#Pedrada na Estrada
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PROSSIGAMOS
-Emmanuel
“Irmãos, quanto a mim não julgo que o haja alcançado; mas, uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim…”- Paulo. (FILIPENSES, 3:13.) Se te imobilizas na estrada, a pretexto de amarguras acumuladas ou de ofensas recebidas, lembra-te de Paulo, o apostolo intrépido, que, sobrecarregado de problemas, não se resignava a interromper o trabalho que o Mestre lhe conferira. O amigo providencial da gentilidade não se entretinha a escutar os remorsos que trazia do seu tempo de adversário e perseguidor do Evangelho. Não lamentava os amigos descrentes da renovação de que fornecia testemunho. Não se queixava dos parentes que o recebiam, empunhando o azorrague da expulsão. Não se detinha para lastimar a alteração dos afetos que a incompreensão azedara no vaso do tempo. Não cultivava a volúpia da solidão porque lhe faltasse a benção do tálamo doméstico. Não se fixava nos espinhos que lhe ferreteavam a alma e a carne, não obstante reconhecer-lhes a existência. Não parava com o objetivo de reclamar contra as pedradas do caminho. Não se concedia férias de choro inútil, ante as arremetidas do mal. Não se demorava na rede de elogios, sob o fasc��nio da ilusão.
Não se cristalizava nos próprios impedimentos.
Seguia sempre na direção do alvo que lhe cabia atingir.
Assim, também nós, endividados ou pecadores, pobres ou doentes, fracos ou inábeis, desiludidos ou torturados, uma coisa façamos… Acima de todos os tropeços inibições, prossigamos sempre adiante, olvidando o mal e fazendo o bem.
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Foco headLiner aos Talentos Emergentes #22 | Travo
Nesta edição do “Foco HeadLiner aos Talentos Emergentes” vamos falar de uma banda que já acompanhamos há bastante tempo e que apreciamos bastante: os Travo. Por isso foi mais uma escolha óbvia, pelo destaque que temos dado na sua divulgação. Quer no que diz respeito aos seus trabalhos discográficos ou aos seus concertos, alguns dos quais já foram alvo de reportagens de nossa parte.
~ Biografia (até ao momento) dos Travo
O marco inicial da existência dos Travo surgiu em março de 2016 com a edição do primeiro trabalho discográfico, um EP intitulado ‘Santa Casa’. Com trabalho lançado a banda já se podia considerar algo a sério. Pese tal questão, a realidade é que a incerteza e a mudança de membros foram uma realidade firme durante algum tempo.
Esta banda oriunda do Minho, mais precisamente de Braga, professa rock psicadélico com afirmação e atitude basculante desde 2019. Precisamente nesse período aconteceu o surgimento de ‘Ano Luz’, um disco rock de cariz instrumental, psicadélico e espacial, o primeiro lançamento “à séria”.
Gonçalo Ferreira (voz, guitarra e sintetizadores), Gonçalo Carneiro (guitarra e sintetizadores), David Ferreira (baixo) e Nuno Gonçalves (bateria): estes são os membros atuais já com 5 anos de convivência permanente no panorama da música nacional sob o nome de Travo.
Gonçalo Ferreira, vocalista dos Travo | mais fotos clicar aqui
‘Sinking Creation’ surge em 2022 como um “filho da pandemia” no qual os Travo fazem a primeira rutura do seu historial. As paisagens instrumentais sofrem uma mutação passando a incluir elementos sonoros novos nomeadamente introduzindo vários movimentos do rock das décadas de 60 e 70. Este álbum teve a colaboração na realização por parte do ‘Trabalho da Casa’ levado a cabo pelo gnration e que já apadrinhou bastantes edições discográficas. Este programa gerido por aquele espaço cultural bracarense promove a criação e a apresentação de novos álbuns originais por artistas locais.
A vida dos Travo leva já 7 anos e já pode-se dizer que divide-se entre um antes e um depois… E um novo depois!
A banda bracarense voltou a “lançar os dados” e a 17 de novembro de 2023 editam ‘Astromorph God’. Uma nova “pedrada no charco” do qual surgem temas numa fusão de rock psicadélico com progressivo e thrash metal. As vozes agasalhadas de reverb e as teclas tanto acústicas como sintetizadas ajudam no revestimento da sonoridade psicadélica dos Travo.
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Uma distinção relevante foi terem sido escolhidos como "Novos Talentos Fnac" em 2022. Provavelmente terão mais distinções e um maior reconhecimento nos próximos tempos.
A vida de estrada dos Travo já os levou a diversas cidades portuguesas: de norte a sul passando pelo Alentejo. Já tocaram em alguns lugares míticos do panorama nacional. Provavelmente a aparição mais sonante foi no SonicBlast em 2022. O Rodellus em 2019 foi uma das primeiras exposições mediáticas. Já atuaram também em locais como o Maus Hábitos no Porto ou o GrETUA em Aveiro.
Braga, Guimarães, Fafe, Santo Tirso, Barcelos, Portalegre e Leiria são outras das cidades que já acolheram os Travo. Depois de terem percorrido um pouco do nosso Portugal vão agora apostar em levar o seu trabalho além-fronteiras.
Nuno Gonçalves dos Travo | mais fotos clicar aqui
Atualmente agenciados pela gig.ROCKS! o futuro destes bracarenses aparenta ser risonho. O novo disco ‘Astromorph God’ está a ser promovido internacionalmente pela editora espanhola Spinda Records. Esta representação já deu frutos: estes minhotos atuaram no Monkey Week em Sevilha no passado mês de novembro.
A época de festivais de verão vai ser excitante para este quarteto bracarense. Já estão confirmadas presenças em alguns dos mais relevantes festivais de rock psicadélico/alternativo como o Krach am Bach na Alemanha ou o Sonic Whip nos Países Baixos.
~ Entrevista aos Travo
headLiner (Edgar) - Como surgiram os Travo?
Travo: A primeira iteração dos TRAVO surgiu em 2015, numa garagem em Braga, e foi composta por 5 amigos do secundário com muita vontade de fazer música. Entretanto, por motivos académicos/profissionais, a formação foi sofrendo alterações até estabilizar em meados de 2017 com a adição do Gonçalo Carneiro a 3 dos membros originais: David Ferreira, Gonçalo Ferreira e Nuno Gonçalves.
headLiner (Luís) - Inicialmente os Travo procuraram os melhores caminhos e provavelmente os elementos certos. São vocês os quatro já há bastantes anos, desde que o projeto realmente alavancou de forma sóbria e cuidada, direi eu. Existiu um click entre vocês ou algum momento em que sentiram que estavam as condições certas para os Travo irem avante?
Travo: A introdução do Gonçalo Carneiro na banda foi um acaso muito feliz. Os Gonçalos conheceram-se ao estudarem juntos em Castelo Branco e, se não fosse isso, muito provavelmente nem nos conheceríamos neste momento. O Carneiro já tinha gravado um EP nosso, quando ainda éramos os 5 membros fundadores, e houve logo uma ligação especial entre nós. Convidamo-lo a vir ensaiar pela primeira vez numa fase em que ponderamos acabar com a banda. Felizmente bastou um ensaio com esta formação para nos motivar a continuar.
headLiner (Luís) - Como aconteceu o apoio do gnration através no seu programa ‘Trabalho de Casa’ no lançamento do vosso álbum ‘Sinking Creation’ em 2022? O que significou esse apoio “caseiro” para vocês?
Travo: Com a pandemia e os sucessivos confinamentos a acontecerem quase imediatamente após termos lançado o nosso primeiro álbum, ‘Ano Luz’, e, por isso, a interromperem a apresentação do mesmo, encontrávamo-nos novamente numa fase tremida. Pensamos portanto que seria uma boa altura para nos candidatarmos ao programa ‘Trabalho de Casa’ do gnration. O Luís Fernandes, na altura diretor artístico do gnration, e a quem estamos muito gratos, aceitou a nossa candidatura e tivemos a fortuna de poder gravar um álbum com um custo muito reduzido no Moby Dick studio, com o Budda Guedes. O Budda, a quem também estamos muito gratos, é uma referência para nós e foi uma experiência muito enriquecedora poder gravar com ele e absorver muito do seu conhecimento. Foram estas as circunstâncias que levaram à gravação e lançamento do ‘Sinking Creation’ em 2022 e a tudo a que chegamos depois disso. Este programa do gnration significou muito para nós, por tudo isto.
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headLiner (Edgar) - De ‘Ano Luz’ em 2019 até ‘Sinking Creation’ em 2022 e ‘Astromorph God’ agora em novembro de 2023 são as vossas três edições discográficas. Entre eles tem acontecido mutações camaleónicas num processo evolutivo. As referências sonoras vêm sendo atualizado, sempre com novas referências. Tem sido um caminho evolutivo e natural? Como é que analisam, olhando para trás?
Travo: O caminho tem sido bastante natural. Os nossos gostos foram evoluindo com o tempo, assim como a nossa musicalidade e habilidade para tocarmos juntos, fruto de muitos ensaios e jams durante estes anos. Procuramos sempre evoluir, incorporar elementos novos na nossa música e desafiar-nos enquanto compomos, mas mantendo sempre uma identidade característica da banda. Só assim é que para nós faz sentido continuar a fazer música nos dias de hoje.
headLiner (Luís) - Do post/kraut ao stoner rock passando pelo experimentalismo até abraçarem o rock psicadélico tem sido um caminho desafiante, a meu ver. Faz ainda sentido tentar “colar” o som de uma banda a determinados géneros musicais?
Travo: Para determinadas bandas e géneros bem definidos pode fazer algum sentido. Para nós achamos que não, porque, como mencionamos anteriormente, a nossa sonoridade vai variando com o passar do tempo. Isto sem qualquer tipo de condescendência para com o tipo de bandas e géneros mais fechados, porque há espaço para tudo e bandões que adoramos que fazem sempre o “mesmo” álbum.
