampamento, um portal se abria. aquilo era uma porta? aparentemente sim. viu as pessoas saindo da passagem assim como fazia em seu tiktok quando colocava uma porta na frente de uma pequena mureta para se esconder e fazer um truque com os desavisados no parque. ali, no entanto, não parecia ser um truque.
um a um, sete pessoas novas apareciam e se formavam no acampamento. o estouro da comemoração não deixava dúvidas: eram as pessoas que estavam no submundo. caramba, e eles voltaram vivos! foi uma surpresa e tanto para nina que realmente as pessoas pudessem voltar do mundo dos mortos. tinha ouvido muito falar de cada um deles e sabia que iria tentar se aproximar em breve pois queria saber de tudo.
a perspectiva de ter um banquete de noite em comemoração, porém, era ainda mais divertida… embora estivesse hesitante já que ouviu falar sobre as festas fracassadas daquele lugar. esperava que dessa vez desse certo.
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Falta uma semana
Quando você é jovem, as pessoas dizem que você não viveu muito. Eu concordo plenamente. Daqui a uma semana, completarei meus 16 anos de idade e sinto que não estou vendo minha vida passar. Tenho a sensação de que não consigo ver minha vida; sinto que não estou vivendo. Isso é triste.
O fato de eu estar envelhecendo tem dominado minha mente desde julho. Percebi que o tempo passa, e ele passa sem que se veja.
Até alguns meses atrás, eu tinha um melhor "amigo", um grupinho de colegas, conversava com diversas pessoas e sentia que este seria o meu ano. Mas, no meio do caminho, as coisas foram se complicando, e nem percebi isso.
Esse definitivamente não é um texto lírico que te faça pensar, refletir ou sentir algum aperto no coração ao lê-lo.
Eu me sinto mal, me sinto culpada por estar desperdiçando minha vida por não saber viver e não saber pra onde correr. Se a minha eu de 6 anos estivesse aqui, lhe daria um abraço apertado e pediria perdão por decepcioná-la.
Não posso mudar meus erros, minhas escolhas equivocadas, minhas ilusões ou qualquer outro estigma que me fez estar assim agora. Sei que não posso deixar de sentir o vazio que sinto agora, mas sei que posso melhorar quem serei amanhã. Falhei comigo mesma por muito tempo, mas sei que posso começar a me dar orgulho se eu erguer a cabeça e começar a olhar pra mim. Estou deixando meus quinze anos de vida para trás; com eles, deixo meus medos, minhas inseguranças, minhas jaulas mentais—tudo aquilo que me priva de ter a felicidade que mereço.
Querida Fernanda, para seus 16 anos, te desejo coragem, porque no momento isso lhe falta para se livrar do confortável vazio em que você se encontra.
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eu vi outro dia a mensagem da anon falando sobre o maladaptive daydreaming, e me identifico demais. eu faço exatamente a mesma coisa, coloco músicas aleatórias, me imagino em diversos cenários diferentes, às vezes nem sempre é relacionado a um ídolo, ou artista específico, ou a mim me colocando como uma artista, às vezes envolve a mim e pessoas que fazem ou já fizeram parte do meu ciclo mesmo. e aí eu fico fazendo esses movimentos repetitivos, geralmente, andar de um lado pro outro. antigamente, só conseguia dormir pensando nesses cenários, enfim. no momento é bom, principalmente aqueles que envolvem os artistas que gosto e a mim mesma como artista, mas em dias como o de hoje, por um momento, acabo parando pra pensar que tudo aquilo não passa de invenções minha imaginação fértil, e de alguns sonhos meus, e dá uma deprê fodida!
foi muito bom ler aquela ask porque agora, além de saber que isso tem nome e qual é, descobri que tem cura, o que significa que eu não sou um caso perdido e não vou ficar o resto da vida criando cenários fictícios.
claro que nenhum sonho é impossível, e correndo atrás, a gente pode tudo. mas isso com relação a nós mesmos. nao posso querer casar, sei lá, com o Shawn Mendes, por exemplo, e criar a certeza de que ele vai se casar comigo apenas porque eu gostaria, porque crio isso na minha cabeça, porque aí não envolve mais somente a mim, a quem tenho controle, e sim também a outra pessoa que sequer me conhece.
me sinto meio boba por ter isso, não sei, acho que é inevitável não se sentir assim, porém, acho que todo mundo já viveu essa fase em algum momento. parece pouca coisa, simples e nada demais, mas na verdade, é uma forma de autossabotagem, e é beeeem triste e chato. que todas nós encontremos a cura pra isso, mas ainda assim, sem desistir de correr atrás daquilo que queremos pra gente, e que envolve somente a nós mesmos, já que só podemos controlar a nossa própria vida, a nossa própria história. obrigada a anon que se dispôs a se abrir sobre isso aqui, você foi necessária!
lendo as asks de vocês percebi que isso é muito mais comum do que eu pensava, anonnie! achei que era só mais um termo aleatório que eu tinha achado perdido no tiktok, mas é realmente algo a se pensar... espero que todas vocês possam sair desse ciclo e viver uma vida mais conectada com o real e as experiências que a gente, de fato, pode ter
um beijo da soso! 🫂🤍
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❛ i can't believe you hid this from me. ❜ (drizella)
Considerando o distanciamento gradual de Drizella a última coisa que esperava era ver ela xeretando suas coisas no escritório em casa, ainda que imaginasse que a jovem só estava procurando algum pertence que Lúcifer tenha lhe roubado e corrido para se esconder no escritório, não seria a primeira vez. Contudo, não imaginava que a filha fosse encontrar papéis referentes as finanças, mais especificamente o fato de que estava inteiramente endividada ainda. ❝Posso saber por que está mexendo nas minhas coisas?!❞ O tom de voz saiu áspero quando viu a ruiva com o caderno de contabilidade nas mãos, a fala subsequente dela lhe fez respirar fundo para tentar manter a calma, ainda que fosse difícil. ❝Não lhe contei por que não é da sua conta, a dívida é minha pra pagar e você não tem que saber nada sobre ela.❞ Sendo sincera, a própria Verônica não gostava da ideia da dívida e buscava fingir que ela não existia na maioria dos dias. E machucava seu orgulho que isso chegasse ao conhecimento da filha, por que a última coisa que ela precisava era que soubesse que estavam basicamente no vermelho outra vez. Conseguia ver que Drizella discordava do que ela dizia, mas quando que não era dessa forma? ❝Como você achou que consegui dinheiro para fundar a Elysian? Para nos conseguir uma boa casa quando a maldita da Cinderela e o principezinho dela basicamente nos exilaram? Suas roupas caras e joias nunca se pagaram sozinhas, todo luxo tem seu preço.❞ E claro, não era culpa da filha, naquela situação a Tremaine mais velha sabia inteiramente que a única culpada era ela mesma. Que mesmo sem condições optou por manter a pose e viver com dignidade de algu��m com o nome delas, que optou por continuar mimando a filha por que essa era a única forma de afeto que ela sabia expressar. Levou uma mão até a cabeça quando ouviu a súbita acusação de que era por isso que estava tentando a empurrar para Merida ou algum príncipe qualquer, agora, aquilo era o suficiente para que Verônica começasse a ficar irritada verdadeiramente.
❝Não vou mentir que sim, me seria imensamente bom se você se casasse com Merida ou qualquer outro membro da realeza, certamente isso seria o suficiente para que eu me visse livre das minhas dívidas... Mas não, Drizella, não é por isso que eu insisto tanto nessa ideia.❞ A frustração era nítida tanto na voz, quando na expressão da mais velha. ❝Imagino que deva ser extremamente difícil para que você entenda isso, mas faço isso por que me importo com você, por que quero o melhor para você! E céus, você não viveu tudo que eu vivi, você não entende que eu sei do que eu estou falando.❞ Por que quando o assunto era ser uma decepção, isso ela entendia perfeitamente, sabia o que era fazer as escolhas erradas e como a falta de praticidade naquele setor da vida poderia acarretar em decepções sem fim. ❝Você acha que eu quero que você se case por dinheiro e status apenas por mim? Sinceramente... Eu quero que se case com alguém que lhe garanta estabilidade que nós não temos a bons anos, com alguém que não vai te magoar... Esse mundo não é bom para pessoas como nós, Drizella, uma vez que nos veem como vilãs... Não existe felicidade no amor pra gente, existe apenas a dor da perda e relacionamentos miseráveis, eu sei bem... Me casei por amor e veja onde isso me levou.❞ A voz já estava mais carregada de amargura e dor, odiava lembrar do passado e de toda a dor vivida em seus casamentos. Não queria que nenhuma das filhas tivesse de experienciar o luto de um marido ou esposa, queria muito menos que tivessem a dor de um coração partido como ela teve quando se casou com o pai de Cinderela. E se não poderiam ter felicidade no amor, queria ao menos que elas pudessem ter tudo que o mundo lhes oferecesse, que tivessem estabilidade e fossem respeitadas, não lembradas pra sempre como as meia irmãs desengonçadas de Cinderela. Os passos na direção da filha foram apressados, tirando o caderno laranja das mãos dela, o olhar se tornando mais frio. ❝Se não consegue entender que eu quero o melhor pra você, apenas esqueça dessa porcaria de caderno e viva sua vida. Não é problema seu, eu vou ficar bem. Agora saia, quero ficar sozinha.❞ O tom era ríspido e frio, em partes, com as memórias confusas que andava tendo não era difícil agir daquela forma. Mesmo que odiasse a pessoa que viria a se tornar, a forma que futuramente seria verdadeiramente cruel com suas filhas mesmo sem motivo para tal. Foi apenas quando Drizella saiu do escritório que se permitiu largar a fachada fria e inabalável, deixando que lágrimas caíssem por seu rosto. Não queria ser odiada pelas filhas e ficar sozinha, mas parecia não haver qualquer destino para ela que não fosse esse.
