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#Poesia para o dia das mães
surrealsubversivo · 5 months
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Minha mãe era poesia atrás das roupas no varal
Ela começava a cantar e os pássaros das árvores ao redor chegavam mais perto. Como um convite feito aos raios de sol, ela cantarolava sobre as cantigas que aprendeu quando criança, relembrando com o seu sotaque nordestino de como as coisas costumavam ser. Eu, o seu admirador silencioso, ficava sentando no chão de terra, sugando cada nota musical que escapava daqueles lábios roxos. Enquanto, os meus pés se afundavam na grama fresca e o meu coração capturava todo aquele amor.
O ar tinha um cheiro de verão e amaciante, e todo o nosso terreno era o grande palco do espetáculo da mais linda atriz. Em uma matizes de cores, ela trazia todos os seus amigos à cena, e pintava o seu ambiente com obras vindas direto da sua alma. Cada detalhe parecia ser encenado, desde os seus dedos calejados sob as superfícies dos tecidos até as suas pernas cambaleando gentilmente de um lado ao outro. Ora ela se escondia entre os panos, ora ela se libertava como o vento mais selvagem vindo da serra.
"Essa é a minha mãe"... só minha, eu costumava pensar. Não me importava se os meus irmãos estavam por perto, não me importava se o meu pai estava chegando já já, não importava nem mesmo se ela brigasse comigo por coisa boba. Aquela luminosa e radiante mulher tinha me colocado no mundo, era a pérola do nosso bairro, a rainha do meu coração.
Às vezes, ela parecia distante, se perdia nos seus próprios pensamentos, como se fosse capaz de viajar até a sua terra novamente. "Mãe, você sente saudade de lá?" Ela pendurava as roupas como os poetas costumam fazer com os livros de cordel presos nos seus majestosos varais. Era a poetisa de toda a boa literatura que nasce no dia-dia, direta do âmago da terra. A musa que os lampiões e sertanejos começariam guerras sangrentas para tê-la ao seu lado.
A minha mãe era poesia atrás das roupas do varal, transcendendo ao tempo e ao espaço, cravando-se na minha alma: como a mais linda memória. Ela já se foi há alguns anos, como as sementes, flores e plantas, a minha mãe cumpriu a sua jornada no nosso planeta terra. Mas, quando a saudade aperta, e não sei mais o que fazer e nem para quais braços correr: vou direto para o quintal, e vejo ela lá, dançando entre as minhas roupas no varal.
Dizendo-me, filho, amo-te, agora, deixa disso: vá ser feliz
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cncowitcher · 4 months
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41. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
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ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: fofo. 🧸
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 681.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
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Quando Enzo soube que sua namorada estava grávida de duas meninas, a reação foi parecida com aquele meme “eu não quero mais saber de depressão e de coisas para baixo”.
O uruguaio estava amando cuidar da brasileira, fazia chá de hortelã-pimenta com gengibre para ela, pois pesquisou e soube que o mesmo ajudava a reduzir as náuseas e controlar os vômitos no primeiro trimestre. Colocava música clássica no som da sala em volume baixo, se sentava com a coluna próxima do braço do sofá e pedia para a mulher se deitar entre suas pernas porque ele iria ler algumas poesias para a mesma.
Acompanhou S/n em literalmente todas as consultas, todos os exames, todas as compras e quase morreu de amor quando os meses foram passando rapidamente e o mais velho descobriu que a garota estava grávida de gêmeas. Enzo chorou, abraçou sua mulher e até a doutora ganhou um abraço apertado.
Ele também adorava ajudar a garota a tomar banho, a ensaboava por completo, massageava seus cabelos e tirava a espuma calmamente com medo de machucá-la de alguma forma. Confesso que rolava umas rapidinhas durante alguns banhos depois que S/n disse a Vogrincic que viu em algum lugar que era recomendado fazer sexo durante a gestação.
Certa vez, quando a brasileira estava pegando um copo de água na cozinha, Enzo chegou por trás dela e levantou sua barriga ─ que faltava alguns dias para completar nove meses. A sensação de alívio que ela sentiu na hora foi inexplicável, deitou sua cabeça no ombro do mais velho e fechou os olhos aproveitando aquela sensação de leveza e paz.
Finalmente o tão esperado dia chegou! Como o casal estava em São Paulo, Vogrincic dirigiu até o hospital e quando chegaram lá, pegou a bolsa das gêmeas e acompanhou sua mulher até a recepção. As horas se passaram e o uruguaio não saiu de perto de S/n, que já estava em trabalho de parto.
Sim meus amigos e minhas amigas, Enzo Vogrincic levou sua câmera Canon e pediu permissão para o obstetra e para todos os que estavam na sala se ele podia fotografar os bebês e sua mulher. E esses profissionais permitiram com a voz animada.
O parto de S/n foi normal e surpreendentemente ela não gritou. Mas descontou toda a sua dor apertando o braço de Enzo com força. Estava doendo, é óbvio, mas o mais velho tentou focar nisso para a sua vontade de desmaiar não chegar justo naquele momento. Quando as meninas finalmente choraram nos colos das pediatras ali presentes, a brasileira começou a sorrir e chorar junto. O mais novo papai do ano também não se aguentou. Tirou algumas fotos delas, dos profissionais e de sua mulher antes de abaixar sua máscara e dar um beijo na testa de S/n.
─ Eu oficialmente sou pai de meninas, amor. Muito obrigado por me proporcionar isso. ─ Enzo sussurra para a brasileira e sorri quando vê os pediatras se aproximando com as gêmeas. ─ Doutora, você pode tirar uma foto da nossa família? ─ Indaga o uruguaio no portunhol tirando a câmera do pescoço e esticando para a mulher, que concordou com a cabeça após colocar as meninas no colo de S/n.
A mulher olhou para suas filhas e chorou mais ainda quando as duas a encararam e deram um pequeno sorriso para ela.
─ Elas têm os seus olhos, Enzo. ─ Comenta ela para o namorado assim que a pediatra tira a foto. ─ E eu nem estou acreditando que sou mãe agora. ─ S/n fala tentando não chorar de novo.
─ Se me permite dizer, elas são lindas, Senhorita Vogrincic. Tem a mistura da alta beleza dos pais. Meus parabéns! ─ A pediatra sorri e depois murmura um licença para S/n e pega uma das gêmeas e, com ajuda da outra profissional, leva a outra já para a maternidade.
─ Você viu? ─ Enzo sorri encarando a garota. ─ A doutora te chamou de Senhorita Vogrincic… Isso é um sinal, mamãe. ─ Diz ele mandando uma piscadela para a namorada.
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salvianegra · 2 months
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Música, alimento da alma; livros, imersão do espirito; e um poema em inglês
Títulos longos também constroem narrativas.
