#Pai patrão
Explore tagged Tumblr posts
amor-barato · 11 months ago
Text
Com os olhos cheios de lágrimas […] olhei pela última vez, intensamente, toda a sala de aula, como se quisesse levá-la comigo, passando em revista todas as carteiras, Em meu silêncio despedi-me de todos os meus colegas imprimindo-os na mente para não esquecê-los nunca mais. Mais uma vez olhei fixamente os detalhes da sala que mais tinham marcado minha fantasia: a lousa, a mesa da professora e os mapas geográficos.
‘Bom! Até logo, senhora professora.’
‘Coragem, Gavino’, sussurrou a professora, fazendo desaparecer devagar seu rosto sorridente, ao fechar a porta.
Gavino Ledda (Pai Patrão)
1 note · View note
tecontos · 2 months ago
Text
Minha Amiga e Eu dando juntas pro nosso patrão no Rj
By; Isis
Oi meu nome é Isis, vocês têm sido minha companhia nesses últimos 2 anos mais ou menos, no início fiquei pela curiosidade, agora é mais pelo “tesâo” mesmo e ate me imaginar nas histórias… Obviamente que isso acabaria criando em mim uma vontade de escrever um conto também, infelizmente minha vida “sexual” é bem comum, e sinceramente até que gostaria de melhor isso, mas enfim, não é o importante aqui…
A única historia que eu tenho pra contar pra vocês é de 2022, nessa época eu estava solteira e só com uns contatinhos, mas atualmente sou casada…
O ano era 2022, estávamos em Agosto quando eu e minha amiga de infância que trabalhava comigo fomos transferidas de São Paulo para o Rio de Janeiro para suprir uma falta de pessoal na empresa que tinha se expandido recentemente pro RJ e como a gente já tinha mais experiencia e nos conhecíamos bem, as 2 fomos chamadas, era pra ser apenas 6 meses mas acabou sendo 1 ano…
Minha amiga se chama Dani, ela tinha 28 anos na época e eu 24, nos eramos vizinhas e mesmo ela sendo um pouco mais velha, nos crescemos juntas, ela é ao mesmo tempo uma melhor amiga e ate uma irmã pra mim, inclusive foi ela que me ajudou a entrar nessa empresa quando eu terminei a faculdade, como falei, na época eu estava solteira mas a Dani era bem diferente, a Dani estava casada…
Então agora imaginem minha situação, cada vez que a gente conversava sobre a mudança, ela ficava entusiasmada demais, parecia aqueles jovens que vão sair da casa dos pais com 18 anos e pensam que o mundo agora é deles, simplesmente não tinha o que eu falar que tirasse o sorriso da cara dela, mas atenção, o marido da Dani ficaria em SP, apenas eu e ela iriamos pro Rio, então de novo, imaginem eu, que estava habituada a ver a Dani apenas sonhando com nossa vida no Rio, quando falava com o marido era:
-“Nossa, não sei como vai ser minha vida longe de você, a gente tem que marcar se ver, uma hora eu volto a SP, outra você vai no Rio”, ou então;
-“Essa oportunidade é boa demais pra recusar, mas ficar longe de você me deixa com um pé atras”….
Aquela safada falava isso no telefone enquanto sorria pra mim, e a verdade é que ela fala pra mim até hoje que aquelas “ferias” no Rio salvaram o casamento dela, e que com quase toda certeza que de não estariam mais juntos se não fosse aquela ida pra la…
Mas enfim, o dia de ir pro Rio de Janeiro chegou, e chegamos la sendo muito bem recebidas, e ainda bem porque estaríamos fazendo trabalho de gente que devia receber umas 5x o nosso salario, mas não vou me queixar, até subiram um pouquinho nosso salario e davam muitos bónus pra gente la, inclusive a gente não pagava alimentação nenhuma nem transporte e ainda deram um apartamento pra gente onde morávamos só nos as 2, e gente o que foi feito nesse apartamento vocês não fazem nem a menor ideia, eu me defendendo até que era bem de boa e controlada, isso sendo solteira, mas da Dani, mulher casada e que estava até se preparando pra ser mãe nos próximos anos, fez uma baguncinha la no Rio viu gente, teve conta do Uber sendo paga ali, teve agradecimento pra policial pelo serviço prestado, teve homem se escondendo no meu quarto porque o Marido veio visitar bem na hora… teve cara que a gente não conhecia de lado nenhum, teve amigo e teve ate amigo que trouxe amigo, e umas coisas bem pesadas até, de novo, não vou pagar de inocente aqui e atirar tudo pra cima dela, eu tive meus casos também e a gente é melhor amiga, e melhor amiga não abandona a outra em situações difíceis se vocês me entendem…
Enfim se vocês se interessarem talvez eu tente transformar esses outros em contos também, mas o de hoje é bem do comecinho da nossa vida no Rio então vamos la…
Era meio de janeiro ainda, a gente ainda era bem novinha la, nada do que foi falado acima tinha sequer se pensado em acontecer, isso só deve ter começado la por fim de fevereiro, então eramos duas mulheres meio que perdidas no Rio, “novas” na empresa, trabalhávamos de segunda-se-ta e os fins de semana era pra descansar ou pra voltar pra São Paulo pra ver a família…
Quem ajudou muito a gente nesse começo foi nosso chefe, o dono da empresa, de uns 30 anos talvez, ele também tinha ido morar no Rio quando a empresa se expandiu pra la, e como a gente era “importante” la por assim dizer, ele tratava a gente bem, até pra mostrar pros outros funcionários provavelmente… Mas só não via quem não queria que ele passava muito tempo tentando “conhecer a gente melhor”, a gente não dava muita bola pra ele, mas ao mesmo tempo também não dizíamos que não… Ele tentou levar a gente pra jantar no primeiro fim de semana, mas a gente recusou pra descansar, tentou convidar de novo pro segundo fim de semana, mas aí a gente voltou pra SP esses 2 dias, ele não desistindo convidou a gente de novo no terceiro fim de semana e dessa vez a gente aceito, o marido da Dani veio ver ela no RJ esses 2 dias também, então acabou indo junto…
Fomos em um restaurante bem legal aqui do Rio, nosso chefe insistiu que iria pagar tudo por ter sido ele a convidar, o jantar foi legal, a noite foi legal também mas logo chegou a hora de vir pra casa, se fosse apenas eu e a Dani a gente provavelmente chamaria um Uber, porem com o marido dela la eles foram juntos pro apartamento, como o carro do marido dela só tem 2 lugares, meu chefe se ofereceu pra me levar, a gente já era amigo então a conversa foi fluindo legal, mas o mais legal dela foi quando ele falou pra mim…
-Não fazia ideia que a Dani era casada, sabia, jurava que vocês as duas viviam sozinhas, se eu sabia eu arrumava apartamentos separados pra vocês os 3…
-E a gente vive mesmo, o marido dela ficou em São Paulo só que veio ver ela hoje
-Ah ta, o trabalho dele não deixava, a gente poderia até dar um jeito de arrumar uma coisinha pra ele na empresa também
-É, eu não sei dizer pra você, mas ele provavelmente não quis largar o trabalho dele então viemos só as duas mesmo – Eu tentei disfarçar – Mas a gente também é supre amiga, a gente se conhece faz tempo, então somos praticamente casadas também kkkk
-Então eles também devem ter muita confiança um no outro, não é qualquer um que se separa assim durante o casamento por meio ano…
Essa conversa terminou aí comigo mandando um “com certeza” CLARAMENTE irónico, e que certeza ele pegou…
Dia seguinte, segunda feira, a gente se encontrou de manha e agradecemos ele pelo jantar de ontem, como sempre ele foi muito cavalheiro nas palavras e na hora convidou a gente de novo pro sábado seguinte, novamente os 4, mas a verdade é que mal o patrão saiu, a Dani pegou no celular pra ligar pro marido, achei que era pra contar pra ele que iriamos jantar juntos novamente, mas foi algo mais assim:
-Amor, esse fim de semana não vai dar pra você vim aqui, a gente vai precisar trabalhar no sábado também, você até pode vir, mas vai ter que passar o dia sozinho, e depois o domingo já tem que sair cedo, melhor ficar pro fim de semana seguinte e aí a gente se vê que eu passo o fim de semana em SP, pode ser?
Eu tava rindo, incrédula com o que ela tinha acabado de fazer, e ainda teve a cara de pau de ir contar a mesma historia pro patrão, tipo “nossa, meu marido vai precisar trabalhar no próximo sábado então não vai poder ir com a gente”, o patrão ainda falou, não tem problema se precisar a gente cancela e marca pra outra vez, mas nunca que a Dani ia deixar isso acontecer e logo falou…
-Que isso, não precisa, a gente se diverte do mesmo jeito… que safada…
Enfim, o tal Sábado chegou, a gente se aprontou legal, chamamos um Uber e fomos pro restaurante. Chegando la, nosso chefe, o Thiago, já estava esperando a gente na porta, cumprimentou a gente e nos levou pra mesa que já estava reservada pra gente…
Tudo foi ótimo nessa noite, desde a comida a conversa, e na hora de ir embora, de novo ele se ofereceu pra levar a gente pra não precisar chamar Uber… obviamente não tinha como recusar, entramos no carro e continuamos conversando, da uns 15 minutos até nosso apartamento, mas acabou sendo um pouco mais pelo transito, então no meio dessa conversa toda surgiu o convite da Dani pra gente continuar um pouco mais a noite num bar que tem do lado do nosso prédio, mesmo até porque o Thiago não tinha tocado em álcool durante o jantar pra poder dirigir, ele ainda falou que teria que dirigir até casa, mas a gente brincando falou que pagava um Uber pra ele, e no meio dessas piadas acabamos convencendo ele… Ele não quis fazer a desfeita pra gente, mas continuou se segurando na bebida, foi aí que eu falei;
- poh bebe à vontade, qualquer coisa você passa a noite aqui, se for preciso a gente arruma um espaço pra você, mas aproveita também a noite…
Escutando isso ele ainda ficou com um pé atras, mas a Dani? A Dani não iria descansar enquanto ele não aceitasse passar la a noite, e depois de um vai e vem de “não é preciso”, “não vale a pena”, e de tanto a gente “chatear” ele, ele acabou o copo de whiskey que estava bebendo, foi no garçom e pediu mais 2 garrafas pra levar com a gente… Até aí a ideia era a gente pagar as bebidas porque a gente que convidou, mas acho que o Thiago já tinha planos diferente, a Dani parecia uma menininha indo pela primeira vez num show de famoso e eu não ia estragar a festa então entrei na onda.
Chegando em casa ela falou que precisava ir no banheiro e eu continuei a conversa com o Thiago no sofá da sala, ficamos ali uns 15 minutos, a gente já estava quebrando o gelo e claramente a bebida estava fazendo efeito, foi nessa hora que a Dani voltou, apenas com uma camisa branca e calcinha porque todo mundo conseguia ver que sutiã ela não tinha.
Eu aproveitei a deixa e fui tomar uma ducha também, não sou boba, sabia o que ia rolar então também me arrumei inteirinha, eu só não estava esperando que fosse tao rápido, porque eu só devo ter demorado uns 5 minutos na ducha e logo que desliguei a agua já conseguia escutar eles na sala, e se a mulher casada estava fazendo isso, nunca na vida eu ia passar, dar boa noite e ir dormir, já nem vesti roupa nenhuma e só me sequei, fui direto ter com eles que já tinham começado a festa sem mim…
O sofá é de costas pro corredor dos quartos e do banheiro então só a Dani me viu já que o Thiago estava apenas sentado como eu o deixei, com ela sentando com tudo nele, eu dei a volta no sofá e cheguei beijando os dois, comecei pela Dani, com um beijo bem apaixonado até pra mostrar pra ele, depois sentei do lado dele e fui passando a mão por todo seu corpo, principalmente peito e pernas que eram bem malhados, a gente só desfazia o beijo quando a Dani vinha roubar a boca dele da minha, mas ela é uma boa amiga, e só quando levantou pra dar lugar pra mim também que eu vi o tamanho daquele homem… Se só olhando pros braços, prás pernas, pro peito e pra cara dele já achava que parecia um deu grego, vendo aquilo só servia pra confirmar.
Vou aproveitar essa deixa pra descrever nossas medidas, eu sou loira, não sou magra mas adoro meu corpo, cerca de 1,58 com peitos seliconados e uma bunda grande com coxas largas, toda natural e que eu adoro, já a Dani parece uma princesinha, loira de olho castanho, também magra com um peito grande e natural, de dar inveja, e depois o Thiago, cabelo medio parecendo modelo, corpo malhado mas não gigante, cerca de 1,85 talvez, e capaz de aguentar essas 2 mulheres que estavam incontroláveis, e gente, aquele cacete que ele tinha eu acho que nunca vi igual, grande, grosso e bem lisinho, duro igual pedra…
Na hora que a Dani levantou dele, já desceu com a boca pra chupar ele, era minha primeira vez com uma mulher, mas ele guiou tudo sozinha, eu tava meio com receio, mas com ela me puxou para a ajudar, quando dei por mim, estávamos as duas mamando aquela piroca deliciosa e a sensação de ter minha língua tocando na dela era incrível também. Comecei a sentir também o Thiago participando mais, ele segurava minha cabeça com força quando eu mamava ele e me dava vários tapas na bunda, enquanto isso, eu e a Dani não largávamos aquele pau, a gente simplesmente se entendia sem falar nada, teve ate uma hora que eu desci do sofá e me coloquei entre as pernas dele, enquanto a Dani engasgava na piroca do Thiago, eu chupava suas bolas e empurrava ate que todas coubessem em minha boca, e pra terminar, fui descendo com a língua pra dar uma chupada no cuzinho do Thiago, foi a primeira vez que empurrei a língua no cuzinho de um homem e adorei, ouvir aquele homem maravilhoso gemer de tesao com essas duas safadas mamando ele, podem ter certeza que é das coisas mais maravilhosas que escutariam na vida.