Gonçalo Carneiro e David Ferreira dos Travo | mais fotos clicar aqui
headLiner (Edgar) - Imaginemos que os Travo seriam a banda de abertura de uma noite de concertos. Se fossem vocês a escolher as 3 bandas seguintes, quem escolheriam? Vá lá, 4 bandas, dá uma por cada elemento.
Travo: COMBRAFUMA ELDER KING GIZZARD AND THE LIZZARD WIZZARD MAHAVISHNU ORCHESTRA
headLiner (Edgar) - A gig.ROCKS! tem feito um trabalho meritório com as bandas que representa. Têm também puxado muito pela vossa banda. O que significa ter esta promotora convosco?
Travo: As pessoas por trás da gig.ROCKS! são maravilhosas e fazem muito por nós. O João Araújo e o Jorge Dias têm uma paixão contagiante pela música e uma visão clara para um crescimento sustentado tanto das bandas como da própria promotora e é um prazer trabalhar com eles.
headLiner (Edgar) - Já escutei ‘Astromorph God’ e fiquei fã dos novos temas. Para quem ainda não ouviu este disco, quais são os vossos adjetivos para o classificarem? O que podem dizer para motivarem as pessoas para a sua audição?
Travo: Distorção em todos os instrumentos, delays e jams de rock rasgadinho. Se gostarem destes condimentos, poderão apreciar o ‘Astromorph God’.
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Entrevista elaborada por Edgar e Luís, membros fundadores do HeadLiner.
~ Links da banda
Facebook: @travo_band Instagram: @travo_band
Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/4MfJiaWvv1JRoovI4WKdbE?si=FB3w1LWxR_i5hZHcPWgwHg
### ‘Foco headLiner aos Talentos Emergentes’ é uma rubrica iniciada em 2016 com o intuito de dar ênfase a projetos musicais, tanto em formato banda como artistas a solo, cujo selo de "talento emergente" é perfeitamente ajustado. ###
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Não me julgue pela minha aparência e nem mesmo pelas minhas palavras... Mas sim pelas minhas atitudes. Observe meus passos, calce meus sapatos, percorra minha estrada e enfrente minhas lutas, aí sim você vai poder dizer algo sobre mim!
Eu não tenho que medir esforços em provar nada a ninguém. Não preciso provar a minha força nem se sou capaz de suportar. Não preciso usar de desculpas, nem medir palavras para dizer o que penso. Eu preciso provar apenas a mim mesmo, de que não posso desistir, de que tenho forças para aguentar a pressão que é viver, que é lutar e persistir. Preciso provar para mim, que a minha alma tem grandeza, e que ...está pronta para suportar as melhores e piores experiências da vida, que sou capaz de admitir os meus erros, minhas falhas e minhas fraquezas, que as minhas virtudes realmente fazem diferença pra mim, e que a pessoa que eu sou é fruto de tudo o que de fato acredito e escolho pra mim.
A vitória mais difícil é saber perder. A pessoa que perde e não
desanima, que não perde a garra e o entusiasmo, é a verdadeira
vitoriosa, porque possui, em seu íntimo, a coragem e a dignidade
que, um dia, a levarão a conquistar aquilo que almeja.
Que eu continue a acreditar no outro
mesmo sabendo de alguns valores
tão estranhos que permeiam o mundo!
Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles vão indo embora de nossas vidas.
Que eu realmente tenha sempre a vontade de ajudar as pessoas,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes dever,
sentir, entender ou utilizar essa ajuda.
Devemos sempre estar prontos para receber pedradas na vida.
É tentar ajudar e continuar firme pra que mais alguém possa saber...que o amor está em não desistir!!!(É isso que o amor é!).
Que o vento suave refresque seu espírito.
Que o sol ilumine o seu coração.
Que as tarefas do dia não seja um peso nos seus ombros.
Que Deus envolva você no manto de seu amor.
Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente em suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
Que Deus guarde você na palma de sua mão.
Não é o que você juntou, e sim o que você espalhou que reflete como você viveu a sua vida. Desta vida nada se leva... só se deixa! Então, te deixo o meu melhor... Meu melhor sorriso, meu maior abraço, minha melhor história, minha melhor intenção, toda minha compreensão. E do meu amor, a maior porção. Só quero ficar na memória de alguém como outro alguém que era do bem!
Rogerio Messineo Luchi
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Tudo puta e viado - a ex-vadia do baby doll amarelo e seu nome de guerra com qual gostava de ser chamado/a enquanto gemia sentando
HOJE por acaso encontrei o perfil de P no FB. Eu conheci P quando era criança, eu deveria ter uns 8 anos e ele 7. Eu era a criança comportada e exemplar e ele o moleque terrível mal exemplo com aquela cara de garoto possuído pelo demônio. Estava sempre de castigo e apanhava da mãe dele, naquele tempo, início dos 80, as crianças levam umas palmadas e até umas chineladas ou apanhavam com o que a mãe tive ao alcance da mão, que poderia ser sorte ou azar, surra com algo macio ou arrame farpado, na hora da raiva as mães só queriam mesmo bater. Uma vez (era uma vez) estávamos na casa dele, que tinha muro alto, e eu resolvi jogar uma pedra pra fora do muro. Minutos depois a mãe dele esta à porta com a pessoa que havia sido atingida pela pedra que eu atirei pelo muro. Era um homem e ele estava muito irritado, com um braço engessado e um galo na testa em razão da pedrada. Criança esperta, já aos 8 anos eu sabia bem me livrar desse tipo de situação, não tive dúvida, coloquei a culpa em P, foi ele que atirou a pedra. Ninguém duvidou de mim, ar angelical, menino bem comportado e tal, o verdadeiro demônio encarnado. Não lembro, mas ele deve ter tomado umas chineladas da mãe dele em frente ao homem que precisava ter a ira aplacada e depois ganhado um castigo. Depois desse tempo perdemos contato, fui reencontrar ele lá pelos idos dos 90's, ambos com mais de 20 anos. Ele do mesmo jeito, adulto meio moleque, afinal, ele foi uma criança hiperativa. Nesse reencontro eu descobri que ele apesar de aparentar hétero, gostava de dar. Comi ele no carro, foi uma vez só, e ele sabia dar, sentou e rebolou e gemeu e pediu para ser chamado de Patrícia, ainda revelou fetiches, contou que tinha um baby doll amarelo e que gostava de dar usando a lingerie. Eu até achava ele gostosinho, tinha um corpinho durinho, o pai dele tinha morrido e ele morava com o avô que era fazendeiro, morava na cidade, mas ia para a fazenda e tal. Era um cara meio rústico, não afeminado, mas gostava de dar o cu usando lingerie e sendo chamado de Patrícia. Lembro que fiquei surpreso depois dessa foda com P, sinceramente não achava que poderia rolar assim, quando o reencontrei naquela ocasião no frescor dos 20 e ele com aquele jeito meio cowboy achei que a Patrícia seria eu. Mas quando ficamos a sós no carro numa estrada à noite, voltando da fazendo do avô dele, as coisas tomaram o rumo que tomaram, o cowboy virou uma vadia. E eu amei tudo, faz parte do rol dos contos eróticos pessoais que merecem ser registrados para memória e como tutorial para as gerações mais novas, elas não precisam, as gerações mais novas nasceram sabendo, são umas vadias, menos a descafeinada geração Z que é meio assexuada, uns putos apáticos. Daí hoje no FB me deparo com o perfil de P, primeira coisa que constato é que ele ficou feio, sem graça e parece um homem sério, comum. Comum. Vocês sabem, não tem nada pior do que ser comum. Parece um senhor hétero pai de família e ainda religioso. Sim, ele está casado e tem filhos e inclusive tem fotos em igrejas e a foto do avatar (é avatar que se diz para a foto do perfil?) é dele em frente à imagem de uma santa, talvez Nossa Senhora de Fátima ou uma nossa senhora do arrependimento protetora dos homens casados que já deram o rabo. Se ele se arrependeu? Não sei, só ele para dizer isso, talvez não, talvez se masturbe lembrando das coisas fez, do dia que sentou no meu pau e rebolou e pediu para ser chamado de Patrícia, mas que está com cara de maria arrependida isso está. Pobre Patrícia do baby doll amarelo, não deve estar se divertindo muito, a vida de uma ex-vadia é muito sem graça e pode ser terrivelmente carregada de culpa.
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Como alguém que sempre amou o futuro
pode temê-lo tanto assim?
envolvida em seu lençol lilás
em fitas adesivas
que hoje denuncia que num passado longínquo
esperanças e desejos já estiveram pregadas aqui ...
em paredes rachadas, tais como rugas precoces em seu rosto
você deseja progredir
mas espera ansiosamente por notícias que antecipem o fim de tudo isso.
É sempre mais reconfortante imaginar não acordar no dia seguinte
na continuação da sua eterna dor de cabeça
de tudo aquilo que tira o seu apetite e vontade de seguir adiante
é trabalhoso demais traçar novas metas
de como sobreviver sempre sorridente e maduro
a sua criança interior está morrendo
porque já chorou demais naquela estrada, onde você preferiu fazer a curva
dessa forma colidindo contra uma série de hipóteses e pedidos indesejados
e todos os dias ela e todas as suas concepções morrem de um jeito diferente
num acidente
por suicídio
pelo desgosto, na mão de outrem
de inanição por estar trancada num cubículo qualquer ...
e você segue praguejando seus olhos abertos ás 5:30 da manhã
e nem mesmo seus devaneios sobre o sucesso te acalmam mais.
Acho que é hora de partir;
você me acha fraca como qualquer outro da minha geração
eu sigo detestando nutella e todas as outras maneiras
que você encontrou de me agredir sem muita explicação
acho que no fim das contas estamos empatados
você com arrogância e peito supostamente aberto para uma nova pedrada
e eu envolta em minha covardia matando todos os dias
o meu futuro ao lado daquela criança na estrada.
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Disseste-me que lês como um trago, de um folgo só.