Numa mesa de bar, há não muito tempo atrás, colegas de trabalho conversavam comigo sobre filmes, sobre um aplicativo ou site específico que registrava quantos filmes você vê, a nota e a crítica que dá à obra. Um dos colegas em questão, abismado com a quantidade de horas vendo filmes gasta pelo outro, disse: "quanto tempo da sua vida perdido". Eu, que mal participava da conversa, intervi e o retruquei: "consumindo arte, permita-me corrigir".
Tomei um gole do vinho e desviei o olhar, após ser contemplada pelos demais colegas.
Fiquei reflexiva.
Eu fortemente creio que não é, em absoluto, uma perda de tempo investir suas horas em consumo de arte, seja ela na forma que for. Tanto que venho aqui, por meio deste, indicar algumas aquisições que minha suposta perca de tempo rendeu.
Começo com a música, pois, além da poesia, a música é o alimento da alma. Diga-me alguém que não ama ouvir música e eu certamente responderei que esta pessoa já não vive mais. É um corpo seco animado.
"Under the Pink", de Tori Amos, é um álbum nostálgico. Pega toda essência alternativa dos anos noventa, letras sensíveis e apresenta uma obra significativa. Senti um pouco daquilo que eu procurava quando adolescente em uma artista, aquela autenticidade quase inalcançada, uma vontade de ser e estar que nunca passa e nos consome de dentro para fora. As faixas que mais me chamaram atenção foram Cornflake Girl, Daisy Dead Petals e God.
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Muito influenciada por essa onda nostálgica, intangível e subliminar, anos atrás, quando passava por situações complexas em relação a mim mesma, meu corpo, meu ex relacionamento e questões com minha mãe, descobri Alexandra Savior. "Belladonna of Sadness" é um álbum com muita essência melancólica, um quê de Lana Del Rey, sem dúvida espelhado em suas obras. Novamente aquele sentimento vazio, o desespero em completar, buscar essa completude através de amores frustrados, poemas mal escritos, lágrimas forçadas. As faixas Mytery Girl e Mirage contemplam perfeitamente esse abismo de solidão, sentimento que me atravessava constantemente e, talvez por isso, tenha feito apegar-me a este álbum.
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O álbuns auto-intitulado de The Velvet Underground (1969) pode, potencialmente, ser um dos meus favoritos da vida, e, por alguma razão mórbida, havia me esquecido de sua existência. Mas, como supracitado, me encontrava numa onda nostálgica, calhei de encontrá-lo perdido na minha biblioteca do spotify, e re-escutar todas as faixas foi como redescobrir um sentimento, um amor. Me senti naquelas narrativas em que jovens apaixonados se reencontram depois de anos. Eu sou outra mulher, o álbum; o mesmo. Mas mesmo assim, tudo mudou. A obra continua maravilhosa. Devo ressaltar. Aqui eu destaco absolutamente todas as faixas. Não pule uma sequer.
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Apesar de antigo, não redescobri a próxima obra. Além das colinas, Kate Bush tem muito mais que o mainstream pôde proporcionar, e o álbum "The Sensual World" causou impressões diversas em mim. Por vezes me sentia entre Kate e Bjork, as músicas carregam esse aspecto sensual do anos 80 marcados nas batidas típicas, nas letras melancólicas, na voz inconfundível. Eu, que tanto amo explorar o sensual, as sensações, consegui seguir esse fluxo consciências nas letras intensas de Bush e ainda bem que achei esse álbum perdido entre os tanto que soterravam minhas playlists. Destaco Love and Anger, The Fog e Between a Man and a Woman como faixas que me despertaram mais interesse.
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Tem se tornado uma luta diária conseguir voltar a ser a leitora que foi aos 13 anos, quando, obviamente, desprovida de ocupação, além da escola, e com muito tédio ocioso, lia dois, até três livros por dia, dependendo do tamanho. Hoje, evidentemente, não consigo acompanhar esse ritmo nem se quisesse. Trabalho, tarefas diárias, responsabilidades, a vida adulta consome.
No entanto, ler sempre me foi um local de conforto. Abrir um livro me traz um pouco daquela sensação nostálgica que venho tratando o texto inteiro. Sinto-me jovem, mas velha ao mesmo tempo. Inocente e madura. Passa página por página e me pegar a caminho do final da história regozija-me tanto quanto estimular qualquer outro prazer material.
Quando se lê, logo no título de uma obra, memória de minhas putas tristes, não há como não parar e desprender dois minutos pensativa sobre. Antes de ler essas 127 páginas de mais um deleite de Gabriel Garcia Marquez, eu confesso que julguei inúmeras história possíveis, nenhuma, contudo, chegava perto que se trata o livro. Gabriel vai falar de tópicos sensíveis a qualquer homem na sua posição: velhice, a fraqueza da alma e do corpo, a eterna busca por uma juventude perdida em mulheres novas e inexperientes.
Beirando os cem, um homem que já passou por tanto, pensa-se que já vivenciou de tudo. Menos deleitar-se de um corpo jovem (jovem demais). Na busca desse lapso de juventude, o personagem principal paga para se deitar com uma prostituta, como seu último desejo antes de morrer, porque aos cem, sabe-se bem que a morte está mais próxima por dedução do que jamais esteve. A moça em questão, menina jovem, não tem nem 15. Mas não é bem por ai. Ele não consegue. Se apaixona. Não toca a moça.
Um bom romance. A gente reflete bem a vida lendo Marquez.
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Acho que nunca li nada parecido com "A pequena coreografia do adeus". Um relato sensível, visceral, às vezes até cruel, da vivência feminina. Aqui eu encontrei trechos inquietantes sobre abandono parental, uma mãe que projeta suas frustrações em sua filha, um pai que abandona um lar para construir outro, deixando para trás uma mancha perpétua na vida da pequena, e posteriormente adulta, Júlia.
Não é um romance convencional. É em versos. Também tem prosa, tem poesia, tem conto. Parece um furacão de palavras, um vórtice de ideias, e quem lê é praticamente dragado para um abismo sentimental e melancólico de uma narrativa tão crua e certeira.
Quando Aline Bei escreve "... quantas possibilidades de Júlia eu perdi pelo caminho para me transformar nessa Júlia que sou agora?" Eu senti uma pontada no peito. Quantas não perdemos?
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Então, depois da coreografia, eu confesso que fiquei desnorteada. O que ler tão bom ao ponto de me prender como essa obra me prendeu? Era difícil. Tentei os russos, novamente, tentei romances atuais dos EUA, tentei um pouco da distopia americana. Nada me fisgava. Pensei então: porque não Clarice?
"Água viva" é um livro vivo. Ler Clarice é me tornar viva. Fluxo consciência tornou-se meu estilo favorito de escrita logo que fui apresentada aos livros da autora. Mas este em questão foi uma experiência a parte. Certamente, vos digo que não entendi nada, e, ao mesmo tempo, tudo.