Se passaram uns 10 minutos nisso e então passamos pra fase seguinte, o Thiago pegou a Dani e botou ela de quatro no sofá, falou pra eu deitar na frente dela e falando:
-Enfia a boca na buceta dessa safada…
Começou a meter na Dani bem lentamente e ao poucos foi aumentando o ritmo, eu conseguiria falar isso de olhos vendados porque eu conseguia sentir na boca da Dani que também o ritmo dela aumentava a cada macetada que tomava na sua bucetinha… Pra mim, aquela era a primeira vez que uma mulher me chupava, e logo a minha melhor amiga, ao inicio tentei fechar os olhos, imaginar que não era ela, mas não demorou muito a aceitar a realidade, era a Dani, a minha melhor amiga que estava ali chupando e enfiando dois dedinhos em mim, e eu segurava ela pelo cabelo pra ter certeza que não parava…
Fui a primeira a gozar naquela noite, bem na boca da Dani, o olhar que aquela puta fazia pra mim enquanto me lambia inteira, ainda pra mais junto com seus gemidos de menininha inocente mas só pedindo pro Thiago foder ela com toda força, enfim, impossível não delirar, ainda pra mais lembrando que depois dela, seria minha vez de sentir aquele pau em mim… E eu ate quase ia esquecendo, mas no meio disso, mas um pouco depois de eu gozar, a Dani literalmente saltou pra mim, e me enfiou um beijo com a boca toda cheia de gozo, na hora meio que assustei, mas rapidinho passou, ainda pra mais quando abri os olhos e vi a Dani, dava pra ver o quanto que ela estava vivendo o momento e digo até, o tempo que ela queria fazer isso comigo…
E enquanto isso, la estava o Thiago, ainda sobre seus joelhos e com aquele cacete na mão, apenas observando suas putinhas se amando, com certeza tanto ou mais realizado que nos as duas…
Enfim, seguindo, agora era minha vez e eu não podia estar com mais vontade de sentir aquela piroca, então me levantei e empurrei o Thiago pra trás e sem nem dar tempo, já subi em cima dele pegando naquele pau bem grosso, e desci ate o fundo bem lentamente, fazia tempo que eu não ficava com ninguém, mas não esqueci como que faz, sentei forte naquele macho e por mim ficava ali por horas, mas o Thiago tinha outro plano também, e depois de uns minutos ele me virou e botou de quatro, e a pegada daquele homem, eu nunca senti igual, ainda pra mais com aqueles tapas que eu ia tomando na bunda…
Tudo isso enquanto a Dani desceu na minha frente e enfiou a bunda bem na minha cara me mandando chupar seu cuzinho, nunca tinha feito assim, mas com certeza não ia falar que não… rapidamente o cuzinho dela tava bem largo só com minha língua, nunca tinha visto nada igual, hoje meu já deve estar assim também, mas na época, eu nunca tinha feito anal…
Enfim, da sala, a gente seguiu pro meu quarto, foi por la que terminamos a noite, com o Thiago arregaçando o cuzinho da Dani e eu só mamando aquela piroca que saía melando do cu dela…
No final eu e ela decidimos finalizar com um boquete especial com ele só deitado aproveitando e vendo aquelas duas safadas se beijando com seu gozo no meio, e pensa num cara que goza muito…
Depois desse dia sei que a Dani chegou a pegar ele mais uma ou duas vezes, mas comigo não rolou mais…
Enviado ao Te Contos por Isis
104 notes · View notes
interlagosgrl · 3 months ago
Text
🎃 kinktober - day fourteen: voyeurism com Agustín Pardella & Esteban Kukuriczka.
Tumblr media Tumblr media
— aviso: voyeur!! duhhh, oral m!receiving, masturbação, penetração vaginal, sexo desprotegido, creampie.
— word count: 2k.
— notas: ESTEBÁN VOYEUR BALANÇOU MINHAS PLACAS BUCETÔNICAS.
Tumblr media
você sabia que seria divinamente punida por pensar tanta sacanagem. mas, perto de Estebán, você não conseguia resistir. desde que tinha sido contratada para ser babá da filha dele, não conseguia deixar de pensar em como ele era gostoso. aquele pensamento surgia todos os dias. era inevitável.
era pai solteiro e fazia alguns bicos por aí para sobreviver. no geral, vivia bem. tinha te contratado para fazer companhia à pequena Sofía, que era tão gentil e tímida como o pai. o trato tinha saído melhor que o esperado. a garota te via como uma irmã mais velha divertida e Estebán já conseguia notar as mudanças benéficas que você e a sua presença traziam. Sofía estava mais comunicativa, mais estudiosa, com horários para comer e dormir bem definidos. sempre estava bem arrumada ao recebê-lo e quase não tinha mais pesadelos ao dormir.
Estebán era muito grato à você. sabia que você trabalha para ele porque gostava muito de Sofía. mais de uma vez ele tinha tomado a decisão de te despedir, pois não achava que pagava a quantia que você merecia (e com certeza não pagaria em um futuro próximo). você, no entanto, sempre negava e dizia que trabalhava para ele porque gostava. não se importava com o quanto estava recebendo.
ele deixava você estudar enquanto cuidava de Sofía e isso era o suficiente. não ficava atrasada nas matérias da faculdade e ainda ganhava um dinheiro extra no final do mês.
mas, você temia estar muito envolvida com o senhor Kukuriczka. não conseguia parar de pensar no nariz grande, nas sardinhas bonitas e no sorriso tímido. nem nas mãos grandes, no tronco esguio e na pele leitosa. sempre pensava em como seria as mãos dele ao redor da sua cintura ou do seu pescoço. como seria a boca dele na sua ou entre as suas pernas.
e era exatamente naquilo que pensava enquanto nadava na piscina de um amigo de Estebán, com Sofía nos braços. a garota agitava os braços e pernas animadamente, pulava da borda da piscina nos seus braços e pedia inúmeras vezes para "brincar de sereias". mas, seus olhos só ficavam na área da churrasqueira onde o seu patrão e o amigo dele conversavam animadamente sobre algo que você não conseguia deduzir.
Agustín, amigo de Estebán, tinha o convidado e convidado Sofía para fazerem um churrasco em sua casa. e claro, Estebán decidiu convidar você. assim, podiam ter três pares de olhos nela, em vez de dois. e claro, porque a própria Sofí tinha requisitado a sua presença. quando ele pediu para que você levasse uma roupa de banho, você soube que passaria o dia todo babando por ele.
quando ele chamou a filha para comer, você saiu da piscina com ela nos braços. a enrolou em uma toalha e a sentou na mesa de madeira, sentando-se ao seu lado para ajudá-la comer. os olhos de Estebán e Agustín estavam sobre a sua figura, mas você fingiu não perceber.
Agustín, assim como seu chefe, era muito bonito. tinha cabelos cacheados e o corpo repleto de tatuagens, o que fez você olhar mais de uma vez. era divertido, enérgico e muito brincalhão. tinha entrado na piscina mais de uma vez para brincar com você e Sofía. era o completo oposto de Estebán. para você, era impressionante se sentir atraída por dois homens tão diferentes.
quando Sofía terminou de comer e pediu pelo colo do pai, você sabia que ela pegaria no sono. Agustín ofereceu o próprio quarto para que Estebán a fizesse dormir. restaram vocês dois na área de lazer, que engataram em uma conversa amena depois que Agustín lhe ofereceu uma cerveja.
"acho que ele não vai achar ruim se você tomar uma." Agustín apontou de volta para a casa. "vai ser nosso segredo."
"o Estebán é muito calmo. não se opõe a quase nada." você justificou, aceitando a garrafa de cerveja e dando um grande gole.
"você trabalha pra ele faz um tempo, né?" você concordou com a cabeça. "ele sempre fala de você. diz que sem você estaria fodido."
suas bochechas esquentaram como de uma garotinha inocente. você abriu um sorriso tímido, tentando esconder o quão boba aquele fato tinha deixado você.
"eu gosto muito da Sofía. é muito prazeroso pra mim acompanhar o crescimento dela.” você deu de ombros, batucando os dedos na mesa de madeira. “e você? pensa em ter filhos?”
“por enquanto, não. prefiro viver a vida adoidado. ainda não sei se um dia vou conseguir ficar quieto em algum lugar e criar uma família.” os olhos verdes encararam os seus, um sorrisinho travesso dançando nos lábios. “você pensa em ter filhos?”
“sabia que não? me dou bem com crianças, mas não quero ter filhos. é uma responsabilidade muito grande.”
foram minutos à fio de papo sendo jogado fora. quando você perguntou se poderia usar o banheiro da casa, Agustín pediu que você ficasse à vontade. quando passou pela porta da suíte principal, pôde ouvir Estebán cantando baixinho para que Sofía dormisse. não conteve o sorriso largo que surgiu nos lábios.
depois de usar o banheiro, deu uma olhada na casa com um pouco mais de calma. era uma casa de solteiro, claramente. tinham garrafas de cerveja espalhadas por todos os lugares, além de tênis, um skate velho e uma roda de bicicleta. a casa era cheia de fotos de Agustín e seus amigos.
o quarto de hóspedes, que era metade escritório, também estava cheio de fotos. você adentrou o cômodo, perdida em milhares de registros fotográficos que adornavam as paredes. em um deles, encontrou um Agustín muito jovem ao lado de um Estebán jovial. você riu baixinho e logo em seguida uma risada a acompanhou.
“coño, como a gente era feio.” Agustín se aproximou de você para ver a foto. tinha um cheirinho herbal, fresco, que fazia você querer mergulhar nos cabelos dele.
“não, não. vocês eram bonitinhos.” você defendeu, dando um tapinha amigável no braço dele.
“você pegaria na balada?” Agustín indagou em um tom brincalhão.
“até hoje.” as duas palavras escaparam dos seus lábios em um milésimo de segundos. você nem mesmo tinha lembrado de pensar antes de falar.
as bochechas queimaram ao ouvir o absurdo que tinha saído da própria boca. tentou evitar, mas os olhos encontraram os de Agustín, que pareciam satisfeitos com o que tinha acabado de ouvir, somados do sorriso encantador.
não precisou dizer nada. Pardella se inclinou para frente, os lábios se apresentando para os seus pela primeira vez. tinham gosto de cerveja e cigarro, eram macios e ávidos. a língua se enrolava na sua muito cuidadosamente, como se quisesse degustá-la ao máximo.
as mãos se alojaram na sua cintura e, sem que você percebesse, tinha sido pressionada contra a parede. alguns quadros balançaram atrás de você, o que fez Agustín cobrir sua cabeça protetoramente. o beijo, no entanto, ainda não tinha encontrado o seu fim. a mão livre ainda continuava explorando o seu corpo de todas as maneiras possíveis, apertando cada pedaço da sua pele.
quando Agustín colocou a perna entre as suas, você arfou. levou muita força e coragem para que você o empurrasse para longe, resistindo à vontade de cruzar os limites ali mesmo.
"Agustín, eu não posso. eu estou aqui à trabalho." você o relembrou, fazendo com que ele assentisse compreensivamente.
"não precisa parar por mim." a voz de Estebán a fez pular. Agustín não se moveu, como se estivesse muito acostumado à ideia do amigo o observando. "a Sofía já dormiu, você está livre das suas responsabilidades por enquanto."
"s-senhor Estebán..."
"está tudo bem. eu não me importo." ele riu despreocupado, se escorando no batente da porta. "inclusive, adoraria assistir. se isso não for um problema para você."
suas sobrancelhas se uniram em confusão. você encarou Agustín, que sorria travesso para você. parecia que ele já estava acostumado com aquele tipo de declaração. você não podia estar menos chocada. nunca imaginou transar na frente do patrão, ainda mais o patrão com quem você era perdidamente apaixonada.
não podia negar que uma parte do seu corpo - no meio das suas pernas, por exemplo - adorava a ideia de ser admirada enquanto alguém te fodia. parecia sensual, visual e muito afrodisíaco.
"o senhor está falando sério?" confirmou, só para ter certeza que não estava ficando maluca. Estebán assentiu.
você confirmou com um aceno de cabeça. Agustín não demorou em voltar a beijar os seus lábios, puxando as cordas do seu biquíni enquanto o fazia. desceu os beijos pelo seu pescoço, abocanhando um dos seus seios enquanto brincava com o outro logo em seguida.
Estebán continuava na porta, uma das mãos no seu membro, sobre a bermuda. você conseguia ver que ele estava duro e aquilo serviu para aumentar ainda mais o tesão que você sentia. saber que você o deixava duro era uma recompensa muito satisfatória.
Pardella a virou contra a parede, a gentileza desaparecendo enquanto te devorava com a boca. a língua desceu pela nuca, as mãos puxando as cordas da parte de baixo do biquíni. você sentiu um arrepio correr pela coluna ao ser totalmente despida.
com a bochecha colada à parede, você ainda conseguia ver Kukuriczka, que se perdia em cada centímetro do corpo. tinha aberto a bermuda e libertado o pau teso do tecido absorvível, o acariciando lentamente.
quando Agustín se posicionou na sua entrada, você fechou os olhos, aproveitando cada sensação enquanto ele invadia o seu canal apertado. um gemido baixo escapou dos seus lábios, não ousaria fazer muito mais barulho do que aquilo. o pau grosso do argentino causava uma gostosa sensação de efêmera de ardência na sua abertura até que você se acostumasse.
os movimentos começaram, lentos e profundos. Pardella se acomodava por completo dentro de você apenas para que pudesse sair e voltar, de uma só vez. segurava a sua cintura com força, guiando-a para que a sua bunda batesse contra a pelve dele à cada investida
seus olhos não saíam de Estebán. aumentava os movimentos masturbatórios de acordo com o ritmo de você e Agustín, parava toda vez que ele parava e quando você gemia, ele tinha que respirar fundo e fechar os olhos. as bochechas vermelhas e o peito que subia e descia a faziam revirar os olhos.
o ato era, em sua maioria, silencioso, mas cheio de suspiros profundos e gemidos baixos. Agustín a puxou pelo cabelo, segurando o seu rosto entre as mãos, apontando-o para Estebán.
"se você gozar gostoso no meu pau, o Estebán vai ficar ainda mais tentado à te comer. vai, nena. goza pra ele." a voz grossa a fez arrepiar. assentindo obedientemente, você forçou o seu quadril para trás, encontrando a pelve do argentino com força.
continuou se movimentando daquele jeito, buscando por mais luxuriosamente, enquanto os olhos encaravam os de Kuku. quando as pernas estremeceram e o ar lhe escapou dos pulmões, sabia que tinha atingido seu objetivo. deixou que Agustín a fodesse até que as ondas de prazer a acertassem, arrancando gemidos baixos.
ele também gemeu, superestimulado com a nova lubrificação. afundou-se no seu interior, mordendo o seu ombro enquanto o fazia. bastou algumas investidas para ele gozasse dentro de você, gemendo o seu nome e a elogiando. deixou o seu interior, fazendo com que o líquido espesso pingasse no chão.
você encarou Estebán, que ainda se tocava, em uma velocidade desesperadora. como se lesse a mente do argentino, se pôs de joelhos e engatinhou até o batente da porta. lentamente, abriu a cavidade oral e empurrou a língua para fora, como um estímulo para que ele gozasse ali.
Kukuriczka segurou seus cabelos com força, empurrando toda a extensão para o interior da sua boca. realizou alguns movimentos antes que o líquido agridoce tomasse o seu paladar. você engoliu cada gota enquanto o olhava nos olhos.
Estebán ofereceu a destra para que você se apoiasse e se levantasse. sorriu para você, ajeitando os seus fios e deixando um selar na sua boca. a puxou para o banheiro, pedindo para que Agustín os esperasse na área de lazer. o argentino, nem um pouco incomodado, concordou com a ideia.
debaixo da água quente, sendo acariciada pelas mãos firmes de Estebán, sentiu os lábios no lóbulo esquerdo, antes das palavras doces serem sussurradas para si.
"agora é minha vez."
73 notes · View notes
bibescribe · 2 months ago
Text
senhor e senhora mello ii
danton mello x reader
primeira parte aqui
Tumblr media
duas semanas desde o seu casamento, e duas semanas desde que tinha recusado danton na sua noite de núpcias, após o acontecido, o mais velho se levantou e foi até o quarto de hóspedes sem dizer uma palavra, sem gritos ou insistências, naquela noite você cogitou a possibilidade de ele ter saído para procurar alívio em uma mulher da rua, mas de manhã foi informada pela empregada que o patrão tinha levantado cedo e a instruído a só lhe despertar quando ele saísse para ir trabalhar, enquanto você dormia, danton tomou café com as crianças e as levou para a escola.
você sentia ansiedade em relação a sua lua de mel, iria para paris, que era um sonho, mas sua relação com danton estava esquisita, você sabia que tinha o direito de não querer sexo mas receava que ele resolvesse anular o casamento, uma mulher solteira até tinha salvação, mas uma mulher com um casamento anulado estaria arruinada, você seria um estorvo eterno para seus pais, mas seus medos sobre a viagem foram aplacados quando isabella caiu doente, o que começou com uma gripe se tornou uma pneumonia e a estrutura frágil da criança demandava toda sua atenção.