(de “Rumor Branco” - Almeida Faria) IV
hoje no princípio dos séculos o homem Daniel o profeta o baptista João morto degolado espera cego e sempre esperará só até breve o que já veio e há-de vir para terminar este seu canto que há séculos dura já quase há segundos mas porque não vens hoje diz-me diz-me porque não já ontem te esperei aqui sòzinho no meio dos outros que por mim passaram sem me ver e anteontem não sei mas creio que também por ti esperei eu esperei-te sempre sempre sòzinho aqui desde que nasci e tu não vieste porquê talvez andes longe e não possas vir aqui hoje mas amanhã será ou no outro dia ou num dia qualquer eu sei eu sei que virás vem ninguém sabe quem tu és ninguém mas alguém te espera alguém e te diz vem se não puderes vir ao ténue calor do sol pôr podes vir à comovida hora da aurora mas se tiveres de vir durante o dia vem ao meio-dia e se tiveres de vir
96 durante a noite vem à meia noite estas são as horas a que te espero se porém vieres a outras horas eu mesmo assim te aceito e quero vem o silêncio de séculos de sofrimento silencia-te há séculos de sofrimento é preciso que abortes o sofrimento que não sejamos mais o sofrimento e tudo espero de ti não sei se és diz-me se és e nada sei de ti não sei quem és diz-me quem és ouço os teus passos mas não vejo os teus pés vem por favor naqueles dias em que me arrasto vivendo vem meu amor naquelas noites em que asfixio morrendo vem de manhã ao nascer do sol ou de tarde ao pôr do sol ou de tarde ao nascer da lua ou de manhã ao pôr da lua a qualquer hora do dia a qualquer hora da noite que eu desejo-te sempre que eu espero-te sempre vem enquanto eu te desejo vem enquanto eu te espero e nada sei de ti não sei onde és diz-me onde és e tudo espero de ti não sei quando és diz-me quando és ouço os teus passos mas não vejo os teus pés vem como puderes como quiseres com o resto de amor que tiveres para me dar para me tratar para me salvar mas por favor vem denunciar esta complexa linguagem humana vento no mar soprando águia no ar voando árvore na serra tremendo homem na terra sofrendo que mensagem me trazeis dela não sabemos quem só sabemos que é ela aquela a quem digo vem serás a estrada de damasco no dia eterno em que vieres serás a estrada da verdade no dia eterno em que vieres serás a estrada da vida no dia eterno em que vieres e se afinal não és então porque és e se ela não és então quem és e se aqui não és então onde és e se hoje não és então 97 quando és ouço os teus passos mas não vejo os teus pés vem terminar este meu diálogo com o invisível acabar este terrível falar sem ter com quem envolta no fumo breve do meu cachimbo encher amorosamente o meu cachimbo nas noites vigilantes de angústia e de inquietação vem aparecida nas cinzas restos da noite infindável desfazer eternamente o orvalho da noite infindável com a tua presença de crença de calma e de silêncio vem estática no azul frio dos primeiros raios do sol despertar-me suavemente no meio dos raios do sol que ainda não vi ao pé de ti em plenitude e absoluto vem triunfal nas ondas quentes do arfar do dia conduzir-me alegremente no arfar do dia até ao fim de mim em certeza e beleza vem que és vem quem és vem onde és vem quando és e se não me és como me és ouço os teus passos mas não vejo os teus pés vem indefinida figura é preciso construir a cidade futura nada nihil nichts nothing nada é o que eu sou nada exprime aquilo que eu sou nada me exprime do que é nada me é como posso saber o que sou se nada me diz o que sou como posso esperar o que é se nada me diz o que é sono morte vida que não vivo vem devo esperar que venhas tenho de esperar que venhas hei-de esperar que venhas eu tu esperar eu esperar por ti mas quem sou eu mas quem és tu vem ainda que eu seja ninguém ainda que tu sejas ninguém ainda que ambos sejamos ninguém se demorares talvez já não me encontres se me encontrares talvez não seja eu que encontres vem são perdidos os momentos que não passar contigo são roxas as horas em que te espero são antigos os meus oníricos suce- 98 dâneos vem com a calma do teu corpo abrigo com a sensualidade que não sei se quero com o brilho dos teus olhos momentâneos se não vieres quem me vencerá a solidão quem me ouvirá o coração quem me será irmão se não quiseres se nada fores para que queres as minhas dores por favor não me digas que te espero em vão não me digas que sim nem que não não me digas que não vem criar com a tua força iniludível a felicidade do homem finalmente invencível espero com desesperançada esperança mas espero com esperança ou sem ela espero espero pela esperança espero por ela na minha solidão deixei há muito de esperar esperar-te passivamente foi em vão agora na hora que começa a ser presente eu vou procurar-te ansiosamente no rosto anónimo da multidão eu sei agora que de fora para dentro nada vem agora a revolução virá de dentro para fora ou então definitivamente não virá desesperei de te esperar deixei de te esperar para te procurar anónimo o meu rosto procura o teu rosto no rosto anónimo da multidão assim talvez eu passe por ti talvez já esteja ao pé de ti e apesar de tudo não te veja porque nada me diz quem tu és nada te diz quem eu sou e quando souber teus pés já o vento os levou então o conhecimento será vão e do fundo do meu tormento no meio multidão ouvirei só o vento e a incomunicação e então então é que tudo será vão e assim eu continuo a procurar-te a cada instante olhar-te seria para mim bastante mas se nada sei de ti se o teu rosto não vi se o teu rasto não vi então tudo será em vão dá-me um teu sinal para que no final eu não possa afirmar que tudo foi em 99 vão eu não possa chorar em vão porque nada acontece ninguém aparece ninguém nos vem salvar e ouvindo este choro o santo o anjo do senhor o homem que sabia e de mais nada precisava perguntou ao homem que chorava porque chorava se ele mesmo ali ao lado era mesmo mesmo ao lado só abrir a porta porque não tentar era só querer e ele sempre ali pelos séculos dos séculos seria apesar do caos do homem cansado e insofrido no longo longo caminhar da minha imprevisível mutação sei que tudo virá tão devagar como possivelmente em vão pressinto e pressentindo sei o caminho longamente escuro que é o meu mas apesar de tudo é um caminho e sobretudo é o caminho meu o zero que sou na minha origem caminhando às cegas para um zero igual apodera-se de mim numa vertigem vertiginosamente viva e vertical e de tudo o que sou e o que me falta para ser resta-me só esta cadenciada e vil respiração a que por convenção ouço chamar viver das vozes escuto só o eco vago sem cor nem forma repetido ainda tal como chuva que martela o espaço monótona e igual de repetida portas que abrem e fechando batem cantigas já perdidas na memória tudo calou inexoràvelmente a minha solidão é tão notória os outros viram só que cresci muito em relação aquilo que consentem mais suspeitar por certo eles não querem ainda que isso os levasse longe até ao precipício que eu ignoro e a minha voz tentando superar o peso esquisotímico dos passos ergue-se a custo contra o deles tempo indo espetar-se impotente e nua em cheio na porta já cerrada há muito resta-me só depois de tal sentir isto que 100 o povo ignorando sabe como ele sabe o que na carne sente e só assim transmite a sua herança é que palavra e pedrada solta não volta Lao Tzu «caminhos existem mas o Caminho é ignorado há nomes mas não a natureza nas palavras inominada é na verdade a origem da criação porém as coisas têm mãe e ela tem um nome o segredo aguarda a perspicácia duns olhos pela ânsia limpos os que são limitados pelo desejo vêem só o externo continente estes dois estão juntos e distintos pelos seus nomes apenas de todas as profundas coisas dizei que deles a semelhança é mais profunda a porta para a estrada do universo» como me sinto terrìvelmente do meu tempo em tudo em tudo o que se diz e o que se faz e o que se sente e o que se mente em tudo desde a mais passageira música ligeira gritada em espasmos de gritos agudos aflitivamente acompanhada em rangidos de baterias batidas monòtonamente em todas as músicas em todos os ritmos em todos os pulsares das máquinas que furam a terra das brocas que furam os dentes dos aviões a jacto dos barcos a jacto dos foguetões dos homens do espaço dos homens artificiais dos cérebros electrónicos das músicas electrónicas e das misérias que não são electrónicas em tudo em tudo me sou no átomo no corpúsculo na onda nos quanta nos protões nos electrões nos neutrões nas explosões E=mc2 E=mc2 E=mc2 E=mc2 E=mc2 E=mc2 em tudo me reconheço nas poesias sem sentido no quadros sem figuras nos homens sem sexo nos homens sem terra nos homens sem tecto em tudo me realizo nas filosofias da angústia nos roman- 101 ces da angústia nas mentiras da angústia nos idealismos ingénuos nos golpes reflectidos nas mortes sem significado nos delinquentes infantis nos delinquentes juvenis nos delinquentes já senis e nos adolescentes e nos crentes e nos ateus esperando que chegue um novo deus um godot ou um charlot em todos os que esperam em todos os que ainda não esperam em todos os que já não esperam em todos em tudo em nada que somos todos e é tudo em nada que é tudo me vejo do meu tempo terrível do meu tempo que não trocaria por nenhum outro porque este é o meu tempo o tempo em que tudo é possível o tempo em que nada é possível porque nada é tudo no meu tempo ao meu tempo para o meu tempo não é o tempo dos felizes mas dos que têm de partir e dos que vão permanecer agora sós e confiantes tristes e sós logo em seguida sem que o tempo lhes consinta fechar os olhos suavemente e a natureza recriar é dos que ainda não souberam mas pressentiram o abismo como um perfume doloroso da despedida original só para esses é o tempo não é o tempo dos felizes saltei o obstáculo e o passado é apenas o vácuo onde bonecos abandonados estrebucham o seu pressentimento o presente é futuro já promessa de maior verdade promessa de agressividade não me venham dizer que tudo isso é inútil porque eu sei que inútil é dizerem-me isso o que eu digo agora aqui escrevendo fica o que me disserem será só dito e esquecido logo é inútil é inútil tentarem abrandar a minha fúria de marinheiro louco eu quero ir para diante eu quero ficar distante ficar sendo o homem do futuro se o cimo 102 da árvore se agita na floresta é porque o vento só lhe bate no cimo e os ramos em baixo morrem de tédio não me venham dizer que o cimo é incómodo eu sei a alegria do gajeiro que do cimo do mastro grita TERRA eu sei a sua alegria porque ele foi o primeiro e a tripulação do fundo do porão mais não pode fazer que admirar-se o cozinheiro descascando batatas admira-se o paquete limpando a retrete admira-se o colono que se masturba saudoso no beliche admira-se mesmo o capitão metido em seu gabinete só para o gajeiro há a alegria de ter sido o primeiro ele que não dormiu de noite