It, a coisa, aquilo. O amor, deus, a vida, o momento agora, vivere. Clarice não se lê, se sente. Senti que absorvi pouco, mas que entendi muito. Aqui se tem a imagem de uma mulher, alguém que escreve porque quer ser lida, apesar de não dizer por quem. Tem reflexão sobre deus, a vida, o ser mulher e o ser artista sendo mulher. Muita coisa ao mesmo tempo, não sei o que dizer, apenas sentir. Isso é meio que Clarice.
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Eu escrevi, dias atrás, meu primeiro escrito poético em inglês. É engraçado como não há língua no mundo melhor para se expressar que a nossa própria língua materna. Faltou-me palavras, que contemplassem tudo que eu sentia, faltou-me expressões, faltou-me tudo, no geral. Não gostei, pensei que estivesse um tanto esvaziado de tudo. Mas escrevi pensando em quem amo e se isso basta para fazer dele um poema importante, então assim ele é.
Eu escrevo sobre amor
I've been writing about you all this time, Every love letter, all the romantic poetry, it was all for you. About someone who wasn't even in my life back then, but somehow, was such a strong presence, so bright, so astonishingly amazing. You made me cry, you made me laugh, you made me see more than my weak and exhausted eyes could have ever imagined. I realized, so many times, while you were asleep, while you smiled when you looked straight into my eyes: it was always you. Even if we were walking separate paths… it was you. Even if we were born beneath distinctive sins, shaped in different forms, it was all for you. This spectrum followed my own steps, letting my feet guide me straight to you. Now I see what is crystal clear, what is in front of me. I see things in their essence, inside their inner natural scent. I can smell you wherever I go, I can sense you with my soul. Even in my darkest, solitary, indistinctly melancholic days, your sign brings me back to life. I wrote a poem to you, hoping this amazed part of me could have a voice and speak for itself. Since I feel something alive inside me, I have to pour it out, because the pain is too much, but the love… the love is above.
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noctilucentis · 25 days
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pensando novamente sobre o conceito de "pronoia" e achar que o mundo conspira pelo meu bem e... sim... há tantas coisas que acontecem que simplesmente parecem uns pequenos milagresinhos. estava lendo elegias de duíno e lembrei que o livro era de uma amiga da minha mãe que simplesmente presentou ela um dia com uma coleção de coisas e tesouros que ela não tinha mais espaço para guardar e — era cada coisa linda 🥺 ela tinha morado na russia e na alemanha e tinha livros em outras línguas, livros de arte; rilke, dostoiévski, james joyce, oscar wilde, whitman...! bonequinhas russas, estatuetas lindas... 90% dos livros que tenho eram doa meus pais, ou achados assim — de meus tios que sabem que eu gosto de ler, de amigos dos meus pais que acabam descobrindo isso também! (por exemplo, uma vez uma senhorinha amiga do meu pai pediu nossa ajuda para organizar livros e roupas dela e, no processo, ia oferecendo um monte de coisa linda, roupas da época que ela era professora de literatura, livros!).
estava arrumando os esmaltes e coisinhas de unha hoje percebi, de novo, que a maioria eu ou minhas irmãs ganhamos de presente, de tias ou primas que tinham muitos e não usavam, e sabiam que a gente gostava... a mesmíssima coisa com coleções de miçangas da minha tia que fazia bijuterias que ganhamos quando criança e até hoje usamos pra fazer nossos colares e chaveiros! muitas das minhas roupas, também, ou foram presentes ou "hand-me-downs" assim. talvez minha família seja simplesmente muito querida por todos e por isso as pessoas gostam de nos dar coisas assim hehe mas quando penso nisso, sinto que o mundo pode ser muito legal, sabe! que coisas boas também caem assim do céu, simplesmente porque sim; que as coisas simplesmente podem dar certo e que tem tanta gente boa por aí também!
eu não me considerava alguém otimista mas pelo visto, em comparação com as pessoas que conheço, sou bastante otimista sim 😭 sou uma overthinker de natureza mas raramente fico paranóica ou achando que as pessoas ou que "o mundo" está contra mim ou algo do tipo. me sinto muito sortuda porque o ônibus sempre chega bem na hora que chego na parada, ou porque quando perco o ônibus o outro acaba chegando mais rápido e não chego atrasada, ou porque quando chego atrasada eu chego bem na hora de começar a ouvir a parte importante da aula; sortuda porque as pessoas foram gentis comigo, sortuda porque nasci com duas irmãs, sortuda porque meu pai adora ver filmes na cinemateca comigo, sortuda porque posso dormir o quanto eu quiser, sortuda por ter crescido entre pessoas criativas e inteligentes, sortuda por ser amada, sortuda por ter encontrado um filme muito bom para assistir, por ter gatinhos que escolhem ficar no meu colo entre todos os lugares do mundo, sortuda por ter nascido em um país que tem caldo de cana e por ter português como língua materna e poder entender a poesia das letras de mpb...
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brubelaraiz · 2 months
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Sonhos partilhados
Olivia sempre quis ser bailarina
Ao prender o cabelo para trabalhar,
Sua mãe repetia
"Acabou com os grampos mais uma vez, Olivia?"
E fazia um grande coque improvisado com os elásticos esquecidos na gaveta
Olivia escondia um sorriso torto
Com 5 anos, ainda dormia na cama da mãe
Era grande demais para isso
Mas pequena demais para enfrentar os fantasmas no armário
Antes de partir, seu pai dissera à mãe
"Você está louca, imaginando coisas, como sempre!"
Ao olhar para a sombra que o amontoado de caixas formava em cima do armário
Olivia se perguntava se via de fato uma fera de olhos vermelhos
Ou se era também louca
Na dúvida, corria para o quarto da mãe
Que a aconchegava entre os braços e agradecia
Pois também tinha medo de ficar sozinha
Aliás, tudo o que sentia ultimamente era medo
Ao chegar em casa às seis da tarde
Trancava todas as fechaduras, por precaução
E via Olivia rodopiar na sala, fingindo ser bailarina
Já tivera de pedir fiado por outra caixa de grampos no bazar
Desde então, recolhia os grampos perdidos pela casa
Colocava-os na caixinha já rasgada, e dizia à Olivia serem novos
"Mamãe, vou ser bailarina!"
A mãe assentia, aumentando o som da música no toca-discos.
Enquanto assistia Olivia dançar
A mãe sentava-se à mesa, e estudava as despesas do mês
A conta nunca parecia fechar
Contava, recontava...
