#O Estouro Da Manada
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ASSISTIR O Estouro Da Manada DUBLADO
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"(...)Imagine que está todo mundo num claustrofóbico corredor e que atrás de todo mundo está vindo um estouro de boiada feroz. O que as pessoas fariam? E se as pessoas que estão lá na frente perceberam que a distância entre a boiada e quem está no corredor é suficiente para testar as portas da frente antes de deixar que as pessoas entrem nelas? E se as pessoas que estão lá na frente começassem a organizar, mesmo que aos berros, a turba medrosa e confusa para que confie e espere antes que se atropele e se mate desnecessariamente? E se alguém acha a porta certa? E se alguém acha a porta errada e ninguém está controlando as pessoas que estão em desespero no corredor? E se a porta der para um abismo? Ficou tenso com estas perguntas e imaginando o cenário? Pois é! Pode ser isto que a humanidade precisará encarar lá na frente. Se ela agir como uma manada descontrolada, ela se mata. Se ela aprender a controlar e a entender os seus limites, ela diminui a possibilidade de mortes. Ou tomamos as iniciativas e superamos as nossas feridas de maneira impensada ou aprendemos a tomar as iniciativas certas para que todos possam sair curados. Ou aprendemos a lição pela via mais difícil ou pela via mais fácil(...)" "(...)Perceba que não vem nada tão mais catastrófico do que já foi enfrentado pela humanidade em outros momentos nos últimos dois milênios! Perceba que as doen��as e guerras sempre estiveram presentes no prato do dia! Perceba que a humanidade sobreviveu! Perceba que o planeta merece que você acorde para a vida para além de todas estas narrativas que teimam em desvalorizar a tua humanidade! Levanta esta cabeça e constrói um mundo melhor e em favor de todos, em lugar de dizer que a culpa é do outro! Por favor, valorize o fato de que está encarnado e que isto é uma dádiva e não uma punição, porque é aí que tudo começa a mudar! Ninguém é melhor do que ninguém nem aqui e nem em nenhuma dimensão! Ninguém! Acorde(...)" #iniciativa #amorpelavida #medodeperder #integração #amor #vida #concórdia
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O que mais me assusta é a falta das pessoas pensarem, terem opinião. Tudo se torna num estouro de manada com consequências.
Paulo Marcos
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Cuidado com o estouro da manada nestas eleições!!! Se Anitta resolve seu F o Fó vc tbm vai?
Capanha: Nestas eleições exija seu comprovante, vote em todos os cargos eletivos! Vote consciente e em bloco no Bolsonaro e seus candidatos da campanha!
Netinho vc descende do voto do curral! Vc é um dos responsáveis pelo estouro da manada!!!
Tio popó já foi! Vovô já foi! E deixou 6 bilhões de reais na conta da família: " Rouba, mas faz!"
Beijinhos; beijinhos, pau, pau! Pau nos candidatos da liga anta e burra do PT.( Saudações companheiros!)
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De Olavo de Carvalho a Vladimir Putin
De Olavo de Carvalho a Vladimir Putin
O artigo de João Pereira Coutinho para a Folha de 4a feira sobre a morte de Olavo de Carvalho, para além de, lá de Portugal, iluminar a escuridão da doença brasileira cuja principal manifestação é a expulsão de qualquer vestígio de inteligência dos estouros das manadas que mugem para a esquerda ou mugem para a direita da casta que mama no Brasil, foi ao essencial como sói acontecer quando quem…
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#Bolsonarismo#conservadorismo#Folha de S. Paulo#funcionalismo#João Pereira Coutinho#Olavo de Carvalho#privilegiatura#Putin#salários do funcionalismo#Ucrânia#vladimir putin
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Os índios avançaram rumo a fazenda e não foram nada cautelosos no seu ataque, pelo caminho encontraram o corpo de itapajós e sua mulher Guaraciara ajoelhou sobre o morto jurou vingança. Os guardas da fazenda escutaram urros que pareciam de macacos agitados mas na verdade era a agitação dos índios que viam biliosos em direção as terras de Jonas. Os guardas se aprontaram, engatilharam as armas e esperaram o que quer que fosse sair do mato. Os negros na senzala também ficaram aflitos, se a fazenda fosse atacada eles não teriam como fugir pois estavam trancafiados. Era fim de madrugada, e o sol começava a clarear primeiro as copas das grandes árvores. Retomava aos poucos seu reinado
Jonas que dormia no sofá da casa após ter bebido um vinho doce, acordou achando que o barulho vinha de seus escravos mas logo foi avisado por um de seus capangas que a balburdia era oriunda da floresta e dos seus campos de plantação. Jonas de imediato pensou que seria uma retaliação dos índios pelo membro morto por ele.