— margareth está doente também, fortemente gripada, pedi que ela ficasse uns dias em casa para que não evoluísse, Deus sabe o que estamos passando com isabella. - danton disse uma noite depois de chegar do trabalho, você tinha acabado de ninar isabella, que estava em um de seus poucos momentos livres de febre, e eduardo tinha ido dormir por não ter nada para fazer, já que a irmã não podia brincar.
a vida de mãedrasta era mais difícil do que você imaginava, isabella e eduardo eram crianças incríveis, inteligentes e divertidas, mas era notável a falta de envolvimento de danton, você sentia que suas previsões pré-casamento estavam certas, ele casou contigo para ter uma babá 24 horas por dia, o que lhe salvava era que os fardos da cozinha e limpeza eram retirados de suas mãos.
— deus sabe o que eu estou passando. - você respondeu sem pensar, enfatizando o ‘eu’, se assustou com sua própria coragem mas não voltou atrás, a boca fala para que o coração não transborde, certo?
— perdão, tem alguma reclamação sobre seu estado atual, esposa? - danton perguntou, os olhos que estavam no jornal de repente te encarando impássiveis.
— só estou dizendo que eu sou quem está passando maus bocados com isabella, não você, o senhor passa o dia no escritório e só volta para saber se a menina ainda está viva, não está nos seus planos financeiros fazer um funeral agora ou quer que ela cresça para jogá-la nos braços de um marido omisso e ingrato? - seu tom era suave e você disse tudo em uma só respiração, a única coisa que lhe impediu de continuar o discurso foi o rosto lívido e vermelho de danton, o homem se levantou e foi até você, ficando centímetros do seu rosto.
— eu deixo você morar na minha casa, comer da minha comida, dormir na minha cama e respirar o mesmo ar que os meus filhos, mas jamais vou deixar você insinuar que sou um mau pai, você não sabe nem a ponta do iceberg e sua pretensão jovem não teria capacidade de entender a gravidade do que eu vivi sozinho com aquelas crianças. - ele dizia, o rosto vermelho e uma veia saltando, ele estava lívido.
— nós nos casamos, essa casa também é minha, eu não tenho nada que não seja meu direito. - você respondeu e viu os olhos do mais velho brilharem com divertimento e uma certa crueldade.
— não se esqueça esposa, que ainda não consumamos nossa união, eu sou advogado, posso entrar com o processo de anulação e você só vai saber que é uma solteirona quando chegar de um passeio e descobrir suas roupas na lata de lixo do lado de fora, digo e repito, nunca, jamais, insinue que sou um mal pai, se o fizer de novo vai descobrir que posso ser um pior marido.
danton se afastou, pegou o blazer e saiu lhe deixando assustada e desnorteada, não sabia o que fazer ou o que pensar, queria fugir para o colo de sua mãe mas tinha uma criança doente no andar de cima e ela não tinha culpa, a realidade de sua situação caiu sobre você como um balde de água fria, não importava o quanto gritasse, a voz ativa do casamento sempre seria a do seu marido.
você se encolheu no sofá e adormeceu lá mesmo, acordou com o som do telefone, o barulho estridente tinha entrado em seus sonhos e lhe despertado de dentro para fora, cambaleando ainda tentando se situar, pegou o aparelho e o atendeu
— olá, querida, é o selton. - você ouviu a voz suave e quase paternal do outro lado da linha.
— sim, oi, tudo bem, cunhado. - você empregou seus maiores esforços para fingir uma voz animada, mas estava rouca por ter acabado de acordar e por estar com tantas palavras e sentimentos engasgados.
— tudo ótimo docinho, só liguei para avisar que o danton está aqui, ele chegou muito agitado mas minha esposa já o deu um calmante e ele está dormindo.
— sim, nós tivemos uma discussão, recém casados sabe. - seguiu a tentativa de manter um tom animado, também queria esconder seus problemas conjugais de selton, não queria que vazasse qualquer suspeita de que seu casamento estava passando por maus lençóis antes mesmo de completar qualquer boda.
— querida, eu sei que a isabella está doente, mas quando puder peço que venha aqui na delegacia, podemos ir tomar um café, estou a muito tempo postergando uma conversa que deveríamos ter tido antes mesmo do seu casório. - ele disse, de repente com uma voz séria.
— não sei quando posso, cunhado, a margareth também caiu doente e eu estou sozinha com as crianças.
— peço que quando tiver pelo menos 30 minutos disponíveis que venha me ver, você é da familia agora, sempre temos tempo para a família não é? não se preocupe com o danton, vou cuidar dele como sempre fiz, em breve ele estará de volta aos seus braços, tenho que ir, até. - o homem disse e desligou o telefone sem mesmo esperar a sua despedida, te deixando em uma nuvem de dúvidas.
danton voltou para casa no dia seguinte, quase à noite depois de um dia no escritório, não falou contigo, mas deixou um bilhete em cima de seu travesseiro
‘minha cara, perdão pelas minhas palavras e minhas ações, descontei fantasmas do passado em ti e isso não é justo, mas quero que saiba que suas palavras também me feriram, dizer que sou um mau pai, para mim, é como dizer a um cardiologista que já salvou mil pessoas que ele é um mau profissional por ter deixado 1 pessoa morrer, quero que deixemos isso para trás, aprecio o que está fazendo por mim e pelos meus filhos, para lhe poupar de qualquer desconforto voltarei a dormir no quarto de hóspedes.
do seu, danton mello.’
margareth também voltou dois dias depois, se declarando já curada e pronta para trabalhar, você aproveitou o retorno para marcar o encontro com selton, almoçariam juntos.
o conteúdo do encontro estava martelando em sua mente fazia muito tempo, seria algum segredo de família, algo obscuro que mudaria para sempre sua impressão de danton? um homem que tinha tantas fases quanto a lua podia ter muitos segredos.
seus devaneios foram interrompidos pela campainha, como estava na sala enquanto margareth cuidava de isabella, você mesma atendeu a porta e ao abri-la se deparou com uma mulher impressionante, lábios bem vermelhos, cabelos loiros ondulados e jogados para o lado, um sorriso cativante e sedutor.
— olá, bonequinha, o danton está? - ela perguntou, sorrindo e olhando para dentro da casa, procurando o homem.
— a senhora é...? - você perguntou tentando ao máximo se colocar na frente da porta para bloquear qualquer visão interna.
— que tolice a minha, obviamente qualquer imagem que refletisse minha figura foi retirada dessa casa, sou lígia bardot, lígia mello para saudosistas, e você é a seguda esposa, a nova senhora da casa. - ela disse não em tom de pergunta, mas como se aquele rótulo decidisse quem voce era e como deveria se comportar, a segunda esposa, o estepe, ela era a primeira e queria que você a respeitasse como tal.
lígia, a primeira esposa de danton, não tinha muita noção de como a mulher era fisicamente, e agora via isso como uma benção, o fantasma da mais velha assombraria seu casamento, ela parecia segura de si, segura de sua feminilidade e posição social, era essencialmente uma divorciada mas se comportava como a mulher mais digna desde a rainha da inglaterra, você sentiu inveja de alguém que parece saber tão bem quem é.
— você não mudou muito da casa, não é? - ela disse já entrando, e trombando levemente no seu ombro enquanto o fazia.
— ainda não tive tempo, é tudo muito recente. - você disse, de repente sentindo vergonha dos seus fracos dotes de dona de casa.
— bom, quando eu era a senhora desse lugar as mobílias estavam compradas desde o noivado, e eu já tinha o enxoval de isabella 2 semanas após dar a luz a eduardo, é bom saber o que quer, facilita tudo. - você sentiu uma pontada de desdém na frase da outra, como se ela quisesse se mostrar como uma dona de casa infinitamente superior a você
lígia se sentou no sofá sem ser convidada, olhava ao redor e fazia caras e bocas, como se reconhecesse algumas coisas que estavam lá.
— como está sendo o casório, danton pode ser um homem dificil. - ela disse enquanto você se sentava a seu lado. — ele já te fez sentir como um pedaço de lixo? como se não pertencesse ao seu lar? lembro que eu me sentia assim na minha vez.
— não ando tendo tempo de focar em meu casamento pois estou cuidando de isabella.- você ignorou o ‘na minha vez’ estava claro que lígia falava como se você fosse ser só mais uma em uma longa lista de esposas — a pobrezinha anda doente e… - antes que você pudesse terminar os olhos da outra aumentaram de tamanho.
— isabella está doente? com o quê? o que ela tem? - ela perguntou se levantando, você se sentiu assistindo uma peça de teatro.
— pneumonia, ela está lá em cima, margareth está cuidando dela.
antes que terminasse, a mulher disparou até o andar de cima como se aquele ainda fosse seu lar, você seguiu, lígia sabia exatamente onde isabella estava e entrou no quarto.
— minha filha, minha boneca - ela se ajoelhou ao lado da cama pegando nas mãos da menina.
a menina apertou os olhos e demorou para responder, como se estivesse escaneando o banco de dados de seu cérebro tentando reconhecer a mulher.
— margareth, eu tenho que sair, volto em 1 hora, por favor deixe a senhorita lígia a vontade. - você não quis se estender, sentia que estava atrapalhando algo, também sentia uma espécie de inferioridade em relação à lígia, confiante, atrevida e bela lígia, enquanto você saía, margareth lhe seguiu e vocês duas pararam na porta do quarto.
— senhora, eu não tenho certeza se o dr. danton gostaria da senhorita bardot aqui. - a moça disse baixinho, seu olhar era levemente assustado como se tivesse visto um fantasma.
— margareth, antes de mim veio ela, é a filha dela que está doente, volto já já. - você deu um beijinho na testa da mais velha e saiu.
você pegou um suéter e sua bolsa e foi até a calçada chamar um táxi até a delegacia, não demorou muito para entrar no carro e se dirigir até o local de trabalho de selton; seu cunhado era delegado, conhecido por sua justiça e honestidade, era comum que delegados tivessem laços estreitos com políticos mas selton se mantinha o mais imparcial possível e se afastava de qualquer questão política. você foi recebida calorosamente e foi com ele até um pequeno bistrô no centro da cidade, ele entrou sem nem precisar de reserva.
entre conversas, o assunto lígia chegou, selton ficou surpreso por você sequer saber o nome da mulher.
— ele fala da lígia com você? estranho, achava que ele queria esquecer da existência dela.
— ela é a mãe dos filhos dele, acho justo eu saber que ela existe além das fofocas da sociedade. - você respondeu, sentindo quase um dever de proteger a imagem de lígia.
— 'mãe' é uma palavra muito forte para se referir à lígia, ela deu à luz aos meus sobrinhos e talvez essa tenha sido a única coisa decente que já fez na vida, quando isabella nasceu ela cobria o rosto da menina enquanto amamentava, não ligava para a possibilidade de sufocá-la, só não queria olhar para ela. - selton disse, seu tom calmo ainda deixava transparecer uma certa raiva, você ficou chocada, cobrir o rosto da criança para não olhar para ela?
— por que o seu irmão se casaria com alguém assim?
— danton… danton sempre foi inseguro, um romântico, lígia vem da família bardot, eles tinham o sobrenome mas nem um tostão furado, mesmo assim conseguiram se inserir na sociedade e debutar lígia, relativamente tarde mas aconteceu, meu irmão ficou louco por ela assim que a viu, ela era carismática e tinha o sorriso fácil, se não fosse pela falta de dote poderia se casar com qualquer um, eu acompanhei o cortejo deles, lígia tinha um frieza, parecia não gostar de ficar muito perto, queria casar-se com menos de 1 mês, eu fui terminantemente contra, o pai e irmãos dela eram abutres falavam de sociedade no escritório de advocacia, bardot e mello, acredita que eles queriam o sobrenome deles antes do nosso? queriam que eu os colocasse em contato com políticos da cidade, queriam, queriam e queriam, e lígia incentivava, dizia que eles eram bons, inteligentes e talentosos, e que a falta de dinheiro era só uma onda de azar.
— eu não acho errado família ajudar família, além disso, seu irmão não foi o mais legal com lígia enquanto eles estavam juntos, ela me disse.
— quando você teve contato com ela? - seu cunhado parou de comer de repente.
— hoje antes de vir para cá, ela apareceu em nossa casa, ainda está lá olhando isabella.
— lígia apareceu na sua casa? e você a deixou entrar?
— bom ela meio que entrou sozinha, eu só abri a porta. - você deu um risinho tentando levantar o astral, selton de repente ficou muito sério.
— um momento, por favor. - disse e se levantou da mesa.
selton foi até um dos garçons, conversou rapidamente, gesticulando mas sem levantar a voz e foi conduzido até a parte interior do lugar, provavelmente um escritório, onde ficou por 5 minutos no máximo, então voltou, se posicionou atrás da sua cadeira e a puxou como se lhe indicasse a se levantar.
— vamos.
vocês entraram no carro de seu cunhado e começaram a se digirir até sua casa, ele estava mudo mas com um semblante sério e decidido, quando chegaram perto, e você já conseguia ver a propriedade, ele parou e se manteve lá.
— não vamos para casa? - você perguntou, confusa sobre as intenções do delegado.
— em breve, calma. - ele respondeu e colocou o dedo indicador na frente dos lábios, indicando que você ficasse em silêncio.
vocês passaram uns bons 2 minutos sem emitir uma palavra, até que sirenes cortaram o silêncio, a poucos metros de vocês três carros de polícia passavam, antes que você pudesse se desesperar, viu lígia no banco de trás do carro do meio, a mulher também te viu, e acompanhou seu olhar, no que pareceu um rompante de raiva, levantou as mãos e bateu os pulsos no vidro do carro, mas não pôde fazer muito, pois estava algemada.