Quando Olivia já performara toda a ópera de Mozart
Era hora de colocá-la pra dormir
Naquele dia, fez isso com um suspiro de alívio:
Sobraram dois trocados para uma nova caixa de grampos
Apagou a luz do quarto da menina após colocá-la para dormir e
Assim como sabia que Olivia despertaria para ir até sua cama
Também repetia para si mesma convicta
"Sobraram dois trocados, Olivia vai ser bailarina"
Surpreendentemente, naquela noite, Olivia permaneceu em seu próprio quarto
A mãe suava de medo, sozinha no escuro
Virava e revirava, contava dez minutos de sono para cinquenta de pesadelos
Após a noite mal dormida, não queria acordar
Os pássaros já cantavam quando, respirando fundo
Fez grande esforço e se levantou
Colocou a água do café na chaleira
E repetiu para si mesma, orgulhosa
"Olivia finalmente dormiu sozinha
Sobraram 2 trocados para a caixa de grampos
Olivia será bailarina"
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feracinefila · 6 months
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˛ * ⠀🎥 ( 𝐦𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐞𝐭 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐥𝐞𝐲, 𝟐𝟔 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐞𝐥𝐚/𝐝𝐞𝐥𝐚 )  era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você 𝐑𝐄𝐘𝐍𝐀 𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒𝐄𝐍 𝐃'𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐈𝐒. você veio de 𝐋𝐎𝐍𝐃𝐑𝐄𝐒, 𝐈𝐍𝐆𝐋𝐀𝐓𝐄𝐑𝐑𝐀 e costumava ser uma 𝐂𝐈𝐍𝐄𝐀𝐒𝐓𝐀 𝐅𝐑𝐀𝐂𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐀 𝐄 𝐃𝐎𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐁𝐀𝐑 por lá antes de ser enviada para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava 𝐄𝐒𝐂𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐄𝐖𝐒 𝐍𝐎 𝐋𝐄𝐓𝐓𝐄𝐑𝐁𝐎𝐗𝐃 𝐄 𝐅𝐀𝐙𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐄́𝐃𝐈𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐔𝐏, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser 𝐂𝐀𝐑𝐈𝐒𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐀, mas você não deixa de ser uma baita de uma 𝐓𝐄𝐈𝐌𝐎𝐒𝐀… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de 𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐅𝐄𝐑𝐀 na história 𝐁𝐄𝐋𝐀 𝐄 𝐀 𝐅𝐄𝐑𝐀… bom, eu desejo boa sorte, porque você VAI precisar!
Filha de pais divorciados, Reyna não teve dificuldade em escolher quem seria o seu "favorito". A mãe não poderia se importar menos com os dois filhos que deixou para trás ao decidir fugir com o amante, mas mesmo antes disso, o seu pai, Timoteo, sempre foi a maior inspiração da garota. Ele era dono de uma locadora em um dos bairros baixos de Londres. Era muito frequentada no início dos anos 2000... até que deixou de ser graças aos serviços de streaming.
Ainda assim, o amor de Reyna pelo cinema criou-se a partir daqueles corredores com estantes cheias dos mais variados filmes. O seu pai era um cinéfilo antes desse termo sequer existir e era uma tradição da família Angelis assistir a um filme todas as noites. Reyna adorava! O irmão, Ronan, nem tanto; mas ele era bem mais novo e mais energético. Então as noites de filmes passaram a ser algo de Reyna e Timoteo. E eram as discussões sobre os longas que unia pai e filha.
Como quase toda criança, ela desejava ser atriz um dia. Reyna gostava muito dos filmes de comédia romântica e encenava suas cenas em seu quarto. Escrevia os seus próprios roteiros também com coisas que, na época, ela achava engraçadas, românticas ou assustadoras. Agora nem tanto, é claro, ela nem ousa abrir aqueles cadernos antigos... Essa vontade de atuar em grandes filmes se converteu na vontade de ser roteirista de grandes filmes... E então diretora. Reyna queria ser cineasta. Estava determinada e foi por isso que estudou muito para entrar na melhor faculdade inglesa para tal.
E ela estava prestes a lançar o seu primeiro curta-metragem, um romance, em um festival importante, ainda na faculdade, quando as notícias do acidente a levaram para um rumo completamente diferente. O pai e o irmão perderam a vida em uma viagem para verem a mãe de Ronan e Reyna, uma que ela se recusou a fazer.
Daí em diante, Reyna não conseguiu se manter na faculdade. Ela estava quase se formando, mas estava triste. Deprimida... E suas notas começaram a cair, o que resultou na perda de sua bolsa no último semestre. Teve que trancar e dar um jeito na própria vida, afinal, recusando todas as ligações da mãe, ela agora estava sozinha.
Tendo herdado a locadora do pai após a morte dele, Reyna viu uma funcionalidade diferente para o espaço. Ninguém mais precisava de locadoras com tantos serviços de streaming por aí, mas o local era... único. Vintage. Era o atrativo perfeito para um bar. De repente, a sua vida ganhou um sentido novo. Reyna investiu o seu dinheiro da herança no estabelecimento e, assim, abriu o Blockbuster Pub — um bar temático para os amantes de cinema... e de stand-up e poesia moderna nos Sábados, é claro! Porque apesar de ter desenvolvido maior apreço por dirigir dramas e terror na faculdade, ela ainda se dava muito bem com roteiros de comédias românticas e sempre os esboçava em seus cadernos; especialmente quando tinha alguma musa em mente para as grandes cenas de demonstrações românticas.
O pub passou a ser frequentado por londrinos e turistas que ficavam sabendo do lugar temático, decorado com alguns dos maiores sucessos ingleses e hollywoodianos de todos os tempos. Além disso, podiam sair de lá com um DVD ou uma fita cassete — era totalmente vintage.
Alguém esqueceu um livro no balcão do bar na noite em que Reyna fechou o Blockbuster mais cedo apenas para dar uns beijos na garota bonita que tinha dado em cima dela. Estava escorada contra o balcão de olhos fechados. Sons de prazer deixavam os seus lábios quando o maldito livro brilhou e Reyna surgiu no meio de um mundo mágico.
Será que ela tinha morrido durante um orgasmo?!
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suncelouis · 25 days
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na locadora que frequento tem uma moça com o seu nome
às vezes as nuvens quase formam o seu nome
olhando as estrelas é sempre possível desenhar o seu nome
o último verso do famoso poema de Éluard poderia muito bem ser o seu nome
Apollinaire escreveu poemas a Lou porque na loucura da guerra não conseguia lembrar o seu nome
não entendo por que Chico Buarque não compôs uma música para o seu nome
se eu fosse um travesti usaria o seu nome
se um dia eu mudar de sexo adotarei o seu nome
minha mãe me contou que se eu tivesse nascido menina teria o seu nome
se eu tiver uma filha ela terá o seu nome
minha senha do e-mail já foi o seu nome
minha senha do banco é uma variação do seu nome
tenho pena dos seus filhos porque em geral dizem “mãe” em vez do seu nome
tenho pena dos seus pais porque em geral dizem “filha” em vez do seu nome
tenho muita pena dos seus ex-maridos porque associam o termo ex-mulher ao seu nome
tenho inveja do oficial de registro que datilografou pela primeira vez o seu nome
quando fico bêbado falo muito o seu nome
quando estou sóbrio me controlo para não falar demais o seu nome
é difícil falar de você sem mencionar o seu nome
uma vez sonhei que tudo no mundo tinha o seu nome
coelho tinha o seu nome xícara tinha o seu nome teleférico tinha o seu nome
no índice onomástico da minha biografia haverá milhares de ocorrências do seu nome
na foto de Korda para onde olha o Che senão para o infinito do seu nome?