#𝑳𝑨𝑫𝒀 𝑻𝑹𝑬𝑴𝑨𝑰𝑵𝑬 : asks .#drizclla#Isso ficou enorme#socorro#como piorar a relação com suas filhas by Verônica Tremaine
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Uma Família de Três (C.L 16)
Parte.III- Heróis, Princesas e Fewawi.
⚠️Avisos: Angustia( Charles muito triste falando sobre perder quem ama), menção a abandono materno, problemas com os pais, depressão pós parto, entre outros gatilhos. Mas também temos a interação mais fofa com Vincenzo pela primeira vez então isso já é um avanço.
Aproveitem a leitura!
Ps: Essa parte é toda baseada pelo ponto de vista do Charles.
Quantidade de Palavras: 4.332. 🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨
19 de Abril de 2019 - Monte Carlo, Mônaco.
Quando meu pai morreu há alguns anos, eu pensei que estaria preparado para qualquer perda que eu teria que passar posteriormente. Iria doer perder outras pessoas, disso eu não tinha dúvidas, mas eu jurava que nada poderia me abalar tanto quanto perder meu herói.
Quando eu menti para ele que tinha conseguido o contrato da Ferrari, porque era um sonho dele e eu queria que ele pudesse descansar em paz sabendo que tínhamos conseguido, que todo o esforço que ele tinha feito pelo meu futuro, havia válido a pena, eu achei que nada mais poderia doer tanto quanto saber que ele nunca teria a oportunidade de me ver vestindo um macacão vermelho e dirigindo um carro da Scuderia.
Quando me deram autorização para que eu dirigisse o carro que levava o caixão com o corpo dele, e eu rodei pela cidade para que meu pai pudesse dar o último adeus para o lugar em que viveu e amou por tanto tempo, antes de levá-lo ao cemitério, eu achei que nada poderia destruir meu coração e queimar cada célula do meu corpo tanto quanto aquilo fez.
Eu achei.
Mas eu deveria ter sabido melhor. Deveria ter entendido que nenhuma dor seria o suficiente para calejar a alma de alguém.
A notícia chegou para mim na segunda-feira, quando eu ainda estava em Shangai após a corrida, há dois dias. Marie, minha ex namorada, me ligou no meio da noite, eu não entendia o porquê dela estar me ligando, sendo que após o término, há 6 meses, nós não havíamos nos falado.
O meu coração havia acelerado antes de atender o telefone e milhares de pensamentos passaram na minha cabeça, tais quais se ela estaria bêbada e com saudade, ou se ligou sem querer. Se queria apenas conversar por ter tido um dia ruim e Jules não havia atendido quando ela ligou. Eu poderia esperar tudo, poderia pensar em qualquer possibilidade, mas nunca, jamais naquelas palavras. “Jules está morto.” Foi o que ela disse logo após o meu alô. Não houve choro, nem pausas. Apenas uma voz quebrada e sem vida. Uma voz morta e gelada.
Marie não havia ligado porque estava bêbada, ou porque tinha tido um dia ruim e não havia mais ninguém com quem ela pudesse conversar. Não era a saudade por termos ficado 6 meses separados. Não era para dizer que me amava, como sonhei tantas vezes antes.
Marie ligou porque nosso melhor amigo, meu padrinho, estava morto. Sem lágrimas, sem pausas. Apenas o choque. Foi direto. Foi assustador.
Eu perguntei sobre o que ela estava falando, pois Jules havia saído logo após a corrida, e ele estava bem. Estava feliz pela posição e queria voltar para Nice para comemorar com a família. Ela não me respondeu. E eu perguntei se ela tinha bebido, ou se aquilo era um jeito fúnebre de tentar dar início a uma conversa com o ex namorado. Mas ela não riu como eu sabia que ela faria se estivesse brincando. Então eu senti. O silêncio que dizia a verdade. Eu havia perdido Jules também.
Então eu gritei no telefone, disse que aquilo não tinha graça, que já era tarde e que eu não queria participar daquele jogo lôbrego. Negação. “Venha para Mônaco, Charles.” Ela disse e desligou.
Eu queria nunca ter atendido. Queria nunca ter que precisar fazer as malas as pressas e acordar Pierre e lhe contar que havíamos perdido ele. Não queria ter chego em Mônaco e ter visto os rostos dos meus irmãos e da minha mãe maquiados com o luto de novo. “Eu sinto muito, meu amor.” Foi o que minha mãe disse quando eu caí de joelhos e me permiti chorar na frente da minha família enquanto ela me abraçava. “Vai ficar tudo bem.” Foi o que Lorenzo disse. Porém, nós dois sabíamos que não ficaria.
Eu achei que não sentiria mais a sensação de impotência e de amargura ao vestir um terno preto novamente. Eu achei que o luto seria algo com o qual eu saberia lidar. Entretanto, não foi.
Eu pedi a qualquer divindade que existisse, que não me tirasse mais nada. Eu não aguentaria ter que fazer o mesmo trajeto para aquela igreja por causa de outro funeral. E nem queria a experiência daquela sombra que me deixava em frangalhos novamente.
Eu não queria ter que superar outra perda, não queria ter que me perguntar o porquê da dor não passar e nem parecer ser o suficiente. Não queria tentar entender e nem ouvir pessoas dizendo que agora ele estaria em algum lugar melhor e que tudo era um propósito de Deus.
Deus.Por que ele parecia estar tão de mal comigo? Já não tinha sido o suficiente perder meu pai? Por que ele precisaria de Jules também?
Mesmo sabendo que a única certeza da vida é a morte, porque Deus não trouxe uma maneira mais fácil para aqueles que ficam, superá-la?
Não havia mais meu pai, não havia mais Jules. Meus heróis se foram e eu fiquei aqui. Por que eu fiquei?
Eu estava sendo egoísta e sabia. Ainda assim, foi o que me permiti sentir no momento. Eu estava sozinho, sem aqueles que um dia me ajudaram a ser quem sou. Não havia mais ninguém que pudesse me aconselhar e nem me guiar. E por mais que ainda tivesse Lorenzo, ou até Arthur, ainda me sentia perdido, como um barco à deriva.
Quando o carro estacionou na frente daquela igreja, pedi a minha família que fossem na frente. Eu precisava de alguns minutos. Eu carecia de coragem e forças para entrar naquele lugar mais uma vez e encarar aquilo que já sabia que seria o motivo dos meus pesadelos nos próximos dias. “Enfrente os seus demônios” é o que todos dizem. Mas aposto que quem inventou essa frase, jamais entendeu a complexidade do buraco escuro e repleto de amarguras e medos que o luto traz.
Encarei a igreja por trás do vidro do carro. Aquele mesmo carro em que um dia eu já sorri junto ao meu melhor amigo, por o ter ganhado e ele carregar a marca Ferrari na lataria. O mesmo carro onde chorei quando pensei em como meu pai teria reagido ao me ver chegar em casa com ele e Jules me abraçou e disse que não importava onde ele estivesse, ele estaria vendo e estaria orgulhoso das minhas conquistas.
E agora estou aqui dentro. Estou dentro desse carro, mais uma vez em frente à essa igreja. Entretanto, sem consolo de algu��m que eu amo dessa vez. Estou dentro dessa máquina, criando coragem para entrar no funeral de alguém que um dia já me confortou por uma perda.
Estou aqui criando coragem para dizer adeus à mais um dos meus heróis.
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20 de Janeiro de 2023- Nice, França.
Eu estaciono o carro em frente a um prédio antigo de poucos andares. Ao meu lado, Marie observa atentamente enquanto Cecília desce do carro à nossa frente. Eu posso sentir o nervosismo dela e percebo que suas mãos estão fortemente apertadas em punhos.
Eu sei exatamente o que ela está sentindo, e parte de mim se sente orgulhoso por ainda conseguir compreender a linguagem do corpo dela mesmo depois de todos esses anos, mas tento ao máximo minimizar isso, afinal é
um momento delicado tanto para ela quanto para mim.
Após o fim da reunião, Cecilia nos fez um pedido que já esperávamos, mas mesmo assim meio que nos pegou de surpresa. Ela queria que conhecêssemos Vincenzo naquela tarde. E é onde estamos agora. Estacionados á frente do prédio que suponho que seja o local que Cecilia vive com Vincenzo.
-E se ele não gostar da gente?- Marie pergunta baixinho. E eu tenho a impressão de que ela está fazendo a pergunta mais para si do que para mim.
-Ei! Ele vai nos adorar! - Digo e ela olha para mim. Seus olhos estão ligeiramente arregalados de pavor e ansiedade. - Marie, claro que no começo não vai ser fácil, mas isso nós já falamos antes. Vamos apenas tentar nos acalmar. Não pense em Vincenzo como uma futura responsabilidade nossa, por enquanto, pense nele apenas como um pedaço de Jules que iremos conhecer, sim?- Os olhos dela se enchem de lágrimas, mas ela assente e sorri.
Pego sua mão que ainda está cerrada em punho e levo devagar até os lábios, encostando suavemente. Sua mão se abre e eu posso ver as marcas de meia luas vermelhas, cravadas na palma. Ela suspira um pouco surpresa e eu sorrio tentando passar segurança, mesmo que no fundo eu esteja tão apavorado quanto ela, se não mais.
-Nós vamos conseguir, mon chérie. Confie em mim. - Digo e ela assente.
Ela faz um movimento sutil para que eu solte o seu pulso, mas antes que eu pudesse sentir meu estômago afundar pelo seu rejeito, sua mão agarra a minha e a aperta. Um aperto firme e com muito significado. Meus olhos vão de nossas mãos unidas para o seu rosto e dessa vez ela quem tem um pequeno sorriso reconfortante pendendo nos lábios.