ele que não comeu de dia ele foi o primeiro e eu canto-o a ele porque foi o primeiro só porque foi o primeiro e porque será o homem do futuro é preciso meditar meditemos pois mas meditemos virilmente é preciso ter os músculos preparados para a luta é preciso ter o cérebro acordado para a acção e mentem os que disserem que não mentem poucas vezes a minha certeza é tão certa poucas vezes o meu passo é tão firme e a minha voz tão exaltada mentem os que não meditam e não meditando não podem agir é necessário agir ajamos pois mas ajamos conscientemente com aquela consciência do perigo que não se teme do perigo que se conhece mas que não se teme do perigo que se conhece e por isso se enfrenta e se combate e vence ser homem é isto esta dureza testicular antiga eterna este despojar de gratuitos gestos ser homem é ser homem ter cérebro e ter sexo ter coração e braços ter uma alma grande uma alma que não se define nem se mede que é só grande que é do tamanho dum homem «o Cami- 103 nho é um vazio usado embora nunca cheio um abismo ele é como um antepassado do qual as coisas todas vêm lima as agudas formas resolve nós tempera a luz domina lutas um fundo lago ele é que nunca seca não sei de quem possa ele o fruto ser é como um prefácio para Deus» Lao Tzu o tauísta o velho em teu caminho da vinda Tao Tê Ching secularmente podes descansar que não erraste no delírio de brancura uma nódoa de sangue o desespero da morte e da queda do homem por cima o céu imóvel dum azul frio e puro uma flor branca à berma do caminho ergue-se humilde na sua transcendência o homem passa sem tempo para a olhar e o pó dos seus pés deixa-a amarela e triste a surpresa dum grito na orgia da boda e um terror aflito enche a minha alma toda vivo fechado no pressentir da tragédia mas o hermetismo quebra-se com a presença das coisas não me culpes amor se eu não voltar eu te disse que este amor não era para sempre sou como o que gostava de ficar embora saiba que é chegada a hora amanhã talvez eu darei a outrem meu amor para vir a partir pouco tempo depois e assim se eu não voltar amanhã não me culpes porque é o meu destino hoje me ama com essa tua juventude e esquece o amanhã que não existe pronto amor eis que aqui estou rendido à evidência dos teus olhos que tanto nessa primeira noite me animaram quando iniciado o rito milenário seria quando com os amigos pobres amigos meus eu apostara cinco seguidas horas em tua cama ser dum desumano coito e ainda hoje me pergunto como pudeste suportar uma vileza assim senão pelo muito 104 espanto ou muito medo que tu tinhas e dessa vez amor lembras-te amor foram seis horas que lutei sobre o cansaço do teu corpo suportar amor como pudeste até ser satisfeito o meu desejo e para um canto te mandar quase irritado como fizera sempre porque dos homens de quem foste nunca nenhum pensou em ser um pouco homem um pouco só um muito pouco nunca nenhum pensou amor e era fácil amor eu sei agora que te busco no lixo em que não estás que era tão fácil meu amor o que sofreste quero conta amor o que sofreste que eu quero imaginar quanto sofreste para te querer te crer ainda mais que neste instante que então já te queria agora que estou rendido à evidência da presença em ti insofismável do absoluto e do instante que vivemos agora para sempre pela primeira vez um só em santidade o meu último dia será de glória por isso não digas nada as palavras viriam atraiçoar o silêncio comovido da natureza ficaremos os dois na plenitude de saber que nos amamos dolorosamente nos nossos sorrisos nos nossos corpos convertidos em gestos subtis nas palavras libertas em surdina no perfume de nós e o mundo nada pode contra nós assim o meu último dia será de glória porque o sol brilha sempre antes de desaparecer tudo ficou com a presença indelével de ti só no ar uma estranha saudade revelada sem mais forças para escrever certo de que vou morrer aqui deixo feito sem qualquer esmero o poema do meu desespero coitado daquele rapaz que hoje morreu a meu lado lutando viera para a guerra com os sonhos todos que os homens cruéis ainda lhe permitiam deixou lá longe a 105 jovem que o amava tanto e no ventre tinha um filho dele deixou quiçá a mãe e o pai chorando na sua dor anónima e profunda e trazia no bolso da camisa grossa um livro com versos que a mim só leria envergonhado quase nas longas noites inquietantes cortaram-lhe a vida que despontava verde contudo enorme e bela visto como era vida e deixaram-no frio sozinho hirto com moscas já sobre os espantados olhos e o retrato da moça cheio de sangue ficara como se ela também acaso fosse morta e a saudade dos pais reprodutora diluiu-se no ar cheirando a pólvora ardida e os poemas foram queimados na fogueira para dos inimigos a angústia esquecendo aquecer e a vida prosseguiu inconsciente e indiferente e errada e certa entre os homens e as damas duma elegante sala passei eu sujo e esfarrapado e cheio duma plenitude que em mim desconhecia e disse-lhes tudo o que sentia tudo o que sabia tudo o que queria dizer e o que não queria mas disse sem querer eles claro maleducado me chamaram ou insociável ou pateta ou poeta e não me reconheceram embora eu tivesse sido um deles porque se eu alguma vez te contar o que sinto no fim duma festa depois de conversar futilmente como eles o que sinto no fim dum espectáculo depois de matar inconscientemente o tempo como eles o que sinto no fim dum jantar depois de comer brutalmente como eles o que sinto no fim dum qualquer dia depois de sorrir hipòcritamente como eles tu chamar-me-ás tenho a certeza louco mas prefiro ser louco a ser um deles meu deus ainda que me repugne e te entristeça tenho de gritar que os odeio que odeio os fariseus egoístas 106 e fúteis inconscientes desumanos pecadores odeio o seu egoísmo odeio a sua futilidade odeio a sua inconsciência odeio a sua desumanidade e nem sequer sei perdoar os seus pecados não quero perdoar os seus pecados meu deus tu tiveste piedade deles porque nasceram ricos e não chegam jamais ao reino dos céus mas foste tu que lhes deste a riqueza por isso tiveste piedade deles e também porque és deus e perdoaste aos que te mataram mas eu sou homem só homem e o que há de divino em mim é só humano e quis dar de comer aos que têm fome e eles não me deixaram e quis dar de beber aos que têm sede e eles não me deixaram e quis cobrir os nus auxiliar os enfermos consolar os infelizes e eles não me deixaram não me deixaram meu deus os fariseus não me deixaram eu quis e eles não me deixaram eu pedi e eles não me responderam eu chorei e eles sorriram meu deus eu sei que se não perdoar os seus pecados também não entrarei jamais no reino dos céus mas não perdoo meu deus eu não lhes sei perdoar eu não quero perdoar-lhes e tudo em teu nome meu deus eu só sei perdoar aos humildes eu só quero amar os humildes e não posso perdoar aos fariseus não posso não posso meu deus não posso enquanto forem fariseus do fundo da minha escuridão do fundo do meu pecado eu te rogo meu deus grito meu deus é preciso que eu possa perdoar aos fariseus aberto o silêncio forçado onde passo posta a máscara hipócrita na cara tenho vontade de gritar que basta tenho receio de sentir o tenho medo sim vou ter frio sinto que vou ter frio sinto já o que vou ter esta noite frio frio 107 dentro a alma frio que me conta e me gela na alma frio da alma e frio do corpo sinto já o frio do corpo sinto o meu corpo frio sinto o meu frágil corpo frio será o frio que me faz suar será o frio que me faz chorar será o frio que me há-de suicidar frio da alma sem nada frio do corpo só com frio frio de nada frio de amar de respirar de esperar frio de esperar por nada frio de nada frio de mim sim frio de mim frio do sim frio da tua mão frio da tua meu irmão frio sim assim de ti frio do não nas longas noites sem tempo há um tempo que não é eu quero viver esse tempo porque receio não ter tempo para algum dia ter fé eu quero saber o que é este resto de sexo que nós somos este doente sem cerne olhar a vida este resto de tudo isto me faz descrente a todo o certo me dobra impotente para todo o estro e tudo isto é quando não penso inevitávelmente só e o muito que ouço ainda assim tão pouco para todo o que não é mas impensado existe quando me olho na indiferença dos outros quando sobre os meus olhos a barreira é um aborto quando se torna impossível qualquer fim feliz é a tua clausura voluntária entre paredes dos alheios olhares abertos para o espanto e a indignação perante tão equilibrada vista perante esse sorriso indefinível ou essa voz irreal de tão clara certo é o teu ir no tempo passando os mesmos infinitos corredores as mesmas manhãs dum ano silentes que se repete eternamente novo e se renova eternamente o mesmo em calmas caminhadas de aventura verdadeiro é o teu fado linear na direcção verde marcado pelas folhas impelidas por ventos 108 sempre iguais impelidas por chuvas e ciclones mas nuamente vivas e ondulantes e apontando um fim já conhecido as doze horas do meu relógio avariado do meu velho relógio avariado desde sempre a que mãos misteriosas trocaram a ordem dos números ou mudaram os números por letras letras cujo soletrar é difícil porque desconhecidas e microscópicas a que partiram os pesados ponteiros de ferro deixando-os como setas imóveis no ar descobrindo sempre o mesmo vácuo apontando a mesma esgotada e indefinida angústia a que sujaram de sangue o mostrador sangue humano de remotas origens a que arrancaram a corda substituindo-a por ossos sim não duvidem por ossos e ternura as doze imaginadas horas do meu relógio sem horas nunca os meus passos puderam guiar nunca me definiram o tempo do amor e do ódio talvez porque o amor e o ódio não têm tempo mas também nunca me marcaram o compasso da espera e no entanto eu sei que a espera tem compasso um compasso lento muitas vezes quaternário nunca souberam evitar que o absurdo caísse sobre mim abruptamente e me apertasse o coração até ao grito e me violasse o silêncio mantido há tantos séculos séculos vividos por mim só e o meu relógio o meu velho relógio emperrado há muito riscando a solidão de pesados sofrimentos que eu sinto nos ossos e no sangue já frio das manchas do meu corpo recordadas desde que me conheço como gente os enigmáticos sinais do meu hermético relógio do meu horóscopo eternamente branco nada regularam nem o tempo por isso ele desconheceu 109 em mim significado e eu tive de construir-me tempo deste confuso tempo apesar de tudo isto desta alguma fraternidade urgente e inconsútil e heróica o homem sentia-se fraco e precisava do outro homem que sabia a verdade e um dia ele veio embora já estivesse com ele e partiu embora com ele continuasse nunca o deixando só
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“O coração da infância”, eu lhe dizia, “é manso.” E ele me disse: “Essas estradas, quando, novo Eliseu, as percorria, as crianças lançavam-me pedradas...”