algumas professoras da USP seriam menos amargas se tivessem o seu nome
detesto trabalho porque me impede de me concentrar no seu nome
cabala é uma palavra linda, mas não chega aos pés do seu nome
no cabo da minha bengala gravarei o seu nome
não posso ser niilista enquanto existir o seu nome
não posso ser anarquista se isso implicar a degradação do seu nome
não posso ser comunista se tiver que compartilhar o seu nome
não posso ser fascista se não quero impor a outros o seu nome
não posso ser capitalista se não desejo nada além do seu nome
quando saí da casa dos meus pais fui atrás do seu nome
morei três anos num bairro que tinha o seu nome
espero nunca deixar de te amar para não esquecer o seu nome
espero que você nunca me deixe para eu não ser obrigado a esquecer o seu nome
espero nunca te odiar para não ter que odiar o seu nome
espero que você nunca me odeie para eu não ficar arrasado ao ouvir o seu nome
a literatura não me interessa tanto quanto o seu nome
quando a poesia é boa é como o seu nome
quando a poesia é ruim tem algo do seu nome
estou cansado da vida, mas isso não tem nada a ver com o seu nome
estou escrevendo o quinquagésimo oitavo verso sobre o seu nome
talvez eu não seja um poeta a altura do seu nome
por via das dúvidas vou acabar o poema sem dizer explicitamente o seu nome
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“neste livro, palavras criam vida própria e ecoam como um grito de amor e socorro contra si mesmo.”
Criado a partir de ilusões caóticas e uma realidade crua, escondida à força dentro de cada um de nós, sinto muito por este livro promete afogar mentes e cativar corações num conjunto de poesias e narrativas de uma jovem, sensata e sonhadora, que busca conquistar seu lugar no mundo através da sua voz, pensamentos - realistas e melancólicos - e relatos de (sobre)vivências de uma rotina impactada por crises internas e paixões alheias.
Entre linhas de tirar o fôlego e derramar lágrimas, sinto muito por este livro é a obra literária de estreia da escritora e criadora do projeto poético buquês são flores mortas, evy, que proporciona uma experiência única e profunda que, apesar de incurável, envolve o leitor como um abraço desconhecido e o faz encarar e compreender a vulnerabilidade, delicadeza, os anseios e amores presentes onde ninguém mais conhece ou se atreve a seguir adiante: este é um caminho sem volta para dentro de si mesmo.
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💌 querido(a) leitor(a)
depois de um longo ano de dedicação, finalmente, consegui disponibilizar este trabalho para você! cada página, palavra, foi tirada da essência e transmitida com muita sincera-profunda-vulnerabilidade apesar de prometer causar o impacto de um relâmpago no seu coração.
espero que goste do resultado, desejo-te uma boa leitura e não se esqueça de me mandar uma ask contando como foi o seu dia! com carinho, evy.
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Escritora, brasileira - paulistana - e mãe, evy faz da poesia o principal meio de trazer suas dores, amores, pensamentos e narrativas criativas à vida no intuito de que, através das palavras, o alívio, acolhimento e a esperança cheguem ao leitor apaixonado, sozinho ou o "perdido entre linhas".
Antes de cativar milhares de seguidores no tumblr e instagram com o projeto poético buquês são flores mortas, de sua autoria, ela deu início a sua tragetória escrevendo e publicando suas primeiras poesias e textos para os seus leitores do wattpad e recitando-as aos amigos do colegial, em 2016. Durante o processo de autoconhecimento e busca pela sua identidade pessoal, em 2018, evy fez da música a maneira de expressar seus sentimentos e relatos da adolescência até acabar se dedicando, exclusivamente, à poesia após perceber que sua paixão estava presente e se destacava ao escrever canções e, não, ao tocar guitarra nem cantar.
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ㅤㅤ⸻ TRECHO #OO2 / uma das páginas do diário de guinevere, 2014.
ㅤㅤHoje está chuvoso, o que poderia contribuir para a melancolia geral dos fatos, porém eu não sou poeta e nem gosto muito do floreio da poesia. O que a chuva tem a ver com a minha vida? Talvez algum dia eu consiga olhar a vida com um olhar mais bucólico, mas não hoje e nem quero deixar isso maior do que deveria.
ㅤㅤHoje eu fui encontrar meu pai. Porque? Não faço ideia. A verdade é que desde que fiquei sabendo sobre esse tal Projeto Chronos, estar envolvida sem saber ou consentir a isso e todo o caos causado me fizeram ficar confusa. E eu odeio ficar confusa! Por um momento achei que meu pai podia ajudar a pensar direito nisso já que eu sempre fico alerta perto dele, mais ágil e lógica, mas não sei.
ㅤㅤFoi a dinâmica de sempre. Aproveitei que ele veio palestrar na The Los Angeles Astronomical Society e fui atrás dele; ainda bem porque fiquei sabendo que ele vai ter uma conferência na Noruega em duas semanas e, provavelmente, vai ficar por lá por um bom tempo. Demorou um pouco pra ele me reconhecer, me confundiu com uma assistente e depois falou o mesmo comentário de sempre. "Você é igual a sua mãe" e todo mundo sabe o que isso significa. Demorou mais ainda me fazer entender porque eu simplesmente não podia falar diretamente e ele estava muito preocupado que eu mexesse nos papéis dele. Ás vezes eu me pergunto se ele se dá conta que eu já tenho vinte e dois anos e não sou a menina que ficava como a sombra dele... Eu já sei essa resposta.
ㅤㅤAcabei criando uma situação totalmente aleatória, disse que era um projeto do clube de astronomia e precisávamos de uma entrevista com alguém que entendesse sobre buracos de minhoca e quem poderia ser melhor do que ele? Afagar o ego dele com ciência sempre funcionou. Precisei escutá-lo falar sobre buracos de minhoca, fazer perguntas genéricas que o fizeram revirar os olhos e vê-lo devanear sozinho dentro do assunto; o que, por si só, era algo interessante de ser ver e o motivo de tantos pagarem para vê-lo palestrar. Ou se matarem de estudar para fazer parte das suas equipes de pesquisa. Finalmente, consegui perguntar para ele sobre o que ele faria se tivesse descoberto algo sobre o assunto que mudaria o rumo da humanidade, porém ele não poderia ter certeza se isso teria um resultado positivo ou negativo.
ㅤㅤ"Você é igual a sua mãe", ele falou pela segunda vez naquele dia, "sempre procurando ética e moral dentro da ciência, por isso nunca seria uma boa astrofísica. Não importa o que vai acontecer se é algo intrínseco da natureza do universo. Do que adianta debater se é algo ético, se levará a destruição da humanidade ou algo do tipo? Se é possível de ser descoberto e usado, se existe e só basta que olhemos da forma correta, do que adianta? Uma hora ou outra vão descobrir, que seja por mim." Ele tinha razão, eu percebi isso, porém ele falaria isso se soubesse das coisas que eu sei? Ele perdeu o pouco da paciência depois disso e voltou a fazer seus cálculos. Eu tentei tirar mais alguma coisa, mas eu sei a hora de desistir de uma batalha e vim embora.
