Tumgik
#Perpera Suruí
porquevi · 2 years
Photo
Tumblr media
"Ex-Pajé" (idem) - netflix.
A Netflix está com uma boa seleção de filmes nacionais e eu ainda não tinha explorado. Esse docu-drama foi muito bem falado quando saiu nos cinemas. O título já bem explicativo do que deve ser a história. Esse ano está bem complicado ver mais filmes.
depois de ver: no nosso momento atual é um filme importantíssimo. em nenhum momento é planfetário, é delicado e deixa o espectador chegar nas conclusões.  
1 note · View note
arlindogrund · 3 years
Text
'Ex-Pajé'
‘Ex-Pajé’
Por Paulo Ricardo  O processo de evangelização sofrido pelo povo Paiter Suruí é o tema desse documentário filmado como ficção, carregado de beleza, melancolia e contemplação.  Perpera é o ex-pajé demonizado pelo pastor da igreja que se instalou na aldeia. Guardião de sabedorias ancestrais de cura, Perpera passa a ser evitado pelos parentes e só volta a ser aceito quando se converte à nova…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Documentação Filme: "Ex-pajé", Luiz Bolognesi
Tumblr media
Lançamento: 26 de abril de 2018 no Brasil
Documentário
Duração: 1h21 min de duração
Classificação: Livre para todos os públicos
Diálogos: Português e línguas indígenas
Direção e Roteiro: Luiz Bolognesi
Fotografia: Pedro. J. Márquez
Montagem: Ricardo Farias
Som Direto: Rodrigo Macedo
Mixagem: Armando Torres JR., ABC e Caio Guerin
Assistente de Fotografia: Alessandro Valese (Alemão)
Colorista: Luisa Cavanagh
Assistente de Direção: Carolina Fernandes
Coordenação de Pós-produção: Patrícia Nelly
Coordenação de Produção: Flávia Tonalezi
Coordenação Internacional: Manuela Mandler
Coordenação de Lançamento: Dannielle Alarcón
Coordenação Financeira: Andréa Marcondes
Produção Executiva: Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi
Produzido por: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi
Produção: Buriti Filmes e Gullane
Distribuição no Brasil: Gullane
Distribuição Internacional: Upside Distribution
Ano: 2018
Elenco: Perpera Suruí, Kabena Cinta Larga Agamenon Suruí, Kennedy Suruí (Caciquinho), Ubiratan Suruí (Bira), Mopidmore Suruí (Rone), Arildo Gapamé Surui.
Lei do Incentivo à cultura
Realização: Governo do Estado, BRDE, FSA, ANCINE, Governo Federal.
Co-patrocínio: Spcine, Prefeitura de São Paulo, Sabesp
Parceria: Sesc
Apoio Cultural: ItaúCultural
Prêmios Nacionais:
23° Festival Internacional de documentários - É Tudo Verdade (2018)
· Prêmio ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)
 Melhor Documentário de Longa ou Média-Metragem da Competição Brasileira
Prêmios Internacionais:
68° International Berlin Film Festival – Alemanha (2018)
· Menção honrosa do júri oficial na categoria documentário
28° Festival Présence Autochtone – Canadá (2018)
· Melhor Fotografia
54º Chicago International Film Festival - Estados Unidos (2018)
. Hugo de Prata, Categoria: Documentário
Trailer do documentário: https://www.youtube.com/watch?v=6mochAbVT_Y
Facebook: http://www.facebook.com/expajefilme
Exibição na TV:
seg, 22/04 - Canal Brasil às 11:35
qua, 01/05 - Canal Brasil às 05:35
Informações retiradas dos sites:
http://www.buritifilmes.com.br/filmes.php?cat=filme&mostra_filme=26
http://etudoverdade.com.br/br/filme/44392-Ex-Paje
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex-Paj%C3%A9
0 notes
brunootte-blog · 5 years
Text
DOCUMENTAÇÃO: FILME “EX-PAJÉ”
DOCUMENTAÇÃO:
    O filme documental “Ex-Pajé”, dirigido e roteirizado por Luiz Bolognesi, foi lançado em 26 de abril de 2018,  tendo 81 minutos de duração, é livre para todos os públicos e foi produzido pela Buriti Filmes e Gullane. O elenco documental foi composto por Perpera Suruí, Kabena Cinta Larga Agamenon Suruí, Kennedy Suruí (Caciquinho), Ubiratan Suruí (Bira), Mopidmore Suruí (Rone) e Arildo Gapamé Surui.