Falei-lhe, então, na glória e na alegria; e ele – alvas barbas longas derramadas no burel negro – o olhar somente erguia às cérulas regiões ilimitadas...
Quando eu, porém, falei no amor, um riso súbito as faces do impassível monge iluminou... Era o vislumbre incerto,
era a luz de um crepúsculo indeciso entre os clarões de um sol que já vai longe e as sombras de uma noite que vem perto!...
Raimundo Correia
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Dacia Duster: A revelação foi há 10 anos!
O Dacia Duster está de parabéns: apagou as 10 primeiras velas e a avaliar pelo seu bem-sucedido percurso de vida, promete apagar muitas mais! Uma década de conquistas, com duas gerações distintas, que partilham o mesmo espírito familiar, mas também o carácter de irreverência, que conquistou milhares de corações aventureiros. E a aventura continua…
A fábrica Dacia, em Mioveni, na Roménia, celebrou a produção do Duster número “500.000”, correspondente a uma unidade da segunda geração do icónico SUV, relevado há 10 anos, mais precisamente no dia 8 de dezembro de 2009.
Mas aquela que é uma das principais unidades fabris de produção do Duster, e que, por dia “dá à luz” 1.050 novos Duster, ou seja, um a cada 54 segundos, corrobora também já muita da história do modelo ou não tivessem 1,7 milhões de unidades visto já “a luz do dia”, desde o início da produção, em 2010, nessa “maternidade”.
Números, números e mais números! Mas por detrás da sua história só pode estar a palavra que melhor caracteriza o modelo mais bem-sucedido da Dacia até ao momento: “sucesso”! Está na altura de mergulharmos nas profundezas deste êxito. Venha daí…
Tudo começou com uma… Renault 4L!
Talvez seja uma surpresa, mas o primeiro Duster que a história conheceu foi inspirado na emblemática… Renault 4L! Mesmo que possa ser difícil, à primeira vista, identificar formas de carroçaria semelhantes ou uma linguagem de design parecida entre os dois automóveis separados por praticamente meio século, ambos apresentam parecenças no estilo simples, descomprometido e despretensioso com que “encaram a vida”, tendo ambos sido concebidos com propósitos realistas de colmatar falhas no mercado.
No caso do Duster, o caderno de encargos que presidiu à sua conceção não deixava margem para dúvidas: teria que ser um veículo com linhas de SUV (Sport Utility Vehicle), mas onde a versatilidade e robustez teriam, necessariamente, que imperar e andar de “mãos dadas”… e tudo com custos de produção, e, consequentemente, de comercialização, significativamente mais baixos que a concorrência. Agora repare, excluindo as formas de SUV (na altura, nem sequer existia a designação), onde é que já ouviu isto? Claro, na “4L”!
Mesmo que o “corpo” não seja igual, a “alma” do Duster reflete muito do espírito da Renault 4L, não sendo, por isso, de estranhar que os primeiros esboços no papel do primeiro SUV da Dacia tenham tido como fonte de inspiração aquele que é um dos mais célebres veículos do Grupo Renault, ao qual a Dacia também pertence.
Muito mais por… muito menos!
Mas esse foi, afinal, apenas o ponto de partida para um percurso talhado para o sucesso, que começou a ser desbravado em março de 2010, no Geneva Motor Show, e que não tardou a transformar o Duster num fenómeno à escala mundial.
Com 4310 mm de comprimento, 1820 mm de largura, 210 mm de altura o solo e 475 litros de bagageira, extensíveis até aos 1600 litros, o Duster apresentou, desde logo, as medidas ideais para um bom desempenho na estrada e fora dela, surpreendendo também no design, onde, marcadamente apresentou uma personalidade única e irreverente, com linhas curvilíneas, óticas duplas e elementos exteriores de proteção da carroçaria, que se afirmavam como uma espécie de “passaporte” para a aventura!
Ora, se a tudo isto se juntar um habitáculo espaçoso e uma versatilidade fora do vulgar, materializada por um sistema de tração integral (também havia versões 4x2, de transmissão dianteira), cujo desempenho fora de estrada era capaz de envergonhar muitos veículos 4x4 de segmentos superiores (com ângulos de ataque que permitiam a transposição de obstáculo com uma facilidade surpreendente), percebe-se porque, em 2010, o Duster se revelou uma autêntica “pedrada no charco” e começou a construir sólidos alicerces para um êxito, que nunca mais ninguém travou.
Depois… o preço! Não há dúvida, que oferecer um SUV a um preço de um citadino foi também um elemento decisivo para o sucesso da primeira geração do Duster, tanto mais que a articulação com uma bem-sucedida campanha publicitária de cariz irónico, mas fortemente impactante (quem não se lembra de um casal de posses abastadas a perguntar pelo preço do Duster e reclamar: “acha que vamos gastar tão pouco?”), surtiu um efeito “viral” e colocou, definitivamente, o modelo da Dacia nas “bocas do mundo”.
Em setembro de 2013, o Duster recebeu um “restyling” que lhe rejuvenesceu a imagem, que ficou também mais “fresca” e “leve”, sem que isso fizesse perder o seu ADN aventureiro e surpreendente agilidade. Reforçado foi também o nível de equipamento, mas sem fugir a uma das imagens de marca da Dacia (aliás, inerente a outros modelos): oferecer o equipamento estritamente necessário, correspondente apenas às reais necessidades dos seus utilizadores.
Com todos estes argumentos, o segundo “fôlego” desta primeira geração do Duster foi premiado pela opinião pública, que nele reconheceu uma proposta imbatível na relação qualidade/preço, capaz de abalar os padrões estabelecidos no concorrido segmento dos SUV’s em matéria de habitabilidade, versatilidade e capacidades dinâmicas em ambiente de off road, sem esquecer, claro está, o comedido número de euros na altura de “passar o cheque”.
Os números de mais de 2 milhões de unidades vendidas (7.500 em Portugal) em mais de 100 países, nos sete anos em que saiu das linhas de montagem, provaram que o primeiro Duster tinha sido, definitivamente, uma aposta ganha!
2ª geração: notável salto qualitativo
Quando, a 12 de setembro de 2017, subiu o pano para apresentar ao mundo a segunda geração do Duster no Salão Automóvel de Frankfurt, não foram raras as onomatopeias exclamativas “ohhhh”, verdadeiras expressões de surpresa e estupefação! E, na realidade, não era para menos! O Novo Duster apaixonou ao primeiro olhar… e continua a apaixonar!
Concebido como um automóvel totalmente novo, com um design vincadamente moderno, capaz de acompanhar as tendências estilísticas dos SUVs mais contemporâneos, a nova “encarnação” do Duster reforçou a apreciada imagem de robustez que caracterizou a primeira geração, otimizando a sua personalidade e afinando o seu temperamento, mas sem perder o carácter familiar que também sempre o caracterizou.
Novas assinaturas luminosas facilmente identificáveis na dianteira e na traseira, grelha frontal alargada, linha de cintura mais elevada e proteções inferiores com dimensões alargadas, a apelar ao espírito de evasão, são apenas a face mais visível de uma total regeneração que deu ainda maior credibilidade ao projeto Duster.
Para o habitáculo também ficaram guardados inúmeros trunfos, como um painel de bordo totalmente renovado e naturalmente mais moderno, uma consola central com ecrã “MediaNav Evolution” mais intuitiva e ergonómica, para além de uma qualidade superior dos materiais percecionada e múltiplos espaços de arrumação que tornam o Duster ainda mais prático na utilização quotidiana.
Do mesmo modo, na estrada, a última geração do SUV da Dacia também mostrou assinaláveis progressos com adoção de inúmeros sistemas tecnológicos auxiliares da condução como as câmaras multivistas (uma frontal, duas laterais e uma traseira), o sistema de controlo em descida, o sistema de alerta de ângulo morto, que, definitivamente, contribuíram para uma condução mais segura e tranquila. Tudo isto exponenciado pelas competências da versão 4x4, mais uma vez capaz de proezas fora de estrada ao nível de veículos todo-o-terreno de segmentos superiores.
Adotando a máxima da Dacia “good value for money”, o Duster não abdicou do seu ás de trunfo: o preço verdadeiramente atrativo e combativo dentro do seu segmento, ao que juntou outra determinante vantagem para o seu sucesso: uma gama mais heterogénea e completa, com destaque para o ecletismo das versões 4x2 e 4x4, com motorizações a gasolina, a diesel e Bi-Fuel e níveis de equipamento diferenciados (Essential, Comfort, Prestige, a que se associou ainda a Série Limitada Adventure, que se assume, atualmente, como a versão topo de gama do Duster), pronta para satisfizer as necessidades de todos os utilizadores.