ㅤㅤAgora eu estou aqui pensando nisso sem ter muita certeza do porque de ter ido lá, sabendo de tudo que eu sei. Sobre a viagem e, principalmente, sobre meu pai. Do que adiantou saber a opinião dele? Continuo aqui pensando no que fazer e com a ideia ainda mais forte de que não importa muito se eu vou ou se eu fico porque, no fim das contas, quem vai se importar? Talvez seja sobre isso, talvez o pessoal do Chronos esteja certo. Se eu tivesse descoberto a viagem, não iria me aproveitar disso? Até onde vai a minha moral diante de um trunfo tão único? Obviamente, eu seria muito mais assertiva com os cálculos e os testes, mas ainda assim... Será que não vale a pena eu ir para o futuro, caso eu não morra antes disso?
ㅤㅤPelo menos farei isso por mim, mesmo que... Por mais quanto tempo eu vou sentir falta de algo que eu nunca conheci?
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Receita do dia
Se você está sozinho hoje, o primeiro passo que você deve tomar é começar a se aceitar, confiar e respeitar a si mesmo, como você é,e só então poderá atrair o homem certo para você, que fará o mesmo, vamos pegar os ingredientes certos, confiança, sorriso, fé e amor,o próprio,já que não tem o outro,ainda,transforme tudo com sua magia natural, todos nós temos uma dose de magia dentro de nós,como vocês acham que minha mãe fazia aquele pudim tão delicioso,apenas usando pães velhos, é mágica amigos e amigas, como você encontraria uma voz tão doce como da poetisa Mara, é pura bruxaria,a inteligência de saber um pouco de tudo da poetisa Nilza,ela com certeza é uma feiticeira das palavras,nos prendendo em poemas com pó de Pirlimpimpim,e os poemas brilhantes do Conde dos pampas e da pequenina gigante Jordana Lima, talento que sobra , dizem abracadabra e eis aí uma nova obra,e a magia só se expande,Alma dos signos zodiacais,uma após a outra coisas fenomenais,aliás fenômenos de outro mundo, resumindo,magia pura, feiticeiros, bruxas, doentes de tamanho reduzido,mas o talento passou dos limites que parecem terem crescido,os menores potes que tem as melhores poções,viu outro termo de magia, pronto,com a própria poesia deu pra mostrar com fazer a poção de se amar primeiro,para ganhar um novo ingrediente em sua mistura,aquela que lá nas linhas de cima não tinha antes,de um simples ser frágil e claudicante vai ter tamanho e força de um elefante,será a mulher que todo o homem quer para gerar um bebê,amores verdadeiros tem que ter um fruto,assim seria comigo se não estivesse tão só como antes, não fiz a mistura, larguei todos os ingredientes pegando pó em algum armário.
Jonas R Cezar
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eu-estou-queimando · 4 months
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Responsabilidade emocional se faz necessário, porque a falta dela destrói pessoas. Tenho vivido uma situação que a falta de responsabilidade emocional está destruindo uma mulher linda, inteligente que merecia ser amada.
Nos separamos e eu tinha a certeza do que sentia, por isso escolhi passar esse processo sozinha, sem envolver ninguém. Ele escolheu viver, seguir, recomeçar, mas, tinha ciência que não faltou amor, faltou ser prioridade, e ele se envolveu com uma moça legal, mas neurótica, queria ser mãe e ele é vasectomozado. Se separaram e ele emendou um namoro com uma mulher linda, preta, alta, corpo impecável, inteligente, estilosa, incrível e logo tambem se casaram, éramos vizinhos e eu achei melhor me afastar me mudei, mas desde que nos separamos ele compara as namoradas comigo, não sei se intencionalmente ou não, mas o faz.
E mesmo separados, sendo vizinhos ele vivia na minha casa, tinha passe livre, temos as meninas e eu tenho uma saúde precária, as vezes acordava com ele tomando banho no banheiro da minha casa, cozinhando, cortando grama... quando ele se casou tentei manter distância, então minhas filhas iam muito no pai, para ele não ter desculpas de estar sempre aqui, me mandava música, textos, cartas, fotos de momentos nossos, trazia a tona lembranças íntimas, ele na verdade nunca de fato se separou, não teve conjunção carnal, pois eu nunca quis ceder, tentativas da parte dele não faltou. No escritório dele ainda tem nossa foto de casamento.
E isso foi envenenando essa mulher linda, eu sou baixinha, branca estilo Gasparzinho, cabelo amarelo que lembra um duende. E ela por causa da falta de responsabilidade emocional dele, está se tornando uma mulher insegura, que me vê como rival numa disputa por um amor que sempre foi meu, acabou nosso relacionamento, o amor nunca esteve nisso.
Ela foi ficando mesquinha, paranoica, fofoqueira, nunca pensei que ela não perceberia que ele causou tudo isso. Hoje ela veio me questionar algo tão infantil, percebi a sua insegurança, seu medo de perder, essa rivalidade que criou e está destruindo o emocional dela, fazia questão de me rebater, tentou me humilhar, falando sobre eu ser manca, doente, sem perspectiva de futuro, não tentei argumentar, ela veio para uma guerra. Saiu frustrada, embora a postura fosse de vitoriosa.
Também no mesmo dia de hoje ele chegou em minha casa, nervoso, falando alto, porque um amigo veio fazer uma viagem de férias e eu o acompanhei num passeio. Ele achou que fosse outra pessoa que ele morre de ciúmes, porque gosto da poesia do rapaz, quando soube do seu equívoco, queria me fazer prometer q jamais me envolveria com esse rapaz, cujo qual é casado e não me desperta interesse, só entendi que era sobre ele quando mencionou a poesia.
Tem como alguém recomeçar pensando no passado, querendo voltar ao passado? Pior tem uma terceira pessoa que acreditou no futuro prometido e está adoecendo. Tenham responsabilidade emocional.
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surrealsubversivo · 4 months
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Cecília
Eu não consigo parar de pensar em você.
A sua mãe agora sorri de orelha a orelha e diz para todos que você chegará em breve; as paredes do seu quarto tem gosto de seu nome e o seu berço parece um poço de poesias para todos molharem as mãos, pacientemente, e se curarem um pouco desse mundo tão triste.
Você não vê Cecília? Você é tudo o que esperávamos.
As pessoas na rua já lhe conhecem, as senhoras da missa nos domingos dizem “se chamará ce-cí-li-a” com as sílabas cantarolando e pulando de janela a janela. Os pássaros parecem saber que você está a caminho pois não param de aparecer aqui em casa. E Deus deve estar sorrindo cada vez que alguém tenta desvendar com quais características você vai nascer.