44 notes · View notes
geniousbh · 10 months ago
Text
Tumblr media
⸻ 𝒍𝒔𝒅𝒍𝒏 𝒄𝒂𝒔𝒕 𝒂𝒔 𝒃𝒐𝒐𝒌 𝒕𝒓𝒐𝒑𝒆𝒔 📖✒️
(parte 1)
parte 2: enzo vogrincic e esteban kukuriczka
obs.: oii bebitas fiufiuu🎀 gostaria de dizer que, SE for do interesse coletivo, eu estou aberta para dar continuidade nessas prompts como fanfics (principalmente a do simón e do enzo hihihi). enfim, meu processo criativo depende muito de duas coisas meu emocional e minha foryou do tiktok (sou cronicamente online e tenho insights vendo videos de 15s)!!! no mais espero que gostem!
tw.: menção à hematomas/injúria física, espanhol ruim porco fajuto que estou tentando aprender no duolingo. mdni
𝒆𝒏𝒛𝒐: age difference + single parent
arrumar dinheiro sendo universitária e imigrante (ainda que fosse em um país latino e não tão distante do seu) estava sendo incrivelmente desafiador e você não teve muitas escolhas quando um dos professores do seu curso de pedagogia disse que um colega que era pai solteiro estava precisando de uma babá para cuidar de sua filha.
maria não era uma criança encrenqueira, pelo contrário, ela era uma linda garotinha de cabelos castanhos e olhinhos que mais pareciam duas jaboticabas, tinha muito zelo com suas bonecas e adorava brincar de cozinheira e professora ("igual a você", palavras da menina), e lógico que a experiência de observar uma criança tão de perto nos principais anos de desenvolvimento estava sendo enriquecedora. isso e... o pai de maria também.
você não queria ser uma intrometida, muito menos inconveniente, por este motivo, só conversava com o sr. vogrincic quando este iniciava o assunto, mas modéstia a parte, ele era um dos homens mais lindos que você já tinha conhecido. não era nada demais pra quem visse passando, talvez por não ser tão alto e musculoso, mas suas proporções, na sua opinião, eram apenas... certas.
ombros largos, onde você incansavelmente tinha visto ele ninar maria depois que chegava do serviço, boca carnuda que ele sempre mordia quando pensava ou quando via que você tinha feito algum bolo ou brownie de tarde e guardado um pedaço para ele, e a voz... porra! de qualquer forma, todas essas percepções ficavam bem guardadinhas, apenas por detrás dos seus olhos que, diferente da língua, não tinham pudor nenhum em olhá-lo.
sexta-feira, mais um dia normal, onde você ia cedo para o prédio onde os vogrincic moravam, dava bom dia para antônio, o porteiro, e pegava o elevador subindo até o décimo primeiro andar. geralmente, enzo já estava na porta, de traje social e checando o relógio de meio em meio segundo para não se atrasar e quando a via, abria um sorriso terno e tocava sua cabeça, bagunçando seus fios de levinho antes de soltar um "cuida bien de maria e cuidate también". isso era uma das coisas que mais te frustravam, ter quase certeza de que enzo não a enxergava como mulher, e sim como outra garotinha, apesar de estar completando seus vinte e poucos anos naquele mesmo dia.
suspirou, saindo do elevador e franzindo o cenho quando não viu o moreno ali, mas sacou as chaves reservas que tinham sido lhe dadas meses atrás e abriu a porta, sobressaltando quando confetes estouraram acima de sua cabeça. maria no colo do pai, segurando um pequeno bolinho que tinha uma velinha. "feliz cumpleee!", em uníssono antes de te abraçarem.
nada podia reproduzir sua expressão que misturava encanto e surpresa ao mesmo tempo, e enzo logo se certificou de que você apagasse a velinha para darem continuidade nas felicitações. você agradecia sem parar, dizendo para a pequena que havia adorado e que ela estava linda com o macacão rosa e suas pig tails "papá hecho", esta explicou e logo se distraiu com algo que passava na tv, brecha perfeita que o mais velho encontrou para te puxar até a cozinha.
a forma como o torso largo de seu patrão lhe prensou contra a bancada e a delicadeza com que sua mão calejada lhe acariciava a bochecha contrastavam-se, era tão rápido e você só se dava conta que segurava a respiração quando ele lhe tomava os lábios num beijo profundo.
"podría darte muchas cosas, pero esta es una que ambos queremos desde hace tiempo, chiquita" disse antes de dar um selinho final e voltar para a sala. minutos depois você descobriria que enzo, na verdade, estava de folga e havia preparado todo um cronograma para vocês três curtirem o dia.
➵ (talvez essa história de enzo pai solteiro e pai de menina ainda por cima seja uma das que mais mexem comigo!) ele é tão compreensível e toda vez que ela tem alguma apresentação no daycare ele faz questão de comparecer, fica lá no fundo, de pé, com a mão sobre o peito e os olhos cheios de orgulho (tal qual o meme do ratinho coitadolandio)! o outro lado da moeda é que este papai é um homem touch starved, e depois desse primeiro beijo seria muito difícil pra ele não pensar em nada quando chegasse em casa e te pegasse toda empinada colocando algumas roupas para lavar, ou então discretamente não checar o seu decote, ele olharia para cima, sussurando "díos mio" e contaria até dez pra que as duas cabeças dele se acalmassem🥺
𝒌𝒖𝒌𝒖: romance de época + slow burn (eu facilmente vejo ele sendo prot de um major character death tb e nos fazendo sofrer horrores)
normalmente a enfermaria da marinha não ficava tão agitada, tirando algumas emergências isoladas ou quando os rapazes iam apenas para conversar ou cochilar nas macas sem que nenhum colega pudesse perturbar, então fora uma surpresa quando, assim que você chegava no serviço, encontrava o tenente kukuriczka sentado segurando o próprio ombro. este estava de costas e parecia divagar até que você o tocasse o braço docilmente.
um acidente envolvendo um treinamento de oficiais, é? deixou que ele contasse como acontecera enquanto preparava uma compressa de água quente para colocar sobre o ombro deslocado. ele deveria saber já que aquilo seria doloroso para voltar no lugar, e já devia ter notado também que você o faria sozinha já que era seu turno.
esteban era bem conhecido pelo seu temperamento inabalável e capacidade de comunicação entre os cadetes, aquilo também te surpreendia, ainda mais vendo-o suportar tanta agonia sem fazer quaisquer caretas.
depois que a compressa esfriava você o encarava, pedindo permissão para que pudesse fazer seu trabalho, ele assentia, mas antes você o guiava a pousar a mão livre em seu quadril, pedindo que ele apertasse para poder aliviar um pouco da tensão e não atrapalhar nos movimentos do outro lado.
assim que você começava a puxar e empurrar para o lugar certo os dedos do loiro se afundavam em sua carne. esteban rangia os dentes, soltando algo parecido com um rosnado baixo quando o ombro finalmente voltava. ambos com os olhos lacrimejando e se encarando, não haviam comemorações extravagantes, no entanto, apenas a sensação de dever cumprido.
porém a mão do kukuriczka permaneceu mais alguns segundos em seu quadril, até subir para sua cintura num afago breve "gracias, pequeña". e ele tão logo deixou o local.
a presença física indo, mas a mental bem viva ainda em seus pensamentos. aquele encontro e o aperto forte dele martelavam em sua cabeça dia e noite, nem mesmo os rádios e as revistas estavam lhe distraindo o suficiente, apesar de você dizer a si mesma que se interessar por oficiais era maluquice e muito arriscado, as histórias que ouvia constantemente apenas comprovavam o que você decidira antes de aceitar o emprego como enfermeira lá.
dias depois, ele aparecia novamente. quando a imagem do homem de fios claros e olhos castanhos preenchia a moldura da porta seu coração errava o compasso e você gaguejava ao perguntar se ele precisava de algo. "estuve en lánus hace poco", te estendia um pequeno potinho com uma pomada dentro, parecia caseira, "gostaría que lo usaras en caso que te dejé un moreton..."
você mordia o lábio, sensibilizada por alguém como ele ter sido atencioso suficiente para lembrar e considerar algo tão corriqueiro. olhou para os próprios pés antes de segurar na manga do uniforme de outrem, o puxando para dentro da salinha. em silêncio, você o levava até a maca dos fundos puxando a cortininha para tampar a visão do resto da sala. subitamente, fazendo com que o mundo se reduzisse a vocês dois apenas.
ele se apoiou, observando atento, te assistindo desabotoar as vestes brancas e descer o suficiente para que sua cintura ficasse exposta (junto da peça íntima rendada que cobria seus seios), virando-se e o mostrando a marca nítida dos dedos dele cravados na sua curva.
esteban entreabriu a boca e puxou o ar como se quisesse dizer algo, mas pela primeira vez em muito tempo, ele achava que se comunicar verbalmente não faria diferença, então este pegava o pote com o unguento e se ajoelhava à sua frente, sua estatura fazendo com que ele daquele jeito ficasse no ângulo perfeito.
besuntou os dedos na pomada e passou, suavemente, espalhando pelo local, se segurando em uma de suas coxas para fazê-lo. quando a região toda estava coberta com o remédio, ele se levantava, ia até o pequeno carrinho com curativos pegando gases e esparadrapos para tampar. era um cuidado palpável, te fazia querer trocar de papéis com ele, e ser você a arranjar um arranhão novo todos os dias para que ele lhe cuidasse.
"lo siento", ele se aproximava deixando um selar no canto de sua boca, a fitando por alguns segundos de pertinho antes de se afastar mais uma vez, talvez esperando que você dissesse para que ele não se afastasse. "volveré en unos días para ver si has mejorado, hm?", deu as costas e se foi, te deixando atônita demais para sequer fofocar quando a outra enfermeira chegava para a troca de turnos pela tarde.
➵ quando outras enfermeiras e alguns cadetes reparassem não ia ter outro assunto na marinha argentina, mas nenhum de vcs notaria nada de incomum, ambos completos estranhos ao sentimento de amor, até que depois de tomarem umas no baile beneficente, ele se oferecesse pra te levar em casa e você o convidasse para entrar. poucos minutos depois, um esteban completamente pussy drunk estaria entre as suas coxas motivado pra te fazer gozar pela segunda vez só com a língua no sofazinho da sua sala. p.s: o fato de ele sequer ser musculoso, mas ter uma força absurda e > não < se dar conta disso awnn owwn
98 notes · View notes
cherrywritter · 11 months ago
Text
Falsas Desculpas - Background
Tumblr media
4ª semana de outubro
Dick se viu em uma posição nada agradável após retornarem da missão que colocou em risco Conner e Vic. Alfred, sendo a voz sábia da família, insistiu para que o jovem patrão conversasse com a senhorita Wayne e encontrasse uma forma de conviver bem com ela antes que houvesse mais problemas. Sinceramente, ele não tinha vontade alguma de se encontrar com ela e se desculpar, mas se não o fizesse, as coisas se complicariam ainda mais em relação a convivência entre eles na Caverna e nas missões posteriores.
Caminhou pela Caverna até ficar frente a frente com a porta do quarto de Vic. Respirou fundo, olhou para os lados e resmungou antes de bater no metal e aguardar uma reposta. Na verdade, ele torcia para que não houvesse uma. Para que ela já tivesse retornado a Gotham. Ao abrir a porta, Vic o encarou sem entender o que ele estava fazendo ali e não o deixou entrar. Não queria que ele entrasse em seu canto sagrado e muito menos que continuasse a fuçar suas atividades como vinha fazendo desde que ela havia colocado os pés ali.
- O que você quer? – Ela questionou.
- Vim pedir desculpas. – Dick respondeu de maneira seca.
- Não preciso de falsas desculpas, Dick. Você não gosta de mim, não confia em mim, mas entenda uma coisa: não preciso da sua aprovação para estar aqui. A aprovação que me importa, eu já a tenho. Sinto sua energia e ela não emana arrependimento.
- Você não sabe de nada sobre mim.
- É, eu não sei. Mas poderia saber ao ler sua mente. – Victoria disse sorrindo. – A sua sorte é que eu respeito sua privacidade. Quando quiser se desculpar de verdade, estarei aqui para te receber. Já estou acostumada a ser tratada como objeto e com desrespeito, mas manterei meu profissionalismo e farei o meu melhor para que você não morra em uma missão assim como terei a mesma dedicação para com todos.
- Está tentando contar pontos com o papai? – Disse com ironia. – Deixa-me te dizer uma coisa, ele decepciona a todos e vai te decepcionar também. – Vic revirou os olhos.
- Sabe do que você precisa? De terapia. Decepções acontecem e você foi uma para mim, mas isso não me impediu de conviver contigo e nem de te dar uma segunda chance. Apenas um aviso: se encostar mais uma vez um dedo sequer no meu pai, eu quebro a sua mão. Lide com as suas frustrações de maneira racional e se tiver algum problema comigo, resolva comigo como dois adultos fariam.
- Bruce sabe que você ameaça pessoas? - Por quê? Vai correr e contar para o papai? – Riu com sarcasmo. – Não seja hipócrita, Dick, até porque agora pareceu que quem quer contar pontos com ele é você.
58 notes · View notes
fantasticenthusiasttale · 9 months ago
Text
Feliz noite de domingo! Peço gentilmente que você saia de sua crise existencial (que geralmente ocorre depois das 20h, eu sei) para que possamos conversar sobre a minha nova...
The Three Caballeros Empreguetes AU!
youtube
Para começar, eu assisti a novela Cheias de Charme na época SIM mas não me lembro de quase nada e também não tô podendo ver a nova exibição, então vai ser baseado no que eu sei por enquanto (AVISO: spoilers a caminho!)
Relação de personagens principais:
Cida = Donald. Eles são o mesmo personagem e você não tá sacando. Ao invés da madrinha Valda, ele acompanha sua Vovó Donalda, que o criou desde quando sua mãe faleceu e é cozinheira de Patinhas McPato (estou pegando o lado mais vilão dele para o papel de Sônia), exigente e ambicioso que faz com que Donald ache que deve ser grato à ele por ter sido acolhido como se fosse seu sobrinho. Donald acaba conhecendo Margarida, uma herdeira de família rica que possui interesse apenas no dinheiro do magnata. Gastão é Isadora, sobrinho maldoso do pato mais rico do mundo que não gosta de Donald e inicia um namoro com Margarida.
Penha = Zé Carioca (sim eu vou fazer ele ralar bastante nessa história, mas não se preocupe porque o cachê dele é alto SOCORRO). Zé é um rapaz que trabalha como empregado doméstico que criou sozinho sua irmã (negou a proposta de atuar com seus familiares então é considerada falecida no roteiro) e ele então agora luta para criar seus sobrinhos gêmeos Zico e Zeca com um pouco da ajuda de Rosinha, que veio de família rica mas seu pai a deserdou quando se casou com José. Incapazes de mudar seu gosto por problemas (ele) e seus gostos caros (ela, além de ser irremediavelmente vascaína), eles se afundam em dívidas com a Anacozeca querendo suas cabeças.
Rosário = Panchito. Ele é um talentoso rapaz que trabalha como cozinheiro mas que sonha desde criança em ser cantor (referência a dt17?? Quem sabe). Sua maior ídola é a cantora sertaneja Clara Cluck. Ele acaba conhecendo a turrona motorista Clara de Ovos, fisicamente idêntica à cantora apesar de odiar esse gênero musical.
Chayene = Bafo de Onça (provavelmente tem nojo de pobre em uma vibe bem Caco Antibes). O canalha favorito da Disney é o extravagante e malvado patrão do Zé Carioca, conhecido popularmente como o rei do forró eletrônico. Após ter sido processado pelo papagaio ao agredi-lo em uma discussão, ele chantageia Clara Cluck a assumi-lo como seu namorado para melhorar sua imagem com o público.
Essa AU provavelmente será atualizada em breve com mais informações, bem como novas ideias também serão bem-vindas!