Sinopse:
Um poderoso pajé passa a questionar sua fé depois do primeiro contato com brancos que julgam sua religião como demoníaca. No entanto, a missão evangelizadora comandada por pastor intolerante é posta em cheque quando a morte passa a rondar a aldeia e a sensibilidade do índio em relação aos espíritos da floresta mostra-se indispensável.
0 notes
pipocacompequi · 6 years
Text
[Oscar] Mulheres ampliam participação em filmes que disputam indicação brasileira a uma vaga no Oscar
Tumblr media
O Ministério da Cultura (MinC) finalizou a primeira etapa do processo de escolha do longa-metragem brasileiro que disputará uma das vagas entre os cinco indicados ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2019, que será realizado no dia 24 de fevereiro, em Los Angeles (EUA), pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences. A novidade deste ano é o expressivo aumento na representatividade feminina. Dos 22 filmes habilitados, nove foram dirigidos ou codirigidos por mulheres, um percentual de 40,9%. Em 2017, dos 23 longas selecionados, apenas quatro tiveram mulheres na direção.
Os longas dirigidos por mulheres que participam da disputa são O Caso do Homem Errado, de Camila Lopes de Moraes; Encantados, de Tizuka Yamasaki; Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor; Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg; Como é Cruel Viver Assim, de Julia Rezende; O Desmonte do Monte, de Sinai Mello e Silva Sganzerla; e O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida. Além desses, Alguma Coisa Assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho; e As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, foram codirigidos por cineastas mulheres.
Tumblr media
Também participam do processo seletivo os longas Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; Dedo na Ferida, de Silvio Tendler; Ferrugem, de Aly Muritiba; Antes Que Eu Me Esqueça, de Tiago Arakilian; Yonlu, de Hique Montanari; Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança; Talvez Uma História de Amor, de Rodrigo Spada Bernardo; Canastra Suja, de Caio Sóh; Entre Irmãs, de Breno Silveira; O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; Benzinho, de Gustavo Pizzi; Além do Homem, de Willy Biondani; e Unicórnio, de Eduardo Nunes.
O representante brasileiro será escolhido pela Comissão Especial de Seleção, formada por membros indicados pela Academia Brasileira de Cinema (ABC). "O MinC delegou a escolha para o próprio setor", destaca o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. "É mais democrático e há mais chance de acertar", completa. O anúncio do longa selecionado será no dia 11 de setembro, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Participação feminina no audiovisual
Tumblr media
“Alguma coisa assim”.
O MinC vem empreendendo esforços para assegurar o crescimento da participação feminina no audiovisual. Neste ano, no primeiro pacote de editais lançado pela Secretaria do Audiovisual, 10 das 11 chamadas públicas previram cotas de 50% para mulheres (cisgêneros e transgêneros). Pela primeira vez também neste ano, o edital de Concurso Produção para Cinema 2018, lançado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), que destina R$ 100 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) a projetos de longas-metragens independentes de ficção, documentário ou animação, incluiu cotas de gênero e de raça. Estudo da Comissão de Gênero e Diversidade da Ancine identificou que, em 2016, 75,4% dos filmes lançados em 2016 foram dirigidos por homens brancos.
Além disso, o Conselho Superior de Cinema (CSC) criou o Grupo de Trabalho (GT) Diversidade de Gênero e Étnico-racial no Audiovisual, que se reuniu pela primeira vez no último dia 15 de agosto. O grupo tem como objetivo formular uma política consistente de promoção da igualdade de gênero e étnico-racial para o setor audiovisual, contribuindo para o aumento do protagonismo e visibilidade da diversidade cultural no setor. Os membros do GT terão até dezembro para apresentar essa proposta de política pública. Compõem o grupo, além do MinC, que preside as reuniões, um representante da Casa Civil e um da Ancine e convidados especialistas, que serão definidos a cada reunião do GT.
Saiba mais sobre os filmes habilitados
Tumblr media
O Caso do Homem Errado, de Camila de Moraes O documentário conta a história do jovem operário negro Júlio César de Melo Pinto, que foi executado pela Brigada Militar, nos anos 1980, em Porto Alegre. O crime ganhou notoriedade  após a imprensa divulgar fotos de Júlio sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois, morto a tiros no hospital. Além do caso que dá título ao filme, a produção discute ainda as mortes de pessoas negras provocadas pela polícia no país.
O Desmonte do Monte, de Sinai Sganzerla O documentário aborda a história do Morro do Castelo, seu desmonte e arrastamento. O Morro do Castelo, conhecido como "Colina Sagrada", foi escolhido pelos colonizadores portugueses para ser o local das primeiras moradias e fundação da cidade do Rio de Janeiro. Apesar de sua importância histórica e arquitetônica, o morro foi destruído por reformas urbanísticas com o intuito de "higienizar" a cidade e também de promover a especulação imobiliária.