-Vamos, Leclerc! Vamos conhecer o legado do nosso melhor amigo.
(…)
-Desculpe pela quantidade de escadas! O nosso elevador quase nunca funciona. - Cecilia diz quando finalmente chegamos a porta de seu apartamento, após subir cerca de oito lances de escadas.
Eu me apoio na parede ao lado da porta e puxo o ar fortemente para dentro dos pulmões, do outro lado no ultimo degrau, Marie está escorada no corrimão tentando acalmar o coração e normalizar a respiração.
-Jesus Maria e José! Como você consegue fazer isso todos os dias? - Ela pergunta para Cecilia que apenas ri e da de ombros.
-Tente fazer isso com uma criança nos braços então, te garanto que é bem pior. - Ela diz e Marie solta um riso leve.
-Então que bom para você que logo estará livre de passar por isso, certo?- Eu falo e o sorriso antes pintado nos lábios dela desaparece.
Marie coça a garganta me fazendo tirar os olhos de Cecilia e encara-la. Ela está me lançando um olhar de repreensão e eu levo tudo de mim para não revirar os olhos.
-Cecília, você quer entrar primeiro e conversar um pouco com Vincenzo antes? - Ela pergunta e Cecilia assente.
-Boa ideia! Volto em um minuto. - Ela diz vasculhando a chave dentro da bolsa até acha-la e enfiar na fechadura da porta. Antes que ela gire a maçaneta da porta para abri-la, ela me encara por um minuto inteiro.
-Eu não estou pedindo para que você goste de mim, Charles. - Seu tom é sério e eu a encaro na mesma intensidade que ela faz. - Mas saiba que enquanto estivermos na minha casa e na frente de Vincenzo, você não falará comigo dessa forma e muito menos irá desrespeitar minha dor na frente do meu filho. Sei que não posso esperar muito de você, pois você é um homem e jamais entenderá a situação com outro olhar que não seja de um. - Ela se vira totalmente para mim. - Nada disso é um passeio na Disney. Para nenhum de nós. E essa está sendo a coisa mais triste que estou tendo que fazer desde que fiquei 12 horas em trabalho de parto sozinha em um hospital enquanto ainda estava de luto pelo pai do meu filho. - Seus olhos transbordam em lagrimas e eu engulo em seco.
- Eu errei e errei muito. Mas pago minha penitência todos os dias por isso. Enquanto você pôde apenas sentir a dor do luto na sua porta, eu tive que levantar todos os dias para alimentar a trocar uma criança que dependia de mim e que durante muito tempo eu o considerei a culpada de tudo. - Ela abaixa o olhar. O arrependimento e a vergonha de suas palavras refletindo em seu ser. - Eles disseram que era depressão pós-parto, mas eu sempre soube melhor. Eu sempre amei Vincenzo, mas nunca irei poder olhar para ele sem ver o reflexo dos meus erros.- Ela limpa as lagrimas que escorrem pelo seu rosto com as costas das mãos. - Vou viver eternamente com esses fantasmas me assombrando, mas não vou deixar meu filho passar por isso. - Ela diz e se vira, abrindo a porta e entrando logo em seguida.
A porta se fecha em um baque fraco e eu apenas fico aqui de pé, olhando para ela. Não sei como devo reagir e nem mesmo o que sentir diante da declaração de Cecilia. Mas mesmo sem saber, a vergonha aponta no pé do meu estômago. Vergonha pois penso no que Jules me diria se pudesse me ver agora. E pela primeira vez em muito tempo, penso em meu pai também.
-Ela não disse isso para que você se sinta mal, Charles. - Sou atraído pela voz de Marie. Seu semblante é sério, entretanto seu tom é suave. - Mas ela não está de tudo errada. Você nunca vai entendê-la mas não apenas porque você é homem, e sim porquê essa situação está bem acima de qualquer compreensão e empatia que eu e você somos capazes de ter. - Ela diz e seu olhar desvia por um momento antes de voltar para mim. - Penso que o único que seria capaz de entendê-la não está mais aqui. - Ela sussurra a última parte e eu continuo aqui, apenas a observando e digerindo suas palavras.
Eu também estou me perguntando se Marie já se sentiu como Cecilia, não pelos mesmos motivos, isso é obvio. Mas se por razões diferentes ela já se sentiu tão sozinha sem ninguém para compreender seus motivos.
E então eu me lembro de quando eu descobri que ela havia partido alguns dias depois do enterro de Jules. Eu fui até o seu apartamento no centro de Mônaco e quando cheguei, o parteiro me disse que ela havia se mudado há dois dias. Eu lembro da sensação de vazio que me preencheu. Da dor, da solidão, do luto.
Eu havia me perguntado várias vezes o porque dela ter partido e me deixado, mesmo não tendo mais nada comigo e nenhuma obrigação de tentar consertar o que dentro de mim estava quebrado. Mas em nenhum momento eu me perguntei o que ela sentiu.
Jules morreu e Marie e eu não tínhamos mais um relacionamento. Seus pais nunca foram pais de verdade. Ela não tinha mais ninguém e mesmo eu me sentindo sozinho e abandonado, ainda tinha minha família que sentia a minha dor.
Então é isso? Foi por isso que ela foi embora? Por que ela achou que não tinha mais ninguém ? Ela passou por tudo isso sozinha?
-Por favor, Charles. Não faça isso. - Ela diz e eu a encaro.
-Isso o quê? - Eu pergunto confuso.
-Não tente decifrar se há mais coisas que eu queira dizer no que eu disse. - Seu olhar está tão intenso quanto o de Cecília a pouco. - Isso não é sobre mim e tão pouco sobre você.- E com essas palavras eu sinto que ela deu um ponto final no assunto.
Eu queria poder rebater e perguntar a ela, mas aquele não era o momento e eu já havia errado o suficiente por hoje. Então aceno com a cabeça em compreensão e ela relaxa os ombros e coça a garganta.
Marie caminha até mim em pequenos passos, meus olhos treinados em seus movimentos. Ela para ao meu lado, se encostando na mesma parede que eu. Seus rosto virado para a escada onde estava antes.
-Eu sinto muito. - É o que eu digo, pois é o que eu sinto. Marie vira o seu olhar pra mim e um sorriso fraco adorna seus lábios.
-Não é sua culpa. - Ela volta o olhar para a escada e eu a acompanho.
Passamos mais uns minutos encarando os degraus frios, ambos imersos em seus próprios pensamentos, até ouvir uma ligeira movimentação que vinha por dentro do apartamento de Cecilia. A porta se abriu porém não havia ninguém ali.
-Oi!- Uma voz infantil diz e eu olho para baixo, vendo um ser pequeno com covinhas e bochechas gordinhas nos encarando. - Eu sou o Vitiendo.
Eu sinto meu corpo gelar e tudo ao meu redor parece estar desfocado. O pequeno me encara com olhos grandes e castanhos, assim como os de Jules. Meu coração acelera dentro do peito, mas mesmo assim eu tento puxar o ar o mais fundo que eu consigo.
Eu me abaixo, ficando o mais próximo que consigo da altura de Vincenzo e ele continua me encarando com olhos grandes e curiosos.
-Você é amigo do papai?- Ele pergunta e eu faço que sim com a cabeça.
-Seu pai era meu melhor amigo.- Digo e os olhos dele brilham. - Eu sou Charles. Muito prazer em te conhecer, Vincenzo. - Digo e estico minha mão para que ele a pegue.
-Você vai ser meu melhor amigo também, Shal? - Ele pergunta olhando da minha mão de volta para o meu rosto.
Eu sinto meus olhos arderem e um sorriso crescer no meu rosto.
-Sim, Vincenzo. Vou ser o seu melhor amigo. - Eu respondo e ele se joga em meus braços. Eu tomo um susto e fico imóvel durante alguns segundos, enquanto eu sinto seus bracinhos se prenderem fortemente ao redor do meu pescoço.
Quando eu finalmente me dou conta de que ele está me abraçando, eu instintivamente o abraço de volta.
As lágrimas que tentei segurar descem pelo meu rosto. É o filho de Jules quem está nos meus braços agora. E é a ele quem eu darei a minha palavra e a minha vida para protege-lo, não importa o que aconteça. Assim como Jules já fez uma vez comigo.
Eu me perco na sensação daquele abraço. Me perco na sensação de familiaridade que sinto naquele momento. É como se eu fosse transportado para alguns anos atrás e quem está nos meus braços é meu melhor amigo. Fecho os meus olhos com força e reprimo a vontade de dizer todas as coisas que eu nunca tive a oportunidade de dizer para Jules uma última vez.
Eu te amo. Eu sinto a sua falta. Me desculpa. Obrigado por ter sido o meu herói. Fica.
Eu não tenho noção exata de quanto tempo ficamos naquela posição, mas eu sinto que voltei a realidade, ou pelo menos para parte dela, quando ouço um fungado e um meio soluço atras de Vincenzo. Ele também deve ter ouvido, pois deu uma leve esperneada nos meus braços, para que eu o largasse e logo se virou para sua mãe e para Marie que nos encara chorando.
Há muitas coisas passando pelo rosto de Marie, mas pela primeira vez desde que soubemos da existência de Vincenzo, o medo não fazia parte de nenhuma delas.
Eu observo como os olhos dela brilham em adoração ao olhar o pequeno garotinho a sua frente que a encara de volta com os olhos brilhando. Eles ficam apenas ali se olhando por alguns segundos, até Vincenzo tombar a cabecinha para o lado em um gesto de confusão.
-Oi!- Ele cumprimenta com um sorriso tímido. - Você é uma princesa? - Eu solto uma risada baixa e Cecilia me acompanha. Marie apenas se abaixa ficando na altura dele. Sua mão direita se arrasta lentamente pelo rosto de Vincenzo como se quisesse gravar cada feição.