17 notes · View notes
jeskadutra · 28 days ago
Text
CLT - efeitos CoLaTerais causados pelo filho do patrão
Em apenas três tardes me apaixonei
Confesso, a melhor das hipóteses que eu posso imaginar, seria nossos corpos entrelaçados
As alucinações vespertinas são constantes, reforçadas pelos telefonemas de dois toques que sou paga para atender
_ Prontamente, senhor
_ Clara, vem aqui na minha sala. Preciso que você leve uma pasta lá no arquivo
Sei que a anemia também pode ser um fator
Sempre fui fraca para emoções
Quando ouço ele dizendo meu nome, me permito, imagino a gente em todos os cenários possíveis, geralmente quentes
Sussurrando ofegantemente
Direi que eu preciso sentir mais, ouvir mais, infinitamente mais até esqueçamos os nossos nomes, e ele me lembrando
_ Estou aqui, Cla-ri-nha
Se é pra culpar, culpo o cafezinho pós-almoço e as novelas das nove
Com a cafeína, minha excitação se eleva, fato
Passo a elaborar enredos um tanto quanto depravados para uma simples CLT e por demais minimalistas para uma roteirista "global"
Eles acendem em mim um fogo delirante
O café e o filho do chefe, são os verdadeiros culpados
Apaixonada eu ? Me julgue, estou louca pelo caçula do meu patrão
CLT's também amam
Enquanto seu pai dita a ele os "por fazeres", fito suas mãos frente ao zíper da calça marfim, seguro o queixo e balbucio que não há nada mais tesudo no mundo que aquele homem
Quando segura o descartável, frente ao bebedouro, pressionando o botão "natural", sinto sua precisão, seu vigor. Em alguns segundos, se ele quisesse, mais eficaz que aquela máquina, eu gentilmente encheria seu copo, acabaria com a secura da sua boca e mataria sua sede
Ele tem um quê a mais que me fascina
Seu autocuidado e zelo pelos demais, são a cereja do meu bolo imaginário. Que por sinal, às vezes, ele sai só de gravatinha e chantilly por todo corpo
Quando não é gostoso, é cômico. Certo dia, por exemplo, enquanto ele digitava no computador, ao pressionar a tecla space do teclado, não digo nada, só que não queria um quebra página, enter atrás de enter
Ele Chega com bons modos e eu educadamente sacaneio com o olhar
Todas as noites, quando estou pronta para dormir, no meu quarto, releio meu diário, e o filho do meu patrão tem lugar de destaque, com ele crio as narrativas mais acaloradas e adormeço tocada e feliz
Ah, como eu amo meu trabalho!
Jéssica Dutra
Sempre solícito e criativo :: @jonathanc97-blog ::
Tumblr media
6 notes · View notes
blairsonwillis · 3 months ago
Text
PERSONAGENS FIXOS
Tumblr media
Laerte Farlan; nascido em 12 de julho de 1926, sempre foi conhecido por ser o beberrão de Blairson Willis. De manhã, o estoico carpinteiro na fábrica e à noite, o primeiro a virar todas no Queenie's. Ex-veterano da segunda guerra, só chegou a servir dois anos mas o que quer que tenha visto na Alemanha o transformou em quem é hoje. Não que ele fosse muito diferente antes do estresse pós-traumático. Cuida de sua sobrinha de 18 anos, Robin, desde que a menina tem 12 e por ela, tem tentado ser um pouco menos pior do que é. Tudo o que menos precisa é de mais um membro de sua família o deixando, por mais que a relação de ambos não seja a melhor no exato momento. Desaparecido desde 27 de agosto de 1978.
Tumblr media
Robin Farlan; nascida em 31 de outubro de 1959, acabou recebendo um pouco da infame reputação de seu tio durante os anos. Nunca foi flor que se cheire - se irritava fácil, fumava de vez em sempre e quando saía, podia passar dias sem dar notícias e aparecer em casa quando bem quisesse. Órfã desde os 12 anos, a perca de seus pais a traumatizou muito e a mudança da grande metrópole de Portland para a pacata (e chata) cidade de Blairson Willis nunca foi algo que realmente conseguiu se acostumar. Não tem muitos amigos e nunca tentou ser uma pessoa amigável. Trabalhava em uma pequena loja de filmes vhs. Desaparecida desde 29 de agosto de 1978.
Tumblr media
Rogan Callahan; nascido em 27 de março de 1931, o atual patriarca da família Callahan é um visionário, um verdadeiro homem de negócios. Quem diria que abrir as portas daquele pequeno finzinho de mundo para outras pessoas, colocar uma fachada de bom homem e patrão, respeitador das diferenças e humilde magnata iria realmente trazer tantas novas pessoas para a cidade. Desde que a fábrica de carpintaria lhe foi passada pelo falecido pai, Rogan teve apenas um único objetivo: expandir seus horizontes e aumentar a influência de sua pequena cidadezinha (de merda) para um nível muito maior do que qualquer um poderia prever. Quem sabe, um dia, ele mesmo não poderia tomar essa possibilidade e concorrer a um cargo na política, não é mesmo?
Tumblr media
Presley Callahan; nascida em 12 de janeiro de 1952, a primogênita de Rogan Callahan e ovelha negra da família. Em algum momento de sua infância, a ficha lhe caiu de que seus pais não a amavam. Seja por motivos pessoais ou por simplesmente não ser um homem, Presley notou desde cedo que não era bem-vinda em sua casa e sendo sincera? Ela já havia parado de tentar há muito tempo. Era uma alma rebelde, com sonhos muito maiores do que Blairson Willis poderia captar, com planos de sair daquela cidadezinha sem futuro e buscar algo muito além. Pobre coitada. Acho que ninguém a avisou que quem é de Blairson Willis NÃO deixa Blairson Willis, jamais. Desaparecida (ou morta) desde 13 de setembro de 1974.
Tumblr media
Jackson Brooks; nascido em 27 de novembro de 1920, o atual chefe de polícia de Blairson Willis é definitivamente uma figura controversa na cidade. Mudou-se para lá em meados de 1950, após servir durante a segunda guerra, procurando um novo começo de vida com sua mais nova esposa, Charity. O que encontrou, porém, foram políticas no mínimo brutais para uma das únicas famílias pretas residentes na cidade. Dizem as más línguas que apenas virou o delegado pois a cidade estava em busca de melhorar sua reputação após o fim da segregação racial, porém, seja qual for o motivo, Jackson sempre levou seu trabalho a sério - as vezes, a sério demais. Quando deseja, é um homem brutal. No fim, a lei e a ordem sempre prevalecem na perfeita sociedade americana, não?
Tumblr media
3 notes · View notes
lidia-vasconcelos · 5 months ago
Text
Tumblr media
"Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai." (Evangelho de JOÃO 15: 15)
2 notes · View notes
klimtjardin · 1 year ago
Text
Golden Age
NCT Fanfiction | Capítulo 12
{isso é ficção! atenção, esse capítulo tem: cena em hospital, doença | recapitulando: situações complicadas foram mexidas, talvez isso ajude nossos personagens a construírem intimidade.}
Sentada sobre as pernas com o vestido a rodeá-la, ondulando sobre o piso de madeira do sótão, percebe então a razão de seu incômodo na aparência de Taeyong naquele primeiro dia de trabalho. O tem em mãos, na verdade. É um anel.
Nesta manhã, dominada pelo ócio decide revirar bugigangas deixadas na casa de seus pais, desde quando fez as malas para seguir vida acadêmica. Flagra o anel comum, solitário, de um dourado fúlgido contra a luz. Poderia muito bem ser de uma noiva à espera do grande momento ao altar, mas é seu. Doyoung te presenteou com este quando você fez quinze anos. Ele mesmo usa uma cópia idêntica. E agora, Taeyong. Você não se lembrava disso, tanto que ali está a jóia esquecida em meio a um monte de outras coisas mais vãs. Mas no dedo de Taeyong o reconheceu: era o seu anel.
Mais uma vez, uma das suas partes não tão belas vem à tona. Mesmo que o anel não te diga muito agora. Ele não diz nada. É você quem insiste na narrativa, é quase uma perseguição.
Deixa em paz e recorre aos seus velhos métodos; escolhe uma tela para finalizar. É uma tela grande de 2m x 2m, já pincelada por exuberantes rosas e lilases. Pinceladas pequenas, imprecisas, imprevisíveis. Não tem noção de quanto tempo se dedica ao ofício, mas leva um susto quando a campainha toca. Espia pela janela da cozinha, por trás das cortinas de musselina branca. É Taeyong. Que dor de barriga vê-lo ali. Abre a porta e o detesta, nos seus trajes exageradamente grandes, na sua expressão exageradamente cínica, mas que hoje - e dá graças a isso - não está lá.
— Posso entrar? — Ele pede.
De verdade, sente agora uma curiosidade galopante a respeito do que o trouxe. 
Assim que Taeyong entra em sua casa, ele vê a grande tela na qual trabalhava com afinco minutos atrás.
— Você tava pintando?! — A pergunta é feita com olhos arregalados.
— Estava. O que aconteceu?
— Não, eu só quero saber porque você pediu demissão.
— Já expliquei.
— Mas eu não entendi...
Agarra com todas as forças a vontade de chamá-lo de burro.
— Acha que é certo um funcionário dormir na casa do patrão? Pergunto com sinceridade. Acha certo eu ter ficado bêbada diante do meu chefe? Ter ouvido e de certa forma participado de situações particulares suas?
— Olha, em caso normal, realmente, isso é estranho. Mas pensa só, você é a melhor amiga do meu melhor amigo. Nem tudo... Nem tudo precisa seguir uma cartelinha assim. Tem muita coisa… Tem muita coisa que na prática é diferente. Eu quero mesmo que você volte a trabalhar lá.
— Bom. — Faz uma pausa. — Não vejo as coisas deste modo e não posso voltar a trabalhar lá. Mas agradeço.
— Então tá. — Ao contrário do que imaginou, Taeyong não insiste. — Mas você vai me vender essa tela, eu quero ela. Quanto tempo leva pra terminar?
— Em torno de... Em torno de dois dias. — Surpreende-se.
Não passa pela sua cabeça que seus planos sejam mudados, no entanto.
Na madrugada seguinte é desperta por um telefonema. Com o pouco que Doyoung consegue passar de informações, conta estar no hospital com o Sr. Kim, que não passa bem.
Esta é uma daquelas situações das quais não nos imaginamos passando. Você tem medo de tantas outras coisas; medo de cair e ninguém ouvir, de ser assaltada na rua, de sofrer um acidente trágico de carro. Esquece completamente não ter qualquer controle sobre isso. Não controla ser acordada por um telefonema, algo que nunca se preocupou em imaginar.
Pede uma carona para seu pai, que sai para trabalhar nesse horário, para o hospital onde está Doyoung, confusa ainda pelo despertar abrupto. Seu amigo não te pede qualquer coisa, mas você sente que deve.
Com algumas informações na recepção consegue entrar e o encontra sentado em uma das cadeiras do corredor. Sem palavras, toma um lugar ao lado dele. Doyoung parece um menino tão pequeno... Olha para você com olhos grandes e aguados, o semblante de alguém que foi acordado por um pesadelo. Ele toma fôlego: 
— A mãe tá lá dentro com ele, vão fazer os exames. Acham que é câncer.
A dor é lenta fermentando no seu interno. O pai de Doyoung de alguma forma sempre esteve presente na sua vida. Se é doído para você, mal consegue imaginar como é para o seu amigo, que pela primeira vez em muito tempo se detém calado, sem qualquer suspiro para dar.
Esperam.
Esperam até a Sra. Kim sair de lá de dentro e contar a você a ordem dos fatos que os levaram até o instante. Até que os exames iniciem e que você vá buscar algo para Doyoung e a mãe dele beber. Ouve os telefonemas que ela precisa dar, os pedidos de oração, algumas lágrimas derramadas. Seu melhor amigo olha para o céu lá fora, da janela daquele tenebroso cenário. Daria um bom dinheiro para saber o que se passa em sua cabeça, para poder acudir de alguma forma.
A Sra. Kim sai e não muito depois Taeyong ocupa seu lugar.
É neste momento que você se sente como um peixe fora d'água. Doyoung enfim deixa um choro sofrido escapar e aceita o abraço de Taeyong. Mais do que isso, ele pede para você deixá-los a sós. Jamais ouviu tal pedido vindo de Doyoung em todos os seus anos de amizade. Porém, ali, você não apenas entende como compreende. Enquanto faz o caminho de volta, na promessa de retornar mais tarde.
Há dores que você não é capaz de sentir, por mais que se esforce, por maiores que sejam as centelhas de compaixão em seu espírito. Doyoung é agora um irmão de dor de Taeyong. E nenhum laço une duas pessoas mais do que a dor.
O final da tarde cai vagarosamente sobre Mer, a cidade banhada pela lagoa de mesmo nome. O céu fecha suas pestanas douradas e se abre para um estrondoso breu salpicado de estrelas. Olhando a paisagem pelo doloroso caminho de volta ao hospital, uma hora depois de deixar Doyoung e Taeyong a sós na sala de espera, imagina uma pintura gigante do brilho prateado que se agita sobre as águas tranquilas.
Sobre um ombro carrega a bolsa com uma garrafa térmica de café e outras besteirinhas para aplacar a fome de seu melhor amigo e não menos importante numa tentativa de animá-lo. Por mais que saiba de sua recusa, ainda sente que é seu dever.
12 notes · View notes
tecontos · 27 days ago
Text
Fui putinha do meu primeiro patrão por quase 3 anos.
By; Dayane
Eu me chamo Dayane, hoje tenho 23 anos, acompanho o Te Contos a 1 ano e gostaria de contar um ocorrido comigo.
Os meus 18 anos foi uma época complicadinha. Meus pais me davam uma vida boa, mas humilde, pois tinha certas coisas que eles não podiam me dar e eu queria muito!! Por isso sai para procurar emprego... Não conseguia em lugar algum, pois eu nunca havia trabalhado na vida. Totalmente sem experiência estava determinada a achar qualquer coisa, mas ninguém me aceitava.
Até que fui em um armazém, chegando lá perguntei ao balconista onde estava o patrão dele. Ele respondeu que estava no andar de cima. Então subi as escadas e bati na porta que estava fechada. Uma voz rude e grossa gritou lá de dentro pedindo para eu entrar. Assim que o fiz vi que ele era um homem que aparentava ter uns 40 anos e tinha a expressão de ser bem sério, porém quando me viu mudou completamente a expressão de seu rosto.
Para ajudar vocês a imaginar minha história irei me descrever: eu tenho cabelos compridos e castanhos, boca carnudinha, seios cheínhos e duros com bicos empinados pra cima, barriginha definida, uma bunda bem empinada, grande e toda arrebitada.
Ele ficou todo educado e perguntou o que eu desejava. Falei que estava atrás de emprego e ele, olhando direto ao meu decote, me ofereceu emprego dizendo que eu podia começar amanhã mesmo!
Fui pra casa toda contente, mas percebi que ele ficou com tara por mim pelo jeito que olhava no meu decote. Eu como já sou bem taradinha já pensei: Bom se isso me favorece porque não?!
No outro dia acordei cedo, tomei banho e coloquei uma calcinha rosa que não é fio dental, mas agarra toda na minha bundinha entrando no meu reguinho, uma saínha preta deixando toda minha coxa de fora e um blusa branca de alcinha bem decotada de um jeito que meus peitos ficassem bem a mostra.
Indo para o trabalho percebi que estava bonita, pois os homens da rua me viam e mexiam comigo, me chamando de gostosa e outras coisas. Eu fingia que nem ouvia, mas adoro quando mexem comigo deste jeito.
Chegando lá entrei e meu patrão estava a minha espera, ele parecia muito ansioso! Passei pelo balconista que quase me comeu com os olhos.
Então meu novo chefe disse ao balconista para me mostrar o que eu tinha que fazer. Ele disse que eu tinha que mostrar onde estavam os produtos para os clientes, só que eu estava toda assanhada e resolvi dar uma provocadinha me abaixando para pegar um produto, fiquei com a bundinha voltada para ele mostrando minha calcinha rosa toda atochada no meu rego.
Ele disse: - Isso, assim mesmo que pega, vai... –
Devolvendo a provocada. Eu me levantei, cheguei pertinho dele com meu decotinho todo a mostra, e perguntei se eu estava pegando direitinho. Quase engolindo meu decote com os olhos ele gostou da idéia e me pediu pra pegar outro produto que estava embaixo, Claro que eu obedeci e fui pegar o tal produto. Então ele veio por trás e senti minha bunda bater nele, o acertando em cheio no seu pau que estava duro.
