#Ronaldo Bastos
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Em sua última apresentação para a TV, Elis Regina interpreta magistralmente 'O trem azul', composição de Lô Borges e Ronaldo Bastos.
Viva Elis!
#analisandoelisregina
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Decisão foi publicada na tarde desta quarta-feira. Operações de crédito aprovadas pela Alesc serão voltadas ao programa Estrada Boa e ao desenvolvimento agrícola e pesqueiro de SC – Foto: Ricardo wolffenbüttel / Arquivo / Secom Um acordo proposto pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC) junto à União foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 18, e viabiliza o acesso a mais de R$ 2,2 bilhões que serão aplicados no desenvolvimento de Santa Catarina. Os recursos serão providos por meio de duas operações de crédito junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), que já foram aprovadas pela Assembleia Legislativa (Alesc). Mesmo com o aval do Parlamento, os financiamentos precisavam de uma atuação jurídica para serem efetivados. Isso porque um outro contrato entre a instituição financeira internacional e Santa Catarina era um dos objetos da Ação Cível Originária (ACO) 3605, movida pelo Estado contra a União em razão das perdas tributárias decorrentes da redução do ICMS dos combustíveis em 2022. No caso, a PGE/SC, atuando em conjunto com o Colégio Nacional dos Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), viabilizou um acordo entre a União e os estados que permitiu que Santa Catarina recuperasse mais de R$ 1,2 bilhão das perdas de receitas tributárias. O processo está suspenso, aguardando o pagamento das últimas parcelas por parte da União. Como o acordo celebrado contém cláusula que não permite às partes apresentar petições no processo até que se ultime essa quitação – o que deve ocorrer em fevereiro de 2025 – a solução proposta pela PGE/SC à União foi a apresentação de um pedido conjunto ao STF que excluísse o Bird do objeto da ACO 3605. A ideia foi apresentada pelo procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, e pelo procurador do Estado Fernando Filgueiras, chefe da Procuradoria Especial em Brasília, ao advogado-geral adjunto da União, Paulo Ronaldo Ceo de Carvalho e ao diretor do Departamento de Assuntos Federativos, Pedro Vidal Bastos Guimarães, em audiência realizada na sede da Advocacia-Geral da União (AGU) no última dia 4. O órgão federal concordou com a proposta e, após a PGE/SC pedir a exclusão do contrato com o Bird do âmbito da ação, a União formalizou sua concordância – que não oferece nenhum risco aos Estados, nem à União. Na data desta quarta-feira, 18, o ministro André Mendonça, relator da ACO 3605, acolheu o pedido do Estado e determinou a exclusão do contrato de empréstimo chamado “Bird SC Rural” do objeto do processo, abrindo, assim, caminho para se viabilizar um novo financiamento. Para o chefe da PGE/SC, trata-se de uma conquista relevante. “A atuação jurídica, embora de baixa complexidade, foi totalmente eficaz e tem grande importância, contribuindo de modo fundamental para a liberação desses mais de R$ 2 bilhões para os catarinenses. Esses recursos servirão para os projetos determinados pelo Governador Jorginho Mello, especialmente em importantes programas como o Estrada Boa e as ações de desenvolvimento rural e pesqueiro no Estado. A redução do escopo da ação não altera o acordo já celebrado entre SC e a União, que, aliás, segue ainda mais forte e com o ressarcimento pelas perdas tributárias em pleno andamento”, concluiu o procurador-geral do Estado, Márcio Vicari. Atuaram na proposição do acordo o procurador do Estado Fernando Filgueiras e o procurador-geral do Estado, Márcio Vicari. ACO 3605. Informações adicionais para a imprensa:Felipe ReisAssessoria de ComunicaçãoProcuradoria-Geral do [email protected](48) 3664-7650 / 3664-7834 / 98843-2430 Fonte: Governo SC
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Roberta Campos no Teatro Oficina do Estudante
Indicada ao Grammy Latino 2016 na categoria “Melhor Álbum de MPB” com o disco “Todo Caminho é Sorte”, Roberta Campos apresenta o show “O Amor Liberta” na sexta-feira, 20 de outubro, às 21h, no Teatro Oficina do Estudante do Iguatemi Campinas. Recentemente, ela fez uma versão da canção “Lumiar” (Beto Guedes/ Ronaldo Bastos) especialmente para a personagem de Carolina Dieckmann na novela “Vai na…
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Adios Nonino
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Saudades tia!