Para os seus homens ele disse alto e claro ‘’ – Se precisar incendeiem tudo, tenho dinheiro depositado no banco para comprar mais duas fazendas como essa. Alguém leve a Cleonide para longe daqui ponham-na em segurança. ‘’
Os negros clamaram para serem libertos, pois os urros se intensificavam. Os índios provocavam terror, mas não apareciam, balançavam as folhas dos arbustos com veemência , os guardas atiravam os arbustos paravam de se mexer mas outros logo em seguida ganhavam vida.
A fazenda não era um campo aberto ou ralo, a não ser na a área da senzala que era apenas terra batida mas de resto ela era rodeada por uma verdadeira selva que se engrandecia sobre a propriedade.
Nguesso – Nos tire daqui senhor Jonas, por favor, podemos ajudar.
Gritou o escravo da senzala.
Nguesso – Vamos Mabuia peça ele, peça a ele para nos tirar daqui.
Mabuia – Não adianta , ele não irá escutar mais nada de mim.
A mulher de Jonas, Cleonide foi colocada na carroça com dificuldade pois ela não queria sai da fazenda sem ao menos salvar suas roupas mais caras fez um escarcéu, ameaçou entrar na floresta para ser devorada pelos canibais se não tivesse seu desejo atendido … Jonas foi até ela e lhe deu um tapa na cara. Os cavalos foram postos para partir assim que ela botou o traseiro no banco ressentida com a atitude do marido.
No meio do trote os garanhões foram acertados por dardos venenosos no pescoço, que penetraram certeiros nas artérias e de imediato as toxinas agiram no cérebro e no coração dos animais, que capotaram depois de espasmos e coices violentos no ar que acabaram por quebrar a carroça que Cleonide viajava , pois um dos cavalos ficou sobre duas patas e caiu de costas no transporte e em cima da esposa de Jonas. O segundo cavalo custou um pouco mais a morrer, se libertou das rédeas deu uma patada nos genitais do condutor que havia se safado do primeiro acidente, mas deste ele foi inditoso. O homem caiu desmaiado golfando. E como se ainda não fosse o suficiente ele ainda foi pisoteado pelo animal jovem envenenado que sofria de um ataque cardíaco, e se rebelava valente contra suas dores e sua morte.
Jonas foi correndo para a carroça socorrer sua esposa mas antes executou o cavalo louco que representava o perigo maior ali naquele instante para ele. Deu um tiro no crânio do alazão, e no momento em que ia acudir Cleonide uma caterva de silvícolas invadiram a propriedade. Vieram como manada, um transbordamento, foram assassinando os homens da fazenda enfiando neles suas lanças, três, quatro, não importava se a lança primeira já havia matado o empalado tinha sempre outro índio disposto a pôr mais uma vara no morto para enfeita-lo mais.
Haviam ao todo dezenove homens protegendo a fazenda e eles tinham que dar cabo de mais de cinquenta invasores.
· Guaraciara, vinha com um arco e flecha e fitava Jonas. Ela não sabia que Jonas era quem havia matado o seu esposo mas algo dentro dela o incitava contra ele.
· O chefe da tribo, mandou os índios atacarem a senzala.
· Jonas, com sua espingarda mirou na portão da senzala onde os negros se espremiam uns contra os outros fazendo força em conjunto para abri-lo.