Tumblr media
Antes Que Eu Me esqueça, de Tiago Arakilian Aos 80 anos, Polidoro decide demolir a estabilidade de sua confortável vida de juiz aposentado e virar sócio de uma boate de strip-tease. Beatriz, sua filha, resolve interditá-lo judicialmente. Seu filho Paulo se declara incapaz de opinar sobre essa decisão porque não mantém relações com o pai. O juiz, então, determina o encontro forçado entre pai e filho, em uma reaproximação que transformará suas vidas.
Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor Rubens é um professor de natação infantil acusado pelos pais de um aluno de beijar o filho deles no vestiário do clube. Quando a acusação viraliza nos grupos de mensagens e redes sociais da escola, começa um julgamento precipitado de Rubens sobre suas ações e intenções.
Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário.
Tumblr media
Yonlu, de Hique Montanari Yonlu é um filme de ficção baseado na história real de um garoto de 16 anos que, com a ajuda da internet, conquistou o mundo com seu talento para a música e para a arte. Fluente em cinco idiomas, Yonlu tinha uma rede de amigos virtuais em todos os continentes. Ninguém desconfiava, contudo, que também participava de um fórum de potenciais suicidas.
Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança Joca, um menino brasileiro de 13 anos, e Basano La Tatuada, uma menina indígena paraguaia, vivem na fronteira entre os dois países. Joca está apaixonado por Basano e busca fazer de tudo para conquistar seu amor, mesmo que para isso ele tenha que enfrentar as violentas memórias da Guerra do Paraguai e os segredos de seu irmão mais velho, Fernando, um misterioso agroboy envolvido com uma gangue de motociclistas da região.
Tumblr media
“O paraíso perdido”
Talvez Uma História de Amor, de Rodrigo Spada Bernardo Quando chega em casa, depois de mais um dia corriqueiro no trabalho, Virgílio liga a secretária eletrônica e ouve um recado perturbador. É uma mensagem de Clara, comunicando o término do relacionamento dos dois. Virgílio, contudo, não faz a menor ideia de quem seja Clara. Quando percebe que todos ao seu redor sabiam do seu relacionamento e ele é o único que não lembra, Virgílio só tem uma escolha: encontrar essa mulher misteriosa.
Canastra Suja, de Caio Sóh Quem vê Batista e Maria andando pela rua com seus três filhos acha que o grande problema deles é a filha caçula que sofre de autismo. Porém, as questões dessa família são bem mais complicadas. Batista é um alcóolatra tentando abandonar o vício por insistência da família. A esposa dedicada que vive um caso tórrido com o namorado de sua filha, Emília, que se faz de pudica, mas seduz o patrão. Pedro, o primogênito, está perdido na entrada da vida adulta. O conceito familiar desabará aos poucos.
Entre Irmãs, de Breno Silveira Nos anos 30, duas irmãs separadas pelo destino enfrentam o preconceito e o machismo, uma por parte da alta sociedade na cidade grande, e a outra de um grupo de renegados no interior. Apesar da distância, elas sabem que uma só tem a outra no mundo e cada uma, à sua maneira, vai se afirmar de forma surpreendente.
Tumblr media
“O Grande Circo Místico”
O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues O filme conta a história de cinco gerações de uma mesma família proprietária do circo. Da inauguração do Grande Circo Místico em 1910 até os dias de hoje, o público vai acompanhar, com a ajuda de Celavi, mestre de cerimônias que nunca envelhece, as aventuras e amores da família Kieps, do seu auge a sua decadência, até o surpreendente final. Um filme que mescla realidade com fantasia em um universo místico.
As Boas Maneiras, de Julia Rojas e Marco Dutra Clara, enfermeira solitária da periferia de São Paulo, é contratada pela rica e misteriosa Ana como babá de seu futuro filho. Uma noite de lua cheia muda para sempre a vida das duas mulheres.
Benzinho, de Gustavo Pizzi Irene mora com o marido Klaus e seus quatro filhos. Ela está terminando os estudos enquanto se desdobra para complementar a renda da casa e ajudar a irmã Sônia. Mas quando seu primogênito Fernando é convidado para jogar handebol na Alemanha, ela terá poucos dias para superar a ansiedade e ganhar forças antes de mandar seu filho para o mundo.
Tumblr media
Alguma Coisa Assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho Caio e Mari são dois jovens adultos cuja relação está além de qualquer definição. Ao longo de 10 anos, o enredo transita entre três momentos marcantes em que seus desejos estão em conflito e sua relação é colocada à prova.
Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg Dono da boate Paraíso Perdido, o patriarca José faz de tudo para garantir a felicidade de seu clã: os filhos Angelo e Eva, o filho adotivo Teylor e os netos Celeste e Imã. Unida por um amor incondicional, a excêntrica família encontra forças para lidar com seus traumas cantando clássicos da música popular romântica, o que atrai a curiosidade do misterioso Odair, um policial que cuida da mãe surda, ex-cantora.
Além do Homem, de Willy Biondani O antropólogo francês Marcel Lefavre é comido por canibais e desaparece no Brasil, deixando para trás seu diário inacabado. Seu discípulo a contragosto, Alberto Lupo, escritor brasileiro que vive na Europa, retorna ao país de origem para terminar seu trabalho. Na paisagem, na cultura e na figura feminina de Betania, Alberto se depara com tudo aquilo que o fez fugir: o poder da natureza e a essência da vida. É o início de sua transformação.
Tumblr media
Como é Cruel Viver Assim, de Julia Rezende Solitários, frustrados e incapazes de realizar qualquer coisa que dê sentido às suas vidas, Vladimir, Clivia, Regina e Primo armam um plano absurdo: seqüestrar um milionário. Mas não têm nenhuma experiência com crimes, nem noção do que essa operação pode envolver. Enquanto tomam as providências práticas, revelam-se seus medos e ambições.
O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida Um restaurante de classe média em São Paulo é invadido, no fim do expediente, por dois ladrões armados. O dono do estabelecimento, o cozinheiro, uma garçonete e três clientes são rendidos. Entre a cruz e a espada, Inácio – o homem pacato, o chefe amistoso e cordial – precisa agir para defender seu restaurante e seus clientes dos assaltantes.
Unicórnio, de Eduardo Nunes Maria, uma menina, está sentada em um banco ao lado de seu pai. A conversa que eles tem ali conduz a narrativa do filme: acompanhamos a história na rústica casa de campo, onde ela mora com a mãe, e aguarda a volta deste mesmo pai. A relação entre Maria e a sua mãe muda com a chegada de um outro homem.
Tumblr media
“As boas maneiras”
Ferrugem, de Aly Muritiba Tati é uma adolescente cheia de vida, que gosta de compartilhar seus melhores momentos no Instagram e no Facebook. Mas a vida de Tati virará ao avesso quando algo que ela não queria compartilhar com ninguém cai no grupo de Whatsapp do colégio.
Encantados, de Tizuka Yamazaki Encantados é uma história de iniciação espiritual, de amor e misticismo sobre o desabrochar da jovem Zeneida até se transformar em importante pajé, assumindo sua herança espiritual cabocla. Os conflitos no convívio com a família, Zeneida enfrenta e resiste para viver plenamente o amor considerado impossível com Antônio, um ser sobrenatural, que vem das profundezas da floresta. Mas terá que escolher, aceitar seu dom e destino de ser pajé, ou viver encantada pelo povo das águas, os Caruanas.
Tumblr media
“Animal Cordial”
Dedo na Ferida, de Silvio Tendler Dedo na Ferida trata do fim do estado de bem-estar social e da interrupção dos sonhos de uma vida melhor para todos em um cenário em que a lógica homicida do capital financeiro inviabiliza qualquer alternativa de justiça social. Milhões de pessoas peregrinam em busca de melhores condições de vida enquanto a perversão do capital só aspira a concentração da riqueza em poucas mãos.
0 notes
rochadomarcio · 6 years
Link
O avanço de igrejas evangélicas em comunidades indígenas põe em risco a preservação étnica dos nativos brasileiros. Muitas vezes de forma violenta, a ação de determinados grupos religiosos subjuga a cultura milenar destes povos e dizima a sua identidade.
Essas foram algumas das conclusões do debate sobre os reflexos das investidas de igrejas sobre comunidades indígenas, após exibição do documentário “Ex-Pajé”. O debate foi realizado pela Folha, no Espaço de Cinema do Shopping Frei Caneca.
“O etnocídio vem calando línguas e silenciando todo um saber fazer que é próprio da cultura dos povos indígenas”, afirmou a professora e filósofa indígena Cristine Takuá.
O filme, com direção de Luiz Bolognesi, aborda os reflexos da intervenção de uma igreja evangélica no povo paiter suruí, localizado entre os estados de Rondônia e Mato Grosso. Eles começaram a ter contato com os homens brancos em 1969.