Por: Fred Borges
Dedicado a Lilia, minha querida e amada tia do coração, casada com meu tio de sangue Armando,pais de minhas amadas primas: Daniele, Perla e Amanda.
Repare tia, antes de ler o texto ouça a Trilha e "trilho" musical deste contexto de saudade, é a base do pré contexto:
Adios Nonino de Astor Piazzolla
Cais de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
Luiz Gonzaga e Hermeto Pascoal cantando e tocando : Aproveita Gente!
Enquanto houver vida, sempre haverá a oportunidade de conviver,a distância geográfica, topologica,não nos define,enquanto houver morte ou despedidas, curtas, médias ou longas, sempre haverá saudades.
Podemos ser adeptos a opostas ideologias, mas o amor sempre prevalecerá!
O amor é nascente de tudo e todos, onde há amor, há saudades!
Ainda é tempo amor, mal começamos a viver a vida, sentireis saudades, enquanto houver partida.
Dizem que a palavra saudade só existe no nosso vernáculo,descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor.
A palavra vem do latim "solitatem" (solidão), passando pelo galego-português "soidade", que deu origem às formas arcaicas "soidade" e "soudade", que sob influência de "saúde" e "saudar" deram origem à palavra atual.
A história da palavra “saudade” se confunde com a própria história de Portugal.
Os primeiros registros do vocábulo datam das cantigas do século 13, período em que a língua falada na região ainda era o galego-português.
Nessa época, para expressar os sentimentos decorrentes da ausência do ser amado e do desejo de tê-lo de volta, trovadores como dom Dinis e Joam Zorro utilizaram-se dos vocábulos soidade e suidade, derivações do latim solitate, que significava, inicialmente, isolamento, solidão.
De acordo com Yara Frateschi Vieira, professora de Literatura Portuguesa da Universidade Estadual de Campinas, foi apenas no século 15, com dom Duarte, que a palavra “saudade” definitivamente surgiu e se incorporou à língua e à alma portuguesa.
Não poderia haver época mais propícia – o período das grandes navegações e o destino errante do povo português faziam da saudade o principal sentimento tanto de quem partia para as novas descobertas marítimas como para quem ficava esperando em terra firme.
Há quem diga que apenas o português tem saudades.
Mas a palavra romena dor tem significado bem próximo ao da nossa saudade.
Melancolia, nostalgia e saudade são sentimentos diferentes.
A melancolia é uma tristeza causada por um passado perdido.
A nostalgia é um desejo de voltar ao passado.
A saudade é um misto disso tudo – e um pouco mais.
Como diria Clarice Lispector em Sentimento Urgente:
"Saudade é um pouco como fome
Só passa quando se come a presença
Mas, às vezes, a saudade é tão profunda que a presença é pouco
Quer-se absorver a outra pessoa toda
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira
É um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Ou Mario Quintana em: Presença:
"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato
e que, apenas,
levemente,
o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos…
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar,
a trevo machucado,
as folhas de alecrim
desde há muito guardadas
não se sabe por quem
nalgum móvel antigo…
Mas é preciso, também,
que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida…
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato…
E eu tenho que fechar meus olhos para ver-te!"
Mas o que mais sobressai é o poema de Pablo Neruda cujo título é a própria e originada etimológica vocábulo Saudade:
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida…
Saudade é sentir que existe o que não existe mais…
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."
Mas como sei que é amante da música querida tia, sendo a própria melodia encarnada em poesia, rítmica, harmonia e refrão, não poderia finalizar dizendo que muitas letras de músicas falam de saudades, sentimento tão profundo que um dia percorrendo as ruas de Londres reconheci na calçada andando ambos taciturnos, solitários,saudosos,e em sentido contrário ao nosso,de meus pais e meu, menestréis da MPB; Caetano e Gil, não nos cumprimentamos,havia um ar de melancolia, e respeitamos nossos ídolos, e eu senti nos seus olhares a privação e prisão que o exílio oferece aos que amam sua pátria, mas por terem opinião oposta aos que estavam naquele momento no poder, tiveram que fugir, e na calada, calçada fria e cinzenta névoa das ruas de Londres, ambos encontraram-se unidos na saudade, muitas saudades de um Brasil que não mais existia,ou que deixara de existir por um período de uma geração.
