#OutcomeBias
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Série Viéses Cognitivos - pré-julgamentos que influenciam o processamento de informações pelo cérebro. Funcionam como atalhos mentais que tornam o pensamento mais fácil e rápido, mas podem ser perigosos ao induzir a tomada de decisões irracionais. #cognitivebiases #viesescognitivos #outcomebias #viesderesultado #cognitivebehavioraltherapy #terapiacognitivocomportamental #dr_cesar_pinheiro (em Rudge Ramos - SBCampo) https://www.instagram.com/p/CDO0dedpRzVkIrRIuXV2xTfpWWkWFq53bzYJmM0/?igshid=13sk68wyju6l4
#cognitivebiases#viesescognitivos#outcomebias#viesderesultado#cognitivebehavioraltherapy#terapiacognitivocomportamental#dr_cesar_pinheiro
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Teilnehmer für Online-Studie gesucht! Thema: "Wirkung von Situationen auf das Beurteilungsverhalten" https://t.co/JrwyXbSDW2 via @SurveyCircle #verhalten #MoralLuck #OutcomeBias #fahrlässigkeit #beurteilung #behavior #umfrage #surveycircle https://t.co/4qeagZcbPn
— Daily Research @SurveyCircle (@daily_research) Oct 27, 2022
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O que perde quando julga uma decisão apenas pelo resultado
Quando as pessoas julgam a qualidade das decisões dos líderes, tendem a focar-se mais nos resultados do que nas intenções. Por exemplo, em questões de novas contratações, o público não repara se a decisão foi feita de forma ponderada e justa, mas sim, se o novo colaborador trabalha bem. Julgam o sucesso do produto no mercado, em vez de se focarem na qualidade do processo que levou à decisão de realizar e lançar o produto.
Esta tendência afeta virtualmente todos os humanos. Quando se avaliam as ações dos outros, a maioria das pessoas foca-se mais no resultado das decisões do que propriamente nas intenções, num fenómeno a que os psicólogos chamam de outcome bias (viés de resultado). O outcome bias é custoso para as organizações e resulta na culpabilidade de líderes e colaboradores quando os resultados são negativos, mesmo se, por trás, houve boas intenções e um processo de decisão ponderado.
As organizações e os seus líderes podem beneficiar de um entendimento de como ajudar os indivíduos a olhar para além do resultado. Foi desenvolvido um estudo focado em potenciais formas de eliminar – ou reduzir – o outcome bias. O estudo concentra-se em duas possíveis soluções: avaliar múltiplos cenários simultaneamente, em vez de em sequência, com o objetivo de cotar a qualidade da decisão de uma pessoa; e distinguir o papel das intenções durante o processo de avaliação.
Primeiro, numa série de estudos, foram questionados vários grupos de participantes, que avaliaram situações em que um indivíduo, que tencionava ser justo, obteve um resultado desfavorável, e outro, com intenções egoístas, obteve um resultado positivo. Contrariamente às previsões iniciais, que apontavam para que o grupo pesasse mais as intenções positivas do que o resultado, os participantes deram mais ênfase aos resultados finais – e menos às intenções – quando avaliados em grupo, do que quando avaliados individualmente.
Num outro estudo, por exemplo, os participantes avaliaram um médico que conseguiu escolher entre dois medicamentos, igualmente eficazes, para tratar um paciente. Os participantes sabiam que, embora os dois produtos fossem igualmente eficazes em testes clínicos, um era mais barato para o paciente e o outro iria gerar mais lucro para o médico. Os participantes, em avaliações individuais, pesaram uma das duas condições:
- O médico prescreveu o medicamento mais barato para poupar dinheiro ao paciente. Apesar desta boa intenção, o doente sofreu efeitos secundários e passou a noite no hospital.
- O médico prescreveu o medicamento mais caro para ter mais lucro. Embora as intenções tivessem sido egoístas, o doente recuperou totalmente e sem efeitos secundários ou hospitalização.
Os participantes, na avaliação em grupo, cotaram ambos os médicos, dando destaque positivo ao profissional egoísta, ao contrário do bem-intencionado. Contudo, quando os participantes avaliaram individualmente, a pontuação do médico bem-intencionado não diferiu da avaliação do médico egoísta, sugerindo que os participantes individuais não eram tão afetados pelo outcome bias como os participantes em grupo. Ou seja, os segundos têm mais propensão a negligenciar intenções e a dar mais peso aos resultados, em comparação com os avaliadores individuais. E isto afeta o comportamento.
Em estudos posteriores, concluiu-se que estas avaliações influenciam a forma de recompensa e punição dos outros, assim como a vontade de interagir com certos indivíduos no futuro. Por exemplo, os participantes galardoaram com um bónus monetário o profissional egoísta, porque o resultado da sua decisão foi positivo, ao contrário do médico bem-intencionado, pois a sua decisão levou a um fraco resultado. E, quando os participantes tiveram de decidir com quem preferiam trabalhar, a resposta foi, em maioria, com o médico egoísta. Seguidamente, descobriu-se que, pedir aos avaliadores para julgar a escolha dos médicos antes de saber o resultado, reduzia o outcome bias em avaliações em grupo, mas não em avaliadores individuais.
A lição: Pedir para que as pessoas, individualmente, façam o julgamento sobre o processo de tomada de decisão, antes de saberem o resultado, é uma estratégia eficaz para reduzir o outcome bias, em contextos nos quais os cenários, ou as decisões, são avaliados simultaneamente, em vez de um a seguir ao outro. Por exemplo, ao decidir quem contratar, promover ou que aumento dar, as organizações normalmente avaliam múltiplas pessoas ao mesmo tempo. Nestas situações, deve pedir-se a quem está a avaliar os candidatos, para tomar decisões tendo em consideração a fase anterior ao resultado. É fácil celebrar ou lamentar uma decisão em particular, ou uma ação, baseado nos resultados. Mas é importante relembrar que o processo que levou ao resultado, incluindo a intenção da tomada de decisão inicial, merece ser tida em conta, quando avaliadas as consequências.
Texto adaptado do artigo da autoria de Francesca Gino publicado em 02 de setembro de 2016 disponível em http://tinyurl.com/z8fg477
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