Tumblr media
 Cena do filme 'Ex-Pajé', em exibição no Festival de Berlim
 No documentário, Perpera, antigo pajé da comunidade, perde seu posto com a ascensão das novas doutrinações religiosas. A partir de então, suas crenças são abaladas e ele passa a temer os espíritos da floresta, antes essenciais para o convívio da tribo.
A extinção da cultura do povo paiter suruí é o debate central da obra. Segundo o cineasta, o interesse em abordar o tema surgiu no primeiro contato com o antigo representante espiritual da comunidade e como ele fora obrigado a abandonar suas crenças.
“Ele contou que o pastor o perseguia, dizendo que o que ele fazia era coisa do diabo. As pessoas não falavam mais com ele, então foi levado a se declarar ex-pajé para continuar morando ali.”
A conversa entre os especialistas e a plateia, que lotou o espaço, foi mediada pela repórter da Folha Anna Virginia Balloussier
O longa está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o dia 26 de abril de 2018. Antes, estreou no Festival de Berlim, recebendo menção honrosa da premiação. Também foi eleito o melhor documentário pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema em premiação do festival “É Tudo Verdade”.
Tumblr media
 Cena do filme 'Ex-Pajé', em exibição no Festival de Berlim - Divulgação
 Abordagens são comuns
O processo de evangelização não se restringe ao povo paiter suruí, afirmaram os especialistas. De acordo com Cristine, o assédio de igrejas aos povos nativos é frequente, resultando na dizimação cultural e fragmentação da organização dos indígenas.
“Algumas comunidades conseguem se mobilizar, mas existem outras em que [a evangelização] começa aos poucos e, quando se vê, todos se voltaram contra o pajé e o seu saber cultural”, afirmou.
Segundo os especialistas, a solidificação das igrejas geralmente começa em um momento de crise na comunidade indígena - um surto de doenças, por exemplo -, muitas vezes causada pela própria intervenção do homem branco.
“Nesse momento chega o pastor com remédios e presentes. Os pastores entram com comida, brinquedos para crianças e vão ganhando e seduzindo a comunidade”, afirmou Bolognesi, ressaltando que algumas igrejas realizam um trabalho positivo e ético.
A comunidade que Cristina representa se mantém firme às investidas religiosas, disse ela.
“O etnocídio esconde o domínio de territórios e de poder. Ele esconde várias outras situações que visam desarticular politicamente as comunidades e os movimentos indígenas.”
Em sua fala, o diretor do documentário evidenciou a miscigenação brasileira, tanto em aspectos étnicos, quanto culturais e religiosos, e o quanto isso torna o Brasil único.
 “Quando a gente constata um movimento muito violento e forte, que é calcado em destruir tudo que não é igual a você, esse ódio que a gente vê no filme, é algo muito ruim para o país e precisamos acordar para isso.”
 Resistência
A produção de documentários, pesquisas acadêmicas e obras literárias é uma forma de preservar a cultura dos povos indígenas e de combater a desapropriação de costumes milenares, disse Cristine.
 “Existem muitas produções de audiovisuais sendo feitas, algumas com parcerias indígenas. Acredito que seja uma ferramenta de luta. A mensagem falada e mostrada em movimento desperta as pessoas.”
 Além de expor a realidade enfrentada por diversas comunidades nativas, para a professora, as produções despertam o interesse dos mais jovens.
 “É um momento para pensar o que a gente está fazendo e para onde estamos caminhando. A mensagem do filme me tocou, mas como vai ser depois, como as pessoas vão caminhar e semear essas mensagens?”, questionou a representante indígena.
 Folha de São Paulo
0 notes
isramatos · 6 years
Photo
Tumblr media
#097 #ExPajé ★★★ “Ex-Pajé” de Luiz Bolognesi é um filme necessário. A despeito de sua narrativa e dos caminhos escolhidos pelo diretor, faz parte de uma seara quase esquecida. Recentemente explicitado por Vincent Carelli, que sempre visita o tema, o extermínio de índios e sua cultura é abordado ainda de maneira tímida no cinema e na mídia em geral. Bolognesi opta por mostrar o etnocídio, a destruição da cultura de um povo, e gradativamente vamos conhecendo o esfacelamento de uma cultura milenar da tribo Paiter Suruí. Conhecemos e acompanhamos o ex-pajé Perpera e sua nova rotina. Não bastasse a invasão do chamado “homem branco” e a princípio a igreja católica, aqui vemos um triste choque de cultura, perpetrado pela igreja evangélica e seus planos de dominação associada ao capitalismo nefasto. #filmes2018 #brasil🇧🇷 (em IMS Paulista)
0 notes