Fundamentos mais do que suficientes para voltar a colocar o Duster em “rota de colisão” com o sucesso, perpetuado, em muitos casos, pela afeição da autêntica legião de fãs e seguidores que o modelo conquistou e que também contribuíram para que um quarto de todos os Dacia produzidos até ao momento sejam Duster.
O tempo passa depressa e 10 anos num “piscar de olhos”, mas há automóveis que não precisam da eternidade para deixarem a sua marca na indústria automóvel e o Duster pode orgulhar-se desse feito.
Agora é só esperar pela terceira geração do já emblemático modelo que promete ser, claro… ainda mais Duster!
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Não sei se fiquei desinteressante ou se me tornei mais exigente e maduro. Não sei se está cada vez difícil encontrar uma parceria real numa época em que os aplicativos de pegação, a falta de interesse somada a falta de tempo tem transformado as pessoas em seres totalmente desinteressantes pela apatia. O fato é que cheguei num momento que cansei de estar sempre disponível pras pessoas que cada vez mais parecem estar indispostas, cansei de tentar e de pensar em tentar mas acabar não tentando porque o interesse acabou antes disso. Cheguei no momento só meu - e talvez, você que está lendo isso também tenha chegado - isso não deve ser ruim se você se sente bem consigo mesmo e confortável pra fazer o que quiser, quando e onde quiser. Chega um momento que as pessoas vem e vão, vem em vão. Nada contagia, parece que nada é bom o suficiente pra ficar. Ninguém é capaz de te devolver aquele brilho no olhar que todo apaixonado carrega consigo, ninguém é tão bacana o suficiente pra te puxar do limbo. Chega um hora que o coração da gente pede paz. De tanto apanhar a gente cansa das pessoas, cansa dos joguinhos que elas fazem, cansa das relações. E então, tudo que a gente quer, é ficar sozinho. A gente passa por cada coisa, recebe tantas pedradas ao longo do caminho, coleciona mais algumas decepções e tapas na cara que quando a gente amadurece, a gente passa a exigir mais do outro sem nem saber se o outro já passou pelas mesmas estradas que a gente percorreu. E então aquela frase do Arnaldo Antunes passa a fazer todo sentido pra gente: ''Socorro, alguém me dê um coração, que esse já não bate, nem apanha''.
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Felizes para sempre - capítulo 5
Ship: Lutávio (Luccino/Otávio)
Sumário: Virgílio ameaça Luccino para que o leve para São Paulo enquanto Otávio se pergunta o que aconteceu com Luccino.
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Capítulo 5 - Noite estrelada
Luccino sentiu o mundo voltar a clarear a sua volta aos poucos, piscando lentamente enquanto seus sentidos voltavam, seu estômago embrulhado e sua mente confusa e atordoada.
A confusão não durou muito, combatida com um tapa contra sua bochecha esquerda, que o fez grunhir e seus olhos arderem.
- Acorda desgraçado – ele ouviu alguém dizer, mas não reconheceu a voz imediatamente. Piscou os olhos de novo, dessa vez turvos por conta do tapa, antes de sentir outro tapa do outro lado do rosto, gemendo baixo e olhando para o chão. – Acorda!
A voz agora lhe parecia mais clara.
- Vir... Virgílio? – ele murmurou, abrindo seus olhos e piscando lentamente, sua visão clareando enquanto ele levantava a cabeça. Aos poucos, sua visão foi clareando, e ele se viu dentro de um galpão que não conhecia, com Virgílio logo a sua frente. – O que...
- Quieto! – Virgílio grunhiu, se abaixando e pegando Luccino pelos cabelos, levantando sua cabeça e o fazendo gemer de dor novamente. – Você não vai falar nada aqui. Ouviu? Tudo que você vai fazer é ir comigo até a sua oficina, pegar o carro do seu amigo Brandão e me levar direto para São Paulo. Ouviu bem?!
- O único lugar que eu vou te levar é pra cadeia – Luccino respondeu por entre os dentes, tentando mover seu corpo, e somente ali percebendo que estava todo amarrado contra a pilastra. Virgílio grunhiu, não gostando nada da resposta de Luccino, e deu-lhe um soco no estômago que o teria derrubado se ele não estivesse amarrado.
- Escute aqui, verme – Virgílio sussurrou, puxando Luccino pelo cabelo enquanto ele ainda arfava por conta do soco – Você vai fazer o que eu mandar, ou se não, vamos nós dois direto pro inferno. Entendeu?
- Já não basta matar nosso pai, vai me matar também Virgílio? – Luccino perguntou, respirando forte enquanto cerrava os olhos. – Ou seu objetivo é ser o único Pricelli de toda a terra? Vai sair atrás de Fani e Ernesto depois daqui?
- Eu mato qualquer um no meu caminho se me atrapalhar – Virgílio respondeu, se afastando de Luccino – E se você não quiser colaborar, eu acho outro que queira.
- Pois então vai ter que matar o Vale inteiro! Ninguém vai querer te ajudar, nem mesmo por meio de ameaças! Não depois de tudo o que você fez, com todos, à mando de Xavier! – Luccino exclamou, tentando se soltar das cordas que o prendiam. – Você é desprezível, Virgílio! Você sim é o desertor que papa falava tanto sobre! Sempre foi e sempre será você!
- Quieto! – Virgílio gritou, se virando para Luccino com a arma apontada em sua direção. Ao se ver cara a cara com o perigo, Luccino se calou, seu corpo tenso e tremendo um pouco. – Não ouse usar nosso pai contra mim. Aquele tiro não era para ele, e você sabe muito bem disso.
- Era para Ernesto. Seu irmão. Muito pior do que ser para nosso pai – Luccino murmurou, respirando rápido. – Você ia matar seu próprio irmão... pra quem você ensinou tudo...
- Mataria e matarei, se preciso – Virgílio disse, sua voz fria e olhos vazios. Luccino sentia mais medo daquele olhar do que da própria arma. – Ernesto, Fani, você... todos traidores da família. Todos desertores nojentos, desgraçados, que destruíram tudo que poderíamos ter sido... A culpa é toda de vocês.
- Foi você que destruiu sua própria vida! – Luccino gritou, cheio de ódio e tristeza dentro de si. – A culpa de tudo isso é sua de se manter do lado de Xavier! Aquele crápula, aquele... aquele sádico, maldoso-
- Chega! – Virgílio disse, alto, puxando o tambor da arma e fazendo Luccino de calar novamente – Nem mais uma palavra contra Xavier! Isso não é sobre ele. Você vai me levar para São Paulo. Hoje.
- Eu não vou te levar pra lugar nenhum – Luccino grunhiu, e Virgílio abaixou a arma, acenando e se virando.
- Ah, Luccino – Virgílio disse, bem mais calmo, e Luccino sentiu um arrepio pela sua espinha. Era quase como se visse Xavier, ali, à sua frente, no corpo de seu irmão. O que aquele homem tinha feito com Virgílio? – O único problema é que você vai sim.
- Eu não vou – Luccino grunhiu – Pode me bater, me amarrar, até me matar. Eu só te levo pra cadeia Virgílio, que é aonde você já deveria estar.
- Vai sim – ele riu, sádico, e se virou, com uma sacola na mão. Luccino franziu as sobrancelhas, confuso, e Virgílio se apoiou contra a mesa, tranquilamente tirando o que tinha dentro da sacola.
Ao ver as primeiras peças da roupa, Luccino se sentiu confuso, sem entender. Mas ao ver Virgílio tirar uma farda do exército e coloca-la sobre a mesa, o plano começou a entrar na cabeça do mecânico.
- Virgílio... o que é isso? – ele perguntou, confuso e extremamente preocupado. Virgílio jogou a sacola para longe e pegou o uniforme, o observando.
- Eu roubei isso aqui de um dos guardas do exército – ele explicou, colocando o chapéu sobre sua cabeça. – É tudo que eu preciso para adentrar o quartel durante a noite sem desconfiarem.
- E-eu não estou entendendo – Luccino murmurou, e Virgílio largou a roupa, andando até Luccino e o segurando pela gola de seu paletó.
- Pois então entenda, seu verme – ele gritou, pressionando o irmão contra a pilastra – Se você não me ajudar, amanhã quando acordar, não haverá coronel Brandão, não haverá capitão Randolfo, e muito menos major Otávio pra comandar o quartel – ele disse, seus olhos demonstrando raiva e nojo, fazendo o coração de Luccino acelerar. – Entendeu?! E se não me ajudar de novo, será a vez de Mariana, e aos poucos, eu vou matar essa cidade inteira, até que você decida parar de bancar o justiceiro, ou até que não exista mais ninguém aqui para me prender. Entendeu?!
- V-Virgílio, você está louco, você... – Luccino tentou, sua voz fraca, mas Virgílio o empurrou contra a parede novamente e grunhiu.
- Eu sei muito bem que tipo de homem você é, se é que pode até se dizer homem – ele disse, o nojo em sua voz consumindo todas as suas palavras – Se você não fizer o que eu mandar, eu vou fazer o povo do Vale matar seu querido major à pedradas, ouviu?! ENTENDEU?!
Luccino somente assentiu, fechando os olhos e sentindo seu coração desesperado quase pular para fora de seu peito, enquanto tudo doía e machucava, especialmente dentro de si.
- Nada do meu bambino? – Nicoletta perguntou quando o grupo de busca de aproximou, e Ernesto balançou a cabeça, suspirando.
- Nada mama. A boina estava no rio mas não tinha nada mais de Luccino nas redondezas, nem mesmo ele – suspirou, enquanto Fani se aproximava de Edmundo.
- As vezes ele está realmente querendo ficar sozinho – ela sugeriu, segurando o braço de seu amante.
- Eu ainda não estou gostando nada dessa história – Brandão murmurou, balançando a cabeça, mas Mariana segurou sua mão e sorriu.
- Nada de mal deve ter acontecido. Daqui a pouco ele aparece. Ou a polícia vai acha-lo. Nós temos que ir para casa e descansar agora. Amanhã podemos voltar a procurar, se é que ele não vai voltar – ela piscou para Nicoletta, que sorriu, mais calma.