· Jonas baleou o cadeado da prisão negreira que se partiu e os pretos foram libertos saíram como um estouro de gado. Ele não os tirou dali por bondade mas sim para que eles servissem de chamariz.
· Guaraciara disparou uma flecha na direção de Jonas mas passou longe. E ela então viu Mabuia com o seu menino tentando fugir. Nesse momento a índia trocou de alvo e foi em busca da sequestradora do seu filho. Foi como uma onça, rápida e mortal, Mabuia não poderia correr muito pôs carregava a criança em uma cesta de palha que ficava em amarrada ao seu peito. Guaraciara puxou os cabelos da negra e a derrubou no chão.
· O chefe da tribo derrubava os negros e os guardas da fazenda com um grande tacape de madeira. Quebrando as costelas e crânios de uns e outros.
· Nguesso mestre em capoeira e outros escravos iniciados na arte tentaram combater os índios usando as técnicas marciais. Nguesso tinha reflexos excelentes e conseguia lidar com até quatro índios ao mesmo tempo. Os índios tentaram agarra-lo , pois esse é o estilo de briga deles , com muito contato , sendo que a capoeira é o oposto , as brigas de capoeira são feitas para serem rápidas e acabarem com o mínimo de contato possível , uma rasteira já pode ser fatal , ela é uma arte marcial que exige uma distância entre os adversários e Nguesso mantinha distancia pois todos os índios que tentavam ‘’ abraça-lo ‘’ para o por no chão , Nguesso ele dava um pontapé na cara ou um chute de joelho no nariz dos coitados.
· Os índios ficam muito expostos quando tentam agarrar os adversários, eles precisam abaixar a cabeça, se curvar, para tentar pegar a cintura do inimigo e nesse momento é que Nguesso agia com seus pés velozes afastava-os com bicudas no rosto.
· Jonas tentava tirar a sua esposa debaixo do cavalo e dos escombros da carruagem, até que foi atingido pelo tacape do cacique. O porrete foi bem no pé da orelha.
· Os outros índios vilipendiavam a casa grande, quebravam janelas, portas, quebravam a louça , rasgavam as cortinas.
· Guaraciara , arrancou os cabelos de Mabuia que ficou calva em na parte esquerda acima da testa , depois começou a tacar a cabeça de negra contra o solo , a fazendo comer terra . Guaraciara mordeu os dedos de Mabuia quando essa a tentou afasta-la.
· O indiozinho que estava no meio da briga quase foi esmagado pelo engalfinhar de suas duas mães, a verdadeira e a adotiva. Ele ainda estava preso aos peitos de Mabuia , quando Guaraciara plantou a mulata no chão (…)
Não posso mostrar o final , o final mesmo da história por conta questões comerciais. Obrigado a quem acompanhou até aqui! Na verdade o desfecho de todas as crônicas futuras não poderão mais ser concebidos de maneira pública.
Kk Fiquem ai na dúvida sobre quem vai ganhar o confronto e o que o Saci vai fazer agora que foi finalmente transformado na figura lendária que conhecemos.