Todos estão tentando descobrir a cor dos seus olhos ou a dos fios de seu cabelo. Mas, eu não me importo com essas coisas. Honestamente, só quero sentir o calor da sua vida em meus braços. Apesar, de algo me dizer que você terá cabelos negros e olhos castanhos como o de sua avó. Os espelhos irão refletir o quão o seu coração é lindo, e as pessoas irão ser abençoadas por você estar aqui: vivendo e existindo.
Cecília, te escrevo em segredo, e possivelmente você nunca lerá esse texto. Deixo no papel o meu coração, como quem deixa nos joelhos orações. Espero que as minhas palavras de amor persigam você e te encontrem nos momentos que você precisar.
Minha pequena flor, esse é um mundo doloroso, onde por vezes as pessoas irão lhe machucar. Ciça, ninguém consegue escapar disso, ninguém sai ileso. Eu estarei aqui para te segurar quando a sua mãe precisar e tentar arrancar sorrisos do seu rosto quando os seus dentes começarem a crescer. Mas, infelizmente, terão momentos que você irá se sentir só: e descobrirá que a palavra “só” apesar de pequena, carrega um vazio imenso.
Cecília, eu estarei na porta ao lado, quando tudo parecer não fazer sentido. Você pode bater, que estarei do outro lado lhe esperando. Quando alguém partir o seu coração, você pode correr para os meus braços como fiz com a sua mãe há alguns anos atrás. Quando você receber notícias que não lhe farão bem, pode vim até mim que irei lhe mostrar as músicas que eu costumava ouvir quando isso acontecia. Quando os vinte e poucos lhe atingir em cheio como tem me atingindo agora, eu prometo que irei lhe entregar o tipo de sabedoria que só o tempo consegue oferecer.
Pequena luz de nossas vidas, você irá descobrir, também, que aqui fora há mais cores do que aí dentro. E que existem azuis em todos os dias no céu e amarelo nos sucos de laranja. Você irá sentir a chuva pela primeira vez tocando a sua pele, e perceberá a graça que é estar viva. Terão braços para te segurar quando você cair e amigos esperando por você na escola e por todo esse caminho.
Cecília, vem logo, pois preciso te ensinar as coisas que já aprendi.
Preciso aprender as coisas que só você saberá me ensinar.
Amo você
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itsheadline · 5 months
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𝗣𝖾𝗇𝗇𝗌𝗒𝗅𝗏𝖺𝗇𝗂𝖺, 𝟣𝟦 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗂𝗈 de 2024
" chegaste feito ventania desenfreada e arrebentaste os trincos de minhas janelas. teu riso alojou-se entre os quadros da sala e quando dei por mim, já estavas aqui. enrolado em mim. é muito verdade que um dia saíste com pressa, e é muito verdade que não demorou para que eu sentisse tua falta ㅡ mas confesso que demoraste. tanto, que os dias ganharam o dobro de tempo.
hoje não me vejo sem ti e tua insistência calorosa de provar-me, a cada afeto trocado, que este amor é real. tão real quanto teu olhar etéreo, tão real quanto teus lábios líricos, tão real quanto a voz que te escapa feito tinidos de lira.
és meu quasar, pulsante e vivo, que me engole lentamente pois assim sabe que desejo. és toda minha poesia, servida sem cautela. és tudo o que minha mãe me dizia para buscar em alguém . "
deixo para ele, citações que me fazem lembrar tanto de meu amor, como se todas as palavras existentes no mundo, não fosse capazes de descrever o quanto de amor existe em mim, tomando meu corpo. tudo por ele.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤsol.
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nicollyseven · 1 year
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Nunca sei como começar e isso é um problema, sempre tenho muita coisa a dizer.
Hoje, eu realizei que cada dia que passa me sinto menos eu, não necessariamente seja algo ruim, mas eu já fui tão imponente, tive dias que nada me abalava nem mesmo os problemas sociais do mundo, como se naquele instante eu fosse única e minha vida fosse o mundo como um todo. Se passaram 23 anos que convivo comigo, eu "meu Deus!" eu jurava que sabia, sabia de tudo, criei expectativas e acreditei nelas veementemente e olha eu aqui. Totalmente perdida, dentro de mim. Não, mas quem me conhece, quem me vê amanhã na rua, tem certeza que eu tenho a vida dos sonhos. Eu só sei fingir bem.
Sempre fui muito chorona sabe. Me lembro de quando era pequena, frases como "engole o choro", já na adolescência era "ah ela chora por tudo", teve um dia que me questionei "será que eu vou chorar em uma audiência", eu tinha 13 anos, e eu ja tinha certeza do que eu queria pra minha vida e tinha medo de ser frágil, não que eu seja, em grande maioria choro de raiva e incompreensão como uma criança mimada, mas ainda assim: choro. Eu ja chorei em todos lugares que passei, eu chorei por não conseguir arrancar o carro quando estava aprendendo a dirigir. Minhas lágrimas são silenciosas e expressivas. Mas ninguém nunca ve, a não ser que eu confie muito em você.
Tenho sido muito forte todos os dias, ainda que quando os dias passam mais corridos, pensamentos assim não passem pela cabeça. Eu gostaria de ter menos gatilho, seria uma dádiva resgatar parte do que um dia eu ja fui, 30% que for, de otimismo que sempre tive, perseverança, espiritualidade e certeza. Hoje tudo passa muito rápido, é como se decisões que eu pedia pra minha mãe fazer por mim, eu tivesse que fazer em 5 minutos.
É como se na vida adulta não houvesse brechas. Ou voce faz ou não faz e espera as consequências. Ou escolhe ou desiste. É tudo muito hostil. Recordo-me de pensamentos adolescentes de querer independência acima de tudo. Hoje me soa cômico como eu gostaria de voltar a depender de minha mãe, de morar juntos todos nós novamente. Como uma boa criança mimada, é terrível para mim sofrer as consequências.
As vezes (na maioria das vezes) necessito de frases subentendidas, diga que me ama e me lembre que sou uma pessoa legal, ainda que eu entenda a demonstração por gestos. O obvio também precisa ser dito.
Talvez fique sem pé nem cabeça, também daqui não saiam as maiores poesias. É apenas uma jovem de 23 anos procurando algo, tentando entender o que precisa ser aprendido. Quebro muito minha cara em erros estupidos, em manias.
Amanhã será um novo dia, mais uma chance, para acabar com a procrastinação, fazer e viver de algo que de fato eu nao me arrependa.
É isso. Obrigada por ler.
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hashimoto3-14 · 2 years
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Eu, sempre moldada a chorar baixinho e esconder a dor, me permiti gritar e por para fora o tormento nauseante de quando ela se foi. Chorei, chorei aos berros como no dia em que vim ao mundo e me senti igualmente frágil e assustada com o que se mostrava ao meu redor. Quis novamente o colo de minha mãe, mas eu escolhi partir... Então chorei sozinha entre a dor e o desespero tentando me consolar em meu miserável sofrimento.