Percebi que ele fez de propósito e dei uma gemidinha me levantando e pedindo desculpas. Ele disse que tudo bem que não era para eu me preocupar, pois estava fazendo direitinho tudo o que ele estava me explicando. Então pediu para eu achar o óleo para ele e eu encontrei “novamente bem embaixo” só que ele ficou ao lado quando me agachei.
Percebi que ele fez isso para ver o meu decote, acho que de onde ele estava podia ver até a metade da auréola de um dos meu bicos, eu me levantei com o óleo na mão e entreguei a ele, na sua frente eu arrumei meu decotinho dando uma subidinha, notei que meus bicos já estavam bem durinhos e bem marcados no decote.
Então ele foi cuidar de seu serviço e me deixou lá trabalhando. Mas trabalho não tinha nada! Ninguém aparecia naquele lugar. Eu ficava rebolando pela loja, deixando o balconista louco, mas acho que ele deveria ser tímido, pois não tentava mais nada.
Então o tempo passou, durante umas 3 semanas, era pouco cliente na parte da tarde, eu ficava desfilando e provocando eles ate que em uma tarde eu queria um vale, pois de noite eu pretendia sair, mas estava com vergonha de pedir. Pensei um pouco e tomei coragem indo para a sala do chefe. Bati na porta e ele pediu para eu entrar.
Quando entrei cheguei perto da sua mesa e perguntei se ele podia me adiantar alguma coisa (faltava uma semana, ou menos que isso para eu completar o mês e eu receber o meu salário). Ele perguntou de volta que antes de me adiantar algo eu teria que adiantar meu trabalho também. Eu tinha certeza que ele queria era me comer, mas não sabia se ele estava falando disso. Então perguntei o que ele queria a mais de mim.
Ele se levantou, chegando bem perto, e com uma mão segurou minha cintura e com a outra pegou na minha nuca me lascando um beijo na boca.
Nossa aquilo me surpreendeu! Subindo pela minha cinturinha ele encaminhou sua mão por debaixo da minha blusinha chegando aos meus seios os apalpando bem gostoso, então tirou sua boca da minha e afastando as alcinhas da minha blusinha deixou meus seios de fora com os bicos durinhos de tesão a mostra. Apalpando meus seios ele dizia que era isso que ele queria e começou a me mamar, chupava minha aurelinha contornando com a língua o meu biquinho me deixando toda molhada.
Como já estava entregue, resolvi fazer o que eu estava querendo: peguei no pau dele e comecei a apalpar sentindo que estava duríssimo. Me pareceu que era grande e então abri a cinta da calça dele, e me abaixei e pus seu pau para fora da cueca, ele parou de chupar meu seio para me ver pegando no cacete. O pau dele não era enorme, mas era um cacete de homem mais velho, grosso, peludo e com um baita cabeção.
Não era como dos namorados que já haviam me comido. Envolvi minhas mãos naquela pica e dei uma puxadinha para deixar toda cabeça a mostra, dei uma chupada na cabeça, deixando uma babinha escorrer. Voltei com a boca naquele cacete delicioso, mas mamando bem gostoso, eu chupava movimentando minha cabeça para frente e para trás o segurando na base.
Apesar de não ser tão grande era bem grosso de uma forma que não cabia muito bem na minha boca. Isso me fazia salivar e babar bastante no seu cacete me dando muito tesão. Eu o sentia pulsar dentro da minha boca enquanto ele falava que eu chupava muito bem.
Ele não aguentou mais e me levou até a sua mesa onde me deitou, então começou a tirar minha saia me deixando apenas de calcinha, ele abriu minhas pernas, afastou minha calcinha para o lado e meu deu uma chupada na buceta que fiquei louca. Ele sugava, lambia meu grelinho, com minha bucetinha atolada em seu rosto, chupou até eu gozar na sua boca.
Então ele se levantou, arreganhou mais minhas pernas e pegou no pau mirando e o introduzindo todo na minha bucetinha toda molhada. Nossa eu me sentia uma putinha dando pra ganhar dinheiro. E dava estocadas de leve, me comendo enquanto eu dava gemidinhas louca de tesão. Aquele pau grosso e cabeçudo entrando em mim, eu gemia muito e dava gritinhos.
Então ele tirou o pau, me puxou da mesa e me virou de costas para ele e enterrou na minha bucetinha. Ele me chamava de cadela e eu estava morrendo de tesão sentindo aquele cacete grosso e duro escovar minha bucetinha. Foi quando ele tirou seu pau e me virou, eu já fiquei de joelhos, pois eu já sabia o que ele ia me dar.
Levei uma gozada no rosto, ele esguichou muito fazendo aquela porra grossa e quentinha escorrer do meu rosto. Então nos limpamos e ele foi até a mesa, puxou a gaveta e pegou o dinheiro e me deu! Eu me senti uma putinha profissional.
A partir dessa transa eu literalmente virei uma putinha dele, eu tava sempre dando pra ele na sua sala, no motel, e em idas a casa de praia que ele tem pra foder com ele, e sempre recebendo dinheiro por isso.
Foram quase 3 anos eu com esse emprego.
Enviado ao Te Contos por Dayane
69 notes · View notes
chicontista · 9 months ago
Text
Tumblr media
CHUVA LEVA
Sábado 13h, fim de expediente. Trabalhava num comércio de produtos navais perto da feira da Panair. Nem ao almoço tinha direito. Vai almoçar em casa o patrão falava ainda rindo. Filho da puta. Odiava aquele cara. Velho nojento. Dizem que cresceu na vida por meios obscuros e hoje pagava de empresário. Mas era o que tinha, precisava do emprego. Ria com o canto da boca e seguia a vida. Só aceitou aquele trabalho porque precisava mesmo, estava a muito tempo desempregado. E também não podia escolher muito, tinha que pegar o que tivesse pra sobreviver. Nunca pode escolher muito, sempre se apegou ao que dava pra ter. Naquele dia refletiu isso mais seriamente enquanto caminhava em direção a parada de ônibus.
Janeiro, primeiros dias do ano, o comércio seguia fraco em decorrência das festas de fim de ano. Uma angústia. Nos primeiros dias do ano as horas não passam. É como se a vida parasse por alguns dias pra gente perceber o quão inútil são nossas buscas. A euforia da sensação de recomeço se encerra e voltamos a ser engolidos pela rotina. Nada mudou, mais um ano se inicia. Mais um ano ou menos um ano? pensou enquanto esperava o ônibus. Tempo de chuva, se preocupou, esperava chegar em casa antes do diluvio que se anunciava.
Pegou o ônibus pra casa. O sábado no centro passa um sentimento de ressaca. Olhava pela janela os transeuntes pelas calçadas e os passageiros dentro do coletivo, cada um seguindo seu destino, pensou: Qual seria o seu? Andava perdido nos últimos meses. Queria chegar em casa e se esconder. A semana tinha sido exaustiva, estava cansado e triste. A depressão estava lhe abraçando forte ultimamente. Andava infeliz com o emprego, com a família, com as escolhas, que acabara de perceber que nunca as fez, e com tudo aquilo que um dia deu sentido pra sua vida. As coisas que respondia quando lhe perguntavam quem ele era já não o descreviam. Estava sem rumo. Apenas vagando. Lembrava de uma canção que dizia “perder o rumo é bom, se perdido a gente encontra um sentido escondido em algum lugar”. Achava bonito. Coloria sua tristeza momentaneamente. Gostava de música. Até escrevia canções as vezes.
Desceu do ônibus na parada mais próxima, andava ainda uns 10 minutos por uma rua em linha reta até chegar em sua casa. Apressou o passo. Sentiu os primeiros pingos. A rua vazia. Não conseguiu chegar a tempo. A chuva desabou sobre ele. Vento forte, mas sem trovões. Se escondeu embaixo de um toldo de lona de um casebre no caminho, se acomodou ali no canto da parede pra evitar se molhar. Em sua mente pensava que estava tão próximo, mas agora precisaria esperar. Estava cansado. Olhava a chuva cair arrastando pela calçada todo lixo. Se sentia um lixo também naquele dia.
Depois de longos minutos perdido em seus pensamentos vê uma bola rolando passando pela rua, uma criança corre pra alcançá-la, some de seu campo de visão. Retorna com mais uma criança, ambas agora batem bola na chuva, se divertindo e rindo alto, quebrando o barulho tenso da água nas telhas de alumínio. Observou atentamente as crianças, lembrou que também já brincou na chuva quando era uma, que havia tido uma infância boa, saudável. A quanto tempo não lembrava de nada de quando era criança? A quanto tempo não lembrava de nada além da tristeza que sentia? Ficou assustado com a reflexão. Se sentiu uma pessoa sem passado. Voltou a observar a cena.
Após alguns minutos apareceram mais crianças, como num pacto, surgiram correndo na rua. Após isso, um homem, pai de alguma delas eu suponho, também aparece na chuva para jogar com eles. Um adulto brincando na chuva aproveitando o momento com seus filhos. Que legal. Sorriu. Seu pai também fazia isso, foi uma boa pessoa, pensava enquanto via a cena. De repente o homem corre na janela da casa e chama alguém, na porta surge uma mulher jovem com um bebê no colo, um ano, ou um pouco mais. Num ato de euforia ela também sai pra chuva com a criança em seus braços.
Olhava assustado a cena que se formava na sua frente. A vida surgindo no meio da tempestade por meio de personagens tão aleatórios. A jovem moça dança com a criança em seu colo como se tentasse mostrar a ela alguma maneira diferente de sentir a chuva, a criança, por sua vez, olhava pra cima encantada e sorrindo com os olhos entreabertos tentando evitar os pingos que caem sobre eles. Juntos, homem, mulher e criança se colocam na direção de uma calha pra receber a água que descia com mais força, como se lhes lavassem a alma. Sorriam. “Deve ser isso que chamam de poesia...”, pensou enquanto observava atentamente cada detalhe daquele espetáculo de vida no qual era um mero coadjuvante.
Neste momento se sentiu arrancado da sua lógica de produtividade. Nada mais fazia sentido. Por um breve instante sentiu-se vivo novamente. “A chuva não é pra todos, é apenas para as crianças, porquê são inocentes, pra mim é só água”, filosofou em sua mente. Queria ter a chuva também. Sentir aquela alegria. Sentir alguma coisa. Não fazia mais sentido se proteger. Esticou a mão e sentiu sobre a pele as gotas que caiam com força. Deu dois passos à frente e saiu debaixo da lona que o protegia, ficou parado por cerca de um minuto sentindo seu corpo todo ser enxarcado pela água. Olhou mais uma vez a cena das crianças brincando. Naquele momento já lhe era comum, pois ele também fazia parte dela. Seguiu lentamente pela rua até sumir encoberto pelo cinza da tempestade. Caminhava em direção a sua casa, porém, nunca chegou nela... Depois daquele dia, nunca mais foi visto.
 Francisco Chagas
3 notes · View notes
eu-estou-queimando · 7 months ago
Text
Cansei dessa balela de viver somente uma vez, se todos os dias você ganha uma oportunidade? A morte que é uma única vez.
Cansei desse sistema opressor que faz o oprimido a acreditar que se oprimir estará liberto, esses canalhas que falam falácias, usam o nome de Deus para dominar as mentes, que vendem o céu como uma pedaço de terra.
Cansei dessa gente que vive de status, que pensa que ter é melhor que ser, dividindo carro em 48 meses, eu cansei dessa gente que segue a multidão sem questionar.
Que fala em meritocracia,sem conhecer a fome, sem correr com fratura exposta, sem ter que procurar uma causa maior para não ouvir o eco de quem não te incentiva.
Eu cansei dessa cultura que se preocupa com a homossexualidade dos outros e se esquecem do pão do morador de rua, cansada de ver gente que ganha milhão pedindo para sair da área de conforto pra quem precisa matar um leão por dia.
Eu me cansei dos racistas, dos que expõe a pobreza dos outros em troca de lotes. Tô farta dessas ideias tortas que a favela venceu só porque um saiu de lá, a favela só vai vencer quando no ligar de favela existirem bairros, condomínios, moradia decente para todos, aquela bala perdida sempre acerta alguém da periferia, e o patrão, bonzao no seu carro de luxo blindado.
Eu cansei desse povo fanático por futebol, mas wue vende voto por dinheiro, cesta básica, ajuda de custo, cansei desses pais que não incentivam 9 crescimento do filho, os tornam cópias de si mesmos e de sua pobreza disfarça em classe média, lembrando não é elite a classe média.
Eu cansei de falar para poucos ouvirem, de tentar fazer entender que conhecimento liberta, diploma te faz subir degrau, conhecimento não pode ser roubado, nem competência e excelência no que se faz.
Não, eu não vim do gueto, não passei fome, não precisei de nada disso, eu já nasci no topo, mas eu entendi que tudo que nós tem é nóis, eu só sou se todos os demais forem também por isso eu luto por quem perdeu a voz, por quem teve as portas fechadas.
4 notes · View notes
mariemessalem · 10 months ago
Text
Provérbios 22.6 | ARC
6 Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
O melhor forma de ensinar é ser exemplo. Seja um bom pai ou mãe, um bom filho, vizinho, funcionário ou patrão. Seja uma pessoa boa, de coração puro e é isso que seus filhos aprenderão. Ande pelo caminho certo e seus filhos seguirão seus passos.
4 notes · View notes
cherrywritter · 10 months ago
Text
Be Wayne
Torre Wayne – Old Gotham, Gotham
4ª semana de dezembro
Faça como um Wayne
Como disse uma vez Patrick Wayne, ser Wayne é ter responsabilidade para com a empresa, em primeiro lugar, e para com a família. Ser Wayne é ter um legado cheio de renomes, de glória e respeito.
A família Wayne é uma das famílias fundadoras de Gotham, um dos maiores impérios, maiores riquezas e, posteriormente, cheia de filantropia. Doar, oferecer bem-estar, lutar contra a pobreza, auxiliar os mais necessitados, construir uma boa cidade e limpar as ruas do mal.
Honrar com os compromissos. Honrar suas palavras. Honrar para com seu legado. Isso era ser um Wayne. Um Wayne que Bruce não tomou para si assim como Thomas, seu pai, não havia tomado de início.
Porém havia tantos segredos por trás de toda essa bela fachada. Sim, uma fachada. Segredos. Era disso que um Wayne verdadeiramente vivia.
Thomas e Martha eram envolvidos com a máfia, tinham amigos criminosos e chegavam a ajudá-los. Esconder seus erros e suas escolhas. Esconder que, como médico, fez serviços errôneos e perigosos, experiências, bateu de frente com o pior de seus inimigos e tentou consertar utilizando seus recursos e seu conhecimento. Na verdade, apenas conseguia ver tentativas de fazer o certo pelos caminhos errados. Não gostava de julgar. Todos poderiam cometer erros assim como eles haviam cometido e escondido do mundo.
Bruce saiu da curva e era sempre repreendido por Alfred por ter esse descompromisso com a imagem e com a honra da família Wayne. Sumiu, largou as empresas e foi dado como morto. Depois ressurgiu das cinzas como uma fênix e tentou tomar as rédeas da vida. Foi atrás de se reconstruir em cima de uma vingança a procura do assassino dos pais. Em seguida decidiu lutar contra os males de Gotham e se tornar o Batman. Aprendeu de tudo um pouco e moldou seu destino. Também teve seus tropeços pelos sentimentos certos, mas pelos movimentos errados. Até mesmo um filho com uma criminosa ele teve.