Saudade é dor que se abriga no peito, faz a boca secar e amargar, amarga fruta, amora dos campos frios, perde-se com o tempo a memória do gosto da manga, da jabuticaba, da mangaba, da acerola e agora refugiados estavam na cinza flor, folha seca de Didi, bicicleta de Pelé,dribles: chapéu e caneta, elástico de Rivellino, Travão de Garrincha, este último não deixou que a paralisia infantil e seus 6 cm a menos em uma das pernas tenha diminuido sua genialidade,filhos pródigos da sua mãe gentil, pátria amada Brasil!
E como diria Elis Regina em canção Atrás da Porta:
"Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama..."
Saudade é vácuo, saco vazio ao sabor do vento, carregado pelo vento, vento, ventania da canção de Biquíni Cavadão:
Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
Eu vou puxar as barbas de Deus
Vento, ventania, me leve para onde nasce a chuva
Pra lá de onde o vento faz a curva
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
Nas revoadas, redemoinhos"
Vento, ventania, me leve sem destino,assim ficamos em estado de desesperança, cometemos desatinos e a saudade beira a intolerância de tolerar tanta falta de sentido e no contraponto se sentir infestado de emoção, de hemorragia ou derrame de sentimentos, tão angustiante, atávico português, aterrorizante, quanto e quando a saudade de Vinícius poetinha de precisão e simplicidade,que se foi, entre outros que partiram há décadas de chumbo, num rabo de foguete do Bêbado e a Equilibrista de Aldir Blanc e João Bosco, num trecho aqui copiado:
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarices
No solo do Brasil...
Saudade!
Mas...como diria Cazuza em O Mundo é um Moinho:
"Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar..."
Enfim sem Henfil, Chega de Saudade de Vinicius de Moraes:
"Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser.
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque não posso mais sofrer.
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz.
Não há beleza,
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim.
Não sai de mim,
Não sai.
Mas, se ela voltar
Se ela voltar, que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca.
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços.
Apertado assim, colado assim, calada assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De viver longe de mim.
Não quero mais esse negócio
De você viver assim.
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim…
Saudades minha querida e amada tia!
Fred Borges
Praia do Forte, 30.09.2023
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Do Acaso
‘ALICE CAYMI LANÇA MÚSICA EM PARCERIA C/ CHICO CÉSAR E RONALDO BASTOS’!
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Milton Nascimento e Criolo feat. Amaro Freitas - Cais Milton Nascimento https://existeamor.com Campanha solidária #ExisteAmor https://www.youtube.com/watch?v=OY_JspW87jE CAIS (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)
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Nana Caymmi - Longe (Danilo Caymmi / Ronaldo Bastos)
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Proposta é destravar operações de R$ 2,2 bilhões junto ao Banco Mundial O procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, esteve em Brasília nessa quarta-feira, 4, para uma audiência na Advocacia-Geral da União (AGU). O procurador do Estado Fernando Filgueiras, chefe da Procuradoria Especial em Brasília, também participou da agenda. Eles foram recebidos pelo adjunto do advogado-geral da União, Paulo Ronaldo Ceo de Carvalho e pelo diretor do Departamento de Assuntos Federativos, Pedro Vidal Bastos Guimarães, a pedido do Ministro Chefe da AGU, Jorge Messias, que foi convocado de última hora para reunião com o presidente da República. A pauta do encontro foi a proposta de petição conjunta entre Santa Catarina e a União a fim de viabilizar contrato do Governo do Estado junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) para financiar o programa Estrada Boa e o desenvolvimento rural e pesqueiro no Estado por meio de linhas de crédito que somam R$ 2,2 bilhões. Os projetos de lei que tratam do assunto já estão em tramitação na Assembleia Legislativa (Alesc). O Estado de Santa Catarina promoveu ação cível originária (ACO) perante o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a União em razão das perdas tributárias decorrentes da redução do ICMS dos combustíveis em 2022. A