-Você é a cara do seu pai. - A voz dela falha em emoção e Vincenzo estica uma mão e imita os movimentos dela.
-Você também era amiga do papai, Princesa? - Ele sorri abertamente e Marie assente rapidamente com os olhos fechados e aproveitando o carinho que Vincenzo faz em seu rosto.
-Sim, meu amor. Eu era bastante amiga do seu papai. - Ela diz em um fio de voz e assim como fez comigo, Vincenzo se joga nos braços de Marie que o segura no mesmo instante e o pressiona fortemente contra si.
Eu me aproximo dos dois e dou um abraço lateral em Marie e passo as mãos pelos pequenos cachos de Vincenzo.
(…)
-E esse aqui é meu carrinho do Lawi Hamiltion. - Vincenzo me mostra mais um de seus carrinhos quando chegamos ao pequeno quarto que era divido com sua mãe. - Ele é meu favorito.- Ele diz e Marie ri ao meu lado quando eu não consigo disfarçar a minha careta.
-E a Ferrari? Você não gosta da Ferrari? - Pergunto para ele e ele me encara confuso por alguns segundos.
-Fewawi? É o carro vemelho que quebra? - Ele pergunta inocentemente e Marie dessa vez explode em risos e eu apenas assinto e dou a ela um olhar feio. - Fewawi é legal, Shal. Mas gosto da Cedes. - ele diz com os olhos brilhando o nome da Mercedes e eu não consigo segurar o sorriso.
-Tudo bem, vou fazer você mudar isso com o tempo. Pelo menos não é Redbull. - Eu digo e Marie nega com a cabeça, o sorriso enorme ainda pendurado em seu rosto.
-Edbull tem o max! Eu gosto da Edbull!- Ele diz e eu engasgo com o ar.
-Mas não é possível! - Eu fico desacreditado e Marie já tem lagrimas nos olhos de tanto rir.
-Não fica bavo, Shal! Vou gosta da Fewawi também, eu pometo! - Vincenzo estende o dedo mindinho em minha direção e eu o pego com o meu e nós cruzamos em uma promessa.
-Eu acho muito bom, pois você vai passar muito tempo no Box da Ferrari comigo, rapazinho.- Eu digo o pegando no colo e ele ri.
-E vamos conhecer o Lawi Hamiltion? - Ele pergunta empolgado e eu assinto sorrindo.
-Bom, ele não vai no box da Ferrari, mas podemos ir no da Mercedes, que tal ? - Pergunto e Vincenzo solta um grito alto de felicidade e me abraça forte.
-Obigado, Shal! Você também vai, Princesa ? - Ele pergunta se virando para Marie que me olha sem jeito e sem saber o que responder.
Já faz muito tempo desde que Marie andou pelo Paddock, a última vez foi meses antes da morte de Jules, quando nós dois terminamos nosso relacionamento. E entendo que para ela, talvez seja um pouco difícil.
-A Princesa vai quando ela estiver pronta.- Digo olhando para Marie. - E quando ela estiver pronta, nós dois estaremos lá para segurar as mãos dela e para que ela não sinta medo, não é ? - Pergunto passando meus olhos de Marie para Vincenzo e o garotinho no meu colo pula, me fazendo agarra-lo mais forte para que ele não caia.
-Sim! E podemos levar a mamãe também né, Shal? - Eu sinto um arrepio na espinha quando ele me pergunta. E olho para Marie que me encara de volta com olhos arregalados e tristes.
Eu não sei o que responder. Na verdade eu ainda não entendi a minha posição aqui. Vincenzo irá viver conosco, mas eu não sei quem ou como que iríamos dar essa notícia à ele. Por mais que eu não goste de Cecília e não concorde com os métodos maternos dela, ainda assim, não sinto que essa conversa deva partir de mim ou de Marie, mas sim de Cecília que ainda é a mãe do garotinho.
Nenhum filho está preparado para deixar a mãe, ainda mais tão pequeno. Cecília é o mundo de Vincenzo. A única verdade absoluta que ele conhece e não quero que ele perca isso, mesmo sendo algo inevitável.
-Que tal a gente ver se a mamãe já terminou de fazer o jantar, Pequeno ? - Marie pergunta se levantando do tapete onde estava sentada. - Você me ajuda a achar a cozinha ? Essa casa ainda é um labirinto para mim e princesas não podem andar em labirintos sem guardas reais e cavalheiros de armaduras para protegê-las não é? - Marie gesticula e põe as mãos no peito tentando se fazer de donzela em apuros, e por mais que eu queira rir da sua atuação horrorosa, eu me sinto grato por ela ter pensado em algo tão rápido para distrair o garoto da sua pergunta.
-Sim, Princesa! Vou proteger você dos monstos e bandidos! - Vincenzo diz fazendo uma pose de herói corajoso nos fazendo rir. - Shal, chão!- Eu entendo o que ele quer dizer e eu me abaixo para colocá-lo no chão em segurança.
Vincenzo vai até Marie e pega a mão dela a puxando pelo quarto em direção a porta. Ela o segue a passos largos e eu fico no quarto por mais uns minutos olhando os brinquedos que Vincenzo havia esquecido no chão.
A pergunta dele ainda ecoava na minha cabeça. O sentimento de querer protegê-lo de qualquer dor toma conta de mim, mas sei que é impossível que ele não vá sofrer com a futura ausência de Cecília. Me pergunto se para ela não está doendo , pois eu o conheço a menos de uma hora e não consigo imaginar ficar muito tempo longe do garoto. Então eu me lembro do que ela disse mais cedo. Suas palavras rancorosas contra si mesma e como ela não quer que Vincenzo seja perseguido pelos fantasmas de seus erros.
E ali, sentado no tapete infantil do Homem-Aranha, segurando os carrinhos nas mãos eu começo a entender, ou pelo menos eu acho que sim. Se para mim que acabei de conhecê-lo já o amo, é claro que para Cecília isso está sendo um pesadelo. Ter que deixar seu filho, sua única companhia no mundo, pois a culpa e as consequências de erros a assombram o tempo todo e preferir sacrificar o seu direito de mãe, do que sacrificar a felicidade e futuro de seu filho, talvez não a torne uma péssima mãe. Talvez isso seja a única coisa que ela tenha feito certo durante toda a sua vida.
E se lembrando da sensação que eu tive mais cedo com ele nos meus braços, eu penso que talvez seja esse o jeito do universo me dizer que por mais que eu não tenha mais meus heróis por perto de mim, eu ainda tenho a oportunidade de ser o herói de alguém.
-Vamos, Shal! Tem muitos monstos querendo levar a Princesa! - Vincenzo aparece na porta e eu me levanto correndo em sua direção, afinal não posso deixar um ser tão pequeno lutar sozinho contra tantos monstros.
#charles leclerc x leitor#carlos sainz fanfic#charles leclerc smut#charles leclerc x black!reader#charles leclerc x reader angst#charles leclerc x reader#f1 smut#f1 x y/n#carlos sainz x reader#pierre gasly
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Quase um mês ao terminar com a pessoa que mas amei, nos primeiros dias tudo me lembrava ela, eu sentia o cheiro dela acredita? Buscava ela em cada detalhe, sabe que chegava a doer a falta dela, minhas mão ficavam trêmulas, eu não tinha mas controle de si, tudo era chorar ou manda mensagem pra ela, tentando saber o porque, se eu era um cara tão incrível pra ela é mas ainda com a filha dela, a resposta, veio dias depois. Na sua primeira oportunidade beijo mas de um em uma noite, aproveitou a máxima, lembrou de mim? Não. Viveu seu momento bebeu e ficou louca, no outro dia todo olhava pra mim meio estranho tipo rindo sabe? E eu so tentando esquecer aquilo, dias se passaram, mas uma festa mas uma oportunidade de tentar fazer diferente e mostra a mulher foda que ela me mostrou ser, que por sinal (me enganei). Ficou com mas um, dessa vez não foi um qualquer é sim aquele que nunca respeitou a gente. É ela? Sempre defendeu com unhas e dentes, sempre falava sua qualidades. e eu? As vezes lembrava que tb tinha umas. Dessa vez não foi só um beijo foi algo que me feriu, das outras vezes eu relevei dessa não, comecei Enxergar ela de outra forma sabe? Tipo, você nunca foi tudo isso é pra melhorar meu ego, os amigos próximos delas usou a seguinte frases, “ tô vendo que tu tá melhor que ela “, é sim claro eu estava. Fui trocado por um cara que come viado, é cheira pó? É ela sabe disso mesmo assim ela escolheu isso. É pior ela sempre disse que não queria nada com ele, MENTIU INÚMERAS VEZES PRA MIM, daí que cobrar lealdade? Tmnc. Talvez ela ache que seja o destino ou slla, que fez uma escolha melhor, porém ela vai ver que tudo vai da errado dnv, acabou comigo pra está com uma cara desses, talvez eles se mereçam né? Os dois curtir a msm coisa, talvez seja isso que faltou em mim pra gente ter dado certo, usar drogas ou viver bebendo. Mal ela sabe que todo mundo rir da sua escolha, até pq só ela não vê as coisas que ele faz, além de comer viado, comeu uma nega que todo mundo diz que tem doença, sabe o pq? Pra ela não pagar a montagem de um guarda roupa meu véi kkkkkkkkkkk. Uma vergonha né? Porém Essa escolha doeu. Já eu sou um menino que luta pelos seus objetivos todo santo dia véi, não tenho muita coisa, mas fazia de tudo por ela é mas ainda pela filha dela que é meu amor, acho que fazia até mas que o próprio pai dela, errei sim, fui covarde sim, mas eu a amava até mas que a mim mesmo. Quase um mês longe eu vir que consigo viver sem ela, tô conhecendo pessoas que krlh me elogia como nunca, mas também sei que no começo tudo é assim, até evito ficar com outras pessoas, pq algumas coisas me lembram ela, véi conhecia uma que tá muito afim de mim, só que tem cabelo cacheado é um sorriso lindo (igual o dela) me chamou pra ir pra CG inúmeras vezes, é eu? Com medo de tudo dnv, vou seguir assim enquanto ela fica com vários eu fico com minha postura, e nome de quem não superou talvez esteja melhor de que o dela “desesperada” igual seu amigo mesmo falou talvez ele veja meu valor que ela não conseguiu vê. Minha maior saudade e da filha dela, não queria cortar o vínculo sabe? Porém todo acho que quero está com a filha dela pra poder conquistar ela dnv é não véi, eu amo aquela criança é a família dela como se fosse minha, a irmã dela? Uma mulher incrível a mãe dela tb, prometi pra mim mesmo que todos os aniversários delas irei da alguma lembrançinha até pq são pessoas que sempre vão está no meu coração. Eu ainda amo ela demais, não queria acabar com o sentimento com raiva dela mas ver que ela ficou,seguiu e tá conversando com o ex, me dá NOJO. Porém espero que ela seja feliz e sempre que me veja lembre “ esse garoto meu amou como ninguém e eu por incerteza deixei ele ir”. E si ela sentir saudade estarei aqui não pra ficar com ela mas sim pra aconselha e proteje, por mas que ela esteja fdp comigo no momento, eu prometi cuidar dela.