(Voce encontra meus outros trabalhos nos links abaixo )
http://brunoronald.deviantart.com/
https://facebook.com/NoCoracaoDaFantasia/
https://brunoronald.tumblr.com/
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Os pensamentos que te cercam independem do tamanho da batalha... Não importa se vais submeter teu corpo à alguns poucos minutos de intenso estresse ou se vai esvair-se em dezenas de horas, sua mente sempre vai ter tempo pra te dar uma rasteira! No estouro da boiada se vão os minutos iniciais e logo seu destino começa a se definir. Você se vê entre duas manadas: uma está a sua frente e você a persegue como um leão faminto. A outra está logo atrás de você, salivando, com esse mesmo pensamento. Agora você tem duas opções: ser a presa ou o predador! Você acompanha cada passo dos teus oponentes e nesse momento você tem tudo sob controle, mas aos poucos começa a perdê-los de vista. Você corre como nunca, mas no chão há apenas a sua sombra... E aí, o que te resta? Você tem forças pra seguir? Mas o que é força?? São seus músculos ou algo além? É medida em km ou milésimos de segundo ? É o seu melhor tempo ou o seu pior dia? Talvez, força seja apenas o que lhe resta quando você já esgotou sua fraqueza... https://www.instagram.com/p/Bx0ftjQHno8/?igshid=1wqge2v444sxs
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O Poder das Conexões
A importância do networking e como ele molda nossas vidas
Nicholas A. Christakis & Jame H. Fowler
”Wave”
Tom Jobim
“Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho”
Definitivamente Tom Jobim sabia das coisas. Na estrofe inicial da música ‘Wave’, de 1967, o músico alerta poeticamente que “é impossível viver feliz sozinho”. O livro “O Poder das Conexões”, de Nicholas A. Christakis e James H. Fowler, vai além e determina que “não é possível viver completamente sozinho”. E passa a tratar das redes sociais como uma forma complexa e elaboradas de organização, dizendo que “as redes sociais são de estranha beleza”, já no seu prefácio. O livro se norteia pelas seguintes questões: “Por que estamos integrados a elas? Como se formam? Como funcionam? Como nos afetam?
O médico e também cientista social Nicholas Christakis começou estudando díades, ou seja pares de pacientes que adoeciam ou faleciam juntos, seria uma rede inicial de duas pessoas. Mas a intenção era estudar redes mais numerosas de 3 mil a 3 milhões de pessoas. Os próprios autores se conheceram graças a rede de amigos em comum. O cientista político e professor da Universidade de Harvard, James Fowler, passou alguns anos estudando a origem das conexões políticas das pessoas e examinando como a tentativa de uma pessoa de resolver um problema social ou político influenciava outras pessoas. Como nos reunimos? O autor reconheceram que os sentimentos são cruciais para o desenvolvimento da rede (altruísmo e bondade).
Outra conclusão que chegaram que a influência não finda nos amigos e sim ela perpassa até os amigos dos amigos. Neste caso não somente boas influencias, mais como questões ligadas a obesidade, violência, doenças, drogas, como também, dinheiro e felicidade são influenciáveis pela rede que estamos inseridos.
Há regras que fundamentam tanto a formação quanto manutenção das redes sociais:
Regra número 1: Modelando nossa rede: Redefinimos nossa rede, pois: “diga-me com quem andas que te direi quem és”.
Regra número 2: Nossa rede nos modela: Nosso lugar na rede nos afeta
Regra número 3: Nossos amigos nos afetam: O que está ao nosso redor não nos afetam e sim o que flui ao longo das conexões.
Regra número 4: Os amigos dos amigos de nossos amigos nos afetam: Todos na rede afetam todos os amigos de amigos.
Regra número 5: A rede tem vida própria: A rede pode ter propriedades e funções que não são nem controladas nem mesmo percebidas por quem está dentro delas.
O texto ainda nos traz o experimento dos seis graus de separação e o três graus de influência que Stanley Milgram idealizou. Mostrando que todas as pessoas estão conectadas / ligadas uma a outra por uma média de “6 gruas de separação”, porém sofremos influencia em até “3 graus de aproximação” apenas.
O poder das conexões
Faz sentido estar o tempo todo conectado, seja em termos de negócios, família ou amizade? Segundo os autores sim. Tanto que nos alertam “nossos amigos e família servem como canais para que sejamos influenciados por centenas ou mesmo milhares de pessoas. Como parte de uma rede social, transcendemos, a nós mesmos, para o bem ou para o mal, e nos tornamos uma parte de algo muito maior Christakis & Fowler (2010).
Por causa disso, parcialmente, as redes sociais são criativas e o que criam não pertencem a nenhum indivíduo em particular, por isso seria importante que as redes obtivem algum tipo de supervisão, pois todos querem se beneficiar delas. Isso se deve a característica que a tua localização na rede influencia o teu acesso a bens, isto é, “Ricos tornam-se mais ricos”. O que reforçaria assim a desigualdade situacional e a desigualdade posicional.