PGE/SC, atuando em conjunto com o Colégio Nacional dos Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), viabilizou acordo entre a União e os estados que permitiu que Santa Catarina recuperasse mais de R$ 1,2 bilhão das perdas de receitas tributárias. O processo está suspenso, aguardando o pagamento das últimas parcelas por parte da União e o acordo celebrado contém cláusula que não permite às partes apresentar petições no processo até que se ultime essa quitação – o que deve ocorrer em fevereiro de 2025. Agora o Estado negocia um novo financiamento, mas o Bird exige que a instituição financeira não tenha contratos questionados em ações das quais o destinatário dos recursos faça parte. Para cumprir essa exigência seria possível emendar a petição inicial da ACO, excluindo o antigo contrato de financiamento do escopo da ação, mas a cláusula do acordo proíbe essa providência. Por isso, a PGE/SC procurou a União para propor a apresentação de petição conjunta que permita excluir o contrato antigo do objeto litigioso, sem descumprir a cláusula do acordo judicial. O Estado recebeu sinalização positiva dos representantes da AGU que apenas ficaram de confirmar alguns dados com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, considerou a reunião muito positiva. “Tivemos ótima receptividade da AGU. A proposta que fizemos, além de não prejudicar a União, permite que o Estado possa obter os recursos pretendidos junto ao BIRD e garante que o acordo já celebrado entre SC e a União seja integralmente cumprido, com o ressarcimento das perdas sofridas em relação à arrecadação tributária sobre combustíveis”, concluiu o chefe da PGE/SC. Informações adicionais para a imprensa:Felipe ReisAssessoria de ComunicaçãoProcuradoria-Geral do [email protected](48) 3664-7650 / 3664-7834 / 98843-2430 Fonte: Governo SC
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1981
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Luiz Gonzaga - Aproveita Gente
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Saudades tia!
Por: Fred Borges
Dedicado a Lilia, minha querida e amada tia do coração, casada com meu tio de sangue Armando,pais de minhas amadas primas: Daniele, Perla e Amanda.
Repare tia, antes de ler o texto ouça a Trilha e "trilho" musical deste contexto de saudade, é a base do pré contexto:
Adios Nonino de Astor Piazzolla
Cais de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
Luiz Gonzaga e Hermeto Pascoal cantando e tocando : Aproveita Gente!
Enquanto houver vida, sempre haverá a oportunidade de conviver,a distância geográfica, topologica,não nos define,enquanto houver morte ou despedidas, curtas, médias ou longas, sempre haverá saudades.
Podemos ser adeptos a opostas ideologias, mas o amor sempre prevalecerá!
O amor é nascente de tudo e todos, onde há amor, há saudades!
Ainda é tempo amor, mal começamos a viver a vida, sentireis saudades, enquanto houver partida.
Dizem que a palavra saudade só existe no nosso vernáculo,descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor.
A palavra vem do latim "solitatem" (solidão), passando pelo galego-português "soidade", que deu origem às formas arcaicas "soidade" e "soudade", que sob influência de "saúde" e "saudar" deram origem à palavra atual.
A história da palavra “saudade” se confunde com a própria história de Portugal.
Os primeiros registros do vocábulo datam das cantigas do século 13, período em que a língua falada na região ainda era o galego-português.
Nessa época, para expressar os sentimentos decorrentes da ausência do ser amado e do desejo de tê-lo de volta, trovadores como dom Dinis e Joam Zorro utilizaram-se dos vocábulos soidade e suidade, derivações do latim solitate, que significava, inicialmente, isolamento, solidão.
De acordo com Yara Frateschi Vieira, professora de Literatura Portuguesa da Universidade Estadual de Campinas, foi apenas no século 15, com dom Duarte, que a palavra “saudade” definitivamente surgiu e se incorporou à língua e à alma portuguesa.
Não poderia haver época mais propícia – o período das grandes navegações e o destino errante do povo português faziam da saudade o principal sentimento tanto de quem partia para as novas descobertas marítimas como para quem ficava esperando em terra firme.
Há quem diga que apenas o português tem saudades.
Mas a palavra romena dor tem significado bem próximo ao da nossa saudade.
Melancolia, nostalgia e saudade são sentimentos diferentes.