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Nome: Bae Daiyu Faceclaim: Yeji, ITZY Data de nascimento e idade: 26.05.2000 — 23 anos Gênero: Feminino Etnia e nacionalidade: Sul-coreana, Coreia do Sul
Moradia: Gangnam-gu Ocupação: Dançarina, Loud Nightclub Qualidades: Persuasiva, Inteligente Defeitos: Fria, Desapegada User: @bks_daiyu
TW: Traição, morte, depressão e suicídio
Coreia do Sul — Busan.
O que um casal sem escrúpulos poderia gerar? Uma vida? Cuidar de uma vida quando nem sequer cuidam de si mesmos?
Temos aqui um bom começo para iniciar a história de Bar Daiyu, uma pequena menininha que era cuidada por sua babá quase que 24 horas por dia.
Engravidar de um homem rico, era esse o sonho de sua mãe – se é que ela pudesse chamar assim – e não demorou para encontrar o pretendente perfeito, um homem mais velho, CEO de uma empresa de entretenimento naquele país e como de heranças tão maravilhosas quanto a mulher que surgiu bem à sua frente. Uma doce e gentil mulher que estava interessada apenas em seus bens materiais, mas bem calculista e inteligente para conseguir convencer o homem frio de que ela realmente o amava. A persuasão era sua amiga também e bastante inimiga daquele que aparentava ter seus 40 anos de idade. Foi assim que a mulher bem mais nova conseguiu seu marido e seu reinado, apesar de traí-lo com diversos homens. Ela viveu seus longos meses bem e farta, até a descoberta: estava grávida e aquilo era uma boa notícia, afinal, mais uma maneira de prender o marido à ela, mas quando Daiyu veio ao mundo, retirou a vida daquela que até mesmo podia dizer que “odiava aquele bebê crescendo dentro dela” até porque, o parto havia sido de alto risco e só uma sairia viva da mesa cirúrgica e para a alegria de uns e desprezo de outro, foi Daiyu quem saiu, uma pequena menininha que não tinha culpa de nada do que estava acontecendo naquele mundo que simplesmente a jogaram.
Ela cresceu, rodeada pelo pai, que era um homem presente apesar de seus compromissos, a ensinou outras línguas, como o inglês, fonte principal de seu progresso na vida, o chinês – sua língua oficial – e o coreano, língua esta que ele usava para trabalhar com empresas de entretenimento de kpop. Daiyu cresceu bem, feliz, puxando traços da personalidade da mãe, mas também traços da personalidade do pai e da babá que estava com ela 24 horas por dia, uma mulher de meia idade e tão doce quanto açúcar. Mulher essa que era uma mãe para a menina e a ensinou tudo, muito diferente do que sua progenitora poderia dar se ainda estivesse viva.
Com o passar dos anos, já na adolescência, buscava saber sobre sua mãe, quem era? O que era? Como seria se ela estivesse viva? Eram muitas perguntas e muitos porquês, o que decidiu que questionar a todos e até mesmo bancos de informações na Internet, mas o grande problema disso tudo é que com essas descobertas, seu pai vinha sofrendo muito pelo saber da traição que tinha em sua casa, aquela mulher era uma traíra, apesar de sua mãe e esse remexer no passado acabou ocasionando a depressão de seu pai. A depressão pelo passado foi tão forte que o homem tirou sua própria vida no quarto que anteriormente era do casal e por sua vez, era mais um desastre que Daiyu carregava nas costas e por isso a tristeza tomou conta e ela passou a se trancar para estudar tudo o que podia, não demorando muito para se formar em administração e começar a tocar os negócios do pai.
Os tempos eram difíceis, diferentes, a única pessoa que jamais a abandonou foi a babá que estava consigo desde o início. Atualmente, Daiyu é uma renomada CEO de uma empresa, mexendo também com desenvolvimentos de jogos online, para a própria distração.
Sua vida nunca mais foi a mesma depois do falecimento do seu pai, mas isso a tornou mais forte e fria do que podia imaginar, será que alguém consegue quebrar esse coração gelado? Era o que a babá sempre perguntava a si mesma, mas nunca obteve uma resposta.
Bae Daiyu hoje vive em Gangnam-gu um belo apartamento, com uma ótima vista ao lado de sua Babá e mãe.
OOC: +18 Triggers: N/A Temas de interesse: Todos
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Acolhemos orgulhosamente TYRION FERNSBY em nosso corpo estudantil! Ele é um LICANTROPO matriculado na Casa ZEPHYR aos 25 anos. Ele pode passar a impressão de ser PROTETOR e EXPLOSIVO, e talvez você o confunda com o padrão LEO SUTER, mas garantimos que é apenas uma coincidência.
BIOGRAPHY:
abandonado logo após seu nascimento nas escadarias de um orfanato, a única pessoa que odeia mais do que a si mesmo é sua mãe biológica; ele nunca tivera uma chance. o bebê desnutrido logo entrara no sistema, não demorara muito para que uma família o adotasse, mas ao completar cinco anos de idade o menino enfrentava mais uma vez a dor de ser abandonado, seus pais adotivos entregaram a criança de volta para o sistema com alegações de que não se sentiam seguros em ter-lo perto de seu filho biológico. desde cedo embora muito pequeno e esguio, o Fernsby parecia atrair todo tipo de problema, com seu gênio difícil mesmo as poucas pessoas que se interessavam na criança quieta logo desistiam de aplicar para sua adoção ao ver seu histórico e comportamento, e em partes Tyrion sempre pensou que aquele era seu destino a eterna solidão por ser alguém tão difícil, e sequer sabia o motivo pelo qual sentia tudo tão fortemente, só sabia que sentia. quando conhecera Althea aos seus oito anos de idade ele pensou que ela como todos desistiria dele, mas ele estava errado, e muito cedo viria a perceber que num mundo tão ruim Thea era a única coisa boa ao seu redor. pela primeira vez na vida sentira como se tivesse uma gota de sorte quando ele e Thea se mudaram para uma casa acolhedora para órfãos problemáticos nas montanhas de Washington, mas logo descobririam como a casa era absolutamente cheia de horrores, de abusos físicos a psicológicos aos doze anos de idade Tyrion decidiu que precisava fugir, e claro, como sempre Thea estava preparada para fugir com ele.
Tyrion e Thea escaparam no meio da noite floresta a dentro, a principio sem saber como sobreviveriam, dormindo em carros velhos abandonados até conseguirem dinheiro suficiente para comprar a pequena tenda que passaram a habitar. mesmo que tivesse apenas treze anos Tyrion tentava arranjar dinheiro de qualquer forma possível, alimentar Thea e ter certeza que ela estava quente e protegida era sua maior obrigação, por algum motivo seu senso de responsabilidade sempre fora muito alto, especialmente aos que amava. caminhando pelas férias montanhas do interior de Washington eles encontraram uma pequena cabana abandonada, está que logo viraria o lar dos pre-adolescentes. quando completara quatorze anos Tyrion fizera um anel de barbantes pediu Althea em namoro, afinal ela era sua família, sua vida, sua alma gêmea, porém todos os eventos daquela noite que era pra ser tão especial acabara por se tornarem extremamente trágico. Tyrion sabia que algo sentia diferente, e naquela lua cheia de transformara pela primeira vez, impossibilitado de controlar seus instintos e ações o licantropo matara a namorada, acordando no dia seguinte confuso e cheio de culpa, deus, como tudo poderia ser absolutamente tão miserável em sua vida? e por aquilo jamais conseguiria se perdoar.
o Fernsby viveu por quase três anos isolado de todos em sua cabana abandonada, e em partes sequer sabe como conseguiu sobreviver a depressão que tomara conta de seu corpo após perder Althea, tudo que sabia era que se passasse por aquilo de novo não sobreviveria. aos seus dezessete anos fora encontrado por outro lobisomem que ouvira as histórias do lobo sanguinário que habitava a parte mais distante da floresta, e por um ano, Charles conquistou a confiança de Tyrion, sendo o mais próximo que tinha de uma figura paterna, fora Charles também que o convencera a entrar para Nevermore Aademy aos seus vinte e dois anos, após ser ensinado as matérias básicas pelo resto de sua matilha que tinha atendido a mesma, e embora ele não seja muito feliz com a ideia de conviver com outras pessoas, decidiu ceder pela aprovação de Charles.