Uma proposta interessante dos autores quanto a possíveis políticas públicas pautadas na ciência das redes seria levar em consideração a localização na rede do indivíduo. Estaríamos em vantagem se vacinássemos indivíduos centralmente localizados (hubs) em vez dos fracos. Persuadir amigos de fumantes quanto ao perigo de fumar, em vez de visar só os fumantes. Ajudássemos grupos interconectados de pessoas a evitar comportamento criminoso em vez de prevenir ou punir crimes individuais. Tais propostas partem da ideia que a posição na rede prevalece a escolha do indivíduo.
Quando você ri o mundo ri com você
As emoções tem origem coletiva e não, apenas, individual, como acreditávamos. Como você se sente depende de como se sentem aqueles aos quais você está conectado de maneira próxima ou distante. Primeiro temos a percepção das emoções de forma consciente. Depois elas costumam afetar nosso estado físico. E por último elas estão associadas a uma atividade neurofisiológica específica. As emoções e o contagio emocional provavelmente surgiram primeiramente para facilitar a união entre m��e e bebê, depois para membros consanguíneos e por último membros não-consanguíneos. Promovendo assim a sincronia interativa.
As redes sociais explicam como funcionam o contagio das emoções, através de um mecanismo biológico que torna emoções e comportamentos contagiosos poderia ser chamado o sistema de neurônios-espelhos no cérebro humano. Nosso cérebro pratica fazer ações que observamos nos outros, como se nós mesmos fizéssemos aquilo. Exemplo: assistir uma partida de futebol. Estamos inclinados a sentir o que o outro sente e a fazer o que os outros fazem. O que nos explicaria o chamado efeito manada que é a influência não só dos nossos amigos, mas dos amigos dos nossos amigos. Isso acontece numa comunidade altamente conectada. Onde um cheiro pode disparar uma lembrança/emoções, esse fenômeno chama-se fenômeno Proust, em homenagem ao autor.
O tratamento dado para as epidemias emocionais focaliza as redes sociais e reconhece que os laços sociais são o meio para a disseminação. E o monitoramento é feito pelo método de amostragem de experiência. Tanto a solidão quanto a felicidade se espalha em até três graus de influência. O livro traz a função do amor, pela citação de uma antropóloga, Helen Fisher que colocou que a sensibilidade de estar apaixonado pode ser dividida em desejo, amor e apego, todos os quais provavelmente serviram a objetivos evolutivos. O desejo tem o objetivo obvio de orientar a reprodução. Embora, segundo os autores, tenha uma tendência de os parceiros sexuais terem características físicas parecidas. Há mapeado uma tendência que os casamentos se dê entre pessoas mais cultas, ricas e saudáveis. O texto ainda traz a ideia que se tem uma disposição de buscar parceiros sexuais num círculo próximo de amigos e vizinhos. Obviamente o livro foi escrito antes do advento do sucesso dos aplicativos de relacionamento, como Tinder, por exemplo. Mas faz um bom prognóstico ao afirmar que as redes sociais são excelentes meios de monitorar doenças epidêmicas como as DST´s, por exemplo.
A grana começa aqui
O “estouro da bolha especulativa imobiliária” nos EUA, mostra como é fácil o pânico se espalhar pelas redes financeiras mundiais. Quando uma grande empresa pede concordata, outras que estão conectadas a ela também correm risco. A força dos laços fracos, conforme o sociólogo Mark Granovetter reconheceu é a principal forma de alcançar pessoas fora do grupo, tendo em vista que a ideia principal dos laços fortes é a difusão da inovação por meio de conexões próximas e profundas. Os laços fracos são como pontes entre um grupo e outro e, consequentemente, desempenham papel fundamental. Laços fortes te vinculam a grupos, mas laços fracos vinculam grupos ao conjunto da sociedade.