Talvez seja possível morrermos de tristeza... Senti as fibras do meu coração rasgarem-se. Senti os dentes do destino arrancarem pedaços da minha pele e meu sangue escorrer quente por sua mandíbula tencionada e faminta. Chorei como uma criança que pede pelos pais, não pela dor, mas pela amargura da perda do meu amor. Ah que lastimável criatura desprovida de humanidade sou sem amor. Quando o amor acompanhava-me já era digna de dó, agora que o amor se foi, hei de ter me tornado um caso sem solução.
Querida Esperança, suplico a ti que me visite uma vez mais...
Há uma alta muralha em meus caminhos e não sei como ultrapassa-lá... Há tantas pedras em minhas rotas, algumas que eu mesma coloco sem perceber, algumas arremessadas em minha direção, outras que fazem parte de minha jornada.
Querido Deus, diga-me como fazer uma sopa com as pedras que há em meu caminho.
Querido, Deus, como vou continuar dançando?
Querido Deus, o que eu devo fazer?
Querido Deus, cadê sua tão falada misericórdia?
Maldito Deus, mostre-se!
Maldito Deus, que monstruosidade divina sóis vós, aberração narcisista?!
Amaldiçoado Deus, ordeno que dance para mim!
Criatura suja nomeada de "deus", por que me amaldiçoou com esse triste destino? Por tanto te pedi sabedoria para controlar os demônios que colocaste em mim! Sádico Deus, colocou-me no inferno ainda em vida! Condenou-me ao sofrimento carnal de uma vida sem amor! Desgraçado Deus, fez apodrecer a minha doce poesia! Tiraste tudo de mim ser repugnante.
Amaldiçoou minha vida, condenou-me a infância, encheu tudo com medos e traumas e não ajudou-me a superar isso e agora perdi meu único amor...
Eu te implorei, te supliquei, me ajoelhei e rezei para dar tudo certo com a minha amada.
Hei de me vingar, de você, podre divindade. Hei de superar os traumas e obstáculos. Hei de reconquistar meu amor e como vingança a ti, torná-la-ei a mulher mais feliz que irás encontrar. Hei de fortalecer meu amor com meu doce anjo e hei de ser feliz.
Jogai-me ao inferno se desejar, mas farei meu amor feliz e feliz serei no inferno por compartilhar a vida ao lado da mulher que amo!
- Com esperança, H.
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nanagoeswest · 1 year
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leituras de julho
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"breakfast at tiffany's" por Truman Capote
Tenho este livro aqui por casa há coisa de um ano. Por ser pequenito e ter-me sobrado um tempo antes de iniciar a grande leitura deste mês, decidi que estava na hora. Serei o mais honesta possível: este livro ficou aquém das expectativas (que eram elevadas). Já tinha visto a adaptação uns anos antes e as memórias que tinha entre ambos não coincidiram de todo. O livro é mais platónico, mais impessoal. O filme mais aconchegante e romantizado. Por isso, talvez, fiquei com as expectativas abaladas. O que é de louvar são os diálogos, que carregam muita personalidade, principalmente os de Holly (a protagonista). Entre o livro e o filme, a história foi remexida numa outra direcção, o que me causou certa estranheza ao rever o filme mais tarde. Entre o livro e o filme, escolheria o segundo sem pensar duas vezes. Os diálogos essenciais estão lá e a história é mais perceptível. Para não falar de Audrey Hepburn e de George Peppard, que conseguiram adicionar uma magia extra a uma história promissora.
"summer with monika" por Roger McGough
Este livro foi um achado. Literalmente. Fui à Dona Ajuda e no meio das pilhas dos livros recém-chegados lá estava "Summer With Monika" por dois euros. Barato e por despertar curiosidade veio comigo para casa. Este é um livro de poesia. É uma poesia bastante rimada, quase para ser cantada. Retrata a história de um casal que se apaixona e que aos poucos se afasta. Sentimos, quer o calor da fase da "lua de mel", quer a chegada do divórcio. Li-o em dois dias porque gosto de levar o meu tempo com a poesia. Durante, fiquei várias vezes boquiaberta pelas referências e escolha de analogias. Gostei de tal forma do livro que, ao saber da edição dos cinquenta anos, toda ela ilustrada, não descansei até caçá-la e assegurá-la para mim. Este é um incrível exemplar de como é possível contar muito com pouco.
"the exorcist" por William Peter Blatty
Sou fã de terror, no entanto, nunca tinha visto "The Exorcist". Nunca o vi porque sempre o quis ler. Daí ter posto um papelinho com este título no frasco da "book lottery". Este foi o livro que daí saiu para julho. O que posso dizer ao certo sobre este livro? Gostei. Como foi escrito, conduz o leitor numa visão multicâmara, de certa forma omnipresente - coisa que me fez sentido, quando mais tarde, descobri que o autor era também cineasta. Gostei do desenrolar da ação, como as pequenas migalhas vão acumulando e como tudo tem um passo doloroso. É de apontar a perversidade de certos momentos do livro que, necessariamente, adensaram a atmosfera. Para a minha primeira leitura deste género posso dizer que não fiquei assustada, coisa que tinha curiosidade em descobrir. É um livro interessante de ser lido, embora não o recomende a todos.
"a hora da estrela" por Clarice Lispector
Não vos consigo precisar quantas vezes este livro foi mencionado nos diversos workshops de escrita que fui fazendo ao longo deste último ano. A verdade é que é realmente uma referência e agora percebo o porquê. Este é um livro experimental. O narrador é uma personagem bastante ativa, mesmo não pertencendo à história que conta. Toma o seu respectivo lugar, faz os seus comentários e por vezes divaga como quem não sabe bem o que diz. Achei-o extremamente bonito, por isso mesmo. Quero também realçar que muito sublinhei este livro. As personagens são tão inusitadas que fiquei de tal forma arrebatada. A leitura é pequenita e uma vez dentro dela queremos saber mais, o porquê de existir. Ficou livro de referência para mim também. Acredito que todos o deveriam conhecer.
"homens imprudentemente poéticos" por Valter Hugo Mãe
Eis a última leitura do mês. Foi uma semana bem passada a ler esta história situada no Japão. A história em si revelou-se uma alegoria rodeada de significados que merecem pausa para reflexão. Encantaram-me as personalidades simples no ser, mas complexas no agir. Por termos acesso às suas más ações e o porquê delas existirem, compreendemos o carácter tão humano delas. O livro que conta a história de dois vizinhos inimigos carrega muito mais do que a mera rivalidade, pois conjura uma misticidade bastante particular. Esta é a minha primeira leitura deste autor e, se me permitem a sinceridade, a sua escrita causou-me estranheza numa primeira fase. Uma vez ultrapassada tornou-se leve. Recomendo este livro pela experiência única que proporciona.
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