SPECIES:
Não há um dia sequer de sua existência que Ty não se odeie por ser como é ou pelo sangue amaldiçoado que corre em suas veias, não só pela dor da transformação mas pela culpa que carrega até hoje pela morte de Althea, inclusive carrega em seu pescoço o anel de sua ex namorada para nunca se esquecer do que é capaz enquanto transformado. Quando a lua está cheia no céu, a única coisa que pode minimamente remeter a forma humana de Tyrion são seus grandes olhos castanhos, sua pelagem negra e um tanto quanto longa o ajudava a se camuflar a noite nas montanhas de Washington, sendo resguardado pela escuridão. como nem tudo pode ser tão ruim, o jovem fora abençoado com o poder da super força.
CLUBS:
Clube de Séance
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Agust Kang reflete sobre as Fases Profundas do Amor no SENSE Podcast com Soojin.
No último episódio do SENSE Podcast, Soojin trouxe como convidado especial o renomado advogado e escritor Agust Kang. Conhecido por sua visão sobre as complexidades da vida e seus aclamados livros, Agust compartilhou reflexões pessoais e poderosas sobre o amor — não apenas suas fases mais belas, mas também as mais difíceis e desafiadoras.
Durante a conversa, Agust abordou temas profundos, incluindo sua experiência pessoal em um relacionamento que, segundo ele, moldou sua visão sobre o que realmente significa amar e ser amado.
A vulnerabilidade de amar em carne e espírito.
Logo no início do episódio, Soojin questiona Agust sobre o que o levou a explorar o amor em suas várias facetas em suas obras literárias.
"Acredito que o amor, com toda a sua intensidade e nuances, é um reflexo da humanidade em sua forma mais pura. É por isso que ele se tornou um tema recorrente em meus escritos. Minhas experiências, tanto as alegrias quanto as perdas, me permitiram escrever sobre o amor com maior autenticidade, explorando sua beleza e suas sombras com a sensibilidade que ele merece," afirmou Agust.
Ele explicou que essa abordagem vem de suas vivências reais, e que escrever sobre o amor é como tentar capturar a essência de algo que está em constante movimento, sempre evoluindo conforme nossas próprias experiências mudam.
As fases do amor: mais do que alegrias
Soojin então guiou a conversa para um território mais íntimo, perguntando a Agust como ele percebe as fases do amor, além das que associamos com a felicidade e a conexão.
"Para mim, o amor passa por muitas fases, e nem todas são momentos de pura alegria. Há fases de dúvida, momentos de silêncio, de incerteza. O amor verdadeiro é, muitas vezes, testado nesses períodos, e é aí que a conexão entre duas pessoas pode ser verdadeiramente revelada. Não é apenas sobre os momentos em que tudo está em harmonia, mas também sobre como enfrentamos os desafios e crescemos juntos, sem perder de vista o respeito e o carinho um pelo outro."
Com notável franqueza, Agust revelou que viveu um relacionamento de anos que consumiu não apenas seu tempo, mas também sua saúde mental.
A experiência transformadora de um amor tóxico
Talvez um dos momentos mais tocantes do podcast tenha sido quando Soojin pediu a Agust para compartilhar uma experiência pessoal sobre um relacionamento que tenha marcado sua visão atual do amor.
"Eu vivi um relacionamento que, durante anos, tomou tudo de mim. Minha saúde mental, meu tempo, minha energia. Eu ficava constantemente confuso, sem saber se era amado ou odiado. Era um ciclo emocionalmente desgastante, e eu tentava entender se aquilo era simplesmente o jeito de amar daquela pessoa. Mas, com o tempo, percebi que estava aceitando algo que não deveria."
Agust explicou que muitas vezes se confundem comportamentos tóxicos com os altos e baixos normais que todo relacionamento pode ter. Ele fez questão de destacar que o amor não deve ser romantizado como algo que destrói ou desestrutura.
"Aprendi da maneira mais difícil que não se deve confundir maltrato com as fases ruins do amor. Amor não é algo que deve te destruir. Há uma diferença entre superar desafios juntos e aceitar o que é, de fato, tóxico. E foi um longo processo para eu entender isso. Amor de verdade constrói, fortalece, mesmo nos momentos mais difíceis. Ele não deve te desestruturar."
A jornada pessoal de Agust sobre amor e redenção
Ao final do episódio, Agust compartilhou como sua experiência nesse relacionamento complicado o ajudou a redescobrir o que significa o amor verdadeiro.
"Acho que, ao final, o que eu realmente aprendi é que o amor deve ser um espaço seguro. Um espaço onde você se sente valorizado e visto. O amor não deveria ser uma batalha emocional constante. E, uma vez que me libertei dessa ideia de que amor envolve sofrimento, fui capaz de me reconectar com o que o amor realmente significa para mim."
Soojin encerrou o episódio elogiando a coragem de Agust em falar sobre um tema tão pessoal com tanta transparência e sensibilidade. Para ela, a forma como ele compartilhou sua experiência ajudará muitos ouvintes a entenderem melhor o que significa viver um relacionamento saudável e como é importante não romantizar comportamentos destrutivos em nome do amor.
Se você ainda não conferiu o episódio completo, ele está disponível em todas as principais plataformas de podcast. Prepare-se para uma conversa rica e inspiradora sobre amor, vulnerabilidade e crescimento.
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Eu tinha uma amiga da escola que se tornou amiga da vida. Hoje, acordei pensando nela, no sonho que tive, e em tudo o que a gente viveu. Ela era “a minha pessoa”, sabe? A verdade é que nunca mais tive uma conexão como a que tive com ela. Fazíamos tudo juntas, e apesar de muitas vezes discordarmos, sempre nos demos muito bem. Até tínhamos um colar de amizade, daqueles divididos ao meio, simbolizando o que éramos uma para a outra. O mais curioso é que lembro até hoje do momento em que tudo mudou. Foi estranho, porque, no fim das contas, parece que a maior culpada fui eu. Temos uma história linda, e ela sempre será minha referência de amizade. Às vezes vejo as postagens dela e me lembro de quando ela sentava ao meu lado para desabafar, e desabafava tanto, até chorar. A maior parte do tempo, eu só ouvia. É muito bom ver que hoje ela venceu tudo aquilo que a incomodava emocionalmente. Esses dias, tivemos uma longa conversa, num lugar em comum onde estávamos, e voltei para casa desnorteada com tanta informação sobre a vida dela. Saber que não faço mais parte, nem um pouco, de tudo isso, doeu bastante.
Entendo que a vida dela tomou outros rumos, e sim, agora ela tem “a pessoa dela” mas eu ainda adoro ver ela realizando seus sonhos. Ela é alguém que sempre vou lembrar, acho que pessoa insubstituíveis são assim, não podem ser esquecidas facilmente.
Por que ninguém fala sobre como términos de amizade podem ser tão dolorosos?
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Oi Karol..., eu sinto muito pelo o que você está sentindo nesse momento, e eu fico feliz por ter conseguido ser um apoio pra você por um tempo. Eu estava pensando esses últimos meses a mesma coisa, sabia?, acho deprimente como o amor hoje em dia está tão frio... que por mais que a gente se esforce e dê tudo de nós mesmos por aquilo, não vai funcionar, e fico pensando o porquê?, sabe?, às vezes queria ter a oportunidade de amar novamente e viver algo intenso como foi com você e eu percebo que eu tento e tento, mas não vai, aí começo, talvez foi só daquela vez mesmo e está tudo bem, aí depois fico triste e fico tentando me confortar, ao menos você viveu algo e tem gente que nem isso viveu, que tem gente que nem conhecida verdadeiramente por alguém foi, eu meio que já aceitei, sabe?, acho meio depressivo, mas eu meio que me conformei, ou talvez eu ainda espere um pouco das pessoas, as vezes me pego pensando, se a gente tivesse se conhecido com a maturidade de hoje, talvez você realmente seria a pessoa que eu diria sim no altar?, as vezes me pego pensando, porquê a gente foi se envolver tão novas e tão imaturas, que acabaram se machucando de diversas vezes, que eu sei, que foi sem intenção, éramos jovens demais pra saber lidar com muitas coisas, eu hoje, com 24 anos, quase 5 anos depois das nossas noites de conversas, eu percebo, que as vezes não tem explicação, as vezes tem que acontecer, eu lembro de me fazer tantas perguntas por meses, que cheguei até fazer sessão na tarot LKKKKK pra tentar abrir minha mente e ela realmente me confortou sobre meu destino e meus caminhos, lembro de um áudio que enviei pra você exausta dos meus sentimentos, perguntando, porquê, porquê você procurava em outras pessoas o que poderia ter comigo?, e eu entendo você, mas não compreendo, porquê eu já fui capaz de te dar o mundo, te fazer a mulher mais feliz do mundo e você não quis, e aí entra a pauta, talvez as pessoas aceitem o amor que acham merecer, nesses dias estava revendo diários de uma paixão, um dos meus filmes favoritos, porquê me identifico muito com o Noah, e sinto em você, um pouco da Allie, os dois muitos novos para o amor, se machucaram, mas se amaram da suas formas, meio torto, mas foi amor, não vou falar muito sobre, assiste e ver se você sente o que eu senti assistindo depois de um tempo, e eu simplesmente chorei por horas, porquê é aquilo que eu quero viver, um amor intenso, avassalador, que me faça voltar pra mim, nem que seja por segundos, mas hoje, isso não existe mais e eu fico triste, muito triste, eu fico pensando, cadê as Gabriella de 20 anos que saiu do norte do país e foi pro sudeste, sem ter viajado nenhuma vez, só pra correr para os braços do seu grande amor, cadê os gestos?, cadê o ROMANCE, cadê as poesias, as flores, cadê a RECIPROCIDADE, cadê o gritar ao mundo que tem orgulho de amar uma mulher, cadê, cadê, eu sinto falta de um mundo assim, talvez eu morra sem ver, que deprimente, eu acho que falei demais, mas era algo que eu vinha pensando sozinha, eu espero que as coisas se resolvam pra você, que sua terapias te ajude a ter uma vida mais leve e que você consiga correr atrás das suas coisinhas, como me ajudou, eu sempre mando energias positivas pra você, aonde estiver, e pro meu bebê também, salémzinho :)), eu te desejo sorte e uma boa evolução e muita sabedoria pra sua caminhada de crescimento, não desiste!, sempre tive orgulho da sua força e você sabe!, sempre amei ver você voar, fica firme na terapia, beba bastante água, e se alimente bem, e não esquece, a dor não é pra sempre, ela diminui, e você consegue seguir e ficar bem, tem muita vida além de sorocaba, beijos e se cuida, te admiro muito e espero que fique bem.🤍
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Pablo me falou outro dia sobre seu medo de morrer. Escutei atenta, achando graça até. Prestei mais atenção quando ele falou de alguém que disse que achava morrer uma pena, o último suspiro.