O livro ressalta que a criatividade na rede tem uma interessante característica, a cooperação científica não depende de situação geográfica. Porém nos lembra que os mais numerosos links são feitos com hubs altamente conectados, isto é, os “ricos ficam cada vez mais ricos”, pois se tem a ideia que um artigo científico está bem colocado no ranking de citações é por que ele deve ser mais bem posicionado na rede.
Politicamente Conectado
O texto segue com uma boa análise histórica dos acontecimentos que precederam a vitória de Barack Obama na sua primeira campanha que foi feita com a ajuda de pequenas doações e o voto de muitos trabalhadores(as), arrecadando cerca de U$ 600 milhões. Foi a primeira eleição com o advento do Facebook e das outras redes sociais on-line, como o Youtube, inovando com o uso de novas tecnologias. Podia-se: conversar com o candidato, doar e organizar atividades próprias. Assim, dessa forma, os mais jovens tornaram-se mais propensos a votar no candidato. Como os votos são racionais e não votamos sozinhos, até a decisão de ir votar, afeta que outros votem, assim o conceito de epidemia também pode ser aplicado no político, pois foi se alastrando pela a rede a ideia de que ir votar, doar e votar em Obama era o mais certo a se fazer. Num processo de imitação, sendo assim as redes sociais foram a chave do processo.
E a base do marqueting social, a recomendação entre amigos.
Eles se aproximam uns dos outros conforme suas orientações políticas nos EUA, democratas tendem ser amigos de democratas, por exemplo. Sendo que conexões mais coesas são melhor para a sociedade. Cumprimento do seu dever cívico, Anthony Downs e Willian Riker, fizeram os modelos racionais da decisão de votar, ao invés de ter um voto você tem vários. Os autores determinam que conhecimento é poder, e saber como a rede opera é o primeiro passo em direção à solução de potenciais problemas. É importante saber que as pessoas que tendem a colaborar tendem a ser próximas, mesmo se forem de partidos diferentes.
Os lobistas mais bem sucedidos serão aqueles que tem os laços mais fracos, isto é, maioria dos amigos dos amigos que circulam pelos corredores do poder. Laços fortes ajudam, mas laços fracos ajudam ainda mais, porque expandem significativamente o número total de potenciais conexões. Aqueles que procuram trabalho exploram seus laços fracos, é melhor com uma rede mais ampla.
O ativismo que entrou na era on-line, nasceu antes da campanha de Barack Obama e do Facebook, Glem Barry fazia um diário on-line sobre o meio ambiente e que chamava o governo a preservar as florestas ainda em 1993. Logo depois, várias pessoas promoviam diferentes causas em seus blogs, sites e, assim, nascia a blogsfera. Como as informações eram muito fáceis de transmitir pela internet, algumas pessoas achavam que a blogsfera poderia nos aproximar mais politicamente (pág 178), quase um ideal democrático, mas Lada Adamic, físico a Universidade de Michigan, produziu algumas imagens impressionantes desses diálogos, provando que não é verdade. Os assemelhados não conversam com seus opositores e ela, a rede, torna-se polarizada.
Cooperar é da nossa natureza
Está em nossa natureza vivermos em grupo, as redes são difíceis de entender porque são difíceis de manipular. Nos conectamos a pessoas que tem a ver com a gente, isso ocorre pois está nos nossos genes. Precisamos cooperar para sobreviver, porem as pessoas solitárias defendem a si próprias, pessoas cooperativas criam redes de cooperação. Podemos fazer mais em equipe, mas existem as oportunistas, por isso não há garantia que haverá cooperação. Para lidar com oportunistas há os punidores, se conectam para afastarem os oportunistas.