- Obrigada minha filha – a italiana disse, sua voz um pouco trêmula, e tanto Ernesto quanto Fani se aproximaram dela.
- Mama se preocupa muito com o bambino mais novo – Fani riu, abraçando sua mãe. – Mas tudo vai ficar bem. Já já ele volta.
- Sim, e nós vamos. Com licença – Mariana assentiu, e Brandão também.
Otávio, que estava mais distante de todos, acenou para a família Pricelli antes de seguir Mariana e Brandão em direção ao Vale. Ele estava quieto, até demais, e seguiu sem palavras pela estrada. Mariana tentava até pensar no que dizer, mas nada lhe vinha à mente.
Quando chegaram na bifurcação para a casa de Brandão, ela pegou a mão do major e sorriu quando o viu virar.
- Boa noite Otávio. Durma bem – ela disse, sua voz suave, mas ele somente acenou e apertou sua mão.
- Boa noite Mariana. Coronel – ele bateu continência e saiu, reto, sem qualquer palavra.
Mariana suspirou, mas Brandão a convenceu de entrar e deixar Otávio com seus próprios pensamentos. Assim, Otávio seguiu em silêncio pela estrada, parando na próxima bifurcação.
Suspirando, ele se virou para a direção contrário ao Vale, se dirigindo para a oficina de Luccino, na esperança de encontra-lo lá. O sol já tinha se posto á um tempo, e a estrada era um breu só, iluminada pela lua e pelas estrelas.
Ali, sozinho, andando devagar pela escuridão da noite, Otávio se deixou pensar no que estava acontecendo. Afinal, não tinha reagido à praticamente nada. Não reagiu ao comentário de Ofélia, não reagiu à fuga de Luccino, e nem ao seu desaparecimento. E nem ele mesmo entendia porque.
Ele sabia que, por dentro, estava desesperado desde que Luccino soltara sua mão para entrar em casa, e não tinha voltado. Sua mente estava a mil por hora, seu coração disparado, ansiedade em seu pico, mas por fora, estava apático.
Sereno, até. Como se nada daquilo fosse importante, ou não lhe preocupasse.
Mas como preocupava. Ele sentia como se todo o ar do mundo tivesse desaparecido depois do desaparecimento de Luccino. Como se tudo estivesse mais pesado e todo barulho fosse motivo de alarde.
Ainda assim, não demonstrava nada.
Em silêncio, ele foi até a oficina, a encontrando fechada e com as luzes apagadas. Sua esperança se foi e seu coração continuou disparado de medo que algo tivesse acontecido com Luccino, embora o seu lado racional dissesse que não havia o que temer.
Ele cogitou sair e voltar para a cidade, para o quartel, mas logo despistou a ideia, pegando sua cave reserva e entrando na oficina. Ele ligou as luzes, fechou a porta, e se sentou no carro de Brandão, olhando para o volante, as marchas, os pedais, e lembrando das primeiras aulas que Luccino tinha lhe dado.
De fato, ele não tinha aprendido nada de como se dirigir um veículo. Mal sabia ligar o carro em que estava.
Suspirando, ele deixou seu corpo relaxar e se deitou no banco, olhando para o teto e contando as tábuas como quem conta carneiros para dormir. Não havia como ele dormir, não naquele estado de nervos, mas estar na oficina já o acalmava. Assim, ele sabia que se Luccino voltasse para casa, para a mansão de Brandão ou para a oficina, ele estaria amparado de qualquer maneira.
E Otávio se sentia melhor na companhia dos utensílios de trabalho de Luccino. A oficina já tinha se tornado sua casa, o lugar aonde eles sempre se encontravam, ficavam juntos, trabalhavam juntos, e tudo mais. Era o lugar deles, um cantinho do paraíso, como Ernesto tinha dito.
Otávio suspirou, balançando a cabeça e fechando seus olhos tentando se distrair.
Ou dormir.
Até que Luccino voltasse.
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Não foi ele o poeta de um mundo caduco, nem escreveu cartas de suicídio aos corações inflados.
Não atirou sobre a língua fácil do povo as muletas do ócio acadêmico.
Deixou sua pacata província para ser cidadão no mundo, para tornar-se paixão nacional de tantos seios e pátrias.
Trilhou sua estrada de luz e de sombra de mãos dadas com toda a gente.
Em instante algum remeteu contra nós ( ou contra seus piores críticos) as pedradas que recebeu no meio do caminho.
Foi pedra e água na consubstanciação de sí, tijolo e argamassa na obra de nosso pensamento e sentir.
Um deus com seu terno de vidro sozinho no escuro, qual bicho-do-mato.
Foi também o poeta das entrelinhas e das verdades mais inevitáveis e cruas.
Cantou a virgem triste na gaiola do caritó e o amor natural dos homens e mulheres, o pejo e a luxúria de nossas carnes, pois ninguém soube interpretar melhor que ele o vazio da existência , o sentimento do mundo.
Com sua lavra de ouro, sua doce palavra e seu instante de febre, ele tratou de nossa pequenez moral, de nossa inferioridade poética.
Abriu-nos sua biblioteca interior, seu bazar de memórias e ensinamentos.
Porém de repente, não mais do que de repente, ele nos deixou, fugiu a galope em seu cavalo preto.
Mas ficou-nos esta saudade, este vazio sem porta e nem chave, sem parede nua para se encostar, sem vala vienense ou marcha itabirana.
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Falsos
A porta que eu vinha desenhando na parede do mundo foi borrada.
A saída para a realidade tentaram apagar nas estradas.
Mataram a pedradas um pássaro que me traria sementes no bico semente na língua.
Cortaram uma floresta, várias florestas e agora se dizem vegetais e distribuem grátis modelos de sorrisos para testes.
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saco vazio não para em pé
ao pé da letra
pé frio
chato
um belo pé no saco
em pé de guerra
pé na porta
pé atrás
bate o pé
não arreda
pé plantado
pé de chumbo
pé de galinha
pé na jaca
pé na cova
em pé não se aguenta
os pés pelas mãos
ao pé da escada
jura de pé junto
que é pé de valsa
samba no pé
que não há em pé de igualdade
aos seus pés ninguém chega
que
fez um pé de meia
que
é pé quente
que
é de pé em pé
pé na estrada
que é um pé que é um leque
que
tirou o pé da lama
que
não é pé de chinelo
pé rapado jamais
que tem pé no chão
orelha em pé
que pé que dá fruto é o que mais leva pedrada
fica
no
meu
pé
ao pé do ouvido
sem pé nem cabeça
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Chega um momento que as pessoas vem e vão, vem em vão. Nada contagia, parece que nada é bom o suficiente pra ficar. Ninguém é capaz de te devolver aquele brilho no olhar que todo apaixonado carrega consigo, ninguém é tão bacana o suficiente pra te puxar do limbo. Chega um hora que o coração da gente pede paz. De tanto apanhar a gente cansa das pessoas, cansa dos joguinhos que elas fazem, cansa das relações. E então, tudo que a gente quer, é ficar sozinho. A gente passa por cada coisa, recebe tantas pedradas ao longo do caminho, coleciona mais algumas decepções e tapas na cara que quando a gente amadurece, a gente passa a exigir mais do outro sem nem saber se o outro já passou pelas mesmas estradas que a gente percorreu.
Iandê Albuquerque.