Falamos do medo da morte o caminho todo pra casa, rendemos. Ele me contando dos dias que as vezes não consegue dormir pensando se vai acordar… fiquei mexida com aquilo.
Quando ele alcançou seu destino e eu segui adiante fui pensando… morrer me parece um descanso tão sereno, uma coisa tão boa, pensar que a agonia de viver nesse mundo vai acabar.
A fé, como ele bem observou, faz toda diferença nesse caso. Eu acredito num descanso da alma que desencarna, parece um alívio, pra ele, o fim.
Pensei no assunto quase a semana toda, observando como tenho muito mais medo de perder os que eu amo do que desaparecer.
Hoje lendo a história de uma mulher indígena entendi que o buraco dessa nossa conversa talvez esteja mais embaixo.
Yakecan postou a história de Tze-Gu-juni, uma indígena do povo Apache. Tze, sua mãe e sua irmã foram atingidas por um raio, ela sobreviveu. Anos depois, em um ataque ao seu povo, perdeu seu marido guerreiro e foi tomada pelos mexicanos como escrava, condição que Tze viveu por volta de 5 anos na Cidade do México. Depois disso, junto a outras pessoas na mesma condição, conseguiu articular uma fuga, com um facão e um cobertor, essas pessoas se propuseram a atravessar mais de 2000km, com poca água, atravessando desertos e comendo frutas selvagens. A história já seria impressionante, mas durante a travessia, Tze foi atacada por um Puma selvagem, que atacou primeiro sua garganta, que Tze teria protegido rapidamente com um cobertor, sendo então atacada na cabeça pelo Puma, e perdendo parte do seu coro cabeludo, separando-o um tanto do seu cérebro. Mesmo assim ela continuou lutando com o bixo e finalmente conseguiu derruba-li esperando sua faca no coração do animal.
Segundo a história, o coro cabeludo de Tze foi costurado com espinhos e tratado com a expectoração do Puma e, depois de apenas um breve descanso (pois não podiam correr o risco de serem encontrados pelos mexicanos) eles continuaram a travessia rumo a San Carlos, destino que alcançaram apenas depois de alguns meses, se transformando em inspiração para a o povoado e família.
Fiquei tão impressionada com a história de Tze, com tantos acontecimentos obviamente, mas principalmente com sua vontade de viver.
O que fez ela lutar contra o animal por sua vida? Qual foi a motivação que a levou a caminhar tanto tempo depois de tamanho acontecimento e tanta dor? Porque resistir a morte com tanta sede? O que fazia valer a pena?
Imaginei na hora que no lugar dela, coitada de mim, viraria farofa de Puma, certamente, não teria nenhuma chance na luta, mas mais do que isso, não sei se teria reação… mais do que isso, não sei se teria qualquer motivação que me levaria a lutar contra o animal.
Eu sei, lutar pela vida é algo muito mais instintivo do que imaginamos, mas a morte por um ataque de um animal selvagem me parece algo tão nobre.
Entendi que, além do alívio que sinto, a morte me parece algo mais agradável que o normal. Como se eu quisesse mesmo saber o que acontece, como se eu não tivesse, talvez, motivos que me agarrem nesse plano, mesmo que tenha muitos.
Tze me deixou tão intrigada quanto Pablo, porque me mostrou, ainda mais perto que ele, meu fetiche pela morte, pelo descanso, pelo desligamento desse mundo.
Não é o caso de ter vontade de morrer, mas admito, e percebi com esses diálogos, que talvez a minha entrega no caso de incidente seja maior do que eu gostaria de admitir. Que talvez eu não ame a vida com tanto afinco, não tenha tanto gosto de viver como Pablo e Tze, mesmo que tenha, mesmo que viver seja tudo que me nutre e motiva a seguir em frente, já que a vida é essa máquina de surpresas com capacidade de movimentos que só ela, mesmo assim, acho q num lapso, numa “oportunidade”, tenho medo, percebi, talvez uma tendência a me entregar pro lado de la, deixar acontecer, literalmente , deixar morrer.
É caso de desamor a vida ou preguiça de lutar?
Não sei
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Hoje eu acho que eu tive uma breve crise de ansiedade. Isso me faz pensar, que muito provavelmente não foi a primeira, outras pontuais aconteceram na mesma relativa proporção, mas eu nunca tinha dado esse nome ou, mesmo entendido a situação como uma breve crise de ansiedade... Mas enfim, faz tempo que eu não escrevo, mas as hoje as coisas tomaram um outro tipo de proporção e isso me fez ver, que eu não estou me vendo tão bem e talvez ignorar por mais tempo minhas emoções, pode ser não tão legal.
Eu mudei muito, isso posso afirmar. Acho que agora nem escrevo mais tão parecido como antes. Me sinto diferente, mesmo sendo a mesma pessoa, mas acho que é um pouco mais de só ser diferente... Não sei, ultimamente eu tenho sentido a vida mais crua. Mas acho que essa crueza não tem haver com a sensação de ser "crua" ou amarga como sinonimo, mas porque tem sido real. Ultimamente eu tenho vivido a realidade e a cada vez que eu vivo o real, eu me distancio mais do meu eu de imaginações.
E isso parece um pouco assustador porque no mundo real em que você vive e não apenas pensa e pensa sem parar, existe algumas responsabilidades e, mais que responsabilidades, existe a moeda reversa. Quer dizer, não tem como estar aberto somente para o que se quer, estar aberto em viver, significa que vou viver aquilo que eu quero e mais todo o resto que está no combo.
Mas eu me sinto feliz, um pouco mais segura, um pouco mais perto do que eu realmente quero... Não sei se eu estou amando, mas definitivamente estou amando estar falando com alguém que me parece suficientemente verdadeiro, seguro e confiável... O desenrolar dessa novela me deixa hora muito emocionada ou outra hora aflita, em saber que não pode ser só a parte boa o tempo inteiro...
Eu não sei o que é um relacionamente de verdade. E estavam certos quando me disesseram "não, isso que você viveu não é um relacionamento", não era menos, eu vivi muito mais na minha imaginação e na minha vontade do que em qualquer parte do real. Mas agora, agora é realmente diferente, agora eu estou muito mais próxima de um relacionamento real. E isso aperta um pouco meu coração, porque eu também estou sujeita a rejeição... estou sujeita a sofrer, a perceber que estou enganada... E seila, nada disso é muito real diante do que eu vejo, mas ainda sim, existe no mundo e me incomoda saber que existe no mundo real.
E isso tem me atrapalhado um pouco de sonhar livremente com tudo que eu quero viver com ele, que é real e esta aberto. Porque as vezes eu penso tanto no que eu não quero ou em tudo que eu estou sujeita a viver, que não me sobra mais tempo em pensar no que eu quero, no que é real...
E estou procrastinando em pensar nisso, porque me dá uma mistura de incerteza, dúvida, medo e tristeza...
Eu não sei, ele realmente gosta de mim? O que está acontecendo?Será que eu estou tomando a melhor decisão?
Não sei... Só sei que eu estou ignorando tudo e só aceitando o que tem de bom, enquanto o bom existe...
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the human backstory
O nascimento do primeiro demônio com sede de sangue.
O jovem japonês não se lembrava de muito de sua vida humana. Era como se as coisas fossem divididas em duas partes: A maldição e depois a sede de sangue, as duas partes do monstro que era e havia consumido sua história, quase o reduzindo a ser um monstro insaciável.
Mas as vezes, em seus sonhos mais profundos, vivia flashbacks de sua vida antes da maldição. Ele vivia em uma fazenda bonita, em um canto isolado do Japão e era um camponês bondoso, conseguia se lembrar de leves coisas como a alegria de cuidar dos animais e de sensações humanas demais: como amor, carinho e cuidado por seus familiares. Família, era uma palavra que hoje descia amarga em seus lábios.
As vezes se perguntava onde aquele jovem camponês havia ido parar e o porquê sua inocência morrera tão cedo mas Kaori sabia o porquê. Sabia o início da sua história, sabia o sangue que carregava em suas mãos e a culpa em seus ombros.
Ele havia se apaixonado por um homem estrangeiro e bonito, que sorria de forma maldosa e o oferecia tudo, em troca de sua alma. Mas Kaori não tinha desejos mundanos, aquele demônio bonito e charmoso não conseguiu comprar sua alma e isso o enfureceu. Pra piorar a situação do garoto, ele era cético demais e não acreditava que aquele homem bonito era um enviado do inferno. Foi por isso que Kaori o tocou, o desafiou e os dias ao lado daquele homem (que sequer poderia ser chamado assim), o deixava cada vez mais irreconhecível. Não acreditar em céu e inferno foi o que mudou seu destino. Com a marca das garras daquele homem que um dia achou tão bonitos em seus ombros, Kaori sentiu toda sua realidade mudar.