Homo Dictyous (Homem em rede)
Seria a visão da natureza humana que aborda as origens do altruísmo e da punição e também dos desejos e repulsões. Deixando o seu lado mais cooperativo em evidencia. Cada vez que os grupos expandem suas redes além da unidade familiar, eles parecem se comportar cada vez menos com o Homo Economicus (John Stuart Mill) e mais com o Homo Dictyous. Tanto que o próprio cérebro humano parece estar dotado para as redes sociais. Outro ponto importante na obra é a afirmativa que enquanto humanos temos a necessidade de conexão com algo divino que esteja acima de nós, algo como um Deus. Mesmo que tenhamos uma rede de amigos de cerca de 150 pessoas, conforme Dunbar, dita ser nossa capacidade.
Há uma perspectiva social sobre a linguagem que sugere que ela se desenvolveu como meio de manter a coesão de grupos. Como as emoções, a linguagem é a chave para a aquisição e a manipulação de informações sociais sobre os outros membros da nossa espécie. Nossas conexões – em parte moldados por nossos genes, mas também profundamente influenciados por nossa cultura e ambiente – são feitas e refeitas diariamente. Escolhemos nossos amigos, desenvolvemos normas culturais sobre a ordem social, fazemos e obedecemos as regras sobre quem podemos encontrar ou com quem podemos nos casar, impomos ideias sobre reciprocidade e reagimos a eventos que afetam as pessoas a nossa volta, em parte, porque somos munidos de empatia.
Hiperconectados
Novas tecnologias das redes sociais on-line como Facebook ou Youtube, apenas perceberam nossa antiga propensão para nos conectar a outros seres humanos, ainda que por meio de elétrons fluidos pelo ciberespaço e não através de conversas ao vento. Embora as redes sociais online podem ser abstratas, complexas e supermodernas elas também refletem tendências humanas universais e fundamentais que emergiram em nosso passado pré-histórico quando ouvíamos histórias nas beira do fogo.
A imprensa, o telefone e a internet nos aproxima desse passado. Porém na internet temos a vantagem de escolher nossos avatares que por estudos descobriu-se que é mais interessante que sejam atraentes. Também chegamos a conclusão que é possível acompanhar a mobilidade humana através de micro-chips alocados nos corpos das pessoas. Todo esse movimento iniciou ainda com os telégrafos, segundo Tom Standage. O telefone foi mais um passo na evolução, esperava-se que democratizasse as relações, mas aconteceu outro fenômeno, ele diminui a sensação de intimidade. A toda hora é possível ser interrompido por um telefonema, mas diminuiu – em contrapartida – a solidão. Neste caso, ele não suplanta as relações e sim suplementa. Podemos perceber isso também com a internet. Um estudo comandado pelo sociólogo Keith Hamptonn e Barry Wellman, detectou em 1990, que pessoas conectadas tornam-se mais próximas do que as não conectadas via mecanismos facilitados pela internet.
Do Six Degrees ao Facebook
O texto traz um histórico sobre as principais redes sociais nascidas nos últimos anos até o Facebook. Iniciando com o Six Degrees, 1997, que fracassou como negócio, pois o mercado não estava pronto para absorvê-lo. Em 2002, o Friendster foi lançado para competir com Match.com (site de relacionamento que apresentava problemas técnicos e sociais). O Myspace, 2003, tinha fãs de bandas e finalmente em 2004 é lançado o Facebook. Ele ultrapassou todas as redes sociais possibilitando ver apenas um graus de separação – amigos em comum – passando a ideia que sua vida virtual fosse relevante. De toda a forma, as redes sociais on-line oferecem novas possibilidades de influência e contágio social.
O Todo é Grande
As redes sociais tem vida própria. Elas crescem, mudam, reproduzem, sobrevivem e morrem. Elas podem manifestar um tipo de inteligência que aumenta ou complementa a inteligência individual. Elas tem memória, mesmo se as pessoas irem e virem elas permanecem intactas. Podem se auto-replicar-se reproduzir no espaço e no tempo além do auto-hibridismo. Devemos entender porque estamos todos conectados é a frase que fecha o livro.
Referências Bibliográficas
Christakis, N & Fowler, J. O Poder das Conexões: a importância do networking e como ele molda nossas vidas/ Nicolas Christakis, James Fowler; tradução Edson Furmankiewicz – Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2010.
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