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Geraldo Netto Esta material contou com a colaboração de Anelize Roriz Nunes, do Meio de Documentação (Cedoc) do jornal A JornalQuatro jovens foram mortos na Ilhéu Doutor Américo de Oliveira, na Baía de Vitória, na tarde da última segunda-feira (28). Com vários detalhes da história vindo à tona, a reportagem de A Jornal fez um levantamento de outras cinco chacinas que aconteceram no Espírito Santo nos últimos 23 anos e que causaram grande comoção entre os capixabas. A chacina na llha trouxe à memória tempos sombrios de violência no Estado. Os crimes resgatados aconteceram em Viana, Santa Leopoldina, Cariacica e Mantenópolis. Ao todo, 25 pessoas — filhos, filhas, irmãos, irmãs, pais, mães, tios, tias, amigos — foram chacinadas. A particularidade de cada caso e a brutalidade com que os acusados executaram o transgressão é o que labareda atenção. Relembre os casos. 1 — CHACINA DA KOMBI, EM 1997 A chacina aconteceu em Viana, em 1997, quando sete homens foram mortos depois terem roubado um porco da propriedade de um produtor rústico, identificado porquê Manoel Lemos, de 54 anos. Na era, era a maior chacina já registrada no Espírito Santo. De convénio com apuração feita pelo jornal A Jornal em abril de 1997, alguns dos homens tentaram pegar o porco em um lixão do bairro São Francisco, em Cariacica, na lema com Vila Bethânia, em Viana. Eles teriam sido surpreendidos por cavaleiros, quando houve um sério desentendimento entre eles. A promessa de agressão ficou no ar. "Chacina da Kombi" aconteceu em 1997 e deixou 7 homens mortos em Viana. Crédito: Registo A Jornal No dia da chacina, os sete homens teriam chegado em Vila Bethânia na Kombi amarela, na qual os corpos foram encontrados. Eles teriam tomado algumas cervejas e, em seguida, foram para um forró em uma escola lugar. Lá, foram identificados pelos cavaleiros, que esperaram o momento que eles saíram para rendê-los. Os sete foram levados para um lugar ausente, onde foram mortos e tiveram os corpos jogados na Kombi, que foi abandonada na localidade de Tanque. "Chacina da Kombi" aconteceu em 1997 e deixou 7 homens mortos em Viana . Crédito: Registo A Jornal Manoel, o produtor rústico suposto possuidor do porco, foi morto há menos de um mês, no dia 13 de setembro deste ano, em Cariacica. Ele foi assinalado pelo Ministério Público do Espírito Santo porquê um dos participantes da chacina. De convénio com apuração feita pela reportagem de A Jornal, a polícia acredita que uma das hipóteses da motivação da morte de Manoel, que aconteceu recentemente, seja vingança. Ele foi executado e teve aproximadamente 10 perfurações pelo corpo. O coche dele também ficou pleno de marcas de tiros. "Chacina da Kombi" aconteceu em 1997 e deixou 7 homens mortos em Viana . Crédito: Registo A Jornal 2 — CHACINA EM SANTA LEOPOLDINA, EM 2002 Chacina deixou seis pessoas mortas em Santa Leopoldina. Crédito: Registo Notícia Agora De combinação com a denúncia, Idemar tinha interesse nas terras onde as vítimas da chacina moravam. Na granja, três gerações da família Pagung foram assassinadas com golpes de foice e pedradas. Em junho de 2019, ele foi absolvido das acusações. Chacina em Santa Leopoldina: Idemar Endringer foi absolvido das acusações. Crédito: Registo TV Jornal Na era do transgressão, os moradores de Santa Leopoldina ficaram revoltados e fizeram manifestações pedindo por justiça. Uma poviléu chegou ao ir ao enterro das vítimas chacinadas — em torno de 500 pessoas, de contrato com reportagem à idade. Povaléu compareceu ao enterro de vítimas de chacina em Santa Leopoldina. Crédito: Registo A Jornal Na chacina, foram assassinadas seis pessoas: Nicolau Pagung, de 53 anos; Maria de Lourdes Cruz Pagung, de 43 anos; Fabiana Pagung, de 14 anos, e Luciana Pagung, de 16; além do par Orlando Cruz de Mendonça, 69 anos, e Lena de Souza, 70 anos. Moradores de Santa Leopoldina chegaram a ir até à moradia da família morta em chacina. Crédito: Registo A Jornal O próprio prefeito chegou a legislar ponto facultativo na cidade, na idade, e deu uma enunciação de que conhecia a família. "Conhecia muito muito. É uma situação que nunca esperávamos passar cá, por que era uma família muito querida na cidade", disse na ocasião. Prefeito indiciado de comandar chacina em Santa Leopoldina decretou ponto facultativo na cidade à idade. Crédito: Registo A Jornal O cultor Dirceu Berger foi réprobo a 32 anos de prisão por participação no delito. Ele foi o último suspeito a ser julgado pelas mortes. Também foram condenados o proprietário rústico Adolpho Seick, e o fruto dele, Ermindo, a 36 e 34 anos de prisão respectivamente. O réu confesso, Luiz Felisberto Santana, também foi réprobo, a 35 anos de prisão. Cultivador foi réprobo a 32 anos de prisão por chacina em Santa Leopoldina. Crédito: Registo Notícia Agora 3 — CHACINA EM VILA CAJUEIRO, CARIACICA, EM 2011 Transgressão aconteceu na localidade de Vila Cajueiro, na comunidade de Pedro Fontes, zona rústico de Cariacica, no ano de 2011, onde quatro jovens foram mortos. A investigação apontou que eles foram assassinados porque estavam furtando latinhas no terreno de uma boate pertencente a um dos acusados do transgressão, localizada em Sobranceiro Lage. Chacina em Cariacica: transgressão aconteceu em 2011. Quatro homens foram mortos por furtar latinhas. Crédito: Registo Notícia Agora As vítimas, encontradas com as mãos amarradas com arames, em duplas, foram identificadas porquê: Wagner Duarte da Silva, de 28 anos; Josué Eduardo Santos de Souza, de 17 anos e Fabrício Ribeiro Santos. A outra vítima não teve o nome divulgado. Segundo o mandatário Fabrício Dutra na estação, as vítimas sofreram uma possante tortura psicológica, já que uma viu a outra sendo executada e foram agredidas por ao menos duas horas. Chacina em Cariacica: transgressão aconteceu em 2011. Quatro homens foram mortos por furtar latinhas . Crédito: Registo Notícia Agora Leandro Assis da Silva, 28 anos, e a esposa, Eliana Costa Real, foram presos no balneário de Guriri, por suspeita de marticipação nas mortes. Na morada onde eles foram apreendidos 6 quilos de pasta base de cocaína, R$ 29 milénio em moeda, R$ 14 milénio em cheques, sete celulares e um tatu arruinado. Chacina em Cariacica: delito aconteceu em 2011. Quatro homens foram mortos por furtar latinhas . Crédito: Registo Notícia Agora No momento em que recebeu voz de prisão, o rapaz se identificou com nome falso e tentou fugir pulando o muro da lar, mas se deparou com o cerco da polícia. Segundo a assessoria de informação da Polícia Social na idade, Leandro e a mulher foram autuados por: matar, perseguir, caçar, colher, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da mando competente, ou em desacordo com a obtida; uso de documento falso; violar direitos de responsável e os que lhe são conexos (pois foram encontrados CD e DVD impuro); tráfico e associação ao tráfico de drogas. Chacina em Cariacica: delito aconteceu em 2011. Quatro homens foram mortos por furtar latinhas. Crédito: Registo Notícia Agora CHACINA EM NOVA ESPERANÇA II, EM CARIACICA, EM 2015 O delito aconteceu por volta das 8h20. Segundo a polícia, a residência era usada para orgias e consumo de drogas. Na madrugada, quatro homens e três mulheres participavam de uma sarau no lugar. Além deles, há a informação de que um bebê também estava na morada. Chacina em Novidade Esperança, em Cariacica, aconteceu em 2015 e deixou quatro homens mortos. Crédito: Registo Notícia Agora Pela manhã, sete homens encapuzados bateram na porta da residência e anunciaram que eram policiais. Quando uma das vítimas abriu a porta, os assassinos entraram no lugar, pediram para as mulheres deixarem a mansão e começaram a atirar. Um dos homens ainda tentou decorrer pela rua, mas morreu a poucos metros da lar. Uma das mulheres foi baleada na coxa. Ela foi socorrida e levada para um hospital da região. Em seguida o delito, os assassinos deixaram o lugar caminhando. Chacina em Novidade Esperança, em Cariacica, aconteceu em 2015 e deixou quatro homens mortos. Crédito: Registo Notícia Agora CHACINA EM MANTENÓPOLIS, EM 2018 Quando os militares chegaram ao lugar, na estrada para Santa Luzia, no bairro do Raul, por volta de 21h30, constataram que duas pessoas haviam sido atingidas por muitos tiros e já estavam mortas dentro do veículo, que também tinha várias perfurações. No veículo estavam Adriana de Barros Teixeira, 23 anos, e Matheus Henrique Silva da Lapa, 19 anos. A jovem foi atingida por muro de 14 tiros na cabeça, costas e braços. Já Matheus foi morto com muro de cinco tiros. Ele havia fugido do presídio de Mantena no dia 22 de fevereiro daquele ano. Chacina em Mantenópolis deixou quatro pessoas mortas; transgressão aconteceu em 2018. Crédito: Registo Notícia Agora Também hávia vítimas fora do veículo. Um varão foi encontrado derribado detrás de uma residência próxima ao lugar. Ele foi identificado porquê Ejoilson Martins dos Santos, 32 anos, mais publicado porquê Mascotinho. A vítima tinha várias passagens pela polícia e foi atingida por cinco tiros. A perícia da Polícia Social esteve no lugar e constatou que as cápsulas eram de revólver 9 milímetros e a maioria dos disparos foi feita na direção da cabeça das vítimas. Weliton Silva dos Santos, 29 anos, também foi vítima dos disparos e chegou a permanecer internado desde que foi encontrado ofegante e pedindo socorro na estrada da localidade de Serra do Turvo, na lema de Mantenópolis com Mantena, em Minas Gerais, naquele dia 12. Murado de uma semana depois, ele morreu no hospital. A justificação da morte foi diagnosticada porquê hemorragia e pisadura cerebral em decorrência dos disparos que sofreu. CHACINA NA ILHA DE VITÓRIA [ad_2] Nascente Notícia -> :Fonte Notícia
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As pessoas podem mudar, e mudam! Acreditar que só você quer que mude, mudou, é ignorância. Tem tanta gente aí, tem tanta barra a ser superada. Com vontade e força, a gente consegue. Eu fico tão feliz por perceber que eu não sou mais suicida; hoje ocorreu uma situação em que eu tive dois impulsos: me cortar ou tentar uma overdose. A overdose era mais atrativa, olhei os remédios da minha mesa, e pensei: eu preciso fazer isso, eu mereço isso; há tantos discursos da pessoa ruim que eu sou, eu não mereço mais estar aqui, eu mereço que as pessoas se livrem do fardo que eu sou, ou me tornei. Enquanto eu ajeitava os remédios e fui buscar uma garrafa de vinho, recebi uma notificação da minha psicóloga. Foi então eu desabafei. Foi então que todo o meu fardo e toda minha dor se alinharam e eu passei a entender meus sentimentos. Infelizmente eu não tive o apoio dos meus pais, mas a situação aqui em casa tá tão difícil que eu nem posso exigir isso deles, eu preciso carregar minha cruz sozinha. Foi então que a minha psicóloga me disse que eu sei quem eu sou, que o que importa é que eu estou tentando melhorar, todo dia é uma caminhada diferente, é uma estrada nova. Eu errei, e vou errar novamente porque é do ser humano, mas a minha meta é justamente me aperfeiçoar pra não errar mais e eu vou seguir tentando. Eu to recebendo muitas pedradas, vc acha que eu sou uma pessoa ruim? Tudo bem. Mas eu sei no fundo que eu não sou, vc também sabe. E não importa o que digam, eu to trabalhando pra me tornar melhor, isso é possível, sabiam? As pessoas melhoram! Elas crescem! E amadurecem! Há uma pessoa que me crucifica muito atualmente, mas que acredita muito na melhora de terceiros. Sabe, espero que um dia essa pessoa acredite na minha, mesmo que eu não precise da aprovação dela, mas como foi alguém de extrema importância pra mim, eu gostaria disso, porque a pessoa me conhece, de verdade, e eu não sou metade do que essa pessoa prega por aí. O motivo? Não sei. Sigo tentando seguir minha vida. Com saudade. Com remorso. Mas tentando me curar, e melhorar sempre.
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