Bruce não deu muita atenção para a empresa. Deixou o comando para o senhor Fox e para Alfred. Ambos administrando da melhor forma possível, mas a presença do último playboy de Gotham, um homem cheio de confusões em seu histórico, que vivia de mulheres, esbanjar luxo e comprar qualquer coisa que lhe desse na telha. Incomodava os diretores e outros parceiros das Empresas Wayne. Com o incômodo, fariam qualquer coisa para tirá-lo do caminho e finalmente se apossarem do grupo por completo e sem ter que realizar contestações sobre suas ações. Removeriam três coelhos em uma só cajadada.
E cá estávamos. Eu e Damian aguardávamos fora da sala de reuniões. O vidro deixava transparecer as discussões que lá estavam acontecendo e faziam com que eu quisesse entrar ali e calar a boca dos acionistas, dos CEOs e dos diretores. Não seria a primeira vez e jamais seria a última. A empresa era tudo que nos restava em nosso legado. A única coisa física que ligava todas as gerações da família além da Mansão Wayne. Conseguia ver a veia do pescoço de papai saltar de tão irado que ele estava. Era péssimo e ele havia perdido um pouco o hábito de estar naquela sala. De estar na frente de pessoas que queriam devorá-lo.
Batcaverna, Mansão Wayne – Bristol, Gotham
Horas antes
- Patrão Bruce, precisamos conversar. – Era Alfred adentrando a batcaverna na esperança de chamar a atenção de seu patrão na tentativa de uma resolução rápida sobre os problemas atuais da empresa.
Bruce estava no primeiro subsolo testando mais uma das armas de pressão que o senhor Fox havia indicado para acionar ganchos quando estivesse escalando e, por motivos adversos, escorregasse e caísse. Rápida, muito mais silenciosa que as anteriores e flexível. A munição poderia variar e, assim como seu visor, tinha múltiplas funcionalidades a escolha do portador e da situação. Ele estava testando quantas paredes aquele gancho poderia perfurar, o que deixava a todos preocupados sobre os próximos planos do Batman.
- Já disse que não vou subir para descansar, Alfred. A arma ainda não está calibrada o suficiente. Preciso fazer mais testes. – A voz ríspida de Bruce demonstrou seu mau humor típico após horas sem dormir.
- Patrão Bruce, é sobre a empresa. – Alfred insiste.
- Victoria cuida disso. O que acha de perfurar dez metros de concreto?
- Patrão Bruce, por favor, poderia prestar atenção por alguns instantes? As coisas não estão boas. É um assunto sério e deveria estar ser importando. O senhor que deve resolver e não Victoria. É a empresa da sua família! Os gastos estão fugindo demais dos que deveriam ser feitos.
- Então diga ao Lucius que não se preocupe com o orçamento. Eu cubro.
- Não é hora de cobrir gastos, patrão Bruce. É hora de ser o caçador. Precisa honrar o legado da família. Assumir seu papel e...
- Não fale comigo como se fosse meu pai. – Vociferou. – Você não é meu pai! Nunca foi! Não é porque me criou que pode se colocar nesse papel! Não faço parte do legado deles. Não sou ele! Estão querendo me tirar de novo? – Perguntou rindo mudando da água para o vinho. Ele nunca se importava com os ataques dos diretores ou de qualquer um que trabalhasse nas empresas.
- Patrão. – Após o chamar, deu um longo suspiro. – Estão investigando. Iniciarão uma auditoria para verificar o que está acontecendo.
- E não irão encontrar nada já que os valores que fogem do orçamento são dedicados aos protótipos e pesquisas de novos produtos.
- Protótipos que nunca saem daquele andar enorme do centro de pesquisas e laboratório. O senhor Fox já disse que teve essa conversa com o senhor. Os diretores não gostam do jeito que dá carta branca ao Lucius e muito menos a maneira que dá recursos ilimitados para coisas que nunca saem do prédio para dar lucro. Os CEOs querem se desmembrar e os diretores querem te desmembrar. Estamos enrascados, patrão. – Bruce ficou encarando Alfred e um grande desconforto surgiu.
- Alfred.
- Tem uma reunião marcada para o horário do almoço. Se ainda se importa com algo, é melhor estar pronto para seguir até lá e mostrar que aquela empresa é sua. – Ele se curvou e deu as costas sem olhar para trás. Um silêncio cortante. – E tem razão, patrão. Você não é ele.
Torre Wayne – Old Gotham, Gotham
Agora
- Até quando temos que ficar aqui? Estou com fome. – Damian resmungava enquanto estava sentado na cadeira do nosso pai. – Não podemos ir para casa?
Eu já havia desistido de esperar do lado de fora da sala de reuniões e arrastei meu irmão sem muito sofrimento para a sala de nosso pai. Já haviam tomado mais de duas horas de conversa e não pareciam nem chegado ao mínimo de civilidade e acordo. Infelizmente as poucas mulheres mal conseguiam acalmar os ânimos da testosterona.
- Não. Temos que esperar até aquilo terminar. É o nosso na reta também.
- Não é mais fácil demitir todos e acabar com todo esse teatro? – Ri. Amava seu mal humor e sua marra.
- Quem dera se fosse fácil assim, Damian. Estão tentando derrubar o papai há muito tempo. Não é a primeira vez. Acredito que tem muito mais do que apenas empresários envolvidos. Não eram para terem passado por cima das ordens do senhor Fox. Fizeram as coisas por baixo dos panos e agora estão querendo culpar o nosso pai por má administração e o obrigar a deixar a empresa.
- A máfia? – Afirmo.
- Vou pedir o seu almoço. Espere aqui e não mexa em nada. Não sabemos o que estão pretendendo.
- Acha que estamos em uma série policial ou que estamos lidando com criminosos que implantam coisas para nos incriminar? – Ele riu. Por mais que parecesse absurdo, eu tinha essa certeza e ele também deveria ter, principalmente pelo fato de ser filho de quem é.
- É. Obrigada pelo estalo. Não aprendeu o suficiente com sua mãe? Você sabe que são capazes disso. Ela e Bane estragaram a vida do papai. O fez sumir por anos. Tentaram dominar Gotham e destruí-la. Hoje sua mãe está envolvida nos negócios do Luthor.
- Mas eles são só empresários. – Mais uma vez gozou da minha ideia.
- Em Gotham não existe isso. São tubarões e capachos da máfia. Sabe aquela empresa que fechamos contrato em Tóquio um tempo atrás? O dono dela é membro do alto escalão da Yakuza, saiu nos jornais. Nosso pai chegou a jogá-lo atrás das grades de Blackgate, mas ele tinha um ótimo advogado e voltou para casa. Claro que fizeram todo o teatro dizendo que ele saiu da empresa e deixou seu cargo à disposição. Se desconectou completamente dos negócios, mas fontes já comprovaram que é ele que continua dando os comandos. Tudo é possível, irmão. Ainda mais aqui em Gotham. Só questão de propina. – Lhe dou as costas e penso sobre o que eu disse. – Melhor. Investigue o escritório. Procure câmeras e escutas. Quer acabar com o teatro? Seja o caçador.
- O que vai fazer? Por que está falando na minha cabeça? Você não pode fazer isso? – Retrucou.
- Estou prevenindo que escutem nossas verdades e usem isso contra nós. Vou pedir sua comida, garoto entediado. Eles me conhecem e me obedecem, não a você. Ainda é a criança da família. – Sorrio. – Se distraia encontrando as escutas e destruindo os áudios enquanto eu peço para prepararem seu almoço. Tenho que descer. É tempo suficiente, não é?
- Tá. – Disse com um bico enorme. Só ele para me fazer sorrir nesses momentos.
- Seja um Wayne, Damian. Entregue a melhor das peças. Seja o caçador sempre.
Ao sair do escritório, a secretária ficou me observando, seguindo meus passos até o elevador. Ela prestava atenção de mais em mim e isso me chamou a atenção. Sentia cheiro de traição no ar. Via energia de traição. Energia da raposa. A encarei dos pés a cabeça quando a vi digitando rapidamente no computador e discando apenas um número no telefone. Falou rápido e sorriu amarelo ao perceber que eu havia visto. Talvez estivesse torcendo para que eu tivesse achado que era uma ação rotineira de sua parte, mas eu não era idiota.
- Algum problema que queira me dizer, senhorita Lawrence?
- Claro que não, senhorita Wayne.
- Posso saber para que ramal ligou? Estou curiosa sobre o que é mais importante nesta torre do que a reunião que está acontecendo. – A jovem ficou branca, amarela e vermelha. Bebeu água tentou sorrir.
- Apenas confirmando meu almoço, senhorita Wayne.
- Sério? Quero ver o ramal. – Agora ela estava roxa. Não tinha como escapar.
- Por favor, senhorita Wayne. Não me demita. Só segui ordens.
- De quem foram as ordens, Elene? – A vi engolir a seco. – Elene?! Quer ser demitida por justa causa?
- Dominic Elijah.
- Obrigada. Conversamos sobre sua demissão mais tarde. Verei com meu pai o que podemos fazer por você.
- Mas senhorita!
- Uma regra que impus na empresa é de não ter traidores. Você deveria saber muito bem que não tolero esse tipo de fidelidade a outros. Esta empresa é majoritariamente da minha família. Se passar mais alguma informação para Elijah ou qualquer diretor e puxa saco dele, juro que terá uma justa causa na sua carteira.
Desci até ao restaurante da torre e cumprimentei a todos que estavam presentes. Sempre saudosos e educados, sorriam e me cumprimentaram de volta. Segui até o chefe e pedi para que aprontasse dois pratos sem salada com o melhor que tinham e que preparasse cookies e milk shake para a sobremesa. Damian amava cookies e milk shake. Indiquei o andar e a sala antes de voltar para o elevador. Na subida dos andares, fui parada por um dos assessores dos diretores. Em específico, o assessor do Elijah.
- Como está sendo seu dia, senhorita Wayne?
- Estaria muito melhor se o seu chefe não tivesse convocado uma reunião para uma hora tão medíocre como esta e tentar se apossar da empresa da minha família.
- Peço perdão pelos últimos acontecimentos, mas são apenas ordens, senhorita Wayne. Tenho certeza de que compreende que devemos cumprir com os nossos deveres para com nossos contratantes. – O vejo acionar o travamento do elevador. A caixa de metal se torna vermelho. – Eu disse ao meu chefe para marcarmos para amanhã, mas ele e seus colegas insistiram para que esse assunto fosse discutido hoje. Logo tudo pode sair nos noticiários.
- E por que está me contando tudo isso? É Davis, certo?
- Sim, senhorita Wayne. Acredito que seja de grande ajuda ter uma mão amiga dentro do campo inimigo. Ofereci os meus serviços a empresa, não a apenas um dos diretores. É meu dever para com vocês.
- Dever. – O encarei e analisei sua postura. Gotas de suor na testa, mãos tr��mulas e esbranquiçadas. – Tudo bem. Agradeço por ter me informado, Davis. – Vou para apertar o botão para soltar o elevador, mas ele me impede.
- Não quer saber mais, senhorita Wayne? Não vou poder falar mais nada se soltar o elevador. Estão sempre vigiando. – Sorrio. O relógio digital mostrava um time, as notificações e as mensagens que ele estava recebendo. Estava ali para me segurar e me tomava por tola.
- Sei bem disso. Conheço muito bem os recursos da minha empresa. – Aperto o botão de travamento para destravar e o elevador volta a funcionar. – Irei almoçar com o meu irmão, se não se importa. Dê meus cumprimentos ao seu chefe e a imprensa pela minha família. Estamos ansiosos para divulgar nossa nota. Finja que fez seu trabalho que eu finjo que acredito. Sugiro que envie currículos.
Davis ficou pálido e nem parou no andar que havia acionado para descer. Olhou para mim, afrouxou a gravata e tentou pegar o celular. O encarei e balancei a cabeça em negativo para que ele não fizesse o que pretendia. Ao chegar ao meu andar, sai sem olhar para trás mesmo sabendo que ele ousaria tentar comunicar seus superiores. Elene se levantou para tentar falar comigo, mas ergui minha mão para que ela não ousasse. Ainda tinha que resolver sua situação. Era nova, vacilou, mas não ficaria na Wayne.
Abri a porta da sala de papai e vi tudo revirado. Damian deixou vários fios de pontos e câmeras quebradas em cima da vagarosa mesa de madeira maciça de carvalho do nosso pai, que foi do nosso avô e assim por anterior. Estão sempre vigiando, Davis disse. Sorri satisfeita. Meu irmão havia feito um bom trabalho.
- São wi-fi ou por cartão?
- Wi-fi. Tem um provedor no computador, mas não consigo acessar. Está completamente encriptado.
- Eu resolvo isso. O almoço deve estar subindo. – Digo arrumando algumas pastas que ele jogou no chão. – Você não podia ter sido mais cuidadoso? Olha para essa sala. Parece que passou um furacão.
- Ou me pede para ser rápido ou para ser cuidadoso. Os dois não andam juntos, Victoria.
- Ah sim. Homens. – O provoco. – Esperava mais de você. – Ele esbraveja e vem para cima de mim. Apenas o abraço e beijo sua testa. – Você fez um bom trabalho. Só tem que aprender a ser mais discreto, ok? Isso ajuda a não notarem que mexeram nas coisas deles e suspeitarem de quem teve acesso ao lugar. – Ele assentiu.
- Me desculpe.
- Tudo bem. É meu trabalho pegar no seu pé. Conte até três e tudo vai voltar ao lugar em que estava.
1. 2. 3.
A mágica estava feita
Não demorou para que um dos garçons da cozinha trouxesse nossa comida e nos servisse. O escritório não era o melhor lugar para fazer uma refeição, mas tínhamos que aproveitar todo tempo que tivéssemos para conseguir rastrear quem estava usando as escutas e estava querendo nos tirar de campo.
Almocei durante as pesquisas sobre assinaturas digitais. A partir daí consegui acessar arquivos violados e identificar quem havia feito isso. Haviam conseguido acessar projetos que apenas o senhor Fox poderia. Procurei por cada projeto acessado e notei que eram projetos de armas incrivelmente potentes. Bons projetos que usavam fusão nuclear, hidrogênio e gás carbônico, mas, se usados de maneira errada, tirariam vidas.
Toquei na cpu para conseguir acessar melhor todos os arquivos e servidores. Procurei pelas câmeras para obter as gravações e ter todas as provas possíveis para acabar de uma vez com aquela reunião cansativa e estressante que poderia acabar com alguém no hospital por nocaute. Averiguei sobre onde estariam os protótipos e criei meu dossiê e apresentação. Tudo pautado na lei.
Em seguida liguei para o senhor Fox para averiguar se os protótipos fossem removidos da Wayne, além de um ótimo processo nas costas por apropriação de recursos sem autorização, poderia colocar cargos à disposição. Com a lei de acesso à informação, consegui identificar e rastrear os lotes e quem havia feito a (re)negociação em nome do senhor Fox. As câmeras de segurança das ruas apenas me deram mais recursos para jogar na mesa diretora os fatos e mostrar os verdadeiros culpados. Com a ajuda de Damian, imprimi tudo que havia conseguido, fiz cópias, peguei meu notebook e segui para a sala de reuniões com tudo em mãos.
Claro que limpei o histórico e bloqueei o acesso ao computador ao meu nível para que ninguém ousasse piorar sua situação.
Eles continuavam a bater boca e o sol já estava quase se pondo. Puxei meu irmão para dentro da sala de reuniões e vi olhares exasperados com nossa presença. Estavam furiosos. Dei a eles o melhor dos meus sorrisos e ergui a cabeça. Não precisei dizer muito ao meu irmão sobre isso. Vivia com o nariz em pé.