O que aconteceu com o menino bondoso? Foi amaldiçoado pelas garras de um demônio. A partir daquela ferida, sua consciência pesava como se ele não fosse mais capaz de coisas boas. Perdia sua consciência todas as noites, ganhando suas próprias garras e se alimentando de tudo que pudesse encontrar pela frente.
Quantas pessoas ele havia matado em seus primeiros anos de transformação, ele nunca poderia saber porque não se lembrava de absolutamente nada quando a noite caia e as garras apareciam.
Ser um monstro sem consciência o matava lentamente todos os dias. Ele acordava sujo de sangue ou restos mortais mas nunca se lembrava do que havia acontecido. Chorava de soluçar todas as manhãs quando acordava e via que ele era aquele monstro insaciável. Isso era ele mas Kaori não sabia como aquilo era parte de si.
Suas veias ficaram negras, as cicatrizes das garras em seus ombros também se mantiveram pretas e ardiam todos os dias. Anos se passaram sendo um humano com uma maldição sombria, um humano demônio.
Anos se passaram onde Kaori procurava desesperadamente o dono das garras que o transformou mas nunca achava nada, nenhuma prova que existisse outros monstros além dele.
A maldição era suja, era dolorosa, ardia seu sangue e o deixava quente demais todos os dias. Ele era um monstro então por que não tinha consciência e continuava envelhecendo?
Foi quando a sede de sangue chegou. Kaori viveu sete anos perdendo sua consciência todas as noites, sem nunca saber o que ele se transformava e o que ele fazia durante as noites. Até que, em uma de suas mudanças até um lugar novo; em Seoul na Coreia do Sul. Suas noites amaldiçoadas passaram a ter olhos, não só um par mas vários. O clã Wen, vampiros primordiais, o observavam todas as noites e se sentiam encantados com aquela besta com garras.
Eles o observaram por um tempo, descobriram seus costumes e que ele não sabia o monstro que era a noite e tudo aquilo era divertido demais. O líder do clã, resolveu que queria aquele monstro em seu domínio e que iria transformá-lo.
Sua nova transformação no entanto foi muito menos dolorida que a primeira, sentiu as presas e gosto do sangue do homem que estava o criando; o dando uma nova parte monstruosa. Sentiu a morte vir, a mutação em seu corpo mas Kaori Nishimura era um monstro, havia preto em suas veias. O calor do demônio em suas veias, nunca foi embora e manteve seu coração batendo; mesmo após sua morte. Seu sangue estava sujo e amaldiçoado pra sempre, ele nunca mais seria humano.
Ele nunca mais perdeu a consciência; sentia a fome do vampiro por sangue e a fome do demônio por violência, sabendo que teria que dar a ambos os lados o prazer absoluto.
Quase mil anos se passaram, ele nunca mais envelheceu. No inferno, seu nome era lendário por ser o único demônio com sede de sangue e dos demônios mais cativantes que a terra já conheceu. Ele tinha o olhar de vampiro, a rapidez, a aparência impecável e as presas que sempre poderiam perfurar qualquer pele mas também tinha a pele quente, bronzeada e era tão encantador e demoníaco como só um demônio poderia ser. Os humanos o adoravam, ele conseguia convence-los de vender sua alma a troco de qualquer coisa.
Foi por essa razão que Lucifer se encantou por ele e ofereceu um emprego como seu braço direito, o dando livre acesso ao inferno e a terra. Seu emprego era fácil, manter demônios na linha e humanos presos no inferno; ele os conquistava e conseguia sua alma. E buscar era tão divertido, ele sempre podia se alimentar de suas vítimas.
O sol não o feria, nada que pudesse machucar um vampiro era um problema e nada que um demônio pudesse se preocupar era um problema. Era ser invencível mas a falta de sensações humanas, ainda era dolorido pra ele; ele nunca deixou a vontade de amar e de se lembrar de quem realmente era. Sua humanidade era funda em si, por isso criou laços que se transformaram em sua nova família e por isso vivia todos os dias, fingindo ser um humano normal. Com um trabalho normal.
Esse era o nascimento do primeiro demônio com sede de sangue, amigo de Lúcifer e tão infernal quanto sua aparência era angelical. Mas o jovem camponês que era, Kaori nunca o perdeu. Ele nunca morreu de verdade.
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FILMES | AFTERSUN
Eu pouco sabia do que se tratava Aftersun, de 2022, dirigido por Charlotte Wells. Pelo que eu já tinha ouvido falar, sabia que se tratava de uma série de memórias da personagem e sabia que era um filme muito bonito. Apenas isso. Nada mais. E, por mais que eu seja uma pessoa que não liga nem um pouco para spoilers, talvez ter ido ver esse filme sem saber de absolutamente mais nada foi a melhor coisa possível. Spoilers entregam o impacto de uma vez, de forma muito rápida e muito crua. Mas o que esse filme faz é diferente. Conforme a trama avança e você percebe a que ponto ela está se direcionando, a diretora arranca o coração do espectador peito de uma forma lentamente sádica, te permitindo sentir cada mísero segundo daquele impacto avassalador e dilacerante que você sabe que vai chegar, mas se recusa a acreditar.
A história conta sobre os poucos dias em que Calum (Paul Mescal) e sua filha, Sophie (Frankie Corio), passagem juntos em um resort na Turquia logo após o aniversário de 11 anos dela e pouco antes do aniversário de 31 anos dele. Filmagens e flahsbacks se misturam ao longo de todo o filme enquanto Sophie, já adulta, revisita vídeos, fotos e memórias para tentar entender quem era o homem que ela chamava de pai. É impossível falar mais do que isso sem avançar para detalhes reveladores da trama e sem comprometer a experiência de ninguém em assistir essa preciosidade de filme. A princípio, parece ser um filme em que nada acontece, mas devemos lembrar que não acontecer nada também é acontecer alguma coisa.
Em um primeiro (e breve) momento, o filme parece confuso. Filmagens e flahsback se misturam o tempo inteiro. As vezes, fora de ordem. Algumas cenas muito rápidas, outras exageradamente extensas. Tudo isso enquanto acompanhamos os poucos dias de viagem de pai e filha, sem haver um conflito nítido (em um primeiro momento, que fique claro) que funcione como fio condutor da narrativa. Mas, não muito tarde ao longo do filme, é muito fácil perceber que essa foi a forma que a diretora encontrou para trazer à vida as memórias de mais de 20 anos que Sophie está revivendo, tentando juntar os cacos de tudo aquilo que viveu para desesperadamente compor a imagem de quem era o seu pai. Um trabalho primoroso de storytelling que é muito mais do que bem sucedido em fazer o espectador se interessar e se preocupar com os personagens em tela, apesar de o próprio filme não nos dar explicitamente muito detalhes sobre quem são e sobre como são suas vidas. Esses detalhes são entregues aos poucos, de forma parcimoniosa e em cenas tão sutis quanto impactantes.
Mas é impossível falar desse filme sem mencionar o fato de que Paul Mescal e Frankie Corio o carregam nas costas com a maestria de grandes nomes da velha guarda de Hollywood. Afinal, durante quase todo o filme, um dos dois está em cena. São raríssimo e pontuais os momentos em que não os vemos. Os dois se saem muitíssimo bem individualmente, mas é nas cenas em que os dois interagem que encontramos uma verdadeira jóia. Os dois roubam a cena, mas não roubam o brilho do outro quando interagem, um permitindo o outro ter o seu espaço. E isso ocorre de uma forma tão orgânica e íntima que é quase possível acreditar que são, realmente, pai e filha em tela. E essa sincronia entre os dois é fundamental para o avançar do filme: enquanto os dois personagens compartilham de dias felizes à beira da piscina, a verdadeira história é construída nas entrelinhas... por meio de olhares, de gestos, de palavras não ditas... até o momento em que toda essa sutileza passa por cima do espectador ao jogar na sua cara a verdade por trás de tudo aquilo, o porquê Sophie, mais de 20 anos depois, precisa reviver essas memórias tão desesperadamente.
Aftersun fala de amor, de fragilidade, de medo, de maturidade, de inseguranças e fortalezas. Fala sobre o sofrimento das pessoas que mais amamos e que mais nos amam, mesmo quando esse sofrimento não é perceptível. Fala dos sinais que são emanados de uma pessoa quando dor e amor se encontram em seu interior ao mesmo tempo. E fala da dificuldade em percebermos esses sinais quando os outros os emanam. Fala de amor próprio. E também fala de ódio próprio. Fala da nossa fragilidade enquanto sermos capazes de sentir e de refletir sobre esse sentimento. Fala da nossa insignificância em relação ao mundo enquanto, para outras pessoas, nós podemos ser todo o seu mundo. E, mais do que isso, o filme grita, incessantemente, sobre as palavras não ditas e sobre as oportunidades que jamais teremos de dizê-las. Em meio a todas as suas inúmeras delicadezas e artimanhas, Aftersun é visceral, agressivo, violento e devastador.
Enquanto te estapeia sem dó nem piedade com pequenas sutilezas (e que aos poucos se transformam em uma avalanche incontrolável), Aftersun é aquele filme que termina com um nó terrivelmente apertado na garganta. Aquele filme que aluga um triplex na sua cabeça enquanto você tenta processar tudo o que viu, mesmo após horas depois de já ter terminado, ainda incapaz de engolir tudo aquilo. Sem dúvida algumas, (mais) uma obra de arte (da A24).
Nota: 5/5
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