A melancolia é uma tristeza causada por um passado perdido.
A nostalgia é um desejo de voltar ao passado.
A saudade é um misto disso tudo – e um pouco mais.
Como diria Clarice Lispector em Sentimento Urgente:
"Saudade é um pouco como fome
Só passa quando se come a presença
Mas, às vezes, a saudade é tão profunda que a presença é pouco
Quer-se absorver a outra pessoa toda
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira
É um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Ou Mario Quintana em: Presença:
"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato
e que, apenas,
levemente,
o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos…
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar,
a trevo machucado,
as folhas de alecrim
desde há muito guardadas
não se sabe por quem
nalgum móvel antigo…
Mas é preciso, também,
que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida…
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato…
E eu tenho que fechar meus olhos para ver-te!"
Mas o que mais sobressai é o poema de Pablo Neruda cujo título é a própria e originada etimológica vocábulo Saudade:
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida…
Saudade é sentir que existe o que não existe mais…
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."
Mas como sei que é amante da música querida tia, sendo a própria melodia encarnada em poesia, rítmica, harmonia e refrão, não poderia finalizar dizendo que muitas letras de músicas falam de saudades, sentimento tão profundo que um dia percorrendo as ruas de Londres reconheci na calçada andando ambos taciturnos, solitários,saudosos,e em sentido contrário ao nosso,de meus pais e meu, menestréis da MPB; Caetano e Gil, não nos cumprimentamos,havia um ar de melancolia, e respeitamos nossos ídolos, e eu senti nos seus olhares a privação e prisão que o exílio oferece aos que amam sua pátria, mas por terem opinião oposta aos que estavam naquele momento no poder, tiveram que fugir, e na calada, calçada fria e cinzenta névoa das ruas de Londres, ambos encontraram-se unidos na saudade, muitas saudades de um Brasil que não mais existia,ou que deixara de existir por um período de uma geração.
Saudade é dor que se abriga no peito, faz a boca secar e amargar, amarga fruta, amora dos campos frios, perde-se com o tempo a memória do gosto da manga, da jabuticaba, da mangaba, da acerola e agora refugiados estavam na cinza flor, folha seca de Didi, bicicleta de Pelé,dribles: chapéu e caneta, elástico de Rivellino, Travão de Garrincha, este último não deixou que a paralisia infantil e seus 6 cm a menos em uma das pernas tenha diminuido sua genialidade,filhos pródigos da sua mãe gentil, pátria amada Brasil!
E como diria Elis Regina em canção Atrás da Porta:
"Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama..."
Saudade é vácuo, saco vazio ao sabor do vento, carregado pelo vento, vento, ventania da canção de Biquíni Cavadão:
Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
Eu vou puxar as barbas de Deus
Vento, ventania, me leve para onde nasce a chuva
Pra lá de onde o vento faz a curva
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
Nas revoadas, redemoinhos"
Vento, ventania, me leve sem destino,assim ficamos em estado de desesperança, cometemos desatinos e a saudade beira a intolerância de tolerar tanta falta de sentido e no contraponto se sentir infestado de emoção, de hemorragia ou derrame de sentimentos, tão angustiante, atávico português, aterrorizante, quanto e quando a saudade de Vinícius poetinha de precisão e simplicidade,que se foi, entre outros que partiram há décadas de chumbo, num rabo de foguete do Bêbado e a Equilibrista de Aldir Blanc e João Bosco, num trecho aqui copiado:
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarices
No solo do Brasil...
Saudade!
Mas...como diria Cazuza em O Mundo é um Moinho:
"Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar..."
Enfim sem Henfil, Chega de Saudade de Vinicius de Moraes:
"Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser.
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque não posso mais sofrer.
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz.
Não há beleza,
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim.
Não sai de mim,
Não sai.
Mas, se ela voltar
Se ela voltar, que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca.
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços.
Apertado assim, colado assim, calada assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De viver longe de mim.
Não quero mais esse negócio
De você viver assim.
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim…
Saudades minha querida e amada tia!
Fred Borges
Praia do Forte, 30.09.2023
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Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo, viver a teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sol é sagrado
E alimenta de ouro horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado, sim.
--------------Beto Guedes e Ronaldo Bastos
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