- Vai ficar tudo bem. – Digo a papai.
- O que pensa que está fazendo, senhorita Wayne? Não tem o direito de estar aqui!
- Não? Não tenho o direito ou o senhor não quer minha presença? São duas coisas completamente diferentes, sabia?
- Como ousa?! Retire-se imediatamente e leve esse pivete junto! – Seguro Damian pelo colarinho para que ele não avance nos diretores. A vontade de voar neles era crescente e não o julgo.
- Eu e o tal pivete, vulgo meu irmão, fazemos parte dessa empresa assim como qualquer outro aqui. Temos ações, sabia? Temos direito de opinar. Além disso, nosso pai ainda é dono da empresa e isso faz com que sejamos herdeiros dela. Não posso deixar de acrescentar que sou emancipada, sou sócia majoritária junto ao meu pai e respondo por ele em sua ausência. Tenho certeza de que seus advogados já o explicaram sobre isso.
- Senhorita Wayne, o que a traz aqui? – O senhor Hills sempre cordial.
- Agradeço a pergunta, senhor Hills. Como sempre, o senhor me trata com extrema cordialidade. Damian, por favor, entregue a todos. – Abro o notebook e compartilho a tela com o projetor. – Como uma boa advogada, trouxe provas de que a auditoria não será necessária porque já encontrei os culpados de nossa empresa estar perdendo lucros absurdos e tendo que recorrer ao fundo de caixa. Acreditam que encontrei escutas e câmeras escondidas na sala do senhor Wayne? Isso se chama invasão de privacidade. Mas dos males, o menor.
- Aonde quer chegar com isso, Victoria? – Elijah questionou.
- Se abrirem as pastas, irão encontrar fotos e assinaturas digitais de alguns de seus colegas de mesa nas docas com os protótipos da Wayne e, ironicamente, o senhor Fox não estava aqui para assinar a autorização de venda e retirada desses materiais que perdemos no período em que supostamente houve a liberação. – Mostro algumas fotos e filmagens. – Tudo está documentado.
- Você pode muito bem ter forjado. – Disse ele soberbo.
- Em seis horas ou um pouco menos? Seria surpreendente até mesmo para mim. Mas como sugeriu isso, também me calcei com algumas coisas. – Aperto o espaço e múltiplas filmagens aparecem no telão mostrando a cara dos diretores e os horários e dias em que eles fizeram as autorizações. – Seu azar é que sou advogada. Não viria bater de frente sem todas as provas plausíveis. Se o senhor Wayne concordar, podemos fazer um acordo.
- Ou levarmos essa palhaçada aos tribunais. Já está tudo nas notícias mesmo. Temos todo o apoio da população. – Ele sorriu ainda mais soberbo se sentindo o rei da encenação. – Não podem fazer muito.
- Quer mesmo fazer isso? Porque eu tenho a prova de que seu assessor confessou que estão com planos contra nós, além de toda essa documentação que terei o prazer de adicionar ao processo. Custaria pouco para nós, mas nada que um processo contra vocês não resolva. Invasão de privacidade é crime e criar provas contra si mesmo é inconstitucional. Vai chegar a esse ponto?
- É a sua palavra contra a dele.
- Será? – Sorrio. – Damian, ligue a televisão, por favor.
E mais uma vez as Empresas Wayne estão no meio de um escândalo multimilionário! Em nota, o diretor geral, Lucius Fox, anunciou que ele e a família Wayne está sendo alvo de uma quadrilha enlaçada a máfia de Gotham. Há imagens que comprovam o envolvimento de diretores e que estão colocadas como prova de que nem ele e nem Bruce Wayne estão envolvidos com as últimas ações da empresa.
Tudo já havia sido previamente não autorizado devido aos riscos eminentes dos protótipos e a Wayne jamais faria tamanho trabalho sujo como esse. Além disso, há informações de há contrabando de armas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e invasão de privacidade como os principais crimes realizados por esse grupo de diretores das Empresas Wayne.
Fox anunciou que as empresas jamais fariam parte de esquemas contra a vida e contra os direitos constitucionais regidos pela lei, honra e ética.
Para mais notícias, veja a seguir!
- Isso é um ultraje! Não pode deixar que isso continue, senhor Wayne!
- Minha advogada apenas está seguindo os conformes da lei, senhor James. – Papai encostou ao meu lado enquanto Damian tirava o som da televisão. – O que sugere, senhorita Wayne? – Sussurrou.
- Conversei com o senhor Fox e ele me deu duas saídas. Uma é fazer um acordo, anunciar a retirada de todos os envolvidos de seus cargos e acabar com suas ligações com a nossa empresa. A outra opção e entrar com o processo e comprovar ainda mais com a auditoria que o erro de administração não é nosso. Custaria mais tempo e dinheiro, mas também ganharíamos. – Ele assentiu.
- Que tal fazermos um acordo? – Papai anunciou e se direcionou para a cabeceira da mesa um pouco a nossa frente. Havia se recomposto e estava com seu sorriso assassino nos lábios. – As coisas não estão muito boas para o seu lado. Tenho certeza de que os amigos de vocês não irão gostar dessa exposição e será provavelmente levado a fins menos agradáveis que o que podemos dar. Ficaremos bem com uma indenização multibilionária.
- Mas... Senhor Wayne... – Os advogados ao fundo cochichavam freneticamente em sua rodinha fechada. O senhor James e o senhor Elijah já não sabiam mais para quem olhar. Seus companheiros de estrada estavam de cabeça baixa ou a balançando desenfreadamente. Estavam vencidos. Novamente ele olhou para os advogados e eles assentiram. – Tudo bem. Faremos um acordo.
- Ótima escolha. Victoria, apronte a papelada com o senhor Fox e com os demais advogados. Acredito que até o fim da semana tudo estará pronto. – Assenti e sorri. Seja o caçador. Sempre seja o caçador. Vitoriosa, peguei minhas coisas e sai com Damian da sala de reuniões.
- Como isso se chama mesmo? – Meu irmão me questionou com diversão.
- Diplomacia. – Digo sorrindo. – Vou te deixar em casa e vou para o Arkham, ok? Amanhã saborearemos nossa vitória. Estou orgulhosa de você. Não retrucou o diretor quando te chamou de pivete, mas ainda anda com facas escondidas nas roupas. – Digo mostrando a faca que havia tirado mais cedo de sua posse para que não houvesse problemas.
- Mas queria cortar o pescoço dele.
- Damian...
- Tá. Tá. Só em pensamento, mas cortei. – Ele sorriu. – Agora vai conversar com aquele maluco?
- É minha obrigação. Tenho uma intimação a cumprir. Depois vamos dar uma volta na cidade, que tal? Papai não parece bem. É uma boa oportunidade de aproveitarmos.
- Acha que ele vai deixar?
- Papai vai ter que deixar. Contamos pontos com ele. É nossa recompensa. – Sorrio e destravo o carro. Meu celular vibra e vejo a mensagem de Bruce dizendo que ia ficar pela cidade para terminar de resolver as coisas com o senhor Fox e ia passar a noite na mansão. Mostro para Damian que sorri com a notícia. – Viu? Está me devendo macarons dessa vez.
- Victoria! – Ri. – Só se você me levar naquele café que foi com Conner.
- Ele te contou? – Pergunto surpresa e o vejo afirmar com a cabeça. Realmente ele e Conner estavam se aproximando e se dando bem. Não esperaria essa relação tão cedo, mas meu irmão vinha me surpreendendo cada vez mais ao longo do tempo. – Tá. Eu te levo naquele café. – Saindo da garagem penso melhor. – Não quer ficar na torre? Eu consigo pegar a via expressa e chego rápido quando terminar meu turno. Ir até Bristol e voltar é muito rolê.
- Mas não tenho traje aqui. – Ri.
- Claro que tem. Todas as nossas cavernas têm nossos trajes. Fica na torre? – Ele assentiu. – Obrigada. Vou tomar um banho antes de ir para Arkham. Meu corpo está pesando.
- Você está cansada, é diferente.
Ele tinha razão. Fazia tempo que não comia ou dormia.
Asilo Arkham – Ilha Mercey, Gotham
Horas depois
Arkham a noite não era o melhor point. Aqueles que não dormiam, gritavam de maneira surreal a níveis graves ou estridentes. Ecoava por aqueles corredores e ficavam gravados na mente.
Perturbadores
Era noite de medicar os criminosos em contenção, ou seja, criminosos amarrados em camas hospitalares de extrema periculosidade e falta de controle, colocando em risco a vida dele – o que não faria muita falta na opinião da sociedade –, a vida de outros detentos, a vida dos guardas e a vida da equipe de saúde que tratava diariamente da saúde deles.
Mal pisei naquele chão e alarme de contensão soou. Os guardas equipados com coletes, capacetes, escudos e armas corriam pelos corredores.
Explosão
O chão tremeu.
Corri adentro das instalações e vi muita fumaça. As luzes vermelhas de alarme rodando pelos corredores como sirenes em cima de carros de polícia. Não conseguia identificar de onde havia surgido a explosão, mas era muito provável que o propósito era para alguma fuga. Não poderia ser um vazamento de gás ou coisa parecida. Tínhamos manutenções mensais já com a intensão de evitar esse tipo de problemas.
Sinto o cheiro de ferro e me preocupo. Caminho pelos corredores e vejo alguns detentos vindo na minha direção. Eles nem se importavam com o frio e com a neve que adentrava pelas rachaduras que as bombas causaram. Era a ala de criminosos de média periculosidade, mas isso não indicava que não eram assassinos.
Estavam com bisturis, tesouras e facas. Dois, três de cada vez. Desviava dos golpes, os desacordava batendo suas cabeças nas paredes e usando meus poderes. Teria que garantir que não acordassem até a próxima manhã. Recolhendo os utensílios, senti uma lâmina ser enfincada no meu pescoço. Azar do criminoso é que não faz diferença tentar me matar.
Me levantei guardando as armas brancas no bolso e encarei o criminoso enquanto tirava o bisturi de mim. O sangue não demorou para estancar, mas eu teria que dar um jeito de fazer um curativo fajuto. O criminoso veio para cima de mim e eu o soquei no nariz. Vi seu sangue escorrer e ele cambalear. Bati sua cabeça na parede e o fiz apagar.
- Victoria!! Me ajude!! Victoria!!! – Era a voz de Rodrigues. – Victoria!
Atravessei os corredores procurando a origem da voz. Cada vez mais se tornava frio e escuro. Lembrando do sangue e do corte que sofri, rasguei meu jaleco e envolvi meu pescoço para que não percebessem que não havia corte algum ali. Reverti a regeneração por precaução e deixei apenas que o sangue estancasse o suficiente. Deveria ser convincente.
Segui as luzes de uma lanterna em busca da energia de Rodrigues, mas ela parecia cada vez mais fraca. Isso não era nada bom. Minha visão estava fraca e Damian tinha razão, estava cansada. Por sorte, senti algo agarrar meu pé. O perfume único invadiu minhas narinas e fez com que eu o reconhecesse. Olhei para baixo e lá estava o único policial que me guardava naquela espelunca. Estava cheio de sangue e muito machucado.
- Rodrigues! Calma. Eu estou aqui.  – Me agacho para o assistir melhor. – Vai ficar tudo bem.
- Aconteceu do nada... eles... – Rodrigues tentava contar, mas tossia demais. O sangue escorria por sua boca o que me deixava cada vez mais preocupada.
- Apenas pare de falar e fique comigo. – Começo a vasculhar seu corpo. Tirando os cortes superficiais, seu nariz estava quebrado, seu rosto desfigurado e havia hemorragia interna. As costelas haviam perfurado o pulmão. Ele tinha que ir para um hospital urgente. – Vou te arrastar até lá fora. Tem uma ambulância na parte da frente. Vou te tirar daqui.
Rodrigues foi o primeiro, mas não o último a ser arrastado por mim do Arkham até uma ambulância. Parecia que a adrenalina fazia com que eu esquecesse tudo em volta e focasse em apenas salvar os funcionários que restavam. Muitos foram machucados e alguns poucos foram mortos. Baixas irreparáveis. Terminamos por volta das onze e meia da noite. Os carros de imprensa estavam lá, helicópteros, bombeiros, polícia e muitas ambulâncias. Era um caos em meio a neve de dezembro.
Uma neve manchada e colorida de vermelho.
Quando voltei para dentro, caminhei por entre as alas até encontrar a cabine de Crane. Sim, deixei os pacientes por último e sei que é irresponsável da minha parte, mas tinha muitos funcionários a frente para resgatar.
Crane estava lá olhando para o vidro da porta como se esperasse que alguém viesse. A ala também estava cheia de fumaça e demorariam para tirar os criminosos mais estimados dali.
Queriam mais que morressem
Dariam menos trabalho e prejuízo
Com a chave em mãos e vendo outros auxiliares tomando a mesma atitude, abri a porta da cela de Crane e deixei as algemas em vista. Ele, sem qualquer hesitação, ergueu os pulsos na minha direção e deixou que eu o algemasse.
- O que fizeram com você, Victoria? – Questionou raivoso e preocupado. – Está cheia de sangue.
- Está tudo bem, Jonathan. Vamos apenas sair daqui. – Segurei seu braço e o fiz caminhar ao meu lado. Ele se recusou a permanecer sobre minha custódia e me encarou contrariado.
- Quem te machucou?! – Agora com seu tom firme, ele me fez o encarar. Estava irado, mas não era comigo e sim com o louco que encostou em mim.
- Não importa. Eu já o apaguei. Não foi nada. Eu estou bem. – O asseguro e ele parece aceitar. – Por favor, Jonathan. – Ele assentiu. – Vai ficar numa outra ala de Arkham até que as coisas se resolvam por aqui. Virei te supervisionar todos os dias.
- Uma princesa com você não teria forças para nocautear um assassino.
- A princesa não é quem você fantasia, Jonathan. Também sei me defender.
Todos ficaram nos encarando enquanto eu caminhava tranquilamente com Crane até a área do pátio e o levava para a outra ala. Já haviam preparado os quartos e enviado a medicação para aquele setor.
O levei até seu novo quarto e trouxe sua medicação nos bolsos. A essa altura já havia me livrado de qualquer coisa que havia resgatado dos pacientes que haviam me atacado. Peguei meu estetoscópio, sentei Crane na cama e escutei seus pulmões. Seus olhos atentos me observavam e me desconcertavam. Era horrível e culposo sentir-me atingida por suas atitudes mesmo que tão simplórias.
- Vou soltá-lo. – O aviso.
- Está quebrando o protocolo, doutora Wayne.
Não o respondi e apenas o desalgemei. Peguei os comprimidos, entreguei em suas mãos e o vi se sentar em sua cadeira gélida. Como sempre, me coloquei atrás dele, entreguei a água e deixei minha mão em seu pescoço. Obediente, fez como todas as outras vezes. Quando segui para frente para o deixar, Crane segurou minha mão e a deixou em seu rosto. O encarei sem entender bem suas intenções. Havia uma paz surreal e até mesmo assustadora sendo emanada dele e de sua energia.
- Até amanhã, Victoria. Fique bem. – Disse e beijou meu rosto em seguida. Seu olhar me causou arrepios enquanto seus lábios tocavam minha pele. Evitei transparecer, mas isso me incomodava.
Por que justamente ele?
O que isso significava?
9 notes · View notes